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Super classe

eixePeixe

Garoupa-gigante (Epinephelus lanceolatus) no Aqurio de Gergia

Classificao cientfica Reino: Animalia Filo: Chordata Classes

Myxini Pteraspidomorphi Cephalaspidomorphi Placodermi Chondrichthyes Acanthodii Osteichthyes

Os peixes so animaisvertebrados, aquticospoiquilotrmicos, que possuem o corpo fusiforme, os membros transformados em nadadeiras sustentadas por raios sseos oucartilaginosos, as guelras oubrnquias com que respiramo oxignio dissolvido na gua(embora os dipnicos usempulmes) e, na sua maior parte, o corpo coberto deescamas.

ClassificaoNo uso comum, o termo peixe tem sido frequentemente utilizado para descrever um vertebrado aqutico com brnquias, membros, se presentes, na forma de nadadeiras, e normalmente com

escamas de origem drmica no tegumento. Sendo este conceito do termo "peixe" utilizado por convenincia, e no por unidade taxonmica, porque os peixes no compem um grupo monofiltico. Os peixes (28.500 espcies catalogadas na FishBase) so, na maior parte das vezes, divididos nos seguintes grupos: peixes sseos (Osteichthyes, com mais 22.000 espcies) qual pertencem as sardinhas, as garoupas, o bacalhau, o atum e, em geral, todos os peixes com o esqueleto sseo; peixes cartilaginosos (Chondrichthyes, mais de 800 espcies) qual pertencem os tubares e as raias; e vrios grupos de peixes sem maxilas (antigamente classificados como Agnatha ou Cyclostomata, com cerca de 80 espcies), incluindo as lamprias e as mixinas. Em vista desta diversidade, os zologos no mais aceitam a antigaclasse Pisces em que Lineu os agrupou, como se pode ver na classificao dos Vertebrados. Abaixo apresentam-se detalhes da classificao atualmente aceite.

CuriosidadesA palavra peixe usa-se por vezes para designar vrios animais aquticos (por exemplo na palavra peixe-mulher para designar odugongo). Mas a maior parte dos organismos aquticos muitas vezes designados por "peixe", incluindo as medusas e gua-vivas, osmoluscos e crustceos e mesmo animais muito parecidos com os peixes como os golfinhos, no so peixes. O peixe um dos smbolos do cristianismo. A palavra peixe, emgrego, IXTIS, cujas letras so iniciais da frase " " que significa "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador". Os peixes encontram-se em praticamente todos os ecossistemasaquticos, tanto em gua doce como salgada, desde a gua da praia at s grandes profundezas dos oceanos (ver biologia marinha). Mas h alguns lagos hiper-salinos, como o Grande Lago Salgado, nosEstados Unidos da Amrica do Norte onde no vivem peixes. Os peixes tm uma grande importncia para a humanidade e desde tempos imemoriais foram pescados para a sua alimentao. Muitas espcies de peixes so criadas em condies artificiais (veraquacultura), no s para alimentao humana, mas tambm para outros fins, como os aqurios.

Peixes de gua salgada H algumas espcies perigosas para o Homem, como os peixes-escorpio que tm espinhos venenosos e algumas espcies detubaro, que podem atacar pessoas nas praias. Muitas espcies de peixes encontram-se ameaadas de extino, quer por pescaexcessiva, quer por deteriorao dos seus habitats. Alguns peixes ingerem gua para recuperar a gua perdida pelas brnquias, por osmose, e pela urina. Eles retiram oxignio da guapara respirar. Uma enguia, por exemplo, toma o equivalente a uma colher de sopa de gua por dia. Os peixes tambm retiram uma certa quantidade de gua dos alimentos. Por viverem em meio lquido, no precisam beber gua para hidratar a pele, como fazem os animais terrestres. Os peixes urinam, mas nem todos urinam da mesma maneira. Os peixes de gua doce precisam eliminar o excesso de gua que se acumula em seus corpos. Seus rins produzem muita urina para evitar que os tecidos fiquem saturados. Comparados aos peixes de gua doce, os peixes de gua salgada, que j perdem gua por osmose, produzem muito menos urina. O ramo da zoologia que estuda os peixes do ponto de vista da sua posio sistemtica a ictiologia. No entanto, os peixes so igualmente estudados no mbito da ecologia, da biologia pesqueira, da fisiologia e doutros ramos da biologia.

Arenque, Clupea harengus - esta espcie j foi considerada peloGuinness Book of Records como a mais numerosa entre os peixes; com a pesca excessiva, este peixe do norte do Oceano Atlntico j no tem os nveis populacionais de outrora. Foto: Uwe Kils.

Ecologia dos peixesClassificao ecolgica

Uma forma de classificar os peixes segundo o seu comportamentorelativamente regio das guas onde vivem; este comportamento determina o papel de cada grupo no ambiente aqutico: pelgicos (do latim pelagos, que significa o "mar aberto") os peixes que vivem geralmente em cardumes, nadando livremente na coluna de gua; fazem parte deste grupo as sardinhas, as anchovas, os atuns e muitos tubares. demersais os que vivem a maior parte do tempo em associao com o substrato, quer em fundos arenosos como os linguados, ou em fundos rochosos, como as garoupas. Muitas espcies demersais tm hbitos territoriais e defendem o seu territrio activamente um exemplo so as moreias, que se comportam como verdadeirasserpentes aquticas, atacando qualquer animal que se aproxime do seu esconderijo. batipelgicos os peixes que nadam livremente em guas de grandes profundidades. mesopelgicos espcies que fazem grandes migraes verticais dirias, aproximando-se da superfcie noite e vivendo em guas profundas durante o dia. Exemplo deste grupo so os peixes-lanterna.

Hbitos alimentaresOs peixes pelgicos de pequenas dimenses como as sardinhas so geralmente planctonfagos, ou seja, alimentam-se quase passivamente do plncton disperso na gua, que filtram medida que "respiram", com a ajuda de branquispinhas, que so excrescnciassseas dos arcos branquiais (a estrutura que segura as brnquias ou guelras). Algumas espcies de maiores dimenses tm tambm este hbito alimentar, incluindo algumas baleias (que no so peixes, masmamferos) e alguns tubares como os zorros (gnero Alopias). Mas a maioria dos grandes peixes pelgicos so predadores ativos, ou seja, procuram e capturam as suas presas, que so tambmorganismos pelgicos, no s peixes, mas tambm cefalpodes(principalmente lulas), crustceos ou outros. Os peixes demersais podem ser predadores, mas tambm podem serherbvoros, que se alimentam de plantas aquticas, detritvoros, ou seja, que se alimentam dos restos de animais e plantas que se encontram no substrato, ou serem comensais de outros organismos, como a rmora que se fixa a um atum ou tubaro atravs dum disco adesivo no topo da cabea e se alimenta dos restos de comida que caem da boca do seu hospedeiro (normalmente um grande predador), ou mesmo parasitas de outros organismos. Alguns peixes abissais e tambm alguns nerticos, como os diabos(famlia Lophiidae) apresentam excrescncias, geralmente na cabea, que servem para atrair as suas presas; essas espcies costumam ter uma boca de grandes dimenses, que lhes permitem comer animais quase do seu tamanho. Numa destas espcies, o macho parasita dafmea, fixando-se pela boca a um "tentculo" da sua cabea. Ver tambm:

biologia marinha interaces biolgicas

Hbitos de reproduoA maioria dos peixes diica, ovpara, fertiliza os vulosexternamente e no desenvolve cuidados parentais. Nas espcies que vivem em cardumes, as fmeas desovam nas prprias guas onde os cardumes vivem e, ao mesmo tempo, os machos libertam o espermana gua, promovendo a fertilizao. Em alguns peixes pelgicos, osovos flutuam livremente na gua e podem ser comidos por outros organismos, quer planctnicos, quer nectnicos; por essa razo, nessas espcies normal cada fmea libertar um enorme nmero de vulos. Noutras espcies, os ovos afundam e o seu desenvolvimento realiza-se junto ao fundo nestes casos, os vulos podem no ser to numerosos, uma vez que so menos vulnerveis aos predadores. No entanto, existem excepes a todas estas caractersticas e neste artigo referem-se apenas algumas. Abaixo, na seco Migraesencontram-se os casos de espcies que se reproduzem na gua doce, mas crescem na gua salgada e vice-versa. Em termos de separao dos sexos, existem tambm (ex.: famliaSparidae, os pargos) casos de hermafroditismo e casos de mudana de sexo - peixes que so fmeas durante as primeiras fases de maturao sexual e depois se transformam em machos (protoginia) e o inverso (protandria). Os cuidados parentais, quando existem, apresentam casos bastante curiosos. Nos cavalosmarinhos (gnero Hypocampus), por exemplo, o macho recolhe os ovos fecundados e incubaos numa bolsa marsupial. Muitos cicldeos (de que faz parte a tilpia e algumas famosas espcies de aqurio endmicas do Lago Niassa (tambm conhecido por Lago Malawi, na fronteira entre Moambique e oMalawi) guardam os filhotes na boca, quer do macho, quer da fmea, ou alternadamente, para os protegerem dos predadores. Refere-se acima que a maioria dos peixes ovpara, mas existem tambm espcies vivparas e ovovivparas, ou seja, em que o embriose desenvolve dentro do tero materno. Nestes casos, pode haver fertilizao interna - embora os machos no tenham um verdadeiropnis, mas possuem uma estrutura para introduzir o esperma dentro da fmea. Muitos destes casos encontram-se nos peixes cartilagneos(tubares e raias), mas tambm em muitos peixes de gua doce e mesmo de aqurio.

Hbitos de repousoOs peixes no dormem. Eles apenas alternam estados de viglia e repouso. O perodo de repouso consiste num aparente estado de imobilidade, em que os peixes mantm o equilbrio por meio de movimentos bem lentos.

Como no tem plpebras, seus olhos ficam sempre abertos. Algumas espcies se deitam no fundo do mar ou no rio, enquanto os menores se escondem em buracos para no serem comidos enquanto descansam.

MigraesMuitas espcies de peixes (principalmente os pelgicos) realizammigraes regularmente, desde migraes dirias (normalmente verticais, entre a superfcie e guas mais profundas), at anuais, percorrendo distncias que podem variar de apenas alguns metros at vrias centenas de quilmetros e mesmo pluri-anuais, como as migraes das enguias.

Tubaro-serra Na maior parte das vezes, estas migraes esto relacionadas ou com a reproduo ou com a alimentao (procura de locais com mais alimento). Algumas espcies de atuns migram anualmente entre o norte e o sul do oceano, seguindo massas de gua com a temperaturaideal para eles. Os peixes migratrios classificam-se da seguinte forma: o o o didromos peixes que migram entre os rios e o mar: andromos peixes que vivem geralmente no mar, mas se reproduzem em gua doce; catdromos peixes que vivem nos rios, mas se reproduzem no mar; anfdromos peixes que mudam o seu habitat de gua doce para salgada durante a vida, mas no para se reproduzirem(normalmente por relaes fisiolgicas, ligadas suaontogenia); potamdromos peixes que realizam as suas migraes sempre em gua doce, dentro dum rio ou dum rio para um lago; e oceandromos peixes que realizam as suas migraes sempre em guas marinhas. Os peixes andromos mais estudados so os salmes (ordem Salmoniformes), que desovam nas partes altas dos rios, se desenvolvem no curso do rio e, a certa altura migram para o oceano onde se desenvolvem e depois voltam ao mesmo rio onde nasceram para se reproduzirem. Muitas espcies de salmes tm um grande valor econmico e cultural, de forma que muitos rios onde estes peixes se desenvolvem tm barragens com passagens para peixes (chamadas em ingls "fish ladders" ou "escadas para peixes"), que lhes permitem passar para montante da barragem.

O exemplo mais bem estudado de catadromia o caso da enguiaeuropia que migra cerca de 6000 km at ao Mar dos Sargaos (na parte central e ocidental do Oceano Atlntico) para desovar, sofrendo grandes metamorfoses durante a viagem; as larvas, por seu lado, migram no sentido inverso, para se desenvolverem nos rios da Europa.

Camuflagem e outras formas de proteoAlguns peixes se camuflam para fugirem de certos predadores, outros para melhor apanharem as suas presas. Algumas espcies de arraia, por outro lado, se escondem na areia e podem mudar o tom da pele, para suas presas no notarem sua presena no ambiente.

Anatomia dos peixesAnatomia interna Esqueleto Corao Aparelho digestivo

Bexiga natatriaA bexiga natatria um rgo que auxilia o peixe a manter-se a determinada profundidade atravs do controlo da sua densidaderelativamente da gua. um saco de paredes flexveis, derivado do intestino que pode expandir-se ou contrair de acordo com a presso; tem muito poucos vasos sanguneos, mas as paredes esto forradas com cristais de guanina, que a fazem impermeveis aos gases. A bexiga natatria possui uma glndula que permite a introduo de gases, principalmente oxignio, na bexiga, para aumentar o seu volume. Noutra regio da bexiga, esta encontra-se em contacto com o sangue atravs doutra estrutura conhecida por "janela oval", atravs da qual o oxignio pode voltar para a corrente sangunea, baixando assim a presso dentro da bexiga natatria e diminuindo o seu tamanho. Nem todos os peixes possuem este rgo: os tubares controlam a sua posio na gua apenas com a locomoo e com o controle de densidade de seus corpos, atravs da quantidade de leo em seu fgado; outros peixes tm reservas de tecido adiposo para essa finalidade. A presena de bexiga natatria traz uma desvantagem para o seu portador: ela probe a subida rpida do animal dentro da coluna de gua, sob o risco daquele rgo rebentar. A denominao bexiga natatria foi substituda por vescula gasosa.

Anatomia externa

Para alm de mostrar diferentes adaptaes evolutivas dos peixes ao meio aqutico, as caractersticas externas destes animais (e algumas internas, tais como o nmero de vrtebras) so muito importantes para a sua classificao sistemtica

Forma do corpoA forma do corpo dos peixes "tpicos" basicamente fusiforme uma das suas melhores adaptaes locomoo dentro de gua. A maioria dos peixes pelgicos (ver acima), principalmente os que formam cardumes activos, como os atuns, apresentam esta forma "tpica". No entanto, h bastantes variaes a esta forma tpica, principalmente entre os demersais e nos peixes abissais (que vivem nas regies mais profundas dos oceanos). Nestes ltimos, o corpo pode ser globoso e apresentar excrescncias que servem para atrair as suas presas. A variao mais dramtica do corpo dos peixes encontra-se nosPleuronectiformes, ordem a que pertencem os linguados e as solhas. Nestes animais, adaptados a viverem escondidos em fundos de areia, o corpo sofre metamorfoses durante o seu desenvolvimento larvar, de forma que os dois olhos ficam do mesmo lado do corpo direito ou esquerdo, de acordo com a famlia. Muitos outros peixes demersais tm o corpo achatado dorsi-ventralmente para melhor se confundirem com o fundo. Alguns, como os gbios, que so peixes muito pequenos que vivem emesturios, tm inclusivamente as nadadeirass ventrais transformadas num disco adesivo, para evitarem ser arrastados pelas correntes demar Os Anguilliformes (enguias, congros e moreias) tm o corpo "anguiliforme", ou seja em forma de serpente, assim como algumas outras ordens de peixes.

NadadeirasAs nadadeiras so os rgos de locomoo dos peixes. So extenses da derme (a camada profunda da pele suportadas porlepidotrquias, que so escamas modificadas e funcionam como os raios das rodas de bicicleta. Por essa razo, chamam-se raios os que so flexveis, muitas vezes segmentados e ramificados, ou espinhos, quando so rgidos e podem ser ocos e possuir um canal para a emisso de veneno. Os nmeros de espinhos e raios nas nadadeiras dos peixes so importantes caracteres para a sua classificao, havendo mesmochaves dicotmicas para a sua identificao em que este um dos principais factores. Tipicamente, os peixes apresentam os seguintes tipos de nadadeiras: uma nadadeira dorsal uma nadadeira anal

uma nadadeira caudal um par de nadadeiras ventrais (ou nadadeiras plvicas) e um par de nadadeiras peitorais. Apenas as nadadeiras pares tm relao evolutiva com os membros dos restantes vertebrados. Algumas ou todas estas nadadeiras podem faltar ou estar unidas - j foi referida a transformao das nadadeiras peitorais dos gbios num disco adesivo mas as unies mais comuns so entre as nadadeiras mpares, como a dorsal com a caudal e anal com caudal (caso de algumas espcies de linguados). As nadadeiras tm formas e cores tpicas em alguns grupos de peixes so bem conhecidas as nadadeiras dorsais dos tubares! Para alm de avisarem os banhistas para sarem da gua, em praias onde eles podem aparecer e ser perigosos, so um importante petisco na China. Para alm da colorao do corpo, a forma e cor das nadadeiras so decisivas para os aquaristas, de tal forma que chegam a ser produzidas variedades de espcies com nadadeiras espectaculares, como o famoso cauda-de-vu, uma variedade do peixinho-dourado(Carassius auratus). Alguns grupos de peixes, para alm da nadadeira dorsal com espinhos e raios (que podem estar separadas), possuem umanadadeira adiposa, normalmente perto da caudal. o caso dossalmes e dos peixes da famlia do bacalhau (Gaddeos).

Escamas ou placasA pele dos peixes fundamentalmente semelhante dos outrosvertebrados, mas possui algumas caractersticas especficas dos animais aquticos. O corpo dos peixes est normalmente coberto demuco que, por um lado diminui a resistncia da gua ao movimento e, por outro, os protege dos inimigos. Embora haja muitos grupos de peixes com pele nua, como as enguias, a maior parte dos peixes tem-na coberta de escamas que, ao contrrio dos rpteis, tm origem na prpria derme. Os peixes apresentam quatro tipos bsicos de escamas: ciclides, as mais comuns, normalmente finas, sub-circulares e com a margem lisa ou finamente serrilhada; ctenides, tambm sub-circulares, mas normalmente rugosas e com a margem serrilhada ou mesmo espinhosa; ganides , de forma sub-romboidal e que podem ser bastante grossas como as dos esturjes; e salmes. placides, normalmente duras com um ou mais espinhos, de formas variadas.

Alguns grupos de peixes tm o corpo coberto de placas ou mesmo uma armadura rgida, como o peixe-cofre e os cavalos-marinhos. Esta armadura pode estar ornamentada com cristas e espinhos e apresenta fendas por onde saem as nadadeiras.

Linha lateralUm rgo especfico dos peixes a linha lateral, normalmente formada por uma fiada longitudinal de escamas perfuradas atravs das quais corre um canal que tem ligao com o sistema nervoso; aparentemente, este rgo tem funes relacionadas com a orientao, uma espcie de sentido do olfacto atravs do qual os peixes reconhecem as caractersticas das massas de gua (temperatura, salinidade e outras). A linha lateral um rgo sensorial.Ela pode ser facilmente identificada nos peixes, por estar posicionada nas laterais do peixe, formada por escamas com poros.

Sistema nervoso e rgos dos sentidosPeixes tm sistemas nervosos complexos e seu crebro dividido em diferentes partes. O mais anterior, ou frontal, contm as glndulasolfativas. Diferente da maioria dos vertebrados, o crebro do peixe primariamente processa o senso olfativo antes de todas as aes voluntrias. Os lobos ticos processam informaes dos olhos. O cerebelocoordena os movimentos do corpo enquanto a medula controla as funes dos rgos internos. Aproximadamente todos os peixes diurnos possuem olhos bem desenvolvidos com viso colorida. Muitos peixes possuem tambmclulas especializadas conhecidas como quimioreceptores, que so responsveis pelos sentidos de gosto e cheiro. A maioria dos peixes tm receptores sensitivos que formam o sistema linear lateral, que permite aos peixes detectar correntes e vibraes, bem como o movimento de outros peixes e presas por perto (ver acima). Em 2003, alguns cientistas escoceses da Universidade de Edimburgodescobriram que os peixes podem sentir dor. Um estudo prvio pelo Professor James D. Rose da Universidade de Wyoming dizia que os peixes no podiam sentir dor porque eles no possuam a parteneocortexal do crebro, responsvel por tal sensao. Peixes como os peixesgato e tubares possuem rgos que detectam pequenascorrentes eltricas. Outros peixes, como a enguia eltrica, podem produzir sua prpria eletricidade.

Classificao sistemticaA classificao simplificada no topo desta pgina a mais prxima da utilizada por Lineu, mas esconde algumas caractersticas importantes que fazem deste grupo dos "Peixes", um agregado

de espcies com diferentes aspectos evolutivos. Por essa razo, as classificaes mais recentes (ver o projecto "rvore da Vida" ou Tree of Life) abandonaram alguns taxa tradicionais: No restam dvidas que TODOS os peixes pertencem ao o Domnio Eukariota, ao Reino Animalia, aos clades Metazoa Bilateria Deuterostomia, ao filo Chordata e, dentro deste, ao clade Craniata A partir deste ponto, os estudos evolutivos mostraram divergncias: O taxon classe tem sido usado (e, na Wikipedia em ingls, encontramos vrios exemplos) para vrios clades diferentes. Por essa razo, e at os taxonomistas acordarem numa forma de classificao cientfica consensual, devemos abster-nos de utilizar esse taxon. Os peixes, tanto espcies existentes como fsseis, dividem-se pelos seguintes clades: Hyperotreti as mixinas (peixes sem coluna vertebral) e Vertebrata (vertebrados) - um clade que inclui as lamprias e os restantes vertebrados com maxilas; Dentro dos vertebrados, consideram-se os clades Hyperoartia - as lamprias (que tm coluna vertebral, mas no tm maxilas); Gnathostomata todos os animais com maxilas; e mais sete grupos fsseis. Dentro dos Gnathostomata, so aceites os seguintes clades: Teleostomi animais com boca terminal; Chondrichthyes tubares e raias boca sub-terminal ou ventral; Acanthodii (extintos) Placodermi (extintos). Dentro dos Teleostomi Osteichthyes animais com tecido sseo endocondral e com dentes implantados nas maxilas, e Acanthodi (extintos) Dentro dos Osteichthyes o o Sarcopterygii um grupo que inclui os peixes com nadadeiras lobadas: Coelacanthimorpha os celacantos, considerados remanescentes dos primeiros anfbios; Dipnoi os peixes pulmonados ou dipnicos

o

os tetrpodes, ou seja, os restantes vertebrados (batrquios,rpteis, aves e mamferos; e os Actinopterygii - peixes com raios ou lepidotrquias nas nadadeiras, ou seja, os "telesteos", que incluem a maioria dasordens de peixes actuais e algumas outras com divergnciasfilogenticas. Para a lista mais aceite das ordens dos peixes incluindo as que so classificadas nos diferentes clades mencionados acima consultar aFishBase. Dentro desta classificao, os tradicionais taxa Agnatha (peixes sem maxilas), Ostracodermi (formas fsseis sem maxilas) e Cyclostomata(peixes sem maxilas, como as mixinas e lamprias) no devem ser utilizados, uma vez que no so monofilticos. Grande parte do material usado nesta seco foi retirado do projecto Tree of Life, especialmente das pginas de Philippe Janvier (1997) e de David R. Maddison.(1995)

ntroduo Os peixes so animais aquticos que pertencem a Superclasse Pisces, do Subfilo Vertebrata, filo Chordata, Reino Animalia, e que ocorrem em praticamente todas as reas aquticas do mundo, sejam salgadas, salobras ou doces. Classificao Quase todas as espcies desta superclasse respiram por brnquias. A classificao que segue chega apenas at as ordens baseada na referncia bibliogrfica indicada neste setor, observando que no relacionamos as ordens de peixes extintas. Superclasse PISCES (peixes) Classe Placodermi - peixes arcaicos Classe Chondrichthyes - peixes de esqueleto cartilaginoso Ordens: Chimaeriformes, Chlamydoselachiformes, Chlamydoselachidae, Hexanchiformes, Hexanchidae, Squaliformes (caes, anequim), Rajiforme (raias, jamantas) Classe Osteichthyes - peixes com esqueleto sseo (mais de 30.000 esp.) Ordens: Crossopterygii (celacanto); Dipnoi (peixes pulmonados); Polypteriformes; Acipenseriformes (ex. esturjo); Semionotiformes; Amiiformes; Elopiformes; Anguilliformes (Apodes-enguias, morias); Notacanthiformes (peixes-eltricos, mares profundos); Notacanthus.; Clupeiformes (arenques, sardinhas); Salmoniformes (lcios, salmes e trutas); Myctophiformes (peixes-lanternas); Cypriniformes (ex:carpas); Siluriformes (Nematognathi) (bagres); Percopsiformes (peixes de cavernas norte americanas); Batrachoidiformes (Haplodoci); Gobiescoiformes (Xenopterygii); Lophiiformes (Pediculati) (ex: peixe-pescador); Gadiformes Anacanthini- (bacalhaus); Athriniformes (peixes-agulha, peixes-voadores); Beryciformes; Zeiformes; Lampridiformes; Gasterosteiformes; Synbranchiformes (muum); Scorpaeniformes; Pegasiformes; Perciformes (percas) ; Pleuronectiformes (linguados); Tetraodontiformes (baiacus, peixe-cofre).

Ictiofauna do Brasil O Brasil possui talvez a maior e mais variada ictiofauna do planeta. So milhares de espcies, sendo inmeras ainda no conhecidas da cincia. S na Bacia Amaznica brasileira calcula-se que existam cerca de 2.000 espcies de peixes. Na Bacia do So Francisco habitam 150 espcies. Muitas espcies so de extrema importncia para alimentao, principalmente das populaes ribeirinhas como por exemplo o tucunar, o ja, o curimbat, estes nas guas doce, bem como a tainha, a cavala, a corvina nas guas salgadas. Principais peixes de gua doce do Brasil Aruan-prateado (Osteoglossum bicirrhosum), Famlia Osteoglossidae Aruan-pintado (Osteoglossum leichardti), Famlia Osteoglossidae Entre as espcies de aruan, destacam-se as duas acima que so mais conhecidas. Chegam a 1 metro de comprimento e 2,5 kg. Com escama. Pulam fora dgua para pegar insetos nas folhagens. Distribuem-se pelas bacias Amaznica e Araguaia-Tocantins. Cachara ou Surubim (Pseudoplathystoma fasciatum), Famlia Pimelodidae Espcie da Amaznico e do Pantanal Mato-grossense que habita os rios, lagoas e igaraps, sendo muito procurado pelos pescadores. Curimbat (Prochilodus spp) Famlia Prochilodontidae Gnero com espcies (P. affinnis P.lineatus P.marggravii, P.platensis, P.scrofa, , e P.vimboides) que habitam quase todo o Brasil, sendo de valor comercial. Dourado (Salminus maxillosus), Famlia Characidae. H duas espcies no Brasil. S.maxillosus que se distribui-se na bacia do Prata e S.brasilinsis da bacia do S.francisco, mas devido a caa descriminada que sofreu por se constituir em um peixe de carne saborosa, praticamente no mais encontrado em muitos rios, onde antes era abundante. Chegam a 1m de comprimento e a 25 kg. Dourada (Brachplathystoma flavicans), Famlia Pimelodidae. Peixe de couro. Mais de 1,5 m. comprimento e 20 kg. Habita a bacia Amaznica chegando inclusive na Colmbia, Peru e Bolvia, sendo um grande predador e de estimado valor comercial. Ja (Paulicea lutkeni), Giant Catfish, Famlia Pimelodidae. Peixe muito conhecido por sua cabea achatada e pelo tamanho e peso, pois pode chegar a 1,5 m. de tamanho e 100 kg. de peso. Habita a bacia do Amaznia e do Prata, sendo muito disputado pelos pescadores. Jurupoca (Hemisorubim plaatyrhynchos), Famlia Pimelodidae. Outro peixe de couro muito procurado por sua carne saborosa. Habita as bacias Amaznica, Araguaia-Tocantins e do Prata. Alcana 60cm de comprimento e 3 kg. Matrinx (Brycon sp), Famlia Characidae. Vive nos rios e lagos da amaznica. Grande valor para a pesca amadora. Chega a 80cm de comprimento e a 5kg. Pac (Piaractus mesopotamicus), Famlia Characidae. Habitante da bacia do Prata, um dos peixes mais procurados pela sua carne e sua fcil procriao em cativeiro, podendo chegar a 50cm de comprimento. Pintado ou Pir (Pseudoplatystoma corruscans), Speckled Catfish, Famlia Pimelodidae. Peixe de couro muito procurado por sua saborosa carne. Habita as bacias do Prata e do S.Francisco. A cabea grande e alongada caracterizam-no. Piraba (Brachyplathystoma filamentosum), Famlia Pimelodidae.

A piraba o maior peixe de gua doce do Brasil, podendo chegar ao peso de 300 kg. Habita as bacias Amaznica e Araguaia-Tocantins. Peixe de couro. Piranhas (Serrasalmus rhombeus e Pygocentrus nattereri), Famlia Characidae. Distribuim-se do norte da Amaznia at o Rio Grande do Sul, sendo peixes temveis pela sua voracidade, principalmente se o cardume grande. Sua carne muito apreciada pelos ribeirinhos, assim como a "sopa de piranha" que diz o dito popular que afrodisaca. S.rhombeus a piranha-preta (40cm) e a P.nattereri a piranha-vermelha (30cm). Pirapitanga (Piaractus brachypomus), Famlia Characidae. Muito utilizado comercialmente e na pesca esportiva, este peixe de escama existe na Bacia Amaznica e na bacia do Tocantins-Araguaia. Chega a 80cm de comprimento e a 50 kg. Piraputanga (Brycon microleps. B.lundii e B.hilarii), Famlia Characidae. Peixe muito procurado por pescadores. As trs citadas espcies habitam a bacia do Prata (B.microlps) e a do S.Francisco (B.hilarii e B.lundii). Trairo (Hoplias lacerdae) Em rios, lagos e lagoas das bacias Amaznica, Araguaia-Tocantins e do Prata. Tucunar (Cichla sp) Peixe dos mais populares entre os pescadores amadores, visto que est disseminado em muitos lagos e rios deste pas, introduzido que foi, alm do que um "excelente brigador no anzol". Origem: Amaznia. Carne muito apreciada. Alguns peixes de gua salgada Badejo (Mycteroperca spp) Um dos peixes mais apreciados como alimento. Habita regies onde h tocas, principalmente nos costes rochhosos e recifes de corais. Caranha (Lutjanus cyanopterus) Apesar de no ser um peixe muito procurado como alimento, famoso por sua voracidade e como peixe de pesca esportiva, ante sua resistncia e fora nas mandimbulas que chega a destroar iscas artificiais de madeira. Corvina (Micropogonis furnieri) Peixe muito apreciado na culinria brasileira e na pesca amadora. Dourado-do-mar (Coryphaena hippurus) Apesar de pouco conhecido como alimento, este peixe tem a carne das mais saborosas. Com at 40 kg, chega a atingir at 2 metros. Vive m cardumes em alto-mar, aproximando da costa para se reproduzir. Garoupa (Epinephelus guaza) Por ter carne muito saborosa este peixe um dos mais utilizados como alimento. Por ser um peixe que habita tocas e no faz migraes, bem como pelo seu tamanho (at 2 metros), foi e muito caado, tendo desaparecido de muitos pontos do litoral brasileiro. Robalo (Centropomus spp) No litoral brasileiro so encontradas quatro espcies de robalo. Para muitos pescadores o robalo o "rei dos rios", isto porque sobe os rios par desovar e sua carne considerada de primeira. Pescada (Cynoscion spp) Ocorrem no Brasil cerca de 30 espcies de pescadas. Todas muito procuradas como alimento. Alis, um dos peixes mais comuns na culinria brasileira. Tainha (Mugil brasiliensis)

Talvez o peixe mais comum nas culinrias regionais brasileiras. Vive em grandes cardumes e so pescados em abundncia certas pocas do ano, quando entram nos esturios para procriar. H muitos outros peixes como os marlins, os mero, as anchovas etc

Declnio dos peixesEntre as principais causas do declnio dos peixes esto as barragens hidreltricas, pesca indiscriminada, o trfego de peixes ornamentais, a expanso da agricultura e suas conseqncias em relao aos agrotxicos e a poluio por vrios fatores das guas.

Superclasse PiscesNesta superclasse esto includos os animais aquticos, na sua grande maioria marinhos, designados vulgarmente peixes (l. pisces). O corpo destes animais geralmente revestido por escamas drmicas e deslocam-se com a ajuda de barbatanas suportadas por raios. A respirao realiza-se atravs de brnquias com grande rea e muito vascularizadas. O sistema circulatrio apresenta um corao com duas cavidades, uma aurcula e um ventrculo. O ancestral dos peixes dever ser igualmente o ancestral dos animais terrestres. Considera-se que a evoluo dos vertebrados ter seguido dois ramos distintos, um sem maxilas (Agnatha) que ter surgido h cerca de 500 M.a. e outro com maxilas e barbatanas pares (Gnatostomata), mais recente, com cerca de 440 M.a.. O primeiro grupo, mais primitivo, ter originado os actuais ciclostomados, como as lampreias, enquanto o segundo grupo ter originado os primeiros peixes e da os restantes vertebrados, devido sua capacidade de movimentao e eficincia na captura de alimento com a sua mandbula mvel.

@ 20012005 Descoberta da Vida consulte os termos de uso!!

A esta superclasse pertencem as classes: Agnatha Chondrichthyes Osteichthyes

INTRODUO Existem mais peixes no mundo em termos de nmero de espcies ou de indivduos do que animais de qualquer outro grupo de vertebrado. Seu nmero total de indivduos supera a soma de todos os indivduos de todas as espcies vertebradas juntas, o que no deve causar surpresa uma vez que quase 80% da superfcie da Terra coberta por gua. Os peixes e vertebrados semelhantes a peixes podem ser classificados em quatro classes: Agnatha: peixes desprovidos de mandbula como ciclstomos, lamprias e peixes-bruxa. Cerca de 50 espcies; Placodermi: peixes primitivos com mandbulas; Chondrichthyes: peixes cartilaginosos como os tubares, raias e quimeras. Cerca de 530 espcies; Osteichthyes: peixes sseos ou peixes de nadadeiras raiadas. Cerca de 20.000 espcies. Como grupo, os peixes apresentam tamanhos bastantes variados. O maior o tubaro baleia, Rhineodon typus, que pode atingir mais de quinze metros de comprimento. O menor peixe conhecido uma espcie de gobio encontrada nas Ilhas Filipinas, Pandaka pygmea, com um pouco mais de oito milmetros de comprimento. A maioria dos peixes se encontra no mar, sendo chamadas de peixes marinhos, mas h muitas espcies que so encontradas na gua doce. Quando estas so estritamente confinadas `a gua doce recebem a denominao de peixes primrios de gua doce. Outras espcies podem penetrar no mar ou em gua salobra, por curtos perodos de tempo, e so chamadas de peixes secundrios de gua doce. Existem ainda, as espcies didromas, que migram regularmente entre a gua doce e salgada, em certos perodos de seu ciclo de vida, tais como o salmo do Pacfico e as enguias de gua doce. Estima-se que 58,2% das espcies viventes de peixes so marinhas e 41,8% so de gua doce. Destas, 33,1% so primrias, 8,1% so secundrias e 0,6% so espcies didromas. De todas estas espcies de peixes, cerca de 400 tem sido tradicionalmente mantidas em aqurios e tanques como animais de estimao, sendo alguns acompanhado a prpria histria do mundo ocidental como no caso do Carassius auratus, o Kingio ou "peixinho dourado" que teve sua primeira citao de colorao vermelha no ano de 970. O sua criao era comum na China em 1500, sendo levados para Portugal algumas vezes durante o sculo seguinte e para a Holanda em 1728, tornando-se atualmente um dos mais populares peixes mantidos em aqurios em todo o mundo. O Kingio original vermelho-ouro na superfcie dorsal, vermelho a dourado nos lados tornando-se bronze amarelado no abdome, e podem viver por at 30 anos. A reproduo seletiva tem originado uma variedade de cores e diversidade de formas nesta espcie. A determinao do sexo de jovens peixinhos dourados difcil, mas

simples em adultos reprodutivos: a fmea tem um abdome distendido quando ocorre o amadurecimento das ovas, e no macho, observa-se os "tubrculos nupciais" na cabea, oprculo e nadadeiras peitorais. CARACTERSTICAS ESPECIAIS SISTEMA CIRCULATRIO O sistema circulatrio dos peixes essencialmente um sistema simples, em que o sangue no oxigenado passa pelo corao. Da, ele bombeado para as brnquias, oxigenado e ento, distribudo para para o corpo. O corao possui quatro cmaras, mas somente duas delas (o trio e o ventrculo) correspondem s quatro cmaras (trios pares e ventrculos pares) dos vertebrados superiores. A primeira cmara do corao de um peixe, ou cmara receptora, chamada de seio venoso. Tem uma parede fina como a cmara seguinte, o trio, para qual o sangue passa. Do trio, o sangue passa para o ventrculo, que tem paredes espessas, e bombeado para fora, passando do cone arterioso para a aorta ventral. O sangue da aorta ventral vai para a regio branquial para ser oxigenado, passando pelos vasos brnquiais aferentes, depois disso, sai das brnquias atravs das alas coletoras eferentes e vai para a aorta dorsal. O sistema venoso constitudo pela veia cardinal comum, que entra no seio venoso de cada lado do corpo do peixe, sendo constituda pela fuso das cardinais anteriores e posteriores. O sangue da cabea coletado pelas cardinais anteriores e o sangue dos rins e das gnadas coletado pelas cardinais posteriores. As veias abdominais laterais pares, que recebem o sangue da parede do corpo e dos apndices pares, tambm entram na veias cardinais comuns. O sistema porta-renal formado pela veia caudal e pelas duas veias porta-renais, situadas lateralmente aos rins. O sangue da regio caudal passa da veia caudal para as veias porta-renais e entra nos capilares dos rins. O sistema porta-heptico coleta o sangue do estmago e do intestino e devolve-o ao fgado, de onde, depois de atravessar uma srie de sinusides, ele passa para o seio venoso por meio das veias hepticas pares. SISTEMA RESPIRATRIO O sistema respiratrio com brnquias internas uma caracterstica dos peixes. As brnquia formadas por lamelas branquiais so constitudas por pregas finas, recobertas por epitlio respiratrio que se situa sobre redes vasculares ligadas aos arcos articos, de modo que o dixido de carbono do sangue pode ser trocado por oxignio dissolvido na gua. Estas trocas gasosas ocorrem durante os movimentos de bombeamento da gua por ao muscular em dois momentos: expanso da cavidade oro-faringea com aspirao de gua ,e num segundo momento, abertura dos ossos operculares liberando a passagem da gua. A quantidade de oxignio disponvel na gua 20 vezes menor do que a disponvel no ar atmosfrico (1 litro de ar = 210 mmO2 , e 1 litro de gua = 10,29 mmO2). O aumento da temperatura diminui a solubilidade do oxignio na gua, trazendo problemas de anxia para os peixes de regies tropicais, onde o aumento de temperatura da gua tambm aumenta o seu metabolismo

Na maioria dos peixes sseos, um pulmo primitivo transformou-se numa bexiga natatria ou rgo hidrosttico, que pode ou no estar ligado ao esfago por meio de uma conexo dorsal. Por intermdio de glndulas, a quantidade de gs na bexiga natatria pode ser aumentada ou diminuda, de modo a manter o corpo em vrios nveis dentro da gua. LOCOMOO A locomoo dos peixes feita a partir dos movimentos de suas nadadeiras. Geralmente existem nadadeiras pares peitorais e plvicas, uma ou duas nadadeiras dorsais medianas mpares, uma nadadeira anal ventral mediana e uma nadadeira caudal. NITRIFICAO E A "SINDROME DO AQURIO NOVO" O excesso de nitrognio ingerido pela maioria dos peixes com nadadeiras raiadas excretado na forma de amnia por difuso pelas guelras e urina junto com grande quantidade de gua. Para garantir esta excreo sem desidratar o peixe necessita ingerir um grande volume de gua. Quando a espcie de peixe de gua doce, no haver nenhum problema, mas quando pertence a uma espcie de gua marinha, a ingesto de gua salgada pode saturar o meio interno de eletrlitos. As espcies de peixes mais antigas, como os tubares, que sempre permaneceram na gua marinha, desenvolveram um artifcio para manterem sua homeostase: no fgado a amnia txica combinada com dixido de carbono e transformada em uria. A uria, que no txica pode ser acumulada no organismo, aumentando sua carga inica, e evitando a entrada de eletrlitos do meio aqutico, sendo posteriormente excretada pelos rins. A amnia liberada pelos peixes fica no meio aqutico, e quando acumulada, pode intoxica-los. O processo natural de eliminao desta amnia chama-se nitrificao. A nitrificao um processo microbiano, no qual a amnia convertida a nitrato, em um processo de duas etapas. Espcies bacterianas do gnero Nitrossomonas oxidam a amnia (sob a forma do on amonaco, NH4+) a nitrito (NO2), e as espcies de Nitrobacter oxidam o nitrito a nitrato (NO3). A nitrificao um processo natural, de ocorrncia constante no solo e na gua, como parte principal do ciclo do nitrognio. A amnia constitui 80% dos produtos nitrogenados de excreo do peixe. A nitrificao o mais eficiente mtodo de remoo da amnia (altamente txica) do ambiente do peixe. Em um aqurio estabilizado ou "condicionado", as bactrias nitrificantes podem oxidar a amnia a nitrito e nitrato to eficientemente que mesmo em caso de densidade populacionais muito elevadas, os nveis de amnia e nitrito permanecem extremamente baixos. As concentraes de nitrato, entretanto, iro aumentar regularmente no ecossistema relativamente artificial que o aqurio, pois no poder haver plantas suficientes no ambiente, de modo que todo o nitrato produzido seja utilizado. Este no , entretanto, um problema da maior monta, pois o nitrato no-txico para os peixes; concentraes de at 4.000 ppm no os afetaro. As concentraes apreciveis de nitrato no aqurio ir acarretar o indesejvel efeito colateral de estimular o crescimento de algas. As concentraes de nitrato so facilmente controladas pela mudana de aproximadamente 25% da gua do aqurio, a cada 3-4 semanas.

A "sindrome do aqurio novo" provavelmente responsvel por uma mortandade mais elevada de peixes tropicais, a cada ano, que qualquer doena infecciosa isolada. Esta sindrome ocorre quando demasiada quantidade de peixes colocado em um aqurio no condicionado. O aqurio, nessas condies, no possui um nmero significativo de bactrias nitrificantes para oxidar a amnia to rapidamente quanto a sua excreo pelo peixe. Quando isto acontece, a concentrao de amnia rapidamente aumenta, podendo matar os peixes. Nos peixes intoxicados pela amnia exibem sinais de hipxia, observando-se a hiperplasia e fuso das lamelas branquiais, resultando em deficincia respiratria. Os nveis elevados de amnia estimulam, ento, o crescimento de certas espcies de Nitrossomonas, que rapidamente oxidam NH4 em nitrito. Esse metablito, por sua vez, tambm extremamente txico (1ppm) para os peixes; provavelmente terminar por extinguir todos os peixes remanescentes no aqurio. O mecanismo de intoxicao por nitritos similar ao do monxido de carbono, ligando-se hemoglobina e, uma vez combinados, impedem o transporte de oxignio. Assim, os peixes intoxicados por nitritos exibem sinais de carncia de oxignio, vindo finalmente a morrer por asfixia. As altas concentraes de nitrito estimulam o crescimento de espcies de bactria Nitrobacter, que passa a oxidar o nitrito a nitrato. Neste ponto, o aqurio estar condicionado, e dever facilmente suportar muitos peixes. O tempo decorrente entre o momento em que os peixes so colocados em um aqurio no condicionado, e o incio da mortalidade pela "sindrome do aqurio novo" varia diretamente com a velocidade de produo de amnia, que por seu turno, determinado pelo nmero e tamanho dos peixes, sendo geralmente entre 2 a 4 semanas aps a montagem do aqurio. O tratamento pode ser feita pela troca de 25% da gua do aqurio diariamente, at que o processo de nitrificao tenha se estabelecido. Esse procedimento ir efetivamente diluir os agentes txicos, causando uma acentuada melhoria na condio dos peixes. A preveno pode ser alcanada por trs mtodos simples: Introduo lenta e gradual de peixes em um novo aqurio. Esse mtodo manter baixos os picos de concentrao da amnia e nitrito, dentro dos limites de tolerncia dos peixes. Colocao de algumas pedras do fundo de um aqurio bem condicionado, e livre de doenas, no novo aqurio. As bactrias nitrificantes aderem superfcie das pedras, e o procedimento ir, essencialmente, inocular os nitrificantes no aqurio. Os peixes, todavia, devero ainda ser introduzidos cuidadosamente. Estimulao artificial do processo de condicionamento pela adio de sais de amnia e nitrito ao novo aqurio. Haver, em conseqncia, estimulao para o crescimento de bactrias nitrificantes. Pela monitorao dos concentraes de amnia, nitrito e nitrato, pode-se determinar quando o aqurio estar condicionado e apto a receber os peixes.

DOENAS INFECCIOSAS Peixes tropicais so altamente susceptveis a uma variedade de doenas infecciosas. O agente etiologico da maioria desta doenas so bactrias gram negativas com mobilidade. Os principais sintomas e seus possveis agentes etiolgicos esto listados abaixo: Leso ou sinal Possvel diagnstico Emaciao Muitos estados patolgicos causam emaciao, entretanto dois agentes em particular devem ser suspeitos: Ichtyosporidium phoferi (um fungo que provoca infeco sistmica) e espcies de Mycobacterium, que causam tuberculose nos peixes. Distenso Septicemia bacteriana, usualmente abdominal provocada por Aeromonas liquefaciens. A ao de um agente viral tambm (hidropsia) e/ou suspeitada. escamas eriadas Exoftalmia

Um sinal bastante inespecfico, associado com diversas doenas (mas comumente com septicemia bacteriana). Nadadeiras Sinal inespecfico. M qualidade da rotas gua, presena de ectoparasitas (Flexibacter columnaris). Leses brancas Infeco por fungo, usualmente, com aspecto de Saprolegnia sp (S. parasitica) ou algodo espcies de Achtya ou Aphanomyces. Diagnstico pela evidncia de elementos miceliais nos raspados. Manchas ou Ectoparasitismo. Diagnstico no exame ndulos de raspado de tegumento e fragmento brancos de nadadeiras (protozorio, esporozorio). reas Esporozorios (Plistophora). esbranquiadas sob a pele Crescimentos Infeco viral linfocstica (pox vrus com esbranquiados hipertrofia dos fibroblastos). verrucosos na pele ou nadadeiras lceras Aeromonas um invasor secundrio, avermelhadas que pode quase que invariavelmente ser cultivado, entretanto, o problema

primrio pode ser o ectoparasitismo ou injria mecnica.

SEPTICEMIA E ENTERITE Uma forma aguda desta doena em peixes tropicais tem sido atribuda a Paracolobactrum aerogenoides, uma bacilo gram negativo. Peixes dourados expostos ao agente tem mortalidade de 100% em 19 horas. Os sinais clnicos so depresso e enterite. Ocasionalmente, como resultado da enterite, ocorrera o prolapso anal nos estgios terminais. Na necropsia, observa-se um intestino delgado atnico distendido por muco de colorao amarelado. As leses tendem a ser mais marcadas na poro distal dos intestinos. Os vasos do mesentrio e do fgado estaro congestos, e o bao pode estar aumentado de volume at cinco vezes o seu tamanho normal. Kanamicina ou sulfadiazina adicionada no aqurio podem ser eficazes, juntamente com medidas de limpeza e higiene por parte do proprietrio, j que demostrou-se a patogenidade deste agente ao homem e outros mamferos ASCITE (DROPSY) A forma infecciosa com ascite causada pela Aeromonas liquefaciens, um bacilo gram negativo com mobilidade. Os sinas clnicos incluem eritema difuso da pele. Com a evoluo do doena o abdome distende-se duas a trs vezes do normal com fluido asctico. Peixes maiores podem ser tratados individualmente pela administrao intramuscular de Clorafenicol. Banhos por oito horas com clorafenicol podem tambm auxiliar espcimes menores. DOENA RENAL Esta doena em peixes foi inicialmente atribuda a um bacilo gram positivo, Moraxella sp. Os peixes afetados apresentam petquias na pele e pequena reas de necrose focal nos rins. Na cavidade peritonial observa-se fluido rosa. Microscopicamente, h uma granulao generalizada. Fibrose generalizada nas vsceras e anastomoses perivasculares dos vasos intestinais caracterizam a doena. Corpsculos de incluso de tamanho variado so freqentemente observados nas clulas acinares pancreticas. As pequenas incluses so eosinoflicas e as maiores so basoflicas. Isto sugere uma etiologia viral juntamente com uma granulao bacteriana. No h tratamento indicado. TUBERCULOSE Causada pelo Mycobacterium piscium, M. platypoecilus, e M. fortuitum, ocorre em vrias espcies de peixe mantidos em aqurios. Estes agentes so bacilos alcool-cido resistentes, gram negativos e no mveis. Crescem otimamente na temperatura de 30C e param sua multiplicao a 37C.

Os peixes afetados so anorticos e rapidamente perdem peso. Apresentam exoftlmia, ulceras cutneas, descolorao e deformidades esquelticas. Alguns peixes afetados podem demonstrar fotofobismo. Leses macroscpicas incluem focos necrticos cinzas que freqentemente se coalescem formando massas similares a neoplasias. O diagnstico feito pela demonstrao de bacilos lcool-cido resistentes nos granulomas ou ulceraes. No h tratamento satisfatrio, e deve-se tomar muito cuidado na manipulao de peixes infectados j que esta doena transmissvel ao homem. DOENA COLUMNARIS A mais comum doena de pele, no parasita, em peixes de aqurio a doena columnaris. Esta doena causada por um bacilo gram negativo Flexibacter columnaris, que invade a epiderme, formando inicialmente uma mancha cinza bem delimitada. As leses evoluem para ulceras. As nadadeiras tornam-se desgastadas e as brnquias reas de necrose focal. Espcies de Corynebacterium podem estar associadas ao F. columnaris. Devido as tcnicas especiais de cultivo para o isolamento do agente em laboratrio, o diagnstico realizado numa montagem mida em lmina da leso, onde o agente pode ser observado como um longo e fino bacilo. Tratamento a base de clorafenicol efetivo. PODRIDO DAS NADADEIRAS A infeco ocorre secundariamente a leso fsica, estresse por causas psicolgicas, superpopulao, desnutrio ou baixa qualidade da gua, iniciando-se pela proliferao do epitlio das nadadeiras, com seu engrossamento e opacidade. As leses invariavelmente iniciam-se da borda distal e avanam lentamente proximalmente. As bactrias Haemophilus piscium e Aeromonas sp tem sido incriminadas como possveis agentes. Tratamento com clorafenicol eficaz. ULCERAS CUTNEAS As ulceraes cutneas ocorrem com certa freqncia em peixes de aqurio. Os agentes etiolgicos incluem: Nocardia asteroides, Aeromonas sp, Mycobacterium piscium e Ichthyobonus hoferi. Os trs primeiros agentes so bactrias e o ultimo um fungo patognico que pode ser diagnosticado por montagens midas da leso. PROTOZORIOS EXTERNOS Geralmente motilidade ciliar; As infeces macias irritam a pele e as brnquias, fazendo com que o peixe produza quantidades excessivas de muco como mecanismo de defesa. Esse acrscimo na produo pode tornar deficiente a respirao branquial, levando a sufocamento;

As leses provocadas podem evoluir para infeces bacterianas secundrias; Ichtyopthirius multifiliis "ICTOS" Cryptocaryon irritans Causa a chamada "doena da mancha branca". Ocorre em todo o mundo e acomete todos peixes de gua doce e em condies limitadas de um aqurio so muito virulenta (a doena similar para peixes marinho causada pelo Cryptocaryon irritans). A doena pode ser identificada aps alguns dias da introduo de um novo peixe no aqurio. Os sinais clnicos incluem pequenas manchas ou pintas brancas sobre o corpo, emaciao, asfixia e morte. Os protozorios Ichtyopthirius so organismos grandes, unicelulares, mveis, com formato esfrico a oval tendo seu maior dimetro entre 0,05 &ndash 1mm. Toda sua superfcie ciliada. Seu macroncleo possui a forma caracterstica de ferradura. Os parasitas vivem em cistos na hipoderme onde seus movimentos rotatrios podem ser observados. Em alguns casos, a infestao limitada as brnquias. A partir dos movimentos rotatrios o parasita se alimenta de partculas epiteliais e fluidos teciduais do hospedeiro. As manchas e pintas brancas que so comumente observada, chamadas de terontes so parasitos ou grupos de parasitas encistados, no suscetveis a droga antiprotozorias. Com o crescimento do protozorio o teronte aumenta de volume, rompe o libera o parasita, chamado trofozoito que passa a viver sobre a pele ou brnquias do peixe. Posteriormente dirige-se ao fundo do aqurio, onde aderese em objetos como cascalho ou tubulao, encapsula-se em uma gelatina, O trofozoito aderido sobre mitoses internas, produzindo numerosos indivduos jovens ou tomites. Dentro de um perodo de 18 a 21 horas (em 23 a 25C) de 250 a 1000 de tomites ciliados so produzidos, sendo libertados para a gua. Eles nadam ativamente e caso encontrem algum hospedeiro penetram na pele e dilatam-se formando cistos e desenvolvendo-se em novas formas adultas. Caso no encontrem um hospedeiro morrem em cercas de 48 horas. O ciclo completado em 10-14 dias em cerca de 22 C at 21 dias para temperaturas mais baixas. Como drogas antiprotozorias no podem penetrar em terontes encistados, o tratamento direcionado a evitar a reinfeco do peixe pelos tomites. As drogas mais usadas incluem: verde malaquita, formalina e a mistura de verde malaquita e formalina em peixes de gua doce. Para peixes marinhos utilizado o sulfato de cobre. Em adio quimioterapia, outros procedimentos ajudaro a controlar a infestao. A elevao da temperatura alguns graus acima da temperatura normal do aqurio por vrios dias tende a limitar a infeco por um efeito adverso nos terontes, bem como estimula a resposta imune do hospedeiro. A filtrao com diatomceas tende a reduzir o nmero de tomites. A transferncia do peixe para uma srie de aqurio limpos diariamente por sete dias limitara a reinfeco. Na prtica pode ser usado um nico aqurio onde a gua mudada diariamente e que tenha a superfcie interna de seus vidros limpas para remover algum trofozoito. Epistylus

Parasitos que apresentam uma longa haste ligada ao peixe; seu corpo tem a forma de um sino em uma das extremidades, possuindo um anel circular ciliado, ao alto. Tetrahimena Esses ciliados piriformes so parasitos de vida livre que atacam peixes debilitados. Esto associados com problemas em "guppies" nos quais provocam um anel esbranquiado de necrose em torno do corpo. ESPOROZORIOS A classe dos esporozorios (Sporozoasida) pertencem ao reino dos protozorios (Protista, sub-reino Protozoa) e possuem como caractersticas:

Forma piriforme, arredondada ou amebide; Representantes obrigatoriamente de vida parasitria; Flagelos e clios ausentes; Oocistos com esporozotos infectantes. Produzem cistos brancos nos tecidos dos peixes. Essas formaes so freqentemente visveis sem ampliao tica; O diagnstico pode ser obtido pela colocao de um cisto dissecado, em uma lmina de microscopia, esmagando-o em seguida com uma lamnula. A estrutura dos zosporos ir auxiliar na identificao.

As principais espcies encontradas so: Henneguya sp Formam cistos primariamente nas brnquias (onde iro interferir com a respirao) e nas nadadeiras. Esses organismos produzem esporos distintos, longos e de "cauda dupla". Plistophora hyphessobryconis Provocam a "doena do neon-tetra". Esses organismos infectam e destroem a musculatura, provocando o aparecimento de reas de necrose esbranquiadas, aparentes atravs da pele. Essa doena ocorre em outros peixes, alm dos neon-tetra. Os cistos (pansporoblastos) contm numerosos esporos ovais, bastantes caractersticos. FUNGOS Fungos so um grande grupo de organismos nucleados semelhantes aos vegetais, mas estando ausente a clorofila, e a diferenciao de seus tecidos em razes, caule e folhas. Quando observado na superfcie de um peixe, a infeco fngica assemelha-se com uma massa de algodo branca. Esta massa, chamada de miclio, composta de filamentos, conhecidos como hifas, que podem ou no serem ramificadas. Os fungos usam a mateira orgnica

como fonte de nutrientes, geralmente vivendo associado com outra forma de vida. Os fungos em peixes so geralmente um episdio secundrio, acometendo animais previamente debilitados invadindo ferimentos causados por outras enfermidades, tanto traumticas, infecciosa ou parasitrias. O mais comumente fungo isolado em peixes Saprolegnia sp. O diagnstico feito pela observao das leses clnicas tpicas, e pela presena de elementos miceliais nas montagens para exame microscpico do material das leses. O tratamento realizado a base de banhos de verde malaquita. ALGAS Oodinium ou Ammyloodinium (dinoflageladas) Este agente causa a "doena aveludada". Os peixes afetados apresentam em sua superfcie uma cobertura aveludada branca ou escura. As brnquias geralmente esto infectadas. O parasito tem forma varivel de 40 a 100 microns, desde esfrica at a de um cilindro, e usualmente contm grnulos altamente refrateis. O ciclo de vida deste parasita inicia-se com a liberao por um cisto maduro (tomonte) de cerca de 250 muito finos, algas nadadoras unicelulares chamadas dinosporideos. Este tomonte pode estar fixo no muco do hospedeiro ou no fundo do aqurio. A diviso das clulas dentro do tomonte ocorre em 3 a 6 dias dependendo da temperatura da gua. Os dinosporideos precisam achar um hospedeiro para se alimentarem em no mximo 48 horas. Como os peixes esto constantemente bombeando gua por suas guelras, este tecido respiratrio o mais freqentemente parasitado. Aps se fixarem, os dinosporideos tornam-se cistos (trofontes) e enviam filamentos (rizoitos) para os tecidos do hospedeiro para absorver nutrientes. Em alguns dias, estes filamentos se degeneram e o parasita torna-se um tomonte. Ocorre diviso celular interna e liberao de novos dinospordeos. O tratamento feito com a manuteno dos peixes em banho com sulfato de cobre por dez dias. A reinfeco um problema comum e pode estar associado a habilidade do parasito de colonizar o intestino. TREMATODEOS MONOGENTICOS Os peixes podem carrear grande nmero de vermes parasitrios diminutos em seus corpos, brnquias e nadadeiras. Estes parasitos podem multiplicar-se sobre o peixe sem a necessidade de hospedeiros intermedirios, sendo denominados tremtodes monogenticos. Sua ocorrncia comum e podem ocorrer pesadas infeces com altas taxas de mortalidade. So facilmente transmissveis a outros peixes pelo contato, e atravs da gua. Gyrodactylus

Geralmente encontrado sobre o corpo e nadadeiras, mas podendo tambm afetar as brnquias. Esses parasitos tem cerca de 0,8mm e podem ser identificados pela falta de mculas oculares, por um nico par de grandes ganchos, e por serem vivparos. Os indivduos ainda no expelidos podem ser vistos no interior dos vermes vivos. As infeces inaparentes so comuns. Os parasitas alimentam-se de sangue e epitlio. Quando presentes as leses incluem hemorragia localizada, produo de muco e ulceraes localizadas. Infeces secundrias por bactrias (Aeromonas, Flexibacter) so comuns. Dactylogyrus Uma espcie de trematodeos comumente encontrada nas brnquias, possuem quatro mculas oculares e so vivparos. Os vermes adultos medem cerca de 200 microns, tendo tanto gnadas masculinas e femininas, e podendo ocorrer a auto fecundao. O peixe parasitado apresenta movimentos acelerados dos oprculos, dispnia com respirao prxima superfcie, e esfrega-se ao substrato. Quando presente em nmero suficiente, os parasitas causaro hiperplasia e destruio do epitlio, resultando em asfixia. O tratamento para tremtodes monogenticos incluem banhos com formaldeido, gua salgada (para peixes de gua doce) e organofosforados. TREMATODEOS DIGENTICOS Trematodes digenticos em peixes podem ocorrer como formas adultas no trato digestivo ou, mais comumente, como estgios intermedirios encistados nos tecidos. raro encontrar peixes tropicais como hospedeiros finais de formas adultas de parasitas nos intestinos, mas freqentemente servem como hospedeiro intermedirio secundrio . Na maioria dos casos uma ave que se alimenta de peixes e que elimina ovos de parasitas para a gua. Os ovos evoluem para miracdeos que penetram em uma espcie especfica de caramujo. Aps o desenvolvimento nos caramujos, as procercrias so espelidas e penetram nos peixes. Aqui se desenvolvem em metacercarias dentro de cistos. Formas larvais do gnero Neascus so freqentemente observadas em peixes tropicais coco pintas pretas de 2 a 3mm na pele de peixes. Estas pintas pretas representam uma reao melannica ao redor da metacercaria encistada. COPPODOS (CRUSTCEOS) Os parasitas coppodes so comuns, incomodam bastante, e so de difcil controle. H crustceos de gua doce e marinhos. Algumas espcies no parasitas servem como hospedeiros intermedirios para certos helmintos. Alguns coppodes introduzem-se profundamente na pele, no sendo incomodados por agentes qumicos. Argulus

Comumente referido como "piolho dos peixes". Os organismos possuem uma forma achatada, com aspecto de pires, podendo ser observados rastejando rapidamente sobre o corpo do peixe parasitado. Quando imvel, o parasita assemelha-se a uma escama. O exame cuidadoso dos indivduos ir revelar a presena se patas articuladas e duas grandes ventosas discides para aderncia, o que d aos organismos a aparncia de possurem dois olhos. Quando presos ao peixe, os parasitos alimentam-se de sangue e fluidos corpreos. Mesmo peixes maiores podem morrer, se o parasitismo for intenso. Achetheres Comuns nas guelras de peixes, onde seus corpos de cores claras destacamse, em agudo contraste com o vermelho-escuro dos filamentos branquiais. Nesse crustceo, as patas desaparecem; duas formaes bucais modificaramse, redundando em um par de apndices curvos, que se pode fusionar nas extremidades, com isso aderindo o parasito s brnquias. Esses parasitos consomem sangue branquial, sendo uma sria ameaa par o peixe. Lernaea Tambm conhecido como verme-ncora. O local de aderncia tem a rea circunvizinha inflamada, desenvolvendo freqentemente infeces bacterianas ou fngicas secundrias. O parasita fica to firmemente aderido aos seus hospedeiros, que deve-se tomar precaues quando da remoo dos organismos. Aps a aderncia das formas juvenis, os apndices da cabea modificam-se, de modo que o parasito fica assemelhado a uma ncora, em sua extremidade anterior. Essas protuses ramificantes impedem a retirada do parasito. Esse organismo freqentemente fator primrio nas infeces bacterianas. TRATAMENTO E DOSAGENS Rotas de administrao: BANHO: refere-se ao tratamento no qual a droga dissolvida na gua onde o peixe est nadando. O tratamento usualmente dura de 15 minutos a 24 horas. A dosagem geralmente baseada no volume de gua e no na biomassa do peixe. MERGULHO: refere-se ao tratamento no qual o peixe submerso numa soluo por um perodo de 1 segundo at 15 minutos. O volume de gua usualmente menos que aquele no tratamento de banho e a concentrao da droga freqentemente alta. BANHO INDEFINIDO: a medicao adicionada ao aqurio ou tanque e usualmente no h troca de gua ou retirada dos peixes. INJEO: o antibitico dado por injeo com agulha hipodrmica e seringa. As vias podem ser subcutnea, intradermica, intramuscular, intravenosa e intraperitonial.

ORAL: a medicao misturada com a alimentao. Usualmente h a incorporao da droga numa dieta gelatinosa. Para grandes peixes, a medicao pode ser colocada em um pedao de alimento e ento a sua ingesto pode ser feito a fora. TPICA: o antibitico aplicado diretamente na leso.

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