Supermix 134

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palavra do presidente

Pedro Joanir Zonta

Presidente da Apras

Caro leitor,

Vejo que os eventos promovidos pela Apras têm dois objetivos bem definidos: expandir rede de relacionamentos e facilitar

as negociações. São grandes propósitos de nossa entidade, que neste ano celebra 40 anos de existência. Sempre com

determinante atuação no setor supermercadista, a Apras está frente aos desafios políticos e comerciais estabelecidos pela

sociedade. São consumidores com novos hábitos de compra, em busca de uma vida mais saudável e preocupados com o

meio ambiente e as minorias. Estes cidadãos que, juntamente com os órgãos públicos, nos colocam sempre novos desafios

nos quais precisamos trabalhar. Não apenas porque são benéficos e necessários para eles, mas também para que não

onerem nossos negócios.

Por vezes, até enfrentamos uma luta inglória, em que o setor é visto como transgressor das periódicas mudanças na

legislação, com determinações que nem sempre representam avanço para a sociedade. Como entidade de classe atuante

em todo o Paraná, temos a responsabilidade de trazer à tona discussões sobre essas questões, e nos colocarmos firmes

nas polêmicas que envolvem o setor. Felizmente, temos cumprido este papel com êxito. A própria Mercosuper serve de

exemplo para as conquistas da nossa Associação. Comemorando 30 anos, a feira reuniu 285 empresas fornecedoras de

produtos e serviços para o varejo, inclusive com a presença de indústrias da Argentina e do Paraguai. Foram 50 mil visitantes

em três dias, com a presença do Governador do Estado do Paraná, Beto Richa, entre outras autoridades públicas de

importante e positiva influência para o setor.

Como fundamental extensão dos objetivos da Mercosuper ao interior do Paraná, ainda teremos em julho a Supernorte,

na cidade de Londrina, e a Superoeste, no mês de setembro em Cascavel. São dois eventos vistos como oportunidades

ideais para mobilizar os colegas do setor a fomentar negócios que servem de importante desenvolvimento econômico

para o estado. Como empresários supermercadistas, temos a comemorar o crescimento real de aproximadamente 7,5%

que tivemos nos últimos três anos. Foram anos excelentes para o setor, com investimentos e modernização das nossas

lojas. A economia crescente a pleno emprego nos dá alegria pelo aumento das vendas, mas exige trabalho redobrado

para buscarmos mão-de-obra. São mais de três mil vagas não preenchidas somente no Sistema Nacional de Emprego em

Curitiba. Em 2011, tivemos ainda uma excelente Páscoa e até o mês de abril, já crescemos na ordem de 4,1%.

Como consumidor e empresário, neste momento nos preocupa a volta da inflação, que atinge patamares de 6,33%. A

grande maioria dos comerciantes viveu nos tempos de inflação que precederam o plano Real em 1994. Esperamos que este

mal que tanto nos afligiu pela constantemente escalada dos preços, seja afastado rapidamente, pois sabemos que ele ainda

não foi totalmente erradicado de nossa cultura.

No mais, convido o leitor para acompanhar a cobertura completa da feira na

página 23 e a mergulhar no conhecimento que nossa revista tem promovido

bimestralmente para os senhores.

Boa Leitura!

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sumário

entrevista O economista e apresentador Ricardo Amorim fala do cenário econômico

COnsUMO Surge o metaconsumidor: quem é e como satisfazer suas necessidades

sUstentabilidade Todo material de comunicação visual da feira teve descarte correto

Matéria de Capa No ano de seu aniversário, edição da feira apresenta a evolução do varejo

CalendÁriO Dia dos pais e como atender o novo perfil deste consumidor masculino

perFil Conheça a história do diretor executivo, Luiz Maurício Hyczy, do Superpão

notíCias (08)

índiCe de vendas (48)

artigos (50)

aCademia empresarial (56)

aConteCeu Comigo (64)

espaço apras (66)

lançamentos (68)

espaço do leitor (70)

23

46

44

20 40

42

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Caro Leitor

editorial

Independente do resultado, concluir uma Mercosuper é sempre uma

vitória. Claro que é muito melhor se o saldo for positivo e superar as

expectativas. É exatamente para isso que trabalhamos com afinco para

a realização do evento. Gostaria de aproveitar a oportunidade de, neste

editorial, falar sobre a feira deste ano. Ao contrário dos últimos anos, em

2011, a Apras trouxe um conceito diferente para o evento. O simples fato

de não realizarmos o seu início num domingo já fez uma enorme diferença

no público, que ficou muito mais segmentando e focado. Fomentar

negócios é a nossa missão, muito bem cumprida na edição de número 30

da feira.

Na avaliação qualitativa dos expositores – realizada pelo Datacenso

Instituto de Pesquisas e coordenada por Claudio Shimoyama – o grau

de desempenho da feira foi de 86% – contra 84,7% em 2010 –, o melhor

resultado dos últimos anos, composto principalmente pela qualidade dos

produtos expostos, o conteúdo das palestras, a disposição e apresentação

dos estandes e pela quantidade de compradores e negócios realizados.

Entre as principais sugestões, foram apontadas melhorias em relação à

divulgação da feira, que pode ser mais intensa e antecipada. Já na avaliação

dos visitantes, o grau de desempenho da Mercosuper foi de 91,8% – contra

91,2% em 2010 –, mantendo o excelente resultado dos últimos anos. Entre

os itens de destaque estão o atendimento dos expositores, a variedade de

empresas, o horário de funcionamento da feira e a limpeza, segurança e

logística. Para uma edição de aniversário, podemos celebrar a qualidade da

nossa feira, que está cada vez mais alinhada com o propósito da Apras.

Reitero que críticas e sugestões nos movem para trabalhar melhor a cada

ano na busca de um atendimento de excelência aos participantes da feira,

tanto expositores quanto visitantes. Já estamos trabalhando na 31ª edição

da Mercosuper, que terá o tema “O varejo olhando para o futuro”. No mais,

sugiro que aproveitem esta edição da revista Supermix que traz a cobertura

completa do evento, entre outras matérias muito interessantes para o setor

supermercadista.

Espero que gostem desta edição!

Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação

PresidentePedro Joanir Zonta (Condor Supermercados)Primeiro Vice-PresidenteLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA)Vice-Presidente de PatrimônioJoão Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA)Vice-Presidente SegurançaLuiz Alberto Leão (Condor Supermercados)Vice-Presidente EventosEverton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.)Vice-Presidente ExpansãoAlceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA)Vice-Presidente de Segurança AlimentarNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Vice-Presidente Relações SindicaisAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal)Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA)Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.)Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA)Vice -Presidente AdjuntoCezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo PankratzHaroldo Antunes DeschkDercio Domingos de CostaConselho Fiscal SuplenteJoão Batista Moreira dos SantosEdson ZamprognaClaudia Maria DalmoraPresidente Regional Sul - Ponta GrossaSergio Jasinski (Supermercado Jasinski)Presidente Regional Norte - LondrinaValdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA)Presidente Regional Oeste - CascavelLuciano Fabian (Supermercado Fabian)Presidente Regional Sudoeste - Panto BrancoVinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA)Presidente Regional Noroeste - MaringáRoberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci)Presidente Regional Norte Pioneiro - JacarezinhoLuiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes)Presidente Regional - IratiPaulo César Ivasko (Supermercado Ivasko)Presidente Regional - GuarapuavaDaniel V. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho PermanenteEverton MuffatoPedro Joanir ZontaRuy SenffSidney SchnekembergEduardo Antonio DalmoraRomildo Ernesto ConteRoberto DemetercoSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato Diretor ComercialWalde Renato ProchmannConselho Editorial Camila Manssour Tremea, José Eduardo Nasser e Isabelle RockerDepartamento ComercialKhailany Cardoso e Walde Renato ProchmannFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected] Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico)DiagramaçãoSamuel RodriguesRevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem13.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix é patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e também seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.br/supermixOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2009/2012

impressão

A Apras, consciente das questões ambientais e

sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest

Stewardship Council) na impressão deste material.

A certificação FSC garante que uma matéria-prima

florestal provém de um manejo considerado social,

ambiental e economicamente adequado. Impresso

na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia

de custódia - FSC

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notíCias

Período de festas e frio bom Para os vinhos

( Os meses de junho e julho oferecem uma nova

oportunidade de campanha sazonal na rede de varejo. As

festas juninas ou “julinas” representam mais uma boa chance

para os supermercadistas aquecerem o setor no período

mais frio do ano. De acordo com o consultor para Estratégia

das Organizações de Varejo, Alain Winandy, a ambientação

com barraquinhas com itens para consumo imediato ou

ainda uma decoração com bandeirinhas e funcionários

vestidos com chapéu de palha, lenço no pescoço e camisa

xadrez trabalhando ao som de músicas típicas funcionam

muito bem em lojas de varejo e animam qualquer ambiente.

Este ano, em especial, o supermercadista pode ter alguma

vantagem ao buscar vinhos importados como os argentinos

– o país vizinho é o que mais exporta a bebida para o Brasil.

A implementação do Selo de Controle Fiscal pela Receita

Federal, em janeiro deste ano, fez com que as importadoras

abastecessem seus estoques ainda em 2010, segundo o

Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). No ano passado, o

país importou 75,3 milhões de litros de vinho estrangeiro,

o maior volume da história. Para quem prefere ficar com

as marcas nacionais, os 70 anos da paranaense Famiglia

Zanlorenzi Grupo Vinícola garantiu algumas novidades

como o Miracolo 100% Bordô, elaborado em sua totalidade

com uvas da variedade bordeaux. Para mostrar o potencial e

diferencial do produto, a companhia optou por envasá-lo em

uma embalagem que facilita a leitura e a identificação do

produto nas gôndolas. “O lançamento é reflexo da demanda

do mercado por um vinho de mesa que possua qualidades

diferenciadas deste segmento, como a elaboração exclusiva

da variedade bordeaux, reconhecida como diferencial para

os apreciadores de vinhos de mesa”, diz a coordenadora de

marketing da vinícola, Gioceli Escorsin.

Além isso, vale apostar também nas novidades lançadas por

fornecedores para alavancar a venda de produtos típicos.

A pipoca para micro-ondas sabor picanha lançada pela

Alimentos Zaeli em maio durante a 27ª Feira Internacional

de Negócios em Supermercados - APAS 2011, é um

exemplo. O produto reforça a linha que hoje conta com 10

produtos exclusivos e está entre as mais lembradas pelos

supermercadistas de todo o país, de acordo com pesquisas

de Top of Mind. Outra inovação é oferecer sugestões

saudáveis com produtos à base de soja. Essa opção ainda

tem a vantagem de atender um público bem específico:

pessoas com intolerância à lactose ou alergia à proteína

do leite. A Yoki apresenta ao mercado o exclusivo Mais

Vita Pura Soja, produto enriquecido com 240 mg de cálcio,

quantidade equivalente à encontrada em 200 ml de leite.

O Pura Soja é ideal para ser utilizado na culinária. Por ser

elaborado somente com extrato de soja e água, sem adição

de açúcar e conservantes, o produto apresenta um sabor

neutro e pode ser utilizado no preparo de pratos doces e

salgados. As receitas juninas são fornecidas pela própria Yoki.

Fonte: Da Assessoria)

“O lançamento de produtos é reflexo da demanda do mercado por um vinho de mesa que possua qualidades diferenciadas deste segmento, como a elaboração exclusiva da variedade bordeaux, reconhecida como diferencial para os apreciadores de vinhos de mesa”.[Gioceli Escorsin]

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Revista SUPERMIX 9

simPeP alerta Para os imPactos da Proibição

da sacola Plástica

( No dia 17 de maio, a Câmara de Vereadores de São Paulo

aprovou o Projeto de Lei 496/2007, que dispõe sobre a

proibição da distribuição gratuita ou venda de sacolas

plásticas aos consumidores em todos os estabelecimentos

comerciais da capital. O Sindicato da Indústria de Material

Plástico do Paraná (SIMPEP) ressalta a importância do

plástico na atualidade e da necessidade de implantação

de políticas de reciclagem adequadas ao perfil do homem

moderno.

Para evitar contaminações, os órgãos de saúde do país

recomendam que o lixo seja devidamente embalado com

plástico. Sendo assim, uma pesquisa do Ibope confirma que

100% das sacolas plásticas são reutilizadas como saco de lixo

pela população brasileira. O SIMPEP destaca que a proibição

apenas vai forçar o consumidor a comprar sacos de lixo, um

custo a mais para milhares de famílias, que muitas vezes

já sofrem para manter seu orçamento. As características

da sacola plástica confirmam a diversidade de maneiras

de utilização pela população. Por elas serem econômicas,

duráveis, resistentes, práticas, higiênicas e inertes, a pesquisa

do Ibope ainda comprova que 71% das donas de casa

consideram a sacolinha de plástico como o meio ideal para

transportar suas compras.

Como as sacolas são 100% recicláveis e reutilizáveis, a

proibição é, para o SIMPEP, uma alternativa inconsistente

e arcaica, já que os meios de reciclagem e de preservação

ambiental devem evoluir com as novas tecnologias. Ainda

segundo o Sindicato, o problema está no desperdício e

no descarte incorreto, que podem ser solucionados com

projetos de orientação e de conscientização, além da

responsabilidade compartilhada entre a indústria, o varejo,

a população e o governo. Quem vai sofrer o impacto da

proibição não será somente a população, que terá uma

despesa extra com sacos de lixo, mas também os seis mil

funcionários da cadeia produtiva das sacolas plásticas de São

Paulo, que poderão perder seus empregos.

Fonte: WBC Comunicação)

autoatendimento: suPermercado sem caixa

vem aí

( Terminais de autoatendimento deixam de ser exclusividade

dos bancos e se espalham para os mais diversos tipos

de negócio. As lojas da rede varejista Fresh and Easy, nos

Estados Unidos, são como qualquer outro supermercado:

produtos expostos em prateleiras, carrinhos e promoções.

Mas, na saída, há um detalhe bastante diferente: não existem

funcionários registrando as compras nos caixas. Os próprios

clientes passam os produtos por leitores de códigos de

barras e pagam as compras com cartões de débito ou

crédito.

Fundada no ano passado e hoje com 62 lojas, a rede – braço

da britânica Tesco – adota uma modalidade extrema do

autosserviço. A experiência da Fresh and Easy ilustra uma

tendência global de substituição de atendentes humanos

por máquinas. Os motivos são os mesmos que levaram os

bancos, pioneiros no sistema de self-service, a adotar os

caixas eletrônicos: redução de gastos operacionais e de

tempo de atendimento. Outro exemplo são as companhias

aéreas, estima-se que aquelas que adotam o sistema de

check-in automatizado consigam cortar os custos de cada

operação em 95%. Cada passageiro atendido no balcão por

um funcionário custa três dólares. No caso dos terminais de

autoatendimento, esse valor cai para apenas 14 centavos

de dólar. Com o avanço da tecnologia e diante de números

como esse, fica fácil entender por que empresas de varejo e

serviços estão entusiasmadas com o sistema self-service.

Mas a economia não é a única explicação para essa nova

onda de automatização. Na era da Internet, os consumidores

já estão habituados a fazer tudo sozinhos, seja para comprar

um livro numa loja online, seja para dar entrada no relatório

de despesas de viagem no sistema da empresa. O instituto

de pesquisas Gartner considera irreversível a tendência do

self-service no mundo real: nos próximos dois anos, seis em

cada dez interações com clientes serão automatizadas, e

isso vale para o mundo todo. “O brasileiro tem características

distintas do francês ou do alemão. Mas as semelhanças

são muito maiores do que as diferenças”, diz Marcelo

Angeletti, professor de pós-graduação da Escola Superior

de Propaganda e Marketing (ESPM). “Todos eles querem

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10 Revista SUPERMIX

a maior feira de suPermercados do mundo

encerra com saldo Positivo

Presidente do PoPai comPara Pontos de

venda no brasil e no mundo

(Cinco bilhões de reais em negócios (representando

um crescimento de mais de 10%, comparado ao evento

anterior), 550 expositores, 100 palestras com especialistas

de renome do Brasil e do exterior, mais de 70 mil inscritos,

3,7 mil congressistas e nada menos que 68 mil metros

quadrados para a área de exposição. Este é o balanço do

27º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios

em Supermercados, promovido pela Associação Paulista de

Supermercados (Apas) entre os dias 9 e 12 de maio.

Este ano, o evento recebeu 50 companhias de diversos

países, como Alemanha, Turquia, Tailândia, Itália, Espanha,

Portugal e Finlândia, além de mais de 150 visitantes de todo

o mundo. Foram gerados mais de 20 mil empregos somente

na produção. “Fico muito entusiasmado com os números da

feira. Geramos negócios para a cidade de São Paulo, para o

Center Norte e para a rede hoteleira. Nosso objetivo é tornar

esse evento o maior polo de negócios latino-americano”,

almeja o presidente da Apas, João Galassi.

Além dos negócios fechados, o evento rendeu bons

frutos, com a assinatura de quatro convênios – Escola

Digital de Supermercados (e-super), com o lançamento

imediato de seis cursos à distância; parceria entre a Apas

e o governo para reduzir as sacolas plásticas em todo o

Estado; o programa Via Rápida, que prevê treinamento para

profissionais desempregados e o da criação da Câmara

Técnica do Comércio Supermercadista, em parceria com o

Procon-SP.

Congresso de Gestão

Foram quatro dias de muita informação, atualização e

bons negócios. O público pôde conferir importantes

palestras e debates sobre os mais diversos assuntos, como

tendências de consumo, varejo, inovação, produtividade,

gestão de produtos, criação de valor, marketing, estratégia,

comunicação, redes sociais, finanças e tecnologia,

avaliação de pessoas, entre outros. “O Congresso da APAS é

importantíssimo do ponto de vista econômico, social e de

inovação tecnológica”, destacou o governador do Estado de

São Paulo, Geraldo Alckmin.

Como parte da programação, também foram realizadas

visitas técnicas monitoradas, para comprovar na prática

as experiências que fazem sucesso, além de workshops

gratuitos para os funcionários da área operacional; a Arena

do Conhecimento, para a aplicação de boas práticas

no autosserviço do dia a dia. “A feira foi um sucesso.

Aumentamos o volume de negócios, fechamos convênios

importantes para a profissionalização do setor e ainda

discutimos temas relevantes para o futuro do mercado

supermercadista”, conclui Galassi.

Fonte: Da Assessoria)

( O presidente do POPAI mundial, Richard Winter, analisou

recentemente a evolução dos pontos de venda no mundo

e traçou um comparativo entre as lojas e supermercados

brasileiros e os norte-americanos. Em sua apresentação “O

Ponto de Venda como Mídia”, Winter abordou os processos

de ambientação e de venda dos varejos, do século 19 ao 21.

A principal mudança apontada por ele foi a infinita gama de

produtos existentes no mercado americano e as ferramentas

agilidade e comodidade ao consumir.” Uma pesquisa interna

da Tesco confirma: 90% dos consumidores se mostraram

satisfeitos em registrar as compras por conta própria.

Fonte: Exame.com)

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para conquistar o consumidor no momento da compra.

De acordo com dados de uma pesquisa realizada em 2009, 27%

dos consumidores brasileiros se lembravam de terem visto alguma

propaganda de produto. No ponto de venda, esse número saltava para

32%, com relação a materiais de PDV. Winter ressaltou que o número

foi testado pela rede global Walmart, nos Estados Unidos, que chegou

a retirar os displays e materiais promocionais de seus corredores. O

resultado foi uma grande queda em vendas, já que o consumidor

não era estimulado, o que definiu a real importância dos materiais de

marketing para a rede e sua nova política de ambientação. “Quando o

consumidor está na loja, metade da batalha foi vencida. A outra parte

da vitória é obtida quando o ponto de venda consegue envolvê-lo e

convencê-lo à compra”, destacou Winter.

Segundo a pesquisa da entidade sobre o comportamento de

compradores individuais e acompanhados, nos Estados Unidos, cerca

de 60% dos consumidores desacompanhados se lembraram de pelo

menos um display na loja. Entre os acompanhados por familiares ou

amigos, o número cai para 43%. “Isso porque as lojas são consideradas

por muitos consumidores individuais como uma experiência social.

Já quem vai à loja com amigos, por exemplo, é encorajado por eles a

comprar alguns produtos que não tinha planejado”, explica o executivo.

Winter também demonstrou que cerca de 50% dos consumidores

americanos já possuem smartphones, o que amplia as possibilidades

de interação e de experiência proporcionada pelo varejo. “O varejo

mudou muito em cinco anos. Antes, ele tinha o controle e o comando.

Hoje, o consumidor que tem um celular pode checar preços, comparar

produtos, visitar fóruns e ler sobre a opinião de outros compradores.

Podemos trabalhar a nosso favor ou ignorar e perdermos vendas”,

afirmou Winter.

O executivo citou como ferramentas de sucesso na interação com o

novo consumidor o uso de SMS pelas marcas, o mobile marketing e os

aplicativos produzidos por marcas e redes supermercadistas. Através

do download desses aplicativos, de acordo com o palestrante, é

possível monitorar suas pesquisas e preferências e enviar informações

específicas, de acordo com o perfil do consumidor. Na opinião de

Winter, os QR Codes (Códigos de Resposta Rápida), amplamente

utilizados no varejo norte-americano, ainda têm sido pouco explorados

no Brasil. “É possível saber que o display funciona quando o consumidor

escaneia o QR Code, procurando mais informações sobre o produto. A

partir daí, pode-se direcioná-lo para uma página específica e oferecer

promoções, por exemplo”, explicou o executivo.

Fonte: Note! Assessoria de Comunicação)

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12 Revista SUPERMIX

( O Grupo Super Muffato está iniciando a construção de

mais uma loja em Cascavel. Será a quinta na cidade, que

conta ainda com a matriz da rede, que trabalha com a

distribuição atacadista para a região e comporta toda a área

administrativa do grupo. A nova loja deve ser entregue no

segundo semestre de 2011 e fica na região norte da cidade. A unidade terá 13 mil m² de área construída e deve gerar mais de 200 empregos diretos e cerca de 100 indiretos.

Com projeto que apresenta soluções arrojadas e para consolidar seu posicionamento como empresa que se preocupa em atender as necessidades dos clientes oferecendo produtos e serviços de qualidade com o menor preço e ainda manter a tradição de proporcionar comodidade e segurança, o empreendimento contará também com uma galeria comercial com 40 lojas que oferecerá serviços e conveniências tais como agência bancária, lotérica, farmácia, praça de alimentação, moda, entre outros que serão distribuídos em dois pavimentos. “O Centro Comercial traz mais comodidade aos clientes do Muffato, que encontram no mesmo estabelecimento em que realiza as suas compras serviços indispensáveis”, diz Ederson Muffato,diretor do grupo.

A loja terá ainda esteiras rolantes, vias de acessibilidade e estacionamento coberto com capacidade para 800 vagas rotativas. De acordo com Ederson Muffato, Cascavel é uma cidade muito especial para o Grupo Muffato, pois foi onde sua história começou. “Temos um objetivo, que é levar comodidade aos consumidores, por isso investimos não só na construção de um hipermercado, queremos que nossos clientes possam encontrar itens básicos e indispensáveis, em um só lugar. E para os empresários a oportunidade de se atrelar a uma marca forte e consolidada para aumentar sua visibilidade, além de proporcionar maior comodidade à disposição dos clientes”, comentou.

O projeto da loja utiliza práticas sustentáveis, como

ar refrigerado e sistema de ar condicionado que não

prejudicam a camada de ozônio, uso racional de energia

elétrica que aproveita o máximo de iluminação natural,

estação de reciclagem para a coleta seletiva de lixo à

disposição dos clientes, melhor aproveitamento da luz

natural, entre outros.

Fonte: Da Assessoria)

( Já no fim do ano passado podia-se vislumbrar no aumento

dos índices de inflação o principal efeito colateral e maléfico

do crescimento da economia. Enquanto a meta inflacionária

do Banco Central para 2010 era 4,5%, com dois pontos de

margem para mais ou para menos, a inflação verificada foi

5,91%. Neste ano, o problema segue dando dor de cabeça

aos técnicos da área econômica. A inflação atingiu 3,23% no

1.º quadrimestre, contra 2,65% no mesmo período do ano

passado. A meta anual, igual à de 2010, vem sendo superada

mês a mês, fazendo com que o índice acumulado em 12

meses já chegue a 6,51%.

Os principais responsáveis pelo recrudescimento da

inflação são alimentos e combustíveis. Contribuem também

a elevação das commodities no mercado externo, o

aumento do petróleo na sequência da instabilidade política

mundial e a queda na produção de países exportadores

(Líbia e outros países do norte da África, mais países

asiáticos da OPEP) e também a elevada cotação do açúcar

no mercado internacional, o que redirecionou parte da

produção das usinas brasileiras e reduziu a oferta de etanol.

Os combustíveis em alta refletem sobre os preços dos

transportes. O governo brasileiro tratou de tomar medidas

para evitar maiores turbulências. Aumentou a taxa básica de

juros, passando a 12%, e cortou R$ 50 bilhões do orçamento

de 2011. Mais ainda, determinou a redução, adiamento

ou cancelamento de vagas no serviço público federal. Tais

providências devem produzir efeitos apenas no segundo

semestre, não tendo condições de impactar os índices

imediatamente.

A questão, no entanto, é mais complexa. O mercado

competitivo condiciona as empresas a reduzirem margens

de lucro ou adiarem repasses para os preços. A permanente

valorização do real em relação a outras moedas facilita a

entrada de produtos importados, a preços atraentes. Ao

mesmo tempo, fatores como aumento do emprego, a

melhora da remuneração média em diversas categorias,

com destaque para a construção civil, a maior massa de

salários na economia e a ascensão da população para faixas

de renda mais elevadas mantêm aquecida a demanda. Tudo

parece conspirar contra o combate à espiral inflacionária,

a começar pela pouca confiança do mercado em relação

à eficiência das providências adotadas. Há outras a tomar,

suPer muffato lança mais uma loja em

cascavel

índices de inflação PreocuPam

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Revista SUPERMIX 13

Walmart brasil vai investir r$ 1,2 bilhão em

2011

como a ampliação da oferta de alimentos e produtos

básicos, maior produção de etanol e efetiva redução dos

gastos públicos.

Cabe mencionar, também, a inexistência de uma política

reguladora de estoques no Brasil, como forma de conter

aumentos de preços em produtos básicos. O próprio etanol

ainda é tratado como derivado agrícola, quando ele se

destaca como componente fundamental de uma nova

matriz energética. Considerando o combate à inflação uma

questão primordial de política econômica, é preciso que

o governo estabeleça outras estratégias que se mostrem

adequadas para a estabilização. Após a convivência com

a hiperinflação em 1993, quando o valor anual chegou a

quase 3.000%, com todos os danos e malefícios decorrentes,

não se pode permitir a ressurreição de um problema

que, além dos efeitos sobre a economia, possui extensas

ramificações políticas e sociais. O combate à inflação no

Brasil deve ser implacável, permanente e prioritário.

Porém, em nenhum momento os efeitos do combate

à inflação podem recair sobre a atividade do comércio,

que dá mostras de força ao crescer de forma consistente,

gerando empregos e aumentando a arrecadação oficial. Em

resumo, o desafio do governo concentra-se em resolver essa

equação. Inflação em queda de um lado, comércio forte de

outro. É o preço a pagar pelo crescimento do país.

Fonte: Da Assessoria)

( O presidente do Walmart Brasil, Marcos Samaha, anunciou

hoje a tarde os planos de investimento da empresa

para 2011. Serão 80 novas lojas com investimento de

R$ 1,2 bilhão ao longo do ano. “O Brasil é um mercado

extremamente estratégico para o Walmart. Com a

estabilidade econômica dos últimos anos, a empresa vê um

excelente potencial de crescimento no nosso mercado e

por isso vai continuar investindo em expansão”, diz Samaha.

Nos últimos cinco anos, o Walmart já somou R$ 6 bilhões em

investimentos no País, com a construção de 177 lojas e cerca

de 25 mil empregos gerados.

Os recursos serão destinados prioritariamente para a

abertura de 80 novas lojas, de todos os formatos que a rede

opera hoje no País: hipermercados, supermercados, lojas de

atacado, clubes de compras e lojas de vizinhança. A maior

parte delas – mais da metade das unidades – será voltada

para as classes C, D e E, com as bandeiras Todo Dia (varejo)

e Maxxi (atacado). “Nosso plano de expansão vai continuar

apoiando o desenvolvimento socioeconômico da população

brasileira”, afirma Samaha. “O foco nos formatos direcionados

à classe média emergente será ainda mais forte em 2011”,

acrescenta.

No Paraná, além do já inaugurado supermercado TodoDia

em Araucária, para o qual foram investidos R$ 4,5 milhões

e 50 novas vagas de emprego foram geradas, já estão

confirmadas as aberturas de um hipermercado BIG em

Campo Mourão (investimento de R$ 37,2 milhões), e de um

TodoDia, em Ponta Grossa (investimento de R$ 3,5 milhões).

Juntas, as três unidades somam mais de R$ 45 milhões em

investimento e cerca de 400 vagas diretas de emprego

geradas. Desde 2005, R$ 145 milhões foram investidos

no estado em 10 novas lojas e outros R$ 121 milhões na

reforma de 19 unidades – sendo 14 unidades da tradicional

bandeira Mercadorama. O Walmart Brasil possui hoje no

Estado 7,7 mil funcionários.

Empregos

Além da abertura das novas unidades, Samaha ressalta que

parte dos recursos será destinada à reforma de unidades

antigas, melhorias no sistema logístico e em tecnologia.

Ao todo, os investimentos vão permitir a geração de mais

7 mil empregos diretos e mais de 20 mil indiretos em

2011. “Estamos investindo não apenas em novas lojas, mas

ampliando também o programa de apoio a fornecedores

regionais, programas de responsabilidade social e projetos

de preservação do meio ambiente”, completa Samaha. Em

2010, a companhia abriu 45 novas lojas e gerou 6 mil postos

de trabalho.

Fonte: Da Assessoria )

Page 14: Supermix 134

14 Revista SUPERMIX

( Após uma completa revitalização, o Condor de Apucarana

foi reinaugurado recentemente. A rede comemora 25 anos

de história na cidade e para presentear a população, investiu

para deixar a loja moderna e inovadora. A loja de Apucarana

foi a primeira do Condor fora de Curitiba e marcou uma

nova era para a rede. “Em 1986 buscamos novos horizontes

e escolhemos Apucarana para encampar o nosso projeto

de abrir o primeiro supermercado fora da capital. Foi um

momento decisivo e importante para a expansão da rede”,

diz o presidente do Condor Super Center, Pedro Joanir

Zonta. A expectativa é que após o investimento a loja passe

de 75 mil para 120 mil clientes atendidos por mês.

A revitalização beneficiou todos os setores e uniu inovação

e respeito ao meio ambiente. Esta loja passa a contar com

um sistema de climatização ecológico, que não usa gás

e trabalha de acordo com a umidade relativa do ar. Este

novo processo, além de deixar o ambiente mais agradável,

é capaz de reduzir em até 80% o uso do ar condicionado,

diminuindo consideravelmente o consumo de energia.

Ainda pensando no meio ambiente, a iluminação do Condor

Apucarana conta com lâmpadas T5, que duram 23 mil horas,

45% a mais que as convencionais e proporcionam uma

luminosidade mais confortável e eficiente. A arquitetura da

fachada foi reformulada seguindo o padrão das últimas lojas

inauguradas pela rede. A visibilidade através da implantação

de vidros brancos dá um ar de leveza e elegância ao

empreendimento.

Uma adega com uma vasta linha de bebidas nacionais e

importadas foi incorporada a loja. O destaque fica por conta

do mobiliário moderno – e ao mesmo tempo rústico – que

dá um ar de loja especializada.

revitalização deixa condor aPucarana mais bonito e moderno

Já ao entrar no supermercado, os clientes serão

surpreendidos com a comunicação visual, que conta com

cores harmônicas e uma sinalização que facilita a localização

do setor desejado em qualquer ponto da loja.

Outro setor que merece destaque é o hortifruti, que foi

completamente modernizado com móveis planejados para

destacar os produtos.

Pensando em facilitar a acessibilidade, a loja conta com

banheiros para portadores de necessidades especiais e um

fraldário para os bebês.

Ainda segundo o presidente da rede, a loja não recebeu

apenas uma reforma mas uma completa revitalização,

que resultou em uma loja totalmente nova para a cidade.

“Idealizamos essa revitalização para podermos atender os

apucaranenses com mais conforto e praticidade. Há 25

anos vimos o potencial de Apucarana e resolvemos investir

Presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta com gerente Condor Apucarana, Maurinei Nunes

Page 15: Supermix 134

Revista SUPERMIX 15

cenário brasileiro Para o mercado do luxo

está entre os mais Promissores do mundo

um setor bastante promissor

( O mercado do Luxo brasileiro segue em expansão e

vislumbra um cenário bastante positivo para 2011. A

projeção de crescimento para este ano é de 33%. Com

faturamento de US$ 8,94 bilhões (15,73 bilhões de reais)

em 2010, o setor cravou alta de 28% em relação a 2009.

Os resultados fazem parte do estudo “O mercado do

Luxo no Brasil – ano V”, iniciativa conjunta da GfK Brasil e

MCF Consultoria & Conhecimento. A pesquisa mensura

o tamanho do mercado do Luxo brasileiro, avalia o

desempenho e as perspectivas do setor e procura conhecer

o montante dos investimentos feitos desde 2006. A quinta

edição da pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2011,

na cidade. Hoje, queremos continuar contribuindo com a

geração de emprego e renda, além de modernizar uma loja

que se tornou tradicional e um ponto de encontro para os

moradores”, afirma Zonta.

Fonte: WBC Comunicação)

contando com a participação de 79 empresas do segmento

de Luxo, de um universo identificado e apontado pela MCF

de 230 empresas operantes no Brasil.

O cenário brasileiro para o mercado do Luxo está entre os

mais promissores do mundo. O bom momento econômico

pelo qual o País passa nos últimos anos tem refletido

diretamente no fortalecimento do setor que, de 2006 a

2010, registrou um aumento de 129% em dólares e 87%

em reais, montante que tem sido revertido em constantes

investimentos. No ano passado, as empresas investiram

o equivalente a 21% do seu faturamento, com os valores

saltando de U$ 1,24 bilhão em 2009, para US$ 1,89 bilhão

em 2010. Para este ano, com a otimista projeção de

crescimento do setor, a expectativa de investimentos é

da ordem de U$ 2,57 bilhões. Entre esses investimentos,

aparece com destaque o uso das redes sociais. Mais de

60% das empresas afirmam utilizar as redes para fazer

divulgações. O Facebook se destaca como a mídia preferida,

Page 16: Supermix 134

16 Revista SUPERMIX

citado por 98% das empresas que usam mídias sociais,

seguido pelo Twitter, usado por 71% delas. A pesquisa

constatou ainda que tem sido dedicada importante atenção

à profissionalização do quadro de pessoal, mostrando que a

necessidade de treinamento e capacitação de mão de obra

parece ter sido assimilada pelas empresas. O aumento do

salário médio de funcionários em 2010, que subiu para R$

4.080,00 ante os R$ 2.762,00 de 2009, refletiu a necessidade

de atrair vendedores mais qualificados a partir do retorno

financeiro. No entanto, há ainda uma diferenciação bastante

alta entre quem trabalha em empresa brasileira, cuja média

salarial é de R$ 3.231,00 e em estrangeira, de R$ 5.083,00.

“O público do Luxo é bastante exigente, quer atendimento

personalizado e diferenciado. As últimas pesquisas

reforçavam a importância de vendedores qualificados. Os

resultados desta edição, então, mostram que as empresas

estão valorizando a capacitação e o aperfeiçoamento do

seu quadro de funcionários para acabar com esse gargalo”,

destaca Paulo Carramenha, Diretor Presidente da GfK Brasil.

Para Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria &

Conhecimento, o atendimento é um dos principais valores

reconhecido pelo consumidor do mercado do Luxo. “Nada

mais propício, então, do que as empresas reconhecerem

essa necessidade de motivar os vendedores a se ajustarem

à capacitação profissional de suas equipes de atendimento

para garantir um relacionamento diferenciado com seus

clientes”, analisa.

A pesquisa destaca ainda que 67% das empresas

entrevistadas consideram como principal obstáculo para

o crescimento da marca a tributação elevada no Brasil,

número que cresce para 73% entre empresas estrangeiras. E

revela também que as empresas têm intenção de expandir

suas marcas para fora do eixo Rio-São Paulo. A cidade de

Belo Horizonte (MG) é uma das que despontam na rota de

investimento das empresas, apontada por 34% em 2010,

alta de cinco pontos percentuais em relação a 2009 (29%).

Sem considerar São Paulo e Rio de Janeiro, Belo Horizonte

é também classificada como uma das cidades mais

promissoras para o mercado do Luxo, embora Brasília (42%)

continue liderando o ranking. Em 2009, BH foi indicada por

apenas 4% das empresas, número que saltou para 19% no

ano passado. Curitiba também aparece na lista das cidades

luxo em expansão pelo brasil retomada do setor

promissoras, pulando de 7% para 13%. Compõem ainda

a lista de cidades mais promissoras para a expansão do

mercado do Luxo: Salvador (4%) e Recife (3%). De acordo

com os executivos, o aumento de unidades de lojas será

pulverizado entre São Paulo (+66%), Rio de Janeiro (+44%),

Brasília (+37%) e Belo Horizonte (+34%), além de Curitiba

e Porto Alegre (22% cada), que se mostram como nichos

providenciais para o mercado do Luxo. “Há uma grande

potencial de crescimento para o mercado do Luxo no Brasil.

Esta é uma tendência que se confirma nos resultados que

a pesquisa tem apontado nesses últimos cinco anos, sendo

que este ano o destaque é a cidade de Belo Horizonte como

o principal destino de expansão das marcas”, completa.

Mesmo com a perspectiva de aumento dos investimentos

com intenção de abertura de novas lojas, a crise financeira

mundial, que teve seu ápice em 2009, ainda é considerada

uma ameaça pelos dirigentes do setor, embora em níveis

mais baixos. Na pesquisa de 2009, a crise era motivo de

preocupação para 74% das empresas, no ano passado o

índice caiu para 70%. As empresas estrangeiras, no entanto,

são as mais otimistas em relação a esse aspecto. “O Brasil é

um país muito bem visto para os negócios pelas empresas

estrangeiras. Como a crise não chegou a atingir o País de

forma tão intensa, é natural que as multinacionais estejam

mais confiantes em relação à crise econômica que atingiu

principalmente os países considerados de Primeiro Mundo”,

avalia o Diretor Presidente da GfK.

A quinta edição do estudo realizado pela GfK e MCF mostra

uma recuperação em relação ao valor do tíquete médio

gasto pelos clientes do Luxo. Ao comparar os anos de 2009

e 2010, verifica-se uma alta bastante expressiva, com os

valores passando de R$ 2.726 em 2009, para R$ 4.710 no

ano passado. Para Ferreirinha, isso sinaliza uma recuperação

do mercado, que teve um crescimento abaixo do esperado

em 2009. “A previsão para 2010 era de 22% de crescimento

e foi superada pelo setor, atingindo 28%, o que garantiu

a recuperação da atividade em patamares de resultados

no mesmo nível que antes de 2008”, destaca. No entanto,

de acordo com Paulo Carramenha, da GfK, para ampliar

sua atuação e manter a tendência de crescimento, as

empresas precisam direcionar suas estratégias para alguns

determinados públicos, como a Terceira Idade e os mais

Page 17: Supermix 134

Revista SUPERMIX 17

demoCratização do luxo

jovens. “A maior longevidade do brasileiro e a melhoria de

condições financeiras da população mais velha elevam em

muito sua capacidade de consumo. Outro público a ser

considerado é o de clientes mais jovens, que ainda é pouco

explorado pelo setor. A estratégia para atingi-los deve ser

baseada em ambiente virtual e a expansão de investimentos

em mídias digitais – por exemplo: redes sociais e sites de

relacionamento”, analisa Carramenha.

Embora estima-se que o mercado do Luxo esteja restrito

a apenas 2,5% da população, o que representam cerca de

4,8 milhões de pessoas, os empresários do setor parecem

mais adeptos à democratização do acesso às marcas e

defendem que para ser de Luxo uma marca não precisa ser

exclusiva e de difícil acesso. Das empresas entrevistadas,

44% concordam que o Luxo não precisa mais ser exclusivo

e 71% acreditam que a tendência atual do Luxo no Brasil é a

democratização do acesso, mesmo que, para alguns, exista a

necessidade de se criar novas marcas ou submarcas. Ainda,

de acordo com o estudo, 46% dos dirigentes de empresas

do setor do Luxo acreditam que para se expandir no Brasil

devem tornar acessíveis produtos e serviços às classes

aspiracionais. “O mais interessante é que 70% discordam que

uma marca só será de Luxo se for exclusiva, de difícil acesso

e restrita, confirmando um dilema vivido pelas marcas no

sentido de ampliar a sua participação. Atingir a classe média

alta seria uma possibilidade enorme de crescimento para as

marcas em um curto espaço de tempo”, avalia Carramenha.)

Page 18: Supermix 134

entrevista

Crescimento sustentado do país, aumento do crédito, mais consumidores, fortalecimento do consumo no interior. O Brasil mais preparado para crises internacionais e se beneficiando do despertar dos emergentes. Prevendo o melhor cenário da história para a próxima década, o economista e apresentador Ricardo Amorim concedeu a seguinte entrevista para a revista Supermix, na qual também fala em como o empresário do varejo está inserido neste contexto. Formado pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação pela ESSEC de Paris, Amorim antecipou a crise elétrica brasileira de 2001, a crise imobiliária americana de 2008, a crise européia de 2010. Após oito anos em Nova York e 20 anos no mercado internacional, ele retornou ao Brasil, onde presta consultoria a clientes nacionais e internacionais.

“O setor vai vender mais, mas vai precisar vender diferente”

O quE pOdEmOs EspErar da EcOnOmia brasilEira?

( Desde a virada do milênio, o centro de gravidade do crescimento mundial vem saindo dos Estados Unidos e Europa e ido em direção aos mercados emergentes. Os efeitos negativos das crises imobiliária, financeira e fiscal nos países ricos intensificarão este processo, alçando o Brasil a uma posição de liderança econômica global devido a um forte crescimento na demanda de commodities em que somos muito competitivos e um aumento significativo da oferta de capitais, renda e crédito no país. Nas duas próximas décadas, o PIB brasileiro deverá crescer duas vezes mais rápido do que nas três décadas anteriores e o crescimento do consumo interno será ainda mais acelerado, criando oportunidades excepcionais de negócios em vários setores e em particular no setor de supermercados. )

riCardo amorimO MELhOr CENárIO dA hIStórIA PArA A

PróxIMA déCAdA

Page 19: Supermix 134

dE quE fOrma a mudança dO cEntrO da EcOnOmia dOs Eua para paísEs EmErGEntEs afEta O brasil?

( Nas últimas décadas, a Ásia e os países emergentes cresceram muito mais rápido do que o resto do mundo, expandindo sua importância na economia mundial. Desde a entrada da China para a Organização Mundial do Comércio em 2001, mais de dois terços do crescimento do mundo vem dos países emergentes e menos de um terço de EUA, Europa e Japão e esta tendência se intensificou após a crise de 2008. Enquanto China e Índia sustentarem um crescimento acelerado, o Brasil continuará a se beneficiar de demanda em expansão e preços em elevação de sua pauta de exportações. )

cOmO O brasil dEvE sE cOmpOrtar Em rElaçãO a nOvas pOssívEis crisEs nOs Eua, EurOpa E JapãO?

( A melhora dos fundamentos econômicos brasileiros limitará os impactos negativos de uma eventual nova recessão nos EUA, Europa e/ou Japão, a menos que eles passem por crises de proporções similares ou maiores que as de 2008, o que pode acontecer em 2011 ou 2012, devido a um provável aprofundamento da crise soberana e financeira europeia. Enquanto isso, as exportações brasileiras têm migrado para países emergentes. Em 2002, exportávamos sete vezes mais para os EUA do que para a China. Em 2010, exportamos 50% mais para a China do que para os EUA. )

O mErcadO cOnsumidOr brasilEirO mantém a tEndência dE mais GEntE cOm pOdEr aquisitivO dE cOmpra E crEscimEntO das classEs a, b E c? ( Aumentos reais do salário mínimo e programas de distribuição de renda continuarão a expandir o poder de compra dos consumidores e regiões mais pobres do país, impulsionando o consumo. Nos últimos cinco anos, 55 milhões de brasileiros (o equivalente a toda população da Itália) ingressaram nas classes A, B e C, ampliando exponencialmente o mercado consumidor brasileiro. Um crescimento semelhante na primeira metade desta década é provável. Desde 2004, a consolidação da estabilidade econômica permitiu uma forte e sustentada expansão do crédito, que continuará nos próximos anos, à medida que o dólar, a inflação e os juros caiam gradualmente. Por isso, os setores mais dependentes de crédito – imobiliário, automobilístico, de eletroeletrônicos e de viagens – devem continuar a ser as locomotivas do crescimento do país ao lado do setor de infraestrutura, impulsionado pelos investimentos associados à Copa do Mundo e Olimpíadas, e do setor de petróleo, devido aos investimentos do pré-sal.)

para quais aspEctOs da EcOnOmia O EmprEsáriO dO varEJO prEcisa ficar mais atEntO?

(Pensando nas perspectivas positivas para os próximos anos, temos aspectos muito favoráveis de crescimento geral da economia, considerando que o varejo tem um desempenho ainda superior. Temos a tendência de um maior desenvolvimento no interior do que nas capitais, em função do agronegócio, a disponibilidade de crédito e crescimento do consumo de baixa renda e da faixa que passa a poder adquirir produtos sempre aspirados. Um desafio ao setor supermercadista é competir com o destino deste crédito, voltado para aquisições no setor imobiliário e turismo, por exemplo. A cautela repousa em dois processos de desaceleração: a alta da inflação, que limita a renda e reduz o consumo, e a piora da crise européia, afetando o país. É preciso se preparar para este cenário, sendo que varejo deve ter um crescimento de 6% e 7%. )

O quE sObra E O quE falta aO EmprEsáriO brasilEirO atualmEntE? ( O que falta: acreditar que o país está em um processo de sustentabilidade de crescimento. O empresário brasileiro está treinado para o Brasil que não dá certo e isto não condiz mais com a realidade atual. Também falta uma atuação mais forte junto ao governo, mobilizando ações pela melhoria de infraestrutura, redução de tributos, condições de educação para mão-de-obra. O que sobra: o empresário no Brasil desenvolveu uma capacidade de ajuste, de lidar com o imprevisto, de ser flexível a mudanças. )

cOmO O EmprEsáriO dO varEJO prEcisa Encarar a mãO-dE-Obra para O sEtOr E sustEntabilidadE? ( Se antes, havia falta de emprego e o empresário colocava as regras, hoje este cenário não existe mais. O varejo compete em mão-de-obra com outros setores, como o de construção civil, por exemplo, em crescimento e muito competitivo em relação a salários. Sendo assim, é preciso ter estratégias de formar, preparar e manter funcionários. Já a sustentabilidade é um grande desafio que vem por aí. Temos mais gente consumindo, temos mais gente poluindo também. Somente no Brasil são 55 milhões de pessoas que subiram de classe social. Na Índia foram 200 milhões e na China 400 milhões. Globalmente, estamos usando mais recursos naturais e precisaremos agir. Como uma forma de pressão, consumidores alemães passaram a deixar, nas lojas e supermercados, embalagens de produtos que não precisavam acompanhá-los até em casa e ir para o lixo. Até que elas não estivessem mais lá. É isto: o setor vai vender mais, mas vai precisar vender diferente. )

Revista SUPERMIX 19

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MErCOSuPEr 2011 MOStrA MAIS uMA vEZ A FOrçA dO vArEJO A evolução e a força do varejo brasileiro ficaram

evidenciadas na edição de 2011 da Mercosuper - Feira e

Convenção Paranaense de Supermercados, realizada no

mês de abril em Curitiba. Isso pôde ser comprovado pelos

números finais da feira: mais de 50 mil visitantes durante

os três de dias de realização, 285 fornecedores do Brasil

e exterior como expositores e milhões de reais gerados

em volume de negócios. E esses resultados positivos não

poderiam ser diferentes, pois a edição 2011 foi marcada por

duas comemorações importantes – as três décadas da feira

e os 40 anos da Associação Paranaense de Supermercados

(Apras), promotora do evento.

“A filha da Apras, a Mercosuper, com 30 anos, reuniu uma

mostra da economia forte do Paraná que é fomentada

pelo setor supermercadista”, disse o presidente da

associação, Pedro Joanir Zonta. Segundo ele, o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o

segmento varejista representa 25% das vendas do País,

e isso demonstra a força do setor. Por isso, ele defende

que os governos precisam dispensar maior atenção

para o segmento que acaba sendo vítima de uma série

de legislações equivocadas. “Chegou a hora do Brasil se

transformar na primeira economia do mundo, e o governo

terá muito que fazer, porque nós sabemos como contribuir

com o país”, pondera o presidente.

O varejo supermercadista brasileiro reúne 80 mil lojas, gera

mais de um milhão de empregos diretos e faturou cerca

de R$ 200 bilhões em 2010. O presidente da Associação

Brasileira de Supermercados, Sussumu Honda destaca que

o setor quer contribuir ainda mais com o país. Por isso, está

com uma meta de reduzir em até 40% o número de sacolas

plásticas até 2015. “Independente do crescimento do setor,

nós temos essa responsabilidade com o meio ambiente”,

diz. Outra preocupação da entidade nacional é com a volta

da inflação. Segundo Honda, o governo federal precisa

rever algumas isenções de PIS e Confins que concedeu

para setores como o de carnes, que está impactando

diretamente o supermercadista e o consumidor. Honda

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22 Revista SUPERMIX

também aponta a falta de mão de obra como um desafio

para os supermercadistas e defende que a formação dos

trabalhadores pelo o próprio setor pode ser uma saída para

driblar a crise.

Apoio ao setor

De acordo com o governador do Paraná, Beto Richa, o estado está prestes a vivenciar um crescimento importante, já que muitas empresas nacionais e multinacionais estão interessadas em montar parques fabris no Paraná. No entanto, ele defende que antes de atrair esses investimentos é preciso apoiar e fortalecer as empresas estabelecidas no estado, como é o caso do varejo. “O varejo supermercadista é um setor vital para a economia do Paraná, pois gera empregos e riquezas”, afirma. Richa destacou também que o governo está trabalhando para melhorar ainda mais as condições para o crescimento do setor, cujas ações irão refletir na população paranaense como um todo. Ele citou investimentos em habitação, redução da criminalidade, diminuição da tarifa dos pedágios e melhoria das rodovias, portos e aeroportos. Considerada a segunda maior feira varejista do Brasil, a Mercosuper tem recebido todos os anos o crescente apoio de empresas e fornecedores.

Orgânicos ganham espaço na Mercosuper Os produtos orgânicos ganham cada vez mais espaço na mesa do consumidor, em especial daqueles que buscam saúde e qualidade de vida. Atenta a essa realidade crescente, a Apras ampliou na edição da Mercosuper 2011 o espaço e a programação voltados aos produtos orgânicos. Ao todo, 23 expositores participaram da feira com produtos como carnes, chás, cervejas, cosméticos, cereais e hortifruti. O tema também ganhou destaque nas palestras. Outro motivo importante para trazer os orgânicos para o centro das atenções da feira é porque o Paraná é considerado hoje o maior estado no número de produtores – 90% são agricultores familiares – e o segundo no volume de produção. Entre os produtos paranaenses mais cultivados estão açúcar mascavo, café e soja – a grande maioria destinada à exportação –, e em menor escala, hortifrutigranjeiros e alimentos de origem animal

tOdOS OS ANOS A FEIrA MOStrA quE EStá CAdA vEZ MAIS PrOFISSIONAL E rEFLEtE OS NívEIS dE ExIGêNCIA dOS SuPErMErCAdIStAS E dO vArEJO dO PArANá. ISSO é

rEFLExO dA AtuAçãO dA APrAS quE FOMENtA A COMPEtItIvIdAdE E quALIdAdE dO SEtOr. [CLAudIO ALbErtO POGErE, GErENtE dE vENdAS dA brASIL FOOdS]

“ChEGOu A hOrA dO brASIL SE trANSFOrMAr

NA PrIMEIrA ECONOMIA dO MuNdO, E O GOvErNO tErá

MuItO quE FAZEr, POrquE NóS SAbEMOS COMO

CONtrIbuIr COM O PAíS”

como frangos, suínos, leite e mel. No ano passado, o Paraná regulamentou uma lei que prevê a inclusão de alimentos orgânicos na merenda escolar. A utilização dos produtos nas escolas deverá ocorrer de forma gradual, e será um incentivo para o aumento da produção no estado. Na avaliação de Sônia Stertz, presidente da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos – Regional Paraná, a iniciativa vem de encontro com a segurança alimentar. Mas segundo ela, ainda é preciso ampliar as formas de acesso aos produtos orgânicos para o restante da população, e isso passa por uma ampliação das parcerias com os supermercados. “Para que cada vez mais pessoas tenham acesso aos produtos é preciso ampliar os canais de distribuição. E nesse sentido os varejistas têm um papel importante”, comenta. No entanto, Sônia acrescenta que ainda é preciso melhorar o diálogo

entre produtores e supermercadistas em relação aos preços

e a regularidade do abastecimento.

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Revista SUPERMIX 23

Argentina marca presença mais uma vez na Mercosuper O Brasil é o primeiro sócio comercial da Argentina após a criação do MERCOSUL. As importações e exportações entre os dois países ocorrem em proporções praticamente iguais”, é o que diz Nazareno Muñoz, secretário da Embaixada Argentina, que veio ao Brasil para acompanhar os três dias da Mercosuper.

Em sua quinta participação na feira, a Argentina intermediou a vinda de 27 empresas, desde os que têm sua produção artesanal até os de produção em grande escala. Este ano, produtos como o azeite, frutas, alimentos e sacolas plásticas, que se adaptam às várias necessidades, puderam ser negociados na feira. Irene Amelia Lafferriere, cônsul adjunta da Argentina no Brasil, comenta que o retorno que se têm com as negociações é positivo, e que “muitos empresários

“O vArEJO

SuPErMErCAdIStA é

uM SEtOr vItAL PArA A

ECONOMIA dO PArANá,

POIS GErA EMPrEGOS E

rIquEZAS”

que fecham contratos afirmam que fazem bons negócios”. Ela acredita que os supermercadistas encontram nos produtos argentinos uma forma de suprir suas necessidades quando a busca é por produtos diferenciados.

Com o objetivo de aproximar e integrar os empresários, o consulado contou, nesta edição da Mercosuper, com a ajuda da Apras para organizar a agenda das rodadas de negociações. “Esta forma de negociar visa colocar em contato as empresas que estão interessadas nos produtos oferecidos”, diz Irene. As rodadas já permitiram contratos até com supermercados da região nordeste brasileira. São duas as formas de negociação, explica Muñoz, a primeira delas pelo canal formal, previamente agendada. E a outra, pelo canal informal, ou seja, sem agenda prévia. Mas ele assegura que não importa a forma, através dos dois canais, “muitos e bons negócios são firmados”.

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A MErCOSuPEr é uMA IMPOrtANtE OPOrtuNIdAdE PArA AS EMPrESAS EStArEM PErtO dOS SEuS CLIENtES, bEM COMO uM “tErMôMEtrO PArA O MErCAdO”.

[WEStErMANN GErALdES, vICE-PrESIdENtE dE vENdAS dA NEStLé]

24 Revista SUPERMIX

Apras Mulher beneficia três entidades na Mercosuper

durante a Mercosuper 2011. Nesta edição, a entidade atendeu com doações de produtos expostos na feira três entidades filantrópicas: o Asilo São Vicente de Paulo (ASVP), o Hospital Pequeno Príncipe (HPP) e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC). A coordenadora do Apras Mulher, Lindacir Zonta, diz que a escolha das três entidades beneficiadas com a arrecadação foi feita através de um estudo que avaliou a necessidade do recebimento dos produtos.

A entrega simbólica das doações ocorreu no primeiro dia da Mercosuper.

Na avaliação do Coordenador da Área de Novos Projetos do HPP, Rodrigo Lowen, “parcerias solidárias como essa compensam o déficit que o hospital possui em suprimentos que auxiliam as famílias das crianças que estão em tratamento”. Da mesma forma, o padre José Aparecido Pinto e o diretor Edson Tadeo de Oliveira, do ASVP, destacaram que a iniciativa colabora com aqueles que sonham em ter uma vida melhor. Já a presidente do IPCC, Helena Pereira Oliveira, salientou que a atitude do Apras Mulher é muito importante, “pois ajuda a sanar algumas vulnerabilidades sociais temporárias que a entidade atende”.

O Apras Mulher promoveu durante a solenidade de entrega das doações a palestra motivacional com o sócio-diretor da Oito AV Consultoria, Raphael Bonatto. Com suas Oito Atitudes Vencedoras, ele mostrou que é preciso motivação para desafios, metas e objetivos. Organizar o tempo, ter planejamento estratégico de vendas e persistência, podem colaborar para a superação. Trabalhar em equipe, saber administrar as crises, mudar hábitos de vida e buscar um aprendizado contínuo são atitudes que devem ser tomadas todos os dias, e completou, afirmando que “na corrida para o sucesso vence quem tem mais atitude”.

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é uMA GrANdE vItrINE PArA FOrtALECEr A MArCA NO EStAdO, ONdE tEMOS COMO MEtA AtINGIr 30% dO MErCAdO Até dO FINAL dO ANO. A FEIrA SErvIu dE CANAL dE

COMuNICAçãO PArA MOStrAr AOS CLIENtES quAIS OS ObJEtIvOS dA EMPrESA quE AdquIrIu NO FINAL dO ANO PASSAdO A dAMASCO.

[AMAurI GErALdO, GErENtE rEGIONAL dA SArALEE]

26 Revista SUPERMIX

Palavra do diretor comercial Dirijo-me aos amigos fornecedores que anualmente estão juntos com a Apras na realização da Mercosuper. Somos a única feira do Brasil que apresenta uma oportunidade para que os expositores participem do congresso sem que os horários coincidam com a abertura da feira.

Entretanto, tenho observado que nas últimas edições, a presença dos fornecedores nas palestras está abaixo do esperado. Estes números podem ser comprovados pelo levantamento estatístico realizado pelo Datacenso – Instituto de Pesquisa coordenado por Claudio Shimoyama – que apontou que 92% não participaram das palestras. Sempre trabalhamos com afinco para buscar os melhores e mais conceituados profissionais da área para montar um congresso de qualidade aos participantes. No entanto, sentimos como se este esforço não fosse reconhecido. Por isso, venho pedir pessoalmente que na próxima edição da feira, vocês participem mais efetivamente desta programação que é também preparada especialmente para vocês.

Varejo deve apostar em atendimento diferenciado

Consultor César Souza falou sobre foco no cliente na palestra “O Momento da Virada”, na Mercosuper 2011

Enquanto o governo federal propaga a idéia de que a economia brasileira deve apresentar crescimento em torno de cinco por cento neste ano, 1065 empresários entrevistados pelo consultor e palestrante César Souza afirmaram que suas empresas devem crescer mais que 5% ou até mesmo mais que 10% em 2011. A pesquisa em que todos os entrevistados mostraram esse otimismo foi o ponto de partida da palestra “O Momento da Virada”, apresentada por Souza na tarde de terça-feira, dia 12 de abril, na Mercosuper. O palestrante comentou que o país vive uma mudança significativa, muito visível nos últimos cinco

anos. Até pouco tempo atrás, empresários apontavam como entraves para o desenvolvimento de seus empreendimentos a falta de capital e de tecnologia. “Hoje não temos mais esses problemas. As empresas têm capital, têm tecnologia, mas têm dificuldade quando o assunto se refere aos fatores humanos, como atendimento e capacidade de liderança”, afirmou César Souza. A pesquisa desenvolvida pelo consultor apontou que 63% dos empresários entrevistados disseram não ter líderes preparados para o cenário de crescimento da economia.

Essa falta de preparo é visível quando o assunto é atendimento ao cliente. “Ninguém conhece o cliente na profundidade desejável. Quando achamos que conhecemos, ele já mudou, pois ele é um alvo móvel”, comentou. Para melhorar o relacionamento com o consumidor, César Souza aponta alguns caminhos: “É preciso entender o cliente, mobilizar toda a equipe para estar focada nele e inovar, surpreendendo sempre”, explicou. César Souza alertou ainda que é preciso estar atento ao que chamou de “neoconsumidor”: jovens da geração Y (em suas mais diversas tribos) e os clientes ávidos por consumir, integrantes da “nova classe média” (classes C, D e E). “São clientes especiais e exigentes. Se fecharmos os olhos a eles, fatalmente iremos fracassar nos negócios”, sentenciou.

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Revista SUPERMIX 27

“O Brasil está se acostumando a ser um país que dá certo”, afirma Ricardo Amorim Economista se diz otimista com potencial de crescimento econômico, visível com o aumento do consumo e o destaque internacional do Brasil

O Brasil está vivendo uma situação inédita em sua história:

aquecimento na economia, aumento significativo no

consumo, desemprego em queda, estabilidade econômica

e grande destaque internacional. Esses pontos foram

abordados com otimismo pelo economista Ricardo

Amorim em sua palestra “Realidade Econômica Brasileira e

Oportunidades”. O economista analisou a crise dos Estados

Unidos, com desemprego crescente, aposentados tendo

que voltar a trabalhar e jovens com dificuldades para

ingressar no mercado de trabalho. Na Europa, segundo

ele, a crise econômica tende a ser ainda mais forte, e sinais

de bolha imobiliária e problemas no sistema bancário já

são visíveis. O Japão também já sente sinais de uma crise

mundial. Tudo isso faz com que os olhos do mundo se

voltem para os chamados países emergentes, como o

Brasil, a China e a Índia. E o Brasil, de acordo com Amorim,

tem grandes chances de aproveitar essa vitrine para

fortalecer seu crescimento econômico. “Quando pensamos

nas maiores empresas do mundo, ainda lembramos-nos

das norte-americanas, mas é importante saber que, hoje,

metade das 10 maiores organizações do mundo estão nos

países emergentes”, disse o apresentador do programa

Manhattan Connection, da GloboNews.

Neste cenário otimista para o Brasil, os empreendedores

devem olhar de forma especial para a Nova Classe Média.

A estimativa é de que esse grupo de pessoas ávidas por

consumir produtos de qualidade chegue a 100 milhões de

pessoas. Ao mesmo tempo, as classes A e B também vêm crescendo, e hoje já somam aproximadamente 16 milhões de pessoas, segundo Amorim. Nos próximos cinco anos, a previsão é de que as classes altas contenham mais 40 milhões de pessoas. “Isso significa mais gente no consumo, mais pessoas querendo e podendo comprar”, comentou o economista. O maior acesso das classes populares ao consumo de massa está fazendo surgir “um Brasil de novos consumidores”: Nos últimos cinco anos, o consumo cresceu numa média de 7% ao ano – mais do que a produção no mesmo período. O varejo tem vendido mais do que a indústria, mesmo com o crescimento na produção industrial, que aumentou cerca de 30% nos últimos 10 anos. Mas é claro que ele não fecha os olhos para os problemas do país. Carga tributária e infraestrutura ainda pesam muito nos custos da produção industrial. Ele disse, por exemplo, que o momento é de caprichar nas vendas agora, porque

a crise mundial deve piorar, especialmente na Europa, nos

próximos meses. Mesmo assim, o recado final foi bastante

animador: “Hoje não somos problema, mas sim uma possível

solução!”

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Revista SUPERMIX 29

Vice-presidente da Nestlé comenta curiosidades sobre os 90 anos da empresa no Brasil Falar de produtos Nestlé é falar do cotidiano do brasileiro. A indústria multinacional suíça está presente no Brasil há 90 anos. De 1921 até os dias de hoje, a empresa mudou, evoluiu e cresceu de forma estrondosa, a ponto de estar presente, hoje, em 98% dos lares brasileiros. Detalhes curiosos dessa história foram contados pelo vice-presidente de vendas da Nestlé Brasil, Westermann Geraldes, na abertura da Mercosuper 2011, dia 11 de abril. O executivo falou de evolução das marcas, da comunicação e das estratégias da Nestlé no Brasil. Segundo ele, o desenvolvimento da indústria brasileira é referência para a Nestlé mundial, inclusive com a adoção de produtos desenvolvidos aqui, que passam a ser produzidos em fábricas de outras partes do mundo também.

Ele admite que, neste ano, a maior preocupação da empresa – presente em 121 países ao redor do mundo – é o sinal de crise econômica em diversos países. Westermann atribui parte dessa possibilidade à especulação financeira. “Tenho saudade de quando a matéria-prima estava na mão dos produtores. Hoje está na mão de financistas”, afirmou.

Mesmo assim, o executivo lembrou que a empresa dobrou de tamanho nos últimos dois anos no Brasil, e que a meta é novamente dobrar nos próximos dois anos. Ele salientou ainda que, a cada 3% de crescimento, a Nestlé precisa inaugurar uma nova fábrica de grande porte. Portanto, várias novas unidades industriais devem ser inauguradas nos próximos anos.

Concorrência com supermercados? Uma das ações que demonstram a busca constante de inovação da Nestlé é que, nos últimos meses, a empresa tem se dedicado também a uma nova forma de venda direta ao consumidor, com atuação em comunidades pobres e distantes dos grandes centros. Perguntado se essa tática poderia ser vista como concorrência aos supermercados, Westermann garantiu que não. “Pelo contrário, despertamos nesse público o hábito de consumo. Não raras vezes, acabamos encaminhando esse consumidor aos mercados das redondezas, pois eles passam a procurar os produtos. Nosso objetivo é apostar na ascensão social e gerar a experiência, podendo trazer essas comunidades para o varejo”, explica.

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O AMAdurECIMENtO dO SEtOr vArEJIStA é IMPOrtANtE NA INtEGrAçãO COM A SOCIEdAdE E O vEíCuLO dE COMuNICAçãO é O ELO COM A COMuNIdAdE.

[LEONArdO PEtrELLI, vICE-PrESIdENtE dA rICtv]

30 Revista SUPERMIX

Mudanças nos modelos de negócio e consumo “Estamos indo do mundo homogêneo para a diversidade”, afirma o gerente nacional de atendimento da Nielsen, Olegário Araújo. Segundo ele, as mudanças na população mudam o consumo. Estamos no mundo do mais. Um consumidor mais exigente, mais informado e com mais necessidades. “Conhecer o consumidor é aprimorar a gestão. É preciso ter estratégia, definir o que não fazer. O consumidor é multicanal, quer soluções para os problemas e não importa onde encontrar, seja na loja de bairro, no hipermercado ou na Internet”, garante. O varejo tem utilizado a estratégia das marcas próprias como forma de manter a fidelização do consumidor. “Na era do multicanal é preciso a adoção de medidas que supram as necessidades específicas dos shoppers (consumidor)”, afirma. O foco no público-alvo e o posicionamento claro e forte no canal de atuação devem ser as metas dos varejistas.

Comportamento do consumidor multifacetado Preocupado com a situação econômica do país, “altamente indexada”, o presidente da Nielsen Brasil, Eduardo Ragasol, diz que o comércio varejista terá que se prevenir e agir com eficiência para enfrentar a atual conjuntura. Em sua palestra Comportamento do consumidor multifacetado, orienta que o sortimento seja definido pelas características deste consumidor. “O varejo tem que tirar de circulação os produtos que não tem giro e colocar aqueles que são aceitos”, diz Ragasol. Ele comenta que se consegue a melhoria na qualidade do consumo com eficiência, execução e disciplina; e alerta que os supermercadistas precisam se transformar e se adaptar à nova realidade. Lembra ainda, que “o consumidor quer bem-estar, sofisticação, conveniência e indulgência”. Mas deixa um aviso ao varejo: “que tenham muita disciplina nos custos para evitar surpresas”.

O que motiva os consumidores a comprar “O que motiva os consumidores a comprar” foi o tema abordado por Beth Furtado, psicóloga e consultora empresarial. De acordo com ela, não há como mensurar as mudanças de comportamento do consumidor e que atitudes da sociedade impactam os negócios, sendo preciso aprender a lidar com isto. “Vivemos em uma ‘sociedade líquida’, nos transformamos e nos moldamos às situações. O contrário ocorre nas ‘sociedades sólidas’, com seus casamentos e empregos duradouros, arquiteturas e decorações estanques”, diz. Para ela, o consumidor hoje exige inovação e o mercado uma realidade de paradoxos, onde vivemos em constante contradição. Os produtos perdem o interesse no ato da compra e com isso algumas mudanças foram incorporadas, como o aluguel de carros, roupas e móveis. “O varejo, assim como as pessoas, está mudando. E a constante transformação exige adaptações”, comenta Beth.

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Tecnologia aplicada ao varejo Lojas dentro de lojas, o uso de autosserviços e do celular para fazer e pagar contas – como uma espécie de “carteira eletrônica” – e a utilização das redes sociais como uma extensão do ponto de venda. Estas são algumas tendências que já estão se tornando realidade no varejo moderno de todo o mundo, pois a palavra de ordem agora é tecnologia e interatividade. “Não haverá um segmento no mundo que não estará integrado”, afirmou Regiane Relva Romano, presidente da VIP-Systems Informática, durante a palestra Tecnologia aplicada ao varejo. Todas essas novidades foram apresentadas durante a 100ª Retail’s Big Show, maior feira de varejo do mundo, realizada no EUA em janeiro deste ano. Segundo Regiane, a “loja do futuro” será o sofá da casa do consumidor; por isso, os varejistas terão que ser criativos para tornar o ato da compra prazeroso e divertido.

Sustentabilidade e consumo consciente “Sustentabilidade é um movimento

que traduz uma vida melhor para

todos, em todos os lugares”. A

afirmação é do especialista da

SABB Coca-Cola, Fabiano Rangel,

que falou sobre “Sustentabilidade e

consumo consciente”. Segundo ele,

o consumo consciente é um ato,

uma escolha. Já a sustentabilidade é

o meio, “que depende de soluções e

opções que viabilizem satisfazer as

necessidades, buscando o equilíbrio

no ato de consumo”. Rangel afirma

que as pessoas têm uma visão ampla

da sustentabilidade, que envolve

muito mais questões sociais do que

atitudes “verdes”. E é isso que elas

estão buscando nas suas relações de

consumo. “Consumidores conscientes

são consumidores que se importam

com empresas que se importam com

elas”, disse.

Gerenciamento de categorias com foco na execução Exposição de produtos nas áreas corretas – próximos a produtos correlatos – e categorias bem definidas nas gôndolas. Essas são atitudes que podem auxiliar o varejista a otimizar o mix no ponto de venda e ampliar os resultados. A avaliação é do gerente de merchandising services da Nielsen, Wagner Picolli, que falou sobre “Gerenciamento de categorias com foco na execução”. Picolli destaca que o consumidor está mais exigente em suas compras, planeja o que quer comprar, no entanto, aumenta sua impulsividade no momento de realizar a compra. Por outro lado, nas lojas, há uma maior quantidade de marcas por categoria, marcas “B” competindo como “líderes em custos” e aumento dos estímulos promocionais. Por isso, ele alerta que um erro de classificação ou de exposição pode resultar na perda da venda.

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A EMPrESA tEM O ObJEtIvO dE ChEGAr à LIdErANçA NO SEGMENtO dE MASSAS E SuCOS NO PArANá, E ENtENdE quE OS EvENtOS PrOMOvIdOS PELA APrAS SãO

IMPOrtANtES CANAIS. POr ISSO, EStAMOS PrESENtES EM tOdOS OS EvENtOS COMO A MErCOSuPEr, SuPErNOrtE E SuPErOEStE.

[ANtONIO tAdEu SANdI, dIrEtOr COMErCIAL dA NINFA]

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Utilizando as redes sociais nos negócios Sidnei Oliveira, consultor da Empreenda Consultoria e da Kantu Educação Executiva, fez de sua palestra Utilizando as redes sociais nos negócios um alerta aos varejistas: “o mundo está mudando, mas os negócios não”. Analisa as redes de relacionamento, como Orkut, que teve seu maior sucesso no Brasil, ao contrário do Facebook, que teve maior aceitação no mundo. Diz que o MSN está caindo em desuso pela fragilidade na segurança e que o mundo corporativo está optando pelo Linkedin, onde é possível encontrar bons profissionais. Afirma que o uso do Skype vem crescendo por ser mais seguro e pela redução dos custos nas ligações telefônicas. Que o e-mail “terá o mesmo fim do fax” e que as empresas “corram para o Twitter, pois a população está se mudando para lá”. E diz que “um dia sem entrar na ‘rede’ equivale a um dia sem repor os estoques nas prateleiras do supermercados”.

Como reter talentos em sua empresa Este foi o assunto abordado pela gerente sênior de Recursos Humanos da Enxuto Supermercados, Maíra Goulart Honório. Ela afirma que a rotatividade (turnover) é o grande vilão do setor supermercadista. Que a dificuldade está nos horários de trabalho, em ser o primeiro emprego e outros. Assegura que “o verdadeiro ‘talento’ é o colaborador com alto desempenho, que inova e não se acomoda; transforma problemas em resultados para a empresa, atinge metas e cria valor”. E que isto se consegue com o conhecimento, habilidade e atitude. Ela explica que o colaborador deve ser atraído, integrado e treinado para então ser avaliado. Segundo a empresa de pesquisas Hay Group, os melhores executivos se demitem por estarem insatisfeitos com a empresa, “o que prova que não é só o dinheiro que importa, outros fatores estão envolvidos”, complementa Maíra.

Perpetuação das empresas familiares Os fundadores das empresas se preocupam com a sucessão e é sobre isto que o consultor e diretor da DS Consultoria Empresarial e Educacional, Domingos Ricca, aborda em sua palestra Perpetuação das empresas familiares. O dono da empresa conhece melhor do que ninguém o negócio, por este motivo, não pode se afastar. Pesquisas apontam que 30% das empresas chegam à segunda geração e apenas 5% conseguem chegar à terceira. “Isto porque os valores não se passam, se conquistam. Cada empresa tem a sua cultura e deve valorizar o que construiu”, diz Ricca. Nem sempre o sonho do pai é o sonho do filho. É preciso avaliar, em primeiro lugar, se o fundador “quer” a sucessão, sendo que hoje muitos procuram a orientação de profissionais por considerar que o herdeiro não tem obrigação de conhecer os negócios. Assim evita-se que o legado deixe o “pai rico, o filho nobre e o neto pobre”, sustenta o consultor.

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A evolução do varejo Para falar sobre A evolução do varejo, o professor de pós-graduação e MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP), João Carlos Lazzarini, citou o livro Visão Periférica, onde os autores afirmam que “os maiores perigos para a empresa são aqueles que não vemos chegar. Compreender essas ameaças – e antecipar oportunidades – exige forte visão periférica”. Segundo Lazzarini, os supermercadistas precisam estar atentos a realidades cada vez mais constantes, como o crescimento das lojas de vizinhança; consumidores seniores, engajados tecnologicamente e ecologicamente; e clientes cada vez mais segmentados. “Os empresários precisam estar atentos e prontos para enfrentar essas realidades”, disse, acrescentando que isso passa pela oferta de “produsejos” (produtos que atendam os desejos), lojas multiformatos e multicanais e responsabilidade social.

Meios digitais e o varejo multicanal “A tecnologia não resolve problemas, mas ajuda a estar mais próximo do consumidor”. A afirmação é do professor e coordenador de programas do MBA do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Silvio Laban durante a palestra Meios digitais e o varejo multicanal. Laban ressalta que o varejista não pode ignorar o que as novas tecnologias estão provocando na relação de consumo, e afirma: “o varejista tem que ir onde o consumidor está”. Por isso, precisam investir em soluções como interação, serviços e comunicação. O professor compara o varejista a um curador. “Em um museu, o curador escolhe o que o visitante irá ver. No supermercado é igual. O varejista escolhe os produtos. E essas escolhas precisam ser estratégicas, pois não basta colocar na gôndola, porque o consumidor busca experiências”, pondera.

Como se beneficiar com o geomarketing O geomarketing é uma ferramenta que reúne as análises de marketing em contexto geográfico com o objetivo de adequar uma empresa a seu objetivo e ao público-alvo. De acordo com o presidente da Estudos Empresariais –

Geografia de Mercado, Tadeu Masano, diversos fatores devem ser levados em conta na hora de escolher um ponto para a instalação de uma loja, entre os quais, o potencial da área, acesso, riscos da concorrência, aspectos econômicos e compatibilidade. Durante a palestra Como se beneficiar com o geomarketing, Masano apontou a evolução das cidades – hoje composta por 86% na área urbana e 14% na área rural – e mostrou como as mais variadas sondagens, como a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) e Consumo Alimentar Domiciliar, podem ajudar a mapear uma localização de sucesso.

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Impactos dos produtos perigosos de uso pessoal e doméstico A engenheira civil do trabalho, especialista em gestão ambiental, Bernadeth Macedo Vieira, da Prevenir Consultoria Técnica, trouxe o tema o “impacto dos produtos perigosos de uso pessoal e doméstico”, em uma palestra promovida pelo Sindicato do Comércio Atacadista do Paraná (Sinca). Bernadeth diz que muitos varejistas não se dão conta que determinados produtos comercializados nos mercados são extremamente perigosos, dando especial atenção aos resíduos sólidos. Ressalta a importância da adoção de medidas que amenizem o impacto da comercialização de produtos de uso pessoal e doméstico, como os de limpeza e cosméticos. Enfatiza que os empresários precisam analisar como fica a responsabilidade compartilhada, como esse processo está acontecendo e, principalmente, como e quais ações podem ser empreendidas de forma individual e coletiva.

Oportunidades em viver bem num país que pode melhorar Em todo o mundo cresce anualmente, entre 4% a 8%, o número de áreas agricultáveis com produtos orgânicos. De acordo com o gestor do Organics Brasil, Ming Chao Liu, essa é uma tendência mundial “onde cada vez mais há a busca por práticas mais sustentáveis na produção de alimentos, busca por produtos saudáveis e que aumente a qualidade de vida dos consumidores”. Durante a palestra Oportunidades em viver bem num país que pode melhorar, Liu comentou que o setor supermercadista deveria adotar a postura de educador do consumidor e oferecer nas gôndolas produtos orgânicos, não transgênicos, light, diet, hidropônicos, zero trans, entre outros, para que o consumidor saiba o que está comprando, e não apenas adquirindo pela rotulagem dos fabricantes. “Esse é o futuro para o setor se quiser cativar seu cliente. Dar a opção e se preocupar que ele entenda. A compra será uma simples conseqüência”, avalia

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selo e carimbo comemorativo em Parceria com os correios feuguer sent dit irit vel ut nim accum augue te Os 40 anos da Apras e os 30 anos da Mercosuper mereceram uma atenção especial pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que lançou, durante a cerimônia de abertura da feira, um selo e um carimbo comemorativos. A primeira obliteração do novo selo foi comandada pelo presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, pelo governador do Paraná, Beto Richa e pelo fundador e primeiro presidente da Apras, Ruy Senff. De acordo com o diretor dos Correios no Paraná, Areovaldo Figueiredo, o selo levará o nome e imagem da associação e da feira para todo o mundo por meio dos milhares de objetos que são distribuídos diariamente pelos Correios. Além disso, as peças passarão a integrar o acervo filatélico do Paraná.

Premiação Top de Categoria encerra Mercosuper 2011 Para encerrar as atividades da Mercosuper 2011, além do jantar e do show com o cantor Leonardo, os participantes da feira puderam conhecer os fornecedores premiados no Top de Categoria. O objetivo do prêmio é homenagear as empresas que tiveram destaque durante o ano. São critérios de seleção e escolha o aprimoramento de técnicas, a qualificação profissional, a melhoria do setor e a qualidade dos produtos comercializados. Investimentos em marketing e o lançamento de produtos também são diferenciais analisados para a escolha dos vencedores.

O prêmio foi criado em 2000 e é dividido em 26 categorias

premiadas. A apuração é realizada pela Nielsen Brasil, que pondera a nota atribuída pelos empresários e por seu próprio índice. São duas categorias: a “Nielsen”, na qual é considerado o índice Nielsen de Varejo e são selecionados cinco fornecedores/fabricantes que apresentarem os melhores resultados na pesquisa em um critério ponderado de participação de mercado – share e evolução nas vendas físicas. Na categoria “Não-Nielsen”, a Apras disponibiliza a relação dos fornecedores a serem avaliados – uma vez que estes setores estão fora da pesquisa Nielsen de quantificação de consumo. Para as categorias “Não-Nielsen” e “Atendimento/Fornecedor Nota 10”, no mínimo 50 empresas supermercadistas definidas pela Apras e que representem 90% daquele referido mercado, respondem a

um questionário. Os responsáveis pelas compras (diretores/gerentes) da categoria avaliada emitem seus julgamentos. Os resultados são divulgados ao final da Mercosuper.

O presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, em seu discurso na noite da premiação, salientou a importância da parceria com a Nielsen, empresa de pesquisa de mercado, que garante a total isenção e credibilidade dos resultados. Zonta destacou que a pesquisa considera três critérios: o desempenho no índice Nielsen de varejo, a pesquisa qualitativa e a participação dos fornecedores junto à associação. O prêmio Top de Categoria deste ano foi entregue pelos diretores da entidade aos seguintes vencedores:

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categorias nielsen vencedor

1. Bazar Taschibra

2. Bebidas Alcoólicas Diageo

3. Bebidas Não-Alcoólicas Kraft Foods

4. Café Café Damasco

5. Cervejas Ambev

6. Higiene, Saúde e Beleza Colgate-Palmolive

7. Leite Asséptico Nestlé

8. Limpeza Unilever

9. Margarinas Sadia

10. Massas Selmi

11. Mercearia Doce Nestlé

12. Mercearia Salgada Unilever

13. Papéis Mili

14. Perecíveis Congelados Brasil Foods

15. Perecíveis Lácteos Danone

16. Perecíveis Resfriados Brasil Foods

17. Petshop Mars

18. Pratos Prontos Sadia

19. Refrigerantes Spaipa

categorias não-nielsen vencedor

20. Carnes Marfrig

21. Equipamentos Eletrofrio

22. FLV Strapasson

23. Serviço Senffnet

24. Suprimentos Rmb Embalagens

25. Atendimento Nota 10 Fast Gôndolas

26. Fornecedor Nota 10 Frimesa

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Frimesa, fornecedor NOTA 10 Supermercadistas do Paraná elegeram a Frimesa como o “Fornecedor Nota 10”, premiação destinada aos fornecedores que se sobressaem na atuação junto ao setor. A empresa, cooperativa fundada há mais de três décadas em Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná, atua na industrialização de matérias-primas de leite e suínos. Atualmente conta com mais de 5,5 mil produtores de leite e 750 suinocultores integrados, e gera cerca de 3,5 mil empregos diretos. O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, fala em entrevista à Supermix sobre os resultados da empresa – que nos últimos 10 anos, vem registrando crescimento médio anual de 12% em receitas e 14% em volumes de vendas – e sobre a importância de ser reconhecida como melhor fornecedora do Paraná.

O quE rEprEsEnta para a frimEsa rEcEbEr O prêmiO tOp dE catEGOria fOrnEcEdOr nOta 10?

( Significa que o trabalho contínuo e dedicado traz resultados. Para nós é a sinalização de que estamos no caminho certo. Nosso foco sempre foi o mercado, o cliente e o consumidor. )

cOmO sE dEu a traJEtória da frimEsa?

( A Frimesa é o fruto da união de cinco cooperativas filiadas que congregam mais de 5 mil produtores de leite e suínos. Nascemos para levar seus produtos até o consumidor. Crescemos para satisfazer o consumidor e viabilizar o produtor. Chegamos nos 33 anos de existência com uma trajetória de aprendizagem, de lutas e de conquistas, com profissionalismo e integração.)

Em tOdOs EssEs anOs dE Existência, quE tipOs dE invEstimEntOs fOram fEitOs para alcançar EstE rEcOnhEcimEntO?

( Investimos na produção, nos processos industriais, em tecnologia e inovação. E focamos intensamente no posicionamento da marca no mercado. A distribuição dos produtos, com um atendimento diferenciado, proporcionou um excelente relacionamento e respeito mútuo com o varejo. Elegemos a qualidade de nossos produtos como prioridade para dar ao consumidor o melhor custo-benefício.)

a frimEsa Está Em cOnstantE dEsEnvOlvimEntO. quais as cOnquistas rEalizadas até O mOmEntO?

( A conquista maior foi o crescimento contínuo e

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sustentável em torno de 10% ao ano. Isso possibilitou a obtenção de uma participação significativa de vários produtos no mercado de alimentos.) quais Os planOs Ou prOJEtOs para ExpansãO da EmprEsa?

( A Frimesa traçou seu plano de expansão com visão de 10 anos no futuro. Vamos crescer no projeto suínos até atingir, em 2015, a marca de 6 mil cabeças/dia de abate e industrialização. Hoje estamos abatendo 4 mil cabeças/dia. Na área de leite, pretendemos atingir a produção 700 mil litros/dia até 2014, através de produtos industrializados. Todos os nossos projetos estão localizados no Oeste do Paraná.) cOmO a EmprEsa vEm acOmpanhandO O dEsEnvOlvimEntO tEcnOlóGicO? quais Os sEtOrEs mais impactadOs?

( O desenvolvimento tecnológico é essencial no mundo evolutivo de hoje. Investimos em máquinas e equipamentos atuais, na pesquisa e desenvolvimento de produtos, assim como na pesquisa do comportamento dos consumidores.)

quais sãO as ExpEctativas para EstE anO? acrEdita Em riscO dE inflaçãO?

( A princípio a expectativa para o setor de alimentos é boa para este ano. Entretanto, a inflação começa o ameaçar de forma perigosa. O Brasil está muito atrasado na infraestrutura necessária para dar sustentação ao desenvolvimento. )

cOm sua ExpEriência, O quE é prEcisO para sEr um bOm EmprEsáriO E lEvar a EmprEsa aO sucEssO?

( O sucesso está ligado às pessoas de bom senso, arrojadas e que investem e trabalham naquilo que sabem fazer. É preciso ter visão de futuro, antecipar-se aos eventos e cercar-se de equipe bem preparada. A experiência nos mostra que é fundamental respeitar as pessoas e as empresas. )

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A hIStórIA dO GruPO SuPErPãO“Eu NãO ErA O NEtO dO FuNdAdOr Ou O FILhO dO dONO”

perFil

A frente do Grupo Superpão como

diretor executivo há pelo menos 10

anos, Luiz Maurício Hyczy acredita

que seu principal desafio é manter

o sucesso da empresa familiar que

começou em 1924 com um pequeno

comércio de bar e padaria, na cidade

de Guarapuava, interior do Paraná.

O legado deixado pelo seu avô

atualmente é conduzido por Maurício,

42 anos, seu pai e seus irmãos. A rede

conta hoje com 17 lojas não só em

território paranaense, mas também

no estado vizinho de Santa Catarina.

As unidades são dividas em quatro

bandeiras: Superpão, Superbaratão,

Superbaratão Atacado e Triunfante –

produção diária de diversos tipos de

pães salgados e bolos.

Maurício escolheu as faculdades de

Administração de Empresas e Direito

para conseguir tocar os negócios

da família; mas para ele, o que fez a

grande diferença foi mesmo a imersão

que vivenciou durante cerca de dois

anos em cada setor do supermercado.

“Eu não era o filho do dono do

negócio. Pelo contrário, mesmo

formado, eu trabalhei descarregando

caminhões com mercadorias e passei

por todas as funções do setor. Foi

assim na padaria, no açougue, na

reposição, nos caixas, até chegar à

área administrativa de fato”, conta. O

“filho do chefe” ou “neto do fundador”

já estava acostumado com a lida

das lojas. “Nas minhas férias sempre

passava um período trabalhando em

algum setor”, lembra.

“foi através da convivência com

as pessoas que desempenhavam desde

a mais simples até a mais complexa função que

aprendi na prática o que tinha visto na teoria”

Mas Maurício sabia que isso não

representava experiência suficiente. “Foi

através da convivência com as pessoas

que desempenhavam desde a mais

simples até a mais complexa função

que aprendi na prática o que tinha

visto na teoria”, diz. Foi dessa maneira

que Maurício descobriu a importância

das pessoas para o “negócio da família”.

“O nosso diferencial é a nossa equipe.

São as pessoas que fazem a diferença

e são elas que vão garantir que a

empresa continue viva e prosperando

em um setor com tanta concorrência”,

conclui.

História

Até que o “Ponto Chique” – nome do estabelecimento que agregava um bar e uma padaria, aberto na década de 1920 por Leonardo Hyczy – chegasse ao Grupo Superpão, foram 87 anos de história. Logo depois do início de suas atividades, o Ponto Chique começou a fabricação própria de um biscoito especial, assado em forno a lenha. O produto passou a ser distribuído para clientes de Curitiba e São Paulo e fez com que, em 1937, a panificadora Triunfante fosse inaugurada. Com a ampliação das atividades, cerca de 30 anos depois, o sistema de autosserviço é instalado e Guarapuava ganhou seu primeiro supermercado e desde então não parou mais de expandir seus negócios. Além de Guarapuava, a rede também tem lojas em outras cinco cidades do Paraná (União da Vitória, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Pitanga e Ivaiporã) e em Caçador, Santa Catarina.

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metaconsumidor: quem é e como

satisfazê-lopesquisa revela o surgimento de um novo tipo de

consumidor, mais exigente e consciente

Consumo

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Revista SUPERMIX 43

Sentir prazer no espaço de compra

e ser respeitado. Ser valorizado e sair

com a sensação de estar pagando

um preço justo. Este é o perfil do

“metaconsumidor”. Para entender este

novo cliente, é preciso perceber que há o

desejo de mudar. Ele busca saber onde e

como os produtos são feitos, analisando

se aquilo é bom para o planeta.

Essas foram as conclusões de um estudo

global feito pela GS&MD – Gouvêa

de Souza, consultoria empresarial

especializada em varejo, marketing e

canais de distribuição, de São Paulo.

A pesquisa foi realizada em 17 países

com cerca de nove mil pessoas, sendo

os resultados publicados no livro

Metaconsumidor, lançado em outubro

de 2010.

Com o objetivo de entender como

o consumidor vem percebendo

a sustentabilidade e o consumo

consciente, o estudo demonstra que

estes dois fatores ocupam destaque

nas decisões deste cliente. Mesmo

que eles não entendam muito bem

o que significa “ser sustentável”.

“Mais de 70% das pessoas acreditam

que sustentabilidade é preservar

o meio ambiente e reciclar o lixo.

Mas infelizmente só isto não é

sustentabilidade”, lamenta Daniela

Siaulys, diretora de novos negócios da

GS&MD – Gouvêa de Souza.

A conscientização dos consumidores

pode ser conseguida por um trabalho

do próprio varejo, que desempenha

um papel importante neste processo

e que acaba afetando toda a cadeia

produtiva. O metaconsumidor leva em

consideração um espaço de compras

agradável, que lhe proporcione

conveniência e onde seja bem atendido.

“A segurança de que os produtos

expostos passaram por um criterioso

processo de seleção e cuidados

socioambientais, são itens essenciais que

este novo cliente observa”, afirma Daniela.

administração

A pesquisa qualitativa do

metaconsumidor mostrou que as

classes menos favorecidas têm diversas

atitudes sustentáveis como, por exemplo,

utilizar transporte público, reciclar como

forma de potencializar o investimento,

economizar água, energia, entre outras.

A maior dificuldade dos consumidores

atuais são as restrições financeiras, as

limitações de recursos, a falta ou acúmulo

de tempo, a sobreposição de múltiplas

tarefas como trabalho, escola e família.

O consumidor gasta por necessidade

e desejo. Assim, o desafio passa a ser

aprender a administrar este desejo, para

que no caso específico das compras,

este não exceda a sua capacidade

de pagamento. Buscar a satisfação

nas compras, como mecanismo de

flexibilização de dificuldades em outras

áreas, é algo saudável. Mas deve-se ter

cuidado para não transformar esta busca

em algo nocivo ao consumidor e ao

varejista, que pode passar a ter um sério

risco de inadimplência.

Por outro lado, como ainda não há muita

oferta, o produto sustentável tende a

ser mais caro no curto prazo. Por este

motivo é necessário focar na essência

do próprio negócio, evitando gerar mais

transtornos do que ganhos. E, como

explica Daniela, “ao tomar consciência

das dificuldades, o varejista estará

abrindo espaço para buscar inovações e

soluções que ainda precisam ser criadas e

que estão em processo de elaboração”. O

metaconsumidor anseia por um mundo

melhor, mais justo, onde as pessoas

sejam valorizadas por aquilo que são.

No caso dos lojistas e das empresas, a

maioria está esquecendo que o primeiro

consumidor é o próprio colaborador.

“Assim, respeitar o seu colaborador, dar

espaço para que o mesmo se desenvolva

e respeitar as múltiplas ideias, passa a ser

o desafio, que deve ser equilibrado com

a necessidade de construir um negócio

sólido e rentável que possa perpetuar”,

diz Daniela.

“mais de 70% das pessoas

acreditam que sustentabilidade

é preservar o meio ambiente e reciclar o lixo.

mas infelizmente só isto não é

sustentabilidade”

[daniela siaulys]

Page 44: Supermix 134

Calendário

O PAI DO NOVO SÉCULODia dos Pais: novo perfil do consumidor masculinoEntender o homem deste século é ter produtos que correspondam às suas necessidades. O Dia dos Pais, por exemplo, vem se destacando no comércio e oferecendo muitas e variadas opções de produtos que satisfaçam o “papai moderno”. Cosméticos, roupas esportivas, bebidas e, principalmente, aparelhos eletrônicos, são oferecidos ao consumidor masculino, que tem grande potencial para explorar o ponto de venda (PDV). Isto pode ser incentivado com a oferta de produtos que sejam atraentes, modernos e tecnológicos.

Os hábitos de consumo em geral vêm se modificando e o perfil do consumidor masculino vem mudando rapidamente. Isto acaba influenciando o comportamento do varejo, que tem que se adaptar às mudanças. Neste aspecto, o comércio deve acompanhar e perceber esta presença paterna nas lojas, supermercados e até em salões de beleza. E, acima de tudo, estar preparado para receber este novo consumidor, com suas peculiaridades e exigências, e poder satisfazê-lo, superando este desafio.

A importância dos eletrônicos como entretenimento, os produtos para cuidados pessoais, como cosméticos para a pele, corpo e cabelos, que antes eram itens exclusivamente femininos, hoje são um mercado forte para o público masculino. Os esportes, assim como uma alimentação saudável, são aspectos que este consumidor valoriza. A ECR

Brasil (Efficient Consumer Response, “Reação Eficiente ao Consumidor”), através de seu superintendente, Cláudio Czapski, acredita que “deve-se realçar estes itens de consumo no PDV”. A exemplo do que é feito no Dia das Mães, Czapski alerta que os supermercadistas devem procurar no Dia dos Pais “colocar em pontos de destaque na loja, produtos como roupas, calçados, artigos eletrônicos, cuidados pessoais, música e outros. Adequando o sortimento e eventualmente trabalhando a questão de especificações de ofertas e promoções, colocando isto em evidência”.

A ideia do pai autoritário, distante, formal, inquestionável e provedor, que protagonizou a vida de muitos filhos no passado, não é mais a mesma. O pai contemporâneo é participativo, companheiro e carinhoso. As alterações sociais ocorridas nas últimas décadas, como a maior participação da mulher no mercado de trabalho, e mudanças quanto a guarda dos filhos, contribuem para fortalecer esta nova concepção. Ao contrário das mulheres que compram por impulso, uma pesquisa de consumo realizada pela Wharton – universidade localizada na Pensilvânia, nos Estados Unidos – apontou que os homens compram pela praticidade, ou seja, compram só o que precisam. Por este motivo os PDVs devem ser eficientes e organizados, de forma a facilitar a busca pelo produto desejado. Nada de enaltecer as vantagens ou os resultados que tal produto pode

oferecer, basta disponibilizá-lo na prateleira, ao alcance dos olhos e das mãos.

Algumas dicas de como conquistar o consumidor masculino no PDV são fornecidas por Christiany Zanotto Sena, da AZ4 Group, empresa especializada em displays para PDV. Ela alerta para o fato que este consumidor se interessa muito por tecnologia, mas não se esquece de cuidar da própria imagem. Outros setores, como cozinha, que até pouco tempo eram freqüentados exclusivamente pelas mulheres, agora contam com a participação dos homens. A onda gourmet tem encontrado muitos adeptos masculinos e eles procuram sempre ter as “ferramentas” certas para cozinhar.

A evolução no varejo deve acompanhar também a evolução social. Acompanhar e suprir as necessidades dos consumidores é o objetivo principal. Procurar alternativas e inovar os PDV disponibilizando opções podem atrair o público masculino. Não podendo ficar de fora itens como o futebol e churrasco, que será saboreado com os amigos, com a família e com os filhos.

Page 45: Supermix 134

Revista SUPERMIX 45

Page 46: Supermix 134

responsabilidade soCial

SuStENtAbILIdAdE NA PróPrIA MErCOSuPEr vEJA COMO A FEIrA tEvE O dESCArtE COrrEtO

dOS MAtErIAIS dE PrOPAGANdA

O material que foi utilizado com toda a

comunicação visual na 30ª Mercosuper

teve destinação ecologicamente correta.

A empresa responsável pela sinalização

da feira utilizou peças que puderam ser

totalmente recicladas. A F9 Identidade

Visual, de Curitiba, é partidária da cultura

dos 3 Rs – reduzir, reutilizar e reciclar. E

dentro desta proposta, substituiu cerca

de 35% das peças por papelão, o que

facilitou a reciclagem. Anteriormente,

fundos de palco, placas e banners

eram confeccionados com substratos

derivados do petróleo. O diretor da F9,

Saulo Camargo, informa que além do

papelão, outros materiais foram utilizados

na Mercosuper, como o adesivo e a

lona. Ele explica que todo o material

instalado é, no final da feira, separado e

direcionado para descarte. Durante todo

o processo de produção ou de retorno,

os materiais são separados manualmente

e destinados aos locais específicos.

O consultor comercial da F9, Carlos

Junior, conta que após essa separação,

cada substrato é direcionado ao descarte

indicado, e diz que “isso faz parte do

nosso programa ‘Bumerangue’, onde

todo o material que produzimos e

que não tem mais utilidade para o

cliente pode ser recolhido por coleta

programada”. Ele completa que “isso

contribui para a redução de impactos no

meio ambiente e ajuda as comunidades

de baixa renda, que podem usar o

descarte para transformá-lo em outros

produtos”, afirma. Buscando trabalhar

com materiais que sejam biodegradáveis

e que possibilitem o reaproveitamento,

Camargo explica que o papelão é

vendido para uma empresa em Curitiba,

que faz a reciclagem. A lona é destinada

para outra empresa que transforma

o material em sola de chinelo e bolas

de capotão. Os adesivos, que não são

possíveis de reciclar devido à cola e ao

PVC, são enviados para uma empresa

contratada que faz o processo de

incineração, que é certificado pelos

órgãos ambientais.

Resíduos como tecido, madeira, PVC,

adesivo e lona virgem, são reutilizados.

Já metais, papel, tinta, plástico, adesivo

e lona impressos, são reciclados. É o que

informa o responsável pela produção,

Cristiano Navareti. Segundo ele, são

diversas as destinações destes descartes,

sendo em sua maioria utilizados para a

fabricação de novos produtos, entre ele

embalagens, peças artesanais e mesmo

novas peças publicitárias. A F9 é uma

empresa que presta serviços na área de

comunicação visual e que se preocupa

com a responsabilidade socioambiental.

Utiliza tecnologia para impressão em

lona, adesivo, tecido, papel, chapas

de acrílico, madeira, entre outros. Mas

Camargo salienta que dependem muito

da indústria nacional e internacional

quanto ao desenvolvimento de produtos

mais amigáveis ao meio ambiente e

alerta: “Fazemos nossa parte usando o

que há de melhor em tecnologia de

produção para comunicação visual, mas

as empresas também devem buscar

alternativas e cooperar com a natureza”.

O Ranking da Associação Brasileira

de Supermercados (Abras) mostrou

que, mesmo com a crise mundial,

mais da metade das empresas (51,6%)

participaram de projetos sociais em

2009. Os projetos ligados à alimentação

somam 47,3% e ainda são maioria,

mas o engajamento em outras áreas

é crescente. Um bom percentual das

iniciativas está atrelado ao esporte

(38,8%), à cultura (37,2%), à educação

(32,6%) e à promoção e manutenção da

saúde (24,8%).

Page 47: Supermix 134
Page 48: Supermix 134

índiCe de vendas

MErCEArIA E OutrOS FOrAM AS CEStAS quE MAIS CrESCErAM NO PEríOdO 04

Curitiba Interior do Paraná Variações

Período de Análise - 28/03/2011 a 27/04/2011Variação Nominal

Variação Real**(IPCA / IBGE)

Variação Nominal

Variação Real**(IPCA / IBGE)

PERÍODO 04 x PERÍODO 03 13,8% 13,0% 12,7% 11,9%

PERÍODO 04 x MESMO PERÍODO DE 2010 14,4% 7,6% 19,8% 12,6%

ACUMULADO 2011 versus 2010 8,6% 2,4% 13,0% 6,6%

Paraná BrasilVariações

Período de Análise - 28/03/2011 a 27/04/2011Variação Nominal

Variação Real**(IPCA / IBGE)

Variação Nominal

Variação Real**(IPCA / IBGE)

PERÍODO 04 x PERÍODO 03 13,4% 12,5% 9,2% 8,4%

PERÍODO 04 x MESMO PERÍODO DE 2010 16,5% 9,6% 13,2% 6,5%

ACUMULADO 2011 versus 2010 10,3% 4,1% 9,3% 3,0%

Na análise do acumulado 2011 versus 2010 (períodos 1 a 4), o

Paraná apresentou um crescimento nominal de 10,3%, superior

a média Brasil, de 9,3%. Considerando a inflação de 6,33% no

período, o crescimento real do Paraná foi 4,1% e do Brasil foi

3,0%. Sete das onze cestas apresentaram crescimento de dois

dígitos, sendo Eletrônicos a cesta de maior destaque.

No comparativo do período 04 (avaliado entre os dias 28 de março e 27 de abril de 2011) em relação ao período anterior (avaliado entre os dias 28 de fevereiro e 27 de março de 2011), as vendas do setor de autosserviço no Paraná apresentaram crescimento nominal de 13,4%, superior ao crescimento da média Brasil que foi de 9,2%. A cesta de Mercearia foi a de maior destaque com crescimento nominal maior que no Brasil (63,4% x 48,5%), em função do sucesso das vendas sazonais no

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. **Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE

Metodologia utilizada

período de Páscoa, com ovos de chocolate e outras guloseimas. Enquanto a cesta de Mercadoria Geral apresentou a maior retração, devido às vendas mais baixas em Papelaria, Esportes e Brinquedos.

A metodologia utilizada para coleta dos dados, pela Nielsen é a chamada Scantrack, que realiza a captura semanal de dados provenientes dos caixas de supermercados colaboradores (leitores ópticos do autosserviço). Possibilita uma análise detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada. Isso significa que, na grande maioria das vezes, as informações não são referentes ao mês fechado.

Page 49: Supermix 134

Revista SUPERMIX 49

Importância Per - 28/03/11 a 27/04/11 Brasil Paraná

Brasil Paraná

Variação em

relação ao

acumulado

anterior

(2011x2010)

Variação em

relação ao perío-

do anterior

(04x03)

Variação em

relação ao

mesmo

período do ano

anterior

(o4/11x04/10)

Variação em

relação ao

acumulado

anteior

(2011x2010)

Variação em rela-

ção ao período

anterior (04x03)

Variação em

relação ao mesmo

período do ano

anterior

(04/11x04/10)

VENDAS TOTAIS 100% 100% 9,3% 9,2% 13,2% 10,3% 13,4% 16,5%

PERECÍVEIS (frescos) 29,6% 28,1% 7,1% 36% 9,3% 9,3% 1,9% 11,6%

MERCEARIA 27,7% 31,7% 8,0% 48,5% 23,0% 10,8% 63,4% 29,2%

BEBIDAS 10,0% 9,7% 9,4% -6,1% 14,9% 10,1% -2,4% 12,7%

ELETRÔNICOS 9,0% 8,6% 14,4% -5,3% 4,2% 15,8% -6,1% 11,8%

PERFUMARIA 6,9% 6,7% 6,9% -0,6% 8,2% 10,3% 1,2% 13,6%

LIMPEZA 5,0% 5,3% 7,8% -1,0% 9,1% 12,0% -0,8% 15,7%

MERCADORIA GERAL 3,8% 3,2% 10,4% -6,1% 11,5% 8,6% -7,4% 10,8%

TÊXTIL 2,6% 2,4% 5,8% -5,6% -5,9% 2,3% -3,8% -9,3%

CASA 3,0% 3,0% 9,0% -2,2% 2,3% 10,1% -2,7% 7,9%

OUTROS 2,1% 1,1% 64,6% 4,7% 99,9% 4,6% 16,9% 27,6%

CONSUMO LOCAL 0,2% 0,2% 8,0% 0,9% 11,6% 28,9% -0,8% 38,0%

*Números de Curitiba e RMC com amostragem concentrada nas grandes redes. **Total Store – Performance Geral (fonte: dados scanning das cadeias colaboradoras com cinco ou mais checkouts)

Page 50: Supermix 134

Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo,

Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e

autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

artigo Por Bernt entschev

WOrkLOvErMuito já se falou sobre os workaholics, os viciados em

trabalho. Exatamente por esse assunto ter vindo tantas vezes

à tona, acabou-se criando um senso comum de que quem

trabalha muito automaticamente é viciado em trabalho.

Isso não é verdade. Há muitos profissionais que trabalham

bastante simplesmente por serem apaixonados por suas

profissões. Esses, por sua vez, podem ser conhecidos

como worklovers. A diferença básica entre os dois é que os

viciados usam o trabalho como uma ferramenta para fugir

de problemas, como se ficar até altas horas no trabalho fosse

um refúgio. Assim como outros vícios (cigarro, bebida, entre

outros), o trabalho se torna algo capaz de fazer essas pessoas

esquecerem os males que os atormentam fora dali. Uma

atitude nada saudável. Essas pessoas, normalmente, não

conseguem equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.

Já os worklovers não usam o trabalho como fuga, pelo

contrário, o trabalho é sempre algo muito prazeroso.

Gostar do que se faz é um primeiro e ótimo passo, já que

trabalhar com algo que não é do nosso agrado é realmente

difícil. Quem gosta do que faz acorda bem disposto para

ir para empresa, tem criatividade para inovar sempre e faz

as coisas bem feitas e no prazo. Amar o que se faz, então,

amplifica tudo isso a um expoente quase imensurável. O

worklover normalmente trabalha muito e não mede esforços

para resolver as questões profissionais do dia-a-dia. Sempre

que fala do seu trabalho, demonstra grande satisfação e,

geralmente, entende muito bem sobre sua área de atuação.

Porém, o trabalho, por mais que ocupe grande parte de

seu tempo, jamais é empecilho para a vida em sociedade e

para a execução de outras coisas tão prazerosas quanto (o

trabalho é sempre um prazer para essas pessoas).

Se pararmos para observar, profissionais que podem ser

denominados como worklovers frequentemente são bem

resolvidos em todas as questões da vida. São pessoas que

ou possuem famílias bem estruturadas, ou vivem sozinhas

por opção, e não porque não conseguem encontrar seus

companheiros idealizados. Normalmente praticam esportes,

viajam muito e, principalmente, dedicam-se a algum hobby

(outro que não seja o próprio trabalho). Quando essas

pessoas se vêem atribuladas, conseguem impor prioridades,

abrir espaço em suas agendas e poder se dedicar a outras

questões da vida. Elas amam o trabalho sim, porém, amam,

acima de tudo, a si próprios.

Dificilmente se vê um worklover estressado, ao contrário dos

workaholics que, em sua maioria, sofrem de estresse e de

vários outros problemas de saúde. Para esses profissionais,

existe um equilíbrio. Eles podem, sim, dedicar-se com

esmero ao trabalho e fazem isso com todo o prazer do

mundo. Mas, sabem a hora de parar e não vivem apenas

para isso. Aliás, o horário de trabalho para esses profissionais

sempre parece ser curto demais, pois, se dependesse deles,

ficariam horas e mais horas trabalhando. Só param mesmo,

porque sabem da importância de ter uma vida pessoal tão

intensa quanto a profissional. Aliás, a maioria dessas pessoas

possui muitos amigos. E, normalmente, são amizades

profundas, bem estruturadas e leais. Nada fica a desejar.

Quem dera se existissem apenas worklovers no mundo

corporativo. Seria realmente um mundo perfeito. Imagine

poder trabalhar com pessoas apaixonadas por seus

trabalhos, saudáveis, com a vida pessoal bem estruturada...

Seria perfeito! Atente para os cuidados com aqueles que

se encaixam no perfil oposto a este. Dedicar-se ao trabalho

não significa isolar-se do mundo. Um bom profissional,

independentemente se ama ou não seu trabalho, é aquele

que consegue alcançar um equilíbrio entre a vida pessoal e

a profissional. Ser bem sucedido significa alcançar um bom

patamar profissional e, ao mesmo tempo, ter uma família

bem estruturada, saúde em dia, e conquistas em outras

áreas, seja no esporte, no hobby que cultiva ou em viagens

ao redor do mundo.

quEM GOStA dO quE FAZ ACOrdA bEM dISPOStO

PArA Ir PArA EMPrESA, tEM CrIAtIvIdAdE PArA INOvAr

SEMPrE E FAZ AS COISAS bEM FEItAS E NO PrAZO.

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Adriane Werner é jornalista, mestre em Administração e ministra treinamentos em

comunicação. Escreve neste espaço sobre comportamento profissional e é também

professora da Academia Empresarial Apras.

artigo Por AdriAne Werner

PrudêNCIA E CANJA dE GALINhA NãO FAZEM MAL A NINGuéM...Todos nós estamos expostos a uma invasão de privacidade

nunca antes vista no mundo. E isso não se deve apenas ao

uso cada vez mais comum de câmeras de monitoramento,

que têm como objetivo aumentar a segurança do cidadão

de bem. A maior exposição se dá em pequenos descuidos

ou mesmo deslizes provocados por nossa própria vaidade

ou distração.

Há poucos dias soube de um executivo que teve sua

conta de e-mail invadida em uma espécie de “pegadinha”

feita por consultores que ele mesmo havia contratado,

e que fizeram isso como forma de alertar sobre sua falta

de segurança digital. Quando ele estava viajando para o

exterior, um homem ligou para o escritório e mentiu ser o

próprio executivo, dizendo que precisava ler os e-mails com

urgência, mas que tinha esquecido a senha. A secretária, que

também tinha acesso á conta, passou a senha sem maiores

questionamentos. Descuido...

Mas o maior problema mesmo é aquele causado por nossas

próprias ações descuidadas. Por vaidade ou ingenuidade,

pessoas expõem sua imagem e sua família nas redes sociais

de forma desprotegida, podendo causar desde o prejuízo

à sua imagem profissional (como aqueles que postam

mensagens dizendo que vão tomar banho ou que beberam

demais na noite anterior – acredite, tem gente que posta

detalhes ainda mais íntimos de sua vida pessoal nas redes

sociais) até mesmo colocando em risco sua segurança

pessoal e de sua família. É o caso de pessoas que deixam

clara qual é sua rotina diária, contam na rede quando

estão viajando e deixaram a casa ou os filhos sozinhos,

aumentando o risco de seqüestros e assaltos.

É claro que não quero, com esses alertas, dizer que temos

que ser impessoais ou frios nas declarações e fotos que

colocamos na Internet. Não, as redes sociais também

são interessantes e até importantes para momentos de

descontração, bate-papo, brincadeiras. Mas um pouco

de cuidado não custa nada e nos ajudará a manter nossa

imagem pessoal e profissional inabaladas, além de evitar nos

expor aos perigos do mundo moderno. Afinal, prudência e

canja de galinha não fazem mal a ninguém...

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Page 56: Supermix 134

NEStA EdIçãO: Controle de Desperdícios e Perdas.

Veja como a educação corporativa

pode ajudar sua loja a aplicá-lo ou

melhorá-lo.

IStO ACONtECE NA SuA LOJA?Funcionários que:

• São desatentos com o manejo das

mercadorias?

• Já foram treinados para evitar

perdas, mas não colocaram todas as

ações em prática?

• Novos funcionários sem

informações sobre controle de

desperdício?

• Tem pouca ou parcial consciência

do impacto de perdas para o

negócio e para a sustentabilidade

ambiental?

• Não vêem o controle de perdas

como parte do seu trabalho?

aCademia empresarial apras

Nos últimos meses, a Academia Empresarial Apras levou a

palestra informativa sobre SPED Fiscal para suas regionais

em todo o estado. Os ministrantes são sócio-proprietários

e profissionais da Controlsul – Consultoria Empresarial.

Eles abordaram o tema de forma intensa e com muitas

informações sobre escrituração contábil digital, escrituração

fiscal digital, escrituração digital das instituições financeiras

e nota fiscal eletrônica. Forneceram dicas de como as

empresas, seus departamentos financeiros e de TI devem se

organizar neste momento, a fim de que todos possam estar

preparados para cumprir a lei, seja de grande porte, a partir

de abril, e também de pequeno porte, que já devem estar se

organizando.

O professor e sócio-proprietário, Viniccius Feriato, apresentou

as palestras no mês de março nas cidades de Maringá,

Londrina e Cascavel. Pato Branco também recebeu o auxílio

da Controlsul no mês de março, com o profissional Jhoni

Maciel. Nesta oportunidade, a Apras contou com o apoio

SIStEMA PúbLICO dE ESCrIturAçãO dIGItAL (SPEd), CAMINhOS E SOLuçõES

Page 57: Supermix 134

Como a Academia Apras pode te ajudar Formação Básica: Controle de Desperdícios e Perdas

Entre os diversos cursos que a Academia Empresarial

Apras oferece nas diversas linhas (Formação Básica,

Formação Específica, Gestão e Alta Gestão) está o

de Controle de Desperdícios e Perdas. O curso tem

o objetivo de fornecer informações fundamentais

sobre a importância de se identificar, quantificar e

eliminar os desperdícios e perdas, muito importantes

nos resultados e lucratividade de uma loja de

supermercado. Ministrado em oito horas, o curso

apresenta ao aluno os seguintes conteúdos:

Conteúdo Programático:

• Fluxo de vendas x compra;

Fluxo de estoque x venda x lucro;

• Tipos de desperdícios (troca, quebras, perdas, avarias,

etc.);

Como eliminar os desperdícios;

• Prevenção do desperdício;

Exercício de medição do desperdício;

• Controle de quebras;

Conceito de inventários;

• Cuidado com rupturas;

• Prazo médio de estoque;

• Estoque de segurança;

• Critérios de abastecimentos (PEPS / UEPS);

• Má administração do colaborador.

Público: Colaboradores e comunidade.

Mais informações pelo telefone: (41) 3263-7000.

SEGurANçA dE LOJA

da Associação Comercial e Empresarial de Pato Branco,

que nos concedeu seu auditório para receber um grupo

de aproximadamente 40 empresários. Já no mês de abril,

o professor Viniccius foi ministrar a palestra na cidade de

Ponta Grossa, onde estiveram presentes 70 empresários e

profissionais de contabilidade da cidade e de toda a região.

A cidade de Andirá e seus empresários de supermercado e

de outras áreas do comércio também receberam a palestra

no dia 12 de maio. A Apras agradece à Associação Comercial

de Andirá, na pessoa da senhora Silvia Flores e o Conselho

Andiraense da Mulher Empresarial, na pessoa da senhora

Sebastiana Ribeiro Dalossi, à Secretaria da Educação de

Andirá na pessoa da senhora Sirlei Maria de Freitas Aguiar e

à Radio Cultura – AM na pessoa do radialista Luis Felix por

todo apoio ao evento e pela receptividade

O Comitê de Segurança levou para Londrina, por meio

do diretor da Apras e coronel, Luiz Alberto Leão, o

primeiro encontro com o objetivo de discutir com os

empresários, responsáveis pela gestão de segurança de

loja e gestão de desperdícios e perdas, as dificuldades e os

problemas de grande relevância do setor de segurança nos

supermercados. Foram mais de 50 participantes no dia 12

de maio que acompanharam a palestra “A falta de segurança

nos supermercados”, ministrada pelo coronel Luiz Carlos

Deliberador e o tenente Ramos, ambos do 2º Comando

Regional da Policia Militar de Londrina.

Page 58: Supermix 134

aCademia empresarial apras

A Apras de Londrina deu início ao curso de Gestão de

Recursos Humanos e Depto. Pessoal no dia 13 de maio. Um

curso que foi lançado com o objetivo de proporcionar aos

participantes conhecimentos teóricos e práticos necessários

para o desempenho de rotinas trabalhistas, previdenciárias e

de admissão, demissão, permanência, Sanções Disciplinares,

e aperfeiçoamento das Leis Trabalhistas em geral,

envolvendo a participação dos líderes de loja. Um curso que

foi ministrado pelos professores Douglas Camilo (diretor e

consultor em Gestão Empresarial e Trabalhista há 20 anos)

e Cicinha Corck (profissional de RH e Rotinas Trabalhistas e

Treinamento em Gestão de Supermercados).

A Fundação Abras estabeleceu, nos termos do convênio nº

015/2008, cooperação técnica e financeira com a União, por

intermédio do atual Ministério da Pesca e Aquicultura, para

apoio ao projeto de “Qualidade na Peixaria”. A Apras realizou

o trabalho ministrado pelo professor Rodrigo Bertol (médico

veterinário e líder da fiscalização em supermercados de Pato

Branco, multiplicador da ENS) no dia 28 de fevereiro em

Curitiba e encerrou no dia 23 de maio com mais uma turma

em Londrina. Foram formados aproximadamente 50 novos

peixeiros com formação básica e, portanto, pode auxiliar o

projeto de cursos de Pescaria, visando atingir a meta inicial

com a qualificação de 600 operadores da seção de peixaria

de supermercados no Brasil.A Apras de Curitiba deu início a turma 35 do curso

de Formação Gerencial no Varejo, com um grupo de

aproximadamente 30 alunos, e a regional de Maringá

também deu início à turma 36. Estes estão tendo a

oportunidade de se profissionalizar ou se requalificar depois

de alguns anos. Um curso que tem chamado a atenção

de gestores (gerentes e encarregados) e também de

empresários. A próxima turma dará início em Londrina no

mês de junho e ainda restam algumas vagas.

A Apras de Cascavel deu início no dia 30 de março a nova

turma do curso de Gestão Técnico-operacional de Loja. O

curso tem como objetivo desenvolver funcionários que já

atuam nas lojas, formando-os técnica e operacionalmente

para tornarem-se encarregados e líderes de setor. No

conteúdo programático estão módulos como: História

do Varejo; Gestão Operacional; Gestão Comercial; Gestão

gestão de recursos humanos e dePto. Pessoal – 40h/aula

curso básico de Peixaria – 08h/aula

formação gerencial no varejo – 200h/aula

gestão técnico-oPeracional de loja – 80h/aula

gestão

Formação espeCíFiCa

Novas turmas em julho nas cidades de Cascavel e Maringá.

Novas turmas em junho nas cidades de Londrina e Foz do Iguaçu. Se você quer levar o curso para sua cidade, entre em contato com a regional mais próxima.

Novas turmas em junho e julho nas cidades de Londrina, Maringá, Curitiba, Pato Branco e Ponta Grossa.

Administrativo-Financeira; Gestão de Perecíveis; Gestão de

Frente de Caixa e Gestão de Pessoas.

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aCademia empresarial apras

A sede da Apras de Londrina realizou no último dia 25 de

maio o curso Básico de Carnes. Ministrado pelo professor

Rodrigo Bertol (médico veterinário e líder da fiscalização

em supermercados de Pato Branco, multiplicador da ENS),

estiveram presentes aproximadamente 25 alunos e todos

puderam obter uma visão maior sobre os cuidados com o

setor de carnes e grandes dicas nos cuidados e aumento das

vendas.

Empresas em todo o Paraná tem buscado junto à Apras

os cursos in company. É um novo trabalho que tem como

objetivo proporcionar atividades mais dirigidas e atendendo

as particularidades do empresário nas datas, horários e locais

em que seus profissionais têm maior disponibilidade. A rede

de Supermercados Camilo, empresa associada à Apras de

Novas turmas de Cartazista serão realizadas nos próximos

meses do curso Básico de Cartazista, ministrados pelo

professor Anselmo dos Santos.

A sede da Apras de Londrina e sua Padaria Tia Ofélia

realizaram nos últimos meses os cursos de Padaria e

Confeitaria com uma turma de Padaria Avançada e duas

turmas de Confeiteira Avançada. O professor David ministrou

as aulas e foi muito bem avaliado pelos participantes

que estão preparados para iniciar uma profissão em

supermercado e também aperfeiçoou muitos profissionais

da área. Na regional de Maringá foi formada a primeira turma

do curso de Padaria Básica, ministrado pelos professores

Ângelo Vander Salvadego Trevisan e pelo professor Jeferson

Vilson Trevisan, dos Moinhos Anaconda.

curso básico de carnes – 08h/aula

sob medida

curso básico de cartazista – 08h/aula

curso básico de Padaria e confeitaria – 20h/aula

NOvAS turMAS EM JuNhO:padaria – pães especiais

7 a 10 de junho de 2011

Novas turmas nas cidades de Londrina. Maringá, Curitiba, Foz do Iguaçu e Cascavel.

curso básico de cartazista – 08h/aula

Novas turmas de Cartazista serão realizadas nos próximos

meses do curso Básico de Cartazista, ministrados pelo

professor Anselmo dos Santos.

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Maringá, buscou o trabalho da Academia e foi montado um

curso in company de Técnicas de Vendas ministrado pela

professora Rosangela Dias da Silva (consultora especialista

em Gestão de Loja há 15 anos e professora da Academia

há 10). A professora ministrou aula em todas as lojas e nas

cinco cidades que possuem unidades, trabalhando inclusive

em treinamento prático, formando 60 alunos da empresa. A

empresa Líder de Supermercado de Foz do Iguaçu também

buscou nosso trabalho realizando um curso de Liderança

ministrado pela professora Cristiane Carvalho Pasquinelli

(professora e consultora na área de Liderança Empresarial),

trabalhando com toda a equipe de gestão. Em Curitiba,

a professora Adriane Werner realizou o curso Básico de

Atendimento ao Cliente a um público in company de

empresa varejista. Todos saíram encantados e dizem estar

aproveitando o trabalho diariamente.

Procure a equipe da Apras para pedir os cursos que poderão

ser realizados na sua cidade e também na sua loja.

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aCademia empresarial apras

A Academia Empresarial Apras tem buscado parcerias com universidades em Curitiba e no Paraná, a fim de proporcionar ao associado varejista e fornecedor cursos dirigidos, buscando atender suas necessidades básicas. Algumas parcerias já foram solidificadas e alguns cursos estão sendo lançados no ano de 2011.

A parceria com o Centro de Ensino Superior do Paraná – CESPAR, mantenedor das Faculdades Maringá e com a FAE de Curitiba oferece o MBA em Gestão de Supermercados, com o objetivo de atualizar empresários, administradores e profissionais da área para não perderem espaço no seu campo de atuação, assim como para reciclar-se, aprofundando e solidificando seus conhecimentos. A Apras também tem anunciado aos associados o Curso do EAD – Educação à Distância da Uninter. São cursos de qualidade e que são presenciais e semipresenciais. A Uninter tem uma excelente estrutura de Comunicação à Distância e conta com uma grade forte de professores, e tem elaborado novos cursos e também atendido às necessidades do varejo. Mais uma forma que a Apras encontrou para atender os municípios do estado que precisam de educação e formação profissional sem tirá-los de seus municípios.

Participe de nossas reuniões e venha conhecer melhor o EAD. O Corpo Docente será composto por professores das universidades parceiras e convidados especializados no setor supermercadista.

A regional de Ponta Grossa teve sua primeira reunião

do comitê de Recursos Humanos em 2011. Neste

Londrina

(43) 3323-7935

[email protected]

Maringá

(44) 3031-6622

[email protected]

Curitiba

(41) 3263-7000

[email protected]

Pato Branco (46) 3224-5495

[email protected]

Ponta Grossa (42) 3236-3077

[email protected]

Foz do Iguaçu (45) 3223-9995

[email protected]

Cascavel (45) 3223-9995

[email protected]

Interessados entrem em contato com a Apras e peçam a

declaração de associados a fim de fazer a inscrição e usufruir

o desconto que nos foi dado.

Informe-se sobre o início das aulas no telefone

(41) 2105-4087.

Novo vestibular em junho de 2011. Informações no Centro

Tecnológico Positivo pelo telefone (41) 3322-8944.

Parceria academia emPresarial aPras e faculdades do Paraná

comitê de recursos humanos

mba em gestão de suPermercados – fae

tecnólogo em gestão do varejo – universidade Positivo

encontro estiveram reunidos empresários, profissionais

de RH e Departamento Pessoal representando empresas

supermercadistas. O principal objetivo foi de buscar

maiores informações sobre a NR12, uma normativa que

teve alterações em dezembro de 2010 e que pontua

maiores cuidados com equipamentos utilizados nas

lojas de supermercado. A Apras contou com o auxílio

de profissionais como engenheiros de segurança no

trabalho e técnicos de segurança no trabalho. Foi feita

uma explanação da NR 12 e mostrando a todos os maiores

problemas com a manipulação de máquinas que causam

perigo ao trabalhador, bem como as ações jurídicas como

conseqüência da falta de cuidados com o colaborador.

A Apras agradece a todos os profissionais que trouxeram

informações neste momento.

Se a sua empresa, fornecedor ou supermercadista, tem interesse em patrocinar a Academia Empresarial Apras, por favor, entre em contato com o departamento comercial e informe-se sobre as modalidades de patrocínio. Em breve, a programação completa dos cursos da Academia Empresarial Apras estará disponível no site: www.academiaapras.com.br

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aConteCeu Comigo

Tudo o que o cliente fez foi uma pergunta que julgara

inofensiva. “O caixa está livre?”, disse, dirigindo-se à

atendente do caixa. O que ele não sabia era que a moça

estava cansada de ouvir sempre a mesma pergunta, e

naquele dia decidiu descontar a impaciência no cliente

que já estava terminando suas compras. “O que o senhor

acha? Não está vendo que não estou atendendo ninguém?”,

rebateu a atendente. O senhor tentou não se influenciar

pela agressividade, mas dirigiu-se, com suas compras, ao

caixa a lado, que tinha uma atendente mais sorridente. Saiu

dali e somente no dia seguinte decidiu voltar. Procurou o

gerente da loja e relatou o ocorrido. Resultado: a atendente

de caixa recebeu uma advertência e por pouco não perdeu

o emprego.

Trabalhar nas funções de contato mais próximo com o

cliente exige preparo, tato e diplomacia. No caso relatado

acima, o cliente fez uma pergunta óbvia e, por isso, a

atendente se irritou. Mas havia de fato motivo para tanta

irritação? “Ah, mas ouço essa mesma pergunta mil vezes por

dia”, justifica a profissional. Porém, o cliente claramente não

teve qualquer intenção de agredir ou provocar a atendente,

apenas usou de uma pergunta retórica, como forma

de iniciar uma comunicação. A resposta teria sido mais

simpática e mais profissional se a atendente do caixa tivesse

PEdAGOGOS, PSICóLOGOS E EduCAdOrES vIvEM dIZENdO quE O SEr huMANO APrENdE MAIS COM ExEMPLOS dO quE COM PALAvrAS. PENSANdO NISSO, dECIdIMOS rEuNIr AquI, NA rEvIStA SuPErMIx, hIStórIAS rEAIS dE SItuAçõES dE vENdAS quE, ACrEdItAMOS, POdEM NOS ENSINAr MuItO SObrE O quE FAZEr – E O quE NãO FAZEr – NO rELACIONAMENtO COM CLIENtES, FOrNECEdOrES, COLEGAS E ChEFES. COM EStórIAS NArrAdAS POr AdrIANE WErNEr, JOrNALIStA E PALEStrANtE NA árEA dE COMuNICAçãO E rELACIONAMENtO COM O CLIENtE, A SEçãO ACONtECEu COMIGO é uMA FOrMA dIvErtIdA dE APrENdEr COM OS PróPrIOS ErrOS.

Por que tratar mal quando podemos tratar bem? uma reação tão óbvia quanto a pergunta, dizendo apenas

“sim” ou “pode vir”, com um sorriso nos lábios. Ela certamente

não teria perdido o cliente. Há momentos em que o mais

certo a fazer é evitar deixar o sangue ferver, ainda mais se for

por um motivo tão banal como este.

O cliente é a razão de ser de uma empresa. Tratá-lo bem,

no final das contas, é a garantia de nosso próprio emprego.

Nunca é demais lembrar o que as pesquisas apontam: um

cliente satisfeito conta sua experiência de compra para

aproximadamente cinco pessoas, enquanto o insatisfeito

faz questão de esbravejar sua malsucedida vivência com a

empresa para nada menos do que 17 pessoas. A conta não

é difícil: é melhor termos alguém falando bem de nossa

empresa para cinco pessoas do que alguém nos difamando

para 17! Pense nisso e... Sorria mais!

Se você também viveu ou presenciou uma história que

pode ser um exemplo para outras pessoas que trabalham

no varejo, compartilhe conosco! Escreva para adriane@

adrianewerner.com.br

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espaço apras

Regionais Apras promovem jantares em comemoração ao Dia das Mães Elas são essencialmente importantes na vida de cada um; afinal, trouxeram muitas vidas ao mundo. Nesse sentido, Cascavel,

Londrina e Ponta Grossa realizaram em suas regionais o jantar de confraternização e, em especial, uma homenagem ao Dia

das Mães.

Na Regional Ponta Grossa, foi realizado um jantar de con-

fraternização na Sede Campestre do Clube Princesa dos

Campos (Clube Verde), no dia 11 de maio com a participa-

ção de aproximadamente 300 pessoas. Contou com o pa-

trocínio de VD Comércio de Veículos Ltda; Savana – Conces-

sionária Mercedes Benz em Ponta Grossa; Spaipa – Indústria

Brasileira de Bebidas; Isabela – Massas e Biscoitos; Usina Alto

Alegre e Sobremesas Batavo.

Já na Regional em Londrina, o jantar foi dia 21 de maio, no Buffet Carpe Diem, em Arapongas com a presença de mil pessoas. As mamães ganharam rosas ao som de piano e violino. O evento foi patrocinado por Anhembi; Colgate; Unilever; Kimberly-Clark; Ambev; Bombril; Nestlé; Tozato Representações; Moinhos Arapongas; Dental Clean; Paraty; Melhoramentos; Kraftfoods; Vale Fértil e Josapar; Vinícola Guaravera; Doce-Docê; Sorvetes Geloni e Spaipa. Os brindes sorteados tiveram o apoio da: Sadia; Itamaraty; Vigor; Anaconda; Sepac; Paloma; Bachega Alimentos; Seara; Cobertores Ober; Dori Alimentos; Arroz Classe A; Mary Kay; Liminal; Marcos Franciosi; Paulinor; Oniz; Yoki; Frimesa; Selmi; Doce-Docê; Galiza; Chocolates Bel; Kavisan; Dialli; Produtos Val; Energético “Nós” e Grupo Triufante. Um agradecimento também aos associados Apras, diretoria e colaboradores da Regional Norte.

A primeira a comemorar foi Cascavel, no dia 7 de maio. O jantar foi no Buffet Palacius, com 850 pessoas, entre elas, supermercadistas, fornecedores e convidados da região. O evento teve o patrocínio da: Frimesa, Apti alimentos, Casa de Conti, Coamo, Vinícola Aurora, Sepac Duetto, e Primorata. Para cada mamãe presente, a Arrojito ofereceu uma caixa de bombons. Teve ainda sorteio de jóias, patrocinada pela Megamix, Claudia Alimentos, Pinduca, Comercial Esmer-alda, Crivialli, Gran Legado, Sucos Suvalan, Dori Alimentos, Jasmine Alimentos, Azeites Lisboa e Tondela, além de uma viagem com acompanhante para Maceió oferecida pela Zaeli. A animação ficou por conta da Banda Oxigênio.

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Tyson do Brasil promove mais um jantar Espaço do Fornecedor

Uma das maiores processadoras de carnes de frango,

bovina e suína do mundo, com atendimento em mais de

90 países, e um escritório em Curitiba que trabalha com o

mercado de frangos, a Tyson do Brasil aproveitou a opor-

tunidade e patrocinou mais uma edição do jantar Espaço

do Fornecedor. O evento reuniu 110 supermercadistas no

dia 19 de maio, na sede da Apras.

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Lançamentos

novas embalagens dos Produ-tos dagranja

nestea aPresenta nova linha Premium de chás

noahome aPresenta novos modelos de vassouras

linha comPleta Para Perfumar rouPas e ambientes

A linha de produtos DaGranja está com nova logomarca, atualizada para proporcionar mais visibilidade e movimento. A reformulação se estende à linha infantil Chikenitos, que segue o mesmo conceito da linha tradicional e com os personagens Superitos e elementos coloridos, proporcionando visual mais divertido e atraente para o seu público.

A Nestlé apresenta ao mercado sua nova linha de chás premium Nestea. Os produtos foram desenvolvidos para os consumidores que buscam nutrição, saúde e bem-estar, com a refrescância e os benefícios trazidos pelo chá. Nos sabores Chá Verde com Limão, Chá Vermelho com Frutas Vermelhas e o exclusivo Chá Branco com Cidreira, os lançamentos chegam às gôndolas inicialmente nas regiões sudeste e sul.

A empresa NoaHome inova unindo um produto básico do dia-a-dia ao estilo da mulher mais moderna. Por isso, está trazendo para o mercado um novo produto que combina design de qualidade e o melhor preço. Uma linha completa de limpeza com rodos, pazinhas e vassouras em até nove estampas e 18 modelos, fazendo o ambiente ficar mais alegre e descontraído, além de limpo e agradável.

A Aromas & Essências apresenta uma linha completa de produtos para perfumar roupas e ambientes. Foi elaborada exclusivamente para deixar qualquer ambiente agradável e com cheiro de limpeza. O conceito da empresa é de envolver o consumidor em uma experiência única de prazer e bem estar. Há 10 anos, a Aromas & Essências lidera o mercado de perfumes para interiores.

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69 Revista SUPERMIX

Kimberly-clarK aPresenta huggies naturali

tirol lança linha de leites esPeciais

crystal ganha nova fórmula e embalagem

linha de cortes esPeciais angus com a marca seara

A Kimberly-Clark Brasil traz para o mercado brasileiro a fralda descartável Huggies Naturali. O produto tem parte de sua matéria-prima advinda de fonte renovável, o ácido poliláctico (PLA), derivado de amido de milho, substituindo até 10% de todo o plástico utilizado para a confecção de fraldas descartáveis, além de apresentar novidades que reúnem atributos que proporcionam extremo conforto ao bebê.

Atenta à crescente demanda dos consumidores por alimentos completos e práticos, a Tirol apresenta ao mercado a linha de Leites Premiare em embalagens Tetra Pak com tampa de rosca. São três novos produtos - integral com adição de ferro e vitaminas; semidesnatado com baixo teor de lactose; e desnatado com cálcio - comercializados nos principais pontos de vendas na versão de um litro.

A linha Seara Angus é composta por 23 cortes especiais desenvolvidos com base nos menus das melhores churrascarias do Brasil e do mundo. Com cortes especiais, embalagem termoformada e apresentação diferenciada no ponto de venda, a linha Seara Angus agrega valor à marca Seara, ao incorporar cortes de carne Angus mundialmente reconhecidos por seu elevado padrão de maciez, sabor e suculência.

Rexona acaba de relançar o antitranspirante Crystal, que minimiza os resíduos deixados na roupa após a aplicação. Além da nova fórmula – ainda mais eficaz no controle das manchas brancas –, o produto chega ao mercado com novo layout da embalagem, na cor preta e um estilo premium, alinhado com o restante dos antitranspirantes femininos de Rexona. O roll-on ficou mais moderno, com rótulo metalizado.

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esPaço Do Leitor

Prezado leitor,Mande suas dúvidas e críticas. Para a equipe da revista Supermix é muito importante ouvi-lo.

Envie sua correspondência para:Av. Senador Souza Naves, 535 – Cristo ReiCuritiba/PR – CEP 80045-190E-mail: comunicaçã[email protected]

O que você gostaria de ver na revista Supermix?Nossa equipe quer saber sobre quais temas você gostaria de ler a respeito nas páginas da revista. Participe, enviando sua sugestão para o [email protected]

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