Sustentabilidade e negócios do café

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AGRO PECUÁRIO ESTADO DE MINAS S E G U N D A - F E I R A , 2 5 D E J U N H O D E 2 0 0 7 2 AGRO PECUÁRIO ESTADO DE MINAS S E G U N D A - F E I R A , 2 5 D E J U N H O D E 2 0 0 7 11 O Mi- nistério da Agricultu- ra Pecuária e Abasteci- mento acaba de lançar uma cartilha do produ- tor e um boletim técni- co sobre sistemas de in- tegração lavoura-pecuá- ria (ILP). A cartilha é diri- gida a agricultores inte- ressados em usar tecno- logias sustentáveis em suas atividades produti- vas. Já o boletim técnico tem como público alvo profissionais que atuam em atividade de fomento, assistência técnica e assessoria a produtores rurais e que desejam ter acesso a ex- periência com os siste- mas de ILP. As duas pu- blicações foram realiza- das em parceria com a Associação Brasileira de Educação Agrícola Su- perior (Abeas). A carti- lha ao produtor apre- senta informações so- bre o conceito de inte- gração lavoura-pecuá- ria, os principais benefí- cios do sistema e como implantar um projeto em sua propriedade. O boletim técnico sugere estratégias para que o profissional implante, valide e divulgue proje- tos baseados nos siste- mas de ILP. Além disso, aborda a Medida Provi- sória 2.166-67, que alte- ra o Código Florestal. O texto legal em vigor de- ve nortear a conduta do profissional diante da necessidade de orientar o produtor manter a ati- vidade e, ao mesmo tempo, preservar os re- cursos naturais. BIBLIOTECA DO CAMPO Integração no campo ARTIGO TREINAMENTO * As duas publicações poderão ser solicitadas na Biblioteca Nacional de Agricultura (Binagri), no e-mail [email protected] e no telefone da Central de Relacionamento do ministério (0800 61 1995). MUDAS TOUROS BALANÇA P/ GADO AGRO OPORTUNIDADES Sustentabilidade e negócios do café ATENÇÃO PECUARISTAS Residentes em BH, Betim e Contagem. INFORMAÇÃO DE SEU INTERESSE! A Matsuda, empresa líder no mercado de Sementes para Pastagem, e uma das maiores em Suplemento Mineral, pode atendê-lo em BH e entregar o pedido em sua fazenda em qualquer lugar do Brasil. Preços Especiais de Lançamento Safra 2007. Conheça também nossa linha de Proteinados para a seca. Consultem-nos. Tel.: (31) 3275-2118 / Cel.: (31) 9927-7517 REPRODUÇÃO/INTERNET Emater-MG se transforma em referência nacional na revitalização do São Francisco Experiência é fundamental A Emater-MG capacitou du- rante toda a semana passada técnicos de empresas de assis- tência técnica e extensão rural de sete estados na metodologia de manejo integrado de sub-ba- cias hidrográficas. O treinamen- to, realizado em Brasília de Mi- nas, no Norte do Estado, teve co- mo base a experiência bem-su- cedida da empresa mineira no programa de revitalização do Rio São Francisco. O manejo integrado de sub- bacias já é adotado pela Emater- MG há mais de 10 anos, com destaque para a elaboração de 200 projetos mediante contrato com a Agência Nacional das Águas (ANA) e a implementação de 17 projetos em parceria com a Companhia de Desenvolvi- mento dos Vales do São Francis- co e do Parnaíba (Codevasf). O diretor-técnico da Emater- MG, José Ricardo Ramos Rose- no, afirma que essa experiência foi fundamental para a libera- ção de R$ 42 milhões em recur- sos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, a serem aplicados em projetos de manejo integrado de sub-bacias pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Integração Regional e do Meio Ambiente. Serão benefi- ciados cinco estados das bacias do São Francisco (Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Per- nambuco), e três do rio Parnaí- ba (Ceará, Maranhão e Piauí). “A Emater-MG desenvolveu um know how muito importan- te na elaboração e execução des- ses projetos, e o MDA agora reco- nhece esse trabalho, com a libe- ração dos recursos e o convite pa- ra que a empresa dê o apoio aos demais estados beneficiados. É uma grande satisfação para nós que este trabalho seja referência nacional", comemora Roseno. Representantes dos três mi- nistérios participaram da capa- citação em Brasília de Minas, pa- ra orientar sobre os critérios de seleção dos municípios e sub-ba- cias a serem contemplados com MARA LUIZA GONÇALVES FREITAS* Considerado um conceito sistêmico, que envolve as verten- tes social, ecológica, econômica, espacial, cultural e político-insti- tucional, a sustentabilidade cons- titui-se em abrangente olhar in- troduzido na pauta de nossa so- ciedade, por meio da Agenda 21. Essa modernidade ética garante prioritariamente a condição de sobrevivência do homem no planeta, pautando-se na evolu- ção do comportamento huma- no, que valorize a “solidarieda- de da atual civilização com as futuras gerações”. Com os efeitos do aqueci- mento global, enfatizados por meio de estudos do Banco Mun- dial, abordando os impactos do clima sobre a economia mundial, a questão da sustentabilidade ga- nhou mais força, principalmente em importantes segmentos agroindustriais como o do café. Minas Gerais, por exemplo, tem na cafeicultura um impor- tante aliado estratégico para a alavancagem de sua economia: o café por si só responde por 30% das exportações de produ- tos de base agroindustrial do es- tado. Além disso, o produto as- sume importante papel no âm- bito cultural, uma vez que se apresenta como um dos ícones da mineiridade: café é indisso- ciável do processo de constru- ção da imagem da boa hospitali- dade do mineiro, uma vez que, mesmo no recanto mais humil- de, ele assume valor de abraço. Preservar a cafeicultura de Minas significa resguardar a so- brevivência de milhares de pes- soas, que economicamente de- pendem dessa atividade, dentro e fora de nossas fronteiras. Median- te investimentos em pesquisas re- lacionadas à arborização de cafe- zais, desenvolvimento de novas variedades mais adaptadas a altas temperaturas e respectivas técni- cas de manejo de lavouras, certifi- cação de propriedades cafeeiras e inteligência comercial, verifica-se a estruturação de políticas públi- cas sustentáveis voltadas aos ne- gócios do café em Minas. Vários incrementos de base tecnológica visam ao fomento da produtivi- dade e da qualidade para o consu- midor do mercado interno, bem como da geração de competitivi- dade internacional dos negócios do café, agregando valor e geran- do renda para todos os elos da ca- deia, especialmente o cafeicultor: 1. Novas variedades se refle- tem positivamente na elevação da resistência do cafeeiro às doenças e pragas, períodos pro- longados de seca e, respectiva- mente, aumento da produtivi- dade por hectare e do nível de teor de açúcar do fruto, equili- brando o binômio lucro/custo petitivas, dada a sua positiva in- fluência nos processos de preser- vação do meio ambiente, cons- trução do respeito à dignidade humana e na elevação da oferta de produtos rastreados. 4. No âmbito da inteligência comercial, o ganho de intimida- de com uma plataforma de da- dos anteriormente dispersa, mas atualmente concentrada num único ambiente, como o que já vem sendo consolidado no foro do Centro de Inteligência do Café, torna-se um importante aliado para a consolidação da ação diplomático-comercial do Brasil junto a mercados interna- cionais. Essa profissionalização favorecerá, no médio prazo, a consolidação do raciocínio estra- tégico, ofensivo e objetivo na postura brasileira diante do mercado internacional. O estado atende uma urgên- cia ao voltar seu olhar para as questões relativas à preservação da sustentabilidade da cafeicul- tura, por meio da inovação e do aporte tecnológico. Para condu- zir esse desejo de inovar, é indis- pensável preparar o ser humano envolvido no processo, com propostas permanentes de ca- pacitação. Um instrumento ele- mentar são os três Centros de Excelência do Café, instalados no Sul de Minas, Cerrado e Zona da Mata. Os centros têm como missão a difusão de conheci- mentos relacionados à cadeia produtiva, valorizando os diver- sos processos ligados à produ- ção de um café de qualidade, dentro do sistema do “grão à xí- cara”. Com esses mecanismos constantes de incremento da li- derança que já detém, Minas busca solidificar sua tradicional vanguarda nos negócios do café, calcada na promoção da quali- dade e da geração de riquezas. de produção. Esses processos de melhoramento genético, sem dúvida, conduzem a processos de melhoria nos procedimentos adotados no cultivo, na colheita e na pós-colheita. 2. A arborização, além de pro- porcionar uma nova atividade econômica para os produtores nas áreas de produção de madei- ra e comercialização de créditos de carbono, favorece a criação de microclimas mais agradáveis ao cafeeiro, como conseqüência da redução dos níveis de insolação sobre a rubiácea. Além de im- pactar positivamente na redu- ção do efeito estufa, a arboriza- ção tem todas as condições para contribuir diretamente também para a construção do marketing verde para o café. 3. A certificação, além de ser uma demanda irreversível e crescente do mercado nacional e internacional, é um importante mecanismo de agregação de va- lor e criação de vantagens com- SIDNEY LOPES/EM - 20/6/06 LEIA MAIS SOBRE CAFÉ PÁGINA 3 *Assessora especial do Café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais e coordenadora executiva do Centro de Inteligência do Café [email protected] Milhares de pessoas dependem economicamente da cafeicultura os recursos do PAC. “Segundo um desses critérios, o município deve ter um assentamento de re- forma agrária do Incra”, destaca o diretor-técnico da Emater-MG. O treinamento foi conduzido pe- lo gerente-adjunto do Programa de Revitalização do Rio São Fran- cisco, José Aloízio Nery, dos coor- denadores estaduais Ênio Resen- de de Souza, Maurício Fernandes e João Carlos Guimarães, e dos coordenadores regionais no Nor- te de Minas Ana Emília, Geraldo Magela e Sérgio Azevedo. Segundo Roseno, além dessa capacitação inicial, a Emater-MG vai apoiar as demais empresas na elaboração dos projetos de mane- jo integrado de sub-bacias, inclu- sive com visitas de especialistas mineiros aos Estados, sempre que necessário. “A metodologia utili- zada busca o desenvolvimento sustentável dos municípios, com base na participação das comuni- dades envolvidas. Ou seja, cada projeto é formulado de acordo com as necessidades regionais”, explica o diretor da Emater-MG. Trecho do Rio São Francisco: liberação de R$ 42 milhões para o manejo integrado das sub-bacias RENATO LOPES/ESPECIAL PARA O EM – 18/7/04

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Artigo publicado no jornal O Estado de Minas em 28 de junho de 2007.

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A G R O P E C U Á R I O

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2 A G R O P E C U Á R I O

E S T A D O D E M I N A S ● S E G U N D A - F E I R A , 2 5 D E J U N H O D E 2 0 0 7

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O Mi-nistério daAgricultu-ra Pecuáriae Abasteci-mento acaba de lançaruma cartilha do produ-tor e um boletim técni-co sobre sistemas de in-tegração lavoura-pecuá-ria (ILP). A cartilha é diri-gida a agricultores inte-ressados em usar tecno-logias sustentáveis emsuas atividades produti-vas. Já o boletim técnicotem como público alvoprofissionais queatuam em atividade defomento, assistênciatécnica e assessoria aprodutores rurais e quedesejam ter acesso a ex-periência com os siste-mas de ILP. As duas pu-blicações foram realiza-das em parceria com aAssociação Brasileira deEducação Agrícola Su-perior (Abeas). A carti-lha ao produtor apre-senta informações so-bre o conceito de inte-gração lavoura-pecuá-ria, os principais benefí-cios do sistema e comoimplantar um projetoem sua propriedade. Oboletim técnico sugereestratégias para que oprofissional implante,valide e divulgue proje-tos baseados nos siste-mas de ILP. Além disso,aborda a Medida Provi-sória 2.166-67, que alte-ra o Código Florestal. Otexto legal em vigor de-ve nortear a conduta doprofissional diante danecessidade de orientaro produtor manter a ati-vidade e, ao mesmotempo, preservar os re-cursos naturais.

BIBLIOTECADO CAMPO

Integraçãono campo

AARRTTIIGGOO TTRREEIINNAAMMEENNTTOO

* As duas publicações poderão sersolicitadas na Biblioteca Nacional deAgricultura (Binagri), no [email protected] e notelefone da Central deRelacionamento do ministério (0800 61 1995).

MUDASTOUROS BALANÇA P/ GADO

A G R O O P O R T U N I D A D E S

Sustentabilidade e negócios do café

ATENÇÃO PECUARISTAS

Residentes em BH, Betim e Contagem.

INFORMAÇÃO DE SEU INTERESSE!A Matsuda, empresa líder no mercado de Sementes para Pastagem,e uma das maiores em Suplemento Mineral, pode atendê-lo em BHe entregar o pedido em sua fazenda em qualquer lugar do Brasil.P r e ç o s E s p e c i a i s d e L a n ç a m e n t o S a f r a 2 0 0 7 .Conheça também nossa linha de Proteinados para a seca.

Consultem-nos.Tel.: (31) 3275-2118 / Cel.: (31) 9927-7517

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Emater-MG se transforma em referência nacional na revitalização do São Francisco

Experiência é fundamentalA Emater-MG capacitou du-

rante toda a semana passadatécnicos de empresas de assis-tência técnica e extensão ruralde sete estados na metodologiade manejo integrado de sub-ba-cias hidrográficas. O treinamen-to, realizado em Brasília de Mi-nas, no Norte do Estado, teve co-mo base a experiência bem-su-cedida da empresa mineira noprograma de revitalização doRio São Francisco.

O manejo integrado de sub-bacias já é adotado pela Emater-MG há mais de 10 anos, comdestaque para a elaboração de200 projetos mediante contratocom a Agência Nacional dasÁguas (ANA) e a implementaçãode 17 projetos em parceria coma Companhia de Desenvolvi-mento dos Vales do São Francis-co e do Parnaíba (Codevasf).

O diretor-técnico da Emater-MG, José Ricardo Ramos Rose-no, afirma que essa experiênciafoi fundamental para a libera-ção de R$ 42 milhões em recur-sos do Plano de Aceleração doCrescimento (PAC), do governofederal, a serem aplicados emprojetos de manejo integradode sub-bacias pelos Ministériosdo Desenvolvimento Agrário,da Integração Regional e doMeio Ambiente. Serão benefi-ciados cinco estados das baciasdo São Francisco (Minas Gerais,Bahia, Sergipe, Alagoas e Per-nambuco), e três do rio Parnaí-ba (Ceará, Maranhão e Piauí).

“A Emater-MG desenvolveuum know how muito importan-te na elaboração e execução des-ses projetos, e o MDA agora reco-nhece esse trabalho, com a libe-ração dos recursos e o convite pa-ra que a empresa dê o apoio aosdemais estados beneficiados. Éuma grande satisfação para nósque este trabalho seja referêncianacional", comemora Roseno.

Representantes dos três mi-nistérios participaram da capa-citação em Brasília de Minas, pa-ra orientar sobre os critérios deseleção dos municípios e sub-ba-cias a serem contemplados com

MARA LUIZA GONÇALVES FREITAS*

Considerado um conceitosistêmico, que envolve as verten-tes social, ecológica, econômica,espacial, cultural e político-insti-tucional, a sustentabilidade cons-titui-se em abrangente olhar in-troduzido na pauta de nossa so-ciedade, por meio da Agenda 21.Essa modernidade ética garanteprioritariamente a condição desobrevivência do homem noplaneta, pautando-se na evolu-ção do comportamento huma-no, que valorize a “solidarieda-de da atual civilização com asfuturas gerações”.

Com os efeitos do aqueci-mento global, enfatizados pormeio de estudos do Banco Mun-dial, abordando os impactos doclima sobre a economia mundial,a questão da sustentabilidade ga-nhou mais força, principalmenteem importantes segmentosagroindustriais como o do café.

Minas Gerais, por exemplo,tem na cafeicultura um impor-tante aliado estratégico para aalavancagem de sua economia:o café por si só responde por30% das exportações de produ-tos de base agroindustrial do es-tado. Além disso, o produto as-sume importante papel no âm-bito cultural, uma vez que seapresenta como um dos íconesda mineiridade: café é indisso-ciável do processo de constru-

ção da imagem da boa hospitali-dade do mineiro, uma vez que,mesmo no recanto mais humil-de, ele assume valor de abraço.

Preservar a cafeicultura deMinas significa resguardar a so-brevivência de milhares de pes-soas, que economicamente de-pendem dessa atividade, dentro efora de nossas fronteiras. Median-te investimentos em pesquisas re-lacionadas à arborização de cafe-zais, desenvolvimento de novasvariedades mais adaptadas a altastemperaturas e respectivas técni-cas de manejo de lavouras, certifi-cação de propriedades cafeeiras einteligência comercial, verifica-sea estruturação de políticas públi-cas sustentáveis voltadas aos ne-gócios do café em Minas. Váriosincrementos de base tecnológicavisam ao fomento da produtivi-dade e da qualidade para o consu-midor do mercado interno, bemcomo da geração de competitivi-dade internacional dos negóciosdo café, agregando valor e geran-do renda para todos os elos da ca-deia, especialmente o cafeicultor:

1. Novas variedades se refle-tem positivamente na elevaçãoda resistência do cafeeiro àsdoenças e pragas, períodos pro-longados de seca e, respectiva-mente, aumento da produtivi-dade por hectare e do nível deteor de açúcar do fruto, equili-brando o binômio lucro/custo

petitivas, dada a sua positiva in-fluência nos processos de preser-vação do meio ambiente, cons-trução do respeito à dignidadehumana e na elevação da ofertade produtos rastreados.

4. No âmbito da inteligênciacomercial, o ganho de intimida-de com uma plataforma de da-dos anteriormente dispersa,mas atualmente concentradanum único ambiente, como oque já vem sendo consolidadono foro do Centro de Inteligênciado Café, torna-se um importantealiado para a consolidação daação diplomático-comercial doBrasil junto a mercados interna-cionais. Essa profissionalizaçãofavorecerá, no médio prazo, aconsolidação do raciocínio estra-tégico, ofensivo e objetivo napostura brasileira diante domercado internacional.

O estado atende uma urgên-cia ao voltar seu olhar para asquestões relativas à preservaçãoda sustentabilidade da cafeicul-tura, por meio da inovação e doaporte tecnológico. Para condu-zir esse desejo de inovar, é indis-pensável preparar o ser humanoenvolvido no processo, compropostas permanentes de ca-pacitação. Um instrumento ele-mentar são os três Centros deExcelência do Café, instaladosno Sul de Minas, Cerrado e Zonada Mata. Os centros têm comomissão a difusão de conheci-mentos relacionados à cadeiaprodutiva, valorizando os diver-sos processos ligados à produ-ção de um café de qualidade,dentro do sistema do “grão à xí-cara”. Com esses mecanismosconstantes de incremento da li-derança que já detém, Minasbusca solidificar sua tradicionalvanguarda nos negócios do café,calcada na promoção da quali-dade e da geração de riquezas.

de produção. Esses processos demelhoramento genético, semdúvida, conduzem a processosde melhoria nos procedimentosadotados no cultivo, na colheitae na pós-colheita.

2. A arborização, além de pro-porcionar uma nova atividadeeconômica para os produtoresnas áreas de produção de madei-ra e comercialização de créditosde carbono, favorece a criação demicroclimas mais agradáveis aocafeeiro, como conseqüência da

redução dos níveis de insolaçãosobre a rubiácea. Além de im-pactar positivamente na redu-ção do efeito estufa, a arboriza-ção tem todas as condições paracontribuir diretamente tambémpara a construção do marketingverde para o café.

3. A certificação, além de seruma demanda irreversível ecrescente do mercado nacional einternacional, é um importantemecanismo de agregação de va-lor e criação de vantagens com-

SIDNEY LOPES/EM - 20/6/06

❚ ❚LEIA MAIS SOBRE CAFÉPÁGINA 3

*Assessora especial do Café da Secretaria de

Agricultura, Pecuária e Abastecimento de

Minas Gerais e coordenadora executiva do

Centro de Inteligência do Café

[email protected]

Milhares de pessoas dependem economicamente da cafeicultura

os recursos do PAC. “Segundoum desses critérios, o municípiodeve ter um assentamento de re-forma agrária do Incra”, destacao diretor-técnico da Emater-MG.O treinamento foi conduzido pe-lo gerente-adjunto do Programade Revitalização do Rio São Fran-cisco, José Aloízio Nery, dos coor-denadores estaduais Ênio Resen-

de de Souza, Maurício Fernandese João Carlos Guimarães, e doscoordenadores regionais no Nor-te de Minas Ana Emília, GeraldoMagela e Sérgio Azevedo.

Segundo Roseno, além dessacapacitação inicial, a Emater-MGvai apoiar as demais empresas naelaboração dos projetos de mane-jo integrado de sub-bacias, inclu-

sive com visitas de especialistasmineiros aos Estados, sempre quenecessário. “A metodologia utili-zada busca o desenvolvimentosustentável dos municípios, combase na participação das comuni-dades envolvidas. Ou seja, cadaprojeto é formulado de acordocom as necessidades regionais”,explica o diretor da Emater-MG.

Trecho do Rio São Francisco: liberação de R$ 42 milhões para o manejo integrado das sub-bacias

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