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SUSTENTABILIDADE CERTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS COMPROVAM O PADRÃO DE QUALIDADE DA RAÍZEN Ano 1 - n° 3 - janeiro a março de 2012

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SUSTENTABILIDADECERTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS COMPROVAM O PADRÃO DE QUALIDADE DA RAÍZEN

Ano 1 - n° 3 - janeiro a março de 2012

13350-04_AFT_Raízen Capa Rev 225X320.indd 1 3/16/12 2:28 PM

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Revista Raízen

Giro Rápido Fundação ganha

unidade em Goiás

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MercadoTecnologia e inovação

nas estradas

6Páginas Roxas Luis Henrique

Guimarães

8

Questão de ÉticaCódigo de Conduta

12

10Negócios

Potencial além das fronteiras

SustentabilidadePequenas atitudes, grandes mudanças

14

Tecnologia e Inovação Nova planta

de distribuição de biocombustíveis

16

MarcaTecnologia e emoção

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ApresentaçãoDoce mercado

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Raízes do BrasilPrincesinha do Cerrado

30

Índice

Capa Excelência

comprovada

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O setor sucroenergético foi surpreendido por boas notícias nos últimos meses. Após 31 anos, as barreiras comerciais contra a entrada do etanol brasileiro nos Estados Unidos expiraram e as empresas passaram a se enquadrar em padrões internacionais para estarem aptas a exportar seja para o mercado norte-americano, seja para o europeu.

Esse cenário não implica aumento imediato de exportações, até porque o mercado interno ainda é uma prioridade e é necessário investir para elevar a produção. No entanto, trata-se de um passo importante para a consolidação do etanol como uma commodity global, além de um incentivo para o aumento dos aportes na capacidade produtiva.

Estamos no momento de arrumar a casa. E uma maneira de fazê-lo é nos prepararmos para atender a essa demanda a partir das exigências lá de fora. E é por isso que, desde a criação da Raízen, passamos a buscar certificações como Bonsucro, EPA (Environmental Protection Agency) e CARB (California Air Resources Board), que abrem as portas para os produtos brasileiros no mercado exterior. Para se ter uma ideia, o certificado Bonsucro já é uma exigência da União Europeia para a importação de açúcar e etanol desde maio do ano passado. E a Raízen foi a primeira empresa do mundo a conquistar o selo para uma de suas usinas.

A qualidade da nossa gestão aliada à inequívoca liderança brasileira no setor sucroalcooleiro nos projeta internacionalmente, validando nosso compromisso com a responsabilidade e ética desde o plantio da cana até a entrega do produto. Acreditamos na melhoria contínua e isso nos estimula a trabalhar mais a cada dia para alcançar e exceder as melhores práticas nas áreas de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde, Segurança e Responsabilidade Social.

Nossa aposta está no crescimento sustentável. Por isso, fomos certificados pelo Bonsucro após uma avaliação rígida feita por um órgão independente reconhecido pelo mercado como um dos mais estruturados e rigorosos no que se refere à cana-de-açúcar e que confere 48 indicadores sociais, ambientais e econômicos.

E não vamos parar por aí. Continuaremos buscando atingir esses padrões internacionais por meio da melhoria contínua da produção e investimento em saúde, meio ambiente e segurança. Queremos ainda levar todo este aprimoramento aos demais elos da cadeia produtiva, incentivando os fornecedores brasileiros a brigarem em condições de equilíbrio no mercado mundial.

A busca da Raízen por excelência, no entanto, vai muito além do processo de certificação. Por meio do cumprimento da lei, do respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente, e da boa gestão da biodiversidade e serviços, queremos que nossos produtos reflitam nosso compromisso maior: gerar riquezas de forma sustentável, dando suporte ao nosso crescimento.

Um passo à frente

Luiz Eduardo OsorioVice-Presidente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Externas

Revista Raízen

Editorial 3

ExpedienteGerências de Comunicação Interna e de Relações Externas: Giselle Innecco Valdevez Castro Natascha Nunes da Cunha

Coordenação e Jornalistas Responsáveis: Andréa Melissa Pereira (MTb/SP 038015) Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804) Regina Maia (MTb/SP 49785)

Produção Gráfica e Editorial: Cajá – Agência de Comunicação

Conselho Editorial: Andrea Villares; Cláudio Oliveira; Flávio Santiago; João Alberto Abreu; José Vitório Tararam; Leonardo Pontes; Luis Carlos Veguin; Márcio Fogaça; Paola Manfredini; Rômulo Maia; Sandra Mainenti.

Fotografia: Arquivo Raízen/Alessandro Maschio/Marcos Issa/ Tuca Reines/Tulio Vidal. Capa: Lew’Lara\TBWA

Impressão: Burti

E-mail de contato: [email protected]

Tiragem: 10.000 exemplares

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Revista Raízen

4 Giro Rápido

Interatividade aditivadaHistoricamente ligada ao mundo do automobilismo e da alta tecno- logia, a marca Shell ganhou um novo site para sua famí lia de produtos Shell V-Power. Com conteúdo voltado tanto para os consumidores que abastecem nos postos da marca quanto para os fãs mais aficionados do esporte a motor, a nova página eletrônica destaca os principais benefícios do combustível desenvolvido em parceria com a Ferrari.

O objetivo da novidade é pro-ver uma plataforma interativa e com conteúdo relevante para o visitante. O site – que pode ser acessado pelo endereço www.shel l.com.br, nas guias Produtos & Serviços > Shel l V-Power – traz informações de-talhadas sobre gasolina e etanol Shell V-Power, promoções, co-merciais recentes e dados sobre o programa DNA de qualidade dos combustíveis.

A Raízen inaugurou, no dia 9 de fevereiro, a primeira unidade de sua Fundação fora do Esta-do de São Paulo. Sediado em Jataí (GO), o mais novo braço de responsabilidade social da companhia começou suas ativi-dades no dia 5 de março com a oferta de 150 vagas para diver-sos cursos e atividades.

Participaram do evento cer-ca de 300 pessoas, incluindo autoridades como o governa-dor de Goiás, Marconi Perillo, o prefeito de Jataí, Humberto Machado, o presidente do Sifaeg (Sindicato da Indús-tr ia de Fabricação de Açú-car e Álcool de Goiás), André Rocha, a lém do v ice-pre-

sidente de Desenvolvimen-to Sustentável e Relações Ex ternas da Ra ízen, Lu iz Eduardo Osorio, e represen-tantes locais da empresa.

Aos jovens da região, a Fun-dação oferece atividades de acompanhamento e apoio es-colar, além de aulas de infor-mática, leitura, redação e ini-ciação profissional. Também são promovidas campanhas de conscientização sobre as-suntos como reciclagem, meio ambiente e cidadania. Cur-sos nas áreas de Hotelaria e Turismo, Administração, Lo-gística e Manutenção Auto-motiva serão oferecidos aos maiores de 16 anos.

Fundação ganha unidade em Goiás

Da esquerda para a direita: João Saccomano, da Raízen, responsável pela negociação de terras para plantio de cana-de-açúcar na região; o vice-presidente Luiz Eduardo Osorio; e o governador Marconi Perillo

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“se não for seguro, não faça”

Com o objet i vo de ev i ta r acidentes na companhia e envolver as l ideranças nas que s tõe s re l ac i onadas à Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA), a Raízen l a n ç o u u m a c a m p a n h a corporativa que unif ica seus conceitos de SSMA. Com o lema “Se não for seguro, não faça”, a campanha conta com materiais de divulgação como vídeo institucional, cartazes e quadros com as políticas de SSMA e de Responsabilidade Social da empresa.

D i v u l g a d a e m to d a s a s unidades das linhas de negócio da empresa, a iniciativa foi apresentada aos gerentes, l íderes e superv isores das áreas para que a mensagem seja disseminada entre todos os funcionários.

Revista Raízen

Entre maio e julho de 2012, os clientes dos postos Shell terão a opor-tunidade de incluir novas peças à sua coleção Ferrari. Depois das camisetas que celebraram os títulos da equipe italiana na Fórmula 1, a rede oferecerá aos clientes a oportunidade de ganhar cadernetas, braçadeiras para MP3 e nécessaires exclusivos da marca.

Os motoristas que abastecerem com 25 litros de produtos da família Shell V-Power (gasolina ou etanol) receberão um vale brinde para con-correr aos prêmios. Caso o bilhete esteja premiado, o consumidor re-ceberá o prêmio na hora.

Abasteça e ganhe brindes Ferrari na hora

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Revista Raízen

6 Páginas Roxas: Luis Henrique Guimarães

Como a Raízen se preparou para a oferta do diesel S-50?

Desde antes da formação da Raízen ( junho/2011), já nos preparávamos para atender a nova legislação ambiental no mercado de transporte de carga pesada, que estabelece l imites máximos de emissão de poluentes para os motores do ciclo diesel e que está em vigor desde janeiro de 2012. Mais do que se adaptar às novas regras estabelecidas pelo Proconve P-7 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), a Raízen aproveitou a oportunidade para ir além das novas exigências e investir em novas soluções sustentáveis para a frota.

A empresa investiu na adaptação das bases de distribuição para garantir a oferta do produto, na adequação da rede de postos que ofertam o diesel S-50, em marca e também em uma solução que permite que os frotistas tenham controle sobre a quantidade de combustível a ser utilizada, bem como da emissão de carbono - a ferramenta Expers.

Diesel mais limpoO vice-presidente Executivo Comercial da Raízen, Luis Henrique Guimarães, explica os novos tipos de combustível para veículos pesados e fala sobre os investimentos na oferta destes produtos para o varejo.

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Revista Raízen

Qual a diferença entre o novo diesel S-50 e o produto anteriormente vendido nos postos?

A diferença do diesel S-50 está na quantidade de enxofre presente no combustível, que é um poluente. No caso da Raízen, fomos além. Lançamos o Shell Evolux Diesel S-50 que, além de reduzir o consumo de combustível e proporcionar menores custos de manutenção, potencializa o resultado do motor e emite menos CO2.

Qual o impacto desta mudança no portfólio de produtos da empresa e quais as expectativas da Raízen em relação às vendas destes novos produtos?

A demanda levou à criação da linha Shell Evolux, que abrange o diesel S-50 e o Arla 32, uma solução de ureia que ajuda na redução das emissões. Com novo portfólio, a Raízen espera incrementar as vendas de diesel nas rodovias, considerando que o produto representa aproximadamente 50% do total de vendas de combustível no país. O uso do Shell Evolux Diesel S-50 oferece ao consumidor uma economia de até 3% no consumo de combustível, redução de emissões de CO2 e fumaça, menores custos de manutenção, melhor desempenho dos motores, prevenção de corrosão no sistema de combustível e menor formação de espuma na hora do abastecimento.

Por que investir no segmento de frota pesada?

O segmento de frota pesada é um dos mais importantes do Brasil, pois representa mais de 70% do transporte de carga brasileiro. Investir nele é contribuir para uma melhoria da qualidade do combustível e também para a redução das emissões. Por isso, a Raízen tem uma equipe dedicada a este segmento responsável por ações de marketing e materiais de pontos de venda.

A chegada do tipo S-10 já em 2013 exigirá mais mudanças e investimentos?

Novas adaptações serão feitas e, claro, investimentos. Mas vale destacar que as ações feitas pela empresa para se adaptar ao S-50 e suas exigências já levaram em conta a alteração para 2013. Ou seja, o processo será mais simples, e a Raízen já está pronta para realizar o suprimento de S-10 utilizando sua ampla rede de bases de distribuição que foi adequada para realizar o suprimento de S-50.

Como a Raízen vê a importância desta mudança para a sustentabilidade e a redução das mudanças climáticas?

A nova legislação ambiental para o mercado de transporte de carga pesada é uma grande oportunidade para alcançarmos objetivos importantes na redução de emissão de gases tóxicos. Com a utilização do diesel S-50 e o Arla 32, espera-se diminuir o consumo de combustível e, consequentemente, contribuir para a redução na emissão de CO2 para a atmosfera. A Raízen pretende ir além das novas exigências e investir em novas soluções sustentáveis para frota, o que já está sendo feito com o lançamento do Expers, por exemplo. Todas essas ações estão em linha com a missão da empresa de prover soluções de energia sustentável, contribuindo para a sociedade.

“A Raízen pretende ir além das novas exigências e investir em novas soluções

sustentáveis para frota, o que já está sendo feito com o lançamento do Expers, por exemplo.

Todas essas ações estão em linha

com a missão da empresa de prover soluções de energia sustentável, contribuindo para

a sociedade”

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8 Mercado

A evolução tecnológica dos motores, a preocupação com o meio ambiente e as mudanças na legislação brasileira motivaram a Raízen a lançar sua nova linha de produtos para veículos movidos a diesel: a Shell Evolux. Desenvolvidos para oferecer mais benefí-cios aos consumidores brasileiros, os novos produtos compõem a estratégia de investimento da empresa na oferta dos postos situados às margens das rodovias brasileiras.

“Esse segmento é estratégico para a empresa porque é res-ponsável por 80% do consumo de diesel do varejo. Estamos fazendo um investimento grande em pesquisa com consumido-res e treinamentos. Desenvolvemos uma área com funcionários dedicados à rodovia, ao diesel e ao Arla para trazer mais volu-me e ampliar o nosso espaço no mercado”, comentou Rachel Risi, gerente de Marketing de Produtos Combustíveis da Raízen.

A linha Shell Evolux é composta por diesel aditivado – nas ver-sões S-50, S-500 e S-1800 – e pelo Arla 32, composto à base de ureia que deve ser utilizado nos motores Euro 5 em conjunto com o diesel de baixo teor de enxofre (S-50). A linha já chega aos postos da rede Shell adequada às novas demandas criadas pela sétima fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve 7 ou P-7), que estabelece

novo padrão de emissões para os veículos a diesel produzidos no país a partir de 1º de janeiro de 2012.

Entre os principais benefícios oferecidos pelo novo diesel premium, estão a redução do consumo de diesel em até 3%, o menor custo de manutenção – tendo em vista que o intervalo de troca de peças aumenta –, a melhor performance do motor e a diminuição da emissão de CO2 e fumaça. “O produto adi-tivado Shell Evolux contribui para o meio ambiente ao reduzir a emissão de poluentes e é bom para o bolso do consumidor ao proporcionar economia”, acrescenta Rachel Risi.

A nova linha já conta com cerca de 500 postos de rodovia co-mercializando o S-50, que substitui o tradicional Shell Formula Diesel, reconhecido pelos consumidores, ao longo dos últimos anos, como opção de qualidade em diesel aditivado. O novo nome, desenvolvido exclusivamente para o Brasil, foi escolhi-do em pesquisa realizada com caminhoneiros. “Nosso objetivo foi identificar a marca que melhor representasse os benefícios que o consumidor final gostaria de ter. Como resultado do es-tudo, nasceu o nome ‘Evolux’, relacionado pelos participantes a conceitos como ‘evolução’, ‘qualidade’ e ‘desempenho’”, conta Renata Belém, da equipe de Marca e Mídia da Raízen.

Tecnologia e inovação nas estradas

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Revista Raízen

Produto que passou a fazer parte do dia a dia dos mo-toristas após a adoção na nova geração de motores Euro 5, o Arla 32 é um agente redutor líquido automoti-vo de óxido de nitrogênio que tem em sua composição 32,5% de ureia tecnicamente pura (sem adição de quais-quer substâncias) e 67,5% de água pura.

Este agente é abastecido em um outro tanque presente apenas nos novos veículos do ciclo diesel com tecno-logia SCR (Redutor Catalítico Seletivo). Trata-se de um sistema de pós-tratamento que, através de uma reação química, transforma a solução injetada no catalisador em nitrogênio e vapor d’água.

“Atualmente, a Raízen está entregando o Shell Evolux Arla 32 a partir de Guarulhos (SP) para todo o país. Em maio deste ano, passaremos a entregá-lo a partir de Araucária (PR) e Camaçari (BA). Os postos da rede que quiserem co-mercializar este produto poderão adquiri-lo junto à empre-sa independentemente da seleção prévia feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP)”, explica Fernando Voltolini, coordenador de Marketing de Produtos Combustíveis.

O Arla 32 está sendo comercializado nos postos da rede em bombonas de 10 ou 20 litros identificadas com a marca Shell Evolux, o que assegura a procedência e a qualidade do produto. De acordo com Voltolini, a expectativa da empresa é ter, no mercado de Arla 32, a mesma participação que a empresa já possui no segmento de diesel.

“Como estamos falando de um produto novo, que está se popularizando no mercado este ano, é normal que a de-manda comece tímida, mas evolua à medida que a frota nacional seja renovada e que os novos modelos, com mo-tor Euro 5, circulem pelas estradas de todo o país”, explica.

O agente redutor está disponível ainda para os clientes comerciais da Raízen que fazem o abastecimento na pró-pria base, prática comum das grandes transportadoras.

FuturoA oferta do diesel S-50 na rede de postos de marca Shell é 100% aditi-vada; portanto, a Raízen reforça sua estratégia de diferenciação de pro-dutos disponibilizando Shell Evolux Diesel S-50 para seus consumido-res finais. “O desafio inicial é a lo-gística de distribuição dos produtos para os postos credenciados para a comercialização do produto, uma vez que apenas algumas refinarias estão adaptadas para o seu refino”, explica Cláudio Frydman, coordenador de Marketing de Produtos Combustíveis.

Se esse ano a concentração do Shell Evolux Diesel S-50 é de 50 partes de enxofre por milhão, a partir de janeiro de 2013 o óleo diesel de baixo teor de enxofre passará a ser automaticamente o diesel S-10. Com uma concentra-ção ainda menor e menos poluen-te, o novo produto terá 10 partes de enxofre por milhão.

“Em janeiro de 2013, o diesel S-10 substituirá integralmente o diesel S-50 em nível nacional, e a Raízen está pronta para realizar o supri-mento de S-10 utilizando sua rede de bases de distribuição que foi adequada para realizar o suprimen-to de S-50. Ao longo do primeiro semestre de 2012, já iniciaremos essa operação na maioria das ba-ses, garantindo o pleno suprimento com o aumento da demanda e a competitividade dos nossos reven-dedores”, acrecenta Frydman.

Arla 32

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Revista Raízen

10 Negócios

“Ser reconhecida globalmente pela excelência no desenvolv imento, produção e comercial ização de energia sustentável.” Estipulada na criação da empresa, a missão da Raízen de ganhar o mundo norteou os primeiros movimentos da empresa no tabuleiro do mercado mundial.

C o m o p r i m e i r o e s c r i t ó r i o inaugurado no Reino Unido, mais prec i samente em Lond res , a Raízen conta hoje com subsidiárias em Houston (Estados Unidos), Cingapura e Genebra (Suíça). Nesta última, está concentrada a maior parte dos funcionários no exterior, assim como o centro de decisões nas operações de trading, nome dado às empresas que realizam a negociação de mercadorias entre fornecedores e compradores de diversas partes do mundo.

Ambiente crucial para os negócios internacionais desde os tempos mercanti l istas no século XVI, o continente europeu tem localização p r i v i l e g i ada pa ra t r a ns aç õ e s comerciais. “A Europa continua sendo estratégica por uma série de motivos. Estamos próximos de importantes

centros financeiros, como Londres, Genebra e Frankfurt, e o fuso horário permite relações com diversas partes do globo em um só dia”, explica o diretor de Trading Offshore da Raízen, Antonio Simões.

“A maior parte das empresas que têm operações g loba is possui base na Europa. Além do mercado europeu estar funcionando a pleno vapor durante boa parte do dia, temos a possibilidade de interagir com a Ásia pela manhã, e uma janela de horários compatível com os Estados Unidos e o Brasil no fim do expediente”, exemplifica Simões.

A expectativa é que a trading da Raízen movimente, em 2012, cerca de 1,2 bilhão de litros de etanol no mercado internacional. Para isso, além dos escritórios administrativos e o p e r a c i o n a i s , c o n t a c o m tanques de armazenamento de produtos em Houston, Cingapura, Roterdã (Holanda) e Antuérp ia (Bélgica). Entre os clientes, estão empresas de biocombustíveis e clientes industriais, que utilizam o etanol como matéria-prima para a fabricação de outros produtos.

Potencial além das fronTeiras

Braço internacional da Raízen busca oportunidades para difundir o etanol brasileiro como produto global

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Preferidos em alguns mercados e alvo do protecionismo em outros, os produtos brasileiros têm aberto portas à medida em que se enquadram nos padrões de qualidade e sustentabilidade exigidos internacionalmente (veja mais na página 16).

“Hoje, no mundo, há uma demanda crescente por mo-léculas certif icadas, produzidas de acordo com pa-drões sustentáveis. Além disso, no setor industrial, por exemplo, alguns clientes preferem o produto brasilei-ro e é possível dizer que há vários segmentos cati-vos na Europa, no Japão, na Índia, entre outros”, res-salta o vice-presidente executivo de LD&T da Raízen, Leonardo Gadotti.

Na opinião do vice-presidente, a relação comercial com o mercado americano tende a se intensificar após o fim das barreiras locais ao etanol brasileiro de cana-de-açúcar.

“No curto prazo não é somente uma questão de oferta e demanda, mas sim uma questão de adequação à demanda por combustíveis sustentáveis. A Raízen tem usinas certificadas no EPA, Carb e Bonsucro e já exporta produtos certificados”, complementa Simões.

Atualmente, a Raízen Trading opera com várias especifica-ções de etanol para os mais diversos destinos. Na indústria, a empresa tem uma grande participação nos mercados de anticongelante na Europa e oferece várias outras especifica-ções para indústrias químicas, farmacêuticas e de bebidas em regiões como Europa, África, Índia e Japão. No caso dos combustíveis, a Raízen possui participação bastante ativa no fluxo entre Brasil e Estados Unidos, dada a posição estru-tural. Além disso, também está presente em atividades no Oriente Médio e na Ásia.

Exportação verde e amarela

Time do escritório da Raízen em Genebra

Integração com o BrasilRaízen Trading LLP, como é chamada a empresa no exterior, é uma companhia incorporada à Raízen no Brasil cuja operação e estratégia estão totalmente integradas. O objetivo do trabalho conjunto é a maximização da sua base de ativos e do valor do produto brasileiro, reforçando sua expansão no cenário global, colocando a empresa em posição competitiva.

“Este é um grande desafio com importância estratégica para a companhia no curto, médio e longo prazo. Como braço internacional da Raízen, as pessoas que trabalham nos escritórios fora do Brasil já fazem parte da estrutura de trabalho brasileira. Temos conferências globais frequentemente, nas quais o diálogo é aberto para que as informações de todos os mercados possam ser expostas e, a partir delas, o nosso produto passe a ter mais valor”, esclarece o diretor Antonio Simões.

Na opinião de Bruno Livramento, da equipe de trading de etanol em Genebra, estar no braço da Raízen localizado no exterior é uma grande oportunidade de aprendizado e crescimento profissional. “O processo de integração com os funcionários que vieram de fora foi bem interessante, e, acima de tudo, fazer parte de uma companhia vista como completa – desde a produção de etanol até a sua distribuição, e ainda com a perspectiva de expansão global – é uma experiência diferenciada”, destaca.

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12 Questão de Ética

Código de Conduta

Missão corporativaNa sequência das abordagens periódicas sobre temas específicos do nosso Código de Conduta, trataremos nesta edição da Política Anticorrupção e Antissuborno da Raízen.

A posição da Raízen sobre práticas ilegais envolvendo suborno e corrupção é simples, direta e de muito fácil compreensão: tais práticas são proibidas e inaceitáveis.

Para melhor entendimento do significado e da abrangência do que a Raízen, com aprovação expressa e específica de seus acionistas, Conselho de Administração e Diretoria, estabeleceu como política interna com relação a suborno e corrupção, destacam-se os seguintes aspectos:

Abrangência da Política Anticorrupção e AntissubornoComo toda política corporativa, a Política Anticorrupção e Antissuborno da Raízen tem abrangência global no âmbito de suas operações, seja em áreas de negócio ou de funções de apoio, seja dentro ou fora do Brasil. Tal política está presente e deve ser observada em todo e qualquer lugar, e em toda e qualquer situação em que o nome da Raízen esteja envolvido quer diretamente por seus funcionários, ou indiretamente por seus contratados ou prestadores de serviço.O que se entende por

suborno e corrupçãoA oferta direta (isto é, pela Raízen, representada por seus funcionários, agentes, procuradores ou representantes) ou indireta (isto é, por terceiros contratados, ainda que em nome próprio mas em benefício da Raízen), o pagamento, a solicitação ou a aceitação de subornos ou pagamentos de facilitação (ver ao lado) em qualquer forma é inaceitável.

A Raízen tem uma posição clara sobre suborno e corrupção: os funcionários da Raízen e aqueles que a representam sob qualquer forma não oferecem ou aceitam subornos de qualquer espécie (incluindo favores diretos ou indiretos para benefício de terceiros). A Raízen promove a sua política sobre suborno e corrupção entre os seus parceiros de negócios, incluindo joint ventures, empreiteiros e fornecedores.

A empresa cumpre todas as leis nacionais e internacionais, e regulamentações (por exemplo, as Diretrizes da OCDE para as Empresas Multinacionais e a Câmara de Comércio Internacional, Regras de Conduta de Combate à Extorsão e Suborno), com relação a pagamentos indevidos a funcionários públicos.

Pagamentos de facilitação A política da Raízen não faz distinção entre os subornos e pagamentos chamados de “facilitação”, que também são proibidos. Um pagamento de facilitação é um pequeno valor pago a um funcionário público de escalão inferior que não é oficialmente exigido para iniciar ou acelerar um processo que é o trabalho do funcionário realizar. Também procuramos garantir que nossos agentes, contratados e fornecedores não façam pagamentos de facilitação em nosso nome.

* Paulo Lopes

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O que fazer em caso de desrespeito à Política Anticorrupção e AntissubornoO funcionário que tome conhecimento de práticas que contrariem a Política Anticorrupção e Antissuborno da Raízen pode reportar a situação através do Canal de Ética da empresa por intermédio do e-mail [email protected] ou pelo telefone 0800 772 4936. Todos os relatos serão mantidos sob o mais estrito sigilo e não há necessidade de identificação da pessoa que o faz.

* Paulo Lopes Vice-presidente Jurídico

“A Raízen tem uma posição clara sobre suborno e corrupção:

os funcionários da Raízen e aqueles que a representam sob qualquer forma não oferecem ou aceitam subornos

de qualquer espécie”

O que a Raízen espera de seus funcionários Os funcionários da Raízen nunca devem aceitar ou oferecer suborno, pagamento de facilitação, propina ou outros pagamentos indevidos por qualquer motivo. A propina é o ato de dar ou aceitar dinheiro, presentes ou qualquer coisa de valor que é fornecida em troca de um tratamento favorável. Isso se aplica a transações com um funcionário ou empregado de governo estrangeiro ou nacional, ou com qualquer empresa privada ou um indivíduo, seja na condução dos negócios nacionais ou internacionais. Também se aplica caso o pagamento seja feito ou recebido diretamente ou por meio de terceiros, tais como agentes, representantes, joint ventures, associações ou distribuidores.

Quem deve respeitar a política da Raízen A Raízen exige o cumprimento de sua Política Anticorrupção e Antissuborno por parceiros de negócios, incluindo joint ventures, agentes, distribuidores, representantes, contratados e fornecedores. Os funcionários da Raízen devem promover ativamente a política anticorrupção com terceiros, incentivando-os a fazer o mesmo. Devemos também garantir que as doações não sejam utilizadas como um substituto para o suborno. Atos ou alegações de suborno podem causar sérios danos à nossa reputação. Qualquer funcionário da Raízen que se envolva em pagamento ou aceitação de subornos ou quaisquer outros atos de corrupção estará sujeito a medidas disciplinares que podem levar à demissão e, se for o caso, ao processo penal.

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14 Sustentabilidade

Pequenas atitudes, grandes mudanças

“A Raízen nasceu com uma importante missão: prover soluções de energia

sustentável por meio de tecnologia, talento e agilidade,

maximizando valor para os clientes e contribuindo

para a sociedade”

A inclusão de temas ambientais e sociais na pauta corporativa tem se tornado uma tendência mundial nos últimos anos. No Brasil, o conceito de desenvolvimento sustentável emergiu com força na década de 1990 e tem se firmado como uma importante estratégia de gestão das empresas, tornando-se, inclusive, um diferencial competitivo no mercado.

A mudança de postura foi observada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) em uma pesquisa com empresas nacionais. Das entrevistadas, 46% declaram ter políticas de sustentabilidade e 37% possuem um departamento específ ico dedicado ao assunto. A crescente preocupação das empresas com seus métodos de produção é reflexo de uma consciência ambiental cada vez mais apurada – tanto por parte das corporações quanto impulsionada por consumidores com outros parâmetros, que não apenas o financeiro, em suas compras.

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Sem desperdíciosPensando no que pode ser feito dentro de seus próprios corredores, a Raízen lançou, em outubro do ano passado, uma campanha interna de consumo consciente, que visa ao uso racional de recursos. A iniciativa é uma importante ferramenta para a redução de custos, tornando a Raízen uma empresa mais rentável ao mesmo tempo em que mitiga impactos ambientais.

Para dar início à campanha “Corte o desperdício – reduzir é fácil, só depende de você”, as vice-presidências de Finanças, Serviços Compartilhados e Desenvolvimento Sustentável colaboraram para disseminar uma cultura de desenvolvimento sustentável em linha com as estratégias corporativas da Raízen citadas anteriormente – a socioambiental e a financeira.

Durante a campanha, sete temas principais foram abordados: luz, impressão, água, telefone, papel toalha, viagens e táxi. Além disso, foi lançado ainda o concurso Ideia Sustentável para incentivar o desenvolvimento de iniciativas sustentáveis entre os funcionários. A ação rendeu mais de 300 sugestões de práticas mais eficientes que podem ser adotadas no dia a dia da empresa.

A estratégia de sustentabilidade que a Raízen está implementando se baseia na adoção de diretrizes de longo prazo baseadas no cenário ambiental e social. Desse modo, cada movimento da companhia a levará para mais perto da conformidade com seus princípios ambientais e sociais. E ao longo do caminho, cada passo precisa ser estratégico do ponto de vista do negócio, gerando valor à empresa e à sua cadeia de suprimentos.

A missão da RaízenNesse contexto, a Raízen nasceu com uma importante missão: prover soluções de energia sustentável por meio de tecnologia, talento e agilidade, maximizando valor para os clientes e contribuindo para a sociedade. Dentre as várias atividades da companhia, estão a produção e distribuição de etanol de cana-de-açúcar – um combustível cujas qualidades ajudam a empresa a cumprir sua missão.

Para que uma estratégia de sustentabilidade possa ser consolidada, há dois aspectos principais a serem observados. Em primeiro lugar, é necessário que sejam proporcionadas condições gerais para que a humanidade tenha boa qualidade de vida indefinidamente, como prevenção da poluição em todas as suas formas, prevenção da destruição física do meio ambiente, e respeito a direitos e necessidades fundamentais humanas.

Em segundo, há de se levar em conta as condições estratégicas particulares que qualquer empresa precisa desenhar e implementar para sustentar-se em seu ambiente. Porém, aqui também há um fator não negociável: o lucro. Uma empresa

precisa ser lucrativa para prosperar e continuar ativa. Por isso, é um grande desafio atender

plenamente a esses dois quesitos.

Consuma apenas o necessário.

As suas ações têm grande impacto

para o futuro do nosso planeta e das

próximas gerações.

Reduzir é fá

cil, só

depende de você.

Corte o

desperdício.

Seja consciente. O meio ambiente agradece.

Nossa energia gera um futuro melhor.

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Importante polo de distribuição para a re-gião Centro-Oeste do país, Rondonópolis será a sede de uma nova planta de distri-buição e centro coletor de biocombustí-veis da Raízen. A construção da unidade faz parte dos investimentos da área de Logística, Distribuição e Trading da em-presa em uma das regiões mais fortes na produção de insumos e no processamen-to agropecuário do país.

A cidade de Rondonópolis, no Estado do Mato Grosso, está localizada estra-tegicamente em uma importante região produtora de biocombustíveis. No que se refere especificamente ao biodiesel 100% puro – denominado B100 –, por exemplo, a cidade tem posicionamento central na região, que responde por 37% do total da produção no país.

16 Tecnologia e Inovação

Nova planta de distribuição de biocombustíveis

IntegraçãoA construção da ferrovia que integrará a região à malha nacional segue em ritmo acelerado. De acordo com a empresa responsável pela obra, a expectativa é que esse novo modal esteja conectado à cidade a partir de 2013.

Para o acesso da nova planta da Raízen ao transporte ferroviário, a empresa já adquiriu terreno na chamada “pera ferroviária” – linha férrea em formato de pera utili-zada para a realização do descarregamento dos vagões e manobra dos trens.

A futura planta exigirá investimentos diretos de aproxi-madamente R$ 20 milhões, e contará com operação de transbordo entre os modais rodoviário e ferroviário, e tancagem para biocombustíveis e derivados de petróleo.

Da esquerda para a direita: Leonardo Piuzana Alvares, Nilton Gabardo, Leonardo Gadotti e Michel Facuri, em Rondonópolis, durante visita de verificação ao terreno onde será construído o terminal

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Inovação

OtimizaçãoDe acordo com o projeto de constru-ção, a unidade receberá das usinas locais os etanóis (anidro e hidrata-do) e o biodiesel trazidos por cami-nhões. Os produtos serão distribuí-dos para o mercado regional e em-barcados nos vagões com destino à Paulínia (SP), de onde deverão voltar ao Centro-Oeste carregados com gasolina tipo A (pura, sem mistura de etanol anidro) e diesel.

“Além de facilitar a logística de escoa-mento de etanol e de biodiesel às de-mais regiões do país, o terminal de Rondonópolis minimizará os custos com o transporte, pois os vagões retornarão à origem com derivados de petróleo para serem comercializados no mercado local, compondo uma competitiva malha que já conta com os terminais de Alto Taquari e Cuiabá”, explica o gerente de Projetos de Infraestrutura, Leonardo Piuzana.

Entre as novidades na planta de Rondonópolis, está um sistema de descarga de trens, mais rápido e preciso que foi desenvolvido pela Raízen a partir dos padrões utilizados no transporte rodoviário.

Pelo modelo tradicional, um funcionário precisa subir no vagão, recolher amostras do produto carregado e medir o volume em diferentes pontos do compartimento. Toda a precisão do processo depende da perícia do medidor, da inclinação do terreno onde o trem está estacionado e das condições estruturais do tanque.

Já no novo modelo elaborado pela empresa, após a aber-tura da escotilha do vagão, é encaixado um mangote que destinará a carga diretamente para a tubulação de tanca-gem, que conta com equipamentos fixos para medição e verificação do fluido.

Para Piuzana, “o novo modelo trará diversos benefícios, tais como o aumento da capacidade/eficiência de descar-ga, a maior precisão nos volumes apurados, a melhoria na ergonomia/segurança da operação e a redução de emissão de vapores”.

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18 Capa

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excelência ComProvaDa

Criada a partir da união de duas gigantes do merca-do de energia e com a missão de tornar o etanol uma commodity global, a Raízen trabalha para ser referência nos rígidos padrões internacionais de qualidade. Primeira do mundo a receber a certificação Bonsucro, em junho de 2011, na unidade de Maracaí (SP), a empresa dedica recur-sos e esforços para certificar todas as suas 24 unidades de produção até a safra 2017/2018.

Atualmente, a Raízen já possui quatro usinas certifica-das pelo selo internacional. Além da pioneira Maracaí, Costa Pinto (Piracicaba/SP), Bom Retiro (Capivari/SP) e Jataí (Jataí/GO) passaram a compor, desde dezembro de 2011, o grupo das instalações que já foram aprovadas de acordo com as exigências estipuladas pelo órgão.

A certificação garante não só que a produção da empre-sa está em linha com as exigências de qualidade, como também abre as portas do mercado mundial para a

Raízen, considerando que o selo é uma exigência da União Europeia para exportadores de açúcar e etanol provenientes da cana-de-açúcar.

“A demanda por etanol deve crescer muito no mercado mundial. Apesar de a nossa prioridade ser o atendimen-to ao mercado doméstico no momento, já estamos nos preparando para essa demanda externa futura”, expli-ca o vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Externas, Luiz Eduardo Osorio.

Na unidade Bom Retiro, mais de 70% da produção de açúcar (61.548 toneladas) e 56% de etanol (quase 29 mi-lhões de litros) foram certificadas pelo Bonsucro, enquanto a usina Costa Pinto conseguiu a certificação para 40% de sua produção (150.698 toneladas de açúcar e 43,4 milhões de litros de etanol). Em Jataí (GO), 132 milhões de litros de etanol receberam o certificado, o que equivale a 57% da produção total.

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Davi Araújo, gerente corporativo de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Certificações, acredita que a busca pela excelência faça parte do DNA da empresa. “A Raízen tem uma missão muito clara: tornar o etanol uma commodity internacional de maneira sustentável. Para isso, é necessária uma série de práticas e estra-tégias que impactam diretamente na operação.”

O gerente acredita que, ao ser certificada, a empresa comprova que está em linha com as mais modernas práticas de produção existentes no mundo. “Bonsucro é hoje o padrão mais estruturado para cana-de-açúcar. Ao aprimorar a produção e se adequar aos padrões estabelecidos, a empresa estará produzindo melhor e minimizando os impactos na natureza”, exemplifica.

Originalmente chamada Better Sugarcane Initiative, o Bonsucro é um organismo sediado em Londres, na Inglaterra, cria-do para desenvolver um padrão de pro-dução capaz de reduzir impactos am-bientais e sociais.

Os critérios adotados para certificação foram definidos a partir da colabora-ção de agentes do processo produtivo, como investidores, traders, produtores, consumidores e organizações não go-vernamentais. Durante o processo de estudo, foram conduzidas pesquisas em usinas no Brasil, na Austrália, na República Dominicana, na África do Sul e na Índia com o objetivo de obter uma visão representativa dos valores, práti-cas e aspirações do setor.

Para receber o certificado, as empresas precisam adotar pelo menos cinco prin-cípios baseados nos pilares sustentabi-lidade, lucratividade e competitividade. São eles: cumprimento da lei; respeito aos direitos humanos e trabalhistas; au-mento da sustentabilidade; gerenciamen-to ativo da biodiversidade e serviços do ecossistema; e melhoramento constante das áreas-chave do negócio.

Os pontos avaliados são revistos perio-dicamente para acompanhar a evolução dos processos e as mudanças no meio ambiente. As empresas certificadas pas-sam por auditorias anuais feitas por or-ganismos certificadores independentes.

“O tempo de adequação das usinas varia de uma unidade para outra. Há instala-ções mais novas e outras mais antigas. Sempre buscamos trabalhar com o cro-nograma mais rígido e, em 2011, levamos cerca de quatro meses para certificar as usinas, respeitando as particularidades de cada uma”, explica a coordenadora de Certificações Catarina Amaral.

Segundo ela, o envolvimento de toda a empresa é peça importante do processo de certificação. “Esta é uma tendência do mercado. Os maiores produtores e até alguns dos menores estão buscando fazer parte do Bonsucro para conquistar a certificação. Na Raízen, temos todo o suporte da liderança da empresa para atingir este objetivo. Esse apoio, soma-do ao comprometimento das equipes de cada unidade, é fundamental para realizar as mudanças e os investimentos neces-sários”, acrescenta.

Missão corporativa

Bonsucro

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20 Capa

Desafios e inovação

Na opinião do coordenador de Certificações Gustavo Spegiorin, a padronização global de processos é algo recente no segmento da ca-na-de-açúcar, o que traz desafios e exige o aprimoramento de procedimentos historica-mente estabelecidos. “Há certificações que abrangem outros segmentos econômicos e que já estão mais consolidadas. O setor flores-tal, por exemplo, possui selos já amadurecidos ao longo do tempo. A discussão para a cons-trução de um padrão para o setor sucroalcoo-leiro é bem mais recente: começou por volta de 2005 e foi aprovada apenas em 2011”, destaca.

Spegiorin ressalta ainda que muitos dos re-quisitos exigidos já fazem parte do dia a dia da empresa, enquanto outros ainda preci-sam ser explorados e incorporados à rotina. Ele analisa que a responsabilidade aumenta após a comprovação da qualidade. “Depois de conquistada a certificação, há um compro-misso público. O atestado de que o padrão é respeitado está publicado para que qualquer pessoa interessada possa conferir. Com isso, aumenta nossa responsabilidade em estimu-lar o desenvolvimento de novas soluções e de manter o nível de excelência.”

Conselho do BonsucroNa última eleição, realizada em fevereiro deste ano, para definir o novo comando do Bonsucro, a Raízen passou a ocupar uma das cadeiras de diretoria da Classe Industrial. O gerente Davi Araújo é o representante da em-presa após ser eleito para o cargo em votação com todos os membros do órgão internacional. A indicação de Davi foi baseada no seu envol-vimento com o processo de certificação das unidades da empresa no Brasil. Participar do comando do Bonsucro, para a Raízen, é uma das principais maneiras de demonstrar seu comprometimento com a oferta de soluções energéticas sustentáveis.

Equipe de auditoria e funcionários da área agrícola durante processo de certificação

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Certificação da cadeiaAlém de buscar a padronização da qualidade de suas pró-prias unidades, a Raízen pensa em certificar toda a cadeia produtiva, assegurando assim a competitividade do produ-tor brasileiro. Nesse sentido, a empresa firmou, em agosto de 2011, uma parceria com a Bayer CropScience para par-ticipar do Programa Valore, baseado no incentivo à agricul-tura sustentável. Esta será a primeira vez que o programa de certificação da empresa será aplicado à cana-de-açúcar.

O Valore realizará o processo de certificação de 14 for-necedores que atendem o polo de Piracicaba da Raízen (Unidades Costa Pinto, Bom Retiro, Santa Helena e São Francisco). O projeto-piloto, que tem duração de um ano, analisa as práticas agrícolas de cada fornecedor com foco em meio ambiente, bem-estar dos trabalhadores e atendi-mento rigoroso à legislação brasileira.

Os produtores serão auditados e certificados pelo grupo ale-mão TÜV Rheinland, um dos maiores certificadores do mun-do. “A intenção da nossa parceria com a Bayer é preparar os nossos fornecedores para, daqui a alguns anos, estarem aptos a conseguir a certificação Bonsucro”, diz Luiz Eduardo Osorio.

Outra iniciativa para preparar fornecedores para a certificação futura é a recém-firmada parceria com a organização não go-vernamental holandesa Solidaridad. A organização irá adaptar o padrão Bonsucro para os pequenos produtores, elaboran-do um mapeamento do que está sendo feito e quais são as melhorias necessárias. Os primeiros resultados de 14 produ-tores da região de Guariba já saíram e a previsão é a de que as certificações Bonsucro sejam conquistadas em dois anos.

De olho na possibilidade de exportação para os Estados Unidos, a Raízen também obteve o registro junto à Agência de Proteção Am-biental (Environmental Protection Agency - EPA) americana para 15 de suas unidades.

O cadastramento faz parte das exigências do Renewable Fuel Standard (RFS), conjunto de normas que regula a produção e a utilização de biocombustíveis em território americano. Atualmente, a Raízen tem quase 2 bilhões de litros de etanol certificados.

Buscando atingir os mais altos padrões de sustentabilidade, quatro das 15 usinas da Raízen já aprovadas na EPA também obtiveram o registro no CARB (California Air Resources Board): Gasa (Andradina/SP), Bon-fim (Guariba/SP), Costa Pinto (Piracicaba/SP) e Rafard (Rafard/SP).

O selo possibilita que as usinas exportem eta-nol de acordo com o Padrão de Combustível de Baixo Carbono (Low Carbon Fuel Standard, ou LCFS), normatização adotada na Califórnia, estado americano conhecido por seguir avan-çadas e rígidas regras ambientais. No total, as quatro unidades da Raízen certificaram mais de 669 milhões de litros de etanol. A previsão é que todas as unidades Raízen tenham o EPA e o CARB no primeiro semestre de 2012.

Mercado americano

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Colhedora de cana na unidade Raízen de Bom Retiro

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22 Marca

TeCNoloGIA e eMoçãoEstratégica para o desenvolvimento de novas tecnologias e sucesso como ação de marketing, a parceria entre a marca Shell e o automobilismo será intensificada em 2012. Neste ano, os fãs da velocidade perceberão a presença da marca nas principais categorias do esporte a motor, como Fórmula 1, Fórmula Indy, Stock Car, Nascar e MotoGP.

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Na Fórmula 1, considerada a principal categoria do automobi-lismo mundial, a Shell mantém, há 60 anos, uma parceria com a Ferrari. Neste período, a tecnologia desenvolvida em conjunto pelas duas empresas esteve presente em mais de 450 corridas e ajudou a conquistar dez títulos do Campeonato Mundial de Construtores e 12 títulos do Campeonato Mundial de Pilotos.

Atualmente, uma equipe técnica com cerca de 50 pessoas tra-balha baseada na fábrica da Scuderia Ferrari, em Maranello (Itália), e nas instalações técnicas da Shell no Reino Unido e na Alemanha, para o programa de pesquisa e desenvolvimento realizado em conjunto com a equipe italiana. Entre os produtos elaborados em parceria com os italianos, estão os da família de combustíveis Shell V-Power.

“Ao analisar o produto em condições extremas de uso, como nas corridas, desenvolvemos tecnologias que poderão ser

aplicadas nos combustíveis vendidos aos consumidores. Ao abastecer no posto Shell, o motorista faz parte de um processo que passa pelas pistas dos principais autódromos do mundo”, afirma o engenheiro de combustíveis da Raízen, Gilberto Pose.

Para a gerente de Marca e Comunicação da empresa, Ingrid Buckmann, a participação nas pistas é uma oportunidade extra de contato com os consumidores da marca.

“A Raízen, este ano, desenvolveu um plano de marketing com ações diferenciadas para o consumidor final. Além da pre-sença integrada no ponto de venda, com as promoções das Lojas Select e a implementação do cartão Shell Santander, a participação nos eventos de automobilismo também é uma forma de deixar a marca próxima ao cliente final e de reforçar o comprometimento com o desenvolvimento da tecnologia de combustível”, avalia.

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Felipe Massa (à frente) e Fernando Alonso compõem a dupla de pilotos da Ferrari para a temporada 2012 da Fórmula 1

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24 Marca

Em duas rodasAdrenalina, curvas fechadas e jo-elhos raspando o asfalto. Aos que preferem as emoções da motovelo-cidade, a marca é parceira tecnoló-gica e fornecedora oficial de com-bustíveis e lubrificantes para a equipe Ducati. Os pesquisadores da Shell po-derão acompanhar a performance do piloto americano Nicky Hayden e do italiano Valentino Rossi – nove vezes campeão da categoria – para aprimo-rar os produtos que são comercializa-dos nos postos da rede Shell.

Alta velocidadeNa Fórmula Indy, a Shell patrocina a equipe Penske, representada nas pis-tas pelos pilotos Helio Castroneves, Will Power e Ryan Briscoe. Nas provas realizadas nos EUA, Canadá, Brasil e China, a marca ultrapassa os 300 km/h em famosos circuitos ovais, como as 500 Milhas de Indianápolis, e garante a exposição da imagem para milhares de fãs espalhados pelo mundo.

A marca Shell também está presen-te nas provas da Nascar, associação automobilística que agrupa os cam-peonatos de stock car nos Estados Unidos. Nesta categoria, a Shell re-pete a dobradinha da Fórmula Indy e patrocina o carro número 22 da equipe de Roger Penske. O brasileiro Helio Castroneves tem a concha estampada em seu carro na Fórmula Indy

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Pistas brasileiras

No Brasil, a marca Shell estará presente na Stock Car. Na temporada 2012, pela primeira vez, os carros da categoria mais badalada do automobilismo na-cional serão abastecidos com Shell V-Power Etanol. Único etanol aditivado do mercado brasileiro, o pro-duto contribui para uma melhor resposta dos motores ao oferecer maior limpeza e conservação das peças internas que entram em contato com o combustível. Além de fornecedora oficial, a marca Shell estará re-presentada nas pistas pelo piloto Valdeno Brito.

“A Raízen entende que desenvolver novas tecnolo-gias e produtos por meio dessa importante plata-forma garante excelentes resultados. Além disso, incentivar o uso de um combustível mais susten-tável, como o etanol de cana-de-açúcar, também é o foco da nossa empresa”, afirmou a gerente de Patrocínios e Eventos, Carolina Marques.

“Correr com a marca Shell no carro é motivo de muito orgulho. É uma grande responsabilidade re-presentar uma marca tão grande quanto essa na categoria mais importante do automobilismo brasi-leiro, e com uma equipe tão competitiva. Espero que seja um ano muito bom em termos de resultados, no qual possa trazer muitas alegrias. O objetivo é trabalhar sempre buscando bons resultados para que esta parceria seja bastante duradoura”, afirma o piloto Valdeno Brito.

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Valdeno Brito correrá pela marca Shell na Stock Car em 2012; abaixo, uma projeção de como será o seu carro, o de número 77

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Doce mercadoAs histórias do Brasil e da produção do açúcar são de tal forma entrelaçadas que poderiam ser contadas em uma única linha narrativa. Principal produto da colônia brasileira nos séculos XVI e XVII, o açúcar motivou a povoação do nosso território e a consolidação das capitanias hereditárias. Por outro lado, antes vendido como remédio em butiques, o açúcar encontrou em solo brasileiro condições para a produção em larga escala e se tornou uma commodity internacional.

26 Apresentação

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Mercado global

Atendido o mercado interno, no qual a empresa mantém con-tratos com grandes indústrias, o restante da produção se destina à exportação na forma de commodity. A Raízen é, atualmente, a maior exportadora individual de açúcar no mundo.

“Nossa prioridade é o Brasil, pois aqui temos uma relação di-reta com o cliente e buscamos que esta parceria seja o mais correta possível, respeitando sempre a necessidade, a espe-cificação e o tipo de entrega desejados por cada comprador. Já no mercado externo, há uma exportação de commodity com uma especificação geral e preço negociado em bolsa. São características diferentes”, conta o diretor comercial de Açúcares para o Mercado Externo, Ivan Melo Filho.

Em 2011, os principais destinos do açúcar exportado pela Raízen no porto de Santos foram Rússia, China e Indonésia. Apesar de conhecer a demanda crescente por energia limpa e o foco da Raízen neste segmento, o diretor espera que a produção de açúcar continue crescendo ao lado do etanol.

“A tendência é que o mercado internacional continue cres-cendo. O desenvolvimento econômico de algumas regiões do

mundo, como o Sudeste Asiático – Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Indonésia –, e o crescimento populacional são fatores que devem aumentar o consumo de açúcar. Diante desta oportunidade, acreditamos que o Brasil é o único produ-tor capaz de garantir a oferta desta demanda mundial”, avalia.

Em relação às particularidades do comércio exterior, Ivan ex-plica que uma das etapas mais importantes da venda está na precificação do produto. Segundo ele, como o preço do açúcar é definido pela Bolsa de Nova Iorque, é preciso saber o momento certo para vender a preços competitivos.

“É como vender ações na bolsa de valores. As ações são suas e você escolhe o momento de vender ou comprar. A diferen-ça é que as ações das empresas variam de acordo com a performance daquela companhia, enquanto o açúcar vai os-cilar de acordo com a oferta no mundo. Tem momentos no ano em que há pouco açúcar no mercado, logo o preço sobe; e outros em que tem muito, e o preço cai. É preciso enten-der que vender e precificar são duas atitudes distintas que não precisam acontecer necessariamente ao mesmo tempo.”

Atualmente, o Brasil é o maior produtor de açúcar do mundo e a Raízen tem papel de des-taque neste cenário. Na safra 2011/2012, a empresa produ-ziu cerca de 4 milhões de to-neladas de açúcar, sendo que 1,181 mi lhão de toneladas tiveram como destino o abas-tecimento do mercado interno brasileiro e os demais 2,798 milhões foram destinados ao mercado externo. Atualmente, o produto representa dois terços do resultado dos negócios da área de Etanol, Açúcar e Bio-energia (EAB) e um terço dos resultados totais da empresa.

Para os próximos cinco anos, a expectativa é que haja um crescimento de 44% do volu-me final produzido, atingindo 5,726 milhões de toneladas. Na opinião do diretor Comercial de Açúcares para o Mercado In-terno, Melchiades Terciotti, a expansão do consumo se man-

terá nos próximos anos, moti-vada pelo aquecimento da eco-nomia e pela inclusão social.

“Todo o movimento de cresci-mento econômico e de elevação do poder aquisitivo da população leva ao maior consumo de pro-dutos industrializados, incluindo muitos que levam açúcar na sua composição, mas que não eram consumidos por uma questão de renda. Na medida em que isso ocorre, há um aumento muito forte do consumo de açúcar por parte da indústria alimentícia, o nosso maior cliente”, explica.

No Brasil, a Raízen é fornece-dora de importantes indústrias de alimentos e bebidas, como Coca-Co la , K ra f t , Yaku l t , Del Val le, Mar i lan e Arcor. Através de parceria estraté-gica com a Cosan Alimentos, detentora da marca de açúcar União, a empresa faz-se ainda mais presente no varejo brasi-leiro de açúcares.

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Certificações

Com a difusão dos conceitos de sustentabilidade, inovação e responsabilidade social, o mer-cado tem se tornado cada vez mais exigente no que se refere às certificações. Assim como acontece em outros segmentos produtivos, o cultivo da cana e a produção de açúcar são acompanhados de perto por avaliações que obedecem a rí-gidos padrões internacionais.

A certificação Bonsucro é um dos exemplos nessa área ao analisar pilares de sustentabi-lidade como Conformidade Le-gal; Impactos na Biodiversida-de e no Ecossistema; Direitos Humanos; Produção e proces-samento; e Melhoria Contínua. Além dessas, há outras inicia-tivas relacionadas às exigên-cias de clientes que realizam as próprias auditorias nas uni-dades da empresa para ates-tar a operação sustentável e socialmente responsável.

“As certificações de qualidade (ISO 9001, FSSC 2.000, Cer-tificação IBD, SAFE, Kosher e

Halal) para o segmento de açú-car trazem maior credibilidade junto aos clientes e atendimen-to às suas exigências, aumen-tam a competitividade do pro-duto, garantem o atendimento da legislação brasileira e in-ternacional, e ainda previnem erros, em vez de tentar corri-gir falhas posteriores”, destaca Melchiades Terciotti.

De acordo com o diretor para o Mercado Interno, as prin-cipais indústrias alimentícias já são signatárias das prin-cipais certificações de quali-dade ou sustentabilidade e, a cada ano, a pressão aumen-ta para que os fornecedores estejam inseridos nestes pa-drões. “Não tenho dúvidas de que, a partir do momento em que alguns fornecedores pas-sam a oferecer produtos den-tro das certificações exigidas, estas passarão a ser um que-sito de exclusão. Ou você está adequado às exigências ou você está fora daquele mer-cado”, assinala.

“É muito claro que o crescimento da renda vai fazer com que as pessoas

consumam mais açúcar e, diante dessa oportunidade, acreditamos que o Brasil

é o único país capaz de garantir o suprimento dessa necessidade mundial”

Ivan Melo FilhoDiretor Comercial de Açúcares para o Mercado Externo

28 Apresentação

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Revista Raízen

“A Raízen é a maior produtora individual e a segunda maior comercializadora no

mercado interno. Com 23 unidades produtoras e uma distribuição geográfica da produção

muito boa, temos condições de participar de mercados regionalizados de forma bastante eficaz”

Melchiades TerciottiDiretor Comercial de Açúcares para o Mercado Interno

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30 Raízes do Brasil

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Princesinha do Cerrado

Número um no ranking da produção de grãos do Estado de Goiás, Jataí tem atraído cada vez mais investidores do agrone-gócio. A abundância de terras agricultáveis e a adequada infra-estrutura para o escoamento tornam a cidade o destino certo de empresas como a Raízen, que tem instalada na região uma das usinas de etanol mais modernas do mundo.

Com cerca de 100 mil habitantes, Jataí está situada na Serra do Caiapó, divisa entre as bacias do Araguaia e do Parnaíba. Possui um PIB de R$ 347 milhões, parte expressiva proveniente do cultivo de milho, soja e cana-de-açúcar, que já conta com 100% do corte mecanizado, importante característica na busca pela sustentabilidade da cadeia produtiva do etanol.

Jataí sedia a usina da Raízen que leva o nome da cidade, e que tem capacidade de processamento de 4 milhões de toneladas de cana para a produção de 370 milhões de litros de etanol por safra. A unidade também realiza a cogeração de energia elétri-ca proveniente do bagaço e da palha da cana, com potência instalada de 105 MW.

“Em Jataí, a Raízen tem a unidade produtora mais moderna do mundo, com tecnologia de extração por difusor com es-teiras móveis na produção de etanol. A cerca de 300 quilô-metros da capital, Goiânia, a cidade oferece boas condições para a agricultura, com relevo favorável, clima bem definido e disponibilidade de água. Goiás está se tornando uma refe-rência na produção de biocombustíveis e busca o segundo lugar na produção nacional de etanol”, explica o gerente do Polo Administrativo da Raízen em Jataí, Guilherme Badauy.

“Além da geração de impostos para o município, a Raízen inje-ta, mensalmente, aproximadamente R$ 8 milhões na economia local por meio do pagamento de funcionários e prestadores de serviço. Este movimento contribui para a melhoria da infra-estrutura da cidade e para o desenvolvimento regional. Além disso, no último dia 9 de fevereiro, inauguramos uma unidade da nossa Fundação na cidade, que irá oferecer atividades edu-cativas para a comunidade. Estiveram presentes o governador Marconi Perillo, o prefeito da cidade Humberto Machado, e o vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Ex-ternas da empresa, Luiz Eduardo Osorio”, acrescenta o gerente.

Nova vocaçãoApesar da expansão da cidade ter sido tradicionalmente marcada pelo agronegó-cio, uma nova riqueza tem se destacado em Jataí: o turismo. Seu povo acolhedor, as águas termais e belezas naturais fazem do município uma referência em qualidade de vida, pronta para receber investidores e turistas, oferecendo o que há de melhor em lazer e negócios. As reservas ecoló-gicas, o mirante do Cristo Redentor e os antigos casarões familiares do século XVIII são algumas das atrações da cidade.

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Artigo 31

Eterna utopia de desenvolvimento sus-tentável por conjugar multiplicação de automóveis e combustível renovável, o programa do etanol esbarra em sobres-saltos crônicos do país. Nos anos 70 do século passado, em resposta à crise do petróleo, o Brasil mergulhou no Pró-Ál-cool. Com incentivo (financeiro) do go-verno, montadoras despejaram no país uma safra de carros movidos a álcool.

O combustível nacional, coisa nossa, nos livraria do preço inflacionado dos deriva-dos do petróleo, além de evitar desastre maior nas contas externas. A produção de álcool, em 10 anos, multiplicou-se por 20, chegando a 12 bilhões de litros anuais. Estima-se que mais 10 milhões de carros a gasolina deixaram de ser fabricados. O governo subsidiava a produção de álcool e desencorajava o refino de açúcar, des-valorizado no mercado externo.

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Flávia Oliveira é jornalista de economia e negócios em mídia impressa e TV

“A produção de álcool, em 10 anos, multiplicou-se por 20, chegando a 12 bilhões de

litros anuais”

Expansão do álcool combustível esbarra nas leis do mercadoO Pró-Álcool naufragou quando o ven-to virou. Na segunda metade dos anos 80, o preço do petróleo começou a cair, ao mesmo tempo em que o açúcar se valorizava. O combustível alternativo co-meçou a ficar caro e, pior, escasso. O desabastecimento alimentou a desilusão dos donos de automóveis. A produção de carros a álcool despencou e, no meio dos anos 90, desapareceu.

Nos primeiros anos do século XXI, o Brasil ressuscitou o álcool hidratado, hoje rebatizado de etanol, por razões de com-petitividade internacional. O combustí-vel reapareceu como opção de abaste-cimento em carros flex fuel. Em 2003, foi apresentado o primeiro modelo de auto-móvel bicombustível do país. De lá para cá, o modelo se popularizou. Hoje, qua-se nove em cada 10 carros que saem das montadoras brasileiras rodam com álcool e gasolina. E já existem os movidos a etanol, gasolina e gás natural.

O brasileiro aderiu com gosto ao etanol. Aprendeu a fazer conta (o álcool é vanta-joso se custar até 70% do preço da gaso-lina) e optou pelo combustível por razões econômicas ou ambientais (é renovável). O consumo disparou. Em 2009, o etanol hi-dratado chegou a 15,1% da matriz veicular nacional, sem contar os 5,9% de partici-pação no álcool anidro, que é misturado à gasolina. A demanda pelo combustível da cana bateu recorde: 16,5 bilhões de litros.

Mais uma vez, a escalada esbarrou na oferta. Quebra de safra na cana e alta do açúcar no exterior desviaram a produção das usinas. O álcool começou a faltar e, pior, a subir de preço. Em 2010, a par-ticipação do etanol hidratado na matriz

veicular passou a 12,1%; em 2011, bateu 8,1%. Ou seja, o uso do álcool combus-tível caiu quase à metade de 2009 para 2011, período em que frota de automó-veis flex continuou crescendo.

A ANP anunciou recentemente medidas para garantir a oferta do álcool anidro, já que o consumo de gasolina voltou a subir (em 2011, foram quase 20% de alta). O álcool hidratado está entregue às leis do mercado. Outro salto de oferta só deve vir entre 2013 e 2014. Até lá, a utopia do combustível limpo e barato está adiada. Oxalá, ressuscite!

Revista Raízen

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A marca Shell é licenciada para Raízen, uma joint venture entre Shell e Cosan. *Resultado obtido em testes realizados em motores a diesel de caminhões e ônibus em comparação ao diesel comum, podendo variar com o tipo de veículo.A marca Shell é licenciada para Raízen, uma joint venture entre Shell e Cosan. *Resultado obtido em testes realizados joint venture entre Shell e Cosan. *Resultado obtido em testes realizados joint ventureem motores a diesel de caminhões e ônibus em comparação ao diesel comum, podendo variar com o tipo de veículo.