1.0. Flexi_Multiradio_Introdução_Instalação_Comparações_PT_V1.1
Sustentabilidade Rn - 1.0
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INTRODUO AO
CONHECIMENTO DA
SUSTENTABILIDADE
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PREZADA FILIADO.
Com a
inteno de facilitar a
compreenso, das bases da
sustentabilidade histrica,
aos filiados da #Rede
Sustestabilidade, bem
como aos entusiastas do
Meio Ambiente foi
elaborado este PDF.
Reunindo os principais
fatos ambientais, dentro de
uma ordem cronolgica
para melhor entendimento e assimilao. Este documento rene um
material basico e importante, que podem servir de caminho a uma
reflexo mais profunda dos tpicos aqui alencados. O texto engloba o inicio
das alteraes ambientais, com abordagem nas orgens do problema, em
um passado um pouco mais distante, em um perodo do sculo XVIII.
Sequenciando o histrico desta evoluo.
Voltando ao nosso tempo,
vem enfocar, o despertar da
sociedade face ao perigos
ambientais decorrentes desta
imploso social. Reportando as
reaes dos mais variados grupos
sociais, e o apoio global na
recontruo e preveno do meio
ambente. Empenho por parte das
classes dos cientistas, governana,
e as entidades ligadas ao setor, plugadas no monitoramento e conduo
das melhorias ao meio ambiente.
Bem chega de bla,blabla, vamos ao nosso tema ele nos aguarda.
afonso celso pereira barretto #Rede Sustentabilidade RN.
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SUSTENTABLIDADE E A #REDE.
Considera-se como causa primaria pela degradao do meio
ambiente, a negligncia do homem, quanto expanso de sua prpria
espcie e o nus decorrente de seu prprio desenvolvimento.
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SUSTENTVEL E SUSTENTABILIDADE
A noo do termo sustentabilidade recente e muito atual, em seu
significado mais amplo, engloba a soma de processos sociais e econmicos,
conduzidos por parmetros ambientais ecologicamente corretos. Como o
termo pertence cincia do meio ambiente, um tema que s h pouco
tempo, vem sendo objeto de estudos, seu significado e uso correto, ficou
restrito a profissionais da rea, mais ligados ao meio. E aos filiados da
#Rede, este parecer, no pode passar despercebido.
J h algum tempo, a sustentabilidade
vem sendo palavra da moda. Infelizmente, no
acontecendo o mesmo, quanto ao seu
significado e procedimento. Embora
popularmente o termo esteja sendo bem
recebido e ganhando espao, est longe ainda
de ser um procedimento padro adotado pela populao. Mas est
caminhando forosamente, para isto.
A grande mdia fez a sua parte, popularizando o termo, mas est em
falta quanto ao seu significado. Algumas vezes encontramos esta palavra,
aplicada em temas publicitrios, nos jornais, revistas e na TV, em
desacordo aos princpios sustentveis.
Este termo determina um padro scio/eco/nmico, correto de
procedimentos. Surgiu por uma necessidade ambiental, em restituir a
dinmica eco biologia, aos parmetros originais. A qual estaria sendo
deslocada pra fora de seus padres. Motivado por fora de uma prxis
desenvolvimentista equivocada, mantida por governos e corporaes,
assistida pela inconscincia dos seres humanos.
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As propriedades da sustentabilidade tem origem no que seja
sustentvel. Quando se usa o termo sustentvel, na rea de meio
ambiente, entende-se o fato, como possuidor das propriedades inerentes a
sustentabilidade.
...E a voc pergunta... Que propriedades so estas?
A classificao, como sustentvel, dentro das exigncias da
sustentabilidade, requer anexar ao fato em questo, as caractersticas de
sustentabilidade. O padro de sustentabilidade exige deste fato, a sintonia
e concordncia com a dinmica ambiental. Um compromisso direto com o
status quo do meio ambiente. Caso o fato incorra, com alguma alterao
ou qualquer transgresso ambiental, ele dever conter as ferramentas
prprias de reparao ao status
original. Observando que... Estas
sintonias e afinaes, no se
resumem s ao item ambiental, pois
ele devera guardar concordncia
tambm, com o padro econmico
social e cultural. S assim, a partir
deste pressuposto, um fato
sustentvel, poder se qualificar
com o padro de sustentabilidade.
Ou seja, o uso do termo
sustentvel, via de regra no
concede ao fato, as propriedades da
sustentabilidade. Um fato pode ser sustentvel na acepo da palavra,
mas contrariando aos princpios da sustentabilidade, entendida
tecnicamente por ambientalistas. E a, que reside confuso.
O sentido da sustentabilidade incorpora o fator sustentvel. Ao
contrrio do sustentvel, o qual, pode no apresentar os padres
necessrios, exigidos pela sustentabilidade, como aqui explicado.
Para ser mais fcil, podemos fazer uma analogia, com a educao
dada aos nossos filhos... Os educamos no sentido que eles alcancem uma
emancipao, econmica, intelectual, e espiritual, e que cada um seja por
si mesmo, autossustentvel e livre. Caso a posio alcanada por algum
deles, seja fruto de algum desacordo, com um dos fatores que congregam a
sustentabilidade, seja ele: ambiental; social; cultural ou econmico, ele
ficar aqum deste padro de referncia. A sustentabilidade exige
harmonia junto a estes outros valores, que fazem parte de sua formao.
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SUSTENTABILIDADE
Uma concepo humanstica.
Considera-se como causa primaria pela degradao do meio
ambiente, a negligncia do homem, quanto expanso de sua prpria
espcie e as decorrncias criadas por este desenvolvimento. Classificadas
de forma geral, como aes antrpicas.
A concepo humanstica atribui a responsabilidade aos seres
humanos, falta de planos estratgicos de preveno e adequao, ao
enfrentamento das altas taxas de crescimento populacional. Em um
determinado ciclo na histria. O que acarretou inevitveis consequncias
prejudiciais ao meio ambiente. Fato que vem sendo amenizadas por aes
conjuntas, acordadas por grande parte da sociedade global, protocoladas
em diversas conferencia mundial.
Mas devemos considerar as premissas de pocas passadas, pra
entender seus reflexos no presente. As razes vitais e as circunstancias
naquelas pocas eram outras, bem diferentes das que vivemos hoje. As
dificuldades existenciais de hoje, eram mnimas, face s de outrora.
O inconsciente coletivo neste
tempo era assombrado por guerras,
doenas, misrias, selvagens, roubos e
toda a sorte de ignorncia, inclusive a
prpria. Embora as vidas das pessoas
fossem cercadas por todas estas
ameaas, era vital seguir em frente. A
vida tinha que ser vivida, e a sua
conquista valia qualquer preo. Superar
a natureza era s mais um, entre os
grandes desafios a espreitar o prprio
homem, no seu dia a dia. A ele cumpria se estabelecer como um ser
superior, a todas as intempries que o circundava, ser forte, em face
destas realidades, era a tnica. Estmulos de raa foram importantes
nestas conquistas, embora tenha resultado em outros momentos,
distores penosas. A famlia era consagrada, e a prole grande era
necessria. Utilizada como forma de conquista, transcendncia gentica e
status. O compromisso biolgico era a determinante, no havia como
condicionar os instintos as regras da expanso social, naquele momento.
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O conhecimento era restrito e
fechado a uma pequena parcelada
populao, as benesses da
civilizao eram compartilhadas
com poucos. Desta forma, a vida
instintiva prevalecia como
determinao na vida da maioria
das pessoas.
Assim aconteceu ecloso da espcie
humana, com toda a fora da
natureza. Alheia no s aos preceitos ambientais, mas fora de seus
prprios limites racionais do crescimento social. Potencializada pelo
instinto da preservao da espcie.
As consequncias deste excepcional crescimento vieram a se
constituir com o passar dos tempos, em uma grande ameaa a sua prpria
existncia. Bem considerando assim:
...Em um passado menos distante, ainda no sculo XVIII, as
exigncias com a manuteno e desenvolvimento dos seres humanos
quanto ao uso e transformao dos recursos naturais, no refletiam na
poca, um perigo a integridade do meio ambiente. O total de um bilho
de pessoas vivendo no planeta, ainda no comprometia o equilbrio da
biodiversidade.
Revendo s como curiosidade,
esta soma de pessoas vivas na poca,
era o produto de algumas geraes
reunidas e remanescentes, de todo o
processo civilizatrio humano. Iniciado
desde que o mundo mundo e foi
conhecido, e de outros tempos mais, que suspeitamos haver existido, mas
ainda no devidamente contabilizado.
E assim a terra foi sendo palco de uma estupenda exploso de novos
habitantes. Acerca da metade do sculo XIX, na dcada de 30, fomentados
pela revoluo industrial e outros incentivos adicionais j comentados, o
mundo acorda ultrapassando a espantosa cifra do segundo bilho
de pessoa vivendo neste planeta.
Espantoso quando percebemos que neste espao de tempo, em menos
de 100 anos, duplicamos quantidade de seres humanos no planeta, a
uma cifra igual, ao que se alongaram por milhes de anos, desde a criao
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do mundo, para se formar. O qual foi de um incio ignorado. E o pior (no
sentido sustentvel), o espanto no iria parar por a. Mas por
outro lado, foi formidvel, quanto aos avanos proporcionados por esta
expanso.
Em resposta da natureza, na dcada de 60 aparecem os primeiros
sintomas de alteraes climticas e de seus efeitos colaterais penalizando
os seres humanos. A parte amarga da histria de expanso social da
espcie humana, descritas logo a frente destes captulos.
Alarmados por estes dados e notcias, provenientes destas anomalias
ocorridas no meio ambiente, alguns cientistas e ambientalistas promovem
neste tempo uma reunio que ficou conhecida como: Clube de Roma. Em
busca de um diagnstico
para o enfrentamento e
monitoramento de solues
apropriadas. E como
resultado, fazem um alerta
sociedade, atravs de um
documento, que ficou
conhecido como Os limites
do crescimento. Prognosticando um futuro sombrio humanidade,
decorrente dos desequilbrios ambientais, promovido pelos prprios seres
humanos. Alertava sobre os danos e prejuzos, decorrente de uma
sociedade despreparadas, sem projetos e procedimentos tecnolgicos pra
enfrentar esta nova realidade.
Com a taxa de expanso social demogrfica, fora de certo controle,
apoiada pelos mais diversos avanos tcnicos de sustentao e melhorias
de vida. A razo da natalidade crescia ao patamar de 80 milhes de
novos habitantes planeta/ano. Potencializando a velocidade das
mudanas e transformaes sociais. Interferindo prejudicialmente, sobre o
meio ambiente, ultrapassando ao tempo, da prpria capacidade de
restaurao.
Em contra partida ao progresso determinado por esta evoluo, a
soma destes explosivos ingredientes veio a constituir em uma fora
negativa poderosa, em funo da degradao ambiental. Demostrando
claramente pelas anomalias apresentadas, o perfil e as dimenses deste
perigo. E o mais grave, tornando uma grande ameaa contra si mesmo,
contra o prprio homem.
Estas anormalidades vieram a exigir das lideranas mundiais, uma
reavaliao imediata quanto aos procedimentos, sociais, industriais,
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tecnolgicos e educacionais, reconhecendo de imediato os valores
ambientais. Formando um mutiro de Governanas, unidos as iniciativas
privadas, entidades e o povo em geral em socorro do meio ambiente. Todos
no empenho de reinventar novos hbitos, usos e costumes, pra evitar um
gargalo existencial mais perigoso, no muito distante, a todos os
habitantes do planeta.
Ficou explcito a sociedade cientfica e as lideranas mundiais, que
era preciso assegurar no s ao bem estar social comum, mas a prpria
existncia humana. Formulando um novo paradigma, de comportamento
estratgico, a fim de conjugar a biodiversidade e o eco sistema junto ao
processo civilizatrio. Suporte fundamental as condies existenciais dos
seres humanos no planeta.
Estas preocupaes sensibilizaram e reforaram iniciativa das
Organizaes das Naes Unidas a ONU, sobre o Desenvolvimento
Sustentvel. O qual atendeu a estas reivindicaes, promovendo A
Conferencia de Estocolmo em 1972.
Somadas a esta, aconteceram outras sries de reunies, fomentadas
por entidades privadas, ambientalistas, cientistas, Ongs e etc., vinculadas
ao meio ambiente. Todas buscando equacionar e criar dispositivos de
reparao, as interferncias danosas do homem ao seu habitat natural.
A primeira Conveno das Unidas Naes direcionada a este fim,
ao meio ambiente humano, ficou conhecida como A Conferencia de
Estocolmo, que serviu para destacar e difundir a importncia do tema,
no ano de 1972 junto a sociedade brsileira e internacional. Bem como
apontar caminhos e solues aos problemas que vinham sendo alastrados.
Esta conferncia foi palco de conflitos de interesses entre pases em
desenvolvimento contra aos desenvolvidos. Embora se tenha defendido
nesta poca, uma viso restrita do sentido ecolgico, este evento
possibilitou iniciar e ampliar esta noo a consideraes mais amplas, que
hoje temos como meio ambiente desenvolvimento sustentvel, e a
sustentabilidade.
Pra entender melhor, transcrevo a seguir trechos resumidos da
retrospectiva histrica da poca. Redigidas por alguns autores
identificados, focando as consequncias ambientais, provocadas pelo
fenmeno da expanso social, e suas consequncias. Junto a outras
ocorrncias, mais detalhadas deste primeiro evento patrocinado pela ONU,
prestigiando a conservao do Meio Ambiente.
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Retrospectiva. Dcada de 50/60.
Os aspectos histricos que antecederam a Conferncia de Estocolmo
foram marcados por questionamentos dos modelos de desenvolvimento
ocidentais e socialistas. Sendo que nos Estados Unidos, nos anos 60,
ocorriam diversos protestos voltados para os direitos civis, bem como os
efeitos da Guerra do Vietn. Enquanto na Europa ocidental em 1968,
presenciava-se uma gerao mais resistente a um regime fechado. Neste
mesmo perodo a Unio Sovitica passava por transio de doutrina, se
aproximando dos princpios vistos na doutrina Monroe (LAGO, 2007).
Entretanto, em meio aos
protestos e manifestaes de carter
poltico-econmico, tambm surgiam
movimentos em prol da defesa do
meio ambiente e de anlises sobre
o impacto da industrializao
sobre o mesmo. Nesse contexto, a
classe mdia dos pases ricos,
populao mais afetada pela
industrializao, diante de uma
maior liberdade de expresso se
disps a contribuir com causa (SOUZA et al, 2001).
Desde o incio da dcada de 50 do Sculo XX, os impactos da
industrializao sobre o meio ambiente j comeavam a ser percebidos.
Neste ponto, o fenmeno dos Smog, na Inglaterra, foi o marco inicial,
aonde oito mil pessoas vieram a bito por este fenmeno. Outros
desastres tambm foram relatados em vrios lugares do planeta, como a
poluio da baa de Minamata, no Japo, e a questo do DDT (dicloro
difenil tricloetano, inseticida usado durante esse perodo) (MARQUES,
2005).
Aliado a preocupao dos problemas ambientais, em 1968 um grupo
de cientistas (Clube de Roma) se reuniu a fim de resolver esta
problemtica, a partir de foros de discusses, eles publicaram o estudo Os
limites do crescimento. Neste, eles projetaram matematicamente os efeitos
do crescimento populacional sob a poluio e o esgotamento dos recursos
naturais. Essas projees se mostraram incorretas e alarmistas, no
entanto, contriburam para mudanas de comportamento e como alerta a
populao (LAGO, 2007; BRUSEK, 1994).
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Preocupados com o futuro do planeta, a Organizao das Naes
Unidas (ONU), juntamente com os Estados e a comunidade cientfica,
realizou a Primeira Conferncia Mundial sobre o Homem e o Meio
Ambiente, visando amenizar a problemtica: homem versus natureza.
A Conferncia de Estocolmo.
O pensamento ambientalista: como tudo comeou
Letcia Gozzer Costa/Marcos V. Nogueira Damasceno/Roberta Souza Santos
A Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente Humano,
tambm conhecido como Conferncia de Estocolmo, iniciada em cinco de
junho de 1972, marcou uma etapa muito importante no eco poltica
internacional.
Esta foi basicamente a
primeira grande reunio organizada
para concentrarem-se as questes
ambientais e a primeira atitude
mundial a tentar preservar o meio
ambiente, visto que a ao
antrpica gera sria degradao
ambiental, criando severos riscos
para o bem estar e sobrevivncia da
humanidade (RIBEIRO, 2010).
Houve a convocao dessa
Conferncia visando amenizar a problemtica: homem X natureza.
Princpios e conceitos tornaram-se base para a evoluo na rea do meio
ambiente a partir da Conferncia de Estocolmo e desta resultaram
inmeras questes que continuam a influenciar e a motivar as relaes
entre os atores internacionais, colaborando para a notvel evoluo que
eclodiu aps a Conferncia (LAGO, 2007; TOZONI-REIS, 2002).
Segundo Le Prestre (2000), a conferncia foi realizada para atender
quatro fatores que foram influncia poca:
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1. Aumento e importncia da comunidade cientfica, que comeavam a questionar sobre o futuro do planeta, as mudanas climticas e sobre a quantidade e qualidade da gua.
2. Aumento da exposio, pela mdia, de desastres ambientais (mars
negras, desaparecimento de territrios selvagens, modificaes na paisagem), gerando um maior questionamento da sociedade a cerca das causas e solues para tais desastres.
3. Crescimento desenfreado da economia, e consequentemente das
cidades, sendo que estas cresceram sem nenhum planejamento para o futuro.
4. Outros problemas ambientais, como chuvas-
cidas, poluio do Mar Bltico, grandes quantidades de metais pesados e pesticidas.
Com isso, a Conferncia de Estocolmo visou
buscar uma soluo para tais problemas, criando
um novo pensamento, tanto para os Estados,
quanto para a sociedade: o problema existe,
vamos agir.
A conferncia de Estocolmo ainda foi
marcada pelo confronto entre as devidas
perspectivas propostas por pases desenvolvidos e
em desenvolvimento, onde os pases
desenvolvidos preocupavam-se com os efeitos da devastao ambiental
sobre a Terra, propondo um programa voltado para a conservao dos
recursos naturais e genticos do planeta, ou seja, consideravam a ideia de
medida preventiva imediata. Por outro lado, os pases em desenvolvimento
argumentavam o fato de estar
desolado pela misria, com problema
de moradia, saneamento bsico, com
riscos de doenas infecciosas,
propondo assim desenvolvimento
econmico rpido, devido s claras
necessidades (MACHADO, 2006).
Visando sanar as questes
discutidas durante Conferncia de Estocolmo, foram votados setes pontos,
referentes s responsabilidades e comportamentos ideais para guiar as
questes relativas ao meio ambiente, que compem o prembulo da
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Declarao das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente, tambm conhecida
como Declarao de Estocolmo (ONU, 1972).
Nos itens primeiro e segundo, da Declarao de Estocolmo fica
consagrado que:
O homem responsvel pelo meio ambiente, e este lhe oferece o
sustento material e a possibilidade de evoluir de forma moral, social e
espiritual. Ao longo da evoluo humana, o homem se tornou capaz de
transformar o meio ambiente da maneira que achar conveniente, e por isso
a manuteno dos meios ambientes naturais e artificiais essencial para a
real fruio dos direitos humanos fundamentais, bem como o
desenvolvimento econmico de todos os povos.
J o item terceiro, diz que: a capacidade do ser
humano em transformar o que o cerca carrega consigo a
responsabilidade de saber us-la, visto que quaisquer
transformaes podem trazer benefcios e
desenvolvimentos, ou causar danos ao prprio ser
humano e ao meio ambiente. Quando esses danos
ocorrem, o seu rastro de destruio visvel, como a
degradao das fontes de recursos naturais, a poluio do ar e da gua, os
desequilbrios ambientais, e todos estes afetam a sade fsica, mental e
social do homem.
O quarto item convenciona que: para ocorrer um desenvolvimento
socioeconmico, nos pases em desenvolvimento, so necessrias medidas
que amenizem as discrepncias sociais, sem deixar de se preocupar com
as questes ambientais. Enquanto que os pases industrializados tm por
responsabilidade diminuir as diferenas com os pases subdesenvolvidos e
em desenvolvimento. Este ponto
tambm afirma que nesses pases
os problemas ambientais esto
ligados ao desenvolvimento de
novas tecnologias a aos processos
de industrializao.
O quinto item trata que: o
crescimento populacional gera
problemas ao meio ambiente, e por
isso devem-se criar medidas a fim
de evitar tais problemas ou que ocorram em menor gravidade. Dentre tudo
existente no planeta, os seres humanos so os mais valiosos, pois capaz
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de progredir socialmente, criar riqueza
social, desenvolver a cincia e
tecnologia, assim transformando o meio
ambiente.
Por fim, os dois ltimos itens,
sexto e stimo, dizem que: o homem
deve ter ateno s consequncias de
seus atos no meio ambiente. O ser
humano capaz de causar danos
imensos e irreversveis ao meio
ambiente, mas tambm capaz de criar
condies sadias de vida. Por isso o
homem deve estar em harmonia com a
natureza, para que possa se
desenvolver socioeconomicamente e de
maneira que mantenha o bem estar e a
qualidade de vida. Diz ainda que: a
responsabilidade pelas mudanas e
pela manuteno de um meio ambiente
saudvel de todos, agindo em um
esforo comum. Cabe aos poderes do
Estado a criao de leis e normas para
a preservao e o melhoramento do
meio ambiente humano, mas cabe a
todos os deveres de que estas leis e
normas sejam exercidas.
O Brasil e a sua posio na Conferncia de Estocolmo
O Brasil teve grandes participaes em encontros internacionais
sobre a educao ambiental, at mesmo por atuar dentro do sistema das
naes unidas. Visto que o Brasil contm recursos interessantes aos olhos
dos demais pases, alvo de constante ateno, por suas grandes reservas
de gua potvel, assim como por abranger grande parte da biodiversidade
do planeta. A partir de Estocolmo, surge a questo se o Brasil seria capaz
de preservar seu patrimnio, levando a uma preocupao com a economia
e com possveis estratgias de desenvolvimento sustentvel do pas (LAGO,
2005; MORADILLO ET AL., 2004).
Acidificao dos Oceanos. A adio de dixido de carbono aos oceanos aumenta a acidez (diminui o PH) da gua da superfcie do mar. A atual taxa de acidificao do oceano muito maior do que a de qualquer outro tempo nos ltimos 20 milhes de anos. Muitos organismos marinhos so sensveis acidez, especialmente aqueles que usam o carbonato de clcio dissolvido na gua do mar para formar suas conchas e exoesqueletos (como os corais e o plncton marinho). Globalmente, a saturao da forma de carbonato chamada aragonita em guas superficiais est declinando com o aumento na acidez do oceano. Para evitar ultrapassar possveis fronteiras, o limite sugerido para a acidificao manter a saturao de aragonita em guas superficiais a um mnimo de 80% da mdia global do perodo pr-industrial.
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No perodo da conferncia o Brasil encontrava-se teoricamente em
um momento econmico bom, perodo este em que se passava por
represso poltica. Assim como em outros governos autoritrios, havia uma
preocupao quanto aos movimentos voltados para o meio ambiente, visto
que no se sabia com certeza as consequncias que tais repercusses
poderiam trazer a economia destes pases, bem como a poltica j que as
maiorias dos grupos ambientalistas eram de esquerda. Porm, no havia
opresses dos pases da Europa Ocidental e EUA sobre o regime vivido nos
pases em desenvolvimento no que dizia respeito aos direitos humano e
meio ambiente, ao contrrio, suas opresses eram voltadas somente para a
segurana, modernizao e crescimento desses pases (LAGO, 2005;
LAGO, 2007).
Dentro desse contexto uma preocupao natural havia por parte do
governo brasileiro da poca, de que suas atitudes autoritrias virassem
alvo de crticas pelos demais pases presente na conferncia. Mas como j
dito, o Brasil por suas reservas sempre foi alvo de constante ateno, e
procurou deixar claro seu posicionamento nessa conferncia, quanto
culpa das poluies serem preferivelmente dos pases desenvolvidos por
terem suas maiores indstrias, querendo estabelecer uma relao de
forma que no houvesse uma distino de pases que podem poluir e os
que no podem somente pela presena de maior industrializao. Porm,
esse posicionamento no excluiu a possibilidade e responsabilidade do
Brasil perante todos os seus recursos, tendo o pas que lanar mo de
polticas ambientais proposta por essa conferncia (LAGO, 2005; LAGO,
2007).
Concluso:
A necessidade da criao de entidades e conferncias
preocupadas com o meio ambiente decorreu principalmente no reconhecimento do homem com o meio. Ficando claro
que as consequncias advindas das aes do homem ao meio ambiente voltam para si em tempo relativo. No entanto, mesmo havendo consequncias, e
estas trazendo malefcios variados para a sociedade, prevenir e evitar as aes antrpicas
ainda motivo de conflitos entre os pases, principalmente os que detm uma ideologia de desenvolvimento a qualquer custo.
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E para que houvesse um consenso sobre como o homem deve agir
em relao ao meio ambiente, a ONU organizou, em 1972, a primeira
conferncia internacional sobre o meio ambiente humano,
conhecida como Conferncia de Estocolmo.
Aps os debates realizados na Conferncia, foram estabelecidas
normas que serviram de referncia para guiar as aes referentes ao meio
ambiente. O evento da Conferncia de Estocolmo serviu para alertar o
mundo acerca das problemticas ambientais, e serviu como passo inicial
para outras conferncias, como Kyoto e Rio92.
Diante do que foi abordado, pudemos observar as questes que
levaram a realizao da Conferncia de Estocolmo, e quo importante foi
este evento para incio das aes ambientalistas, bem como o processo de
difuso destas no meio cientifico e social.
RELATRIO
BRUNDTLAND
NOSSO FUTURO
COMUM
DEFINIO E PRINCPIOS.
No incio da dcada de 1980, a ONU retomou o debate das questes
ambientais. Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro
Harlem Brundtland, chefiou a Comisso Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, para estudar o assunto.
A comisso foi criada em 1983, aps uma avaliao dos 10 anos da
Conferncia de Estocolmo, comentada anteriormente, com o objetivo de
promover audincias em todo o mundo e produzir um resultado formal das
discusses. O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro
Comum ou Relatrio Brundtland.
Apresentado em 1987, prope o desenvolvimento sustentvel, que
aquele que atende s necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as geraes futuras atenderem s suas necessidades. O
documento foi publicado aps trs anos de audincias com lderes de
governo e o pblico em geral, ouvidos em todo o mundo sobre questes
relacionadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento.
Foram realizadas reunies pblicas tanto em regies desenvolvidas
quanto nas em desenvolvimento, e o processo possibilitou que diferentes
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grupos expressassem seus pontos de vista em questes como agricultura,
silvicultura, gua, energia, transferncia de tecnologias e desenvolvimento
sustentvel em geral.
O Relatrio Brundtland, faz parte de uma srie de iniciativas,
anteriores Agenda 21, as quais reafirmam uma viso crtica do modelo
de desenvolvimento adotado pelos pases industrializados e reproduzido
pelas naes em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso
excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte
dos ecossistemas.
O Relatrio aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento
sustentvel e os padres de produo e consumo, trazendo tona mais
uma vez a necessidade de uma nova relao ser humano-meio ambiente.
Ao mesmo tempo, esse modelo no sugere a estagnao do crescimento
econmico, mas sim essa conciliao com as questes ambientais e
sociais.
O documento enfatizou problemas ambientais, como o aquecimento
global e a destruio da camada de oznio (conceitos novos para a poca),
e expressou preocupao em relao ao fato de a velocidade das mudanas
estarem excedendo a capacidade das disciplinas cientficas e de nossas
habilidades de avaliar e propor solues, como est na publicao
Perspectivas do Meio Ambiente Mundial GEO 3, do PNUMA.
O Relatrio Brundtland tambm j apresentava uma lista de aes a
serem tomadas pelos Estados, e tambm definia metas a serem realizadas
no nvel internacional, tendo como agentes as diversas instituies
multilaterais.
Entre as medidas apontadas pelo relatrio, constam solues, como
a diminuio do consumo de energia, o desenvolvimento de tecnologias
para uso de fontes energticas renovveis e o aumento da produo
industrial nos pases no industrializados com base em tecnologias
ecologicamente adaptadas.
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Fica muito claro, nessa nova viso das relaes homem-meio
ambiente, que no existe apenas um limite mnimo para o bem-estar da
sociedade; h tambm um limite mximo para a utilizao dos recursos
naturais, de modo que sejam preservados.
Segundo o Relatrio, uma srie de medidas deve ser tomada
pelos pases para promover o desenvolvimento sustentvel. Entre
elas:
limitao do crescimento populacional;
garantia de recursos bsicos (gua, alimentos, energia) a longo prazo;
preservao da biodiversidade e dos ecossistemas;
diminuio do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energticas renovveis;
aumento da produo industrial nos pases no industrializados, com base em tecnologias ecologicamente adaptadas;
controle da urbanizao desordenada e integrao entre campo e cidades menores;
atendimento das necessidades bsicas (sade, escola, moradia).
Em mbito internacional, as metas propostas so:
adoo da estratgia de desenvolvimento sustentvel pelas organizaes de desenvolvimento (rgos e instituies internacionais de
financiamento).
PROTOCOLO DE KYOTO.
No ano de 1997, foi
assinado o Protocolo de Kyoto.
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Esse Protocolo tem como objetivo firmar acordos e discusses
internacionais para conjuntamente estabelecer metas de reduo
na emisso de gases-estufa na atmosfera, principalmente por parte dos
pases industrializados, alm de criar formas de desenvolvimento de
maneira menos impactante queles pases em pleno desenvolvimento.
Diante da efetivao do Protocolo de Kyoto, metas de reduo de gases
foram implantadas, algo em torno de 5,2% entre os anos de 2008 e 2012.
O Protocolo de Kyoto foi implantado de forma efetiva em 1997, na cidade
japonesa de Kyoto, nome que deu origem ao protocolo. Na reunio, oitenta
e quatro pases se dispuseram a aderir ao protocolo e o assinaram, dessa
forma, comprometeram-se a implantar medidas com intuito de diminuir a
emisso de gases.
As metas de reduo de gases no so homogneas a todos os
pases, foram colocados nveis diferenciados de reduo para os 38 pases
que mais emitem gases, o protocolo prev ainda a diminuio da emisso
de gases dos pases que compe a Unio Europeia em 8%, j os Estados
Unidos em 7% e Japo em 6%. Pases em franco desenvolvimento como
Brasil, Mxico, Argentina, ndia e, principalmente, China, no receberam
metas de reduo, pelo menos momentaneamente.
O Protocolo de Kyoto no apenas discute e implanta medidas de reduo
de gases, mas tambm incentiva e estabelece medidas com intuito de
substituir produtos oriundos do petrleo por outros que provocam menos
impacto. Diante das metas estabelecidas, o maior emissor de gases do
mundo, Estados Unidos, desligou-se em 2001 do protocolo,
alegando que a reduo iria comprometer o desenvolvimento econmico do
pas.
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As etapas do Protocolo de Kyoto.
Em 1988, ocorreu na cidade canadense de Toronto a primeira
reunio com lderes de pases e classe cientfica para discutir sobre as
mudanas climticas, na reunio foi dito que as mudanas climticas tm
impacto superado somente por uma guerra nuclear. A partir dessa data
foram sucessivos anos com elevadas temperaturas, jamais atingidas desde
que iniciou o registro.
Em 1990, surgiu o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudana
Climtica), primeiro mecanismo de carter cientfico, tendo como inteno
alertar o mundo sobre o aquecimento do planeta, alm disso, ficou
constatado que alteraes climticas so principalmente provocadas por
CO2 (dixido de carbono) emitidos pela queima de combustveis fsseis.
Em 1992, as discusses foram realizadas na Eco-92, que contou
com a participao de mais de 160 lderes de Estado que assinaram a
Conveno Marco Sobre Mudanas Climticas.
Na reunio, metas para que os pases industrializados
permanecessem no ano de 2000 com os mesmos ndices de emisso do
ano de 1990 foram estabelecidas. Nesse contexto, as discusses levaram
concluso de que todos os pases, independentemente de seu tamanho,
devem ter sua responsabilidade de conservao e preservao das
condies climticas.
Em 1995, foi divulgado o
segundo informe do IPCC
declarando que as mudanas climticas j davam sinais claros, isso
proveniente das aes antrpicas sobre o clima. As declaraes atingiram
diretamente os grupos de atividades petrolferas, que rebateram a classe
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cientfica alegando que eles estavam precipitados e que no havia motivo
para maiores preocupaes nessa questo.
No ano de 1997, foi assinado o Protocolo de Kyoto, essa conveno
serviu para firmar o compromisso, por parte dos pases do norte
(desenvolvidos), em reduzir a emisso de gases. No entanto, no so
concretos os meios pelos quais sero colocadas em prtica as medidas de
reduo e se realmente todos envolvidos iro aderir.
Em 2004 ocorreu uma reunio na Argentina que fez aumentar a
presso para que se estabelecessem metas de reduo na emisso de gases
por parte dos pases em desenvolvimento at 2012.
O ano que marcou o incio efetivo do Protocolo de Kyoto foi 2005,
vigorando a partir do ms de fevereiro. Com a entrada em vigor do
Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade do carbono se tornar moeda de
troca. O mercado de crditos de carbono pode aumentar muito, pois pases
que assinaram o Protocolo podem comprar e vender crditos de carbono.
Na verdade, o comrcio de carbono j existe h algum tempo, a bolsa
de Chicago, por exemplo, j negociava os crditos de carbono ao valor de
1,8 dlares por tonelada, j os programas com consentimento do Protocolo
de Kyoto conseguem comercializar carbono com valores de 5 a 6 dlares a
tonelada.
Eduardo de Freitas - Graduado em Geografia.
ECO 92/RIO DE
JANEIRO.
Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Cpula da Terra de 1992
A Rio-Eco 92, conhecida como Cpula da Terra, ou Conferncia das
Naes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentvel. Foi um marco na
histria do meio ambiente. Aconteceu sequenciando outras conferncias
importantes, relativas ao Meio Ambiente, j listadas neste documento. E
proporcionou iniciar outras, de igual magnitude.
Os temas debatidos nesta conferencia serviram pra diagnosticar o
estado da terra, e o impacto humano sobre o meio ambiente, no mbito
local, regional e global. E promover aes, visando preveno e reparao
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do meio afetado adotando como procedimento nestes programas o
desenvolvimento sustentvel. Desta forma o conceito de desenvolvimento
sustentvel, veio a se instituir dentro do contexto ambiental.
Estabelecendo efetivamente a sua oficializao, como referncia ao padro
da sustentabilidade, passando a conduzir os fatores integrados a dinmica
socio/ambiental.
A este encontro pico na Cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1992,
compareceram diversas autoridades mundiais, representantes de dezenas
de pases, e de vrias etnias do planeta. Reunidos pela 1 vez na histria,
em razo do Meio Ambiente. Sob este prisma a ECO-92 foi um marco
histrico de nossa civilizao.
Esta conferncia graduou as temticas relativas ao Meio Ambiente,
como relevante no planeta, empurrando o assunto ao centro das
preocupaes mundiais. Produzindo um excelente acervo programtico em
sua defesa.
Possibilitou diversos acordos ambientais de extrema importncia,
inclusive a conhecida Agenda 21, um protocolo de aes operacionalizado
em 178 pases, visando preservao ambiental.
Inicio os tratados de base, sobre
mudanas climticas, a biodiversidade e
desertificao. Reafirmou compromissos
assumidos em conferncias anteriores,
como a conveno de Estocolmo de 1972 e
o Relatrio Brundtland apresentado em
1987. Possibilitou o conhecimento e a
difuso de forma internacional do conceito
Desenvolvimento Sustentvel.
A RIO-ECO 92 finalizou apresentando
um documento conhecido como
Declarao do Rio de Janeiro sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, apontando 27 princpios visando estimular
acordos e alianas globais em defesa do Meio Ambiente, a qual transcrevo
mais a frente. Resumindo, foi uma produo riqussima da
governabilidade, dos cientistas e ambientalistas do planeta, reunida nesta
conferncia, visando o bem estar e a sobrevivncia, de seus habitantes.
United Nations Conference on Environment and Development
UNCED (ECO-92)
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DECLARAO DO RIO DE JANEIRO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
Abstract: A declarao final da ECO-92 acenou para um mundo
inspirado pelo ativismo ambiental, verde e utpico, porm vigilante.
Preservar a natureza no era o bastante: como em uma pea de
engrenagem, o ecossistema se fortaleceria com a manuteno da paz entre
os pases e o desenvolvimento socioeconmico dos pases. Este documento
foi ratificado em Assembleia Geral da ONU em 12 de agosto de 1992,
entrando para a Histria.
A Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, Tendo-se reunido no Rio de Janeiro de 03 a 14 de junho
de 1992. Reafirmando a Declarao da Conferncia das Naes Unidas
sobre o Meio Humano, aprovada em Estocolmo em 16 de junho de 1972, e
tratando de basearem-se nela, Com o objetivo de estabelecer uma aliana
mundial nova e equitativa mediante a criao de novos nveis de
cooperao entre os Estados, os setores chave das sociedades e as
pessoas, Procurando alcanar acordos internacionais em que se respeitem
os interesses de todos e se proteja a integridade do sistema ambiental e de
desenvolvimento mundial, Reconhecendo a natureza integral e
interdependente da Terra, nosso lugar,
OS 27 PRINCIPIOS ASSINALADOS NA ECO-92
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Proclama que:
PRINCPIO 1.
Os seres humanos constituem o centro das preocupaes
relacionadas com o desenvolvimento sustentvel. Tm direito a uma vida
saudvel e produtiva em harmonia com a Natureza.
PRINCPIO 2.
Os Estados, em conformidade com a Carta das Naes Unidas e os
princpios da lei Internacional, possuem o direito soberano de explorar
seus prprios recursos segundo suas prprias polticas ambientais e de
desenvolvimento, e a responsabilidade de velar para que as atividades
realizadas dentro de sua jurisdio ou sob seu controle no causem danos
ao meio ambiente de outros Estados ou de zonas que estejam fora dos
limites da jurisdio nacional.
PRINCPIO 3.
O direito ao desenvolvimento deve exercer-se de forma tal que
responda equitativamente s necessidades de desenvolvimento e
ambientais das geraes presentes e futuras.
PRINCPIO 4.
A fim de alcanar o desenvolvimento sustentvel, a proteo do meio
ambiente dever constituir parte integrante do processo de
desenvolvimento e no poder considerar-se de forma isolada.
PRINCPIO - 5.
Todos os Estados e todas as pessoas devero
cooperar na tarefa essencial de erradicar a pobreza
como requisito indispensvel do desenvolvimento
sustentvel, a fim de reduzir as disparidades nos
nveis de vida e responder melhor s necessidades
da maioria dos povos do mundo.
PRINCPIO - 6.
A situao e as necessidades especiais dos pases em
desenvolvimento, em particular os pases menos adiantados e os mais
vulnerveis do ponto de viste ambiental, devero receber prioridade
especial. Nas medidas internacionais que se adotem com respeito ao meio
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ambiente e ao desenvolvimento tambm se deveriam ter em conta os
interesses e as necessidades de todos os pases.
PRINCPIO 7.
Os Estados devero cooperar com o esprito de solidariedade
mundial para conservar, proteger e restabelecer a sade e a integridade do
ecossistema da Terra. Tendo em vista que tenham contribudo
notadamente para a degradao do meio ambiente mundial, os Estados
tm responsabilidades comuns, mas diferenciadas. Os pases
desenvolvidos reconhecem a responsabilidade que lhes cabe na busca
internacional do desenvolvimento sustentvel, em vista das presses que
suas sociedades exercem no meio ambiente mundial e das tecnologias e
dos recursos financeiros de que dispem.
PRINCPIO 8.
Para alcanar o desenvolvimento sustentvel e uma melhor
qualidade de vida para todas as pessoas, os Estados deveriam reduzir e
eliminar os sistemas de produo e consumo no sustentados e fomentar
polticas demogrficas apropriadas.
PRINCPIO -9.
Os Estados deveriam cooperar para reforar a criao de
capacidades endgenas para obter um desenvolvimento sustentvel,
aumentando o saber cientfico mediante o intercmbio de conhecimentos
cientficos e tecnolgicos, intensificando o desenvolvimento, a adaptao, a
difuso e a transferncia de tecnologias, entre estas, tecnologias novas e
inovadoras.
PRINCPIO -10.
O melhor modo de tratar as questes ambientais com a
participao de todos os cidados interessados, em vrios nveis. No plano
nacional, toda pessoa dever ter acesso adequado
informao sobre o ambiente de que dispem as
autoridades pblicas, includa a informao sobre
os materiais e as atividades que oferecem perigo
em suas comunidades, assim como a
oportunidade de participar dos processos de
adoo de decises. Os Estados devero facilitar
e fomentar a sensibilizao e a participao do
pblico, colocando a informao disposio de
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todos. Dever ser proporcionado acesso efetivo aos procedimentos judiciais
e administrativos, entre os quais o ressarcimento de danos e os recursos
pertinentes.
PRINCPIO -11.
Os Estados devero promulgar leis eficazes sobre o meio ambiente.
As normas ambientais e os objetivos e prioridades em
matrias de regulamentao do meio ambiente, deveriam
refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento s quais se
aplicam. As normas por alguns pases podem resultar
inadequadas e representar um custo social e econmico injustificado para
outros pases, em particular os pases em desenvolvimento.
PRINCPIO -12.
Os Estados deveriam cooperar para promover um
sistema econmico internacional favorvel e aberto que
levar ao crescimento econmico e ao desenvolvimento
sustentvel de todos os pases, a fim de abordar de forma
melhor os problemas de degradao ambiental. As medidas de
poltica comercial para fins ambientais no deveriam
constituir um meio de discriminao arbitrria ou
injustificvel nem um restrio velada do comrcio
internacional. Deveriam ser evitadas medidas unilaterais
para solucionar os problemas ambientais que se produzem fora da
jurisdio do pas importador. As medidas destinadas a tratar os
problemas ambientais transfronteirios ou mundiais deveriam, na medida
do possvel, basear-se em um consenso internacional.
PRINCPIO -13.
Os Estados devero desenvolver a legislao nacional relativa
responsabilidade e indenizao referente s vtimas da
contaminao e outros danos ambientais. Os Estados devero
cooperar de maneira inteligente e mais decidida no preparo
de novas leis internacionais sobre responsabilidade e
indenizao pelos efeitos adversos dos danos ambientais
causados pelas atividades realizadas dentro de sua jurisdio, ou sob seu
controle, em zonas situadas fora de sua jurisdio.
PRINCPIO -14.
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Os Estados deveriam cooperar efetivamente para desestimular ou
evitar o deslocamento e a transferncia a outros Estados de quaisquer
atividades e substncias que causem degradao ambiental grave ou se
considerem nocivas sade humana.
PRINCPIO -15.
Com o fim de proteger o meio ambiente, os Estados devero aplicar
amplamente o critrio de precauo conforme suas capacidades. Quando
houver perigo de dano grave ou irreversvel, a falta de certeza cientfica
absoluta no dever ser utilizada como razo para se adiar a adoo de
medidas eficazes em funo dos custos para impedir a degradao do meio
ambiente.
PRINCPIO -16.
As autoridades nacionais deveriam procurar fomentar a
internalizao dos custos ambientais e o uso de instrumentos econmicos,
tendo em conta o critrio de que o que contamina deveria, em princpio,
arcar com os custos da contaminao, tendo devidamente em conta o
interesse pblico e sem distorcer o comrcio nem as inverses
internacionais.
PRINCPIO -17.
Dever empreender-se uma avaliao do impacto ambiental, em
termos de instrumento nacional, a despeito de qualquer atividade proposta
que provavelmente produza um
impacto negativo considervel no
meio ambiente e que esteja
sujeito deciso de uma
autoridade nacional competente.
PRINCPIO -18.
Os Estados devero
notificar imediatamente os outros
Estados sobre os desastres
naturais e outras situaes de
emergncia que possam produzir
efeitos nocivos sbitos no meio ambiente desses Estados. A comunidade
internacional dever fazer todo o possvel para ajudar os Estados que
sejam afetados.
PRINCPIOS -19.
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Os Estados devero proporcionar a informao pertinente e notificar
previamente e de forma oportuna os Estados que possam se ver afetados
por atividades passveis de ter considerveis efeitos ambientais nocivos
transfronteirios, e devero celebrar consultas com estes Estados em data
antecipada.
PRINCPIO -20.
As mulheres desempenham um papel
fundamental na ordenao do meio ambiente e no
desenvolvimento. , portanto, imprescindvel contar
com sua plena participao para chegar ao
desenvolvimento sustentvel.
PRINCPIO 21.
Devem ser mobilizados a criatividade, os ideais e o valor dos jovens
do mundo para forjar uma aliana mundial
orientada para obter o desenvolvimento
sustentvel e assegurar um futuro melhor
para todos.
PRINCPIO -22.
Os povos indgenas e suas
comunidades, assim como outras
comunidades locais, desempenham um
papel fundamental na ordenao do meio
ambiente e no desenvolvimento devido a
seus conhecimentos e prticas tradicionais. Os Estados deveriam
reconhecer e prestar o apoio devido a sua identidade, cultura e interesses
e velar pelos que participaro efetivamente na obteno do
desenvolvimento sustentvel.
PRINCPIO -23.
Devem proteger-se o meio ambiente e os recursos naturais dos povos
submetidos opresso, dominao e ocupao.
PRINCPIO -24.
A guerra , por definio, inimiga do
desenvolvimento sustentvel. Em
consequncia, os Estados devero
respeitar o direito internacional
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proporcionando proteo ao meio ambiente em pocas de conflito armado,
e cooperar para seu posterior melhoramento, conforme for necessrio.
PRINCPIO -25.
A paz, o desenvolvimento e a proteo do meio ambiente so
interdependentes e inseparveis.
PRINCPIO -26.
Os Estados devero resolver todas as suas controvrsias sobre o
meio ambiente por meios pacficos e com a coordenao da Carta das
Naes Unidas.
PRINCPIO -27.
Os Estados e os povos deveriam cooperar de boa f e com esprito de
solidariedade na aplicao dos princpios consagrados nesta declarao e
no posterior desenvolvimento do direito internacional na esfera do
desenvolvimento sustentvel.
AGENDA 21 BRASILEIRA.
Com os direcionamentos da
Agenda 21 Global, foi instituda aqui
no Brasil uma Comisso de Politicas de
Desenvolvimento Sustentvel, com
atuao inicial em 1996, com a
finalidade de elaborar a Agenda 21
Brasileira, como segue:
"A Agenda 21 vem se constituindo em um instrumento de
fundamental importncia na construo dessa nova eco cidadania, num
processo social no qual os atores vo pactuando paulatinamente novos
consensos e montando uma Agenda possvel rumo ao futuro que se deseja
sustentvel"
A Agenda 21 Brasileira um processo e instrumento de
planejamento participativo para o desenvolvimento sustentvel e que tem
como eixo central a sustentabilidade, compatibilizando a conservao
ambiental, a justia social e o crescimento econmico. O documento
resultado de uma vasta consulta populao brasileira, sendo construda
a partir das diretrizes da Agenda 21 global. Trata-se, portanto, de um
instrumento fundamental para a construo da democracia ativa e da
cidadania participativa no Pas.
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A primeira fase foi construo da Agenda 21 Brasileira. Esse
processo que se deu de 1996 a 2002, foi coordenado pela Comisso de
Polticas de Desenvolvimento Sustentvel e da Agenda 21 Nacional - CPDS
e teve o envolvimento de cerca de 40.000 pessoas de todo o Brasil. O
documento Agenda 21 Brasileira foi concludo em 2002.
A partir de 2003, a
Agenda 21 Brasileira no
somente entrou na fase de
implementao assistida pela
CPDS, como tambm foi
elevada condio de Programa
do Plano Plurianual, PPA 2004-
2007, pelo atual governo. Como
programa, ela adquire mais
fora poltica e institucional,
passando a ser instrumento fundamental para a construo do Brasil
Sustentvel, estando coadunada com as diretrizes da poltica ambiental do
Governo, transversalidade, desenvolvimento sustentvel, fortalecimento do
Sisnama e participao social e adotando referenciais importantes como a
Carta da Terra.
Portanto, a Agenda 21, que tem provado ser um guia eficiente para
processos de unio da sociedade, compreenso dos conceitos de cidadania
e de sua aplicao, hoje um dos grandes instrumentos de formao de
polticas pblicas no Brasil.
Implementao da Agenda 21 Brasileira (a partir de 2003) A posse do Governo Luz Incio Lula da Silva coincidiu com o incio
da fase de implementao da Agenda 21 Brasileira. A importncia da
Agenda como instrumento propulsor da democracia, da participao e da
ao coletiva da sociedade foi reconhecido no Programa Lula, e suas
diretrizes inseridas tanto no Plano de Governo quanto em suas orientaes
estratgicas.
Outro grande passo foi a utilizao dos princpios e estratgias da
Agenda 21 Brasileira como subsdios para a Conferncia Nacional de Meio
Ambiente, Conferncia das Cidades e Conferncia da Sade. Esta ampla
insero da Agenda 21 remete necessidade de se elaborar e implementar
polticas pblicas em cada municpio e em cada regio brasileira.
Para isso, um dos passos fundamentais do atual governo foi
transform-la em programa no Plano Plurianual do Governo - PPA
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2004/2007, o que lhe confere maior alcance, capilaridade e importncia
como poltica pblica. O Programa Agenda 21 composto por trs aes
estratgicas que esto sendo realizadas com a sociedade civil: implementar
a Agenda 21 Brasileira; elaborar e implementar as Agendas 21 Locais e a
formao continuada em Agenda 21. A prioridade orientar para a
elaborao e implementao de Agendas 21 Locais com base nos princpios
da Agenda 21 Brasileira que, em consonncia com a Agenda global,
reconhece a importncia do nvel local na concretizao de polticas
pblicas sustentveis. Atualmente, existe mais de 544 processos de
Agenda 21 Locais em andamento no Brasil, quase trs vezes o nmero
levantado at 2002.
Em resumo, so estes os principais desafios do Programa Agenda 21: Implementar a Agenda 21 Brasileira. Passada a etapa da elaborao,
a Agenda 21 Brasileira tem agora o desafio de fazer com que todas as suas
diretrizes e aes prioritrias sejam conhecidas, entendidas e
transmitidas, entre outros, por meio da atuao da Comisso de Polticas
de Desenvolvimento Sustentvel e Agenda 21 Brasileira - CPDS;
implementao do Sistema da Agenda 21; mecanismos de
implementao e monitoramento; integrao das
polticas pblicas; promoo da incluso das
propostas da Agenda 21 Brasileira nos Planos
das Agendas 21 Locais.
Orientar para a elaborao e implementao
das Agendas 21 Locais. A Agenda 21 Local um dos
principais instrumentos para se conduzir processos de
mobilizao, troca de informaes, gerao de consensos em torno dos
problemas e solues locais e estabelecimento de prioridades para a gesto
de desde um estado, municpio, bacia hidrogrfica, unidade de
conservao, at um bairro, uma escola. O processo deve ser articulado
com outros projetos, programas e atividades do governo e sociedade, sendo
consolidado, dentre outros, a partir do envolvimento dos agentes regionais
e locais; anlise, identificao e promoo de instrumentos financeiros;
difuso e intercmbio de experincias; definio de indicadores de
desempenho.
Implementar a formao continuada em Agenda 21. Promover a
educao para a sustentabilidade atravs da disseminao e intercmbio
de informaes e experincias por meio de cursos, seminrios, workshops
e de material didtico. Esta ao fundamental para que os processos de
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Agendas 21 Locais ganhem um salto de qualidade, atravs da formulao
de bases tcnicas e polticas para a sua formao; trabalho conjunto com
interlocutores locais; identificao das atividades, necessidades, custos,
estratgias de implementao; aplicao de metodologias apropriadas,
respeitando o estgio em que a Agenda 21 Local em questo est.
Agenda 21 Brasileira em ao No mbito do Programa Agenda 21, as principais atividades
realizadas em 2003 e 2004 refletem a abrangncia e a capilaridade que a
Agenda 21 est conquistando no Brasil. Estas atividades esto sendo
desenvolvidas de forma descentralizada, buscando o fortalecimento da
sociedade e do poder local e reforando que a Agenda 21 s se realiza
quando h participao das pessoas, avanando, dessa forma, na
construo de uma democracia participativa no Brasil.
Destacamos as seguintes atividades:
Ampliao da CPDS: Criada no mbito da Cmara de Polticas dos
Recursos Naturais, do Conselho de Governo, a
nova constituio da CPDS se deu por meio de
Decreto Presidencial de 03 de fevereiro de 2004.
Os novos membros que incluem 15 ministrios,
a ANAMMA e a ABEMA e 17 da sociedade civil
tomaram posse no dia 1. de junho de 2004. A
primeira reunio da nova composio aconteceu no dia 1
de julho, e a segunda em 15 de setembro de 2004.
Realizao do primeiro Encontro Nacional das Agendas 21 Locais.
Nos dias 07 e 08 de novembro de 2003, em Belo Horizonte, com a
participao de cerca de 2.000 pessoas de todas as regies brasileiras. O II
Encontro das Agendas 21 Locais ser realizado em janeiro de 2005,
durante o Frum Social Mundial, em Porto Alegre-RS.
Programa de Formao em
Agenda 21. Voltado para a formao de
cerca de 10.000 professores das
escolas pblicas do Pas que, atravs
de cinco programas de TV,
discutiram a importncia de se
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implementar a Agenda 21 nos municpios, nas comunidades e na escola.
Esse programa, veiculado pela TVE em outubro de 2003, envolveu, alm
dos professores, autoridades governamentais e no governamentais, e
participantes dos Fruns Locais da Agenda 21, da sociedade civil e de
governos.
Participao na consolidao da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento Sustentvel e Apoio s Agendas 21 Locais.
Esta frente, composta de 107 Deputados Federais e 26 Senadores,
tem como principal objetivo articular o Poder Legislativo brasileiro, nos
nveis federal, estadual e municipal, para permitir uma maior fluncia na
discusso dos temas ambientais, disseminao de informaes
relacionadas a eles e mecanismos de comunicao com a sociedade civil.
Elaborao e monitoramento. Em conjunto com o FNMA, do Edital 02/2003 - Construo de
Agendas 21 Locais, que incluiu a participao ativa no processo de
capacitao de gestores municipais e de ONGs, em todos os estados
brasileiros, para a confeco de projetos para o edital. Ao todo foram cerca
de 920 pessoas capacitadas em 25 eventos. No final do processo, em
dezembro de 2003, foram aprovados, com financiamento, 64 projetos de
todas as regies brasileiras.
Publicao da Srie Cadernos de Debate Agenda 21 e
Sustentabilidade Com o objetivo de contribuir para a discusso sobre os caminhos do
desenvolvimento sustentvel no Pas. So seis os Cadernos publicados at
o presente: Agenda 21 e a Sustentabilidade das Cidades; Agenda 21: Um
Novo Modelo de Civilizao; Uma Nova Agenda para a Amaznia; Mata
Atlntica o Futuro Agora; Agenda 21 e o Setor
Mineral; Agenda 21, o Semirido e a Luta contra a
Desertificao.
Publicao de mil exemplares da segunda edio da Agenda 21 Brasileira:
Aes Prioritrias e Resultado da Consulta
Nacional, contendo apresentao da Ministra Marina
Silva e a nova composio da CPDS. Ainda, foram
efetivadas parcerias e convnios com o Ministrio da
Educao, Ministrio da Sade, Ministrio das
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Cidades, Ministrio da Cultura, Ministrio do Desenvolvimento Agrrio,
Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, Ministrio da
Integrao Nacional, Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento e
Ministrio de Minas e Energia; Frum Brasileiro das ONGs para o
Desenvolvimento.
CPULA MUNDIAL DE JOHANESBURGO
2002.
Em setembro de 2002, na cidade de Johanesburgo,
frica do Sul aconteceu mais uma conferencia da Cpula Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentvel.
Prestigiando as diretivas alcanadas em conferencias anteriores,
confirmou avanos e progressos no consenso das parcerias entre os povos
no planeta.
Expandiu o leque de preocupaes e responsabilidades, inerentes a
sociedade sustentvel, acolhendo novos temas a sua carta de
compromissos intitulada das origens ao futuro, composta por 37 itens.
Observando prioridade luta, contra srias alteraes sociais,
afetando diversos pases e apresentam severas ameaas ao
desenvolvimento sustentvel. Entre elas, as ocupaes estrangeiras;
conflitos armados; problemas com drogas ilcitas; crime organizado;
corrupo; trfico ilegal de armamentos; trfico humano; terrorismo;
intolerncia e incitamento ao dio racial, tnico e religioso, entre outras
xenofobias. Leia a seguir, este documento na ntegra.
Das origens ao Futuro.
1. Ns, representantes dos
povos do mundo, reunidos durante
a Cpula Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentvel em
Johanesburgo, frica do Sul, entre
2 e 4 de setembro de 2002,
reafirmamos nosso compromisso
com o desenvolvimento sustentvel.
2. Assumimos o compromisso
de construir uma sociedade global humanitria, equitativa e solidria,
ciente da necessidade de dignidade humana para todos.
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3. No incio desta Cpula, crianas do mundo nos
disseram, numa voz simples, porm clara, que o futuro
pertence a elas e, em consequncia, conclamaram todos ns a
assegurar que, atravs de nossas aes, elas herdaro um
mundo livre da indignidade e da indecncia causadas pela
pobreza, pela degradao ambiental e por padres de desenvolvimento
insustentveis.
4. Como parte de nossa resposta a essas crianas, que representam
nosso futuro coletivo, todos ns, vindos de todos os cantos do mundo,
formados por diferentes experincias de vida, estamos unidos e animados
por um sentimento profundo de que necessitamos criar, com urgncia, um
novo e mais iluminado mundo de esperana.
5. Por conseguinte, assumimos a responsabilidade coletiva de fazer
avanar e fortalecer os pilares
interdependentes e
mutuamente apoiados do
desenvolvimento sustentvel -
desenvolvimento econmico,
desenvolvimento social e
proteo ambiental - nos
mbitos local, nacional, regional e global.
6. Neste Continente, Bero da Humanidade, declaramos, por meio
do Plano de Implementao e desta Declarao, sermos responsveis uns
pelos outros, pela ampla comunidade da vida e por nossas crianas.
7. Reconhecendo que a humanidade se encontra numa
encruzilhada, estamos unidos numa determinao comum, a fim de
realizar um esforo
determinado para
responder afirmativamente
necessidade de
apresentar um plano
prtico e visvel, que leve
erradicao da pobreza e
ao desenvolvimento
humano. De Estocolmo ao
Rio de Janeiro a
Johanesburgo .
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8. Trinta anos atrs, em Estocolmo, concordamos na
necessidade urgente de reagir ao problema da deteriorao
ambiental. Dez anos atrs, durante a Conferncia das Naes
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no
Rio de Janeiro, concordamos em que a proteo do meio
ambiente e o desenvolvimento social e econmico so fundamentais para o
desenvolvimento sustentvel, com base nos Princpios do Rio. Para
alcanar tal desenvolvimento, adotamos o programa global Agenda 21 e a
Declarao do Rio, aos quais reafirmamos nosso compromisso. A Cpula
do Rio foi um marco significativo, que estabeleceu uma nova agenda para o
desenvolvimento sustentvel.
9. Entre o Rio e
Johanesburgo as naes do
mundo se reuniram em diversas
conferncias de larga escala sob
a coordenao das Naes
Unidas, incluindo a Conferncia
de Monterrey sobre
Financiamento ao
Desenvolvimento, bem como a
Conferncia Ministerial de Doha.
Essas conferncias definiram
para o mundo uma viso
abrangente para o futuro da
humanidade.
10. Na Cpula de
Johanesburgo muito se alcanou
na convergncia de um rico tecido de povos e pontos de vista, numa busca
construtiva por um caminho comum rumo a um mundo que respeite e
implemente a viso do desenvolvimento sustentvel. Johanesburgo
tambm confirmou haver sido feito progresso significativo rumo
consolidao de um consenso global e de uma parceria entre todos os
povos de nosso planeta. Os Desafios que Enfrentamos
11. Reconhecemos que a erradicao da pobreza, a mudana dos
padres de consumo e produo e a proteo e manejo da base de
recursos naturais para o desenvolvimento econmico e social so objetivos
fundamentais e requisitos essenciais do desenvolvimento sustentvel.
12. O profundo abismo que divide a sociedade humana entre ricos e
pobres, junto crescente distncia entre os mundos desenvolvidos e em
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desenvolvimento, representam uma ameaa importante
prosperidade, segurana e estabilidade globais.
13. O meio
ambiente global
continua sofrendo. A
perda de biodiversidade
prossegue, estoques pesqueiros
continuam a ser exaurida, a
desertificao toma mais e mais
terras frteis, os efeitos adversos
da mudana do clima j so
evidentes e desastres naturais
so mais frequentes e mais
devastadores; pases em
desenvolvimento so mais vulnerveis e a poluio do ar, da gua e do mar
segue privando milhes de pessoas de uma vida digna.
14. A globalizao adicionou uma nova dimenso a esses desafios. A
rpida integrao de mercados, a mobilidade do capital e os significativos
aumentos nos fluxos de investimento mundo afora trouxeram novos
desafios e oportunidades para a busca do desenvolvimento sustentvel.
Mas os benefcios e custos da globalizao so distribudos desigualmente,
e os pases em desenvolvimento enfrentam especiais dificuldades para
encarar esse desafio.
15. Corremos o risco de perpetuao dessas disparidades globais e,
a menos que ajamos de modo a modificar fundamentalmente suas vidas,
os pobres do mundo podem perder a confiana em seus representantes e
nos sistemas democrticos com os quais permanecemos comprometidos,
enxergando em seus representantes nada alm de imagens pomposas e
sons retumbantes.
NOSSO COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL
16. Estamos determinados a assegurar que nossa rica diversidade,
que nossa fora coletiva, ser usada numa parceria construtiva para a
mudana e para alcanar o objetivo comum do desenvolvimento
sustentvel.
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17. Reconhecendo a importncia de ampliar a solidariedade
humana, instamos a promoo do dilogo e da cooperao
entre os povos e civilizaes do mundo, a despeito de raa,
deficincias, religio, idioma, cultura e tradio.
18. Aplaudimos o foco da Cpula de Johanesburgo
na indivisibilidade da dignidade humana e estamos
resolvidos, atravs de decises sobre metas, prazos e parcerias, a
rapidamente ampliar o acesso a requisitos bsicos tais como gua potvel,
saneamento, habitao adequada, energia, assistncia mdica, segurana
alimentar e proteo da biodiversidade. Ao mesmo tempo, trabalharemos
juntos para nos ajudar mutuamente a ter acesso a recursos financeiros e
aos benefcios da abertura de mercados, assegurar o acesso capacitao
e ao uso de tecnologia moderna que resulte em desenvolvimento, e nos
assegurar de que haja transferncia de tecnologia, desenvolvimento de
recursos humanos, educao e treinamento para banir para sempre o
subdesenvolvimento.
19. Reafirmamos
nossa promessa de
aplicar foco especial e
dar ateno prioritria
luta contra as condies
mundiais que
apresentam severas
ameaas ao desenvolvimento sustentvel de nosso povo. Entre essas
condies esto: subalimentao crnica; desnutrio; ocupaes
estrangeiras; conflitos armados; problemas com drogas ilcitas; crime
organizado; corrupo; desastres naturais; trfico ilegal de armamentos;
trfico humano; terrorismo; intolerncia e incitamento ao dio racial,
tnico e religioso, entre outros; xenofobia; e doenas endmicas,
transmissveis e crnicas, em particular HIV/AIDS, malria e tuberculose.
20. Estamos comprometidos a assegurar que a
valorizao e emancipao da mulher e a igualdade de
gnero estejam integradas em todas as atividades
abrangidas pela Agenda 21, as Metas de Desenvolvimento do
Milnio e o Plano de Implementao de Johanesburgo.
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21. Reconhecemos o fato de que a sociedade global
possui os meios e est dotada de recursos para encarar os
desafios da erradicao da pobreza e do desenvolvimento
sustentvel que confrontam toda a humanidade. Juntos
tomaremos medidas adicionais para assegurar que os recursos
disponveis sejam usados em benefcio da humanidade.
22. A esse respeito, visando contribuir para o alcance de nossos
objetivos e metas de desenvolvimento, instamos os pases desenvolvidos
que ainda no o fizeram a realizar esforos concretos para atingir os nveis
internacionalmente acordados de Assistncia Oficial ao Desenvolvimento.
23. Aplaudimos e apoiamos o surgimento de grupos e alianas
regionais mais robustos, tais como a Nova Parceria para o
Desenvolvimento da frica (NEPAD), para a promoo da cooperao
regional, do aperfeioamento da cooperao internacional e do
desenvolvimento sustentvel.
24. Continuaremos a dedicar especial ateno s necessidades de
desenvolvimento dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e
dos Pases Menos Desenvolvidos.
25. Reafirmamos o papel vital dos povos indgenas no
desenvolvimento sustentvel.
26. Reconhecemos que o desenvolvimento sustentvel requer uma
perspectiva de longo prazo e participao ampla na formulao de
polticas, tomada de decises e implementao em todo o os nveis. Na
condio de parceiros sociais, continuaremos a trabalhar por parcerias
estveis com todos os grupos principais, respeitando os papis
independentes e relevantes de cada um deles.
27. Concordamos que, na busca de suas atividades legtimas, o
setor privado, tanto grandes quanto pequenas empresas, tem o dever de
contribuir para a evoluo de comunidades e sociedades equitativas e
sustentveis.
28. Concordamos tambm em prover assistncia para ampliar
oportunidades de emprego geradoras de renda, levando em considerao a
Declarao de Princpios e Direitos Fundamentais no Trabalho da
Organizao Mundial do Trabalho (OMT).
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29. Concordamos em que existe a necessidade de
que as corporaes do setor privado implementem suas
responsabilidades corporativas. Isto deve ocorrer num
contexto regulatrio transparente e estvel.
30. Assumimos o compromisso de reforar e
aperfeioar a governana em todos os nveis, para a efetiva implementao
da Agenda 21, das Metas de Desenvolvimento do Milnio e do Plano de
Implementao de Johanesburgo. O Multilateralismo o Futuro
31. Para alcanar os objetivos do desenvolvimento sustentvel,
necessitamos de instituies multilaterais mais eficazes, democrticas e
responsveis.
32. Reafirmamos nosso compromisso com os princpios e propsitos
da Carta das Naes Unidas e do Direito Internacional, bem como com o
fortalecimento do multilateralismo. Apoiamos o papel de liderana das
Naes Unidas na condio demais universal e representativa organizao
do mundo, e a que melhor se presta promoo do desenvolvimento
sustentvel.
33. Assumimos adicionalmente o compromisso de monitorar, em
intervalos regulares, o progresso alcanado na implementao das metas e
objetivos do desenvolvimento sustentvel. Fazendo Acontecer!
34. Estamos de acordo que este deve ser um processo inclusivo,
envolvendo todos os grupos principais e os governos que participaram da
histrica Cpula de Johanesburgo.
35. Assumimos o compromisso de agir juntos, unidos por uma
determinao comum de salvar nosso planeta, promover o
desenvolvimento humano e alcanar a prosperidade e a paz universais.
36. Assumimos compromisso com o Plano de Implementao de
Johanesburgo e com acelerar o cumprimento das metas socioeconmicas e
ambientais com prazo determinado nele contidas.
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37. Do continente Africano, bero da humanidade, afirmamos
solenemente, aos povos do mundo e s geraes que
certamente herdaro este planeta, estarmos determinados
a assegurar que nossa esperana coletiva para o
desenvolvimento sustentvel seja realizada. Expressamos
nossa mais profunda gratido ao povo e ao Governo da
frica do Sul por sua hospitalidade generosa e excelentes
acomodaes destinadas Cpula Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentvel.
PAINEL DE ALTO NVEL SOBRE
SUSTENTABILIDADE GLOBAL (GSP).
Aps esta Conferncia em Johanesburgo, aconteceram diversos
movimentos menores em defesa dos valores da Sustentabilidade. Em 2010
voltamos com a preocupao da ONU em desenvolver um novo projeto a
este respeito.
Nesta data, o Secretrio Geral da ONU estabeleceu o Painel de Alto
Nvel sobre Sustentabilidade Global (GSP).
A elaborao deste documento s foi possvel graas ao trabalho dos
22 membros do Painel, e a incluso de Chefes de Estado e de Governo,
Ministros, somado a inmeros especialistas e entidades dos setores
privado e no governamentais. Este trabalho foi compartilhado com
Presidente da Finlndia, Tarja Halonen, e pelo Presidente da frica do Sul,
Jacob Zuma.
Este estudo foi dimensionado para formular um novo projeto ao
desenvolvimento sustentvel com recomendaes de mbito Global, e de
forma a incentivar a reduo das emisses de gs carbono. Ficou
conhecido como O relatrio do Painel GPS, (Povos Resilientes, Planeta
Resiliente: um Futuro Digno de Escolha).
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O relatrio aponta 56 Recomendaes,
destinadas a colocar o desenvolvimento sustentvel
em prtica e a integr-lo poltica econmica.
Passou a ser uma contribuio significativa
construo das bases do desenvolvimento
sustentvel como um todo, e proporcionou tambm uma contribuio
oportuna, para as preparaes a Conferncia da ONU sobre
Desenvolvimento Sustentvel (Rio +20) no Brasil, acontecida em junho de
2012.
POVOS RESILIENTES PLANETA RESILIENTE
Um Futuro Digno de Escolha
I. A Viso do Painel II.
1. O nosso planeta e o nosso mundo esto vivendo hoje o melhor dos tempos e o pior dos tempos. O mundo vive uma prosperidade indita,
enquanto o planeta est sob uma presso sem precedentes. A desigualdade entre os ricos e pobres do mundo est aumentando e mais de um bilho de pessoas ainda vivem na pobreza. Em muitos pases, h
ondas crescentes de protesto que refletem as aspiraes universais por um mundo mais prspero, justo e sustentvel.
2. Todos os dias, milhes de escolhas so feitas por indivduos, empresas e governos. Nosso futuro comum reside em todas essas escolhas. Devido
gama de desafios sobrepostos que o mundo enfrenta, mais urgente do que nunca que ns tomemos medidas para adotar os princpios da agenda de desenvolvimento sustentvel. Agora o momento para empreender
verdadeiras aes globais para que as pessoas, mercados e governos possam fazer escolhas sustentveis.
3. A necessidade de integrar as dimenses econmica, social e ambiental de desenvolvimento para alcanar a sustentabilidade foi claramente
definida h vinte e cinco anos. hora de faz-la acontecer. As oportunidades para mudana so vastas. Ns no somos vtimas passivas e desamparadas das foras impessoais e deterministas da histria. E o
melhor que podemos escolher nosso futuro.
4. Os desafios que enfrentamos so grandes, como tambm o so as novas possibilidades que aparecem quando examinamos problemas antigos com um olhar renovado e revigorado. Estas possibilidades incluem tecnologias
capazes de nos fazer recuar do abismo planetrio; novos mercados, novo
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crescimento e novos empregos advindos de produtos
e servios inovadores; e novas abordagens em relao a financiamento pblico e privado que
possam verdadeiramente retirar as pessoas da armadilha da pobreza.
5. A verdade que o desenvolvimento sustentvel fundamentalmente uma questo das oportunidades dos povos influenciarem o seu futuro, reivindicarem seus direitos e manifestarem suas preocupaes. A
governana democrtica e o pleno respeito aos direitos humanos so pr-requisitos chave para capacitar os povos a fazer escolhas sustentveis. Os
povos do mundo simplesmente no toleraro a continuao da devastao ambiental nem a persistncia das desigualdades que ofendem princpios universais profundamente enraizados de justia social. os cidados no
aceitaro mais que governos e empresas, guardies de um futuro sustentvel para todos, violem seu pacto com eles. De maneira mais geral,
a governana internacional, nacional e local em todo o mundo, bem como a sociedade civil e o setor privado, devero adotar integralmente os requisitos de um futuro com desenvolvimento sustentvel. Ao mesmo
tempo, as comunidades locais devem ser estimuladas a participar de maneira ativa e consistente na conceptualizao, planejamento e execuo de polticas de sustentabilidade. Para isto, essencial incluir os jovens na
sociedade, na poltica e na economia. a viso de longo prazo do Painel de Alto nvel sobre sustentabilidade Global erradicar a pobreza, reduzir a
desigualdade e fazer que o crescimento seja inclusivo e a produo e o consumo sejam mais sustentveis, ao combater a mudana climtica e respeitar diversos outros limites planetrios.
6. Portanto, a viso de longo prazo do Painel de Alto nvel sobre sustentabilidade Global erradicar a pobreza, reduzir a desigualdade e
fazer que o crescimento seja inclusivo e a produo e o
consumo sejam mais sustentveis, ao combater a mudana climtica e
respeitar diversos outros limites planetrios. Isto
reafirma o relatrio decisivo de 1987 produzido pela comisso mundial de meio
Ambiente e desenvolvimento, nosso futuro comum (documento das naes unidas
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A/42/427, anexo), conhecido por todos como o Relatrio Brundtland.
7. Mas o que, ento, deve ser feito se quisermos
fazer uma verdadeira diferena para os povos do mundo e o planeta? temos que compreender as dimenses do desafio. Devemos reconhecer que as
causas desse desafio incluem os estilos de vida e
padres de produo e consumo insustentveis,
bem como o impacto do crescimento populacional. medida que a populao
global aumente de 7 para quase 9 bilhes at 2040 e o
nmero de consumidores da classe mdia aumente em 3 bilhes nos prximos 20 anos, a demanda por recursos aumentar de
forma exponencial. At 2030, o mundo precisar de no mnimo 50% mais alimentos, 45% mais energia e 30% mais gua tudo em um momento no qual as fronteiras ambientais esto impondo novos limites ao suprimento.
Isso vale tambm para a mudana climtica, que afeta todos os aspectos da sade humana e planetria.
8. O modelo de desenvolvimento global atual insustentvel. No podemos mais presumir que nossas aes coletivas no iro desencadear pontos de
ruptura ao ultrapassarem-se limiares ambientais, arriscando a ocorrncia de danos irreversveis tanto aos ecossistemas quanto s comunidades humanas. Ao mesmo tempo, esses limites no devem ser usados para
impor tetos de crescimento arbitrrios aos pases em desenvolvimento que buscam retirar seu povo da pobreza. De fato, se no resolvermos o dilema
do desenvolvimento sustentvel, corremos o risco de condenar at 3 bilhes de membros da nossa famlia humana a uma vida de pobreza
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endmica. Nenhum desses resultados aceitvel e
precisamos encontrar um novo caminho.
9. H vinte e cinco anos, o Relatrio Brundtland introduziu o conceito de desenvolvimento
sustentvel comunidade internacional como um novo paradigma para o
crescimento econmico, igualdade social e sustentabilidade ambiental. Afirmava que o desenvolvimento sustentvel poderia ser alcanado por meio de um marco regulatrio integrado que englobasse esses trs pilares.
O Relatrio Brundtland tinha razo na poca e continua tendo hoje. O problema que, 25 anos depois, o desenvolvimento sustentvel continua
sendo um conceito de aceitao generalizada em vez de uma realidade prtica cotidiana. O Painel se questionou porque isso acontece e o que pode ser feito agora para mudar a situao.
10. O Painel concluiu que h duas respostas possveis. Ambas esto
corretas e esto inter-relacionadas. Indiscutivelmente, o desenvolvimento sustentvel padeceu de falta de vontade poltica. difcil argumentar contra o princpio de desenvolvimento sustentvel, mas h poucos incentivos para coloc-lo em prtica quando as nossas normas, polticas e instituies privilegiam desproporcionalmente o curto prazo. Em outras palavras, o dividendo poltico de longo prazo, frequentemente intergeracional, mas o desafio poltico quase sempre imediato. o conceito do desenvolvimento sustentvel ainda no foi incorporado no fluxo do debate nacional e internacional sobre a poltica econmica entretanto, integrar questes ambientais e sociais s decises econmicas vital para o sucesso. 11. H outra resposta a esta pergunta de por que o desenvolvimento
sustentvel no tem sido colocado em prtica. uma resposta que defendemos com verdadeira paixo: o conceito do desenvolvimento sustentvel ainda no foi incorporado ao cerne do debate nacional e internacional sobre a poltica econmica. A maioria dos tomadores de decises econmicas ainda considera o desenvolvimento sustentvel como
algo exgeno s suas responsabilidades principais de gesto macroeconmica e outras ramificaes da poltica econmica. Entretanto,
integrar questes ambientais e sociais s decises econmicas essencial para seu sucesso.
12. H tempo demais, economistas, ativistas sociais e cientistas ambientais tm simplesmente falado ao mesmo tempo quase falando lnguas diferentes ou no mnimo dialetos diferentes. Chegou a hora de unificar as disciplinas, desenvolver uma linguagem comum para o