T pft FA AZl UL/iX CABEÇA · A antropólog Ana a Lúcia E. F. Valente analis a muito bem o problem...

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T p f t FAZ Al UL/iX CABEÇA Vocaçoes Luís Fernando Veríssimo Os bons ladrões Paulo Mendes Campos O nariz Luís Fernando Veríssimo O lugar do negro Ana Lúcia E.F. Valente Por que vaiam tanto assim o rapaz , Carlos Eduardo Novaes No país do futebol Carlos Eduardo Novaes Por causa de uma dor de dentes Érico Veríssimo Cilo-CDIITPOi® F€MGÓGICR € !i!Y€ÍSIITIífill! LTDH

Transcript of T pft FA AZl UL/iX CABEÇA · A antropólog Ana a Lúcia E. F. Valente analis a muito bem o problem...

T p f t FAZ A l UL/ iX CABEÇA Vocaçoes Luís Fernando Veríssimo

Os bons ladrões Paulo Mendes Campos

O nariz Luís Fernando Veríssimo

O lugar do negro Ana Lúcia E.F. Valente

Por que vaiam tanto assim o rapaz , Carlos Eduardo Novaes

No país do futebol Carlos Eduardo Novaes

Por causa de uma dor de dentes Érico Veríssimo

Cilo-CDIITPOi® F€MGÓGICR € !i!Y€ÍSIITIífill! LTDH

O lugar do negro

O lugar do negro

Vera, negra, é advogada. Casou-se com Marcos, um economista bem-sucedido, branco. A condição socioe-conômica do casal é das melhores. Marcos pertence a uma família de "classe média alta" e seus parentes moram em bairros elegantes da cidade de São Paulo. As relações de 5 Vera com a família do marido são amistosas.

Um dia, Vera foi visitar uma tia de Marcos que mo-ra "nos jardins", bairro de classe média alta em São Pau-lo, num edifício luxuoso. Chegando à portaria do edifí-cio, pediu para comunicar sua presença. O porteiro sim- 10 plesmente disse que a proprietária do apartamento esta-va em casa e que Vera poderia tomar o elevador de serviço.

Vera engoliu seco e falou: "O senhor poderia co-municar a dona Joana (tia de Marcos) que a sobrinha dela 15 está aqui. Ela está me aguardando".

O porteiro ficou meio sem graça e disse: "Pensei que a senhora fosse parente da empregada..." (A emprega-da de dona Joana é negra).

A história ficou por aí. Vera não fez nenhuma quei- 20 xa a sua tia com receio de o porteiro perder o emprego. Ele era negro.

ANA LÚCIA E. F. VALENTE Ser negro no Brasil

A antropóloga Ana Lúcia E. F. Valente analisa muito bem o problema do racismo em seu livro: "Ser negro no Brasil ho-je". Fala-se muito de uma perfeita democracia racial no Bra-sil, quando na verdade o preconceito, a segregação são cons-tantes em nossa sociedade

EXERCÍCIOS

1. Que tipos de preconceitos sociais ou raciais têm em seu país?

2. Leia o texto e preencha:

Vera Marcos Funcio-nário do prédio

D? Joana Empre-gada

profis-são classe social cor

3. Em quase todos os prédios no Brasil tem dois elevadores. 0 "elevador social" e o "elevador de serviço". Quem usa que elevador? Relacione

elevador social

p (o) U

b Q

52-

empregada as crianças

dona da casa proprietário do apto.

o porteiro parentes da família

parentes da empregada

padeiro eletricista

amigos da dona

elevador de serviço

GT "Cl

n ò q

4. Há este sistema ou sistemas similares em seu país. Que vo-cê pensa disso?

5. Substitua a expressão sublinhada por um verbo. Siga o modelo:

Vera não fez nenhuma queixa Vera não se queixou

a) Vera fez uma visita para a tia.

01 b) Vera não fez uma reclamação.

c) O porteiro fez o comunicado que Vera chegou.

d) Os moradores do prédio deram o emprego para o porteiro.

e) O funcionário fez a pintura do prédio.

6. Desenvolva o infinitivo. Siga o modelo:

Vera ficou com receio de o porteiro perder o empre-go. que o porteiro perdesse o em-prego.

a) O porteiro ficou com receio de Vera entrar pelo elevador social.

b) Eu fiquei com receio do chefe não receber o trabalhador negro.

c) Nós ficamos com receio do porteiro não permitira entrada do negro.

d) O porteiro teve receio de Vera ser parente da empregada.

RESPOSTAS

2. Vera — advogada, classe média alta, negra Marcos — economista, classe média alta, branco funcionário do prédio — porteiro, classe baixa, negro D? Joana — classe média alta, branca empregada - empregada doméstica, classe baixa, negra

3. elevador social — as crianças, dona da casa, proprie-tário do apto, parentes da família, amigos da dona

elevador de serviço — empregada, o porteiro, parentes da empregada, padeiro, eletricista.

5. a) visitou, b) reclamou, c) comunicou, d) empregaram, e) pintou o prédio.

6. a) que Vera entrasse pelo elevador social. b) que o chefe não recebesse c) que o porteiro não permitisse d) que Vera fosse parente da empregada.

Ana Lúcia E. F. Valente Ana Lúcia Eduardo Farah Valente nasceu em 1959, em São Paulo, onde entre 1967 e 1977 cursou o Primeiro e Segundo Graus e posteriormente (1978-1981) o Curso de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciên-cias Humanas da Universidade de São Paulo. Conquis-tou seu título de mestrado em Antropologia Social com a tese "Política e Relações Raciais — Os Negros e as Elei-ções Paulistas de 1982". Em 1987 publicou pela Editora Moderna, o livro Ser ne-gro no Brasil hoje. Colabora, através de resenhas e arti-gos, com numerosas revistas especializadas e participou com comunicações em congressos, encontros, reuniões, onde é levantado o problema do negro no Brasil. Suas publicações e colaborações nos mais importantes jornais do país, são baseadas em pesquisas de campo e análises destas investigações sobre temas como: seleção de artis-tas negros, o padrão estético da mulher negra em São Pau-lo, o comportamento político de negros nas eleições de 1982, levantamento das associações negras na cidade de São Paulo, grupos e associações negras de caráter reli-gioso, bairros rurais negros etc. Atualmente reside em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde leciona nas Faculdades Unidas Católicas de Ma-to Grosso.

LER FAZ A CABEÇA

é uma série de "textos brasileiros" autênticos, ordenados em grau crescente de dificuldade lingüística. Nestes textos o estudante do Português (do Brasil) encon-tra textos de escritores brasileiros que contam em lingua-gem moderna a vida do Brasil rural, do Brasil das gran-des metrópoles, do Brasil das florestas tropicais. Através destes textos o leitor pode formar uma visão da cultura e do folclore, do espírito do povo e dos problemas sociais do Brasil, e suas origens históricas e condicionamentos geográficos. Antes de iniciar os vários exercícios (de aprofundamento gramatical) são colocadas tarefas de compreensão do con-teúdo do texto de cada estória. A seguir — e partindo do texto — são apresentados:

— exercícios gramaticais — atividades para ampliação do vocabulário — regras para a formação de palavras novas — sugestões para a discussão de temas controversos (eco-

logia, transformação social, racismo etc.) — jogos de (com) palavras cruzadas — e muitos outros.

O vocabulário que excede os conhecimentos básicos pres-supostos é explicado em notas de rodapé ou através de desenhos marginais. As respostas de todos os exercícios se encontram no fi-nal de cada texto. Breves bio-bibliografias dos autores dos textos comple-tam o volume.

ISBN 85-12 -54100 -8