T rab ed 1ª met séc. xx

57
Educação na primeira metade do século XX

Transcript of T rab ed 1ª met séc. xx

Page 1: T rab ed 1ª met séc. xx

Educação na primeira metade do século XX

Page 2: T rab ed 1ª met séc. xx

História da Educação

CYNTHIA GREIVE VEIGACYNTHIA GREIVE VEIGA

Page 3: T rab ed 1ª met séc. xx

A Sociedade do Trabalho e os Movimentos por uma Nova Escola- Final do Século XIX e Início do XX

A sociedade ocidental vivenciou mudanças inusitadas a partir de meados do século XIX: a inovação de novos e revolucionários artefatos mecânicos, novas concepções de tempo e especo, redefinições urbanas e importantes movimentos políticos, a consolidação dos espaços privados.

E no bojo desse processo que os movimentos pedagógicos do final do século XIX e inicio do século XX assumem caráter cientifico e passam a abordar a infância do ponto de vista das necessidades especificas da criança.

As primeiras experiências na aplicação dos novos princípios pedagógicos foram privadas e só aos poucos se disseminaram nas escolas publicas.

Page 4: T rab ed 1ª met séc. xx

Sociedade do Trabalho e as Proposições de Educação de Marx e Engels

Karl Marx e Friedrich Engels foram dois dos principais críticos das novas relações de produção e da transformação da força de trabalho em mercadoria a ser trocada por salário.

Com a máquina centralizando as atividades os trabalhadores deixaram de acompanhar o processo de produção do inicio ao fim.

Com as habilidades direcionadas para a indústria, o saber científico já não precisava disseminar-se entre todos os trabalhadores.

Page 5: T rab ed 1ª met séc. xx

Outra alteração introduzida pela industria mecânica foi a demanda por um tipo de educação orientada para o trabalho. Para as camadas populares, o impulso geral dói no sentido de uma instrução de base utilitária, destinada a formar o habito da laboriosidade.

Essa concepção utilitarista foi criticada por Engels e Marx, que defenderam a união entre trabalho e educação.

Marx e Engels criticavam a exploração da mão-de-obra infantil e a educação vista como mero treinamento técnico, mas não eram contrários ao trabalho infantil, defendendo a presença de crianças no processo de produção desde que associada a educação física, intelectual e politécnica.

Page 6: T rab ed 1ª met séc. xx

Sociedade do Trabalho e a Dimensão Educativa das Cidades

A visão da cidade como âmbito formador e educador foi enfatizada em diversos projetos de reordenação dos espaços urbanos, evidenciando a necessidade de converter tais espaços em pólos de desenvolvimento das novas relações de trabalho e produção.

Segundo Adam Smith só por meio da mobilidade e da aprendizagem especializada e individualizada seria possível oferecer inovações ao mercado.

A escola passou a ser interpretada como um equipamento urbano e sofreu intervenção técnica, recebendo dispositivos que asseguravam higiene e salubridade ao ambiente.

Page 7: T rab ed 1ª met séc. xx

A infância como um “lugar” de criança

Um novo ramo do conhecimento foi criado: a pedologia ou ciência da criança. Segundo Lourenço Filho, o objetivo dessa nova ciência era estudar a criança em todos os seus aspectos: fisiológicos, psicológicos e morais.

Uma primeira mudança de percepção acerca das diferenças entre a criança e o adulto ocorreu devido a chamada “recapitulação abreviada” e a teoria evolucionista.

De acordo com Lourenço Filho, três modos de sistematizar o conhecimento influenciaram diretamente a renovação escolar:

a descrição das variações psicológicas segundo a idade a investigação das diferenças individuais a confecção de modelos teóricos para explicar o comportamento

humano.

Page 8: T rab ed 1ª met séc. xx

Escola Nova: Uma escola ativa

Desde a última década do século XIX, os movimentos de renovação da pedagogia e da prática escolar estiveram sintonizados com as novas dinâmicas da sociedade: o trabalho industrial, as novas profissões, a consolidação do capitalismo, a heterogeneidade social.

“Escola Nova”, “escola ativa” e “escola do trabalho” – a designação da nova pedagogia variava segundo os autores e as tradições locais.

Page 9: T rab ed 1ª met séc. xx

Organização Geral da Escola Nova

É um laboratório de pedagogia prática, procurando desempenhar o papel de explorador ou iniciador das escolas oficiais.

É um internato.

Está situada no campo, porque este constitui o meio natural da criança.

Agrupa seus alunos em casas separadas, vivendo cada grupo, de dez a quinze alunos, sob a direção material e moral de um educador, secundado por sua mulher ou uma colaboradora.

A co-educação dos sexos, tem dado, resultados morais e intelectuais surpreendentes.

Organiza trabalhos manuais para todos os alunos.

Page 10: T rab ed 1ª met séc. xx

Quanto à formação intelectual da Escola Nova

Procura abrir o espírito por uma cultura geral da capacidade de julgar, mais por acumulação de conhecimentos memorizados.

A cultura geral se duplica com uma especialização espontânea, desde o primeiro momento.

O ensino será baseado sobre os fatos e a experiência.

Está baseada na atividade pessoal da criança.

O trabalho individual do aluno consiste numa investigação.

O trabalho coletivo consiste numa troca.

O ensino propriamente dito será limitado à manhã.

Estudam-se poucas matérias por dia: uma ou duas, somente.

Estudam-se poucas matérias por mês ou por trimestre.

Page 11: T rab ed 1ª met séc. xx

Formação Moral da Escola Nova

A educação moral, como a intelectual, deve exercitar-se não de fora para dentro, por autoridade imposta, mas de dentro para fora, pela experiência e prática gradual do sentido crítico e da liberdade.

Na falta desse Sistema Democrático Integral, a maior parte das Escolas Novas tem-se constituído em monarquias constitucionais.

A Escola Nova deve ser um ambiente belo.

A Escola Nova, em cada criança, deve preparar não só o futuro cidadão capaz de preencher seus deveres para com a pátria, mas também para com a humanidade.

Page 12: T rab ed 1ª met séc. xx

A Escola Nova teve repercussão em vários países A Escola Nova teve repercussão em vários países como Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, etc.como Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, etc.

Como por exemplo, na Espanha, que a renovação Como por exemplo, na Espanha, que a renovação pedagógica contou com a participação destacada pedagógica contou com a participação destacada dos professores e ex-alunos do Instituto Livre de dos professores e ex-alunos do Instituto Livre de Ensino (ILE), estabelecimento particular criado em Ensino (ILE), estabelecimento particular criado em 1876 como dissidência da Universidade central.1876 como dissidência da Universidade central.

Page 13: T rab ed 1ª met séc. xx

Proposições conceituais e modelos didáticos

Durante essa fase histórica proliferaram propostas didáticas que visavam assegurar a efetiva participação dos alunos no processo ensino-aprendizagem. Em que pese ao consenso em torno dos princípios gerais da nova pedagogia, essas propostas diferiam quanto ao procedimento didático.

Uma das propostas foi o Método de projetos,publicado em 1918 por Willian Kilpatrick - define o “projeto” como um plano de trabalho livremente escolhido com o objetivo de desenvolver um tema de interesse geral.

Além dessas proposições didáticas de caráter pontual registrou-se, à época, uma expressiva produção pedagógica envolvendo outros autores conhecidos, como John Dewey (1859-1952), Maria Montessori (1870-1952).

Page 14: T rab ed 1ª met séc. xx

A organização da Escola, Materiais e Formação de Professores

A aplicação dos princípios da nova pedagogia suscitou alterações no espaço escolas, modificou o padrão das salas de aula e introduziu materiais pedagógicos inovadores. Também se impôs de novos ambientes.

A escola deixou de ser pensada como um mero conjunto de salas de aula.

A partir do final do século XIX, vários educadores estudaram o fenômeno da fadiga escolar e a importância de atividades que contribuíssem para o equilíbrio físico e mental dos alunos.

Meta de integrar as atividades escolares com as necessidades da vida prática.

Foram Implantadas bibliotecas, museus escolares, salas de reunião e auditórios para palestras, apresentação de trabalhos escolares, teatro, corais, dança, exibição de filmes, festividades cívicas e outros eventos.

Page 15: T rab ed 1ª met séc. xx

Todas essas inovações não poderiam ser implantadas sem se discutir a formação docente conforme os preceitos da Escola Nova.

Maria dos Reis Campos registra os aspectos a considerar na qualificação desses professores: a responsabilidade e extensão de suas funções; o preparo intelectual e técnico; o papel a desempenhar na Escola Nova; e as dificuldades a superar nessa prática.

As novas pedagogias se apresentaram como instrumento de avaliação acerca da capacidade de cada um em vencer por si próprio.

Fazendo uma reflexão sobre as conseqüências da miniaturização do mundo adulto no desenvolvimento das práticas pedagógicas. Muitas dessas práticas refletem um mundo adulto ideal e “pronto”, cabendo à criança inserir-se nele e imitá-lo.

Page 16: T rab ed 1ª met séc. xx

Uma importante mudança foi a percepção definitiva de que a escola é o espaço privilegiado para instruir e educar os futuros cidadãos e membros da sociedade.

A escolarização obrigatória e generalizada passa a representar um aspecto decisivo tanto para o processo individual quanto para o processo social.

O crescimento do número de alunos, da demanda por instituições de ensino e de estudos científicos sobre a infância levou à criação de uma nova escola.

Page 17: T rab ed 1ª met séc. xx

HISTÓRIA DA PEDAGOGIA

FRANCO CAMBI

Page 18: T rab ed 1ª met séc. xx

Século das Crianças e das Mulheres, das Massas e da Técnica: Transformações Educativas

O século XX, foi marcado por várias mudanças:

Na economiaNa política

No comportamento

Na cultura

Page 19: T rab ed 1ª met séc. xx

Prática Educativa

Voltada para o sujeito humano As instituições formativas foram renovadas Surgiu a ciência humana Houve a renovação pedagógica e a

renovação educativa

Page 20: T rab ed 1ª met séc. xx

Renovação da Escola e Pedagogia Ativista

Novo modo de pensar a educação Inspirados nas idéias: Político-filosóficos de igualdade Direito de todos na educação Este movimento ganhou impulso no ano de

1930

Page 21: T rab ed 1ª met séc. xx

Escola Nova

A escola sofre uma profunda transformação abre-se as massas

Nasce de um grande e generalizado movimento de democratização da educação

Coloca a criança no centro,suas necessidades e as suas capacidades

Page 22: T rab ed 1ª met séc. xx

As Escolas Novas e a Educação Ativa

Escola Ativa nos EUA:Modelos Educacionais Maduros

Page 23: T rab ed 1ª met séc. xx

Willian H. Kilpatrick

O método dos projetos (1918), o aprendizado ocorre mediante

uma motivação prática, isto é,quando direcionado com vistas

a um fim, em que seja estimuladaa busca por escolhas e

soluções criativas.Pode ocorrer a partir da

atividade prática ("do produtor")da atividade estética("do consumidor),

da execução inteligente de uma tarefa("do problema)

ou de uma tarefa("do problema") ou de uma atividade

especifica (" do adestramento").

Page 24: T rab ed 1ª met séc. xx

Helen Parkhurst(1887-1973)

“Dalton Plan” Inspiração montessoriana

Aplicado em uma escolaparticular de Nova York

Racionalização do trabalhoEscolar

Processo de ensino aprendizagemindividualizado:

livre escolha do trabalho escolar, valorização dos tempos e ritmos pessoais

Docente-Guia: orienta e controla a realização das atividades

Page 25: T rab ed 1ª met séc. xx

Carleton W. Washburne(1889-1968)

" Escolas de Winnetka"

Processo de ensino-aprendizagem: estimulada a auto-correção e

a descoberta da individualidade (diferenciação)

Livre agrupamento dosalunos e livre escolha do programa

Programa didático: partecomum ( conhecimentos e técnicas de base)

e parte criativa e livre (música,artes, jogos, laboratórios

e imprensa

Page 26: T rab ed 1ª met séc. xx

O pensamento pedagógico de Gentile (reforma escolar de 1923)

O atualismo: é a filosofia elaborada por Giovanne Gentile (1875-1944) – pensamento como principio único fundante de toda realidade.

Para Gentile a pedagogia só é realmente ciência quando se torna filosófica;

O processo de desenvolvimento da vida espiritual – objeto especifico da educação;

Page 27: T rab ed 1ª met séc. xx

Somente é compreensível sem qualquer DUALISMO e MECANICISMO.

O atualismo pedagógico opõe-se as concepções de base naturalista, que separam teoria e prática.

Psicologia pedológica – caráter naturalista – modelo de criança mítica, de infância obrigatória.

Page 28: T rab ed 1ª met séc. xx

A escola teorizada por Gentile– É a escola do professor e da cultura e de modo

nenhum a escola da criança e de suas necessidades.

– A aula é muito próxima da tradicional– Propõe uma recuperação da escola tradicional, ligada

à centralidade do professor– A religião se torna princípio da orientação ideal da

escola

Page 29: T rab ed 1ª met séc. xx

Gentile elabora uma concepção original da infância – 1922-1923:– Criança eterna: qualquer idade da vida;– Criança fantoche: construída pela psicologia da

infância (criança mítica);– Criança real: a que existe, criatura viva e necessitada

de cuidados.

Page 30: T rab ed 1ª met séc. xx

Método e ensino

Na didática visão espiritualista do real, o método de ensino não deve seguir normas do objeto de ensino, mas apenas do sujeito. (espontaneidade da criança e dinâmica da vida espiritual).

Valorização especifica da educação artística.

Espiritualismo retórico e abstrato.

Page 31: T rab ed 1ª met séc. xx

A pedagogia do neo-idealismo italiano

Influenciada pela pedagogia do atualismo de Gentile, na Itália; No plano da evolução mais radical do atualismo encontram –

se: – Spirito e Calogero

Calogero pretende reintroduzir, no interior do principio idealista da educação como auto-educaçao, o dualismo entre professor e aluno.

– Como sujeitos morais que vão unificando dentro do dialogo que os conduz um para o outro

– Pedagogia como técnica;– Didática como problema especifico (distinto da dialética do

espírito)– A educação religiosa é reconduzida a um plano exclusivamente

ético.

Page 32: T rab ed 1ª met séc. xx

Representantes do neo-idealismo pedagógico italiano: Lombardo Radice e Codignola Lombardo

– Divergência em relação ao atualismo: a relação entre o eu individual e o eu universal – atenção ao sujeito vivente.

– O espírito torna-se comunhão de espíritos e vida de relação.– Insiste mais sobre os problemas sociais e a reivindicação de um

papel educador do Estado.– Didática – aspecto fundamental– Didática viva, imanente ao próprio processo educativo.

Page 33: T rab ed 1ª met séc. xx

– Figura do professor – colaboração com a criança.– Concepção de aula – unidade orgânica que se

relaciona com todos os outros atos educativos.– A criança – poeta, fantasia, expressa em si a forma

mais completa de expressão artística.– A escola – serena, do tipo ativista, no centro a

colaboração espiritual do professor e aluno.– Lombardo reconhece a função essencial dos cursos de

especialização para o professor.

Page 34: T rab ed 1ª met séc. xx

Codignola

Critica contra os princípios autoritários e abstratos.Por ele se realiza um decisivo deslocamento cultural, que abrange em particular os anos da Segunda Guerra Mundial e do imediato pós-guerra e se refere a uma passagem da hegemonia do idealismo para o pragmatismo americano.

Page 35: T rab ed 1ª met séc. xx

A pedagogia de JOHN DEWEY – pragmatismo e instrumentalismo

Foi o maior pedagogo do século XX. Desenvolveu a lição do pragmatismo americano rumo a

resultados racionalista – críticos, metodológicos e ético – políticos, conotados de sentido instrumentalista, isto é, ligados à uma idéia de razão aberta.

A filosofia de Dewey articula-se em torno de uma teoria da experiência.

Teoria da pesquisa – uso da lógica, ao homem é confiado o desenvolvimento e o controle da experiência.

– Caracterizada pelo método cientifico e pelos princípios da experimentação, da generalização e da hipótese.

Page 36: T rab ed 1ª met séc. xx

A arte, a imaginação e os processos simbólicos têm um papel fundamental para o crescimento da experiência.

Reflexão política– Principio da democracia (forma mais avançada e atual na

sociedade industrial de massa).– Deve ser construída e reconstruída por uma obra de educação

escolar (formando todo cidadão para e na democracia, na escola renovada).

– Atendo às transformações sociais e cognitivas do séc. XX,– A industrialização, a difusão da ciência, advento da sociedade em

massa e ao desenvolvimento da democracia.

Page 37: T rab ed 1ª met séc. xx

A pedagogia de Dewey caracteriza-se:

– Inspirada no pragmatismo e portanto num permanente contato entre o momento teórico e prático.

– Interligada com as pesquisas das ciências experimentais;– Filosofia da educação da educação que assume um papel

muito importante no campo social e político.

Modelo guia – escola ativa: A criança é colocada no centro do processo

educativo, opondo-se ao autoritarismo da escola tradicional.

Page 38: T rab ed 1ª met séc. xx

A escola deve ligar-se ao progresso social

“ À escola é confiado o papel de transformar até politicamente a face da sociedade, de torná-la cada vez

menos repressiva e autoritária e de desenvolver os momentos de participação e de colaboração.”

O papel do professor – animador das varias atividades escolares.

Educação cognitiva – a formação da inteligência através de um currículo de estudos que coloca em sua própria base a ciência.

Investigação - processo constante de organização controlada e de revisão cristica da experiência (através da ciência).

Unificação dos valores – através da presença critica da ciência.

Page 39: T rab ed 1ª met séc. xx

Modelos da pedagogia marxista (1900-1945)

Aspectos específicos da pedagogia marxista:– Dialética ente educação e sociedade, na

educação – ideal formativo x pratica educativa;– Vinculo estreito entre educação e política;– Centralidade do trabalho na formação do homem

e seu papel na escola;– Homem multilateral;– Ênfase à disciplina e ao esforço.

Teóricos do marxismo

Page 40: T rab ed 1ª met séc. xx

Adler, maior teórico do marxismo austríaco, Conjugou socialismo e ética kantiana; Estratégia política revolucionaria Ligava a educação à política pela luta de classes, se opunha a

qualquer neutralidade da eduaçao. Mondolfo – Itália

– Reformismo turatiano;– Interessado numa reforma da escola no sentido popular e pequeno

burques;– Assistência para os alunos pobres;– Exigências do povo;– Escola media única;– Superação da divisão do trabalho.

Page 41: T rab ed 1ª met séc. xx

Lênin e as orientações da pedagogia soviética

Imersa dentro da tradição russsa(iluminismo e populismo).

– Estreita relação entre escola e politica– Multilateralidade – instrução politécnica– Escola única do trabalho

Com o advento de Stalin no poder a escola é reorganizada segundo os princípios mais tradicionais

Época pré-stalinista – Anton Semionovitch Makarenko (1888-1939)– Russa pós revolucionaria

Page 42: T rab ed 1ª met séc. xx

– O problema do antindividualismo, e a formação de uma nova moralidade social;

– Pensamento pedagógico – BASE EXPERIMENTAL: foi elaborado no interior de experiências educativas concretas;

– Problema da família: sede mais idônea da primeira educação.

Page 43: T rab ed 1ª met séc. xx

Antonio Gramsci (1891-1937) – Repensou:– Os princípios metodológicos do marxismo (a relação estrutura-

superestrutura, a dialética, a critica da ideologia);– E a sua visão da historia (como a luta de classes para a

emancipação humana e como sucessão de modelos econômico-politicos cada vez mais complexos).

– Opõe-se a toda forma de materialismo;– Não é partindo da estrutura (economia) que se pode transformar

a realidade e sim a partir da superestrutura ( a ideologia, a cultura).

– Acredita na construção de uma hegemonia cultural para depois construir a política.

- Papel central para a cultura

Page 44: T rab ed 1ª met séc. xx

A pedagogia Cristã e o Personalismo

- Educação Cristã Nó séc. XX devido à uma

preponderância cristã no campo da educação, foi se afirmando a presença de orientações cristã nesta.

Page 45: T rab ed 1ª met séc. xx

Carta Encíclica: Divini illius magistri

Feita por Pio X, e promulgada por Pio XI em dezembro de 1929.

“Não se pode dar adequada e perfeita educação que não seja a educação cristã”

Era destinada: “as famílias” “toda a humana convivência” Garante a formação do homem integralmente, isto é, a

salvação através da fé e a adequação aos mandamentos da Igreja (“o fim sublime pra o qual foi criado”).

É da família a missão de educar a prole (Moral, religioso, civil e fisicamente).

E o Estado deve “proteger e promover, e não absorver, a família e o indivíduo” e “respeitar os direitos natos da Igreja e da família”.

Autoridade

Page 46: T rab ed 1ª met séc. xx

Concílio Vaticano II,1961:

Educação como dever de apostolado, função de toda a comunidade eclesial.

Objetiva a formação da “pessoa humana, seja com vistas ao seu fim último seja para o bem das várias sociedades das quais o homem é membro”.

Prudente educação sexual e iniciação a vida social.

Page 47: T rab ed 1ª met séc. xx

Associacionismo na educação cristã

Rede formativa que desperta a consciência cristã e a canaliza a serviço de uma sociedade que deve nutrir-se e impregnar-se de valores cristãos.

Page 48: T rab ed 1ª met séc. xx

Ativismo Cristão

Assimilação da educação cristã com as ciências educativas.

Manjon (experiência prática): Instâncias da “Escola Nova”, educação ao ar livre e a valorização do jogo como instrumento didático, e a referência à centralidade do trabalho, dirigido aos filhos do povo para sua instrução e formação, visando a “salvação”

Devaud (teoria): Oposição ao “naturalismo pedagógico” (sentimentos como as verdadeiras expressões da natureza humana), pois este não levaria em consideração todas as necessidades e finalidades da vida do sujeito. Reafirmação da superioridade do professor sobre o aluno, e da autoridade.

Page 49: T rab ed 1ª met séc. xx

- Personalismo

Concepção “total” da experiência educativa, centralizada nos “valores”.

Visa “desenvolver o valor da pessoa, afirmá-lo, realizá-lo inteiramente em cada aspecto da vida” (Catalfamo).

Page 50: T rab ed 1ª met séc. xx

Totalitarismo e educaçãona Itália, na Alemanha e na URSS

Um Estado totalitário é um Estado autoritário, burocraticamente organizado, dirigido por um partido único capaz de controlar e unificar num projeto de ação comum toda a sociedade; É um Estado ideologicamente compacto, rigidamente estruturado, empenhado em conformar as massas aos objetivos dos partidos-Estado.

Page 51: T rab ed 1ª met séc. xx

O fascismo italiano

Programa conservador: Sistema escolar rígido e que separava as escolas

secundárias humanistas (para as classes dirigentes) das técnicas (para as classes subalternas).

Renúncia do Estado em instituir escolas e difundir instrução.

Cultura formativa: literário-histórico-filosófica. Introdução do ensino religioso na escola elementar. Acesso as universidades (apenas pelos liceus). Eficiência controlada através do exame do Estado,

na conclusão de todos os ciclos secundários.

Page 52: T rab ed 1ª met séc. xx

Nacional-socialismo na Alemanha

Educação do novo Reich “Toda educação ministrada por um Estado nacional

deve visar principalmente não a encher a cabeça de sapiência, mas a formar um corpo fisicamente sadio até a medula”.

Atualização dos docentes em torno dos princípios do nazismo (em particular o racismo).

Associações educativas, que recolhiam os jovens no tempo livre e programavam este segundo os princípios da ideologia nazista.

Boletim pessoal para registrar os progressos dos jovens.

Page 53: T rab ed 1ª met séc. xx

Pedagogia soviética

A criação mais significativa da pedagogia soviética é a escola politécnica do trabalho, conjugação de instrução e trabalho de fábrica.

Nos anos de Stalin, volta-se a uma escola de cultura, que exalta o estudo sistemático, subordina o trabalho ao estudo e se afasta dos métodos do ativismo.

O trabalho foi abolido nas escolas em 1937, e houve uma expansão da escolaridade, um melhoramento da eficiência e das estruturas da escola soviética.

Simultaneamente a juventude comunista se organizava programando seu tempo livre, reforçando seus ideais.

Page 54: T rab ed 1ª met séc. xx

O crescimento científico da pedagogia

A pedagogia em processo de transição de identidade, passando de filosófica para científica.

Desenvolvimento da pedagogia experimental . Novas disciplinas: psicopedagogia, sociologia da

educação. Investigação científica sobre a criança. Criação de testes para medir a capacidade intelectual. Pedagogia, como regulada por critérios metodológicos

da pesquisa científica e como alimentada pelas diversas ciências, como articulada num pluralismo de âmbitos, regulados porém por uma comum consciência epistemológica que põe em relevo sua unidade de método e a função prático-operativa.

Page 55: T rab ed 1ª met séc. xx

Educação e pedagogia nos países não-europeus

A abertura da pedagogia para os problemas mundiais fez com que os problemas da educação/pedagogia sofressem radical mudança e renovação.

Page 56: T rab ed 1ª met séc. xx

Âmbitos de manifestação do processo de inovação e alargamento da consciência pedagógica:

Por meio dos estudos antropológico-culturais dedicados às práticas educativas junto a culturas não-ocidentais;

Por meio das inovações pedagógicas operadas nos países em desenvolvimento;

E por meio das campanhas de educação de adultos.

Page 57: T rab ed 1ª met séc. xx

Componentes:

Beatriz Trudes Dalma Nelly Joice Mundim

Michelle Fracásio

Paula Lopes

Universidade Federal de Uberlândia- UFU