Tálio Santos Araújo-Importancia Da Impermeabilização Na Construção Civil
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
TLIO TRIO DOS SANTOS PAZ DE ARAJO
IMPORTNCIA DA IMPERMEABILIZAO NA CONSTRUO
CIVIL
ORIENTADOR: Prof. Lourival Paula Ges.
Manaus
2012
Trabalho apresentado no Curso de
Engenharia Civil da Universidade do
Estado do Amazonas, como requisito para
obteno do grau de Bacharel em
Engenharia Civil;
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TLIO TRIO DOS SANTOS PAZ DE ARAJO
IMPORTNCIA DA IMPERMEABILIZAO NA CONSTRUO
CIVIL
ORIENTADOR: Prof. Lourival Paula Ges.
Manaus
2012
Trabalho apresentado no Curso de
Engenharia Civil da Universidade do
Estado do Amazonas, como requisito para
obteno do grau de Bacharel em
Engenharia Civil;
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TERMO DE APROVAO
TLIO TRIO DOS SANTOS PAZ DE ARAJO
IMPORTNCIA DA IMPERMEABILIZAO NA CONSTRUO
CIVIL
Trabalho de Concluso de Curso aprovado pelo curso de Engenharia Civil da Universidade do
Estado do Amazonas, pela Comisso Julgadora abaixo identificada.
Manaus, .........de..................................................de................
_________________________________________________
Membro: Prof. Lourival Paula Goes
Universidade do Estado do Amazonas
_________________________________________________
Membro: Prof. Msc. Fernando Farias Fernandes
Universidade do Estado do Amazonas
_________________________________________________
Membro: Prof. Dr. Estevo Vicenti Cavalcanti Monteiro de Paula
Universidade do Estado do Amazonas
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DEDICATRIA
Dedido este trabalho a minha famlia e a todos que acreditaram em mim ao longo de minha
formao.
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AGRADECIMENTOS Agradeo antes de tudo a Deus, por me proporcionar uma vida cheia de oportunidades. Agradeo aos meus colegas e futuros companheiros de profisso da Universidade do Estado do Amazonas que me ajudaram nesta jornada de 5 anos, no somente pela ajuda coletiva que prestvamos uns aos outros, agradeo principalmente por tornar estes anos de aprendizado muito mais fceis pelo clima melhor dentro e fora da sala de aula, com o bom humor que cerca esta turma. Agradeo principalmente queles que sempre estiveram ao meu lado desde o inicio do curso: Jander Nobre Junior, Bruno Castro, Isabelle Lima, Topo... Samir Oliveira, Arthur Tahan, Helder Freire, Rafaela Portilho. Estes foram mais que colegas de classe, foram parceiros e continuaro a ser amigos. Agradeo aos meus professores, os quais me transmitiram todo conhecimento possvel ao longo do curso: Rubelmar Maia, Dinilson Robert, Francisco Rocha, Francisco Lobo, Francisco Aleixo, Carla Calheiros e aos demais professores que passaram pelo curso. Aos meus chefes, Eng. Joalbert Rafael, Evelyn Volpini, Charles Menta e Carlos Accioli pelo apoio e pacincia quando necessitei sair mais cedo do trabalho para coleta de dados, Daniel Lincon, Carlos Gustavo, Tasa Carvalho, Diego Piccolotto, Israel Borges, Ricardo Silveira e Mario Sergio pelo apoio quando precisei para realizao deste trabalho. Ao meu conselheiro oficial de impermeabilizao, Jos Erivaldo Rebouas, Diretor Executivo da Strelas Impermeabilizao, o qual, sem seu auxilio, este trabalho no teria a mesma riqueza de dados, e por ter se disposto a tirar as as duvidas que tive. Ao meu orientador Lourival Paula Goes, que acreditou na minha formao e no meu futuro profissional e deu total apoio para este trabalho. Ao professor Fernando Fernandes que foi um grande conselheiro para a matria . Ao meu principal conselheiro do trabalho e o grande amigo que fiz na minha jornada na universidade, Eng. Vittorio Figliuolo Neto, por ter me dado todas as informaes para escrever um trabalho da melhor qualidade possvel. Agradeo a minha namorada Juliana Mascato, por todo apoio, companheirismo enquanto desenvolvia o meu trabalho. Agradeo principalmente a meus pais Lcia Regina Silva dos Santos e Paulo Paz de Arajo, que apesar das dificuldades, sempre se esforaram para me dar do bom e do melhor e investiram no meu futuro. Aos meus irmos Lawrncio Tlio e Paula Regina pelo companheirismo ao longo destes anos.
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Somente os que ousam falhar grandemente podem alcanar a grandeza. (ROBERT F. KENNEDY)
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RESUMO
Demonstrar a importncia da impermeabilizao foi o foco deste trabalho.
Inicialmente foi feito um estudo com base na historia da impermeabilizao ao longo dos anos
, o ponto que esta ganhou suas normas na ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas)
em 1960 e os primeiros trabalhos conjuntos de pesquisadores internacionais em 1982. Foi
visto que o assunto vem ganhando importncia ao longo das duas ultimas dcadas, pela
maioria de publicaes do assunto terem sido feitas neste perodo. Inicialmente foi feito um
estudo de todas as normas que possam ajudar a ter conhecimento no assunto, pesquisas com
os variados autores sendo visto os detalhes construtivos mais comuns entre estes para os
mesmos serem ressaltados neste trabalho. Foram determinados de acordo com os autores e
manuais tcnicos os melhores materiais e pontos crticos que possam resultar em dificuldades
na hora de executar a impermeabilizao. Foram feitas os padres de mantas dependendo das
solicitaes do ambiente que ela ser aplicada, para isso foi usada a tabela classificatria de
mantas asflticas da NBR 9952/2008 (Mantas asflticas com armadura pra
impermeabilizao) em conjunto com autores e artigos tcnicos. Para demonstrar a eficincia
deste sistema, foi feito um estudo de caso em uma quadra de um condomnio residencial, a
quadra locada sobre a laje estrutural do trreo. Para melhor controle foi criado um
formulrio para melhor acompanhamento das etapas antes, durante e depois da
impermeabilizao. Foi visto que a construtora no possura projetos detalhados, citando
somente o tipo de impermeabilizao que seria aplicado no ambiente, ficou constatado que o
projeto de impermeabilizao no foi feito com os devidos detalhes tcnicos, tambm ficou
constatado que os projetos estruturais, arquitetnicos e de instalao no tem se adaptado ao
projeto de impermeabilizao. A falta de detalhes construtivos seja de regularizao, da
aplicao das mantas nos rodaps, entre outros s no foi um maior problema porque a
construtora e a empresa terceirizada, assim como seus funcionrios possuam conhecimento
dos detalhes construtivos, resultando em uma impermeabilizao bem sucedida e comprovada
pelo teste de estanqueidade. Foi visto que com um projeto executivo mais detalhado, as
duvidas na hora de executar a impermeabilizao so sanadas. Os detalhes construtivos de
impermeabilizao precisam ter uma ateno maior dos projetistas. Se isso for feito, as
patologias decorrentes por infiltrao nas obras podero ser diminudas em larga escala.
Palavras-Chave: Impermeabilizao, importncia de detalhes, projetos, manta
asfltica, norma regulamentadora.
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ABSTRACT
Demonstrate the importance of waterproofing was the focus of this graduation work. Initially
was made a study based on the history of waterproofing over the years, the point that it gained
its standards in ABNT (Brazilian Technical Standards Association) in 1960 and the first joint
work of international researchers in 1982. It was seen that the subject has gained importance
over the last two decades, where the majority of publications about the theme have been
made. Initially a study was made of all the rules that can help to get knowledge about the
subject, research the authors and seen the most common construction details and highlight
them at this work. Were determined, according to the authors and best technical manuals, the
best materials and critical points that could result in difficulties when executing
waterproofing. Were made quilts patterns depending on the solicitations of the environment
that it will be applied, it was consultated the classification table of asphalt waterproof
membranes NBR 9952/2008 (Asphalt waterproof membranes with armor) along with
technical articles and authors. To demonstrate the efficiency of this system, we made a case
study in a sports court of a residential condominium, the court is leased on structural floor
slab. For best control was created a form for better monitoring of the stages before, during and
after the asphalt waterproof membrane application. It was found that the construction
company had possessed no detailed plans, making reference only about the type of
waterproofing that would be applied in the environment, it was verified that the waterproofing
project was not done with the proper technical details, also was found that structural,
architectural and installation projects was not adapted to the waterproofing project. The lack
of construction details about regularization layer, the application of asphalt membranes in
footers and others just was not a major problem because the construction and outsourcing
company, as well as its employees had knowledge about the details, resulting in a successful
and proven waterproofing by tightness test. It was seen that having executive project
containing more details, the doubts on the time that is going to execute the waterproofing are
remedied. The construction details of waterproofing need to have more attention from
designers. If this is done, the pathologies arising from infiltration on the building could be
reduced in large scale.
Keywords: Waterproofing, importance of details, projects, asphalt membrane,
regulatory norm.
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SUMRIO
1 INTRODUO ............................................................................................................... 14
1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 15
1.1.1 Geral .................................................................................................................. 15
1.1.2 Especficos ......................................................................................................... 15
1.2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 15
2 HISTRIA DA IMPERMEABILIZAO ................................................................. 17
3 PROJETO DE IMPERMEABILIZAO ................................................................... 20
3.1 DETERMINAO DO PROJETO DE IMPERMEABILIZAO ......................... 20
3.1.1 Normas Regulamentadoras para Impermeabilizao .................................. 22
3.2 AES DA UMIDADE EM UMA EDIFICAO ................................................. 23
3.2.1 Umidade por condensao ............................................................................... 23
3.2.2 Umidade do Solo ............................................................................................... 24
3.2.3 Umidade imposta pela gua de percolao .................................................... 25
3.2.4 Umidade por gua sobre presso .................................................................... 25
3.2.5 Umidade de obra ............................................................................................... 25
3.2.6 Umidade acidental ............................................................................................ 26
3.3 DANOS CAUSADOS PELA UMIDADE ................................................................ 26
3.3.1 Goteiras e manchas .......................................................................................... 26
3.3.2 Mofo e apodrecimento...................................................................................... 26
3.3.3 Ferrugem/Oxidao/Corroso ......................................................................... 27
3.3.4 Eflorescncias .................................................................................................... 28
3.3.5 Criptoflorescncias ........................................................................................... 29
3.3.6 Gelividade .......................................................................................................... 29
3.4 ETAPAS PR-IMPERMEABILIZAO ................................................................. 29
3.4.1 Limpeza da camada base ................................................................................. 29
3.4.2 Remoo das pontas de ferro ........................................................................... 30
3.4.3 Camada de Regularizao ............................................................................... 30
3.4.4 Imprimao (Aplicao do PRIMER asfltico) ............................................. 30
3.5 ETAPAS POSTERIORES AO PROCESSO DE IMPERMEABILIZAO ........... 31
3.5.1 Teste de Estanqueidade .................................................................................... 31
3.5.2 Camada Separadora ......................................................................................... 32
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3.5.3 Camada de Proteo Trmica ......................................................................... 33
3.5.4 Proteo mecnica ............................................................................................ 34
3.6 DETALHES CONSTRUTIVOS .............................................................................. 36
4 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAO ................................................................. 45
4.1 IMPERMEABILIZAO RGIDA .......................................................................... 46
4.1.1 Argamassa impermevel com aditivos hidrfugos ........................................ 46
4.1.1.1 Aplicao da argamassa impermevel ........................................................... 47
4.1.2 Cimentos Cristalizantes ................................................................................... 48
4.1.3 Cimento Impermeabilizante de pega ultra-rpida ........................................ 49
4.1.3.1 Aplicao ........................................................................................................ 49
4.1.4 Argamassa Polimrica ...................................................................................... 50
4.2 IMPERMEABILIZAO FLEXIVEL ..................................................................... 52
4.2.1 Mantas asflticas .............................................................................................. 53
4.2.1.1 Caracteristicas da manta asfltica ................................................................. 53
4.2.1.2 APLICAO DA MANTA ASFALTICA ......................................................... 57
4.2.2 Mantas de Polmero de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) ................... 59
4.2.3 Membranas asflticas ....................................................................................... 60
4.2.3.1 Membranas asflticas moldadas a quente(Asfalto Oxidado) ......................... 60
4.2.3.2 Membranas asflticas moldadas a frio-Emulso Asfltica ............................ 61
4.2.4 Resinas Termoplsticas .................................................................................... 62
4.2.5 Membranas Acrilicas ....................................................................................... 64
4.2.6 Membrana de poliureia .................................................................................... 64
5 METODOLOGIA ........................................................................................................... 65
6 ESTUDO DE CASO ........................................................................................................ 69
6.1 ferramentas para trabalho ........................................................................................... 69
6.2 processo executivo de impermeabilizao ................................................................. 70
6.3 anlise da aplicao ................................................................................................... 83
7 CONCLUSO ................................................................................................................. 86
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.....................................................................90
ANEXOS.....................................................................................................................92
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1:Trinca Horizontal na base da Alvenaria por efeito de umidade. ................................ 24 Figura 2: Corroso na armadura passiva .................................................................................. 28 Figura 3: Eflorescncias em fachadas ...................................................................................... 28 Figura 4: Etapas de tratamento de ao exposto em laje ............................................................ 30 Figura 5:Teste de estanqueidade em piscina ............................................................................ 32 Figura 6:Filme de Poliestireno para camada separadora .......................................................... 33 Figura 7: Poliestireno Expandido para isolamento trmico...................................................... 34 Figura 8: Detalhe de regularizao com inclinao mnima .................................................... 37 Figura 9: Detalhe de impermeabilizao de ralo ...................................................................... 37 Figura 10:Detalhe de impermeabilizao na vertical ............................................................... 38 Figura 11:Detalhes entre reas externas e internas ................................................................... 39 Figura 12:Detalhe de chumbamentos de tubo metlico ........................................................... 40 Figura 13:Aplicao de Mastique para encontro de planos ...................................................... 40 Figura 14:Detalhe de tubulao sobre a laje ............................................................................. 41 Figura 15: Detalhe de fixao de chumbamento vertical ......................................................... 41 Figura 16: Detalhe de impermeabilizao reforada no ralo .................................................... 42 Figura 17: Detalhe de impermeabilizao de ralo para piscina ................................................ 43 Figura 18:Detalhe de chumbamento de tela galvanizada para fixao da proteo ................. 43 Figura 19: Detalhe de canto em meia cana para melhor aplicao da manta ........................... 44 Figura 20: Impermeabilizao em juntas de dilatao ............................................................. 44 Figura 21: Teste de estanqueidade na junta de dilatao.......................................................... 45 Figura 22: Detalhe de pingadeira sobre a camada impermeabilizada ...................................... 45 Figura 23:Argamassa com aditivo hidrfugo ........................................................................... 47 Figura 24: Aplicao de cimento cristalizante ......................................................................... 49 Figura 25:Cimento Impermeabilizante de pega ultra-rpida .................................................... 50 Figura 26:Argamassa polimrica aplicada na forma de pintura ............................................... 51 Figura 27:Argamassa polimrica aplicada na forma de revestimento ...................................... 52 Figura 28: Estrutura de uma manta asfltica ............................................................................ 55 Figura 29: Aplicao da manta asfltica a maarico ................................................................ 59 Figura 30: Mantas de PEAD ..................................................................................................... 59 Figura 31: Membrana Asfltica a quente ................................................................................. 61 Figura 32:aplicao de membrana asfltica frio .................................................................... 62 Figura 33: Aplicao de resina termoplstica em piscina enterrada. ....................................... 63 Figura 34: Membrana de poliureia para impermeabilizao. ................................................... 64 Figura 35: Caldeira de aquecimento do asfalto ........................................................................ 70 Figura 36: Detalhe de encaixe na alvenaria para impermeabilizao de planos verticais ........ 71 Figura 37: Locao dos pontos de acumulo de fluidos e fixao do tubo de espera para o ralo .................................................................................................................................................. 72 Figura 38: Distncia entre ralos/ distncia mnima entre ralo e plano vertical ........................ 72 Figura 39: Regularizao com depresso na rea do ralo. ....................................................... 73 Figura 40: Camada de regularizao com imprimao asfaltica .............................................. 74
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Figura 41: Dryko Primer. Galo de 3,6 litros ........................................................................... 74 Figura 42: Detalhes da manta aplicada. .................................................................................... 75 Figura 43: Corte da manta para aderncia com maarico ao ralo ............................................ 76 Figura 44: altura da manta no rodap ....................................................................................... 76 Figura 45: Faixa de manta com projeo da inferior em aplicao do rodap. ........................ 77 Figura 46: Espera de tubo para gradil da quadra. ..................................................................... 77 Figura 47: Aderncia de juntas com maarico e biselamento .................................................. 78 Figura 48: Transposio da segunda camada de manta sobre a primeira ................................. 78 Figura 49: Detalhe da manta 3 mm .......................................................................................... 79 Figura 50: Aplicao de asfalto oxidado nas juntas com vassoura. ......................................... 79 Figura 51: Ralo ps biselamento .............................................................................................. 80 Figura 52: Teste de estanqueidade............................................................................................ 80 Figura 53: Verificao das dimenses dos quadros na proteo mecnica .............................. 82 Figura 54: Espessura da junta de dilatao e proteo mecnica sobre o filme de polietileno.82 Figura 55: Detalhes do projeto de impermeabilizao ............................................................. 83
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1:Normas Regulamentadoras para Impermeabilizao ................................................ 22 Tabela 2 - Tabela classificatria de mantas asflticas .............................................................. 56 Tabela 3: Resumo de uso das mantas de acordo com sua classificao ................................... 57 Tabela 4: Ficha de verificao para impermeabilizao .......................................................... 66 Tabela 5: Tabela de espessuras do sistema ............................................................................... 83
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14
1 INTRODUO
A patologia na construo civil passou a ser considerada como um campo de estudo, e
este contribui de forma significativa na preveno e conhecimento na hora de executar uma
construo.
A gua alm de afetar o concreto armado, afeta vrios pontos de uma obra de forma
negativa, entre eles revestimento, alvenaria, instalaes, afeta a vida do proprietrio com
infiltraes, goteiras, dando assim prejuzos econmicos por muitas vezes, pois em muitas
construes do sculo XX, no era dado a ateno necessria neste ponto e em muitos casos a
impermeabilizao foi feita anos depois do termino da obra, sendo necessrio em vrios
pontos quebrar o piso, contrapiso para poder ser feita a proteo devida.
Impermeabilizao definida como Produto resultante de um conjunto de
componentes e elementos construtivos (servios) que objetivam proteger as construes
contra a ao deletria de fluidos, de vapores e da umidade; produto (conjunto de
componentes ou o elemento) resultante destes servios. Geralmente a impermeabilizao
composta de um conjunto de camadas, com funes especficas.(NBR 9575,ASSOCIAO
BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 2003, p.3)
Segundo Feios apud Lonzetti (2010), a impermeabilizao quando prevista em fase de
projeto possui um custo de 1 a 2% do valor total da obra, eleva-se este gasto a 15% no caso de
recuperao ou reforma.
necessrio olhar cuidadosamente todos os processos construtivos para
impermeabilizao, verificar a qualidade de cada um e criar um padro de execuo, com isso
podemos ter a garantia que uma edificao ter total proteo contra a ao dos fluidos.
preciso acompanhar a execuo da impermeabilizao em uma edificao com o
intuito de verificar se o projeto executivo possui os detalhes especficos para montagem do
sistema, desde sua espessura, nmero de camadas, cargas geradas pelo sistema, locao de
pontos de escoamento.
Este estudo ter como base o acompanhamento de uma obra e verificao de todos os
itens que possam ter influncia na qualidade do tratamento, desde os detalhamentos de
projetos, funcionrio que executar a impermeabilizao, conhecimento dos envolvidos
inclusive engenheiros, tcnicos. No final teremos o resultado da qualidade da execuo de
acordo com o teste. Aplicando assim a ideia de que a impermeabilizao est sendo
importante na proteo da edificao e se possui real importncia na concepo do projeto
executivo.
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15
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Geral
Demonstrar a execuo de impermeabilizao em uma edificao.
1.1.2 Especficos
Citar os sistemas usuais de impermeabilizao aplicados a uma edificao;
Determinar as principais consideraes na concepo do projeto de impermeabilizao;
Fazer um detalhamento dos pontos crticos de projeto com base na norma e autores (rodaps,
ralos, regularizao);
Confirmar se a impermeabilizao est tendo a devida importncia com execuo de detalhes
, tambm com base no projeto executivo e os detalhamentos feitos neste trabalho;
1.2 JUSTIFICATIVA
A cidade de Manaus sofre com grande quantidade de chuva no decorrer do ano. Tal fato
faz com que ocorram infiltraes e danos ao longo de toda a edificao, trazendo assim
prejuzos financeiros com reparos em acabamentos e reforos de estrutura nos piores casos.
Em obras verticais mais antigas, em que a impermeabilizao no foi executada com
qualidade por desconhecimento tcnico e por no ser uma rea de maior preocupao na
poca, surgiram patologias em grande parte das mesmas.
Por conta dos problemas causados pela umidade, estas obras passam por reformas
constantes. Deve ser feito um estudo mais detalhado sobre a impermeabilizao, com o
objetivo de que em poucos anos esta ganhe a mesma importncia dos projetos estruturais,
arquitetnicos, instalaes e que estes possam um se adaptar ao outro.
uma rea que ainda est no comeo dos estudos mais detalhados, antigamente poucos
profissionais davam a devida ateno. Hoje em dia temos a obrigatoriedade da norma para
executar este tratamento, apesar disso o material de estudo muito escasso. Por isso quanto
mais cedo for compreendido que esta uma rea fundamental da construo, podendo at
aumentar a vida til da estrutura, mais cedo teremos os estudos detalhados de projeto e mais
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16
profissionais se tornaro aptos a executar um projeto de impermeabilizao com segurana e
riqueza de detalhes. Para isso preciso mostrar que a impermeabilizao um sistema que
mostra garantia desde sua primeira aplicao, ou seja, nos testes de estanqueidade.
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17
2 HISTRIA DA IMPERMEABILIZAO
Os primeiros registros quanto a impermeabilizao so datados na bblia,
precisamente na construo da Arca de No. Sendo explicado detalhadamente as
especificaes tcnicas: Faze uma arca de tbuas de cipreste; nela fars compartimentos e a
impermeabilizars e calafetars com betume/piche por dentro e por fora. Deste modo a fars:
de trezentos cvados ser o comprimento; de cinquenta, a largura; e a altura, de trinta. Fars
ao seu redor uma abertura de um cvado de altura; a porta da arca colocars lateralmente;
fars pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro(Gnesis 6:14 a 16). O
sistema de impermeabilizao tambm lembrado em muitas passagens referentes as
primeiras civilizaes do mundo que conhecemos, por exemplo nos Jardins Suspensos da
Babilnia O petrleo e derivados como o asfalto e o betume so conhecidos pelo homem h
pelo menos seis mil anos. Segundo Herdoto, na construo dos Jardins Suspensos da
Babilnia, Nabucodonosor utilizou betume como impermeabilizante e material de liga (sculo
V a.c.).Segundo Mello (2005) afirma que os Incas e Romanos usavam albumina(clara de
ovo, sangue, leos) para impermeabilizar saunas e aquedutos, no Brasil colonial, algumas
construes utilizaram como aditivo na argamassa de assentamento das pedras, leo de baleia
para diminuir a permeabilidade das mesmas.
Arantes (2007) cita que: A partir da primeira metade do sculo XIX, houve um
grande avano na rea da impermeabilizao atravs da Revoluo Industrial. Antes as
construes eram pequenas e com coberturas muito inclinadas para o melhor escoamento da
gua. Com a industrializao, comeou-se a construir grandes vos horizontais (lajes planas)
havendo assim vazamentos freqentes. Mas desde esta poca o betume j era conhecido, com
isso lanou-se o asfalto sobre as lajes planas (fbricas da Inglaterra).
Segundo Sika Information apud Moraes (2002) as primeiras impermeabilizaes,
datadas do sculo XX, foram executadas com Coaltar Pitch (Piche de alcatro, asfalto de
hulha), com asfaltos naturais armados com tecidos grosseiros (juta, papelo, entre outros),
materiais estveis e impermeveis, pouco plsticos, que porm, satisfaziam s exigncias da
poca, em funo da baixa movimentao estrutural dos edifcios, j que os mesmos eram
de pequeno porte e de grande rigidez .
De acordo com Resende apud Moraes (2002) o uso de impermeabilizao no sculo
XX foi dado com o inicio das construes em concreto armado, nesta poca foi iniciado o
novo conceito arquitetnico de peas mais esbeltas, trabalhando mais a trao do que a
flexo, com isso foram exigidas novas tcnicas de impermeabilizao por conta das novas
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solicitaes e movimentos estruturais. Perto de 1930, foram desenvolvidas as primeiras
emulses asflticas dirigidas para impermeabilizao, as mesmas ainda sendo usadas em
larga escala nos dias atuais.
De acordo com Curso Tcnico em transformaes de Plsticos (2004) em 1931
foram criados o Neoprene e a borracha butlica (Butil) em 1940 pela Standard Oil of New
Jersey, tambm empregados em impermeabilizao. Estes materiais apresentavam um
desempenho melhor em resposta as solicitaes impostas pela nova arquitetura da poca.
De acordo com Moraes (2002) as primeiras impermeabilizaes de melhor
desempenho no Brasil, tiveram inicio com o Departamento de Energia da Light. Os tcnicos
da referida empresa trouxeram para o Brasil a tecnologia do emprego correto dos
sistemas fibroasflticos, importando materiais dos Estados Unidos e Canad. Onde teve
inicio a aplicao de aditivos ao concreto e argamassas na dcada de 30, com a vinda da
renomada empresa Sika para o Brasil.
Na dcada de 1960 comea a fabricao das primeiras mantas elastomricas butlicas.
Com notvel elasticidade e boa durabilidade, o produto representou um salto de qualidade da
impermeabilizao na construo brasileira. Resistente a grandes variaes trmicas e a
intempries, as mantas butlicas so adequadas para uso em estruturas sujeitas a grandes
movimentaes.
De acordo com Pozzolli apud Moraes (2002) um grupo de pesquisadores liderados
por Kurt Baungart, na dcada de 60, passou a trabalhar junto Associao Brasileira de
Normas Tcnicas (ABNT) visando normalizar a impermeabilizao durante 8 anos
conseguindo as normas que so usadas at hoje.
Em 1975 criado o Instituto Brasileiro de Impermeabilizao, este o rgo que
junto da ABNT de grande importncia na difuso das normas de impermeabilizao.
Segundo Picchi apud Moraes (2002) em fins de 1982, em funo do quadro existente
(internacional), engenheiros pesquisadores de dez pases europeus reuniram-se na Union
European Pour lagrement Techinique dans la Construction (UNIO EUROPEIA PARA
ACORDO DE TCNICAS DA CONSTRUO-UEATC), publicando o trabalho
Diretrizes bsicas para impermeabilizao de coberturas, aceito em todo o mundo,
como pedra basilar e real na tecnologia de Impermeabilizao.
Hoje em dia o estudo de impermeabilizao est ganhando cada vez mais espao nas
construes, com escritrios especficos de projeto em grande parte pelas prprias
fabricantes dos materiais que analisam qual o material que melhor se encaixa para fazer o
tratamento de uma determinada rea, um exemplo disto a fabricante de produtos qumicos
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19
para a construo civil, Dryko, esta possui seu setor de impermeabilizao e o setor de
projetos onde estes atendem as construtoras por todo o Brasil que necessitam do projeto.
Os materiais de impermeabilizao hoje em dia, em sua grande parte possuem
cdigos para rastreamento caso haja necessidade de um reparo em algum ponto especifico
no prprio sistema, eles identificam o material defeituoso e rastreiam fazendo a analise na
prpria fabrica com o intuito de verificar qual a composio do material e em seguida
localizar as outras obras onde o mesmo lote foi aplicado com a inteno de j verificar
futuros reparos nestas mesmas obras.
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20
3 PROJETO DE IMPERMEABILIZAO
Neste capitulo sero demonstradas as consideraes exigidas na elaborao de um
projeto de impermeabilizao.
Citando a NBR 9575/2003(Projeto de Impermeabilizao) item 6.1.1 O projeto
bsico de impermeabilizao deve ser realizado para obras de edificaes multifamiliares,
comerciais e mistas, industriais, bem como para tneis, barragens e obras de arte, pelo
mesmo profissional ou empresa responsvel pelo projeto legal de arquitetura, conforme
definido na NBR 13532(Elaborao de projetos de edificaes-Arquitetura).
3.1 DETERMINAO DO PROJETO DE IMPERMEABILIZAO
De acordo com Righi (2009), a impermeabilizao deve ser adotada como um projeto
to necessrio quanto projeto arquitetnico, estrutural, hidro sanitrio, eltrico, incndio,
detalhando os produtos e a forma de execuo dos sistemas ideais para cada caso numa
obra.
Pieper(1992) afirma que na concepo de um projeto arquitetnico que se deve
analisar qual o sistema impermeabilizante mais adequado e que as dificuldades de
se tratar disso posteriormente a execuo da obra, seriam infundadas se fossem
previstas em projeto.
Segundo Ischakewitsch (1996) assim que o projeto arquitetnico iniciado, junto dele
o projeto de impermeabilizao tambm deve, pois alguns conceitos bsicos do projeto podem
ser utilizados para analise do sistema a ser adotado para tal ambiente e detalhes do projeto de
impermeabilizao tais como:
Posicionamento da camada de impermeabilizao na configurao do sistema;
Previso de acabamentos e terminaes que possibilitem a manuteno futura;
Vantagens que outros projetos complementares, tais como, os de condicionamento de ar,
isolamento trmico, paisagismo e outros, podem aferir do correto dimensionamento e
posicionamento da impermeabilizao;
Vantagem que o projeto de instalaes hidro sanitrias pode aferir devido distribuio
mais racional e compatibilizada de pontos de escoamento e/ou calhas.
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21
Segundo Melhado apud Righi (2009) o projeto de impermeabilizao deve conter as
seguintes informaes:
Os sistemas a serem adotados em cada uma das reas;
A espessura total do sistema de impermeabilizao (incluindo-se a regularizao);
As alturas e espessuras necessrias dos eventuais rebaixos necessrios na alvenaria para a
execuo dos rodaps;
Desnveis necessrios para a laje;
Corte tpico de cada sistema a ser empregado, identificando as camadas e suas respectivas
espessuras mnimas e declividades;
Lista com os pontos crticos dos demais projetos que possam comprometer o sistema de
impermeabilizao, juntamente com as justificativas e as alteraes propostas.
Deve-se sempre obedecer ao detalhamento do projeto de impermeabilizao e estudar
os possveis problemas durante o decorrer da obra, um exemplo disto seria identificar em
uma laje que ainda no passou pela camada de regularizao e nesta visto que possui
pontos onde ocorre acumulo dgua, adotar nestas reas, ralos e j considerar a tubulao e
impermeabilizao para o escoamento do mesmo. Verificar se a preparao da estrutura para
receber a impermeabilizao est sendo bem executada, se o material aplicado est dentro
das especificaes no que tange a qualidade, caractersticas tcnicas, espessura, consumo,
tempo de secagem, sobreposio, arremates, testes de estanqueidade, mtodo de aplicao e
outros.
Antonelli apud righi(2009) conclui que a falta de projeto especfico para
impermeabilizao responsvel por 42% dos problemas, sendo significativo seu uso para
execuo e detalhamento do sistema aplicado.
Schmitt apud Righi (2009) assegura que os sistemas impermeabilizantes referem-
se especificao de diversos itens e que o projetista quem ir determinar caso a caso
individualizando as reas e peas a serem impermeabilizadas, levando ento em
considerao o seguinte roteiro:
material impermeabilizante dentro do sistema como o mais indicado, escolhido basicamente
em funo dos prximos itens;
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tipo de gua que atua na pea;
comportamento da pea em relao movimentao trmica que ser submetida;
desempenho do material escolhido;
anlise com preciso da proporo custo x benefcio, quando da determinao do material
impermeabilizante.
3.1.1 Normas Regulamentadoras para Impermeabilizao
As normas regulamentadores servem de base para verificar se uma execuo ou
processo est sendo regido de acordo com o meio de qualidade padro determinado por
comisses de profissionais da Associao Brasileira de Normas Tcnicas. As principais
normas regulamentadoras para impermeabilizao se encontram na tabela 1.
Tabela 1:Normas Regulamentadoras para Impermeabilizao
NORMAS TTULO NBR 5698 Vu de fibra de vidro reforado Determinao da espessura. NBR 5699 Vu de fibra de vidro tipo reforado Determinao da massa. NBR 6565 Elastmero vulcanizado Determinao do envelhecimento acelerado em
estufa. NBR 7462 Elastmero vulcanizado Determinao da resistncia trao. NBR 8083 Materiais e sistemas utilizados em Impermeabilizao. NBR 8360 Elastmero vulcanizado Envelhecimento acelerado em cmera de oznio Ensaio
esttico.
NBR 8521 Emulses asflticas com fibras de amianto para impermeabilizao.
NBR 9227 Vu de fibra de vidro para impermeabilizao. NBR 9228 Feltros asflticos para impermeabilizao. NBR 9229 Mantas de butil para impermeabilizao. NBR 9396 Elastmeros em soluo para impermeabilizao. NBR 9574 Execuo de impermeabilizao. NBR 9575 Elaborao de projetos de impermeabilizao. NBR 9616 Lonas de polietileno de baixa densidade para impermeabilizao de reservatrios de
gua, de uso agrcola.
NBR 9617 Lona de polietileno de baixa densidade para impermeabilizao de canais de irrigao.
NBR 9685 Emulses asflticas sem carga para impermeabilizao. NBR 9686 Soluo asfltica empregada como material de imprimao na
impermeabilizao.
NBR 9687 Emulses asflticas com carga para impermeabilizao. NBR 9689 Materiais e sistemas de impermeabilizao.
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NBR 9690 Manta de polmeros para impermeabilizao (PVC). NBR 9910 Asfaltos oxidados para impermeabilizao. NBR 9951 Ltex e copolmeros SBR e NBR - Determinao de gel. NBR 9952 Mantas asflticas com armadura para impermeabilizao. NBR 9953 Mantas asflticas flexibilidade baixa temperatura. NBR 9954 Mantas asflticas resistncia ao impacto. NBR 9955 Mantas asflticas funcionamento esttico. NBR 9956 Mantas asflticas estanqueidade gua. NBR 9957 Mantas asflticas envelhecimento acelerado por ao de temperatura.
NBR 11797 Mantas de etileno tropileno dieno monmero (EDPM) para impermeabilizao.
NBR 11905 Sistema de impermeabilizao composto por cimento impermeabilizante e polmeros.
NBR 12170 Potabilidade da gua aplicvel em sistema de impermeabilizao. NBR 12171 Aderncia aplicvel em sistema de impermeabilizao composto por cimento
impermeabilizante e polmeros. NBR 12190 Seleo da impermeabilizao. NBR 13121 Asfalto elastomrico para impermeabilizao. NBR 13176 Polmeros Determinao do ndice de acidez de disperso. NBR 13321 Membrana acrlica com armadura para impermeabilizao.
Fonte: Dante, 2006.
3.2 AES DA UMIDADE EM UMA EDIFICAO
Segundo a NBR 9575/2003 e alguns autores, o tipo adequado de impermeabilizao
deve ser determinado de acordo com a solicitao imposta pelo fluido nas partes da
construo que necessitam de estanqueidade. A norma determina quatro tipos de solicitao
dos fluidos:
3.2.1 Umidade por condensao
Este ocorre pela alta taxa de umidade do ar junto de superfcies que estejam com
temperatura abaixo do ponto de orvalho, fazendo o ar mido condensar-se e atacando estas
superfcies, os materiais mais densos sofrem maiores danos do que aqueles de menor
densidade, Righi (2009) conclui que esse tipo de agente costuma apresentar-se de forma
superficial, sem penetrar a grandes profundidades nos elementos.
Segundo HATTGE (2004) esta manifestao causa alguns dos seguintes efeitos em
uma edificao:
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Aumento da condutibilidade trmica do isolamento trmico;
Degradao dos materiais sensveis a gua;
Dilatao dos materiais;
Formao de bolhas na alvenaria que tendem a causar danos nas pinturas
3.2.2 Umidade do Solo
Em setores como subsolo, muro de conteno a umidade do solo assim como o nvel
do lenol fretico pode causar problemas, a intensidade deste fenmeno diretamente
proporcional a taxa de capilaridade destes materiais, tempo de construo da estrutura. Esta
umidade ira condensar-se e ascender at o nvel que a quantidade de gua evaporada e a
quantidade de gua absorvida pelo solo por capilaridade sejam iguais.
Este fenmeno pode gerar transporte dos sais presentes na gua ou no prprio material
de construo at o nvel em que ocorre a evaporao, com isso os sais acumulam-se e
diminuem o tamanho dos poros, sendo necessrio um maior nvel para a gua evaporar-se.
A identificao deste fenmeno ocorre com o surgimento de manchas na parte superior da
parede acompanhados algumas vezes de eflorescncias(cristalizao dos sais na superfcie da
parede), criptoeflorescncias(cristalizao ocorrendo na parte interna da parede,esta mais
difcil de ser encontrada), vegetao parasitaria nos locais de pouca ventilao. Segundo
HATTGE (2004), elementos cermicos, principalmente tijolos insuficientemente queimados e
excessivamente porosos, podem apresentar expanso pela incorporao de umidade aps o
assentamento, causando fissuras horizontais nas fiadas inferiores das paredes conforme a
Figura 1.
Figura 1:Trinca Horizontal na base da Alvenaria por efeito de umidade.
Fonte: Hattge, 2004
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3.2.3 Umidade imposta pela gua de percolao
Esta aparece tanto em construes novas como em construes antiga. o fenmeno
mais comum de umidade pois as construes esto sujeiras a chuva, e junto da chuva ocorre a
ao do vento, fazendo a precipitao tomar um sentido horizontal e levando mais gua contra
a parede, fazendo esta infiltrar-se nos poros e fissuras ,se esta possuir.
A gua infiltra-se e manifesta-se com aparecimento de manchas na parte interior das
paredes externas da edificao, sumindo aps o cessar do perodo de chuva, nas zonas que
ocorre umedecimento comum o surgimento de bolores e eflorescncias.
3.2.4 Umidade por gua sobre presso
Este tipo de manifestao dividido em duas classes:
PRESSO POSITIVA: onde a presso dgua age pelo lado da impermeabilizao, caso haja
um rompimento do sistema, ocorrer vazamento no compartimento dgua. Exemplos:
Piscinas elevadas, caixas dgua.
PRESSO NEGATIVA: onde a presso dgua age pelo lado oposto ao da
impermeabilizao, caso haja um rompimento do sistema, ocorrer formao de bolor nas
paredes. Exemplos: muro de conteno.
3.2.5 Umidade de obra
Esta causada na fase de construo da edificao, causada pela umidade que ficou nos
materiais de construo e manifestando-se aps ocorrer um equilbrio entre o material e o
ambiente. Segundo Righi (2009), um exemplo disto seria a umidade contida na argamassa de
reboco, que transfere parte de sua umidade para a alvenaria que esta est fixada, necessitando
de um maior prazo do que a cura do prprio reboco para entrar em equilbrio com o ambiente
interno .
Parte da gua absorvida se evapora rapidamente, mas outra parte toma mais tempo que
o normal para faz-lo. Esta gua evapora primeiramente na superfcie, em seguida nos poros
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de maiores dimenses e por final nos poros de menores dimenses, este ultimo pode levar
anos para acontecer.
A umidade que resta nestes materiais pode causar a perda de resistncia trmica dos mesmos o
que contribui para a condensao da gua, causando danos a pea e contribuindo para o
surgimento de bolor.
3.2.6 Umidade acidental
Decorrente de falhas nas instalaes hidrulicas, vazamento, rompimento da
tubulao. Esta pode ser causada por materiais que j tenham passado do tempo de vida til,
sendo necessrio uma analise detalhada de todo o sistema de tubulao da edificao.
3.3 DANOS CAUSADOS PELA UMIDADE
Segundo VEROZA (1983), a manifestao de umidade pode causar os seguintes
problemas: goteiras, manchas, mofo, apodrecimento, ferrugem, eflorescncias,
criptoflorescncias, gelividade e deteriorao.
3.3.1 Goteiras e manchas
Se a gua atravessa uma pea, ela pode, no outro lado, ficar aderente e ocasionar uma
mancha; ou, em caso de quantidades maiores pode ocorrer goteiras ou at fluxo continuo. A
umidade gera a deteriorao de qualquer pea estrutural e material de construo,
acarretando em uma perda de valor do imovel. Estes dois problemas so os danos mais
comuns causados por infiltrao.
3.3.2 Mofo e apodrecimento
O apodrecimento da madeira devido ao mofo e bolor. O mofo e o bolor so fungos
vegetais cujas razes, penetrando na madeira, destilam enzimas cidas que a corroem. At
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mesmo nas alvenarias eles causam danos, porque eles tambm ali aderem, escurecendo as
superfcies e, com o tempo, desagregando-as. Sendo vegetais, esses fungos precisam de ar e
gua. No proliferam em ambientes absolutamente secos. Logo, o mofo e o apodrecimento
tambm so decorrentes da umidade. A eliminao do mofo no fcil. Para evitar que
aparea preciso eliminar a umidade, o que se consegue com impermeabilizaes e com
ventilao, que secam as superfcies e removem os esporos (sementes). Mas depois que as
razes atingem maior profundidade difcil elimina-las.
3.3.3 Ferrugem/Oxidao/Corroso
Pode-se definir corroso como a interao destrutiva de um material com o ambiente,
seja por reao qumica, ou eletroqumica. Basicamente, so dois os processos principais de
corroso que podem sofrer as armaduras de ao para concreto armado: a oxidao e a corroso
propriamente dita.
Por oxidao entende-se o ataque provocado por uma reao gs-metal, com formao
de uma pelcula de xido. Este tipo de corroso extremamente lento temperatura ambiente
e no provoca deteriorao substancial das superfcies metlicas, salvo se existirem gases
extremamente agressivos na atmosfera.
Corroso conduz formao de xidos/hidrxidos de ferro, produtos de corroso
avermelhados, pulverulentos e porosos, denominados ferrugem, e s ocorre nas seguintes
condies:
deve existir um eletrlito;
deve existir uma diferena de potencial; deve existir oxignio;
podem existir agentes agressivos.
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Figura 2: Corroso na armadura passiva
Fonte: Bezerra, 2010
3.3.4 Eflorescncias
Segundo Freitas (2009) eflorescncias so depsitos cristalinos de cor branca que
surgem na superfcie do revestimento, como piso (cermicos ou no), paredes e tetos,
resultantes da migrao e posterior evaporao de solues aquosas salinizadas. Estes
depsitos acontecem quando ocorre o transporte dos sais solveis nos componentes das
alvenarias, nas argamassas de emboo, de fixao, de rejuntamento ou nas placas cermicas
pela gua na construo. Esses sais em contato com o ar se solidificam, causando depsitos.
Em situaes com ambientes constantemente molhados e com algum tipo de sais de difcil
secagem, estes depsitos apresentam-se com uma exsudao na superfcie, aparentando
ento a cor branca nas reas revestida, comprometendo os aspectos relacionados esttica.
Figura 3: Eflorescncias em fachadas
Fonte: Henrique, 2009
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3.3.5 Criptoflorescncias
Tambm so formaes salinas, de mesma causa e mecanismo que as eflorescncias,
mas agora os sais formam grandes cristais que se fixam no interior da prpria parede ou
estrutura. Ao crescerem, eles podem pressionar a massa, formando rachaduras e at a queda
da parede. O maior causador de eflorescncia o sulfato. Os sulfatos, ao receberem gua,
aumentam muito de volume. Mesmo que a presso seja pequena, as criptoflorescncias fazem
desagregar os materiais, principalmente na camada superficial.
3.3.6 Gelividade o fenmeno causado pelo congelamento da umidade existente nos poros dos
materiais, na presena de temperaturas entre 0 a 6 C, aumentando de volume e desagregando
continuadamente a face do material. Assim sendo, a gua depositada nos poros e canais
capilares dos tijolos e do concreto congela em dias frios. Ao congelar aumenta de volume.
No miolo, este aumento de volume contido pela massa do tijolo, e se traduz por calor, que
ento impede o congelamento. Mas na superfcie a resistncia menor, formando-se gelo que
desloca as camadas mais extensas, desagregando paulatinamente o material. Ento a
superfcie dos tijolos comea a se desgastar, parecendo lixada. Geralmente toma a forma
convexa. No havendo a penetrao da gua, no haver gelividade.
3.4 ETAPAS PR-IMPERMEABILIZAO
3.4.1 Limpeza da camada base
Etapa fundamental no inicio de um tratamento. Ao longo da construo vrios objetos
ou poeira proveniente dos materiais usados na obra ficam acumulados na laje que receber o
sistema impermeabilizante, estes se no retirados, prejudicam a eficincia do sistema ou at
mesmo perfurando o material impermeabilizante.
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3.4.2 Remoo das pontas de ferro
Em superfcies de concreto, devem-se detectar todas as falhas de concretagem, abrir
at obter concreto firme e homogneo, executar o corte das pontas de ferro sem funo
estrutural, recompor estas reas com argamassa de cimento e areia trao 1:3 (Righi,2009).
Figura 4: Etapas de tratamento de ao exposto em laje
Fonte: Prpria, 2012
3.4.3 Camada de Regularizao
Camada de Regularizao , de acordo com a NBR 9575/2003 como: Estrato com as
funes de regularizar o substrato, proporcionando uma superfcie uniforme de apoio adequado
camada impermevel, e fornecer ela uma certa declividade, quando esta for necessria. A
norma tambm cita que esta deve possuir um caimento mnimo para escoamento e conduo
das guas para os coletores. O trao geralmente usado para esta composio de 1:3 a 1:4.
3.4.4 Imprimao (Aplicao do PRIMER asfltico)
De acordo com a NBR 9575/2003( Norma Brasileira Regulamentadora, 2003, p.4),
imprimao : Pelcula, base soluo ou emulso, aplicada ao substrato a ser
impermeabilizado, com a funo de favorecer a aderncia da camada impermevel.
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Esta a camada que fica entre a regularizao e o sistema impermeabilizante,
geralmente usado com mantas asflticas. De acordo com o Manual Tcnico da VEDACIT,
um material aplicado a frio (no necessita do uso de caldeiras ou maarico), aps a aplicao
das duas demos, de preferencia em sentido cruzado, esperar de 4 a 6 horas para aplicao da
Manta Asfltica. Vale lembrar que o tempo de espera e o numero de demos depende do
fabricante e do consumo do material respectivamente. Existem equipamentos de proteo
especficos para aplicao deste produto, dado sua toxidade. aplicado em rolo, broxa,
vassouro. A norma regente para este produto a NBR 9686-Soluo Asfltica Empregada
como Imprimao da Impermeabilizao.
3.5 ETAPAS POSTERIORES AO PROCESSO DE IMPERMEABILIZAO
Aps a aplicao dos produtos impermeabilizantes, executam-se os servios para a
verificao da eficincia e proteo da impermeabilizao. So componentes que procuram
aumentar o tempo de vida til e evitar qualquer retrabalho no sistema impermeabilizante.
3.5.1 Teste de Estanqueidade
A NBR 9574/2008(Execuo de Impermeabilizao) recomenda que aps a aplicao
da impermeabilizao, seja feito um teste de carga dgua durante 72h para comprovar a
eficincia do sistema. Caso ocorra alguma falha, detectado o problema e corrigido,
evitando assim, trabalhos futuros e remoo das camadas do piso.
Segundo Ramos apud Cruz(2003), para obter a lamina dgua, devem ser colocados
pedaos de tubos de PVC na mesma altura para funcionar como extravasor caso ocorra
chuvas ou algum acumulo dgua extra que gere sobrecarga na laje.
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Figura 5:Teste de estanqueidade em piscina
Fonte: Frei, 2009
3.5.2 Camada Separadora
Aps o teste de estanqueidade, executa-se a aplicao de uma camada que visa evitar
a aderncia das prximas camadas sobre a impermeabilizao, dado o movimento da
estrutura e dilatao trmica dos materiais. A NBR 9575/2003 define camada separadora
como: Estrato com a funo de evitar a aderncia de outros materiais sobre a camada
impermevel.
IBRACON(Instituto Brasileiro de Concreto)(2010), afirma que a camada deve ser
colocada em todas as superfcies horizontais. Os sistemas de impermeabilizao que so
expostos ou autoprotegidos, dispensam esta camada.
A norma tambm define como materiais para esta camada:
Papel kraft betumado;
Filme de Polietileno;
Geotexteis.
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Figura 6:Filme de Poliestireno para camada separadora
Fonte: Prpria, 2012
3.5.3 Camada de Proteo Trmica
Segundo a NBR 9575/2003, a camada com funo de reduzir o gradiente de
temperatura atuante sobre a camada impermevel, de modo a proteg-la contra os efeitos
danosos do calor excessivo. A norma auxiliar para proteo trmica a NBR 11752-
Materiais Celulares de Poliestireno para isolamento trmico na construo civil.
Segundo Righi (2009) todas as estruturas sofrem efeitos das dilataes e das
contraes, que depende do coeficiente de dilatao trmica do material. Esses efeitos das
dilataes podem causar fissuras e movimentos da estrutura que podem prejudicar a
impermeabilizao da cobertura e ocasionar infiltraes que acabam por deteriorar a estrutura.
IBRACON(2010), cita que o uso de uma camada de isolamento trmico no somente
em beneficio da impermeabilizao, mas tambm para conforto trmico dos ambientes que ele
aplicado.
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Os materiais utilizados para isolamento trmico de uma impermeabilizao so:
Poliestireno expandido (EPS, ISOPOR).
Picchi (1986) diz que a isolao trmica na atende trs funes: conforto, economia de
energia e estabilizao da estrutura, ocasionando assim, um aumento da vida til dos
componentes da edificao.
Figura 7: Poliestireno Expandido para isolamento trmico
Fonte: Cruz, 2003
Picchi (1986) afirma que, no Brasil no necessrio o uso desta camada dado o nosso
clima.
OBS: observado que na regio norte, onde no ocorrem variaes trmicas muito
altas, no usada esta camada em muitos sistemas de impermeabilizao, dependendo assim
do projetista e por opo do cliente.
3.5.4 Proteo mecnica
Proteo mecnica a camada com a funo de absorver e dissipar os esforos
estticos ou dinmicos atuantes sobre a camada impermevel, de modo a proteg-la contra a
ao deletria destes esforos (NBR 9575/2003).
Segundo Dante (2006), a maioria das impermeabilizaes, por serem de material
asfltico e negras, tendem a absorver o calor e os raios UV, chegando a atingir temperaturas
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muito elevadas e assim degradando o material e sistema impermeabilizante. Alm dos
esforos vindos do transito de pessoas ou veculos, podem sofrem aes dos ventos, tais como
a suco, podendo agir sobre a impermeabilizao.
As protees mecnicas so determinadas de acordo com o grau de uso do ambiente,
ou seja, pelas solicitaes e trfego de materiais, veculos ou pessoas
Segundo Cruz, pode ser divididas em quatro tipos, segundo Cruz(2003):
Sistemas de impermeabilizao que dispensam a proteo mecnica: possuem acabamento
superficial incorporado na fabricao (mantas asflticas ardsia ou aluminizadas). Devem
possuir compostos capazes de resistir as intempries, reaes qumicas e aes dos raios UV.
Devem ser utilizados somente em locais com baixo trafego de pessoas(manuteno), no caso
de coberturas de guaritas por exemplo, pode ser manta asfltica sem acabamento superficial e
simplesmente protegida com uma camada de seixo rolado, visando uma manuteno
preventiva por precauo;
Proteo mecnica intermediria: Camada que distribui as cargas provenientes do piso final
sobre a impermeabilizao, devem ser feitas com 1cm de espessura, sendo considerado um
piso de cermica em reas externas por exemplo.
Proteo mecnica para solicitaes leves e normais: So utilizadas para distribuir diretamente
as cargas sobre a impermeabilizao, sua espessura deve ser determinada de acordo com as
solicitaes. Exemplo: piso cimentado, quadra de esportes. Sua espessura media de 3 cm.
Proteo em superfcie vertical: protege a impermeabilizao das aes do intemperismo,
aes mecnicas. Nas impermeabilizaes com manta, devem ser fixadas mecanicamente ao
plano vertical, sem prejudicar a impermeabilizao, devem ficar no mnimo a 5 cm da altura
inicial da impermeabilizao.
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Denver Impermeabilizantes recomenta a proteo mecnica com uma argamassa de
areia e cimento de trao 1:4 ou 1:5, devem ser feita em quadros de 2x2 m com junta mnima
de 1 cm entre elas e juntas perimetrais de 2 cm. Preencher as juntas com mastique, ou em um
trao de emulso asfltica com areia. Podem tambm ser armadas, se impostas por cargas
elevadas como em um estacionamento na estrutura e em piso cimentado.
3.6 DETALHES CONSTRUTIVOS
Antes de executar a impermeabilizao, necessrio que sejam tomados alguns
cuidados para que no danifiquem o tratamento e evitem futuras manifestaes patolgicas
de umidade. Esses detalhes so de grande importncia na execuo da impermeabilizao.
Segundo Righi (2009) a maior parte dos problemas ocorre em encontros com ralos, juntas,
mudanas de planos, passagem de dutos e chumbamentos, sendo necessrio detalhar estes
pontos crticos em projeto.
Picchi (1986) afirma que o sucesso da impermeabilizao depende de uma srie de
detalhes, que garantam a estanqueidade dos pontos crticos e singularidades especficas para
cada construo.
O projeto de impermeabilizao de acordo com a NBR 9575/2003 item 6.4 deve
atender a alguns dos seguintes detalhes construtivos a seguir:
Na regra geral, todas as tubulaes que atravessam qualquer sistema
impermeabilizante devem ser rigidamente fixadas a estrutura, com argamassa de trao forte e
grauteada de preferncia. O maior detalhamento possvel do projeto de impermeabilizao
o ideal para uma melhor execuo, entre os detalhamentos que podemos dizer que so
obrigatrios, so os detalhamentos de encontros em diferentes planos(horizontal e vertical).
A seguir veremos alguns detalhamentos da norma seguidos de ilustraes para melhor
entendimento:
a) a inclinao do substrato das reas horizontais deve ser no mnimo de 1% em direo aos
coletores de gua. Para calhas e reas internas permitido o mnimo de 0,5% (NBR
9575/2003);
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Figura 8: Detalhe de regularizao com inclinao mnima
Fonte: Prpria, 2012
b) os coletores devem ter dimetro que garanta a manuteno da seo nominal dos tubos
prevista no projeto hidrulico aps a execuo da impermeabilizao, sendo o dimetro
nominal mnimo 75 mm. Os coletores devem ser rigidamente fixados estrutura. Este
procedimento tambm deve ser aplicado para coletores que atravessam vigas invertidas;
Figura 9: Detalhe de impermeabilizao de ralo
Fonte: Prpria, 2012
Segundo Cruz (2003) so mais adequados, tubos de 100 mm ou mais, a
impermeabilizao deve adentrar nos ralos e ser aderida. importante a distancia mxima
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entre os ralos ser de 5m, assim no teremos uma altura elevada na regularizao. E a
distancia dos ralos dos encontros verticais ser de no mnimo 10 cm, para melhor execuo do
mesmo.
c) deve ser previsto nos planos verticais encaixe para embutir a impermeabilizao, para o
sistema que assim o exigir, a uma altura mnima de 20 cm acima do nvel do piso
acabado ou 10 cm do nvel mximo que a gua pode atingir;
Figura 10:Detalhe de impermeabilizao na vertical
Fonte: Prpria, 2012
d) nos locais limites entre reas externas impermeabilizadas e internas, deve haver diferena
de cota de no mnimo 6 cm com a impermeabilizao entrando 50 cm no ambiente, tambm
ser prevista a execuo de barreira fsica no limite da linha interna dos contramarcos,
caixilhos e batentes, para perfeita ancoragem da impermeabilizao, com declividade para a
rea externa. Deve-se observar a execuo de arremates adequados com o tipo de
impermeabilizao adotada e selamentos adicionais nos caixilhos, contramarcos, batentes e
outros elementos de interferncia;
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Figura 11:Detalhes entre reas externas e internas
Fonte: Cruz, 2003
e) toda instalao que necessite ser fixada na estrutura, no nvel da impermeabilizao, deve
possuir detalhes especficos de arremate e reforos da impermeabilizao;
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Figura 12:Detalhe de chumbamentos de tubo metlico
Fonte: Prpria, 2012
f) as protees mecnicas, bem como os pisos posteriores, devem possuir juntas de retrao e
trabalho trmico preenchidos com materiais deformveis, principalmente no encontro de
diferentes planos;
Figura 13:Aplicao de Mastique para encontro de planos
Fonte: Prpria, 2012
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g) as tubulaes de hidrulica, eltrica e gs e outras que passam paralelamente sobre a laje
devem ser executadas sobre a impermeabilizao e nunca sob ela. As tubulaes aparentes
devem ser executadas no mnimo 10 cm acima do nvel do piso acabado, depois de terminada
a impermeabilizao e seus complementos;
Figura 14:Detalhe de tubulao sobre a laje
Fonte: Prpria, 2012
h) as tubulaes externas s paredes devem ser afastadas entre elas ou dos planos verticais
no mnimo 10 cm;
Figura 15: Detalhe de fixao de chumbamento vertical
Fonte: Prpria, 2012
i) toda a tubulao que atravesse a impermeabilizao deve ser fixada na estrutura e possuir
detalhes especficos de arremate e reforos da impermeabilizao;
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Figura 16: Detalhe de impermeabilizao reforada no ralo
Fonte: Cruz, 2003
Um ponto importante na impermeabilizao de ralos e tubos, sua aplicao
em piscinas e caixas dgua, ou seja, sua aplicao em locais que possuem ao direta e
constante da gua.
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Figura 17: Detalhe de impermeabilizao de ralo para piscina
Fonte: Frei, 2009
j) os planos verticais a serem impermeabilizados devem ser executados com elementos
rigidamente solidarizados s estruturas, at a cota final de arremate da impermeabilizao,
prevendo-se os reforos necessrios;
Figura 18:Detalhe de chumbamento de tela galvanizada para fixao da proteo
Fonte: Prpria, 2012
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k) as arestas e os cantos vivos das reas a serem impermeabilizadas devem ser arredondadas
sempre que a impermeabilizao assim requerer;
Figura 19: Detalhe de canto em meia cana para melhor aplicao da manta
Fonte: Prpria, 2012
l) as juntas de dilatao devem ser divisores de gua, com cotas mais elevadas no
nivelamento do caimento, bem como deve-se prever detalhamento especfico, principalmente
quanto ao rebatimento de sua abertura na proteo mecnica e pisos posteriores;
Figura 20: Impermeabilizao em juntas de dilatao
Fonte: Prpria, 2012
Segundo Souza (2008) necessrio um teste da impermeabilidade nas juntas de
dilatao. construdo uma barragem de tijolos ao longo da junta e a mesma preenchida
com gua.
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Figura 21: Teste de estanqueidade na junta de dilatao
Fonte: Souza, 2008
m) As pingadeiras servem para evitar que a gua escorra para o plano vertical, evitando
assim a infiltrao dela no acabamento. Devem ser previstos nos locais necessrios, muretas,
platibandas, parapeitos e em bordas de sacadas e terraos, cabendo ao projetista definir os
tipos a serem adotados.
Figura 22: Detalhe de pingadeira sobre a camada impermeabilizada
Fonte: Cruz, 2003
4 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAO
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Segundo a NBR 9575/2003, os sistemas impermeabilizantes podem ser divididos em
rgidos e flexveis, que esto relacionados s partes construtivas sujeitas ou no a
fissurao.
Em relao a aderncia ao substrato podem ser classificadas como:
Aderido: Quando o material totalmente fixado ao substrato, tanto por fuso, colagem com
asfalto quente, adesivos ou no prprio maarico.;
Semi-aderido: Ocorre em locais onde a aderncia parcial como em platibandas e ralos;
Flutuante: Quando a impermeabilizao possui aderncia prxima de zero ao substrato e
trabalha em estruturas com grandes deformaes.
4.1 IMPERMEABILIZAO RGIDA
De acordo com a NBR 9575/2003 impermeabilizao rgida o conjunto de
materiais ou produtos aplicveis nas partes construtivas no sujeita fissurao. Os
impermeabilizantes rgidos no trabalham junto com a estrutura, com isso podemos afirmar
que reas com grande variao de temperatura esto descartadas para este tipo de sistema.
Locais para este tipo de sistema seriam: caixas dgua, piscinas enterradas e fundaes.
indicado para elementos que no so originrios de trincas ou fissuras, podendo citar
como exemplos:
Carga estrutural estabilizada: poo de elevador, reservatrio inferior de gua;
reas no expostas ao sol: banheiro, cozinha, rea de servio;
Condies de temperatura constante: subsolos, pequenos terraos, varandas.
4.1.1 Argamassa impermevel com aditivos hidrfugos
Tipo de impermeabilizao no industrializada aplicada em substrato de concreto ou
alvenaria, constituda de areia, cimento, aditivo hidrfugo e gua formando um revestimento
com propriedades impermeabilizantes. (NBR 9575/2003)
O Manual tcnico da VEDACIT cita que os aditivos impermeabilizantes reagem com a
cal livre do cimento formando sais clcicos insolveis (ao qumica). Age por hidrofugao
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do sistema capilar, mas, permitindo a respirao dos materiais. Reduz o ngulo de molhagem
dos poros dos substratos.
A revista Pini cita: "a argamassa impermevel deve apresentar absoro de gua por
capilaridade reduzida e resistir a lcalis e cidos dissolvidos nas guas pluviais. A mesma
dever compor um sistema de impermeabilizao que em funo das especificidades de
aplicao poder exigir proteo adicional".
Este sistema s recomendado para locais totalmente protegidos de oscilaes
trmicas, pois, por ser rgido, trinca junto com a estrutura.
Exemplos de locais que podem receber este sistema:
Cortinas de subsolos sem problemas de afloramento do lenol fretico
Reservatrios subterrneos
Piscinas enterradas
Figura 23:Argamassa com aditivo hidrfugo
Fonte: Souza, 2009
4.1.1.1 Aplicao da argamassa impermevel
Para preparao do substrato, eventuais trincas devem ser antecipadamente reparadas.
As cavidades ou ninhos existentes na superfcie devem ser preenchidos com argamassa de
cimento e areia, trao volumtrico mnimo 1:3. As superfcies a serem revestidas devem ser
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speras, isentas de partculas soltas e materiais estranhos, como pontas de ferro e pedaos de
madeira.
O substrato deve estar limpo e isento de resduos de agente de cura, desmoldantes,
leos ou graxas. Os cantos devem ser arredondados, formando meiacana. Os trabalhos de
aplicao da argamassa impermevel devem ser precedidos em 24 horas pela aplicao de um
chapisco (trao cimento: areia 1:2 a 1:3). Lembrar sempre que nunca se deve usar aditivo
impermeabilizante no chapisco, para no prejudicar a sua aderncia, este podendo ser aplicado
produto com caractersticas do Bianco para melhor aderncia da argamassa ao substrato.
A aplicao da argamassa impermevel s tem sua eficcia se for aplicada
continuamente. E em duas camadas, para que as fissuras naturais de cada uma no coincidam.
4.1.2 Cimentos Cristalizantes
Para locais onde o conjunto estrutural apresenta rigidez, onde h pequenas variaes
de temperatura, o substrato de aplicao pode ser concreto, alvenaria, argamassa, so uteis em
presso negativa(presso pelo lado oposto da impermeabilizao). um produto
bicomponente, formado de cimento e polmeros cristalizantes. Aplicados em:
Subsolos;
Floreiras;
Tuneis;
Galerias;
Pintura com cimentos especiais em demos sucessivas e cruzadas, que possuem a
propriedade de vedao das porosidades superficiais do concreto, possuindo grande aderncia
ao substrato, protegendo o mesmo da umidade.(Manual PROASSP)
Cimentos cristalizantes so impermeabilizantes rgidos, base de cimentos
especiais e aditivos minerais, que possuem a propriedade de penetrao osmtica nos
capilares da estrutura, formando um gel que se cristaliza, incorporando ao concreto
compostos de clcio estveis e insolveis (DENVER, 2008).
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Figura 24: Aplicao de cimento cristalizante
Fonte: Manual Tcnico Pini
Um cuidado que se deve ter ao aplicar o aditivo cristalizante ao cimento que estes
devem ter uma compatibilidade, no devem produzir reaes qumicas que possam causar
corroso s armaduras.
4.1.3 Cimento Impermeabilizante de pega ultra-rpida
Utilizado para casos de infiltraes ou jorro de agua sob presso em subsolos, poos
de elevadores, caixa dgua de concreto, e estruturas submetidas a infiltrao por lenol
fretico. Ocorrendo vazamento na estrutura, esta necessita ser eliminada antes da
impermeabilizao definitiva, adiciona-se ao cimento e gua um impermeabilizante liquido de
pega ultra-rpida para tamponamento imediato da falha, este composto cria uma massa em
que ocorre o tempo de pega entre 10 a 15 segundos, finalizando com 20 a 30 segundos,
possuindo alta aderncia e vedando o vazamento em questo.
Este componente pode ser usado tanto em estanqueamento de gua sob presso,
quanto em concretagem em presena dgua e revestimento de superfcies midas, sendo, para
cada necessidade, dosado de acordo com o manual tcnico do produto.
4.1.3.1 Aplicao
Inicialmente, sempre usando uma luva com o intuito de proteger as mos das reaes
qumicas do produto com o cimento, alargar o furo de forma cnica, mistura-se a seco 1 parte
de cimento para 3 partes de areia. Dilui-se 1 parte do impermeabilizante de pega ultra rpida
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em 1 parte de gua. Mistura-se a parte lquida com a parte seca. Com auxilio de uma luva
aplica-se diteramente ao jorro e aguarda-se 30 segundos aproximadamente.
Lembrando que este produto uma soluo para casos imediatos, sendo necessria
uma impermeabilizao permanente no local a fim de garantir a estabilidade do sistema.
Figura 25:Cimento Impermeabilizante de pega ultra-rpida
Fonte: Denver, 2008
4.1.4 Argamassa Polimrica
A NBR 9575/2003 Descreve Argamassa polimrica como: Tipo de
impermeabilizao industrializada aplicada em substrato de concreto ou alvenaria, constituda
de agregados minerais inertes, cimento e polmeros, formando um revestimento com
propriedades impermeabilizantes.
um composto de cimento e uma emulso de polmeros. Este ltimo ingrediente gera
resistncia e at um pouco de flexibilidade. Ela vira uma camada que no deixa a umidade
passar.
De acordo com Silveira (2001), argamassas polimricas so compostos por cimentos
especiais e ltex de polmeros aplicados sob a forma de pintura sobre o substrato, criando
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uma pelcula impermevel com alta aderncia e tendo um timo desempenho sob presso
positiva e negativa.
Este componente suporta pequenas movimentaes na estrutura, de fcil aplicao e
um produto atxico, no alterando a potabilidade da gua, tambm forma um selamento
contra sulfatos e cloretos e selando o substrato, reduz o consumo de tinta sob sua superfcie.
indicado para impermeabilizao de:
Reservatorios;
Piscinas
Cortinas com ou sem lenol fretico;
Paredes internas e externas;
Pisos frios.
4.1.4.1 Aplicao da argamassa polimrica
Para a integridade do substrato, a superfcie deve estar ligeiramente mida, no
podendo saturar, limpa e isenta de p.
A argamassa polimrica pode ser aplicada na forma de pintura, ou ser aplicado na
forma de revestimento final com desempenadeira. No primeiro caso deve possuir uma maior
quantidade de gua na aplicao.
Para a mistura, seguir as normas do manual tcnico do produto. Na aplicao em
forma de pintura, aplicar a primeira demo no substrato mido, esperar cerca de 15 minutos e
aplicar a segunda demo de forma cruzada do sentido da primeira. Fazendo as demos
sucessivas em direes alternadamente sucessivas. Para aplicao de desempenadeira, utilizar
uma demo antecipadamente na forma de pintura.
Figura 26:Argamassa polimrica aplicada na forma de pintura
Fonte: Righi, 2009
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Figura 27:Argamassa polimrica aplicada na forma de revestimento
Fonte: Righi, 2009
4.2 IMPERMEABILIZAO FLEXIVEL
A NBR 9575/2003 define impermeabilizao como : Conjunto de materiais ou
produtos aplicveis nas partes construtivas sujeitas fissurao.
De acordo com Moraes (2002), so sistemas impermeabilizantes aplicveis em
estruturas que possuem variaes trmicas altas, constantes vibraes, cargas dinmicas,
recalques e forte exposio solar.
O sistema flexvel dividido em moldados in loco e pr-fabricados, o primeiro
sistema composto de membranas asflticas e acrlicas e a segunda composta por mantas
industrializadas.
De acordo com Righi (2009) as membranas podem ou no ser estruturadas. Como
principais estruturantes podem-se incluir a tela de polister termo estabilizada, o vu de fibra
de vidro e o no tecido de polister. O tipo de estruturante definido conforme as solicitaes
de cada rea e dimensionamento de projeto. Devem-se aplicar sobre o estruturante outras
camadas do produto, at atingir a espessura ou consumo previsto no projeto. A principal
vantagem das membranas em relao s mantas que as membranas no apresentam
emendas. Segundo Cichinelli (2004) as membranas exigem um rgido controle da espessura e,
consequentemente, da quantidade de produto aplicado por metro quadrado, sendo essa uma
falha que fica difcil de visualizar.
Dentro dos sistemas de impermeabilizao flexveis, existe a subdiviso de acordo
com o grau de flexibilidade de cada tipo, estes so categorizados como:
Alta flexibilidade: mantas asflticas, membranas de asfaltos polimricos, mantas de butil,
mantas de EPDM, mantas de PVC, membranas neoprene;
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Mdia flexibilidade: emulses asflticas polimricas, membranas acrlicas;
Baixa flexibilidade: asfalto oxidado, emulso asfltica com carga.
4.2.1 Mantas asflticas
A NBR 9575/2003 define manta asfltica como: produto impermevel, pr-fabricado,
obtido por calandragem, extenso, ou outros processos com caractersticas definidas. Com
isso pode definir manta asfltica como um material impermeabilizante, flexvel, pr-fabricado,
com um estruturante interno sua massa asfltica, possuindo vrios tipos de acabamento
superficial.
A manta asfltica pode ser ser dividida em trs componentes:
Massa asfltica;
Estruturante;
Acabamento superficial(inferior e superior).
A aderncia das mantas asflticas podem ser executadas atravs de:
Utilizao de asfalto oxidado a quente;
A maarico.
4.2.1.1 Caracteristicas da manta asfltica
i. Massa asfltica
A massa asfltica o elemento constituinte da manta asfltica diretamente responsvel
pela aderncia, durabilidade, e flexibilidade sujeita a alta e baixa temperatura, podendo ser
modificada por polmeros:
Segundo a NBR 9952/2007 os tipos de asfalto utilizados na composio da manta so:
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Asfalto plastomrico: so mantas que utilizam adio de plastmeros(apresentam deformao
residual quando aplicadas tenses que ultrapassam seu limite elstico) em sua composio,
geralmente usado o APP( polipropileno attico), apresentam boa resistncia mecnica,
trmica e qumica ;
Asfalto elastomrico: so mantas que utilizam adio de elastmeros(apresentam deformao
elstica, proporcional a tenso aplicada) em sua composio, o elastmero mais comum usado
o SBS( estireno-butadieno- estireno), apresentam resistncia a trao;
Asfalto oxidado: so mantas de asfalto oxidado, policondensado, ou com adio de uma
mistura genrica de polmeros.
ii. Estruturante
Responsvel pelo desempenho da manta asfltica quando submetida a trao.Os tipos
de estruturantes mais conhecidos so:
Polister: conhecido por ser o mais resistente dos estruturantes, formado por filamentos
contnuos de polister distribudos de forma aleatria, por isso que mais conhecido como
no tecido de polister, comercializado por gramatura, quanto maior a gramatura, maior a
resistncia da manta;
Filme de polietileno: estruturantes de baixo custo, com baixa resistncia a trao e confere
manta final alta resistncia a flexo e alongamento;
Vu de fibra de vidro: formado de resinas especiais, de fibra de vidro, no possui uma
resistncia a trao e flexo to boa quanto os dois anteriores, geralmente empregado em
obras de menor custo e reas sujeitas a menores deformaes.
iii. Revestimento Superficial Como o nome sugere, so os componentes que fazem a camada superficial da
manta. Os acabamentos superficiais ,de acordo com Moraes (2002), mais comuns so:
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Areia Polietileno: mantas revestidas de um lado por uma camada de areia fina e do outro de
uma fina camada de polietileno, esta ultima a que recebe a aplicao do maarico na
colagem das mantas;
Polietileno-Polietileno: ambas faces com polietileno de baixa espessura e baixa gramatura;
Ardosiada: so mantas revestidas, pelo lado interno por um filme de polietileno a ser
extinguido durante a aplicao e pelo lado externo uma camada granular de ardsia, muito
fina, esta tem a funo de proteger a manta contra a ao dos raios UV e trfego de pedestres.
Dispensa a camada de argamassa de proteo mecnica, ideal para reas com pouco trnsito
de pedestres;
Aluminizada: Mantas revestidas pelo lado interno por polietileno a ser extinguido durante a
aplicao e pelo lado externo por uma membrana de fibra metlica fina com o objetivo de
proteger a manta dos raios UV. Possui uma fita de polietileno na faixa de sobreposio lateral
entre as mantas.
Antiraiz: Mantas que possuem herbicidas na sua camada externa com o intudo de impedir o
crescimento de razes, desenvolvidas para serem aplicadas em floreiras.
Figura 28: Estrutura de uma manta asfltica
Fonte: UFPR
As mantas asflticas so classificadas em quatro tipos diferentes, de acordo com sua
fabricao,de acordo com a tabela 2:
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Tabela 2 - Tabela classificatria de mantas asflticas
TABELA DE CLASSIFICAO DAS MANTAS
Tipos
Unidade I II III IV
1. Espessura (mnima) mm 3mm 3mm 3mm 4mm
. Resistncia trao e alongamento - carga mxima (longitudinal e transversal)
Trao (mnima) N 80 180 400 550
Alongamento (mnimo) % 2 2 30 35
3. Absoro d'gua - variao em massa (mxima) % 1,5 1,5 1,5 1,5
4. Flexibilidade baixa temperatura Tipo
A
C
-10 -10 -10 -10
B -5 -5 -5 -5
C 0 0 0 0
5. Resistncia ao impacto a 0C (mnimo) J 2,45 2,45 4,9 4,9
6. Escorrimento (mnimo) C 95 95 95 95
7. Estabilidade dimensional (mximo) % 1% 1% 1% 1%
8. Envelhecimento acelerado
Mantas asflticas expostas
Os corpos-de-prova, aps o ensaio, no devem apresentar bolhas, escorrimento, gretamento, separao dos constituintes, deslocamento ou
delaminao
Mantas protegidas ou autoprotegidas
9. Flexibilidade aps envelhecimento acelerado Tipo
A C
0 0 0 0
B 5 5 5 5 C 10 10 10 10
10. Estanqueidade (mnima) mca 5 10 15 20
11. Resistncia ao rasgo (mnimo) N 50 100 100 140
Fonte: NBR 9952/2008
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Tabela 3: Resumo de uso das mantas de acordo com sua classificao
TIPO CARACTERISTICAS APLICAO
I
Mantas de desempenho bsico. Com resistncia mecnica e
elasticidade baixas. Indicadas para locais com pouco trfego e
carregamentos leves.
Pequenas lajes no
expostas ao sol, banheiro,
cozinhas, varandas.
II
Resistncia Mecnica adequada a solicitaes leves e moderada, como
o de reas internas residenciais, pequenas lajes e fundaes. Tambm
podem ser usadas para impermeabilizaes com manta dupla
Lajes sob telhados,
cozinhas, baldrames,
varandas
III
Mantas de elasticidade e resistncia mecnica elevadas, desenvolvidas
para estruturas sujeitas a movimentaes e carregamentos tpicos de
um edifcio residencial comercial
Lajes macias, pr-
moldadas, steel deck,
terraos, pscinas,
camadas de sacrficio em
sistemas de dupla manta,
pilotis.
IV
Trata-se de material de alto desemprenho e elevada vida util. Indicadas
para estruturas sujeitas a grandes deformaes por dilatao ou para
grandes cargas como em obras de infraestrutura e viarias.
Lajes de estacionamento,
tanques, espelhos d'gua,
tneis, viadutos, rampas,
helipontos.
Fonte: PINI, 2012
4.2.1.2 APLICAO DA MANTA ASFALTICA
i. Preparao da camada que receber a manta
O procedimento bsico que a limpeza da superfcie;
Verificar pontos de eltrica, hidrulica, dado que so sensveis caso as mantas sejam
aplicados com maarico;
Nos rodaps, a manta ficar embutida na alvenaria ou concreto, para isso, o encaixe de no
mnimo 3 cm, com altura mediante projeto, sendo os cantos arredondados (meia- cana);
Caimentos mnimo de 1% em direo aos ralos e coletores mediante os projetos de hidrulica.
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ii. Imprimao
A aplicao de um material betuminoso sobre a superfcie a ser impermeabilizada
visando uma impermeabilizao primaria e principalmente a aderncia da manta que ser
aplicada conhecida por imprimao.
A aplicao do primer feita a frio, ou seja, sem necessidade de maarico ou caldeira
para seu preparo, deve ser aplicado sobre toda superfcie em que ser aplicada a manta,
inclusive ralos e paredes laterais, aplica-se duas demos do material asfltico. Aps 6h, no
mnimo, a manta pode ser aplicada de acordo com as condies de temperatura e ventilao
do local. Sempre manter o local onde foi feita a imprimao ventilado e seco.
iii. Aplicao
Segundo Souza (2009) devemos seguir os seguintes passos na aplicao:
Posicionar os rolos da manta de forma alinhada e obedecendo ao requadramento da rea;
A colagem da manta deve ser iniciada pelos ralos e coletores de gua, vindo no sentido das
extremidades, obedecendo ao escoamento da gua. Deve-se verificar o detalhe de ralos;
A aplicao da manta feita aquecendo-se a superfcie da manta e do substrato. Logo que o
plstico de polietileno (filme antiaderente) encolher e o asfalto brilhar, deve-se colar a manta
asfltica. importante certificar-se de que no h bolhas de ar embaixo da manta;
A 2 bobina da manta deve sobrepor a 1 (transpasse) em 10 cm, no mnimo;
A fim de evitar qualquer infiltrao, necessrio que seja feito, aps a colagem das
mantas, o reaquecimento das emendas dando o acabamento. Este servio biselamento,
aquece a colher de pedreiro e alisa as emendas, exercendo leve presso sobre a superfcie da
manta asfltica;
Nas superfcies verticais, em 1 lugar, deve-se levar a manta do piso at cobrir toda meia
cana. Depois, colar outra manta, fazendo a parte do rodap e descendo no piso 10 cm
(transpasse). O trecho do rodap fica com manta dupla. Nas paredes, estruturar a argamassa
com tela galvanizada ou plstica mal