Tamarindus Indica
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U.C: Tecnologia dos Produtos Tropicais2ºCiclo – 2ºSemestre – Mestrado em Engenharia Alimentar???
Tamarindo
Docentes:
Manuel Nogueira Gomes Correia
Maria Helena Guimarães de Almeida
Augusto Discentes:
Ana Rita Duarte nº 18626
Pedro Marques nº19569
Yoland Castro nº19708
Introdução
• Termo de origem árabe;
• Possui produção em todas as zonas do globo
• Principalmente consumido no India;
• A arvore é robusta e resistente a condições
ambientais adversas;
• Alto teor em antioxidantes e elementos
minerais;
• Diversas aplicações: culinárias,
farmacêuticas e mobiliárias (árvore).
Tamarindo
Taxonomia
• Nome Científico: Tamarindus indica
• Família: Leguminosae-Caesalpinioideae
(Caesalpiniaceae)
• Reino: Plantae
• Classe: Magnoliopsida
• Ordem: Fabales
• Género: Tamarindus L.
• Espécie: Tamarindus indica L
Características Morfológicas
Árvore frutífera:• Atinge até 30 m
de altura • Circunferência de
tronco de até 7 m • Copa densa e
arredondada
Flores: •Hermafroditas •Coloração amarelo-creme ou avermelhadas•Agrupadas em cachos axilares
Folhas:• Composta
s • Alternas• Sensitivas
Características Morfológicas
Casca castanha, lenhosa e quebradiça
Fruto Vagem alongada 5 a 15 cm de comprimento
Sementes em números de 3-8
Polpa fibrosa e ácida
Distribuição Geográfica
África central
Muito cultivado
Ásia tropical
Oceânia
América do Norte
América central
Caribe
Austrália
Nativo
Não existem ainda variedades melhoradas. Variedades características pelo sabor do se
fruto: ácidas e/ou doces. Características pela cor do seu fruto:
vermelha e/ou castanha.
Cultura do Tamarindo
Variedades
Propagação assexuada
Por estacaria, enxertia, mergulhia, alporquia e cultura de tecidos.
Alta produtividade. Resistentes a pragas e
doenças. Iniciam a sua produção em 3-4
anos.
Cultura do Tamarindo
Propagação sexuada
Método mais utilizado Inicio da produção ao fim de 7 anos 10 a 12 anos para que a produção
se estabilize
Solos profundos e bem drenados;
Preferencialmente solos areno-argilosos;
Evitar solos pedregosos e sujeitos a encharcamento;
Cultura do Tamarindo Solo
Cultivada em regiões tropicais húmidas ou áridas.
Temperatura média anual de 25ºC;
Precipitações anuais entre 600 e 1500mm;
Requer boa intensidade de luz; Sensível ao frio;
Clima
Práticas Culturais Na plantação exigente em rega e
adubação;
Em adulta não necessita de irrigação
complementar;
Fertilizações a cada 2 a 3 meses com
Azoto, fosforo e potássio;
Poda de formação nas árvores jovens;
Cultura do Tamarindo
Pragas• Adulto é escuro • Asas amarelo-
escuras• 31-35mm de
comprimento• Posturas na casca
da árvore • Lagartas que
perfuram o caule e formam galerias.
Cultura do TamarindoMosca da Madeira
• Adulto é um besouro escuro com 2 mm de comprimento • Perfura a casca do fruto• Destrói a polpa • Posturas nas sementes • Lagartas que destroem as sementes
• Adulto é um besouro
• 20 mm de comprimento
• Cor castanha clara e com antenas longas;
• Na sua forma jovem são lagartas brancas sem patas
• Fazem brocas no tronco e ramos formando galerias.
Coleobroca
Broca das sementes
Maturação
Cultura do Tamarindo
Determinada através de vários indicadores físicos, visuais, químicos e fenológicos.
Polpa castanha e pegajosa
Tornam-se cheios
Sementes duras
e brilhantes Casca da vagem torna-
se frágil
Colheita Varejando com um pau comprido ou
agitando os ramos. Coloca-se um pano debaixo da árvore Apanha manual trepando as árvores As frutas deixadas na árvore acabarão
por cair naturalmente
Cultura do Tamarindo
Rendimento
Depende de factores genéticos e ambientais
Produção cíclica
Abundante a cada 3 anos
Arvores nova produz entre 20 a 30 kg de
fruta/ano.
Arvore adulta produz entre 150 a 200kg de
fruta/an
Cultura do Tamarindo
Armazenamento Fruta perecível Muita susceptibilidade a ataques por
pragas e fungos Armazenamento a baixas temperaturas
Cultura do Tamarindo
Impacte Ambiental Protecção do solo Estabilidade do solo Fornece, armazena e recicla
os nutrientes das plantas Funcionam como quebra
ventos
Composição do Tamarindo
Fósforo 34-78 mg
Ferro 0.2-0.9 mg
Tiamina 0.33mg
Riboflavina 0.1mg
Niacina 1.0g
Vitamina C 44 mg
Humidade 17.8-35.8g
Proteína 2-3g
Gordura 0.6g
Hidratos de Carbono
41.1-61.4g
Fibra 2.9-3,9g
Cinzas 2.6-3.9g
Cálcio 34-94 mg
Composição média
em100 mg
Partes da planta
Constituintes químicos
Folhas Açúcar invertido, ácido pipecólico, ácido cítrico, ácido nicotínico, ácido 1-málico, óleos voláteis (geranial, geraniol, limoneno), ácido pipecólico, lupanona , lupeol, orientina, isoorientina ,
vitamina B3, vitamina C, vitexina, isovitexina, benzil benzoato (40.6%), cinamatos, serina, β-alanina, pectina, prolina,
fenilalanina, leucina, potássio, taninos, glicósidos, e peroxidase.
Fruto
Derivados de furano (44.4%), ácidos carboxílicos (38.2%), ácido málico (14,8 %), ácido oleico
(8,1%), ácido tartárico, ácido succínico, ácido gálico, ácido cítrico, pectina e açúcar invertido.
Semente Campesterol, β -amarina, β -sitosterol, ácido palmítico, ácido oleico, ácido linoleico e ácido eicosanóico, mucilagem, pectina,
arabinose, xilose, galactose, glicose, ácido urónico, bufadienolidas, cardenolidas, Celulose, albuminóides, amilóides
e chitinase.
Casca Taninos, saponinas, glicósidos e lípidos.
Composição do Tamarindo
2-acetil-furano+
furfural +
5-methylfurfural
Cor Vermelha
Fruto
Derivados de furano (44.4%), ácidos carboxílicos (38.2%) →ácido gálico, ácido málico (14,8 %), ácido oleico (8,1%), ácido
tartárico, ácido sucínico,, ácido cítrico, pectina e açúcar invertido.
Composição do Tamarindo
Variedade de Pigmentos
Antocianinas
capacidade Antioxidante
teor de compostos fenólicos
↓
↓
Aroma do
Tamarindo
Ácido gálico
626-664 mg por 100g
Sabor Ácido
Composição do Tamarindo
Invulgar nas plantas
Teor de C4H6O6
não ↓Açúcares
redutores para
30-40%
Maturação do Fruto
Ácido tartárico12,2-23,8%
Fruto Ácido e
Doce
↓ Frutos amargos como: uvas,
toranja e framboesas
C4H6O6
Utilizações do Tamarindo
Polpa
Agridoce, castanho-avermelhada e de textura fibrosa
Consumida em fresco
Preparações culinárias (caril, molhos, temperos etc)
Polpa de tamarindo em pó
Ácido tartárico
Utilizações do Tamarindo
Sementes
Forragem para animais domésticos
Tamarindo em pó (TKP)
Óleo de tamarindo
Pectina “Jellose”
Folhas e Flores
São comestíveis
Gomas de mascar (ácido das
folhas com goma de figueira
Tronco Moveis
Barcos
Carvão vegetal
Utilizações do Tamarindo
•Tosse•Reumatismo• Ictericia•Ulceras• Insonias
•Asma•Amenorreia•Colicas
•Constipações•Nauseas•Urticaria•Disenteria•Perda de apetite
• Tuberculose• Laringite• Edemas• Ferimentos
•Picadas de cobra•Ulceras•Queda de cabelo
Utilizações do Tamarindo
O tamarindeiro é considerado uma árvore sagrada
Na Índia acredita-se que não é seguro dormir debaixo da arvore
A arvore é usada para prevenir as condições meteorológicas
Na malásia coloca-se na boca dos recém nascidos um pouco de tamarindo e leite de coco
As cascas e a fruta de tamarindo são dadas aos elefantes para os tornar sábios
Utilizações do TamarindoAspectos sócio-culturais
Produtos do Tamarindo
Sumo concentrado de tamarindo:
I. Fácil produção, consumo e possui altos tempos de
prateleira;
II. Este é extraído a partir da polpa pelo processo de
contracorrente com água quente;
III. Rendimento da extracção são 20% de sólidos solúveis;
IV. O extracto é concentrado a vaco numa peneira, sendo
depois embalado e enlatado quando o teor de sólidos
atinge 68%;
V. O processo possui um rendimento de 78% da polpa
utilizada.
Produtos do Tamarindo
Tamarindo em pó:
I. A principal utilização de sementes do tamarindo é para a
produção de tamarindo em pó;
II. As sementes são extraídas da polpa, descascadas e moídas por
maquinas;
III. Este é um produto bastante sensível a deteriorações, pelo que
tem que ser armazenado com muita cautela;
IV. O pó de qualidade deve possuir o sabor e aroma do fruto,
não possuindo qualquer outra característica alheia;
Produtos do TamarindoFases da produção de tamarindo em pó:
1. Colheita: Quando atingem a maturação as vagens são colhidas das árvores;
2. Selecção: As vagens colhidas são abertas para remover as sementes e fazer uma selecção separando as sementes podres e os detritos;
3. Torrefacção: As sementes seleccionadas são sujeitas a temperaturas elevadas o que torra as sementes e faz com que o revestimento da semente se torne quebradiça não afectando o endosperma;
4. Stripping: Este processo trata-se de retirar a casca da semente e separa-la do endosperma;
5. Moagem: O endosperma é então moído para separar o gérmen do endosperma criando assim o pó de miolo de tamarindo;
6. Triagem: O pó de semente de tamarindo é depois peneirado para produzir um pó mais fino que depois é misturado com um solvente para produzir pó de goma de tamarindo ou goma de tamarindo.
Sub-Produtos do Tamarindo
A partir do pó de tamarindo é possível produzir bebidas refrigerantes enlatadas, ricas em vitamina B, possuindo também vitamina C e carotenos;
O sumo da polpa de tamarindo é mais valorizado devido ao seu alto teor de vitamina C (5,1-6,1 mg/100ml);
O tamarindo também pode ser comercializado como molho, xarope e licores.
• Exportação tanto na sua forma natural
como processado
• Comércio do fruto aparenta ser um
pouco desorganizado
• Limitada aos grandes países produtores
• Considerado um alimento étnico
Exportação / Importação
Comercialização
ImportaçãoExportação
• Índia é o maior
produtor: 300 mil
toneladas anuais
• Tailândia é o 2º maior
produtor na Ásia
Sri Lanka,
Filipinas e
Indonésia
• Paquistão
• Emirados Árabes
Unidos
• Japão
• Iémen
USA, Alemanha, França,
Malásia, Reino Unido, Itália
e Bangladesh.
Comercialização
Outros Outros
10.000 ton
anuais
Austrália
Comercialização
Produção
inferior a 6
toneladas
Reflecte as
diversas
culturas
presentes no
país
Costa Rica
Produtor
pequeno à
escala mundial
Exporta
pequenas
quantidades
para a América
do norte
Porto Rico
Sem produção
Comercial
Frutos crescem em toda
a ilha e em jardins
residenciais
Colectadas para
consumo próprio
Produção estimada em
1977 foi de 23 toneladas
ComercializaçãoComércio nacional e internacional limitado devido:
• Atenção/investigação insuficiente
• Maioria dos frutos e sementes são
desperdiçados devido à falta de
tecnologias
• Polpa processada de baixa qualidade
• Produtos disponíveis restritos aos
mercados internos
• Falta de informações sobre o
mercado local e internacional
restringe a expansão e
diversificação de produtos
Bibliografia• GÓES,GLÊIDSON: PROPAGAÇÃO DO TAMARINDEIRO (Tamarindus indica L.) E DA PITOMBEIRA (Talisia esculenta Raldk) POR ENXERTIA,
2011• Fruit for the Future 1: Tamarind (Tamarindus indica.) extension Manual For International Centre for Underutilised Crops (ICUC)• A CULTURA DO TAMARINDEIRO (Tamarindus indica L.); disponível em: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/tamarindo.htm#Literatura
consultada: 29/04/2015• Agroforestry Database 4.0 (Orwa et al.2009): Tamarindus indica disponivel em:
http://www.worldagroforestry.org/treedb/AFTPDFS/Tamarindus_indica.PDF. Consultado a: 29/04/2015• de caluwe, k. halamova, p. van damme: Tamarindus indica L. – A review of traditional uses, phytochemistry and pharmacology; afrika
focus — Volume 23, Nr. 1, 2010 — pp. 53-83• L.K. El-Siddig, H.P.M. Gunasena, B. A. Prasad, D.K.N.G. Pushpakumara, K.V.R. Ramana, P. Vijayanand, J.T. Williams : Tamarindus Indica• PARDI – Pacific Agribusiness Research & Development Initiative: Tamarind Value Chain Review, disponível em:
https://www.adelaide.edu.au/global-food/documents/pardi-tamarind-chain-review-nov-2011.pdf. Consultado a: 05/04/2015• NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES. 1979. Ocampo, R.A.(editor). 1994.Osawa. 1994.Prins, H. and J.A. Maghembe. 1994.Rico-Gray, V.,
A. Chemás and S. Mandujano. 1991.Rondón Rangel, José‚ Armando. 1993.Sosa Castillo, Araceli. 1987.Telek, L. and A. Pusztai. 1995.Tsuda, Takanori., Mie Watanabe, Katsumi Ohshima,Akira Yamamoto, Shunro Kawakishi and ToshihikoOsawa. 1994.
• DESENVOLVIMENTO, ARMAZENAMENTO E SECAGEM DE TAMARINDO (Tamarindus indica L.) Kátia Cristina de Oliveira Gurjão AREIA-PB 2006
• PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE Tamarindus indica L. ANTONIO FLÁVIO ARRUDA FERREIRA Ilha Solteira/SP 2014• PROPAGAÇÃO DO TAMARINDEIRO (Tamarindus indica L.)JOÃO MARIANO DE OLIVEIRA QUEIROZ CRUZ DAS ALMAS – BAHIA JUNHO -
2010• Tamarindus indica L. Authors: K. El-Siddig H.P.M. Gunasena B.A. Prasad D.K.N.G. Pushpakumara• Antimicrobial Activity of Tamarindus indica Linn. Tropical Journal of Pharmaceutical Research, December 2006; 5 (2): 597-603;
Disponível em: http://www.tjpr.org/home/