Tapiri 178 digital março abril 2016

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BOLETIM INFORMATIVO "O TAPIRI" - INSPETORIA SALESIANA MISSIONÁRIA DA AMAZÔNIA - NÚMERO 178 - MARÇO-ABRIL de 2016 Leia as importantes matérias desta Edição: 1. Campanha da Fraternidade Ecumênica: Desafio Social e Ação Contínua da Paróquia (Pe. João Mendonça) 2. Acreditemos, O Futuro Será Melhor! (Antonio de Assis Ribeiro - P. Bira) 3. A Questão Islâmica: Longe ou Perto de Nós (Pe. Carlos Josué Nascimento) 4. O Uso da Vara na Educação das Crianças (Irmão Antônio Stefani) 5. Notícias Salesianas: Aconteceu... Boa leitura e Reflexão.

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Com alegria lhe apresento mais uma edição de “O Tapiri”, continuando nosso compro-misso de fazer registros da história da presença Salesiana na Amazônia e publicar matérias que colaborem para a formação dos nossos leitores. Eis os artigos desta edição!

A Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano, por si mesma, é um desafi o pas-toral; mais ainda, pelo objeto refl etido que nos lança um tema social de forte conotação político-administrativo. O Pe. João mendonça nos estimula à refl exão sobre como se apre-senta esse desafi o para as nossas paróquias, uma vez que nem sempre a sensibilidade so-cial na vida pastoral delas é evidente.

O Pe. antônio de assis ribeiro, estando com olhar atento ao que se passa em nossa sociedade nestes meses, de forte tensão e protestos, por todos os lados na nação, nos lança um convite: “Acreditemos, o Futuro Será Melhor!”. Trata-se de uma leitura sociopastoral so-bre a nossa atualidade político-brasileira profundamente marcada pela luta jurídica contra a corrupção. As reivindicações das ruas tem uma profunda relação com a missão salesiana: “evangelizar educando e educar evangelizando”.

Outro tema de grande repercussão na atualidade é a Questão Islâmica que não está longe de nós! O Pe. Josué nascimento, que viveu por vários anos no Oriente Médio, em Is-rael, partilha conosco algumas refl exões muito pertinentes. O mundo comercialmente glo-balizado se ressente da necessidade da mundialização do respeito pela diversidade. A ig-norância alimenta o medo e o preconceito, e o fundamentalismo religioso, o terror! Educar para o respeito à diversidade e atitude de diálogo religioso é um desafi o para a educação.

Agradecemos ao irmão antônio stefani pela sensível refl exão sobre o uso de métodos violentos na educação das crianças. O texto “O Uso da Vara na Educação das Crianças” nos convoca para estarmos atentos às novas exigências legais sobre nossas atitudes e meios no processo de educação das crianças e adolescentes. A era do chicote passou! Todavia, “vara ou chicote”, ainda podem assumir muitas formas! Do ponto de vista pastoral temos um forte tema para o diálogo formativo com pais e educadores.

Desejando-lhe uma boa leitura e serena refl exão, renovamos nossos votos de uma FE-LIZ PÁSCOA!

Manaus (Am), Brasil, 25 de Março de 2016

Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), sdbDelegado Inspetorial para a Animaçãoda Pastoral Juvenil

estimados(as) leitores(as),

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O TAPIRI nº 176 - editOrial

Campanha da Fraternidade Ecumênica: Desafi o Social e Ação Contínua da Paróquia PG. 05Acreditemos, O Futuro Será Melhor! PG. 08A Questão Islâmica: Longe ou Perto de Nós PG. 12O Uso da Vara na Educação das Crianças PG. 17Aconteceu PG. 19

O TAPIRI é uma publicação bi-mestral e gratuita da Inspe-toria São Domingos Sávio,

iniciada em janeiro de 1989, dirigida aos Salesianos de Dom Bosco, mem-bros da Família Salesiana e aos cola-boradores leigos e educadores; tem como objetivo ser um instrumento de refl exão sobre temas diversos ali-nhados à ação pastoral do carisma salesiano.

O TAPIRI reserva-se o direito de condensar/editar as matérias envia-das como colaboração. Os artigos as-sinados não refl etem necessariamen-te a opinião do instrumento pastoral, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Inspetor: Pe. Francisco Alves de Lima

Organização: CIP

Coordenador: Pe. Antônio de Assis Ribeiro

Equipe de articulação: Eduardo Lacerda, José

Luis (Zeca) e Animadores de Pastoral

Projeto Gráfi co: Eduardo Lacerda

Revisão: Josely Moura

Distribuição: José Luis (Zeca)

Articulistas: Convidados

Capa: Ilustração do Cartaz da Campanha da Fraternidade 2016

Manaus - Am - Brasil

SUMÁRIO

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A paróquia, “casa escola de comu-nhão” (Documento de Aparecida, n. 169), é uma estrutura que pode ainda contri-buir muito para a conscientização e mobi-lidade social, pois a atividade missionária é aberta a todos os homens e mulheres de boa vontade; não há fronteiras ou muros que nos separem das questões sociais, politicas, religiosas e econômicas. Ela forma pessoas e as envia ao “comple-xo mundo do trabalho, da cultura, das ci-ências e das artes, da política, dos meios de comunicação e da economia, assim como a esfera da família, da educação, da vida profi ssional” (DA, n. 174). Neste sentido, a paróquia precisa abraçar a CFE como uma ação missionária.

Na fala aos religiosos e religiosas, na conclusão do Ano da Vida Consagrada, o Papa Francisco refl etiu sobre três pala-vras importantes: Profecia, Proximidade

e Esperança. Aproprio-me delas para co-mentar este texto. Acredito que o desafi o está, exatamente nesta trilogia missioná-ria na vida paroquial concreta.

A CFE nos chama a refl etir sobre o meio ambiente a partir do grave pro-blema do saneamento básico brasileiro que, em algumas cidades e, sobretudo municípios é uma calamidade (Manual CFE, 97.101). A quase ausência ou ausên-cia de um planejamento de saneamento que trate da água e a mantenha saudável para consumo repercute na precarieda-de do sistema de saúde para a maioria da população, sobretudo os mais pobres (Manual CFE, 99). Então, a profecia paro-quial se faz urgente. Precisamos erguer nossa voz, infl uenciar nas decisões, par-ticipar dos debates públicos, chamar os responsáveis pelos governos municipais, estaduais e os políticos para a refl exão

CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA: DESAFIO SOCIAL E AÇÃO CONTÍNUA DA PARÓQUIA

Pe. João Mendonça, sdb

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e ao planejamento estratégico (Manual CFE, 26). A população deve ser envolvida neste debate democrático. A paróquia, que não é uma ilha, também deve parti-cipar (Manual CFE, 25). O pronunciamen-to a favor de políticas públicas no que diz respeito à saúde deve ser uma constante em nossos processos formativos, nas ce-lebrações e nas manifestações públicas. Lembremo-nos que a liturgia é o ápice da ação da Igreja e dela emana sua ação evangelizadora.

Outra dimensão importante é a pro-ximidade. Na parábola do Bom Samari-tano (Lc 10, 30-37), aparece muito claro este sentido da proximidade quando Je-sus diz que não basta ser próximo, mas fazer-se próximo de quem mais necessi-ta. Neste sentido, a paróquia não pode ser uma estrutura burocrática e mera-mente ritualista, mas uma presença que se torna signifi cativa porque toca na car-ne das pessoas, quer dizer, desce ao nível do ser humano, de suas dores e angús-tias, alegrias e esperanças. Não fi ca num degrau acima, mas na base junto com os que mais a buscam e na busca de quem a abandonou ou se tornou indiferente. A Igreja é mãe. Como uma mãe ele precisa

ter seus fi lhos no colo, aconchegados, alimentados. Para isto, ela precisa ir ao encontro, abrir portas, estender a mão e não ter medo das pessoas. Papa Fran-cisco resume muito bem isto quando diz que os ministros devem ter o “cheiro do povo”. Isto signifi ca proximidade. Uma paroquia terá cheiro de povo quando se tornar uma realidade viva onde as pessoas encontram respostas às suas buscas, consolo para seus sofrimentos, alimento e água para sua sede. Então, é preciso romper a barreira de uma estru-tura burocrática e sem participação. Tem que funcionar os conselhos, as represen-tações, as pastorais, movimentos e ser o mais possível próxima do povo, ou seja, ser povo de fato.

Assim, a paroquia conseguirá ser uma voz que será escutada porque formará o coro de tantas vozes que gritam por uma nova realidade mais humana, justa e so-lidária. Alguém pode perguntar se isto é fácil: não é fácil! Nossa estrutura piramidal é muito forte. Formou-se ao longo dos séculos. Há, infelizmente, tanto na mente do clero como também dos cristãos lei-gos, a ideia da paróquia meramente sa-cramental. Aquela que atende às neces-sidades do espírito, mas não consegue chegar ao núcleo espiritual profundo das vivências do ser humano. Os temas e as questões mais cruciais do cotidiano parecem não fazer parte do programa de evangelização. Como é difícil para uma grande maioria de católicos entender a ação social da paróquia. Há um medo ou se confunde ação política com politica-gem. As paróquias, pelo menos a grande maioria delas, claudicaram da dimensão política por medo de se contaminarem com a corrupção ou com a falta de credi-bilidade da política partidária. Perdendo

Fonte: Google Imagens

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assim um campo importante de infl uen-cia e de decisão. Não acompanhamos os políticos, não formamos agentes para a politica e tememos os debates políticos. Estamos voltados aos problemas intere-clesiais apenas e deixamos o cotidiano à mercê da sorte. Quando nos pronuncia-mos, nossa voz é tímida e os ruídos per-mitem que sejam escutados. Exatamente porque não estamos próximos.

A CFE nos alerta a voltar a estar pró-ximos de quem está marcado pelos so-frimentos da falta de esgoto, de água tratada, do aproveitamento da água da chuva, do saber usar com equilíbrio os recursos hídricos que a natureza nos deu. O estar próximo ajudará a corrigir esta ausência e nos tornará mais visíveis e irmãos, pois “o saneamento é uma condição imprescindível para a melho-ria da saúde” (Manual CFE, 74).

Outra dimensão importante desta CFE é a esperança. Não podemos per-der a capacidade de sonhar, de esperar e de criar condições de mudança. A es-perança cristã não é uma atitude passi-va de quem espera acomodado ao pró-prio mundo, escondido dentro de casa, fechado na sacristia, saudoso dos ritos litúrgicos que causam arrepios, dormir embalados pelo Espírito. A esperança cristã é construtora de vida plena. Trata-se de sair de si mesmo, descer de suas certezas, prepotências e dogmas, fazer-se operário da grande messe como dis-cípulo missionário que nos “permite su-perar o egoísmo para nos encontrarmos plenamente no serviço para com o ou-tro” (DA, n. 240). Esta esperança resume muito bem a profecia e a proximidade porque “quando em suas palavras Jesus fala do pastor que vai atrás da ovelha desgarrada, da mulher que procura a

dracma, do pai que sai ao encontro do seu fi lho pródigo e o abraça” (DA, n. 242), não é apenas uma constatação, mais uma atitude de quem tem esperança na possibilidade do outro e sai de si, esva-ziando-se para que o outro cresça.

É justamente por tudo isto, que ser cristão “não é uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o resultado de um encontro com um acontecimento, com uma pessoa, Jesus Cristo” (DA, n. 243). Então, esta esperança nos leva a evan-gelizar cuidando da casa comum; ser presença no meio das populações mais vulneráveis que buscam melhor quali-dade de terra, água e espaços urbanos; zelar por um desenvolvimento alterna-tivo e solidário que se fundamente na justiça e numa autêntica ecologia na-tural e humana; trabalhar por políticas públicas com participação cidadã; criar controle social para melhor conserva-ção e uso dos recursos naturais (DA, n. 474; Manual CFE, 18).

A paróquia será, então, uma reali-dade formada e formadora de pessoas, cultura e ambientes sustentáveis com a presença do Senhor que salva e gera vida plena.

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Por diversas vezes fui estimulado, por amigos e educadores, a partilhar publicamente alguma refl exão sobre a atual situação em que a sociedade brasileira está vivendo! Tenho acompa-nhado os fatos moralmente dramáticos da política brasileira e refl etido como posso e com minha sensibilidade!

As redes sociais nos apresentam um vasto oceano de ideias e sentimentos de todo tipo! Creio que diante de tudo o que vemos e ouvimos, como cida-dãos, mais que “apontar o dedo” e “jo-gar pedra”, “atacar e condenar” por ins-tinto, somos chamados à refl exão. Toda realidade social é sempre complexa!

Parece que o povo, no calor das dis-cussões causado pelo impacto dos fa-tos indignantes, está perdendo a visão da totalidade infl amando-se emocio-nalmente. A visão reducionista dos fe-

nômenos (problemas) sociais não leva em conta a história com sua pluridi-mensionalidade. Uma mais aprofunda e ampla visão da realidade é necessária. Creio que precisamos de mais refl exão! É isso que gostaria, na minha condição de sacerdote e educador, de lhe ofere-cer com o presente texto.

1) a HistOria É dinâmica

A história das nações por todo o mundo, bem como das grandes institui-ções, são sempre marcadas por tensões, confl itos, reivindicações, discussões, de-bates, perdas e conquistas... É assim que os países progridem e a humanidade dá passos decisivos. As grandes revoluções da humanidade são exemplo disso! Sem tensão não há movimento; sem movi-mento, não há mudanças; sem mudan-ças, não há história!

ACREDITEMOS, O FUTUR0 SERÁ MELHOR!

Pe. Antônio de Assis Ribeiro, sdb

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2) VisÃO mais PrOfunda

Não podemos reduzir tudo o que está acontecendo como se fosse pro-blema de uma dimensão causada por alguns infelizes sujeitos. Nossos pro-blemas e fragilidades são transversais, perpassam todas as dimensões da so-ciedade: a política infl uencia a econo-mia, a economia condiciona a política, a cultura de modo geral (a mentalidade do povo) refl ete a educação e gera o perfi l e a robustez das instituições. Tudo está em relação! Mas o centro de tudo é a fragilidade humana; o ser humano é “corruptível”! A corrupção é tão antiga quanto o ser humano e não se restringe a uma categoria de pessoas.

3) nem tudO Vale

As mudanças sociais mais signifi cati-vas não são gratuitas, não vem por acaso! Isso vale tanto para a nossa vida pessoal, como também, para a história das na-ções. Mas nem tudo vale: não vale apelar para a violência; não vale incitar o ódio; não vale condenar sem conhecer os fa-tos; não vale em nome da justiça, promo-ver a injustiça; não vale dividir o país en-

tre “santos e pecadores” (com uma visão maniqueísta); não vale fi ngir que nada está acontecendo; não vale em nome da defesa dos direitos promover a lapidação do patrimônio público; não vale a difa-mação sumária por antipatia; não vale encurtar caminhos promovendo ações justiceiras! Enfi m, não vale a pena perder a serenidade, tornar-se agressivo, revol-tado, violento e reproduzir, com gestos e palavras, os males que tanto se condena!

4) uma duPla dÍVida

Hoje fala-se muito de “DÍVIDA PÚ-BLICA”, de ineficiência das políticas de governo, da negligência “dos líderes políticos” ... é verdade! Mas também não podemos esquecer outra e gra-ve dívida, é a DÍVIDA DO CONTROLE SOCIAL, é a DÍVIDA DA NEGLIGÊNCIA e indiferença dos cidadãos, é a dívida da falta de sensibilidade preventiva, de acompanhamento dos governan-tes... é a dívida da falta de cultura política! Uma sociedade onde as ins-tituições de controle social padecem de certa dormência, a sua representa-tividade é ineficaz...

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5) resPOnsabilidade sOcial

A delicada situação pela qual está passando a sociedade brasileira, sobre-tudo na esfera político-governativa e empresarial, constitui um grito contra a irresponsabilidade social. Quando uma instituição perde a sua função so-cial, cai inevitavelmente na degradação moral, tendo a corrupção como doença mais grave que a leva à morte. O fato de termos políticos e empresários, como ricos milionários, sendo acusados, in-vestigados, presos, julgados e conde-nados por crimes... porque ofenderam os direitos sociais, é um grande recado! É uma gloriosa lição! É uma semente de Esperança!

6) refOrma POlÍtica

Não basta acusar crimes, condenar pessoas, promover operações poli-ciais, é preciso mudança do sistema da organização política com suas institui-ções (mediadoras) inefi cazes, estéreis, que servem como cabide de empre-go... É preciso transformar a estruturas organizacionais e político-partidárias arcaicas e pesadas, que geram dis-

tanciamento entre governo e povo, e promover mudança para uma estru-tura de serviços mais simples, sóbria, econômica e efi caz... Isso é urgente! O paquiderme branco da estrutura polí-tica nacional está doente e, por isso, se move com difi culdade, caminha lenta-mente, está gemendo... e ainda com muitos subterfúgios!

7) educaÇÃO e lideranÇa

A situação pela qual o povo brasi-leiro está passando, assim como outros países latino-americanos, nos fala da urgência da promoção da educação de qualidade capaz de gerar lideran-ças autênticas! A pseudocultura (falsa cultura) da corrupção e da mentira, do “jeitinho” e do “esquerdinho”, do “po-pulismo amistoso”, do “toma lá e dá cá” (o favoritismo), nos fala da urgência da educação moral e ética: da promoção dos valores, do estímulo à formação da consciência ética, do desenvolvimento de uma cultura da alteridade (respei-to para com os outros) e de padrões de serviço baseados na dignidade hu-mana. Não basta termos leis, se ainda, como povo, não adquirimos a consci-ência de respeito à legalidade e integri-dade ética. Legalidade e eticidade de-vem ser assimiladas e caminhar juntas.

8) as dOres de um PartO

A atual situação pela qual está pas-sando o povo brasileiro me fala de es-perança; é como que as dores de um parto que trará à luz processos de pro-moção uma nova sociedade, com re-novadas e mais profundas aspirações, uma mais viva consciência social de direitos e deveres! É a dor da verdade e Fonte: Google Imagens

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gera justiça... e, essa dor, somos sempre chamados a experimentá-la e vivenci-á-la! Renovemos a Esperança! O pessi-mismo não tem futuro!

9) sOnHar

Sonhemos com homens e mu-lheres simples, sóbrios e sábios nos governos; sonhemos com homens e mulheres sensíveis, altruístas e éticos ocupando postos de liderança onde necessário for; sonhemos com ins-tituições leves, ágeis, sérias e fortes que não estejam à mercê do interes-se de indivíduos; sonhemos com em-presas verdadeiramente alimentadas pela consciência de responsabilidade social produzindo bens e promoven-do serviços com espírito ético. Cada um é chamado a fazer a sua parte! Acreditemos: o futuro será melhor!

10) a missÃO salesiana

O que tudo isso tem a ver com a missão salesiana? Certamente mui-to! Antes de tudo, vejo uma profun-da relação com os tempos do Dom Bosco, profundamente marcados por tensões, descontentamentos, protes-tos, divisão política e social, violência, mudanças... No meio desse mar social revolto, a postura de Dom Bosco foi de profunda sensatez, equilíbrio, otimis-mo e de iniciativas concretas. Apesar das fortes ondas pessimistas, Dom Bosco soube ser semeador de espe-rança e otimismo!

Assim como Dom Bosco fez no pas-sado, nossa resposta não é aquela de levantar a bandeira “A” e nem “B”, mas refl etir sobre a signifi cância de tudo

isso para a nossa missão de formar “bons cristãos e honestos cidadãos”.

Toda realidade social sempre terá, de modo direto ou indireto, alguma relação com a nossa missão: a cor-rupção nos chama atenção para a urgência do reforço da educação mo-ral; a corrida de políticos em buscas dos próprios interesses, clama pela formação de novas liderança sociais (um compromisso sempre urgente); o frenesi sensacionalista dos protestos violentos, é uma denúncia da necessi-dade da educação para a racionalida-de e equilíbrio das relações sociais; a violência (de tantas formas) é evidên-cia da carência de formação e respeito para com a dignidade humana; a alie-nação, que também se faz presente em grande parte de jovens e adultos, nas ruas, nas famílias e nas instituições é convite para cada vez mais promo-vermos a compreensão e a promoção da cidadania.

À medida que sempre levarmos a sério nossa missão de educar e evangelizar, estaremos contribuindo para a promoção de uma sociedade mais justa e fraterna.

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Vivemos atualmente em uma re-alidade repleta de inseguranças e ameaças. Como se não bastasse, a violência que nos cerca e flagela co-tidianamente, ainda presenciamos a nível mundial, o avanço do terroris-mo e da violência gratuita, em nome de Alá, especificamente do fanático grupo chamado El. E o que podemos fazer diante dessa realidade crescen-te e envolvente que nos apresenta diariamente a mídia internacional? Como podemos discutir e debater, orientar e educar nossos jovens e alunos em nossas obras e escolas, paróquias e missões salesianas? Até que ponto esta questão islâmica nos atinge, afetando nossa mentalidade e comportamento?

Tentaremos aqui dar algumas res-postas e indicações sobre esta questão.

1) um POucO de HistÓria e dadOs infOrmatiVOs

Aproximadamente 2 bilhões de pessoas, ou seja, um terço da popula-ção é adepta ao islamismo. Esta religião surgiu pela junção dos preceitos judai-co-cristão, no século VII, através do pro-feta Maomé (Mohammed, em árabe).

A religião ganhou espaço pelo mun-do inteiro através do preceito da “Jihad” (Guerra Santa, em árabe). Desde a mor-te do profeta Maomé, vários confl itos religiosos internos surgiram. Dentre es-tes se destaca a disputa sunita-xiita. Os sunitas constituem a maioria islâmica; caracterizam-se, pela sua liberalidade religiosa. Já os sunitas constituem a mi-noria radical.

A religião começou a receber aten-ção no âmbito político após a subida

A QUESTÃO ISLÂMICA:LONGE OU PERTO DE NÓS?

Pe. Josué Nascimento, sdb

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ao poder por parte dos aiatolás, duran-te a década de 70. A questão política religiosa islâmica, tem tomado maior proporção nesta última década devido, principalmente aos vários atentados terroristas ao redor do globo, cuja au-toria dos mesmos foi assumida por gru-pos islâmicos radicais.

2) O fundamentalismO islâmicO

Quanto ao que chamamos de fun-damentalismo, precisamos esclarecer e precisar este termo. “Fundamentalismo islâmico” é um termo ocidental utiliza-do para definir a ideologia política e religiosa fundamentalista que suposta-mente sustenta o Islã.

De origem midiática, este termo define o Islã como, não apenas uma religião, mas um sistema que também governa os imperativos políticos, eco-nômicos, culturais e sociais do estado, quebrando o paradigma de estados laicos, comum nesta parte do planeta. Um objetivo crucial do fundamentalis-mo islâmico, definido pelo Ocidente, é a tomada de controle do Estado de for-ma a implementar o sistema islamista, ou seja, que abriga e coordena todos os aspectos sociais de uma sociedade através da sharia islâmica.

No seguimento dos ataques ter-roristas de 11 de Setembro de 2001,

ocorridos nos Estados Unidos, o fun-damentalismo islâmico e outros movi-mentos políticos inspirados por Bin La-den ganharam uma crescente atenção por parte dos meios de comunicação ocidentais, originando-se daí essa defi-nição. A mídia confunde muitas vezes o termo “fundamentalismo islâmico” com outros termos relacionados ao islamis-mo em geral.

Dentro desta confusão que a mí-dia nos faz, se assoma ainda mais a ignorância e o desconhecimento nos-so do mundo islâmico. Desse modo, fica muito difícil o diálogo com ele. De nosso lado e do lado deles há compreensíveis preconceitos. As Cru-zadas, as antigas, de caráter religioso-militar, e as modernas, estritamente bélicas, continuam a alimentar o ima-ginário muçulmano.

3) O desafiO dO diálOgO religiOsO

A ameaça que os muçulmanos representam no passado para a Europa e os atos terroristas de radicais de origem islâmica que culminaram com os atentados às Torres Gêmeas em Nova York em 11 de setembro, como ainda recentemente recordamos os atentados em Paris e em Bruxelas, criaram e alimentaram, e ainda fo-

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mentam o assim chamado “trauma duradouro”.

Segundo Leonardo Boff , para che-gar ao diálogo verdadeiro, todos de-vem dar um passo atrás. Devem iden-tifi car aquela fonte comum da qual todos bebem, todos se alimentam e que anima continuamente todo o edi-fício religioso. Essa fonte é a espiritua-lidade. É o mistério, é a percepção do elo que liga e religa todas as coisas, é a vivência de uma Presença que nos faz sentir que não estamos sós, perdidos e desenraizados neste mundo.

O gênio Albert Einstein bem o expressou: “o ser humano que não tem olhos abertos para o Mistério passará pela vida sem ver nada”. Não se trata de saber do Mistério, mas de senti-lo, de vivê-lo e deixar-se tomar por ele. Diante dele o ser humano se sente pequeno e grande. Pequeno perante a grandeza dessa Suma Realidade. E grande perante a dignidade que nos confere ao poder senti-lo, interiorizá-lo e estabelecer comunhão com ele. Na raiz de cada expressão religiosa, por mais diversa que seja, mesmo oriunda das cultu-

ras de povos originários, está a ex-periência espiritual. Esse é o dado comum, a base de sustentação, o maná oferecido a todos.

Continua L. Boff dizendo que assim como essa espiritualidade e experi-ência espiritual é vivida em diferentes áreas culturais e traduzida em diversas cosmologias, ganha formas diferentes: chinesa, hindu, ocidental, yanomami e indígena. São como canos diferentes que carregam a água da mesma fonte. Diferentes, mas todos aptos para carre-gar essa água preciosa.

Dialogar a partir da Fonte signifi ca em primeiro lugar guardar nobre si-lêncio, respeitoso e reverente. Depois as palavras serão diferentes, as dou-trinas, diversas, os ritos distintos. Mas todos remetem àquela Fonte. A conse-quência é o respeito pelas diferenças e a alegria de todos estarem juntos nas diferenças e juntos buscarem conver-gências nas diferenças no sentido da paz religiosa, da paz entre os povos e do serviço aos sofredores deste mun-do, nos quais o Mistério está presente, mas ofendido e humilhado.

4) O sistema PreVentiVO

Com esta consciência e este con-ceito de espiritualidade é que de-vemos iniciar o diálogo com nossos alunos e jovens. O medo e o julga-mento nos afastam. O desconheci-mento e o trauma que perdura em nossas mentes nos impedem de ten-tar uma aproximação e um diálogo. E ainda mais revestidos da mansidão e da caridade, próprias do carisma salesiano; da atitude respeitosa e de confiança peculiares do nosso Siste-

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as diversas religiões possam dialogar e agir em conjunto. Criar pequenos projetos e ações de fortalecimento da defesa e do diálogo religioso. A base de sustentação das religiões deveria ser o amor e o respeito. Todas deve-riam promover a Paz, fruto do exercí-cio diário do perdão e da tolerância praticado em nossas famílias, igrejas e escolas. Tudo se inicia na família e se consolida na escola para se viver na sociedade. Lamentavelmente, muitas religiões estão se deixando in-fluenciar por discursos e práticas que fomentam a intolerância e a demoni-zação da religião do/a outro/a. Vemos essa posição de intolerância e demo-nização até mesmo entre cristãos de diferentes denominações.

Assim que a questão islâmica está mais perto de nós do que pensamos. Já não há como ser indiferentes ou ignorar tal realidade. Somos atingidos no cotidiano da violência que vivemos; somos afetados diretamente se agimos com desrespeito ou ignorância, com descaso ou descompromisso. Nossa atitude como educadores salesianos é aprender a lidar e ensinar o respeito e

ma Preventivo, é que devemos reagir e tratar esta questão.

O mundo de hoje, mas do que nunca, necessita de homens e mulhe-res capazes de respeito e diálogo, de compreensão e misericórdia, de sabe-doria e autêntica bondade. Pessoas que não se deixam condicionar nem infl uenciar pela Mídia ou ideologias político-religiosas.

“É preciso assumir que as religiões são diferentes e, justamente por isto, são preciosas e necessárias no mundo plural e diverso em que vivemos. O respeito à religião do outro/da outra é o maior testemunho de fé que uma pessoa pode dar”. Quem defende é a diretora executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), reve-renda Sônia Mota. Afi rma ainda que a segregação, o preconceito, os atos de vandalismo praticados contra espaços sagrados, a violência psíquica, simbó-lica e física, que vitimizam as pessoas, são amostras dessa forma exclusivista de se perceber a religião.

Mais do que a simples convivência, a integração e o diálogo para a supe-ração de confl itos entre as instituições que representam as variadas religiões no país são meios para a superação de entraves históricos. “Ele possibilita questionar e criticar aspectos da pró-pria religião e, se for preciso, estabele-cer outras formas de convivência, em que todos e todas tenham seus direitos respeitados e possam viver em paz”.

O que podemos fazer e contri-buir para esta convivência pacífica é promover, incentivar, participar e estabelecer fóruns de diálogo e de coexistência religiosa, por meio de campanhas e atividades, nas quais Fonte: Google Imagens

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a misericórdia em nossas relações com todos e qualquer um que se aproxime de nós ou que nos acerquemos.

O Papa Francisco tem chamado a atenção para essa atitude do cristão e até proclamou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia (como tempo favorável para a Igreja, a fi m de se tornar mais for-te e efi caz o testemunho dos crentes, es-creve o Papa na Bula). Temos que seguir e esforçar-nos para sermos misericor-

diosos e mansos, pacífi cos e pacifi cado-res, construtores e semeadores de um mundo de paz e união. Concluo com um pensamento de Nelson Mandela, que seja este o intento de todo educador sa-lesiano, diante desta questão: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar. ”

Fonte: Google Imagens

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Compartilho com os irmãos a leitu-ra do livro “O Uso Da Vara Na Educação Das Crianças”, de autoria de Muria Car-rijo Viana e Klaus Paz de Albuquerque da Editora CEBI.

1) O PerigO dO fundamentalismO

Muitas pessoas adultas ditas cons-cientes são favoráveis a uma varadinha, tapinha ou palmadinha para “despertar o espírito das crianças”. Alegam que “bater com amor não causa dor”. Há também quem defenda a “peiologia”, é, defendem a surra, a agressão física como método infalível nos processos educativos. E tudo isso é reforçado por alguns que fazem uma leitura funda-mentalista da Bíbia, pois a mesma diz: “O que não faz uso da vara odeia seu fi -

lho, mas o que o ama, desde cedo o casti-ga.” (Provérbios 13: 24).

A pessoa adulta age sobre a crian-ça a partir da forma que a concebe. Ao longo da história a infância recebe vá-rias conotações, como seja: algo que não tem importância, um ser inferior, assim, como a mulher, a criança é posse e propriedade do adulto (machismo).

Na antiguidade muito pouco se tratou sobre a criança. Acredita-se que o “uso da vara”, da violência simbólica e corporal do homem sobre a mulher e a criança, fazia parte da rotina das famílias patriarcais.

A própria Bíblia parece incentivar o uso da violência na educação das crian-ças quando diz “A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da dis-ciplina a livrará dela” (Pr 22, 15)”. Não he-site em disciplinar a criança; ainda que precise corrigi-la com a vara, ela não

O USO DA VARA NA EDUCAÇÃODAS CRIANÇAS

Irmão Antonio Stefani, sdb

Fonte: www.dudabergsten.blogspot.com.br

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morrerá. Castiga-a tu mesmo com a vara e, assim a livrarás do Sheol” (Pr 23,13-14).

2) em busca de um significadO

A Bíblia incentiva a violência contra as crianças? Para os fundamentalistas certamente, mas para os estudiosos da Bíblia a coisa é bem diferente. A palavra e o objeto “vara” na Bíblia tem vários signi-ficados. Entre outros, podemos verificar como Is 11,4 declara que Deus vai tratar os perversos com “a vara de sua boca”.

Portanto, Isaias associa a vara com a palavra. Além do mais, basta ver o comportamento de Jesus com as crian-ças para eliminar todo preconceito das crianças por parte da Palavra de Deus. “Ouvistes que foi dito, mas eu vos digo...”, Jesus reformulou todo o concei-to que a sociedade tinha da criança no tempo dele. Mas infelizmente o exem-plo dele não está sendo seguido na nossa sociedade.

De acordo com dados oficiais, 18 mil crianças são espancadas diariamente no Brasil. Cerca de 3.600 são mortas todos os anos, vítimas de negligência, violência físi-ca, abuso sexual e psicológico. Para o Mi-nistério da Saúde, 38% das mortes abaixo dos 19 anos são causadas por agressões.

Por outro lado, no dia 26 de junho de 2014 foi sancionada a lei N. 13.010 a fim de estabelecer que a criança e o adolescente tenham direito “de serem educados e cuidados sem o uso de cas-tigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante.... Tal dispositivo legal ficou conhecido como “lei da palmadinha”.

É triste ouvir notícias de crianças que sofrem agressões por parte de adultos. E mais triste ainda quando estes agressores são os próprios

familiares, as pessoas consideradas mais próximas das crianças.

Por que adultos preferem bater a perguntar, ouvir, conhecer, entender e dialogar? Para muitos adultos, ainda hoje, bater em crianças e adolescente sempre aparece em nome do “estou fa-zendo o melhor para eles/elas”.

É bom lembrar que não faz muito tempo que as escolas brasileiras faziam uso da palmatória como prática educativa. As crianças sem voz e sem vez são, diante da violência do adulto, como a burrinha de Balão que apanhou por três vezes para proteger e salvar o seu montador; diante de tamanha in-justiça Deus abre a boca da burrinha que começa a falar.

Deus abre a boca também das crianças humilhadas e maltratadas pelos adultos para dar a elas outra maneira de se expressar e comunicar. Poderíamos aqui lembrar um vídeo recente que circulou nas redes sociais, no qual aparece um menino de 7 anos, aluno de uma escola. O menino estava agitado e derrubava móveis e livros na sala dos professores. Compartilhar nas redes sociais o “vandalismo” do garoti-nho pode ser interpretado como uma vingança dos adultos pelo que o meni-no fez. Os adultos tentaram interpretar o significado do que o garoto estava querendo dizer?

É preciso que, na educação de crianças e adolescentes, se abandonem a vara e todo tipo de violência, dominação e domesticação. Qualquer educação com crianças e adolescentes deve ser pautada no diálogo, respeito, carinho, compreen-são de suas limitações e qualidades que muitas vezes ficam escondidas, camufla-das pelo medo dos adultos.

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POSSE DO NOVO DIRETOR DA COMUNIDADE DE SANTA ISABEL DO RIO NEGRO

Na manhã de 25/02/16 realizou-se uma Celebração Eucarística na Cape-linha da Casa Inspetorial (ISMA) em Manaus. Diante do Inspetor Salesia-no, Pe. Francisco Alves de Lima o Pe. Reginaldo de Queiroz Barbosa fez sua profi ssão de fé, sendo assim, ofi cial-mente empossado para animar a Co-munidade Salesiana de Santa Isabel do Rio Negro. Nossos parabéns ao Pe. Reginaldo e lhe desejamos sucesso na nova responsabilidade.

Por Wellington de Abreu, sdbMomento da Posse do novo diretor da comunidade de Santa IsabelFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Pe. Inspetor Francisco Alves de Lima (à esquerda) e Pe. Reginaldo de Queiroz Barbosa (à direita)Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

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POSSE DO NOVO DIRETOR DE PASTORAL DO COLÉGIO DOM BOSCO - MANAUS/AM

Aconteceu no dia 26/02/16 na Pa-róquia Dom Bosco, em Manaus/AM, a Celebração de posse do novo Diretor de Pastoral do Colégio Dom Bosco, Pe. Wilson Barros Ribeiro. O evento contou com a participação da Família Salesiana e comunidade local. Ao final ocorreu o momento de confraternização na Re-sidência da comunidade do Colégio Dom Bosco. Parabéns ao Pe. Wilson em sua nova jornada!

Por Wellington de Abreu, sdbPe. Wilson Ribeiro (à esquerda) e Pe. Inspetor (à direita)Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Membros da Congregação Salesiana e comunidadeFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

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Celebrando os Padroeiros da Comu-nidade do Centro Salesiano de Forma-ção - CESAF: SS. Luís Versíglia e Calisto Caravário (Protomártires Salesianos) e os 10 anos de presença da formação salesiana no CESAF - Zumbi, aconteceu a abertura do aspirantado dia 26/02/16 com a celebração presidida pelo Pe. Ins-petor Francisco Alves de Lima, na oca-sião, também tomou posse o novo En-carregado, Pe. Raimundo Marcelo, este está acompanhando os aspirantes em seu processo de formação.

Grupo de AspirantesFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Membros da Comunidade do CESAF com a presença do Pe. Inspetor e alguns SalesianosFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

PP. Isley do Nascimento (à esquerda) e Marcelo Maciel (à direita)Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

ABERTURA DO ASPIRANTADO SÃO JOSÉ - MANAUS/AM

A Solenidade contou com a presen-ça de vários salesianos de Manaus, Sa-lesianas e os familiares dos aspirantes.

Os Aspirantes são cinco:• Jordan Carvalho (Quatipuru/PA);• Justino de Jesus (Pari Cachoeira/

Rio Negro);• Mateus Silva (Quatipuru/PA)• Victor Ângelo (Pari Cachoeira/

Rio Negro);• Weslley Martins (Manaus/AM).

Por Wellington de Abreu, sdb

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ARQUIDIOCESE DE MANAUS REALIZA SEMINÁRIO DE SANEAMENTO BÁSICO À LUZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016

Com um debate repleto de cobran-ças pelo público presente, represen-tantes de instituições governamentais participaram no dia 27/02/16 de um se-minário sobre Saneamento Básico pro-movido pela Arquidiocese de Manaus.

Representantes governamentais como o deputado Luiz Castro, verea-dor professor Bibiano, o diretor-presi-dente da Agência Reguladora de Ser-viços Públicos do Amazonas - ARSAM Fábio Alho, o diretor da Manaus Am-biental Arlindo Sales, o advogado e re-presentante da OAB Carlos Santiago, entre outros participaram do debate.

Seguindo o objetivo da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 “Assegurar o direito ao saneamento básico para to-das as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes res-ponsáveis que garantam a integridade e

o futuro de nossa Casa Comum”, fez com que os representantes do governo se de-fendessem dentro de seus perfis, onde a sua maioria colocou parte da população como vilã do problema que assola não apenas a cidade de Manaus, como outros Estados e países.

Dom Mário Antônio da Silva, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus concluiu o debate explicando que Se-minário significa Sementeiro “Acredito que muitas sementes foram lançadas e que ainda iremos colher, mas que todos nós devemos agir mais, tanto a popula-ção com seus deveres como os atores do governo trabalhar mais suas metas e fa-zer com que as leis sejam cumpridas com a integração da população”.

Por Vivian Marler,Jornalista e Relações Públicas do

Colégio Dom Bosco - Mao

Representantes em debate com o público presenteFonte: Acervo Arquidiocese de Manaus

Representantes em debate com o público presenteFonte: Acervo Arquidiocese de Manaus

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CENTRO DE FORMAÇÃO SALESIANA DE QUITO PROMOVECURSO DE FORMAÇÃO EM DOCÊNCIA DE SALESIANIDADE

Aconteceu de 29/02 a 20/03/16 a formação salesiana em Quito, consti-tuída por uma diversidade de expe-riências feita de oração, retiro espiri-tual, convivência, aulas, trabalho em grupo, tempo de estudo pessoal.

O plano de estudo de salesianida-de especificamente foi organizado em 10 grandes temas (do contexto familiar até o início do seu sacerdó-cio, os primeiros 30 anos de sua vida) organizados em três grandes dimen-sões: HISTÓRICA, PEDAGÓGICA E ES-PIRITUAL.

O primeiro nível teve como ob-jetivo geral proporcionar aos parti-cipantes o início de um processo de investigação histórico-científica so-

bre a identidade carismática de Dom Bosco evidenciando sua experiência de vida, seus contexto familiar, sua sensibilidade pedagógica (paixão educativa) e experiência de vida es-piritual.

Foram 33 participantes dentre sa-cerdotes, religiosas e leigos de quase todos os países latino-americanos; dentre eles, 09 brasileiros. O ambien-te humano marcado pelo espírito de família salesiano e o clima de monta-nha (Quito está a 2800 metros de al-titude!) concorreram para uma exce-lente experiência de estudo, reflexão e formação.

Por Pe. Antônio de Assis Ribeiro (Bira), sdb

PP. Antônio Bira (terceiro à esquerda), Reginaldo Barbosa (penúltimo à direita) e demais participantes do Curso (Grupo Brasileiro)Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

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Pe. José de AlbuquerqueFonte: Acervo Arquidiocese de Manaus

Pe. Mendoça (agachado à direita) e participantes da assembleiaFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Cristo Aponta para a Amazônia - Papa Paulo VI

O Papa Francisco nomeou no dia 16/03/16 o Pe. José de Albuquerque, conhecido carinhosamente como Pe. Zezinho, bispo auxiliar da Arquidioce-se de Manaus. Pe. Zezinho é de Ma-naus e é o atual “Reitor do Seminário Arquidiocesano São José.”

Que Deus o Abençoe na Missão!

Por Wellington de Abreu, sdb

Aconteceu dia 16/03/16, a Assem-bleia da Cáritas com a presença de lideranças comunitárias, pastorais e movimentos e grupos de voluntários. Após nove meses de funcionamento, a Cáritas realizou este evento para melhor esclarecer sua natureza e objetivos. Pe. Mendonça apresentou a natureza da Cáritas, depois foi apresentado o quadro de realizações e os participantes fizeram propostas para novos projetos. Um bom momento. Deus continue abençoando.

Por Pe. João Mendonça, sdb

PAPA FRANCISCO NOMEA NOVO BISPO AUXILIAR DA ARQUIDIOCESE DE MANAUS

1ª ASSEMBLEIA CARITAS PAROQUIAL SÃO JOÃO PAULO 2 - ANANINDEUA/PA

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VIII MADRUGADA JOVEM - MANAUS/AM

Já é tradição em Manaus, vésperas de Domingo de Ramos, abrindo a Se-mana Santa, a promoção de uma vigília juvenil chamada “Madrugada Jovem”. Participam centenas de jovens das di-versas obras salesianas.

Na madrugada, do dia 19/03/16 (sábado), a Inspetoria São Domingos Sávio, Laura Vicuña e Santa Terezinha, promoveram a 8ª edição da Madruga-da Jovem, no Centro Educacional Santa Terezinha, em Manaus.

A primeira edição da Vigília acon-teceu em 2006 no Centro Salesiano de Formação (CESAF) no bairro Zumbi, zona leste de Manaus, animada pelo Pe. Francisco Alves de Lima atual pro-vincial da Inspetoria Salesiana Missio-nária da Amazônia.

Na terceira edição do evento, a vigília passou a se chamar “Madrugada Jovem” e foi realizada com os alunos do Colégio Dom Bosco situado no centro da Cida-de. Em 2016 o evento contou com a participação de aproximadamente 400 jovens católicos das obras salesianas, paróquias, áreas missionárias salesianas e da Arquidiocese de Manaus.

O tema refletido ao longo da pro-gramação, com diversas atividades lú-dicas e religiosas, foi a bem-aventuran-ça: “Felizes o Misericordiosos porque alcançarão Misericórdia” (Mt 5,7). Ten-do como foco o Ano da Misericórdia proclamado pelo papa Francisco.

Por Bruno Danilo,Conselho Local da AJS Manaus

Diversos momentos da Madrugada Jovem 2016Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

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Missa de Ramos celebrada na Quadra do Colégio Dom Bosco - MAOFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Saída da Procissão de RamosFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Procissão de Ramos a caminho da Paróquia Dom Bosco - MAOFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Celebração de Ramos na Paroquia Dom Bosco - MAOFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Aconteceu no dia 20/03/16 a Cele-bração de Domingos de Ramos presi-dida por Pe. Wilson Ribeiro na Paróquia Dom Bosco - Manaus/AM, participaram: Comunidade, Catequistas, Pais, Alunos e Funcionários do Colégio Dom Bosco.

O Domingo de Ramos abre por ex-celência a Semana Santa. Relembra-mos e celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e Res-surreição. Este domingo é chamado as-sim porque o povo cortou ramos de ár-

vores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava “Rei dos Judeus”, “Hosana ao Filho de Davi”, “Salve o Messias”... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém desper-tando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.

Trecho do Texto: www.catequisar.com.br

CELEBRAÇÃO DO DOMINGO DE RAMOS REALIZADA NO COLÉGIO DOM BOSCO - MANAUS/AM

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Pe. Daniel Cunha (segundo em pé a esquerda) com jovens participantes da Jornada Diocesana da JuventudeFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

No dia 20/03/16, a Jornada Diocesana da Juventude reuniu uma grande massa de jovens em Belém com a caminhada marcada pela chuva, saindo da Igreja dos Capuchinhos até a Basílica de Nazaré. Na chegada a missa de Ramos foi presidida por Dom Alberto Taveira. Dom Irineu também marcou presença! A Juventude Sa-lesiana ajudou a carregar a cruz!

Por Pe. Daniel Cunha, sdb

JORNADA DIOCESANA DA JUVENTUDE - BELÉM/PA

Jovens carregando a cruz na caminha até a Basílica de NazaréFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Missa de Ramos na Basílica de N.S. de NazaréFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

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Há três anos o Centro Salesiano de Formação vem realizando com a ju-ventude do Zumbi, o musical que re-presenta a Encarnação, Vida Pública, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

O evento acontece todos os anos no Domingo de Ramos e conta com a participação de 60 jovens na organiza-ção e atuação e já chegou a alcançar um público de 400 pessoas oriundas das comunidades da Zona Leste.

Estiveram a frente da atividade o Salesiano Wellington (assistente do CE-SAF), os pré - noviços e aspirantes que

foram representados na direção pelos jovens formandos Gustavo Souza e Ma-theus Gomes.

Este ano o espetáculo aconteceu no dia 20/03/16 e impressionou toda a comunidade que veio prestigiar, pois o que falou mais alto durante toda a pre-paração e atuação foi o Protagonismo Juvenil.

Na quarta-feira santa, dia 23/03, os jovens reprisaram a encenação na Fa-culdade Salesiana Dom Bosco - Leste, que contou com a presença de todos os acadêmicos e colaboradores.

Encenação de Jesus carregando sua cruz rumo ao seu calvárioFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

CENTRO SALESIANO DE FORMAÇÃO - CESAF APRESENTA:“VIA SACRA DO ORATÓRIO: O MUSICAL”

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Encenação de Maria, José e o menino JesusFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Apresentação de Dança em “O Musical”Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Atores do “O Musical”Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Como Dom Bosco acreditamos que o teatro é um grande instrumento que dá espaço a ação educativa e evange-lizadora em nossa missão, vamos sem-pre difundir e acreditar no talento da juventude que sempre brilha nas opor-tunidades oferecidas a eles.

Viva o teatro, viva a dança, viva a música, viva o carisma salesiano, viva o protagonismo juvenil!

Por Wellington de Abreu, sdb

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RETIRO DA REDE SALESIANA DE ESCOLAS DA ÁREA DO PARÁ

Na manhã de 23/03/16 (quarta), ocorreu o Retiro da Rede Salesiana de Escolas da área do Pará. Aberto a todos os membros das casas salesianas. O encontro foi realizado na Escola Salesiana do Trabalho. O pregador foi o Pe. Josué Nascimento com o tema: Eucaristia, misericórdia e caridade pastoral. A manhã foi certamente rica e proveitosa para todos marcada por um clima de família e fraternidade.

Por Pe. Daniel Cunha, sdb

Diversos Momentos da Palestra com o Pe. Josué NascimentoFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Grupo de Participantes do Retiro da Rede Salesiana de Escolas - RSE / PAFonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

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