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TARCISIO MIGUEL TEIXEIRA AVALIA˙ˆO DE UM SISTEMA DE INFORMA˙ES GEOGR`FICAS E SENSORIAMENTO REMOTO NO ESTUDO DO POTENCIAL DE TURISMO RURAL NO MUNIC˝PIO DE CORUMBATA˝ DO SUL-PR MARING` PARAN` BRASIL FEVEREIRO 2008

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TARCISIO MIGUEL TEIXEIRA

AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E

SENSORIAMENTO REMOTO NO ESTUDO DO POTENCIAL DE TURISMO

RURAL NO MUNICÍPIO DE CORUMBATAÍ DO SUL-PR

MARINGÁ

PARANÁ � BRASIL

FEVEREIRO � 2008

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TARCISIO MIGUEL TEIXEIRA

AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E

SENSORIAMENTO REMOTO NO ESTUDO DO POTENCIAL DE TURISMO

RURAL NO MUNICÍPIO DE CORUMBATAÍ DO SUL-PR

Dissertação apresentada à

Universidade Estadual de Maringá,

como parte das exigências do

programa de Pós-graduação em

Agronomia, área de concentração

Solos e Nutrição de Plantas, para obtenção do título de mestre.

MARINGÁ

PARANÁ � BRASIL

FEVEREIRO � 2008

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Teixeira, Tarcisio Miguel T266 Avaliação de um sistema de informações geográficas

e sensoriamento remoto no estudo do potencial de turismo rural no Município de Corumbataí do Sul-PR / Tarcísio Miguel Teixeira. -- Maringá: [s.n.], 2008.

112 f. Orientador : Profº. Drº. Marcos Rafael Nanni.

Dissertação (mestrado) – Programa de Pós-graduação em Agronomia. Universidade Estadual de Maringá, 2008.

1. SIG. 2. SENSORIAMENTO REMOTO. 3. TURISMO

RURAL. I. TÍTULO

CDD 634.920285

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TARCISIO MIGUEL TEIXEIRA

AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E

SENSORIAMENTO REMOTO NO ESTUDO DO POTENCIAL DE TURISMO

RURAL NO MUNICÍPIO DE CORUMBATAÍ DO SUL-PR

Dissertação apresentada à

Universidade Estadual de Maringá,

como parte das exigências do

programa de Pós-graduação em

Agronomia, área de concentração

Solos e Nutrição de Plantas, para obtenção do título de mestre.

APROVADA em 29 de fevereiro de 2008.

__________________________________________________

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ii

A toda a minha família. Vocês ajudaram a construir este sonho.

DEDICO

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iii

AGRADECIMENTO

Ao meu Deus, por sua mão abençoadora ter me acompanhado em

cada momento.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq) por conceder a bolsa de estudos.

A Universidade Estadual de Maringá e ao Programa de Pós-graduação

em Agronomia, pela oportunidade da realização do Curso de Mestrado.

Ao Prof. Dr. Marcos Rafael Nanni, não somente pela orientação, mas

também pela imensa paciência na execução deste trabalho e na realização dos

créditos do Curso de mestrado.

A Profa. Dra. Rosali Strassburg, Professora da Unioeste, por sua

amizade, estímulo e contribuições como membro da banca de defesa.

Aos funcionários do PGA/UEM, Érica, Rui e Marina, por todas as

informações administrativas e orientações sobre documentação.

Aos jovens e extremamente capazes alunos de pós-graduação, Roney

(Moreira), Marcelo e Everson (Moguerço), sem os quais não teria concluído os

trabalhos laboratoriais no prazo estabelecido pelo Programa de Pós-

graduação.

À jovem estagiária, Franciele Romagnoli, pelo imenso apoio nos

trabalhos de campo e laboratório.

Ao Srs. Gerson Rodrigues da Cruz e Carlos Alves de Souza,

presidente e secretário, respectivamente, da Aprocor, por todas as informações

fornecidas.

Ao Sr. Derli Alves de Souza, funcionário da Prefeitura Municipal de

Corumbataí do Sul, por nos acompanhar em todas as visitas a campo com

grande prontidão e dedicação ao projeto.

Ao Sr. Osnei Picanço, prefeito de Corumbataí do Sul, por todo o apoio

prestado para a realização do projeto.

Especial agradecimento ao Prof. Dr. Oswaldo Hidalgo, que se tornou

conselheiro do projeto e orientou-nos a respeito dos questionários a serem

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iv

aplicados junto aos produtores rurais e proporcionou o enriquecimento desta

dissertação como avaliador da banca de defesa.

À minha mãe e meus irmãos por todo apoio prestado, especialmente

Jorge e Luiz pelo interesse e ajuda na realização dos trabalhos de campo.

Por fim, a minha esposa, que sempre me estimulou e participou de

toda luta durante estes dois anos e meio. Essa conquista também é sua.

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v

BIOGRAFIA

Tarcisio Miguel Teixeira, nasceu em 25 de setembro de 1968, na

cidade de Peabiru-PR.

Estudou filosofia nos anos de 1987 e 1988 no Seminário Maior Nossa

Senhora da Glória da Arquidiocese de Maringá-PR.

Bacharel em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá-PR no

ano de 1993.

Licenciado em Biologia pela Universidade de Cuiabá-MT no ano de

1998.

Atua como professor de biologia no ensino médio desde 1991.

Concluiu o Mestrado em Agronomia na área de solos e nutrição de

plantas em fevereiro de 2008.

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vi

ÍNDICE

LISTA DE TABELAS ..................................................................................... viii

LISTA DE FIGURAS ...................................................................................... ix

LISTA DE ABREVIATURAS .......................................................................... xi

RESUMO ........................................................................................................ xiii

ABSTRACT .................................................................................................... xiv

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................... 4

2.1 TURISMO RURAL ................................................................................. 4

2.2 GEOTECNOLOGIAS............................................................................. 10

2.2.1 Geoprocessamento ....................................................................... 10

2.2.2 Sensoriamento remoto .................................................................. 16

2.2.3 GPS ................................................................................................. 20

2.3 ZONEAMENTOS ................................................................................... 20

2.4 GEOPOTENCIALIDADES ..................................................................... 23

2.5 GEOPLANEJAMENTO .......................................................................... 24

2.6 TURISMO RURAL E SIG ...................................................................... 25

3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................... 30

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ....................................... 30

3.1.1 Mesorregião ................................................................................... 31

3.2 MATERIAL ............................................................................................. 32

3.2.1 Material de laboratório .................................................................. 32

3.2.2 Material de campo .......................................................................... 34

3.3 METODOLOGIA .................................................................................... 34

3.3.1 Procedimento no laboratório ........................................................ 34

3.3.2 Procedimento a campo ................................................................. 40

3.3.2.1 Coleta de dados físicos........................................................ 40

3.2.2.2 Coleta de dados socioeconômicos....................................... 41

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 44

4.1 RESULTADOS CARTOGRÁFICOS ...................................................... 44

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vii

4.1.1 Hidrografia da região ....................................................................

4.1.2 Carta de estradas e localidades ...................................................

4.1.3 Cobertura vegetal no período entre 1964 a 1966 ........................

4.1.4 Cobertura vegetal no ano de 1988 ...............................................

4.1.5 Cobertura vegetal no ano de 2003 ...............................................

4.1.6 Classes de solos ............................................................................

4.1.7 Imagem LANDSAT associada ao modelo 3D e classes de

solos ...............................................................................................

4.1.8 Representação 3D da hipsometria ...............................................

4.1.9 Carta de fatiamento da hipsometria .............................................

4.1.10 Carta clinográfica ........................................................................

4.1.11 Carta de aptidão das terras ........................................................

4.1.12 Carta de adequação do uso das terras .....................................

4.1.13 Sobreposição dos pontos visitados na carta de vegetação

2003 ..............................................................................................

4.1.14 Sobreposição dos pontos visitados na carta de aptidão do

uso das terras .............................................................................

4.1.15 Sobreposição dos pontos visitados na carta de adequação

do uso das terras .......................................................................

4.1.16 Sobreposição da hidrografia ao PI estradas e localidades ....

4.1.17 Sobreposição da hidrografia sobre o PI vegetação 2003 ........

4.2 DADOS SOCIOECONÔMICOS ............................................................

4.2.1 Resultados das entrevistas com os informantes de confiança ...

4.2.2 Resultados dos questionários aplicados aos produtores rurais ...

4.3 DISCUSSÃO ..........................................................................................

44

48

50

51

52

54

57

58

59

60

61

62

64

65

65

66

67

68

68

69

70

5. CONCLUSÕES .......................................................................................... 78

6. SUGESTÕES ............................................................................................. 79

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 80

APÊNDICES ................................................................................................... 92

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viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Alternativas de utilização das terras de acordo com os grupos

de aptidão agrícola ......................................................................

38

Tabela 2 Graus de limitação por suscetibilidade à erosão ......................... 39

Tabela 3 Localização das represas visitadas ............................................. 46

Tabela 4 Localização das cachoeiras visitadas ......................................... 46

Tabela 5 Vegetação 1964 a 1966 (ha) ....................................................... 51

Tabela 6 Vegetação 1988 (ha) .................................................................... 52

Tabela 7 Vegetação 2003 (ha) ................................................................... 53

Tabela 8 Áreas das classes de solos do município (ha) ............................. 55

Tabela 9 Distribuição hipsométrica do município ........................................ 59

Tabela 10 Declividades (ha) .......................................................................... 60

Tabela 11 Aptidão do uso das terras (ha) ..................................................... 61

Tabela 12 Adequação do uso das terras ...................................................... 62

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ix

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Refração da onda eletromagnética ........................................... 12

Figura 2 Comportamento espectral da vegetação .................................. 13

Figura 3 Arquitetura de Sistemas de Informação Geográfica ................. 18

Figura 4 SIG relacional ............................................................................ 19

Figura 5 Fluxo de procedimentos técnico-operacionais .......................... 21

Figura 6 Árvore de Decisão ..................................................................... 28

Figura 7 Localização do município de Corumbataí do Sul � PR ............. 30

Figura 8 Uso do SIG SPRING � sobreposição de PIs: imagens orbitais

(RGB), limites do município e Modelo Numérico do Terreno

(grade regular) ........................................................................... 34

Figura 9 Representação esquemática da incorporação de dados

cartográficos a um SIG .............................................................. 39

Figura 10 Coleta de dados com GPS ........................................................ 40

Figura 11 Represa em uma das propriedades visitadas ........................... 41

Figura 12 Hidrografia sobreposta à imagem RGB sintética ....................... 44

Figura 13 Represa (05) .............................................................................. 45

Figura 14 Represa (01) em região com potencial para construção de

outras ......................................................................................... 45

Figura 15 Cachoeira 01 (Boi-cotó) ............................................................. 46

Figura 16 Cachoeira 04 .............................................................................. 47

Figura 17 Alguns participantes da 5ª cavalgada de Santa Rita de Cássia

em Janeiro de 2007 no Bairro dos Borges (Xm= 380432; Ym=

7330755) .................................................................................... 48

Figura 18 Carta de estradas e localidades ................................................. 49

Figura 19 Vista parcial de estrada rural A .................................................. 49

Figura 20 Vista parcial de estrada rural B .................................................. 49

Figura 21 Carta de cobertura vegetal entre o período de 1964 a 66 ......... 50

Figura 22 Carta de cobertura vegetal no ano de 1988 ............................... 52

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x

Figura 23 Carta de cobertura vegetal a partir de imagem LANDSAT,

2003 ............................................................................................ 53

Figura 24 Classes de solos no município ................................................... 54

Figura 25 Imagem orbital do satélite LANDSAT sobreposta ao modelo

numérico do terreno para representação tridimensional da

região de estudo gerada no surfer e associada a distribuição

de solos no município ................................................................. 57

Figura 26 Apresentação do relevo a partir do MNT e do programa

computacional surfer .................................................................. 58

Figura 27 Carta hipsométrica gerada pelo Spring ...................................... 59

Figura 28 Carta clinográfica ........................................................................ 60

Figura 29 Afloramento de rochas em área com pasto ................................ 61

Figura 30 Carta de aptidão do uso das terras ............................................ 62

Figura 31 Carta de adequação do uso das terras ...................................... 63

Figura 32 Pastagem e culturas em área com declividade acentuada e

com afloramento de rochas ........................................................ 63

Figura 33 Visão panorâmica de varias áreas com declividade acentuada

utilizadas para pastagem ............................................................ 64

Figura 34 Carta da cobertura vegetal em 2003 e os pontos visitados ....... 64

Figura 35 Carta de aptidão do uso das terras e os pontos visitados .......... 65

Figura 36 BC02, propriedade a 600m de altitude (Xm = 385170; Ym =

7325331) .................................................................................... 65

Figura 37 Carta de adequação do uso das terras e os pontos visitados .... 66

Figura 38 Carta de estradas, localidades e hidrografia .............................. 66

Figura 39 Carta de hidrografia e vegetação 2003....................................... 67

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xi

LISTA DE ABREVIATURAS

APA Área de Proteção Ambiental

APROCOR Associação de Produtores de Corumbataí do Sul

CAD Computer Aided Design

COMCAM Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão

CSA Agencia Espacial Canadense

DGPS Differential Global Positioning System

EMBRATUR Empresa Brasileira de Turismo

FECILCAM Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão

GPS Global Positioning System

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

IICA Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IPPUR Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional

LANDSAT Land Remote Sensing Satellite

LEADER Liaison entre Action de Développement de l'Économie Rurale

MNT Modelo Numérico do Terreno

MSS Multispectral Scanner System

NASA National Space and Space Administration

NAVSTAR Navigation System Using Time and Ranging

NCGIA National Centre for Geografical Information and Analysis

ONG Organização Não Governamental

ONU Organização das Nações Unidas

PIB Produto Interno Bruto

PNDPA Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

RADARSAT Radar Satellite

SAD 69 South American Datum de 1969

SEMA Secretaria Estadual do Meio Ambiente

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xii

SGBDR Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Relacional

SGBD Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados

SIG Sistema de Informação Geográfica

SPRING Sistema de Processamento de Informações Geográficas

TM Thematic mapper

UFRRJ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

USGS United States Geological Survey

UTB Unidade Territorial Básica

UTM Universal Transversa de Mercator

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xiii

RESUMO

TEIXEIRA, Tarcisio M., MS, Universidade Estadual de Maringá, fevereiro de

2008. Avaliação do sistema de informação geográfica e sensoriamento

remoto no estudo do potencial de turismo rural em um município.

Professor Orientador: Prof. Dr. Marcos Rafael Nanni.

Os objetivos deste trabalho foram avaliar os SIGs como instrumento para apoio

à investigação dos potenciais e limitações de um município, visando à

implantação do turismo rural; realizar o levantamento a campo dos locais com

potencial para turismo rural e ecoturismo no município; levantar dados

agrícolas, socioeconômicos e turísticos junto aos produtores da Associação de

produtores de Corumbataí do Sul - PR; estabelecer um banco de dados

georreferenciados; produzir mapas temáticos de geopotencialidade;

estabelecer a relação entre os mapas temáticos produzidos e a perspectiva

para turismo rural no município. Para atingir os objetivos foram levantados os

dados a campo por meio de sistema GPS e questionários socioeconômicos. No

laboratório foram criadas cartas temáticas e modelo numérico do terreno via

mesa digitalizadora e técnicas de sensoriamento remoto. Os levantamentos

foram incorporados em banco de dados georreferenciado do programa Spring.

Estes procedimentos permitiram gerar PIs de diversos atributos ambientais e a

integração destes geraram novas informações ampliando a capacidade de

inferir sobre o turismo rural no município. Foram produzidas cartas de

vegetação, declividade, hipsometria, pedologia, hidrografia, estradas e

localidades, aptidão e adequação do uso das terras, cartas sobrepondo os

pontos visitados a vegetação, adequação e aptidão do uso das terras. Os

dados socioeconômicos serviram para analisar as condições da comunidade

local em desenvolver o turismo rural. O sistema geográfico de informações e o

uso de sensoriamento remoto permitiram produzir material cartográfico para

avaliar o potencial de turismo rural no município.

Palavras-chave: SIG, sensoriamento remoto, turismo rural.

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xiv

ABSTRACT

TEIXEIRA, Tarcisio M., MS, Universidade Estadual de Maringá, February 2008.

Evaluation of Geographic Information System and remote sensoring in

assessing the potentiality of rural tourism in a municipality. Supervisor: Prof. Dr. Marcos Rafael Nanni.

The Geographic Information System is evaluated to foreground investigations of

a municipality�s potentialities and limitations to introduce rural tourism;

undertake fieldwork to pinpoint potential sites for rural tourism and ecotourism in

the municipality; collect agricultural, social and economical and tourist data from

producers associated to the Producers Association of Corumbataí do Sul PR

Brazil; establish a data bank of geographical references; produce thematic

maps involving geopotentialities; establish the relationship between thematic

maps and perspectives for tourism in the municipality. Field data were collected

by GPS and by social and economical questionnaires. Thematic charts and a

numeric model of the landscape were undertaken by digitalized keyboard and

remote sensoring techniques. Surveys were fed to geo-referenced banks of

Spring program. Procedures produced PIs of several environmental attributes,

whereas their integration produced new information and thus broadened the

inferring capacity on rural tourism in the municipality. Charts featuring

vegetation, declivities, hypsometry, pedology, hydrography, roads and sites,

capacity and adequacy of land use were produced. Social and economical data

were used to analyze the conditions of the local community to develop rural

tourism. The geographic system of information and the use of remote sensoring

produced a cartographic material to evaluate the potentiality of the

municipality�s rural tourism.

Key words: Geographic Information System, remote sensoring, rural tourism.

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1

1. INTRODUÇÃO

O espaço rural, aparentemente, é um local simples, pois os meios de

comunicação e o imaginário de muitas pessoas transmitem a idéia de

tranqüilidade e de vida calma. Porém, nem sempre isto é verdade e, na maioria

das vezes, é justamente o contrário. As ações do meio rural podem ser de uma

complexidade relacional sociológica e econômica tão grande que qualquer

mudança ou inovação deve ser muito bem planejada. Caso contrário, expõe o

município ou região a riscos como descapitalização dos produtores rurais e

danos ambientais.

Outro fator importante, em qualquer análise rural, na atualidade, é o

fato deste meio estar tornando-se cada vez menos agrícola, ou melhor, cada

vez menos somente agrícola, o rural passou a ser um meio multifuncional. A

ele cabem funções ambientais, econômicas, sociais e culturais.

Ambiental, porque é impossível pensar o meio rural somente como

local de produção e as áreas de preservação como unidades totalmente

independentes. As atividades rurais promovem alterações ambientais de

profunda intensidade e para amenizar este problema, devem ter projetos e

espaços destinados à preservação ambiental. Contando ainda que as áreas

específicas para preservação estejam locadas em grande parte nos territórios

rurais.

Econômicas, pois, atualmente, o Brasil é um país que cria boa parte de

sua receita exportando produtos oriundos de suas atividades agropecuárias.

Sociais, porque o processo de urbanização prioritária provou não ser

adequado para resolver os problemas sociais e de renda no país. O meio rural

deve ser fortalecido para evitar a continuidade do êxodo para grandes cidades

e, se possível, reverter este processo.

Culturais, porque o meio rural pode resgatar nos habitantes urbanos

raízes culturais e históricas do povo brasileiro. Em meio extremamente

urbanizado há a tendência natural das tradições rurais desaparecerem ou

serem muito modificadas.

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2

Mesmo com este quadro de multifuncionalidade, o meio rural enfrenta

sérios problemas sociais e de renda, principalmente quando se faz referência

aos pequenos proprietários da agricultura familiar. Para os pequenos

municípios como o de Corumbataí do Sul, Estado do Paraná, o qual sua

economia depende essencialmente do desempenho destes pequenos

agricultores; a situação de desenvolvimento e a qualidade de vida de sua

população estão bastante comprometidas. Comprova esta realidade a

pontuação de 0.678 do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), elaborado

pela ONU, a partir dos dados de educação, longevidade e renda per capita.

Diante deste quadro, é emergente que atividades geradoras de renda e

sustentáveis sejam implementadas no meio rural. Mas, como dito

anteriormente, há necessidade de que esta atividade seja antes planejada e,

para que se possa realizar um bom planejamento necessita-se de dados.

A obtenção dos dados faz-se por meio de levantamento, a fim de

conhecer os parâmetros de espaço e recursos humanos. Porém, simplesmente

acumular dados não é certeza de decisões corretas. Estes necessitam ser

disponibilizados de uma forma rápida, acessível e bem sistematizadas. Estes

dados devem ser integrados para gerar novas informações, conforme as

decisões são exigidas.

O Geoprocessamento, com seus Sistemas de Informação Geográfica

(SIG), tem se revelado como a ferramenta de melhor perspectiva para esta

tarefa.

Qualquer proximidade direta ou indireta com o desenvolvimento

econômico e social dos pequenos municípios do Paraná, e mesmo do Brasil, já

levaria ao entendimento do porquê desta pesquisa. Municípios, como este

enfocado no estudo, apresentam grandes problemas de geração de rendas e

empregos para seus moradores, promovendo intenso êxodo de seus jovens e

repercutindo na qualidade de vida da coletividade.

Esta situação poderia ser amplamente detalhada e vários estudos têm

sido realizados por órgãos governamentais, ONGs, instituições internacionais e

universidades, mas a apresentação de um único item pode reunir todos estes

estudos, o IDH. No último levantamento do PNUD/ONU - Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento/Organização das Nações Unidas, o

município de Corumbataí do Sul - PR ficou na 377ª posição no Paraná e a

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3

3.329ª no país (PNUD, 2007). O município está na lista dos 30 com menor IDH

do Estado. Para o que se considera ideal, segundo os indicativos da ONU, o

município necessitaria elevar este índice em 0.122 pontos e desenvolver os

três parâmetros do IDH: PIB, índice de esperança de vida ao nascer e índice

de escolaridade, de forma equilibrada (FERRARI, 2003).

Para alcançar esta pontuação ideal, estratégias de geração de

empregos e aquecimento da economia regional devem ser empreendidas em

curto e médio prazo. Porém, os princípios de competitividade da lógica

capitalista atual, também, se aplicam às instituições públicas, como o

município. Assim, para que as medidas adotadas objetivando este crescimento

resultem em sucesso, um planejamento das ações municipais se faz

necessário.

Neste contexto, vê-se crescer a importância de um estudo sistemático

do município, identificando suas potencialidades e limitações ambientais e

socioeconômicas. Com estes dados sistematizados e interligados por uma

ferramenta de análise poderosa como o SIG (executada no SPRING), a

possibilidade de elaborar e aplicar medidas com grandes possibilidades de

êxito torna-se muito maior.

A administração municipal e regional pode se espelhar na

administração empresarial. A maioria dos projetos que se tornaram empresas

de sucesso teve, antes, muito estudo e planejamento, para em seguida ser

desenvolvido na prática. Assim, pretende-se, neste trabalho, testar a hipótese

de que os SIGs apresentam capacidade para avaliar os potenciais de turismo

rural em municípios de baixo IDH e fornecer dados para um planejamento.

Os objetivos específicos para realizar este teste são: proceder o

levantamento a campo dos locais com potencial para turismo rural e ecoturismo

no município (georreferenciando e fotografando); levantamento de dados

(agrícolas, socioeconômicos e turismo) junto aos produtores da Associação de

Produtores de Corumbataí do Sul - PR (Aprocor); estabelecer um banco de

dados georreferenciados; produção de mapas temáticos de geopotencialidade;

estabelecer a relação entre os mapas temáticos produzidos e a perspectiva

para Turismo Rural no município.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 TURISMO RURAL

Turismo Rural é uma atividade econômica, com todas as

consequências diretas ou indiretas, positivas ou negativas para o entorno social

na qual está envolvida (ZIMMERMANN, 2001). Porém, o entendimento

completo ou a construção do conceito de turismo rural, no Brasil, não é simples

e talvez não seja uma empreitada com possibilidade de conclusão plena. Isto

porque, o meio rural brasileiro é diversificado em cada propriedade, pois no

mesmo estabelecimento que se propõe a desenvolver o turismo rural é

possível encontrar várias possibilidades de atividades de entretenimento

tornando, a tarefa de criar um conceito que abranja todas estas atividades,

muito difícil. Dependendo dos recursos disponíveis, é possível desenvolver no

mesmo espaço: turismo rural propriamente dito (agroturismo), turismo

ecológico, turismo de aventura, turismo cultural e turismo esportivo. Soma-se

ainda a esta diversificação da propriedade, a da variabilidade que existe entre

as regiões agrícolas do país. A comparação entre as atividades agropecuárias

desenvolvidas no Sul do país e as da região nordeste proporciona um quadro

desta situação de variabilidade. Há diferenças entre os pratos típicos, as

culturas, a forma de criação de gado, festas tradicionais e outras (SILVA,

1998).

Esta dificuldade em definir o Turismo Rural, no Brasil, é por outro lado,

uma vantagem competitiva, pois proporciona um mercado que não corre o risco

de se tornar repetitivo ao longo do território nacional, garantindo diversos

nichos de mercado, evitando competição acirrada entre as regiões. A

diversidade permitirá que o consumidor de turismo rural tenha a possibilidade

de explorar outras experiências e regiões com este tipo de turismo

(ZIMMERMANN, 2001).

Oxinalde (1994), também, salienta esta dificuldade de definir Turismo

Rural pela ambigüidade do próprio termo. A expressão inclui modalidades de

turismo que não se excluem e que se complementam, no espaço; pode-se

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realizar o ecoturismo e turismo verde, turismo cultural, turismo esportivo,

turismo de aventuras e agroturismo.

Na tarefa de definir o Turismo Rural, atualmente, há duas tendências. A

primeira se baseia nos elementos que compõe a oferta turística. Nesta, há

preocupação com a cultura rural das atividades e a origem de seus produtos.

Para as ramificações de seus produtos há denominações específicas como

agroturismo, turismo verde, equestre, de caça etc. Na segunda, o princípio é a

destinação das rendas obtidas na venda dos produtos turísticos. Quando o

agricultor e a comunidade rural são os principais beneficiados, classifica-se

como Turismo Rural (SILVA, 1998).

Silva (1998), também, cita pesquisadores que tratam dos produtos em

meio rural, mas não é turismo rural propriamente dito. O meio rural é, na

verdade, uma base física de suas atividades esportivas, religiosas ou de

descanso. O autor, ainda, salienta a fusão das duas formas de turismo no meio

rural, ou seja, um único turista pode, no mesmo ambiente e na mesma viagem,

desfrutar de atividades rurais ou não do meio rural.

Diante desta complexidade das definições e limitações do que seja

Turismo Rural, optou-se por utilizar o termo Turismo Rural com a conotação de

Turismo no Meio Rural independente de sua natureza ou mescla. Pensando

inclusive que, para os agentes sociais, nos quais se está focando o trabalho

atual, esta será a opção mais utilizada na prática, caso venham a realizar a

atividade de turismo no município.

Como o Turismo Rural é uma atividade econômica, ele terá um

consumidor e se faz importante conhecer o seu perfil para proporcionar-lhe

pacotes de estadia e atividades que agradem e o fidelizem. Segundo

Ruschmann (1998), o turista rural é uma pessoa que está descontente com os

pacotes turísticos clássicos, sendo seu desejo o de encontrar simplicidade e

autenticidade. O turismo convencional promove excessiva maquiagem do

ponto turístico o que o desagrada.

Na Europa, o Turismo Rural tem como maior característica a

preservação da genuidade do local, equilibrando os valores do passado e o

conforto da modernidade, as expectativas urbanas e a realidade do campo

(CALATRAVA, 1993). Apresentando esta característica, está satisfazendo o

anseio do turista rural.

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Ribeiro (2005), em pesquisa realizada com turistas que praticam o

Turismo Rural, constatou que somente 2% buscam sofisticação nas

hospedagens, mas não abrem mão de conforto (28%) e bom atendimento

(28%).

Assim, a implantação do turismo rural deve precaver-se dos excessos

para não se descaracterizar, o que poderia resultar em frustração do projeto.

Além de conhecer o perfil do provável consumidor também, se faz

necessário, conhecer as modalidades de exploração adequadas para a região.

Silva (1998) faz uma relação das possibilidades mais comuns para o Turismo

Rural exploradas atualmente. Entre elas, pode-se citar: chácaras de recreio e

condomínios rurais, pesca amadora, fazenda-hotel, complexos hípicos, leilões

e exposições, festas e rodeios, fazendas de caça, fazenda escola, visitas

programadas e cursos especiais e artesanato.

O estudo do Turismo Rural, como atividade econômica, justifica-se

caso exista um mercado consumidor. No caso do município de Corumbataí do

Sul - PR, existe a proximidade com o Polo Econômico Maringá-Londrina, um

dos corredores de turismo do Estado com consumidores em potencial (SETUR,

2001).

Além de identificar o consumidor, também é importante identificar as

mudanças que a atividade promove na região.

Zimmermann (2001), Silva (2006) e Froehlich (1996) defendem

Turismo Rural como uma atividade estratégica, para preservação e a

recuperação ambiental do espaço rural, garante a manutenção das atividades

agrícolas tradicionais e a consequente manutenção da família rural no campo,

e formula novo conceito de produção, com a consequente incrementação de

receita para o espaço rural.

Para Silva (1998) e Campanhola e Silva (1999) é uma excelente opção

para incrementar a economia de uma região ou município. Esta afirmação

justifica-se pelo fato de ser uma atividade que pode ser desenvolvida em

regiões que não disponham de recursos turísticos extraordinários e porque o

turismo rural é atividade que cria frentes de trabalho com reduzidos volumes de

investimentos. Silva (1998) complementa destacando a importância do Turismo

Rural em promover o ecoturismo e a dependência das atividades do meio

ambiente preservado. Corrobora com esta afirmação Veiga (2004).

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Para Silva (1998), a função econômica do agroturismo deve ser

analisada diretamente na comunidade onde a mesma se desenvolve. Esta

análise salienta a importância do agroturismo como promotor do

desenvolvimento econômico e, não somente, de seu crescimento. A

implementação planejada desta atividade permite que haja desenvolvimento

social e econômico dos agentes envolvidos, havendo melhora na distribuição

territorial com produção social mais significativa, uma vez que a presença do

turista permite procura de diversos produtos e não somente os que interessam

à agricultura industrial. Valoriza-se a cultura local com seus artesanatos, festas

e feiras. Redistribuem-se as riquezas geradas, melhora os rendimentos

individuais e perspectivas de populações menos favorecidas.

Corroborando com essas idéias, Ruschmann (1998) relata que o

Turismo Rural é um estimulante à aquisição de produtos artesanais e até

mesmo aqueles relacionados com o meio rural, como ferramentas e objetos de

decoração típicos. A autora ainda afirma que o turismo rural explora e capitaliza

o meio rural ou natural, ao qual, de outra forma, não se agrega valor

econômico, senão aquele diretamente relacionado com a produção agrícola ou

pecuária.

Labat e Perez (1994) citam os benefícios indiretos que esta atividade

pode promover no meio rural: melhoria da infra-estrutura e das

telecomunicações, desenvolvimento das pequenas e médias indústrias

existentes no meio rural, como consequência do crescimento da demanda por

�artesanato� e produtos alimentícios, desenvolvimento da indústria do lazer,

melhoria indireta do setor agrícola, por meio da potencialização de produtos de

qualidade típicos de cada zona, como é o caso do mel, queijos, embutidos etc.

Os autores ainda sugerem que ocorra integração entre turismo rural e

outras atividades econômicas, que corroborem com o desenvolvimento

regional.

Evans e Ilbery (1993) salientam que nas regiões onde desenvolveram o

turismo rural, a diversificação dos produtos agrícolas foi consideravelmente

fortalecida. Tal fato deve-se à maior circulação de consumidores com poder

aquisitivo e a venda de produtos com alto valor agregado na própria fazenda

ou, nas porteiras, tornou-se uma atividade constante e rentável.

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Hjalager (1996) descreve, em seu trabalho, um desempenho do

Turismo Rural europeu menor que o esperado. Mas, a atividade estava

contribuindo na diversificação do produto turístico do continente e, em um

quadro de competição econômica como a atual, esta é uma atividade que não

pode ser relegada ao segundo plano.

O Turismo Rural também promove mudanças nas famílias. Silva;

Almeida (2002), trabalhando com agricultores do Distrito de São Pedro,

Município de Bento Gonçalves, observaram e quantificaram mudanças nas

famílias locais. As principais notadas por estes autores foram: aumento de

trabalho (50%), redução do tempo do lazer (66,7%), comprometimento das

refeições em família (66,7%), perda de privacidade (50%), aumento da renda

(16,7%), trabalho para os filhos (16,7%), diminuição do êxodo (16,7%), perda

da inibição (50%) e aumento da geração de conhecimentos (66,7%).

Ainda, segundo este estudo, podem-se perceber mudanças

promovidas na comunidade, ou seja, restaurou a vitalidade da comunidade

(33,3%), restaurou a auto-estima dos moradores (16,7%), criou mercado para

os produtos locais (16,7%), preservou o patrimônio e a cultura (33,3%) e as

relações entre os moradores foram fortalecidas (33,3%).

O estudo de Silva e Almeida (2002), além de confirmar a mudança no

papel do homem dentro do sistema do turismo rural, também constatou

mudanças nos papéis das mulheres e dos idosos. No primeiro caso, as

mulheres passaram a ser produtivas e até mesmo gerentes do negócio, pois

coube a elas as funções gastronômicas e a recepção doméstica dos turistas.

Também, os artesanatos desenvolvidos pelas mulheres das famílias foram

comercializados muito mais facilmente. Quanto aos idosos, eles foram

resgatados dentro da comunidade como as memórias vivas do imaginário rural

que muitos turistas buscam em suas viagens. Também lhes foi atribuído

funções domésticas e produção de alimentos nas hortas caseiras, item, aliás,

extremamente atraente para os turistas.

As mudanças promovidas pelo Turismo Rural também são citadas nas

Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural no Brasil (BRASIL, 2004),

desenvolvidas pelo Ministério do Turismo - Secretaria de Políticas de Turismo.

O turismo, em geral, é hoje uma atividade economicamente importante

para a maioria dos países (DIAS, 2003; CNT, 2006; CARVALHO, 2001). No

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Brasil, em 2005, foram movimentados 3.783.000 de dólares, com 32 meses

consecutivos de crescimento (desde março/2003), e ficando em 5º lugar no

ranking de produtos exportados, batendo produtos como carne bovina,

autopeças, frango e café (BRASIL, 2005).

No mercado formal de trabalho, o turismo empregou, no País, mais de

1.499.497 pessoas em 2001 e 1.913.936 em 2005, o que representa um

crescimento da ordem de 28% em quatro anos. O crescimento acumulado em

2003, 2004 e 2005 foi da ordem de 16%. Foram gerados, neste período,

262.914 empregos formais nas diversas categorias econômicas que integram,

diretamente, o setor do turismo (CNT, 2006).

Esta grande indústria do turismo é dividida em dois setores, o turismo

interno e externo (internacional). De acordo com as análises da Organização

Mundial do Turismo, calcula-se ser o turismo interno dez vezes maior que o

volume de turismo internacional (CNT, 2006). Ora, o Turismo Rural é um dos

maiores segmentos do turismo interno, portanto seu crescimento está

plenamente garantido diante deste panorama até aqui apresentado

mundialmente. O seu crescimento anual na década de 90 foi de 6%, o dobro do

turismo litorâneo na Europa (CALATRAVA, 1993).

Esta consolidação se deve ao fato do turismo rural não ser um mero

modismo. Na Europa, Verbole (2002) afirma que, desde a década de 60, o

número de cidadãos urbanos que procuram passar suas férias no meio rural

tem aumentado. O grupo pesquisador do Instituto Euro Barometer (1998)

constatou que 23% dos turistas europeus escolhem o meio rural como seu

destino a cada ano.

No Brasil, segundo Zimmermann (2001), a atividade se consolidará por

que promove conscientização ecológica das populações urbanizadas, os

clientes não estão satisfeitos com os pacotes turísticos elaborados pelas

grandes agências de turismo, os preços são menores, realiza-se, em regiões

próximas ao consumidor, e pode ser realizado independente da época das

férias escolares.

Também em Verbole (2002), há a constatação de que, na Áustria, os

turistas procuram o meio rural pela sua paz e tranqüilidade, e também pelos

menores custos.

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Outro ponto positivo para o desenvolvimento desta atividade é o fato do

conceito do desenvolvimento regional estar cada vez mais arraigado no

consumidor, um desejo intrínseco de saber que o seu ato de consumo está

beneficiando alguma população agrícola que preserve o imaginário rural,

especialmente a agricultura familiar no Brasil. O turismo rural preenche este

quesito, pois propõe a produção biológica, caseira, tradicional, específica,

regional e local (FROEHLICH, 2001).

2.2 GEOTECNOLOGIAS

Neste estudo, serão utilizadas duas ferramentas, o sensoriamento

remoto e o geoprocessamento. Frutos do desenvolvimento tecnológico dos

últimos anos, principalmente dos recursos computacionais e da possibilidade

de obtenção de imagens orbitais e posicionamento na superfície terrestre por

meio dos satélites.

Definir estes recursos se faz necessário para facilitar o entendimento

futuro de como certos dados foram trabalhados e gerados no SIG.

2.2.1 Sensoriamento remoto

A primeira ferramenta que se fez uso, neste trabalho, foi o

Sensoriamento Remoto. Este constitui na utilização de sensores para aquisição

de informações sobre objetos ou fenômenos sem que haja contato direto entre

eles (INPE, 2006; NOVO, 1998).

Complementado com uma definição mais descritiva e funcional, pode-

se dizer que é a utilização de sensores para captar e registrar as interações

que ocorrem entre a energia eletromagnética e as substâncias que compõem o

planeta, os veículos que transportam estes sensores, o processamento destes

dados, os equipamentos de transmissão e análise destas informações (NOVO,

1988).

Os sensores são os equipamentos capazes de coletar energia

proveniente do objeto e convertê-la em sinal passível de ser registrado e

apresentado em forma que se possam extrair informações (NOVO, 1998).

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Crepani (1983) e Lillesand (1994) complementam que é a ciência e a

arte de se obter informações sobre um objeto, área ou fenômeno pela análise

de dados coletados por aparelhos denominados sensores, que não entram em

contato direto com os alvos em estudos.

Para Siegal e Gillespie (1980), apesar de ser um termo comumente

utilizado, não é de fácil definição, pois tem ampla utilização em várias áreas e a

cada uso introduzem-se novas definições.

Nas áreas como agronomia, oceanografia e geografia, que se

preocupam exclusivamente com a radiação eletromagnética refletida pelos

corpos, o Sensoriamento Remoto é a ciência que mede as taxas desta reflexão

(ROCHA, 2007). Pode-se acrescentar que o Sensoriamento se faz completo ao

interpretar as informações obtidas com estas interações entre ondas

eletromagnéticas e objetos.

Esta ciência tem sido um grande instrumento nas mãos das outras

ciências. Os dados obtidos pelas técnicas de Sensoriamento Remoto podem

ser utilizados por diversos segmentos do conhecimento humano. Entre elas

podemos citar previsões metereológicas, estudos sobre o desmatamento na

Amazônia e previsões de produção. Contundo, a contribuição ambiental e do

desenvolvimento sustentável é a maior deste conhecimento (ROCHA, 2007).

As imagens orbitais têm permitido a identificação dos problemas de forma

rápida e com grande abrangência e estas informações também permitem

planejamento em médio e longo prazo para que as atividades tragam

sustentabilidade para o homem e o meio no qual está inserido.

Os componentes no processo de aquisição de informações por

sensoriamento remoto são: os objetos, a energia, o sensor, a recepção, o

processamento e a distribuição e/ou comercialização dos dados e a fase de

análise e interpretação dos dados (VEIGA, 2001). Neste trabalho, serão

analisados os três primeiros e o último destes itens.

Os objetos são importantes devido ao seu comportamento quanto à

absorção ou refletância da energia que incide sobre eles. A água absorve bem

a energia incidente e consequentemente aparece como um corpo escuro nas

imagens. Já, as copas de árvores de florestas naturais e comerciais podem ter

comportamento diferente pela textura. Conforme a resolução espacial da

imagem a ser trabalhada, o sistema pode distinguir copas de árvores mais altas

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e mais baixas, sendo este fato resultante da diferença da luz refletida entre

elas, isto porque uma fará sombra sobre a outra. Este fato resulta na

rugosidade da textura da imagem. Fato observado nas florestas naturais, mas

não nos plantios comerciais, que apresentam textura lisa (MOREIRA, 2005).

Neste estudo, os dados foram obtidos a partir do comportamento

espectral dos seguintes alvos: vegetação, solo e água.

Quanto à vegetação, observa-se que na região visível há baixa

reflectância, pois a maior parte dos comprimentos é absorvida pelas clorofilas e

demais pigmentos acessórios do processo fotossintético. O único pequeno pico

de reflectância ocorre em torno de 0,5 µm, pois este é o comprimento do verde,

espectro pouco absorvido pelas plantas terrestres (VEIGA, 2001; NOVO,

1998).

Na faixa do infravermelho próximo, 0,7 a 1,3 µm, a radiação não é

absorvida pelos pigmentos fotossintéticos e apresentam boa reflectância.

Quanto maior o ângulo de incidência da radiação, maior será a reflectância

(MOREIRA, 2005). Também as estruturas internas das folhas determinarão o

quanto ocorrerá do fenômeno, pois quanto mais lacunas houver na estrutura

celular, maior a reflectância (VEIGA, 2001; NOVO, 1998). Este fenômeno se

deve ao fato das lacunas estarem com ar, ou seja, outro meio para a onda

eletromagnética propagar-se, e quando isto ocorre há mudança no ângulo de

incidência da onda, a refração (Figura 1).

Figura 1 � Refração da onda eletromagnética.

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Para o infravermelho médio do espectro eletromagnético, a reflectância

está em função da quantidade de água disponível nos tecidos vegetais. Quanto

maior a quantidade de água, maior a absorção e, nesta faixa, há dois picos de

absorção 1,4 e 1,9 µm, observados na Figura 2 (VEIGA, 2001; NOVO, 1998).

Figura 2 � Comportamento espectral da vegetação (adaptado de Veiga, 2001).

O estudo dos solos torna-se importante quando se estuda áreas em

que está sendo feito o preparo para o plantio. Neste caso, o conhecimento de

seu comportamento espectral permite a quantificação das áreas com solos

expostos.

Para o solo, os fatores que mais influenciam o seu comportamento

espectral são: teor de matéria orgânica, textura, capacidade de troca catiônica,

mineralogia, umidade etc. (VEIGA, 2001).

Conhecendo experimentalmente o comportamento espectral do solo

podem-se fazer relações com todas as características citadas acima. Segundo

Novo (1998) a matéria orgânica, a argila e a CTC (capacidade de troca

catiônica) diminuem a reflectância dos solos. Os diferentes teores de óxidos de

ferro proporcionam comportamentos diferentes de reflectância e permite

inferências sobre a mineralogia dos solos.

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Como qualquer sistema que pretenda distinguir objetos na paisagem

para fornecer informações sobre os mesmos, os sistemas sensores necessitam

apresentar uma determinada resolução. Para os sistemas de Sensoriamento

Remoto esta resolução é de quatro tipos diferentes: espacial, espectral,

radiométrica e temporal.

A resolução espacial é a capacidade de separar angular e linearmente

dois objetos. No caso do sensoriamento com imagens digitais é a área do

terreno representada por um pixel da imagem (LILLESAND, 1994).

Resolução espectral é definida pelo número e largura das bandas

espectrais que o sensor pode distinguir (VEIGA, 2001; LILLESAND, 1994).

Importante lembrar que o potencial de uso destas bandas pode ser

aumentado consideravelmente com diferentes combinações entre elas. O INPE

recomenda várias combinações, entre elas a das bandas 3, 4 e 5, a qual se faz

uso neste trabalho para visualização e registro da imagem. Nesta combinação,

mostram-se, claramente, os limites entre o solo e a água, e a vegetação fica

discriminada pela tonalidade verde-rosa (ROCHA, 2007).

A resolução radiométrica é a sensibilidade do sensor, a sua capacidade

em detectar variações na radiância espectral que recebe. Nos sensores

fotogramétricos, é o número de níveis de cinza que é reconhecido pelo filme.

Nos sensores ótico-eletrônicos, esta resolução é dada pelo número de níveis

digitais coletados (VEIGA, 2001).

A resolução temporal é a frequência com que o sensor obtém as

imagens de uma determinada área (VEIGA, 2001).

As aplicações do sensoriamento remoto, enquanto ferramenta para

análise, são as mais variadas possíveis. Estão listadas a seguir algumas

destas aplicações.

Cortes (1986) estudou o uso do solo e a vegetação do México com

processamento de imagens LANDSAT. Concluiu que os estudos são mais

precisos quando as áreas estudas são divididas em subáreas menores,

diminuindo a possibilidade de confusão entre geo-objetos. Corrobora com esta

conclusão o trabalho de Valério Filho; Santana (1986) ao estudar a ocupação

do solo de Marília � SP.

Valério Filho et al. (1986) compararam o uso dos dados TM com estudo

detalhado da análise estrutural do solo no Platô de Padre Nóbrega. O uso das

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imagens permitiu a identificação de diferentes classes de solos e de uso do

solo. Também diferenciaram vários tipos de aspectos superficiais dos solos, os

quais representam certos elementos de discriminação e de erosão dos solos.

Florenzano et al. (1986), também trabalhando com TM/LANDSAT,

discriminaram as seguintes classes de uso do solo: mata, reflorestamento,

pastagens, culturas, área urbana, água e áreas desocupadas.

Valério Filho e Epiphânio (1986), ao aplicarem o processamento digital

de dados TM/LANDSAT, na cartografia de solos, obtiveram ótima relação das

unidades de solo com o relevo e a vegetação.

Hayashi (1986) comparou a classificação de vegetais pelas imagens

LANDSAT/TM na escala de 1:50000, com o mapa de classificação vegetal do

Instituto do Meio Ambiente realizado na escala de 1:5000. Apesar da diferença

de escalas, constou que a distinção de espécies com sensoriamento remoto

possui maior precisão.

Pitanga (1986) estudou a evolução da ação antrópica no município do

Rio de Janeiro entre os anos de 1972 a 1984. O trabalho distinguiu áreas

urbanizadas, corpos da água e áreas verdes; e constatou as modificações por

desmatamento, loteamentos, urbanizações e favelas e registrou o crescimento

da cidade e as diversas mutações ecológicas causadas por ação antrópica.

Serviu como ferramenta de planejamento, controle, preservação e avaliação da

natureza e a ação do homem.

Medeiros e Batista (1986), usando imagens MSS 7 e MSS 5 do

LANDSAT, foram capazes de identificar a perda e o ganho de fitomassa ao

longo do tempo.

Mere (1986) trabalhou o planejamento regional com imagens

LANDSAT e classificou a ocupação do território em três grandes temas:

vegetação natural, áreas de ações antrópicas e cursos de água.

Vetorazzi e Couto (1990) demonstraram que a interpretação visual das

imagens orbitais, quando bem empregada, traz resultados bastante

satisfatórios, estratificando uma região de estudo em áreas homogêneas e

possibilitando, assim, o planejamento global das atividades a campo e

diminuindo o número de observações, que acarreta redução dos trabalhos de

levantamento com aumento de precisão dos traçados entre unidades de solos.

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2.2.2 Geoprocessamento

O geoprocessamento consiste na união de tecnologias para a coleta e

tratamento de informações espaciais, a fim de um objetivo especifico. Portanto,

a execução do geoprocessamento implica no desenvolvimento de sistemas

específicos para cada aplicação. A estes sistemas de operacionalização das

informações geográficos dá-se o nome de Sistemas de Informação Geográfica

(SIG) (INPE, 2006).

Percebe-se, na definição, que geoprocessamento não é uma atividade

isolada dentro de uma ciência, pois implica no uso de um conjunto de

tecnologias e que é necessária a localização espacial de tal objeto de estudo,

por isto esta ciência, normalmente, vem conjugada ao georreferenciamento,

assunto tratado em seguida.

Como relatado, a tarefa de geoprocessar implica no uso simultâneo de

um conjunto de tecnologias. Portanto, fez-se necessário criar um ambiente no

qual esta integração fosse realizada de forma rápida e confiável. Daí, o

surgimento dos SIGs. Estes sistemas chegam a ser confundidos com o próprio

geoprocessamento, mas na verdade é a ferramenta para sua realização.

Por isto, ao se discutir, atualmente, sobre Geoprocessamento,

obrigatoriamente, está fazendo referência ao SIG.

A definição do SIG se faz com o entendimento dos conceitos de

informação geográfica e sistema de informação.

A informação geográfica é obtida quando os dados sobre um

determinado fenômeno físico ou social são armazenados com uma relação

direta de localização em um ponto ou área da superfície terrestre (VEIGA,

2001).

Já, o Sistema de Informação, segundo Medeiros e Tomas (1994), se

presta a organizar informações relacionadas de modo automático ou não e

formar um banco de dados. Este banco pode ser relacionado a outros para

produzir novas informações. Enfim, Sistema de Informação é o ambiente no

qual se faz entradas, armazenamentos, transformações e produção de novas

informações. Ainda, potencializado pelo fato de interligar informações

separadas cronologicamente.

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Unindo estes dois conceitos, obtemos o SIG, ou seja, dados físicos

ou sociais armazenados em um banco de dados, neste caso, automatizado,

podendo ser transformado, relacionado com outros dados ou mesmo outros

bancos com naturezas distintas para obtenção de informações que os dados

analisados isoladamente não forneceriam. Por fim, estes dados são

relacionados diretamente a um ponto ou área na superfície terrestre. Estes

sistemas possuem a propriedade de manter este posicionamento mesmo

quando os dados são relacionados para criar novas informações (INPE,

2007a).

Veiga (2001) e Pzee (2004) definem SIG como um sistema

constituído por três elementos. Os equipamentos computacionais

(Hardware), os aplicativos (software) e os dados georreferenciados. Este

sistema captura, armazena, atualiza, manipula, analisa e fornece mapas

temáticos georreferenciados das informações processadas para um objetivo

especifico. Rocha (2007) corrobora com estes autores e acrescenta o

profissional, sendo este o elemento mais importante na implementação e

uso do sistema. Sem pessoas adequadamente treinadas e com visão do

contexto global, dificilmente um projeto de SIG prosperará.

Mais resumidamente, Smith et al. (1987) relatam que o SIG é um

banco de dados indexados espacialmente, sobre o qual opera um conjunto

de procedimentos para responder a consultas sobre entidades espaciais.

Portanto, o SIG é capaz de relacionar dados alfanuméricos e objetos

localizados espacialmente. O sistema pode selecionar áreas e constituir

mapas temáticos, a partir de dados numéricos fornecidos pelo usuário. O

sistema gera mapas de áreas aptas ou inaptas para o ecoturismo com os

dados dos recursos hídricos, geológicos e a vegetação, desde que estes

dados ao serem fornecidos estejam devidamente georreferenciados.

Estruturalmente o SIG apresenta os seguintes componentes

(Figura 3):

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18

Figura 3 � Arquitetura de Sistemas de Informação Geográfica (INPE, 2007a).

A interface é o subsistema que relaciona o homem à máquina.

Neste, estão definidos as formas de operação e o controle do sistema. No

segundo nível do esquema, estão os subsistemas de processamento de

dados espaciais. Aqui, se define como será a entrada de dados, sua edição,

a análise, a visualização e a saída. O terceiro nível contém o subsistema de

gerenciamento do banco de dados geográficos. Este armazena e recupera

os dados espaciais e seus atributos (INPE, 2007a).

No caso específico deste trabalho, o SIG utilizado (SPRING) possui

estrutura de dados do tipo matricial/vetorial e banco de dados relacional

(INPE, 2007a).

O banco de dados relacional armazena os dados gráficos e

alfanuméricos em Tabelas. Um sistema de chaves é utilizado para relacionar

estas Tabelas e forma um esquema relacional cuja integridade é garantida

pelo sistema de gerenciamento de banco de dados relacional (SGBDR)

(Figura 4).

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19

Figura 4 � SIG relacional (adaptado de INPE, 2007a).

Por ser um SIG integrado, ou seja, capaz de relacionar matrizes e

vetores, o SPRING integra dados de diferentes formatos, como imagens,

mapas temáticos e modelos numéricos do terreno. Por estas características,

ele é um sistema que se adapta muito bem aos estudos ambientais e por isto

foi escolhido para a realização deste trabalho.

Além da capacidade de inserir e integrar, em um único banco de

dados, as informações cartográficas, dados alfanuméricos, dados de sensores

e MNTs, os SIGs são dotados de recursos matemáticos, estatísticos e

computacionais para manipular, analisar, consultar, recuperar e plotar as

informações inseridas e geradas no banco de dados (INPE, 2007a). Além dos

cruzamentos digitais de informações numéricas e cartográficas, eles permitem

a visualização em três dimensões de qualquer mapa temático em interação

com o relevo, o que pode viabilizar várias simulações (TERRAFOTO, 1985).

Dados gráficos e

Alfanuméricos

SGBD Relacional

Ope

rado

res

geog

ráfico

s Módulo

Módulo

Módulo

Módulo

Módulo

Módulo

Módulo

GUI

Linguagem de

Programação

Usuário

Núcleo

SIG

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20

As técnicas de geoprocessamento empregadas, para análise em um

SIG, permitem a definição do potencial de determinada área para uma ou mais

atividades e a combinação desse potencial com outras características dessas

áreas para maior refinamento do estudo. Assunção et al. (1988) integraram

imagens de satélite, mapas topográficos, limites de propriedades e dados do

censo para elaborar um mapa de aptidão agrícola das terras e uso adequado

das terras. A comparação de dados é possível, pois estes se encontram no

mesmo referencial geográfico.

Nanni (1995) verificou ser o SIG uma poderosa ferramenta para a

realização do mapeamento de solos em nível semidetalhado. É uma

ferramenta dinâmica e interativa que pode ser reajustada a qualquer momento

e novos dados serem inseridos (VEIGA, 2004); permite uma análise da

dinâmica territorial temporalmente. Ramos e Silva (1986) e Quintela e Silva

(1986) determinaram mudanças no uso da terra no período aproximado de 20

anos.

2.2.3 Sistema global de posicionamento

O GPS (Global Positioning Spacial) é constituído de uma rede de

satélites orbitais que enviam informações (ondas eletromagnéticas) para

receptores em terra, fornecendo sua posição (ROCHA, 2007).

Com a revolução do GPS, o posicionamento, no globo, tornou-se muito

mais simples, rápido e eficiente. Portanto, é claro que esta ferramenta foi

integrada ao Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. Especificamente,

nestas áreas, o GPS demarca pontos de interesse e estradas. Estes objetos

são georreferenciados e posteriormente podem ser utilizados para registro de

imagens orbitais.

2.3 ZONEAMENTOS

Quando se faz a divisão de um território em seções funcionas, a partir

de critérios pré-estabelecidos, realiza-se um zoneamento (EMBRAPA, 2003).

Este pode ter vários enfoques: Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)

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(PZEE, 2004), geo-ambiental (OHARA et al., 2003), zoneamento agrícola

(CUNHA; ASSAD, 2001) e para turismo (BARBOSA, 2004).

O ZEE é o mais amplo dos tipos de zoneamento. Seu princípio é ter

uma visão holística do território, sendo um método integrador de informações

ambientais, que identifica e delimitam as unidades ambientais em um

determinado espaço físico, segundo suas vocações e fragilidades, acertos e

conflitos. Resultada em um conjunto de unidades, cada qual sujeita a normas

específicas para o seu desenvolvimento e preservação do meio (SILVA, 2004).

Seu objetivo básico é elaborar normas legais que regulamentem o uso do

território, tornando harmoniosa a relação entre o crescimento econômico e o

uso de recursos naturais com qualidade ambiental (PZEE, 2004).

Figura 5 � Fluxo de procedimentos técnico-operacionais (adaptado de Barbosa,

2003).

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O ZEE fornece subsídios técnicos para orientar e elucidar a tomada de

decisões na implementação de alternativas de desenvolvimento regional

compatíveis com a sustentabilidade e vulnerabilidade do ambiente (OHARA et

al., 2003).

As metodologias de ZEE podem ser utilizadas em zoneamentos menos

abrangentes como este realizado no levantamento dos potenciais de turismo

rural no município de Corumbataí do Sul - PR. É mostrado na Figura 5 o fluxo

de procedimentos técnico-operacionais do ZEE, com simplificações, e serve

satisfatoriamente para estabelecer o fluxo para um estudo de zoneamento

turístico.

Estes fluxos representam esquematicamente os temas básicos

pesquisados, as sínteses do diagnóstico e as sínteses para interpretação

das potencialidades e limitações.

Salvatti (2004) comenta a necessidade de o Zoneamento Turístico ser

compatível com outros Zoneamentos de escalas maiores, como Zoneamento

Ecológico-Econômico ou Zoneamentos Ambientais como das APAs, e que haja

ampla discussão com a população local e aprovação dos Conselhos Municipais

de Meio Ambiente e de Turismo. Além disto, este Zoneamento deve estar em

conformidade com os aspectos das legislações estadual e federal que tratam

de Áreas de preservação permanente e reservas legais florestais, áreas de

proteção de mananciais, áreas tombadas etc. Ele deve considerar a dinâmica

socioeconômica e cultural existente e ser sólido e consistente o suficiente para

servir de parâmetro para formulação, reformulação e implementação de planos

e programas de estímulo ao turismo e à conservação ambiental. O

Zoneamento deve indicar os níveis de intensidade de proteção e de uso que

cada região demanda ou suporta e sugerir as medidas necessárias para o

aprimoramento da atividade.

Além da delimitação da situação atual (diagnóstico), um zoneamento

também pode estabelecer cenários que simulem soluções, a partir das

escolhas mais equilibradas (PZEE, 2004).

A sua capacidade de criar um modelo de planejamento territorial

sustentável adequado às atividades do território e suas vulnerabilidades

(PZEE, 2004) é essencial no planejamento de turismo rural e ecoturismo.

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23

Para Barbosa (2003), o zoneamento turístico, apesar de menores

proporções que o ZEE, implica em muitas informações a serem trabalhadas

conjuntamente, necessitando do uso de SIG para a execução do projeto

turístico.

Ecologicamente, as zonas estabelecidas podem ser referidas como

unidades de paisagem, sendo uma região do espaço ecologicamente

homogênea para um nível de escala considerado, ou seja, retrata um sistema

homogêneo (BARBOSA, 2003). Este conceito é importante para estudos como

este porque faz uma avaliação dos atributos da terra, integrando os aspectos

de vegetação, solo, geomorfologia, geologia e os aspectos biológicos

(influência da massa viva), tendo como metodologia a análise integrada destes

temas. A idéia do todo é aplicada no sistema (ZONNEVELD, 1989).

O mesmo autor destaca também que a representação complexa da

idéia de unidade de paisagem pode ser armazenada em um Sistema de

Informações Geográficas, por meio de algoritmos sofisticados, porém a

integração de temas envolve atividade mental e interdisciplinaridade, ou seja, é

necessária a contribuição de vários especialistas.

2.4 GEOPOTENCIALIDADES

Para Moss (1975), descrever um ecossistema é parte de um processo

em que se tenta classificar os componentes orgânicos e inorgânicos da

superfície terrestre em unidades taxonômicas de níveis hierárquicos sucessivos

e de uniformidade crescente. O estabelecimento destas unidades deve ser

conduzido com base em suas características que sejam relevantes para o uso

da terra que se tem em mente e, no nosso caso, naquelas que são indicadores

da produtividade biológica ou que a condicionam. Para Oliveira et al. (1990),

esta descrição do ecossistema de Moss (1975) é o que se pode,

modernamente, determinar de potencial geo-ambiental do lugar.

Ainda, segundo Oliveira et al. (1990), potencial geoambiental é o

mesmo que capacidade de uso da terra. Principalmente, quando este uso se

refere a sua capacidade de produção primária.

O zoneamento permite localizar estas potencialidades de um território.

Neste caso, especificamente, tem-se a preocupação de conhecer as

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geopotencialidades agrícolas, pois estas são o principal atrativo no turismo

rural.

Segundo Kouakou (2004) definir as geopotencialidades de uma região

significa estabelecer, para cada unidade zonal, os usos mais compatíveis com

as características naturais, a partir de uma análise de uma base de dados

composta por fatores geofísicos e ambientais. O estabelecimento das

geopotencialidades visa o menor índice de agressão e minimizar ao máximo os

efeitos da exploração humana sobre o meio ambiente. Porém, na sua

aplicação, não se esquece dos mais altos potenciais de aproveitamento, desde

que estes não acarretem danos de grande monta ou mesmo irreversíveis.

Resumidamente, consiste na compatibilização final dos usos razoáveis

e possíveis com as necessidades da preservação ambiental (KOUAKOU,

2004).

Para Oliveira et al. (1990), identificar e quantificar todos os elementos

do complexo Geoambiental que atuam controlando a produtividade é mais

difícil do que reconhecer os elementos que a limitam. Assim, os trabalhos de

zoneamento de geopotencialidades podem levantar os fatores do ambiente que

atuem negativamente na determinação das mesmas.

Ao estabelecer as geopotencialidades, trabalha-se com uma divisão

zonal da área de estudo, sendo este estudo denominado, atualmente, de

Zoneamento Ecológico-Econômico ou, neste caso, um Zoneamento Agro-

ambiental ou Turístico (SALVATTI, 2004).

2.5 GEOPLANEJAMENTO

Segundo Nanni et al. (2004), a gestão territorial é um dos grandes

desafios dos diferentes segmentos da sociedade frente às perspectivas do

terceiro milênio, principalmente em relação à qualidade ambiental, fator

inerente à preservação da biodiversidade e da qualidade de vida do planeta.

Christofoletti (2002) salienta que desde a década de setenta há

desenvolvimento dos esforços em estudos que façam uma modelagem das

interações econômicas, crescimento demográfico e processos ecológicos em

escala regional devido à crescente percepção de quão grande são os impactos

ambientais provocados pelas atividades econômicas.

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25

Para Martin (1999) e Kidner et al. (1999), o geoplanejamento consiste

no uso das novas tecnologias de informação e de tratamento de dados

espaciais digitais para o planejamento e a gestão de um território quanto às

suas características físico-bióticas e socioeconômicas nos aspectos qualitativos

e quantitativos.

No geoplanejamento, trabalham-se os dados georreferenciados para

gerar informação espacializada sobre o território em estudo. Portanto, o

geoplanejamento, subsidia a gestão de um território com informações

processadas pelas técnicas do geoprocessamento visando apoiar a tomada de

decisão (VEIGA, 2004).

Ao definir as geopotencialidades de um território, contribui-se com os

dados essenciais para o geoplanejamento.

2.6 TURISMO RURAL E SIG

O turismo é uma atividade de caráter transversal e de crescente

complexidade. Portanto, exige-se para o seu planejamento gestão, processo

decisório e formulação de políticas, ferramentas de apoio com capacidade para

tratamento dos vários tipos necessários de informação. Sua execução

necessita de análise espacial e multivariável, bem como para monitoração e

avaliação do processo de desenvolvimento (COSTA, 2006).

Os SIGs apresentam-se como uma ótima opção para desempenharem

este papel de Sistema Gestor da implantação e manutenção do Turismo Rural

(COSTA, 2006).

São diversos os autores que afirmam serem os GISs ferramentas de

ótimo desempenho nos estudos do turismo. Dentre eles: Giles (2003), Farsari

(2003) e Bahaire e Elliott-White (1999).

Souza e Fernandes (2007) reconhecem que o turismo é uma atividade

com elevado nível de dificuldade para obtenção, organização e integração de

informações necessárias às decisões de um planejamento de território e que,

nesta atividade, o levantamento sistemático dos recursos naturais e culturais é

fundamental, pois ajuda os gestores a identificar recursos disponíveis,

capacidades dos locais em criar novos produtos/serviços e recursos em risco

por falta de planejamento ou pela influência de outros setores. Diante deste

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quadro, o SIG tem sido apresentado como capaz de integrar os diversos

fatores em análise e encontrar, em curto período de tempo e com grande

segurança de acerto, um balanço entre o uso e a preservação. Segundo os

autores, ele possibilita a análise da sobrecarga e intrusão do homem e faz

previsões sobre as consequências das ações antrópicas permitindo que os

gestores criem políticas de desenvolvimento sustentável para curto, médio e

longo prazo.

Farsari (2003) afirma que, na última década, tem crescido o número de

aplicações do GIS no setor de Turismo. Porém, este número ainda não é o

suficiente diante do grande potencial de oportunidades que existe para esta

atuação.

Das funções que o SIG pode desempenhar em auxílio ao

desenvolvimento do Turismo, Bahaire e Elliott-White (1999) e Farsari (2003)

citam: inventários de recursos turísticos, identificação das localizações com

maior aptidão para desenvolvimento, avaliação dos impactos do turismo,

gestão de visitantes/fluxos, análise das relações associadas ao uso dos

recursos, promover o turismo como atividade protetora do meio ambiente,

monitorar e controlar atividades turísticas, auxílio no comércio do Turismo,

prover os turistas de informações, por meio de sistema de comunicação de

computadores, simular e modelar visualizações em 3D dos locais turísticos,

estudar o fluxo temporo-espacial de turistas, promover o envolvimento e

participação da comunidade e dar apoio para decisões.

Segundo Costa (2006), devido às várias funções desempenhadas

pelos SIGs, eles podem participar da resolução de problemas surgidos na

implantação ou gestão do turismo. Entre eles pode-se citar: proporcionar

informações às partes interessadas que desconheçam a situação; podem

identificar as melhores zonas de implantação da atividade quando esta decisão

não pode ser tomada por meios convencionais; podem ser utilizados para

simular e modelar resultados espaciais de propostas de desenvolvimento para

sensibilizar as partes envolvidas para os seus efeitos secundários, diminuindo

a incompreensão da realidade; relacionar o desenvolvimento socioeconômico e

preservação ambiental com simulações quando não há compreensão;

proporcionar informações para obtenção de consenso em casos de duvidas.

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Berry e Wright (2002) relatam que os recursos matemáticos,

estatísticos e computacionais alinhados em um SIG podem fornecer

informações de forma muito rápida e com muitas possibilidades de produzir

novas informações pela alta capacidade que estes sistemas possuem em

integrar informações espaciais e não-espaciais. Com os recursos dos SIGs, a

possibilidade de obter respostas rápidas e seguras, envolvendo assuntos

extremamente complexos e envolvendo muitas variáveis, aumenta

exponencialmente.

Craglia e Hellen (1997) também comprovaram a capacidade do

Sistema em integrar interesses muitas vezes conflitantes no uso do território e

encontrar a solução mais aprazível para os agentes envolvidos. No parque da

Pedra Vermelha, na China, o SIG foi utilizado para integrar os interesses dos

ecólogos (defensores dos processos ecológicos), dos turistas (defensores dos

processos de percepção visual) e dos fazendeiros (defensores dos processos

agrícolas). Neste caso, os SIGs mostraram grande potencial para apoiar as

decisões de possíveis mudanças na paisagem, conforme os interesses de cada

grupo de agentes.

Bahaire; White (1999) descrevem que os SIGs são capazes de

fornecer três tipos de informação: mapas de recursos para o turismo, mapas de

uso do turismo e mapas da capacidade de turismo no território. Munidos destes

dados, os tomadores de decisão podem analisar o recurso e decidir onde e

quanto dele existe. A partir daí, a decisão de quanto explorá-lo, em nível

sustentável, fica muito mais fácil.

Veiga (2004), em seu trabalho, no município de Macaé, no Estado do

Rio de Janeiro, utilizou a metodologia de alocar do SIG, na forma de uma

Árvore de Decisão. Nesta técnica, os PIs básicos e os derivados são inseridos

e integrados e com isto geram-se novas informações. Estas direcionam a

investigação e a tomada de decisão (Figura 6).

Segundo Veiga (2004), os dados obtidos, neste processo, podem ter as

seguintes aplicações: elaboração de normas que incentivem a expansão do

turismo convencional e ecológico nas áreas mais propícias; minimização dos

efeitos da expansão urbana desordenada sobre áreas de riscos; ordenação

territorial de outras atividades, como a agropecuária, seleção das áreas

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potencialmente viáveis para localização de distritos industriais e a proteção

efetiva de áreas ambientalmente estratégicas.

Áreas sem restrição para investimentos em atividades turísticas

Planos de Informação adicionais

Pontos e Roteiros

turísticos existentes

Atividades turísticas

existentes em áreas

potenciais

Áreas de população

com renda < 1SM

Áreas prioritárias para

investimento em

atividades turísticas

Áreas especiais

FUNAI/IBAMA

Áreas viáveis a

atividades turísticas

Planos de Informação resultante: Potencial

Áreas com risco de inundação Áreas com risco de deslizamento Áreas com potencial para atividades

turísticas

Planos de Informação derivados ou intermediários

Condições

naturais

Condições da

ocupação

humana

Condições da

ocupação

territorial

Condições de

saneamento dos

domicílios

Condições

demográficas

Condições

sociais da

população

Condições de

qualidade de

vida

Condições

criticas de

proximidade

Planos de Informação básicos

Declividade

Altitude

Síntese dos

condicionantes

físico-ambientais

Uso do solo e

cobertura vegetal

Proximidades:

Rodovias, Cidades,

Vilas,

Linha de

transmissão e

Duto

Abastecimento de

água, Esgotamento

sanitário, Coleta de

lixo.

Densidades:

habitantes por

hectare, pessoas

por domicílio.

População não

alfabetizada

Figura 6 � Árvore de Decisão (VEIGA, 2004).

Segundo Bahaire e Elliott-White (1999), a grande vantagem do SIG é o

fato de que o sistema proporciona informações técnicas, sem ser

necessariamente tecnocrático, podendo ser democratizado e seu entendimento

é facilitado pela forma com que as informações são disponibilizadas. Sendo

acessíveis a todos agentes envolvidos no processo, técnicos ou leigos.

Trabalhos têm demonstrado que os SIGs têm bom potencial de

precisão. Zaidan (2002) conferiu os resultados de estudos com

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geoprocessamento a campo e constatou-se que os locais identificados com

potencial conferiam com alta veracidade.

Porém, apesar do enorme potencial aqui apresentado para o uso de

SIGs, no estudo de zoneamento turístico, alguns problemas podem surgir. As

informações somente atenderem os interesses de empresas e grupos que

tenham poder financeiro para investir nestas tecnologias. Também não se pode

confiar que o planejamento, a partir de um SIG, expressará toda verdade

técnica e ética de um processo para desenvolvimento do turismo rural

sustentável. Os erros ocorrerão e a tecnologia não dispensa o planejamento

integrado da atividade (BAHAIRE; ELLIOTT-WHITE, 1999).

Conforme LWI (1995) o modelo de um sistema de suporte às decisões

regionais deve conter, além do sistema de informação geográfica e

sensoriamento remoto, os sistemas de modelo e análise.

Christofoletti (2002) completa os itens de LWI (1995) com a

participação do fator usuário, que se mostra capaz de influenciar fortemente as

decisões.

Segundo o mesmo autor, os geossistemas são de elevada

complexidade e sua adequada compreensão requer a absorção de

conhecimentos de várias disciplinas, o que confere muita dificuldade ao

processo de integração de informações de naturezas diferentes. O mesmo

autor também salienta a dificuldade de que as diferentes perspectivas da

análise podem exigir diferentes escalas.

Outro problema levantado por Feick e Hall (2000) é o fato de que os

SIGs não possuem ferramentas para capturar todos os parâmetros intangíveis,

como cultura e tradições, que são fenômenos relativamente comuns no turismo

rural e ecoturismo.

Apesar disto, os SIGs tornam-se a cada ano mais comum no estudo de

potenciais ambientais e de turismo. Os equipamentos e programas melhoram

exponencialmente e os preços estão acessíveis mesmo para uso particular

(NODARI et al., 2006). Lembrando de que, hoje, há ótimos programas

computacionais gratuitos (SPRING) para execução destes trabalhos e o seu

uso é cada vez mais amigável (VEIGA, 2004; NODARI et al., 2006).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Figura 7 � Localização do município de Corumbataí do Sul � PR.

O município de Corumbataí do Sul encontra-se aproximadamente a

325 Km de Curitiba. Está localizado na microrregião de Campo Mourão

Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão - COMCAM,

mesorregião centro ocidental, tendo como municípios limítrofes: Barbosa

Ferraz, Campo Mourão e Peabiru. Possui área de 164,442 km², representando

0,0825% do Estado. Localiza-se entre as coordenadas UTM X1: 374895, X2:

395817, Y1: 7322479 e Y2: 7339553, longitude 51º WG, zona 22, estando a

uma altitude média de 601 m. Sua população estimada em 2005 era de 4.262

habitantes (IBGE, 2008).

O município foi criado por meio da Lei Estadual nº 8.484 de 27 de maio

de 1987, foi desmembrado de Barbosa Ferraz (CORUMBATAÍ, 2008).

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31

O PIB do município, em 2004, foi de R$30.562.000,00, tendo um PIB

per capita de R$7.498,00 e sua densidade populacional é de 22,85 hab/km²

(IBGE, 2008).

De acordo com a classificação de Köppen, no Paraná domina o clima

do tipo C (mesotérmico), Cfb Clima subtropical úmido, com média do mês mais

quente superior a 22ºC e do mês mais frio inferior a 18ºC, sem estação seca,

verão brando e geadas severas desmasiadamente frequentes. Com

precipitaçoes entre 1.200 mm a 1.900 mm anuais de chuvas e umidade relativa

do ar 80 e 85%. Sua vegetaçao original era constituída de floresta estacional

semi-decídua e estimativa da intensidade do uso do solo com altíssimo grau

segundo IPARDES (2006).

3.1.1 Mesorregião

O município de Corumbataí do Sul encontra-se na mesorregião centro-

ocidental do Estado do Paraná. As principais características socioeconômicas

desta região são (IPARDES, 2006):

uso e ocupação dos solos com predominância da agricultura

intensiva, em 65,7% de sua área;

presença do segmento cooperativo ligado ao agronegócio, que

reforça e imprime a essa região a sustentação de um ritmo de

produção baseado na incorporação de novas tecnologias;

em algumas áreas, há predominância de solos que, devido ao relevo

e profundidade, não permitem exploração da agricultura extensiva;

nesta região, a produção leiteira em pequena escala vem-se

fortalecendo com base em sistemas de coleta e resfriamento

organizados de forma coletiva;

o café é pouco explorado nesta mesorregião;

o reflorestamento, mesmo para cortes comerciais, é bastante

pulverizado e não demonstra sinais de crescimento;

região de baixíssima cobertura vegetal;

os municípios da região são pequenos e todos estão sofrendo

intenso processo de declínio populacional;

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32

economia fortemente centrada no município-polo: Campo Mourão,

que ocupa a 17ª posição no ranking do PIB estadual;

esta região se mantém, nos anos recentes, como uma das menores

participações na formação do PIB estadual;

mais de 30% da população está ocupada em atividades do setor

agropecuário;

apresenta elevada taxa de desemprego em comparação às outras

regiões do Estado;

foi a região com menor crescimento relativo e absoluto no período

1996/2001 na produção de empregos formais;

toda a região está com a situação do IDH bastante desfavorável,

ficando todos municípios abaixo da IDH do Estado;

aproximadamente 1/3 de sua população pode ser considerada

pobre, 28% segundo IAPAR (2003), com renda de um dólar ao dia

(UNESCO, 2008).

Quanto à síntese ambiental da mesorregião, podem-se citar como

principais características:

localizada no Terceiro Planalto Paranaense e possui relevo

suavemente ondulado;

originalmente sua cobertura vegetal era constituída de Floresta

Estacional Semidecidual (69,6%), Floresta de Araucária (29,9%) e

o Cerrado (0,5%);

intensa alteração ambiental, com 13.230 ha restantes de cobertura

florestal nativa, que correspondem a 1,11% da área da mesorregião;

segunda menor área de remanescentes florestais do Estado;

cerca de 30% do seu território é constituído por terrenos com relevo

ondulado a fortemente ondulado, onde se situam áreas com

potencial à degradação por erosão.

3.2 MATERIAL

3.2.1 Material de laboratório

Nos trabalhos realizados no laboratório, foram utilizados os seguintes

programas computacionais: Excel, para elaboração das planilhas de dados; o

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33

Sistema para Processamento de Informações Georreferenciadas (SPRING versão

4.3.1, 2006) para elaboração do banco de dados e toda manipulação de

informações georreferenciadas; CorelDraw X3 (versão 13.0.0.667, 2005) para

confecção dos mapas; Surfer (versão 8.01, 2002) para confecção de mapas 3D.

Os mapas temáticos, para análises e discussões, foram elaborados a

partir de cartas planialtimétricas do Exército Brasileiro (DSG) e imagens orbitais

obtidas pelo satélite LANDSAT.

As características deste material são:

Imagem Orbital:

Sensor: ETM7+

Órbita e ponto: 222-077

Aquisição: 2003-05-30.

Documentação cartográfica:

Carta planialtimétrica da cidade de Campo Mourão

Ministério do Exército � Diretoria de Serviço Geográfico

Escala 1:100.000

Folha: SG-22V-B-I

Curvas eqüidistantes em 40 metros

Restituição fotogramétrica dos anos de 1964 a 1966.

Carta planialtimétrica de Barbosa Ferraz

Ministério do exercito � Diretoria de Serviço Geográfico

Escala 1:50.000

Folha: SG.22-V-B-I-2 MI � 2803/2

Curvas equidistantes em 20 ms

Restituição fotogramétrica do ano de 1988.

Sistemas Computadorizados para Digitalização das Cartas

Planialtimétricas e Tratamento Digital das Imagens Orbitais:

Mesa digitalizadora: marca DIGIGRAF

Computadores para processamento dos dados.

Plotter HP modelo 750Cplus.

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34

3.2.2 Material de campo

Foram utilizados, para coleta de dados no campo, um receptor GPS

com modo de correção diferencial e com erros menores que 5 ms (TRIMBLE

GEOEXPLORER 3), veículos, marca Wolks e camionete da marca Toyota

(4X4), câmera digital Sony (Cybershot 7.2 megapixels), para registro dos locais

visitados e caderneta de campo para anotações.

3.3 METODOLOGIA

3.3.1 Procedimentos no laboratório

A primeira fase deste trabalho constituiu-se na preparação da base

cartográfica no sistema de informações geográficas pela produção de um banco de

dados. O banco de dados é alocado e manipulado dentro do Spring/INPE.

O Spring consiste em um sistema computacional para

geoprocessamento munido de várias funções e algoritmos capazes de integrar

dados de diferentes formatos, como imagens, mapas temáticos e modelos

numéricos do terreno georreferenciados (Figura 8) (INPE, 2007).

Figura 8 � Uso do SIG SPRING � sobreposição de PIs: imagens orbitais

(RGB), limites do município e Modelo Numérico do Terreno (grade

regular).

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35

O propósito desta primeira fase foi introduzir, no banco de dados do

SIG, as informações obtidas com as imagens orbitais e cartas planialtimétricas

e, posteriormente, somar a estas as informações obtidas a campo.

Num primeiro momento, utilizando-se a mesa digitalizadora,

incorporaram-se, ao projeto, as áreas de vegetação das cartas de Campo

Mourão e Barbosa Ferraz. Demais informações, estradas, rios, represas,

localidades e curvas de nível foram incorporadas, via dados dxf vetorial,

obtidos do PARANACIDADE, que já possui estes dados digitalizados e

disponibilizados para a prefeitura do município.

As imagens orbitais, para serem incorporadas ao projeto, foram,

inicialmente, carregadas no programa IMPIMA onde se fez o recorte da área de

interesse e salvaram-se as bandas 1, 2, 3, 4, 5, e 7 em formato grib, modo de

leitura do SPRING.

O processo de incorporação da cena orbital foi realizado com o uso de

pontos coletados por GPS na área de estudo. Os pontos serviram para

registrar a imagem, pois as imagens utilizadas não eram originalmente

georreferenciadas. Com os pontos de GPS, foi realizada correção diferencial

antes do registro da imagem.

Tentando manter o valor do pixel o mais semelhante possível ao seu

valor original, o algoritmo utilizado para o registro foi o vizinho mais próximo,

uma vez que os outros métodos usualmente utilizados alteram mais

sensivelmente o valor de cada pixel (JENSEN, 1986; CRÓSTA, 1992).

A etapa seguinte foi a elaboração do modelo numérico do terreno,

realizada com o programa SPRING. Neste ambiente, as curvas de nível

digitalizadas em um PI temático (vetor) foram exportadas para um PI numérico

e foram atribuídos valores para suas cotas, conforme constavam na carta

planialtimétrica do Exército, transformando-se em isolinhas com valores X, Y e

Z dentro do box de trabalho do projeto.

Com os valores destas isolinhas, podem-se gerar as grades regulares

e irregulares que representam as características espaciais do terreno. Estes

modelos permitem o estudo da altimetria da região (ASSAD et al., 1998), dado

extremamente importante para estudos da natureza da paisagem da área de

estudo, pois sua visualização permite relacionar os locais de maior potencial

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turístico em seus vários componentes (vegetação, hidrografia, estradas e

relevo).

A confecção do MNT necessita do uso de um interpolador. Neste

projeto, foi adotado o interpolador por média ponderada por quadrante e por

cota, pois este é o mais recomendado para quando as amostras são do tipo

isolinhas (FELGUEIRAS; CÂMARA, 2001; INPE, 2007).

Uma vez elaborada a grade regular, exportam-se estes dados para o

Programa Surfer e confecciona-se uma representação tridimensional colorida

da área, e no Spring, foi produzida a carta hipsométrica por fatiamento com

intervalos de 50 m para cada classe.

Também foi elaborada uma carta clinográfica da região, dividindo as

classes de declividade, segundo os graus de limitação por suscetibilidade à

erosão (RAMALHO FILHO; BEEK, 1994).

Outro procedimento realizado com os programas Spring e Surfer; foi a

sobreposição de imagens, especificamente o MNT com a imagem sintética

composta pelas bandas 5R, 4G e 3B. Este recurso permitiu localizar a

ocorrência das diferentes formas de relevo e disposição das pendentes,

possibilitando, funcionar como processo auxiliar nas delimitações das unidades

de paisagem geomorfológicas (NANNI; ROCHA, 1997).

A carta de solos do município foi elaborada por meio do mapa de

distribuição de solos do Paraná, disponibilizado pela EMBRAPA (2005). Este

mapa foi registrado e inserido no projeto e, a partir dele, elaborou-se o PI de

solos na forma vetorial e matricial.

Os mapas com a vegetação da região foram produzidos para três

períodos diferentes. Os dois primeiros com cartas planialtimétricas do Exército

dos anos de 1964-66 e 1988, que foram digitalizadas, poligonizadas e

atribuídas classes para as respectivas vegetações. O terceiro momento foi

obtido com imagem orbital LANDSAT de 2003, conforme as orientações do

INPE (2007) para classificação de imagens.

Para o procedimento de classificação, fez-se uso de um modelo

classificador. Optou-se pelo maxver (máxima verossimilhança), método �pixel a

pixel� por ser o mais comum. Este método pode introduzir confusão entre os

pixels analisados e não distinguir as classes propostas no procedimento; para

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evitar este problema, recomenda-se a aquisição de amostras significativas de

alvos distintos (INPE, 2007).

A aptidão de uso das terras também foi representada em um mapa.

Para produção deste foi necessário integrar dois PIs já existentes: o de solos e

o de declividade. Esta integração se fez utilizando-se a análise LEGAL

(Linguagem Espacial para Geoprocessamento Algébrico) (INPE, 2007).

Os critérios utilizados na integração destes dados foram obtidos a partir

de Ramalho Filho e Beek (1994). Segundo estes autores, a aptidão das terras

pode ser dividida em seis grupos, os quais eles denominam 1 a 6 em escalas

decrescentes. Os três primeiros referem-se às lavouras, conforme os níveis de

manejo, já os Grupos 4, 5 e 6 identificam os tipos de utilização (pastagem

plantada, silvicultura e/ou pastagem natural e preservação da flora e da fauna)

independente da classe de aptidão. Portanto, as alternativas de utilização das

terras, segundo a divisão sugerida por Ramalho; Beek (1994), ficariam

conforme a Tabela 1.

Neste trabalho adaptamos às seis classes da Tabela 1 os seguintes

nomes, respectivamente, em ordem decrescente: ótima, boa, média, baixa,

muito baixa e reflorestamento. Sendo estes os nomes introduzidos na

programação LEGAL.

Estas alternativas de uso foram cruzadas com as classes de solos

existentes na área e considerando a sua principal limitação. Segundo Ramalho

Filho e Beek (1994), os principais fatores de limitação dos solos são:

deficiência de fertilidade, deficiência de água, excesso de água ou deficiência

de oxigênio, suscetibilidade à erosão e impedimentos à mecanização. Para o

município de Corumbataí do Sul, o principal problema encontra-se no

Neossolos, pois são solos poucos profundos e, portanto, não podem dispor de

grandes reservas de água (NANNI, 1995) e com a declividade acentuada da

maior parte do território têm-se restrições quanto ao fator limitante erosão.

Assim, considerou-se, na confecção deste mapa, o critério declividade e tipo de

solo como os mais importantes fatores.

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Tabela 1 � Alternativas de utilização das terras de acordo com os grupos de aptidão agrícola

Grupo de

aptidão

agrícola

Aumento da intensidade de uso

Preservação

da flora e da fauna

Silvicultura e/ou

pastagem natural

Pastagem plantada

Lavouras

Aptidão

restrita Aptidão

regular Aptidão

boa

L I M I T A Ç Õ E S

1

2

3

4

5

6

A distribuição da aptidão do uso das terras, conforme a declividade e

as classes de solos existentes encontram-se no Apêndice E da programação

em LEGAL.

A carta de uso dos solos foi elaborada segundo a mesma metodologia.

Utilizou-se, na sua confecção, o cruzamento dos PIs vegetação/2003 e

declividades. No caso das atribuições das declividades, fez-se uso da Tabela

elaborada por Ramalho Filho e Beek (1994), que consta os graus de limitação

por suscetibilidade à erosão (Tabela 2).

Para os Neossolos, a restrição para com a suscetibilidade à erosão foi

mais rigorosa, pois solos como estes possuem perfil pouco profundo e as

perdas por erosão são mais significativas.

As atribuições do critério �adequada� e �inadequada� para cada classe

de solo, conforme a sua declividade, encontram-se no Apêndice E da

programação em LEGAL.

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Tabela 2 � Graus de limitações por suscetibilidade à erosão.

Nível de declividade Grau de limitação 0 a 3% Plano/praticamente plano 3 a 8% Suave ondulado 8 a 13% Moderadamente ondulado 13 a 20% Ondulado 20 a 45% Forte ondulado

45 a 100% Montanhoso Acima de 100% Escarpado

A Figura 9 demonstra resumidamente, a metodologia de trabalho

desenvolvida no laboratório.

CENA ORBITALQUICKBIRD

Mapas bases de pequenasescalas-p lania ltimé tricos-solos

REGISTRO

DIGITALIZAÇÃO

DADOSDE

CAMPO

SPRING

MANIPULAÇÃODIGITAL SPRING

MAPAPLANIALTIMÉTRICO

ATUALIZADOMAPA DE PONTOS

DE TRADAGEMMAPA

CLINOGRÁFICO

GPS

BANCO DE DADOS

PRODUTOS

DIGITALIZAÇÃO

CARTAS PLANIALTIMÉTRICAS CENA ORBITAL LANDSAT

REGISTRO

SPRING

GPS

DADOS DE CAMPO

MANIPULAÇÃO DIGITAL

SPRING

BANCO DE DADOS

PRODUTOS

CENA ORBITAL LANDSAT

PRODUTOS INDIRETOS: CARTAS

APTIDÃO AGRÍCOLA,

USO DAS TERRAS ADEQUADO,SOBREPOSIÇÃO DE PIs,

MODELO 3D DO TERRENO ELOCALIZAÇÃO DE PONTOS

VISITADOS.

INFERÊNCIAS TURÍSTICAS.

PRODUTOS DIRETOS: CARTAS

CLINOGRÁFICA,

PEDOLÓGICA, HIPSOMÉTRICA,

HIDROGRAFIA, COBERTURA VEGETAL E

ESTRADAS E LOCALIDADES.

Figura 9 � Representação esquemática da incorporação de dados cartográficos

a um SIG (adaptado de NANNI, 2000).

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40

3.3.2 Procedimentos a campo

3.3.2.1 Coleta de dados físicos

Para o trabalho de campo, foi produzida uma carta no tamanho A0

(841mm de largura e 1.189mm) com a imagem triplete R 4, G 5 e B 3,

formando um material que permite localizar os pontos de interesse.

A próxima etapa do trabalho foi a obtenção de dados a campo. Esta se

constituiu de três momentos: a visita ao município para prospecção dos locais

com potencial turístico, entrevista com representantes da comunidade (prefeito,

secretários e professores), denominados de informantes de confiança, e

aplicação de questionários aos produtores da região associados à APROCOR.

No primeiro momento, visitamos o município em companhia de um

funcionário da prefeitura que conhecia muito bem a região para indicar os

lugares com algum tipo de atrativo e verificou-se a situação das estradas rurais.

Para o registro dos locais visitados, fez-se uso de máquina fotográfica digital e

GPS para georreferenciar os locais visitados e, posteriormente, sobrepor os

pontos nos mapas gerados em laboratório para análise de potencial turístico.

As Figuras 10 e 11 indicam coleta de pontos com o GPS e paisagem

registrada no município, respectivamente.

Figura 10 � Coleta de dados com GPS.

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Figura 11 � Represa em uma das propriedades visitadas.

3.2.2.2 Coleta de dados socioeconômicos

Para os informantes de confiança foram aplicadas questões sobre a

situação geral do município quanto ao plano diretor, sobre turismo,

extensionismo, projetos de educação ambiental e outras. Todas questões da

entrevista encontram-se no Apêndice C. Nesta etapa foram entrevistados 05

informantes.

O levantamento de dados dos produtores foi realizado através de

questionários cujas questões encontram-se no Apêndice D. A aplicação deste

método justifica-se quando o entrevistador tem certeza que os entrevistados

têm a informação buscada e não deve ser simplesmente um roteiro de

perguntas, mas sim uma elaboração lógica e consistente sobre o assunto

questionado (COBRA, 1992 apud SOUZA, 2000).

Para elaboração dos questionários, segundo Steffan (1999), Barbetta

(2002) e FACEV (2007), o primeiro passo consiste em determinar qual a

técnica estatística se fará uso no estudo. Neste caso, será utilizada a técnica

não-probabilística com uma amostragem acidental. Esta técnica traz em si a

desvantagem de ser pouco representativa da comunidade. Porém, optou-se

pela mesma tendo em vista a facilidade de encontrar os produtores na

APROCOR.

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Os questionários foram aplicados no mês de setembro de 2007 aos

produtores que compareceram a sede da APROCOR. Neste período, 40

produtores concordaram em serem entrevistados ou preencherem o

questionário (9 questionários não foram preenchidos completamente e

descartados).

Estes produtores são prováveis agentes que desenvolveriam o turismo

rural, caso este fosse adotado como alternativa de atividade econômica no

município.

Segundo Steffan (1999), o questionário deve ser elaborado em duas

partes principais. A primeira é um cabeçalho, identificando a instituição, o

motivo da pesquisa e o pesquisado. A segunda é corpo do questionário,

constituído das perguntas. Sendo estas distribuídas em objetivas e

dissertativas de forma equilibrada visando não tornar-se demasiado complexo

a extração de informações, mas também evitando não impedir a arrecadação

de informações extras que os entrevistados possam fornecer.

Günther (2003) acrescenta que as perguntas fechadas respeitam mais

a opinião do entrevistado, pois o pesquisador ao tabular as informações de

questões abertas, pode impor critérios pessoais.

Para Günther (2003) e Steffan (1999), a elaboração das perguntas

deve ser orientada por quais dados se quer extrair da população alvo. Neste

caso, os elementos mais importantes para o desenvolvimento de turismo rural

nas propriedades de Corumbataí do Sul.

Segundo os mesmos autores o instrumento deve ser elaborado com

estrutura lógica. Inicia-se com uma introdução que apresente os objetivos da

pesquisa e a instituição a qual pertence o entrevistador. Este procedimento

confere confiança ao respondente. O corpo do questionário, as questões são

ordenadas com correlação para que o entrevistado não desista durante o

procedimento. Também deve ser observada uma seqüência para as questões

partindo de assuntos mais gerais e impessoais, para os mais específicos e

pessoais. O texto das perguntas deve ser claro, ou seja, o seu significado pode

ser imediatamente compreendido pelo respondente. Enfim, esta estrutura

lógica deve se concluída com uma despedida respeitosa e que justifique o

tempo do entrevistado.

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Feita uma primeira versão aplicou-se um pré-teste para verificar

inconsistências e em seguida foi realizada as devidas adequações. Segundo

Richardson (1999 apud CHAVES, 2006), há necessidade deste pré-teste para

verificar a validade do instrumento de consulta e também deve se realizar uma

avaliação do processo e coleta de tratamento de dados.

As respostas obtidas foram alocadas em planilhas de EXCEL para

tabulação dos dados obtidos e facilitar a interpretação dos resultados.

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44

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 RESULTADOS CARTOGRÁFICOS

4.1.1 Hidrografia da região

Os dados de drenagem foram incorporados dos arquivos do

PARANACIDADE e sobrepostos ao PI imagem sintética RGB (composição com

as cores vermelho, verde e azul) (Figura 12).

Figura 12 � Hidrografia sobreposta à imagem RGB sintética.

Estas sobreposições permitem inferências sobre o meio conjugando

duas informações, o que é bastante difícil de ser realizado sem os recursos

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45

computacionais de um SIG. Esta técnica pode ser utilizada para sobreposição

de mais Pis, caso necessitem de informações para as análises.

A região é rica em rios e córregos, mas não possui grandes cursos de

água; seus maiores rios possuem aproximadamente 3 a 4 m de largura e

profundidade de 0,5 a 0,9 m. O SIG calculou 835,87 km de rios e córregos

dentro dos limites municipais. Também foram encontradas represas artificiais

em várias propriedades (Figuras 13 e 14). A região apresenta, pelo seu relevo,

ótimo potencial para construção de represas. A Tabela 3 mostra a localização

das represas visitadas.

A classificação supervisionada, realizada no PI vegetação 2003, mostra

somente algumas represas, pois o pixel (resolução espacial) é de 30 ms e

algumas destas apresentam diâmetro menor, não sendo identificadas.

Figura 13 � Represa (05).

Figura14 � Represa (01).

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Tabela 3 � Localização das represas visitadas � Corumbataí do Sul-PR.

Represas visitadas Coordenada X (m) Coordenada Y (m) 01 389417 7335526 02 381729 7330143 03 382250 7329906 04 381740 7330871 05 38750 7326592 06 376991 7328123

Pelo relevo acidentado, os cursos d�água do município apresentam, em

várias localidades, cachoeiras de diferentes dimensões, cuja altura da queda

d�água pode variar de 1 a 20 m (Tabela 4 e Figuras 15 e 16). Porém, a

qualidade visual da água em períodos de chuva era turva, indicam grande

quantidade de sedimentos, resultantes de processo erosivo na região. Em dias

de estiagem as águas apresentavam-se claras, denotando que a turbidez é

ocasionada por processo erosivo nos períodos chuvosos.

Tabela 4 � Localização das cachoeiras visitadas � Corumbataí do Sul-PR.

Cachoeiras visitadas Coordenada X (m) Coordenada Y (m) 01 378692 7338236 02 388854 7335717 03 380774 7325126 04 386391 7336838

Figura 15 � Cachoeira 01 (Boi-cotó).

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47

Figura 16 � Cachoeira 4.

A Cachoeira 01 (Salto Boi-cotó) constitui-se num tradicional ponto de

parada de cavalgadas religiosas que passam pelo município em direção ao

centro de peregrinação de Santa Rita de Cássia, no município de Lunardelli �

PR (Figura 17). Às margens deste salto, são realizadas refeições com pratos

típicos (churrasco de chão, carneiro no buraco etc) e os cavaleiros pernoitam

em barracas, enquanto os animais descansam. Normalmente, durante a noite,

faz-se roda de viola e momentos religiosos com os participantes (OLIVEIRA,

2007, comunicação pessoal).

Segundo Oliveira (2007), é o quinto ano do evento, e todos os anos

têm aumentado o número de participantes.

Derli (2007, comunicação pessoal) relatou que a comunidade local não

oferece nenhum tipo de recepção ou produtos para os participantes da

cavalgada.

Também é realizada, nesta região do município, a caminhada pelo

percurso do suposto caminho de Peabiru. Semelhante à cavalgada, não há

participação ativa da comunidade neste evento durante os trechos que são

percorridos dentro de Corumbataí do Sul, conforme as Tabelas 35A, 38A e

46A.

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Figura 17 � Alguns participantes da 5ª cavalgada de Santa Rita de Cássia, em

janeiro de 2007 no Bairro dos Borges (Xm = 380432; Ym = 7330755).

4.1.2 Carta de estradas e localidades

O município possui 19,9 km de estrada com cobertura asfáltica dentro

de seus limites, restringindo-se à rodovia que liga o trevo de Luziana a Barbosa

Ferraz - PR.

O total de estradas no município, incluindo asfalto, é de 526.52 km. O

estado de conservação das estradas visitadas na pesquisa é bom, permitindo o

transporte normal mesmo em período de chuvas (Figuras 19 e 20).

Comprovam este fato os dados da Tabela 12A, em que 55% dos produtores

afirmam serem boas as estradas o ano todo e 42% que são boas nos períodos

de seca.

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Figura 18 � Carta de estradas e localidades.

Figura 19 � Vista parcial de estrada rural A.

Figura 20 � Vista parcial de estrada rural B.

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50

Este produto é útil na localização do acesso aos recursos turísticos

levantados.

Para o processo de implantação de Turismo Rural, as condições das

estradas devem boas, pois o cliente gosta da rusticidade do meio rural, mas

não pode expor-se a desconfortos demasiados (RIBEIRO, 2005) ou falta de

segurança. Portanto, é recomendado um levantamento sistemático da situação

das estradas, o que pode ser realizado com auxilio das informações de

imagens orbitais.

4.1.3 Cobertura vegetal no período entre 1964 a 1966

Figura 21 � Carta de cobertura vegetal entre o período de 1964 a 1966.

As áreas de ocupação do solo das cartas de cobertura vegetal foram

obtidas por algoritmos do Spring na função medidas de classes. Os resultados

do período de 1964 a 1966 estão apresentados na Tabela 5.

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51

Tabela 5 � Vegetação 1964 a 1966 (ha) � Corumbataí do Sul-PR.

Vegetação Área (ha) %

Café 517,26 2,60

Cerrado 1.257,56 6,32

Culturas e Pastagens 6.564,04 32,98

Mata 11.563,63 58,10

Neste período, a presença de matas, em 58,10% da área do município,

indica que a exploração madeireira ainda era incipiente na região. Eram

plantadas as primeiras lavouras de café, que tivera crescimento de área

considerável, acompanhando o seu ciclo de importância no cenário econômico

nacional. As cartas planialtimétricas do exército não fazem distinção entre

pastagens e culturas, portanto estas duas classes de vegetação foram, para

efeito de cálculo, incluídas numa única classe. Notam-se áreas de cerrado na

vegetação, indicando flora adaptada a períodos de estiagem. Provavelmente,

estas manchas de cerrado ocorrem pelo fato dos neossolos litólicos da região

apresentar pouca capacidade de armazenagem de água para estes períodos

(NANNI, 1995).

4.1.4 Cobertura vegetal no ano de 1988

Com os dados da Tabela 6, constata-se que estas duas décadas foram

o período de maior expansão do café. Ao final da década de 80, a cafeicultura

ocupava uma área maior do que a de mata do período anteriormente

pesquisado. As matas diminuíram de forma drástica, pois a exploração

madeireira intensificou-se na década de 80. Culturas e pastagens apresentam-

se menor porque estas atividades foram substituídas pelo café. Também não

se fez distinção entre pastagens e culturas temporárias. A área total de cerrado

apresentou uma diminuição de aproximados 36%. Suas áreas originais foram

ocupadas por café. Porém, observados os PIs dos anos 64 a 66 e 1988,

percebe-se que parte da área classificada como cerrado, no primeiro ano, foi

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determinada como mata no segundo. Esta diferença pode ter se originado do

fato das cartas digitalizadas serem de escalas diferentes.

Tabela 6 � Vegetação 1988 (ha) � Corumbataí do Sul-PR.

Vegetação Área % Café 12.552,86 63,09

Cerrado 804,85 4,04 Culturas E Pastagens 4.142,34 20,82

Mata 2.398,10 12,05

Figura 22 � Carta de cobertura vegetal no ano de 1988.

4.1.5 Cobertura vegetal no ano de 2003

Os dados da Tabela 7 indicam que, no período de 25 anos, entre 1988

e 2003, ocorreram as maiores mudanças na cobertura vegetal local. Importante

lembrar que este último PI foi elaborado por técnicas de geoprocessamento e

sensoriamento remoto e não mais por digitalização das cartas planialtimétricas.

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Portanto, outras informações puderam ser geradas. As áreas de pastagem e

culturas temporárias são agora separadas. O aumento das áreas de pastagem

reflete a substituição do café pela pecuária, fenômeno normal em âmbito regional

e nacional neste período. As áreas de mata aumentaram em 40%, fenômeno este

decorrido de maior rigor das leis ambientais e fiscalização. O sensoriamento

remoto também permite a identificação de solos nus, que podem ser áreas de

pastejo muito intensas ou áreas de cultivo em fase de preparação.

Tabela 7 � Vegetação 2003 (ha) � Corumbataí do Sul-PR.

Vegetação Área % Café 1.378,06 6,90

Cerrado 0,00 Culturas 2.573,61 12,88

Pastagens 11.169,90 55,89 Mata 4.517,98 22,61

Solo Nu 288,18 1,44 Rio E Lago 57,02 0,29

Figura 23 � Carta de cobertura vegetal, a partir de imagem LANDSAT, 2003.

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54

A classificação da vegetação foi do tipo supervisionada, ou seja, o

programa foi abastecido de amostragens, a partir de áreas previamente

visitadas no campo e georreferenciadas. Neste levantamento a campo, não foi

constada nenhuma área característica de cerrado para ser amostrada, portanto

a classificação, a partir da imagem orbital, não encontrou nenhuma área

representativa desta vegetação. Como a transformação antrópica do município

é muito intensa é provável que não exista mais cerrado.

A obtenção da situação de cobertura vegetal e suas mudanças em um

período permitem inferir várias análises sobre a economia e o ambiente no qual

pretende se implantar e desenvolver o Turismo Rural. As transformações da

cobertura vegetal, frutos da ação antrópica, podem permitir ao tomador de

decisão qual atividade turística pode conjugar o desenvolvimento e a

preservação da melhor maneira.

4.1.6 Classes de solos

Figura 24 � Classes de solos no município.

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Tabela 8 � Áreas das classes de solos do município (ha) � Corumbataí do Sul-PR.

Classes de solos Área (ha) % Nvef 2.767,43 13,91% Rle 14.884,96 74,79%

LVef 1.009,48 5,07% LVd 1.240,10 6,23%

Segundo a EMBRAPA (2005), os solos encontrados no município são:

Nitossolo Vermelho eutroférrico (Nvef), Neossolo Litólico eutrófico (Rle),

Latossolo Vermelho eutroférrico (LVef) e Latossolo Vermelho distrófico (LVd).

Os Nitossolos Vermelhos eutroférricos (Nvef) são solos caracterizados

por apresentarem grande profundidade (130 a 250 cm), sendo bem drenados,

de coloração arroxeada, com sequência de horizontes A, B nítico e C, sendo

derivados de rochas eruptivas básicas. São constituídos por material mineral

com argilas de atividade baixa, textura argilosa ou muito argilosa, estrutura em

blocos subangulares, angulares ou prismática moderada ou forte, com

superfície dos agregados reluzente, relacionada à cerosidade e/ou superfícies

de compressão. Estes solos apresentam horizonte B bem expresso em termos

de desenvolvimento de estrutura e cerosidade, mas com inexpressivo gradiente

textural. São, em geral, moderadamente, ácidos a ácidos, com saturação por

bases baixa a alta, às vezes álicos, com composição caulinítico - oxídica e, por

conseguinte, com argila de atividade baixa. Estes solos são localizados no

relevo abaixo de neossolos (EMBRAPA, 2006; NANNI, 2000).

Neossolos litólicos eutróficos (Rle) compreendem solos constituídos

por material mineral ou por material orgânico pouco espesso com pequena

expressão dos processos pedogenéticos em consequência da baixa

intensidade de atuação destes processos, que não conduziu, ainda, a

modificações expressivas do material originário, de características do próprio

material, pela sua resistência ao intemperismo ou composição química, e do

relevo, que podem impedir ou limitar a evolução desses solos. Apresentam

rochas consolidadas ou parcialmente intemperizadas, ou grande quantidade de

cascalho, pouco ou nada decompostos, abaixo de um horizonte A, C ou B,

desde que este tenha desenvolvimento relativo e de pequena espessura

(menos de 10 cm). Seu horizonte A é, normalmente, o único a proporcionar as

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características classificatórias deste solo, com espessura variando entre 15 e

40 cm. Estes solos ocorrem, normalmente, em topografia irregular, ou seja,

relevo ondulado ou mais acidentado, o que os torna associados a sua pequena

espessura, muito susceptíveis à erosão. Também pela reduzida profundidade,

estes solos apresentam disponibilidade hídrica bastante limitada,

comprometendo a sua capacidade de suporte vegetal, principalmente nos

períodos de escassez de chuvas. Estão associados aos Cambissolos e

afloramentos rochosos em altitudes que podem variar de 580 a 600 ms acima

do nível do mar (EMBRAPA, 2006; NANNI, 1995).

Os latossolos compreendem solos constituídos por material mineral,

com horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de

horizonte diagnóstico superficial, exceto H hístico. São solos em avançado

estágio de intemperizaçao, muito evoluídos, como resultado de enérgicas

transformações no material constitutivo. Os solos são, virtualmente, destituídos

de minerais primários ou secundários menos resistentes ao intemperismo, e

tem capacidade de troca baixa de cátions, inferior a 17 cmolc kg-1 de argila.

Variam de fortemente a bem drenados, embora ocorram variedades que têm

cores pálidas, de drenagem moderada ou até mesmo imperfeitamente

drenados. São normalmente muito profundos, sendo a espessura do solum

raramente inferior a 1 m. Tem sequência de horizontes A, B, C, com pouca

diferenciação de horizontes, e transições usualmente difusas ou graduais. Em

distinção às cores mais escuras do A, o horizonte B tem aparência mais viva,

as cores variam desde amarelas ou mesmo bruno-acinzentadas até vermelho-

escuro-acinzentadas. Constituídos, normalmente, de óxidos e hidróxidos de

ferro, segundo condicionamento de regime hídrico e drenagem do solo, dos

teores de ferro na rocha de origem e se a hematita é herdada dele ou não. São,

em geral, solos fortemente ácidos, com baixa saturação por bases, Distróficos

ou Álicos. Ocorrem, todavia, solos, com média e até mesmo alta saturação por

bases, encontrados, geralmente, em zonas que apresentam estação seca

pronunciada, semi-áridas ou não, como, também, em solos formados, a partir

de rochas básicas. São típicos das regiões equatoriais e tropicais, ocorrendo

também em zonas subtropicais, distribuídos, sobretudo, por amplas e antigas

superfícies de erosão, terraços fluviais antigos, normalmente, em relevo plano

e suave ondulado, embora possam ocorrer em áreas mais acidentadas,

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inclusive em relevo montanhoso. São originados, a partir das mais diversas

espécies de rochas, em condições de clima e tipos de vegetação os mais

diversos. Os Latossolos Vermelhos eutroférricos (LVef) são solos com

saturação por bases alta (V 50%) e teores de Fe2O3 (pelo H2SO4) de 18% a <

36% na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B. Os Latossolos

Vermelhos distróficos (LVd) são solos com saturação por bases baixa (V

50%) na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (EMBRAPA, 2006).

4.1.7 Imagem LANDSAT associada ao modelo 3D e classes de solos

Figura 25 � Imagem orbital do satélite LANDSAT sobreposta ao modelo

numérico do terreno para representação tridimensional da região

de estudo gerada no surfer e associada à distribuição de solos

no município.

Este produto permite a visualização da paisagem em que se encontram

os recursos levantados com potencial para o turismo rural. Permitem ao gestor

fazer inferências sobre a geomorfologia do local e quais atividades podem ser

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desenvolvidas. As unidades de paisagem com toda sua complexidade podem

ser mais bem entendidas com imagens como estas e facilitam os

planejamentos ambientais e econômicos. Conforme Nanni e Rocha (1997), o

recurso funciona como auxílio na delimitação das unidades de paisagem

geomorfológicas, pois estão associados, na mesma imagem, classes de solos,

relevo e imagem orbital, e a última já permite visualizar a cobertura vegetal.

4.1.8 Representação 3D da hipsometria

Figura 26 � Apresentação do relevo, a partir do MNT, gerado no programa

Surfer.

Esta imagem conjuga a visualização 3D da declividade, permitindo

observar o relevo, e, com a legenda, permite localizar as altitudes dos

respectivos locais.

APRESENTAÇÃO DO RELEVO

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4.1.9 Carta de fatiamento da hipsometria

Figura 27 � Carta hipsométrica gerada pelo SPRING.

Recurso similar ao anterior, mas não permite a visualização 3D, porém

o valor do intervalo de fatiamento pode ser mais facilmente alterado, gerando

outros produtos.

Tabela 9 � Distribuição hipsométrica do município - � Corumbataí do Sul-PR.

Faixa Área (ha) % 320-370 0 0,00% 370-420 649,08 3,25% 420-470 1.912,50 9,57% 470-520 3.871,53 19,37% 520-570 4.586,22 22,95% 570-620 3.938,76 19,71% 620-670 3.298,05 16,50% 670-720 1.725,21 8,63% 720-770 3,70 0,02%

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O município apresenta 67,79% da sua área entre 520 e 720 ms acima

do nível do mar. Característica que participa da determinação do clima da

região, proporcionando amplitude térmica diária.

4.1.10 Carta clinográfica

Figura 28 � Carta clinográfica

Tabela 10 � Declividades (ha) � Corumbataí do Sul-PR.

Faixas de declividade Área (ha) % 0-3 1946,88 9,74 3-8 1752,30 8,77 8-13 3235,59 16,19 13-20 4967,37 24,86 20-45 7776,54 38,91 45-100 306,45 1,53

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A maior parte do município constitui-se de solos Neossolos Litólicos

altamente sujeitos à erosão, e 80% da área apresentam declividades com 8%

ou mais, fator que agrava consideravelmente a conservação deste recurso. Em

declividades como estas, as práticas conservacionistas para realizar agricultura

mais intensa são de alto custo. Portanto, recomenda-se que sejam utilizadas

para silvicultura ou áreas de preservação (RAMALHO FILHO; BEEK, 1995).

As práticas desenvolvidas constadas a campo não são adequadas,

conforme Figura 29.

Figura 29 � Afloramento de rochas em área com pasto.

4.1.11 Carta de aptidão das terras

Tabela 11 � Aptidão do uso das terras (ha) � Corumbataí do Sul-PR.

Classe Área % Ótima 820,8 4,12% Boa 1.715,4 8,62%

Média 2.064,06 10,37% Baixa 3.377,25 16,97%

Muito Baixa 11.619,09 58,38% Reflorestamento 305,55 1,54%

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Figura 30 � Carta de aptidão do uso das terras.

Conforme os critérios adotados, 76,89% das áreas são consideradas

como de aptidão média ou menor. Este fato implica que práticas

conservacionistas e escolha adequada das explorações das terras sejam

criteriosamente seguidas pelos produtores para preservação dos solos.

A possibilidade de agricultura extensiva e de alto nível de manejo

(RAMALHO FILHO; BEEK, 1995) não é viável para região. Portanto, o

incentivo à agricultura familiar é muito importante. Porém, a ocupação das

áreas com pastagem de exploração excessiva vem promovendo a intensa

degradação dos solos e isto colabora com o empobrecimento da economia e

consequente êxodo rural.

4.1.12 Carta de adequação do uso das terras

Tabela 12 � Adequação do uso das terras � Corumbataí do Sul-PR.

Uso Área % Adequado 12.962,07 65,04

Inadequado 6.966,45 34,96

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Figura 31 � Carta de adequação do uso das terras.

O uso das terras de forma inadequada pode ser constado na maior

parte das áreas visitadas (Figuras 31 e 32).

Figura 32 � Pastagem e culturas em área com declividade acentuada e com

afloramento de rochas.

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Figura 33 � Visão panorâmica de várias áreas com declividade acentuada

utilizadas para pastagem.

Constata-se com este produto que há grande necessidade de criar

projetos de educação ambiental para os produtores e de criar projetos de

desenvolvimento econômico sustentável. Com isto, pode-se evitar o atual

quadro, que resulta na destruição do patrimônio natural da região.

4.1.13 Sobreposição dos pontos visitados na carta de vegetação 2003

Figura 34 � Carta da cobertura vegetal em 2003 e os pontos visitados.

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A legenda dos pontos visitados encontra-se no Apêndice B.

4.1.14 Sobreposição dos pontos visitados na carta de aptidão do uso das

terras

Figura 35 � Carta de aptidão do uso das terras e os pontos visitados.

4.1.15 Sobreposição dos pontos visitados na carta de adequação do uso

das terras

Figura 36 � BC02, propriedade a 600m de altitude (Xm= 385170; Ym= 7325331).

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Figura 37 � Carta de adequação do uso das terras e os pontos visitados.

4.1.16 Sobreposição da hidrografia ao PI estradas e localidades

Figura 38 � Carta de estradas, localidades e hidrografia.

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4.1.17 Sobreposição da hidrografia sobre o PI vegetação 2003

Figura 39 � Carta de hidrografia e vegetação 2003.

O procedimento da sobreposição permite a visualização de dois ou mais

critérios na mesma cena, facilitando o entendimento de uma situação e

proporcionando mais segurança ao tomador de decisões. Os resultados destas

sobreposições são discutidos mais minuciosamente enfocando o Turismo Rural

no item 4.3.

Convém reforçar o fato de que, estes produtos podem resultar em

informações muito diversificadas em função do especialista que esteja fazendo

a análise das mesmas.

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68

4.2 DADOS SOCIOECONÔMICOS

4.2.1 Resultados das entrevistas com os informantes de confiança

As questões aplicadas a estes informantes estão no Apêndice C.

Assunto questionado Respostas obtidas

a) Plano Diretor: 100% responderam que o PD está em

elaboração e 40% informaram que os

projetos do plano priorizam o

desenvolvimento rural.

b) Levantamento turístico no

município:

100% afirmam não ter conhecimento;

60% lembraram do estudo pela

Fecilcam sobre o caminho de Peabiru.

c) Proposta para implementar o

turismo rural em algum mandato ou

candidatura:

100% desconhecem; 40% relataram

que talvez conste na cartilha de

intenções do governo atual.

d) Estudo sobre as atividades

agrícolas e não-agrÍcolas do meio

rural:

100% afirmam não existir este estudo

no município.

e) Projeto de educação ambiental

nas escolas do município:

40% afirmam existir, 20% afirmam

não serem contínuos e 60%

desconhecem.

f) O extensionismo rural tem projeto

para desenvolver o turismo rural:

100% afirmam desconhecer, 40% não

reconhecem potencial humano nos

órgãos públicos para elaborar e

executar os projetos.

g) Qual a opinião sobre o turismo

rural em Corumbataí do Sul?:

60% afirmam que deve haver mais

estudos, 20% não têm opinião e 20%

acreditam na atividade como

promotora de desenvolvimento.

h) Participação do Legislativo, 20% responderam que todos

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69

Executivo e outras instituições na

elaboração de um plano de

desenvolvimento socioeconômico

para o município:

participam quando convidados, 40%

que Legislativo e Executivo participam

e 40% que somente as instituições

(associações, escola e igrejas)

participam.

i) Atividades que melhorariam o

quadro socioeconômico do município:

100% afirmam que a agroindústria

geraria renda e empregos e 20%

responderam: incentivo a agricultura

familiar e cursos de capacitação.

j) Pessoal capacitado na equipe de

governo:

80% afirmam que não há pessoas

capacitadas e 20% responderam que

a prefeitura possui equipe capacitada

e contratou assessoria especializada.

k) Criação de cursos integrando

formação básica e meio rural:

60% afirmaram não haver e 40%

desconhecem.

l) Criação de cursos sobre turismo

rural na escola:

40% desconhecem, 60% afirmam não

ter e 20% responderam que os

professores não são capacitados para

esta finalidade.

m) A escola possui pessoal

capacitado para desenvolver cursos e

treinamentos na área:

60% afirmaram que não e 40%

desconhecem.

n) Interesse em participar do

conselho municipal de turismo:

80% responderam que participariam e

20% que necessita de discussão

sobre o assunto.

4.2.2 Resultados dos questionários aplicados aos produtores rurais

O questionário foi dividido em cinco itens: identificação do questionário,

caracterização do entrevistado, caracterização da família, da propriedade e

aspectos da economia e do município. Mantendo os assuntos que causam

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70

maior constrangimento para fase final do processo, como preconiza Günther

(2003) e Steffan (1999).

A tabulação dos dados, no Excel, gerou 50 Tabelas com as respostas

obtidas em percentuais. Estas Tabelas encontram-se no Apêndice A.

4.3 DISCUSSÃO

Os produtos cartográficos fornecem importantes informações ao gestor

que planeja a atividade de Turismo Rural. A carta de estradas e localidades

(Figura 18) é essencial para o planejamento, pois a atividade desenvolve-se

em regiões mais isoladas, e as informações para o turista chegar ao local são

mais difíceis de serem obtidas. Assim, disponibilizar ao cliente um bom roteiro

por impresso promocional ou internet é essencial.

A localização dos recursos hídricos e sua situação ambiental também

são muito importantes. A atividade do Turismo Rural é intimamente relacionada

com a preservação da paisagem e sua sustentabilidade depende das

condições do meio ambiente (SILVA, 1998; VEIGA, 2004). A posição que as

represas se encontram em relação às estradas e às regiões com possibilidades

de ampliar a atividade são ferramentas úteis, caso a exploração de pesque-

pagues esteja sendo estudada ou desenvolvida (Figuras 12 e 38).

Outra informação visualizada nos produtos é qual a situação do

entorno destes rios e lagoas. Pode-se determinar a cobertura vegetal da área,

aptidão agrícola e a situação de adequação do uso das terras no local (Figuras

34, 35 e 37).

As cartas com as coberturas vegetais em três períodos distintos

mostram a evolução da ocupação das terras e permite inferências sobre o

histórico econômico da região (Figuras 21, 22 e 23). A carta de vegetação 2003

proporciona dados da situação geral do município e permite o reconhecimento

da situação desta vegetação em áreas especificas do território. Exemplificando,

uma propriedade que queira implantar o Turismo Rural pode estabelecer um

roteiro de cavalgadas (SILVA, 1998), escolhendo as áreas com maior cobertura

vegetal. Esta mesma atividade pode escolher roteiros que priorizem relevos

com declividade acentuada (Figuras 25, 26 e 28), promovendo passeios mais

emocionantes.

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A Figura 39 revela que as margens dos rios estão sem mata ciliar, o

que representa comprometimento da qualidade ambiental das águas, do seu

visual e causará, ao turista, má impressão que, no seu imaginário, deseja

encontrar a área preservada e dentro dos parâmetros legais.

Esta informação, proporcionada pelo sistema, pode ser questionada

pelo fato da resolução espacial da imagem usada na classificação ser de 30

ms. Isto implica que matas ciliares pequenas podem ser confundidas com

áreas de pastagem ou lavouras. Porém, a qualidade visual da água,

apresentava-se escura, provando que os corpos d�água vêm sendo

contaminados com material particulado, que resulta de processos erosivos, os

quais são agravados pela ausência de mata ciliar.

A observação da Figura 25 proporciona a visualização das classes de

solo, sob imagem 3D RGB. Segundo Zonneveld (1989), esta imagem permite

uma interpretação da paisagem, a partir de critérios biológicos (vegetação),

geomorfológicos (relevo) e pedológicos. O estudo tornar-se-á completo com o

levantamento geológico da área. Para inferências turísticas rurais e ecológicas,

esta visualização é uma poderosa ferramenta, pois o planejador poderá

distribuir as atividades, conforme sua dependência da geomorfologia e

vegetação, na determinação de um roteiro para caminhada de pessoas da

terceira idade.

Fazendo uso das Figuras 26 e 27, o planejador determinará as áreas

propícias para atividades que dependam de noites mais frias, pois nas maiores

altitudes a amplitude térmica é maior. Pousadas e residências que hospedem

turistas poderão desenvolver turismo gastronômico com pratos típicos de

inverno e também conjugar a degustação de vinhos e queijos. Este

planejamento será complementado com a escolha de locais com beleza cênica

e estradas disponíveis, dados que podem ser obtidos nas Figuras 18 e 37 e

Tabelas 3 e 4, pois as imagens, represas e cachoeiras são georreferenciadas.

Segundo Ludwig e Probst (1996), dentre os fatores que contribuem na

produção de sedimentos em uma bacia hidrográfica, o escoamento é o mais

importante. Este fator está diretamente relacionado à declividade do terreno. A

Figura 28 proporciona a visualização das declividades da área em estudo. Esta

informação é útil na determinação das áreas que necessitam de maior proteção

vegetal para manter o ambiente ecologicamente equilibrado e atender às

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aspirações do turista rural, conforme preconiza Calatrava (1993) e

Zimmermann (2001).

As Figuras 30 e 33 fornecem a localização das terras quanto à sua

aptidão e o seu uso adequado ou não. Na atividade do Turismo Rural, o

contato com o desenvolver das atividades do meio agrícola faz parte do

imaginário do cliente. Seria decepcionante, para o turista, constatar que, na

área visitada, os próprios agricultores não praticam atividades sustentáveis e

desrespeitam as leis ambientais. A atividade do Turismo Rural, como

promotora da educação ambiental, ficaria comprometida e não cumpre uma

das suas funções básicas (ZIMMERMANN, 2001).

A análise mais detalhada da situação ambiental, agrícola e locais

identificados com potencial para turismo rural e ecoturismo pode ser realizada

pelas Figuras 34, 35 e 36. A visualização disponível, nestas cartas, permite ao

planejador de turismo inferir sobre o ponto turístico específico e a situação da

vegetação atual, o tipo de exploração agrícola a que se pode destinar a área e

como está a adequação deste uso. Caso o projeto planeje que o turista

conheça o cultivo do café, faz-se necessário que este exista no local destinado

ao projeto e que siga as recomendações técnicas e legais para sua exploração.

Outro exemplo seria a escolha da implantação de um hotel fazenda, que deve

ter nas proximidades uma diversidade de atividades agrícolas e ambientais

para serem desfrutadas pelos clientes, além da facilidade de acesso.

É possível, com o material cartográfico produzido no sistema, gerar

muitas outras informações além das discutidas neste trabalho. A possibilidade

de inserir novas informações, como estudos geológicos e georreferenciamento

das propriedades, amplia as possibilidades de gerar novos PIs com outros

aspectos a serem analisados.

Conforme Barbosa (2003), o zoneamento turístico envolve muitas

variáveis e o SIG é uma ferramenta capaz de conjugar a análise destes dados

e pode-se multiplicar o poder de análise deste se estas informações forem

trabalhadas em equipe multidisciplinar. A geração de inferências sobre o

Turismo Rural seria muito mais detalhada caso os dados fossem analisados

por turismólogos, botânicos, economistas, pedólogos, geógrafos, ecólogos etc.

Christofoletti (2002) relevou a importância do usuário das informações

de SIG. Pode-se considerar como usuário o elaborador do banco de dados e

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produtos ou o tomador de decisão, no caso os produtores que poderiam usar

as informações aqui existentes para planejar e implantar o turismo rural no

município. Assim, faz-se muito importante a análise dos dados

socioeconômicos obtidos na aplicação das entrevistas aos informantes de

confiança e dos questionários aplicados aos produtores rurais.

Nas entrevistas aos informantes de qualidade, pode-se identificar que

na comunidade em geral, não há predisposição notável para implementar o

Turismo Rural. As questões sobre o PD comprovaram que não havia intenção

em sugerir esta atividade como opção de desenvolvimento. Não há estudo

sobre o tema ou exemplos de desenvolvimento da atividade no município.

A educação ambiental, chave para motivar as futuras gerações na

resolução dos problemas ambientais identificados nos PIs, é incipiente. Não

permitindo visualizar mudanças para o quadro a curto prazo. Este fato pode

comprometer o desenvolvimento do turismo rural em função da dependência

desta atividade das boas condições ambientais do município.

As escolas não estão preparadas para proporcionar formação aos

jovens sobre as possibilidades de desenvolvimento rural, tornando muito difícil

a formação de uma geração que queira e saiba desenvolver novas atividades

no meio rural.

Estas entrevistas também mostraram não haver equipe preparada para

desenvolver um projeto nesta área na administração pública. Segundo os

informantes, nem mesmo há profissionais de extensionismo rural para atender

as necessidades básicas dos produtores. Como o Turismo Rural é uma

atividade complexa, para o seu desenvolvimento, a participação de

especialistas é imprescindível.

Para os entrevistados, não há participação completa dos setores da

sociedade em elaborar um projeto de desenvolvimento. Esta postura das

lideranças pode comprometer a viabilidade do Turismo Rural. Devido à sua

abrangência, é uma atividade que necessita da participação de toda

comunidade.

Os dados proporcionados pela aplicação dos questionários junto aos

produtores são informações necessárias ao planejamento e desenvolvimento

do Turismo Rural, pois dizem respeito aos agentes que desenvolverão o

projeto.

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A média de idade dos produtores entrevistados é de 45 anos e,

portanto, a aceitação de novas atividades e assimilação de conceitos

necessários ao Turismo Rural pode ser comprometida (Tabela 1A).

Positivo é o fato de 81% dos produtores residirem nas propriedades

(Tabela 2A). Isto denota que a maior parte dos entrevistados mantém uma

relação ativa com o meio rural, o que é atraente ao turista por contatá-lo

diretamente com proprietário/produtor.

A Tabela 3A indica que 84% dos produtores não possuem o nível

médio de ensino. Esta característica compromete a capacidade dos produtores

em entender novos conceitos, principalmente se forem complexos e abstratos,

fato que pode ocorrer com o Turismo Rural (ZIMMERMANN, 2001).

Na amostra entrevistada, 52% são de origem mineira (Tabela 5A). Este

dado pode orientar quais as atividades desenvolvidas serão potencializadas

por esta característica da comunidade. Pode-se explorar o imaginário da

população urbana quanto às características do povo mineiro interiorano.

Dos entrevistados, 35% relataram participar de alguma associação

(Tabela 6A). Tal fato é importante, pois o Turismo Rural é uma atividade global,

que necessita do envolvimento da comunidade em geral. A condição de

estarem associados facilita muito as reuniões e decisões comuns.

São famílias com uma média de 2,6 filhos (Tabela 8A). Em explorações

onde as famílias recebem os visitantes para refeições e pouso, os filhos podem

atuar economicamente na atividade.

Como os produtores, os familiares também não apresentam alto nível

de escolaridade. Somente 69% têm até a 8ª série concluída, o que

compromete a assimilação de novas tarefas, como a recepção de turistas e

atuação como guias de atividades.

Os entrevistados moram próximos à cidade, em média 5,73 km (Tabela

11A). Caso as propriedades dos entrevistados tenham potencial para o

Turismo Rural e Ecoturismo, sua exploração fica facilitada por esta

proximidade.

Quanto aos meios de transporte, 52% possuem veículos e 52%

possuem motos. Este fator facilita a relação do produtor com a cidade. Fato

importante, pois a presença do turista rural dinamiza a relação do produtor com

o urbano.

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A Tabela 14A comprova a diversidade agrícola do município, o que é

atraente para o turista e garante estabilidade da economia local. O Turismo

Rural atual como promotor da intensificação e manutenção desta característica

(SILVA, 1998; CAMPANHOLA; SILVA, 1999). Porém, a Tabela 15A comprova

existir pouca atividade não-agrícola nas propriedades, fato que se torna um

impedimento inicial, pois não é tradição dos produtores locais iniciarem novas

atividades.

Segundo Froehlich (1996), o Turismo Rural propõe a produção

biológica, caseira, tradicional, específica, regional e local, fato que já se

comprova existir na região. Há considerável diversidade e produção local de

alimentos básicos, não sendo essencialmente uma produção industrial (Tabela

16A).

Entre os componentes das famílias, 73% são praticantes de alguma

religião e 57% são católicos. As festividades religiosas como dias de santos e

festas juninas são opções a serem desenvolvidas pelo município que se

proponha explorar o Turismo Rural. Porém, a parcela protestante é

considerável, e esta faixa da população, normalmente, não frequenta festas de

homenagem aos santos (Pr. Daniel, da Primeira Igreja Batista de Campo

Mourão, informação pessoal).

A renda dos proprietários concentra-se em 61%, até 01 salário mínimo

por mês, demonstrando que os produtores que forem empreender o Turismo

Rural e necessitarão de investimentos financiados. Segundo SETUR (2001), a

busca destes investimentos é facilitada pelo projeto técnico de implantação da

atividade. Fato que aumenta a importância de trabalhos desta natureza, pois o

SIG é a ferramenta mais utilizada para confecção de projetos complexos e

transdisciplinares.

As propriedades com área de até 20 ha representam 84% da região

estudada (Tabela 19A). A sustentabilidade econômica de pequenas

propriedades tem sido favorecida pela atividade de Turismo Rural e esta é

reforçada pelo imaginário dos turistas que o seu ato de consumo auxilie na

preservação da agricultura familiar, típica em propriedades destas dimensões

(FROEHLICH, 1996).

A Tabela 22A traz as informações sobre o uso das terras pelos

produtores. Constata-se que não há correlação positiva entre os percentuais

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informados pelos agricultores e dados obtidos na classificação supervisionada

do SPRING (Tabela 7). A falta de precisão dos agricultores, no momento da

entrevista, leva a concluir que o procedimento do SIG é o mais correto,

havendo desinformação por parte do agricultor.

As Tabelas 23A 25A, 26A e 27A fazem referência às residências e

benfeitorias das propriedades. Todas estas estruturas são atrativos para o

Turismo Rural. Porém, as propriedades mostraram-se pouco providas destes

recursos. Somente 10% possuem uma segunda residência e 3% possuem três

residências. As residências, no Turismo Rural, tornam-se opção de

hospedagem e faz parte do desejo do cliente, permanecer no mesmo ambiente

tradicional do homem do campo. Porém, o turista rural não abre mão do

conforto (SILVA, 2006). Observa-se também que outras estruturas como

grandes pocilgas, barracões de frango e instalações laticínias não existem na

região. Os turistas rurais são atraídos pelas propriedades onde podem

acompanhar as atividades que são desenvolvidas em instalações como as

citadas.

O fator tranquilidade do rural faz parte do imaginário do turista

(VERBOLE, 2002), e esta condição é encontrada no município. 71%

consideram o local bom para moradia e destes 26% lembraram da

tranquilidade como principal fator (Tabela 29A).

Para 74% dos agricultores o município é capaz de atrair turistas. As

festas e locais que promoveriam esta atração são citadas nas Tabelas 35A e

36A.

Segundo a Tabela 39A, 81% dos entrevistados afirmam que o

município protege o seu meio ambiente. Este dado também não confere com

os dados obtidos pelo Sensoriamento Remoto e SIG. Observa-se, na Tabela

09, que quase 35% do território não são usados adequadamente. Para o

desenvolvimento do Turismo Rural, a necessidade da conscientização e

formação ambiental da comunidade será muito importante, pois esta se

encontra desinformada e com pouco senso crítico a respeito do uso dos

recursos naturais.

Para 81% dos entrevistados não há oportunidades de trabalho para os

jovens (Tabela 44A). Esta realidade pode ser transformada por meio da

implementação do Turismo Rural, pois segundo CNT (2006), esta atividade é

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hoje uma das grandes geradoras de empregos e capaz de integrar outros

setores da economia regional (LABAT; PEREZ, 1994).

Segundo 94% das respostas, não há exemplos dentro da comunidade

de empreendimentos não-agrícolas que tiveram sucesso (Tabela 47A).

Reforçando a necessidade de formar uma consciência empreendedora entre os

produtores para estimular o desenvolvimento de atividades como o Turismo

Rural.

A Tabela 48A lista 15 produtos que os proprietários acreditam ter

potencial para serem comercializados com os visitantes. Destes, 29% citaram a

uva, 23% o morango e 0% o artesanato. Este é outro ponto a ser investido em

um processo formacional do empreendedor de Turismo Rural, pois o

artesanato local é forte atrativo de turistas (RUSCHMANN, 1998; SILVA, 1998).

As inferências dos dados socioeconômicos também podem ser

multiplicadas desde que analisados por especialistas de outras áreas. A

metodologia proporciona dados e informações, mas não as soluções prontas,

estas devem ser produzidas usuários do sistema.

A locação destas informações no SIG, através de georreferencimento

das propriedades dos entrevistados, abre inúmeras portas de interpretação e

produção de zoneamento turístico, pois com este procedimento torna-se

possível integrar via algoritmos os dados coletados neste trabalho, com a

situação particular dos proprietários.

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5 CONCLUSÕES

Condicionadas aos objetivos gerais expostos no início deste trabalho e

dos resultados alcançados pela metodologia empregada, chegou-se às

seguintes conclusões:

a) SIG e Sensoriamento remoto são ferramentas com alta capacidade

para análise e inferências sobre Turismo Rural em um município.

b) O sistema gera cartas de diversos componentes da paisagem

permitindo a quantificação e localização dos recursos turísticos.

c) O SIG permite integrar informações de natureza distinta, facilitando

as inferências sobre o Turismo Rural.

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6. SUGESTÕES

a) Aplicar os dados levantados na pesquisa para o zoneamento

ecológico econômico do município.

b) Aplicar os dados levantados na elaboração do Plano Diretor ou

Plano de reconversão do município.

c) Georreferenciar as propriedades para análises individuais de cada

produtor.

d) Análise dos dados por outros profissionais.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A � RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS JUNTO

AOS PRODUTORES

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Tabela 1A � Entrevistado

Proprietário Filho do proprietário

Arrendatário Idade média

Menor idade

Maior idade

Sexo do entrevistado

84% 6% 10% 44,51 21 68 masculino feminino 100%

Tabela 2A � Local da residência dos entrevistados

Na propriedade Na cidade Bairro rural Outro 81% 13% 6% 0%

Tabela 3A � Escolaridade dos entrevistados

Analfab. Alfabetiz. Fund. incompleto

Fund. completo

1 a 8ª

série

incomp.

1 a 8ª

série

completa

Médio

incompleto Médio

compl. Sup.incompl. Superior

compl. Pós-grad.

16% 10% 0% 10% 42% 6% 0% 16% 0% 0% 0%

Tabela 4A � Nacionalidade

Brasileira Argentina Paraguaia Francesa Americana 100% 0% 0% 0% 0%

92

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Tabela 5A � Origem

Italiana Gaúcha Portuguesa Mineira Nordestina Espanhola Paulista Paranaense 10% 0% 0% 52% 0% 6% 23% 6%

Tabela 6A � Associação

Participa de associação Com cargo Sem cargo 35% 0% 6%

Tabela 7A � Posição na família

Esposo Esposa Filho Genro 100% 0% 0% 0%

Tabela 8A � Número de componentes das famílias

Esposo Esposa Filhos Filhas Noras Genros Netos Sobrinhos Total 31 30 54 25 5 3 10 1 159

93

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Tabela 9A � Tipos de trabalho dos membros da família

Atividade agrícola na

propriedade Atividade agrícola fora da

propriedade Atividade não-agrícola na

propriedade Atividade não-agrícola fora da

propriedade 35% 10% 0% 6%

Tabela 10A � Escolaridade das famílias

Estudando Analf. Alfabetizado

Fund. incompl.

Fund. completo

1 a 8ª

série

incomp.

1 a 8ª

série

completa

Médio

incompl. Médio

completo

Superior incomplet

o

Superior completo

Pós-graduado

15% 3% 1% 25% 21% 14% 5% 6% 24% 1% 0% 0%

Tabela 11A � Transporte escolar utilizado pelas famílias e distâncias percorridas

A pé Carro Ônibus Charrete Animal Moto Bicicleta Distância percorrida (km)

Média Máxima Mínima 7% 0% 93% 0% 0% 0% 0% 5,73 8 4

Tabela 12A � Estradas municipais

Boa todo o ano Boa na época da seca Ruim o ano todo 55% 42% 3%

94

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Tabela 13A � Meios de transporte das famílias

CARRO MOTOCICLETA CARROÇA ANIMAL 52% 52% 23% 35%

Tabela 14A � Atividade agrícola da família

PC PL P S SU OV AV C S M F Mandioca Feijão FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA 3% 16% 0% 19% 0% 0% 0% 6% 0% 0% 0% 6% 6% 71% 0% 3% 6% 16% 10% 16% 6% 3% 3% 0% Fora da propriedade= FP; Na propriedade= NA; Pecuária de corte= PC; Pecuária de leite= PL; Piscicultura= PS; Suinocultura= SU;

Ovinocultura= OV; Avicultura (barracão de frango)= AV; Café= C; Soja= S; Milho= M; Fruticultura= F.

Tabela 15A � Atividade não-agrícola da família

C P S T PA AR CR Caminhão FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA FP NA 0% 0% 10% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 3% 3% 10% 3% 0%

Fora da propriedade= FP; Na propriedade= NA; Comércio= C; Prestação de serviços= PS; Turismo= T; Produção de alimentos

(manufatura ou industrial)= PA; Artesanato= AR; Crochê= CR.

95

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Tabela 16A � Alimentação

F A FR SU BO HO FRU M C P C P C P C P C P C P C P C P

48% 52% 84% 16% 19% 81% 35% 71% 55% 45% 26% 71% 16% 84% 10% 87% Compra= C; Produz= P; Feijão= F; Arroz= A; Frango= FR; Suínos= SU; Bovinos= BO; Hortaliças= HO; Frutos= FRU; Mandioca=

M.

Tabela 17A � Religião Número de

componentes das famílias

Católicos Presbiteriana Universal Assembléia Só o

Senhor é Deus

Batista Congregação

Cristã I.E.Q. Não

participa Total de

participantes

159 91 0 0 0 0 0 8 2 0 116 57% 0% 0% 0% 0% 0% 5% 1% 0% 73%

I.E.Q.= Igreja do Evangelho Quadrangular

Tabela 18A � Renda mensal dos entrevistados

ATÉ 01 SALÁRIO 01 A 02 02 A 03 03 A 05 + DE 05 61% 23% 6% 6% 0%

96

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Tabela 19A � Tamanho da propriedade

Até 10 hectares 10 A 20 20 A 50 + DE 50 Não soube informar 39% 45% 16% 6% 6%

Tabela 20A � Bairro em que se encontra a propriedade Água do

lontra Água do

meio Água da

anta Mercadão Bairro dos Borges

Bica d'água Guaraci Souza

Leão Santo

Antônio Monte Azul

Beija Flor

São

Joaquim Não soube

informar 3% 3% 3% 13% 6% 6% 6% 19% 13% 3% 6% 3% 13%

Tabela 21A � Tempo como proprietário

01 ANO OU MENOS 01 A 5 ANOS 5 A 10 + DE 10 6% 16% 16% 48%

Tabela 22A � Distribuição do uso da terra

Área

total Lavouras

temporárias Lavouras

permanentes Pastagens

naturais Pastagens plantadas

Reserva legal

Mata ciliar

Área não

aproveitada Área de

construção 486,77 2,5 143,02 18,3 62,84 27,54 13,325 2 3,94

1% 29% 4% 13% 6% 3% 0% 1%

97

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Tabela 23A � Benfeitorias

Casa/moradia Paiol/tulha Curral/mangueira Pocilga/ chiqueiro

Galpão para

implementos Galpão para

frangos P B R PE P B R PE P B R PE P B R PE P B R PE P B R PE

94% 19% 74% 0% 74% 13% 61% 0% 45% 10% 32% 3% 61% 6% 55% 0% 13% 0% 13% 0% 0% 0% 0% 0%

Galinheiro Cercas (metragem) Poço Energia elétrica Represa

P B R PE P B R PE P B R PE P B R PE P B R PE 52% 0% 42% 10% 71% 19% 45% 6% 35% 3% 32% 0% 90% 90% 0% 0% 55% 10% 45% 0%

P= possui; B= boa; R= razoável; Pe= péssima.

Tabela 24A � Máquinas e implementos por propriedade

Trator Arado Subsolador Grade pesada Grade niveladora Plantadeira Cultivador

16% 16% 0% 6% 3% 3% 0% Pulverizador Colhedeira Trilhadeira Pulverizador costa Pulverizador mecanizado Roçadeira Tanque para transp. de água

16% 0% 6% 81% 6% 10% 6%

98

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Tabela 25A � Residência 1 Área (m

2) (média) Número de cômodos (média) Tipo de parede Cobertura Forro Piso Origem da água Caixa d'água

50,3

5,1 Madeira Alvenaria Telha Eternit

32%

68% Poço Mina

87% 81% 19% 84% 10% 55% 39% Fossa para

lixo Iluminação elétrica Fogão a gás Fogão a

lenha Banheiro dentro da

residência Vaso na residência Fossa asséptica

55%

90%

94%

77%

90%

94%

90%

Tabela 26A � Residência 2 (10%) Área (m

2) (média) Número de cômodos (média) Tipo de parede Cobertura Forro Piso Origem da água Caixa d'água

71

4,7 Madeira Alvenaria Telha Eternit

33%

67% Poço Mina

67% 100% 0% 100% 0% 0% 100% Fossa para

lixo Iluminação elétrica Fogão a gás Fogão a

lenha Banheiro dentro da

residência Vaso na residência Fossa asséptica

100% 67% 100% 100% 100% 0% 0%

99

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Tabela 27A � Residência 3 (3%)

Área (m2) Número de cômodos Tipo de parede Cobertura Forro Piso Origem da água Caixa d'água

42

5

Madeira Alvenaria Telha Eternit 0%

100%

Poço Mina 100% 100% 0% 100% 0% 0% 100%

Fossa para

lixo Iluminação elétrica Fogão a gás Fogão à lenha

Banheiro dentro da residência Vaso na residência Fossa asséptica

100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Tabela 28A � Bens e utensílios nas residências

Geladeira Fogão a gás Fogão à lenha Liquidificador Rádio Televisão Aparelho de som Máquina de costura Sofá

97% 97% 74% 90% 87% 94% 74% 65% 94%

Guarda-roupa Cama Ferro de passar

Tanque de lavar roupa

Máquina de lavar

roupa Filtro de

água Pia de

lavar louça Computador

97% 97% 97% 94% 81% 35% 90% 6%

100

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Tabela 29A � Corumbataí do Sul como moradia

Ótimo Bom Razoável Melhorar as

necessidades básicas

É

acostumado com a cidade

Falta muita coisa

Falta incentivo do

governo

Tem segurança

Tem amizades Tranqüilidade Clima

agradável

6% 71% 23% 3% 10% 16% 3% 6% 6% 26% 3%

Tabela 30A � Gosta de morar

Sim Não 100% 0%

Tabela 31A � Estradas

O= ótimas; B= boas; R= regulares; P= péssimas Tabela 32A � Origem do entrevistado - O Senhor sempre morou em Corumbataí do Sul?

Sim Não Outro município do Paraná Outro Estado Outro país 48% 45% 45% 6% 0%

Maringá Londrina Campo mourão Cascavel Guarapuava O B R P O B R P O B R P O B R P O B R P

23% 55% 23% 0% 23% 58% 19% 0% 23% 52% 26% 0% 23% 58% 19% 0% 23% 48% 26% 3%

101

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Tabela 33A � Em sua opinião o município realiza festas populares? Quais?

Sim Não Cabrito apressado Festa do maracujá Festa religiosa Aniversário da cidade Festa do peão Fim de ano 81% 19% 0% 6% 23% 23% 29% 3%

Tabela 34A � Participação do produtor nas festas

Sim Não 61% 35%

Tabela 35A � O município realiza festa ou eventos que podem atrair turistas?

Sim Não Cabrito apressado Festa do maracujá A festa do peão Aniversário da cidade Exposição Festa junina

74% 26% 16% 13% 13% 23% 3% 3%

Tabela 36A � O senhor acha que, além das festas, o município apresenta outros pontos que poderiam ser atrativos para

visitantes?

Sim Não Mas não sabe APROCOR Salto Boi-cotó Cachoeiras Belezas naturais 35% 61% 6% 6% 6% 10% 6%

102

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Tabela 37A � O senhor conhece os recursos naturais de Corumbataí do Sul?

Sim Não 61% 39%

Tabela 38A � Preservação ambiental - O senhor já ouviu falar de preservação ambiental?

Sim Não 87% 13%

Tabela 39A � Corumbataí protege a natureza?

Sim Não 81% 19%

Tabela 40A � O senhor trabalha com banco?

Sim Não Sicredi Brasil Bradesco Real HSBC 71% 29% 23% 65% 3% 3% 3%

103

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Tabela 41A � O senhor utiliza alguma linha de crédito ou financiamento?

Sim Não PRONAFE 52% 39% 16%

Tabela 42A � O senhor considera o município de Corumbataí do Sul

Movimentado Economicamente

Parado economicamente

Local de oportunidade para arrumar a vida

Não tem oportunidade para melhorar a

vida 26% 19% 26% 32%

Tabela 43A � Na opinião do senhor, quais as principais atividades econômicas de Corumbataí do Sul?

Agricultura Pecuária Comércio Pscicultura (peixes) Fruticultura Emprego público

307 237 226 151 199 172

104

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Tabela 44A � O meio rural oferece oportunidades para os jovens? Sim Não Por quê

Não

justificou Tem

aumentado A agricultura

pode melhorar Não tem

indústrias Não tem

serviço Município

pequeno Não tem incentivo

para os jovens Cidade

pequena 19% 81% 26% 3% 6% 13% 19% 13% 10% 6%

Sugestões

Não sugeriu Trazer indústrias para o município

Apoio órgãos

municipais / estaduais Pequenas empresas Mais recursos Mais empregos

31% 45% 10% 6% 3% 6%

Tabela 45A � O senhor entende que Corumbataí do Sul é um município com diversidade nas atividades agrícolas?

Sim Não 94% 10%

Tabela 46A � O meio rural oferece oportunidade aos seus moradores?

Sim Não 84% 13%

105

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Tabela 47A � O senhor conhece alguém que desenvolve alguma atividade que não é da roça no meio rural e tem se saído bem?

Sim Não 3% 94%

Tabela 48A � Produtos para turistas

Que produtos os moradores do meio rural poderiam produzir para vender aos visitantes (turistas) do município? Não sabe Doces Artesanato Crochê Batata doce Queijo Mel Laranja Maracujá

13% 13% 0% 3% 3% 16% 3% 32% 65%

Farinha Rapadura Ovos Uva Café Frango Porco Morango 3% 3% 3% 29% 13% 3% 3% 23%

Tabela 49A � Considera-se um bom profissional da agricultura?

Sim Não 84% 13%

Tabela 50A � Incentiva os filhos a trabalhar na agricultura?

Sim Não 23% 71%

106

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107

APÊNDICE B � LEGENDA DOS PONTOS VISITADOS E ESTRADAS

Tabela 1B � Pontos visitados CÓDIGO DESCRIÇÃO M 01 Mata localizada no bairro Água do Juca M 02 Mata localizada próxima a cachoeira Salto do Boi-cotó -

Bairro Água do Juca M 03 Mata localizada no bairro dos Borges - Próximo da

pastagem M 04 Mata localizada no bairro Nei Braga PQ 01 Parque Nicolau Lunardeli PQ 02 Parque Piasi Hortelan COZINHA INDUSTRIAL

Cozinha Industrial localizada no bairro do Mercadão

4 FRONTEIRAS Divisa dos 4 municípios - Corumbataí, Barbosa, Peabiru e

Campo Mourão VIV Viveiro de mudas localizado na Vila Rural, mudas de Café,

Eucalipto, Figo, Morango, Maracujá e Uva SÍTIO ARQU. Rocha com inscrição. CAF 01 Café localizado no bairro Souza Leão CAF 02 Café localizado no bairro Água do meio - Sítio Linda

Floresta. Obs: milho junto. CAF 07 Cafezal na entrada do Bairro Monte Azul CAF 04 Café localizado no bairro dos Borges - café novo CAF 3 Café localizado no bairro dos Borges- Sítio São João - Sr.

João Batista Silva - Pasto e Soja perto Caf 05 Café com Feijão e milho do outro lado da estrada -

localizada no bairro Ponte Seca - com mata aprox. 2 km CAF 06 Café localizado dentro da cidade - saída para Campo

Mourão MARACUJÁ 01 Cultura de Maracujá do Sr. Manoel Rodrigues da Costa -

Bairro Santo Antônio MARACUJÁ 02 Cultura de Maracujá da Sra. Maria Helena de Aquino Freitas

- Sitio Linda Floresta - Bairro Água do Meio AMORA Plantio de Amora no Sítio bom Jesus - Sra. Regina Gale -

Amora, cana e café BC 01 Saída para Barbosa Ferraz, próximo à cascata BC 02 Bairro dos Borges BC 03 Entre a água do Sabugueiro e água da Catarina C 01 Localizada no bairro Água do Juca - Cachoeira do Boi-cotó C 02 Localizada no bairro Água do meio - Cachoeira São Geraldo

- Sítio Linda Floresta C 03 Localizada no bairro Nei Braga, na Fazenda da Elza C 04 Localizada no bairro São Joaquim, Fazenda São Joaquim

do Sr. Eduardo

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108

Tabela 1B, Cont.

R 01 Represa do Sítio Bom Jesus R 02 Represa do Sítio Fluminense. Sr. Mauro Ribeiro. Obs:

plantação de buchas R 03 Represa do Sítio Via Carnes. Sr. Sebastião R 04 Represa do Sítio São João R 05 Represa do Silvio Nucci - Bairro Ponte Seca R 06 Represa do bairro da Ponte Seca - ao lado do asfalto IG 04 Capela do bairro Água do Juca - próxima a divisão dos 4

municípios IG 05 Capela do bairro Água do Meio IG 06 Capela do bairro do Borges. Obs: Salão Paroquial,

escolinha e campo de futebol juntos. IG 07 Capela do bairro do Mercadão - Capela Nossa Sra de

Fátima IG 08 Capela do bairro do Guairaci - Capela São João As outras Igrejas são localizadas na cidade.

Tabela 2B � Estradas CÓDIGO ORIGEM DESTINO E1 Trevo de Cascavel Posto de Gasolina, centro da cidade

de Corumbataí E2 Posto de Gasolina - centro

de Corumbataí Centro de Barbosa Ferraz - em frente ao posto Mili

E3 Sítio Palmital - próxima da

reserva natural da cidade Vila Rural E4 Continuação da E3, início

na frente da capela Rio São Joaquim. Obs: Barracão de

madeira para eventos E5 Desvio para Vila Rural Bairro Santo Antônio - em frente da

Capela E6 Entrada do Bairro Santo

Antônio Ponte de Concreto (PC3) E7 Continuação da E6 -

Retomada na PC3 Bairro Souza Leão - em frente da igreja e do colégio. Obs: Barbosa Ferraz

E8 Entrada do Bairro Souza Leão Bairro Água do Juca

E9 Ponte PC4 - bairro Água do

Juca Represa Água do Juca. Obs: Pastagem perto

E10 Represa Água do Juca Casa do Sr. Florisvaldo. Obs: celular: 99694367

E11 Bairro Água do meio Sítio bom Jesus - bairro Água do meio

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Tabela 2B, Cont.

E12 Sítio Bom Jesus - bairro Água do meio

Sítio linda Floresta - bairro Água do

Meio E13 Saída Corumbataí - Campo

Mourão Bairro dos Borges - passando pelo bairro do mercadão

E14 Estrada do Borges - em frente à capela Nossa Sra.Fátima

Sítio Jorge Teixeira - Bairro Água da

Catarina E15 Estrada Campo Mourão -

Corumbataí Bairro Nei Braga - divisa com Barbosa Ferraz. Obs: Pasto

E16 Estrada Nei Braga Sítio da Elza - Bairro Nei Braga E17 Sítio São Joaquim - bairro

São Joaquim Vila Rural E18 Saída para Barbosa Ferraz Bairro Guaraci - em frente a escolinha

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APÊNDICE C � QUESTÕES APLICADAS AOS INFORMANTES DE

CONFIANÇA

Data: fevereiro de 2007

Nome:

Idade:

Profissão:

Morador do município desde:

1) O Plano Diretor do município prioriza elaboração e execução de projetos

que visam o desenvolvimento das comunidades rurais. Avaliando

previamente o impacto socioeconômico e cultural de tais projetos?

2) Há conhecimento de algum levantamento turístico no município por órgão

governamental: Embratur, Ministério ou Secretaria?

3) Já houve alguma proposta para implementar o turismo no município em

algum mandato ou candidatura?

4) Foi realizado no município algum estudo detalhado das atividades em meio

rural � Agrícolas e não-agrícolas?

5) Há algum projeto de educação ambiental nas escolas do município (em

andamento ou em vias de execução)?

6) O extensionismo rural preocupa-se com as limitações atuais do município,

desenvolve projetos para o futuro e tem alguma intenção de implementar o

turismo rural?

7) Qual a sua opinião sobre o turismo rural no município de Corumbataí do

Sul?

8) O Senhor crê que os poderes Legislativo e Executivo e outras instituições

(Cooperativas, Igrejas e escolas) estão mobilizados em conjunto para

elaboração e execução de um plano de desenvolvimento socioeconômico

para o município?

9) Quais atividades o Senhor crê que deveriam ser implementadas ou

incentivadas para melhorar o quadro socioeconômico do município?

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10) Há pessoal capacitado na equipe de governo e funcionários para elaborar

um projeto de desenvolvimento � buscar recursos e executar tais projetos?

11) Há interesse em formar um conselho municipal de turismo?

12) As escolas já tiveram alguma preocupação em criar cursos integrando a

formação básica e o meio rural?

13) As escolas já tiveram alguma preocupação em criar cursos para divulgar

conhecimentos sobre o turismo rural?

14) As escolas têm estrutura e pessoal capacitado para desenvolver cursos e

treinamentos nesta área?

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APÊNDICE D � QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PRODUTORES

A- IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

Nº 1) Nome e apelido:____________________________________________________________

2) Propriedade:_______________________________________________________________

3) Entrevistador:______________________________________________________________

4) Data:_____/______/______

B- CARACTERIZAÇÃO DO ENTREVISTADO

1) Data de nascimento:________________________________________________________

2) Local de nascimento:_______________________________________________________

3) Idade: ____________________________________________________________________

4) Sexo: ( ) F ( ) M

5) Local da residência :________________________________________________________

( ) Na propriedade ( ) Na cidade ( ) Em bairro rural ( ) Outro (especificar) 6) Escolaridade

( ) Analfabeto ( ) Alfabetizado ( ) Fund. incompleto ( ) Fund. completo ( ) 1 a 8ª série incomp. ( ) 1 a 8ª série completa ( ) Médio incompleto ( )Médio completo ( ) Superior incompleto ( ) Superior completo ( ) Pós-graduado 7) Nacionalidade:_____________________________________________________________

8) Origem (ascendência)

( ) Italiana ( ) Gaúcha ( ) Portuguesa ( ) Mineira ( ) Nordestina ( ) Espanhol ( ) Paulista ( ) Outras (citar) 9) Participa de alguma associação (função):______________________________________

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C � FAMÍLIA

1) Posição do proprietário na família Esposo ( ) Esposa ( ) Filho ( ) Outro (citar) 2) Número de componentes ( )

Filhos ( ) Filhas ( ) Noras ( ) Genros ( ) Netos ( ) Outro ( ) __________ 3) Quantos trabalham e no que?

Componente da família

Atividade agrícola na

propriedade

Atividade agrícola fora da

propriedade

Atividade não

agrícola na

propriedade

Atividade não

agrícola fora da

propriedade 4) Escolaridade da família

Componente da família

Está estudando, sim (S) ou não (N).

Se não, qual série

concluiu?

Série que

está

estudando

Meio de transporte

Distância

percorrida

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5) Estradas para deslocamento

Condições da estrada Boa todo o ano Boa na época da seca Ruim o ano todo 6) Meios de transporte que a propriedade (família) possui

Carro ( ) Motocicleta ( ) Carroça ( ) Animal ( ) 7) Atividades desenvolvidas pela família

Atividade agrícola Na

propriedade

Fora da

propriedade

Pecuária de corte Pecuária de leite Piscicultura Suinocultura Ovinocultura Avicultura (barracão de frango) Café Soja Milho Fruticultura Outras (explicar)

Atividade não agrícola Na

propriedade

Fora da

propriedade

Comércio Prestação de serviços Turismo (explicar) Produção de alimentos (manufatura ou industrial) Artesanato Crochê Outras (explicar) 8) Alimentação da família

Tipo de alimento Compra Produz Feijão Arroz Frango Suínos Bovinos Hortaliças Frutos Mandioca Outros (citar)

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115

9) Religião

9.1) É participante ativo de alguma Igreja? Sim ( ) Não ( ) 9.2) De qual igreja participam os membros da família (residentes na propriedade)

Membro Igreja 10) Renda anual ou mensal da família Até 01 salário mínimo ( ) Entre 01 e 02 salários mínimos ( ) Entre 02 e 03 salários mínimos ( ) Entre 03 e 05 salários mínimos ( ) Acima de 05 salários mínimos ( )

D � PROPRIEDADE

1) Área (ha):_________________________________________________________________

2) Bairro (localização):_________________________________________________________

3) Tempo como proprietário (anos):______________________________________________

4) Distribuição do uso da propriedade

Especificar culturas e pastagens Área

(ha) Lavouras temporárias Lavouras permanentes Pastagens naturais Pastagens plantadas Reserva legal Mata ciliar Área não aproveitada Área de construção Outros Justificativas para áreas não aproveitadas: reserva legal e mata ciliar.

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5) Benfeitorias

Benfeitoria Sim Não Descrição da benfeitoria (interesse para

visitação) Casa/moradia Paiol/tulha Curral/mangueira Pocilga/chiqueiro Galpão para implementos Galpão para frangos Galinheiro Cercas Poço Energia elétrica Cercas (metragem) Represa (m2) Outros 6) Implementos e máquinas agrícolas (quantidade) Trator ( ) Arado ( ) Subsolador ( ) Grade pesada ( ) Grade niveladora ( ) Plantadeira ( ) Cultivador ( ) Pulverizador ( ) Colhedeira ( ) �trilhadeira� ( ) Pulverizador costal ( ) Pulverizador mecanizado ( ) Roçadeira ( ) Tanque para transp. de água ( )

7) Condições de moradia:

Residência 1 Residência 2 Residência 3

Área da residência (m2)

Número de cômodos Tipo de parede Cobertura Com forro Piso Origem da água Tem caixa da água Fossa para lixo Possui iluminação elétrica Fogão a gás Fogão à lenha Banheiro dentro da residência Vaso sanitário dentro da residência Fossa asséptica

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8) Bens e utensílios:

Geladeira ( ) Fogão a gás ( ) Fogão à lenha ( ) Liquidificador ( ) Rádio ( ) Televisão ( ) Aparelho de som ( ) Máquina de costura ( ) Sofá ( ) Guarda-roupa ( ) Cama ( ) Ferro de passar ( ) Tanque de lavar roupa ( ) Máquina de lavar roupa ( ) Filtro de água ( ) Pia de lavar louça ( ) Computador ( )

E � MUNICÍPIO E ECONOMIA

1) Para moradia, você classifica Corumbataí do Sul como um município.

Ótimo ( ) Bom ( ) Razoável ( ) Por quê?_____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

2) O Senhor gosta de morar em Corumbataí do Sul?

Sim ( ) Não ( ) Por quê?_____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

3) como o Senhor classifica as estradas que são para ir e vir de outras cidades?

cidades Ótimas Boas Regulares Péssimas Maringá Londrina Campo Mourão Cascavel Guarapuava 4) Origem do entrevistado:

O Senhor sempre morou em Corumbataí do Sul?

Sim ( ) Não ( ) Se não, de onde veio?_______________________________________________________

5) aspectos culturais

5.1) Na sua opinião o município realiza festas populares Sim ( ) Não ( ) Se sim, quais o Senhor citaria como as mais importantes:______________________________

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5.2) O senhor participa delas? Sim ( ) justifique Não ( ) justifique ____________________________________________________________________________ 5.3) O senhor acha que o município de Corumbataí do Sul tem potencial para atrair turistas

(pessoas de outros municípios) para conhecer suas atividades culturais (festas, religião,

exposição) Sim ( ) Não ( ) 5.4) Quais delas o senhor acha que atrairia público de fora da cidade?___________________ ____________________________________________________________________________ 5.5) O senhor acha que além disso (festas) o município apresenta outros pontos que poderiam

ser atrativos para visitantes? Sim ( ) Não ( ) Quais?______________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

6) Aspectos naturais

6.1) O senhor conhece os recursos naturais de Corumbataí do Sul? Sim ( ) Não ( ) Se não, por quê?______________________________________________________________ 6.2) O senhor já ouviu falar de preservação ambiental? Sim ( ) Não ( ) 6.3) O que senhor entende por preservação ambiental?________________________________ ____________________________________________________________________________ 6.4) O senhor acha que Corumbataí do Sul preserva (protege) a sua natureza? Sim ( ) Não ( ) 7) aspectos econômicos

7.1) Trabalha com banco: Sim ( ) Não ( ) Qual banco?__________________________________________________________________ 7.2) Utiliza alguma linha de financiamento ou crédito agrícola?__________________________

7.3) O senhor considera o município de Corumbataí do Sul Movim. economicamente ( ) Parado economicamente ( ) Local de oportunidade para arrumar a vida ( ) Não tem oportunidade para melhorar a vida ( ) Outro (citar) 7.4) Na opinião do senhor, quais as principais atividades econômicas de Corumbataí do Sul? (citar por ordem de importância enumerando: 1, 2, 3, ...) Agricultura ( ) Pecuária ( ) Comércio ( )

Pscicultura (peixes) ( ) Fruticultura ( ) Emprego público ( )

Outras (citar) ( )

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7.5) O senhor acha que Corumbataí oferece oportunidade de trabalho aos seus jovens? Sim ( ) Por quê? ____________________ Não ( ) Por quê?____________________

7.6) Se não, o que o senhor acha que poderia ser realizado para melhorar essa situação? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 7.7) O senhor acha que Corumbataí do Sul é um município com diversidade nas atividades

agrícolas? ____________________________________________________________________________ 7.8) O meio rural oferece oportunidade aos seus moradores? Sim ( ) Não ( ) 7.9) Se não, o que o senhor sugere para ser realizado no meio rural para melhor o mesmo: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 7.10) O senhor conhece alguém que desenvolve alguma atividade que não é da roça no meio

rural e tem se saído bem? Sim ( ) Não ( ) Pode citar exemplo(s):__________________________________________________________ 7.11) Que produtos os moradores do meio rural poderiam produzir para vender aos visitantes (turistas) do município? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 7.12) O senhor se considera um bom profissional da agricultura? Sim ( ) Não ( ) Por quê?_____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 7.13) O senhor incentiva seus filhos a ficarem na roça e ser agricultor como o senhor? Sim ( ) Não ( ) Por quê? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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OBSERVAÇÕES

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

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____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

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121

APÊNDICE E � PROGRAMAS EM LEGAL UTILIZADOS NO PROJETO

a) Aptidão do uso das terras

{

//Definindo as variáveis e suas categorias

Tematico solo("SOLOS"), decl("DECLIVIDADE1"), apti("Aptidao");

//Recuperando planos

decl=Recupere (Nome = "fatiamento");

solo=Recupere (Nome = "SOLOS");

//Criando novo plano

apti=Novo(Nome="aptidao", ResX=500, ResY=500, Escala=100000);

//Definindo as relações entre classes

apti = Atribua (CategoriaFim = "Aptidao")

{

"otima": (solo.Classe == "RLe" && decl.Classe == "0-3"),

"boa": (solo.Classe == "RLe" && decl.Classe == "3-8"),

"media": (solo.Classe == "RLe" && decl.Classe == "8-13"),

"baixa": (solo.Classe == "RLe" && decl.Classe == "13-20"),

"muitobaixa": (solo.Classe == "RLe" && decl.Classe == "45-100")

};

}

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122

b) Adequação do uso das terras

{

//Definindo as variáveis e suas categorias

Tematico vegetacao("VEGETAÇÃO2"), decl("DECLIVIDADE1"),

vegetlegal("VEGETAÇÃOLEGAL1");

//Recuperando planos

decl=Recupere (Nome = "fatiamento");

vegetacao=Recupere (Nome = "TESTE2-T");

//Criando novo plano

vegetlegal=Novo(Nome="areas legais", ResX=30, ResY=30, Escala=100000);

//Definindo as relações entre classes

vegetlegal = Atribua (CategoriaFim = "VEGETAÇÃOLEGAL1")

{

"adequadas": (vegetacao.Classe == "MATA" && decl.Classe == "0-3"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "MATA" && decl.Classe == "3-8"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "MATA" && decl.Classe == "8-13"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "MATA" && decl.Classe == "13-20"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "MATA" && decl.Classe == "20-45"),

"adequadas":

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123

(vegetacao.Classe == "MATA" && decl.Classe == "45-100"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "CAFÉ" && decl.Classe ==

"0-3"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "CAFÉ" && decl.Classe ==

"3-8"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "CAFÉ" && decl.Classe

== "8-13"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "CAFÉ" && decl.Classe

== "13-20"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "CAFÉ" && decl.Classe

== "20-45"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "CAFÉ" && decl.Classe

== "45-100"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "CULTURAS" && decl.Classe == "0-3"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "CULTURAS" && decl.Classe == "3-8"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "CULTURAS" && decl.Classe == "8-13"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "CULTURAS" && decl.Classe == "13-20"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "CULTURAS" && decl.Classe == "20-45"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "CULTURAS" && decl.Classe == "45-100"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "PASTAGENS" && decl.Classe == "0-3"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "PASTAGENS" && decl.Classe == "3-8"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "PASTAGENS" && decl.Classe == "8-13"),

"adequadas": (vegetacao.Classe == "PASTAGENS" && decl.Classe == "13-20"),

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124

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "PASTAGENS" && decl.Classe == "20-45"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "PASTAGENS" && decl.Classe == "45-100"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "SOLONU" && decl.Classe == "0-3"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "SOLONU" && decl.Classe == "3-8"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "SOLONU" && decl.Classe == "8-13"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "SOLONU" && decl.Classe == "13-20"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "SOLONU" && decl.Classe == "20-45"),

"inadequadas": (vegetacao.Classe == "SOLONU" && decl.Classe == "45-100")

};

}

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