TarefaI Escolas de Interpretação
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FACULDADE LUTERANA DE TEOLOGIA - FLTBACHARELADO EM TEOLOGIA
TURMA: INT01 DISCIPLINA: EXEGESE N.T. IIIPRO: VITOR HUGO SCHELL
ALUNO: EZEQUIEL SCHLICKMANN
PESQUISA SOBRE AS PRINIPAIS CORRENTES DE INTERPRETAÇÃO DO LIVRO DE APOCALIPSE: HISTÓRICA, SIMBÓLICA, PRETERISTA,
FUTURISTA.
INTRODUÇÃO
O Livro do Apocalipse é um livro de muita dificuldade de
interpretação, e esta opinião vem sendo discutida ao longo dos séculos.
Este livro vem sendo atraído por muitos estudiosos de todas es escolas de
pensamentos, pessoas leigas, alunos e professores de teologia. Na busca
de encontrar um caminho mais correto para sua fiel interpretação, surgiram
no decorrer tempo vários escolas e correntes de interpretação.
Analisaremos apenas as quatros escolas mais citadas em diversos cursos
de teologia.
CORRENTE HISTÓRICA
A corrente Historicista é uma das correntes onde suas ideias e
interpretações são mais aplicadas, com exceção da futurista. Esse método
compreende o livro de Apocalipse como apresentando eventos particulares da
história do mundo que se relacionam com o bem-estar da Igreja desde o primeiro
século até os tempos modernos.
Conforme cita Moody em seu livro Comentário de Apocalipse:
A maior das obras baseadas nesta teoria é o estudo em quatro volumes feito por Elliott (E.B. Elliott, Horae Apocalypticae), que pode ser considerada como uma ilustração deste esquema. Ele diz que os juízos das trombetas cobrem o período de 395 a 1453, que a primeira trombeta se refere à invasão dos godos, a terceira dos hunos sob o comando de Átila, a quinta das hordas maometanas que se derramaram pelo Ocidente no sexto e sétimo século, etc. Temos outra ilustração na famosa obra de Mede que diz que o sexto selo prediz a derrocada do paganismo sob Constantino, que a segunda taça se refere a Lutero, que a terceira se relaciona com os acontecimentos do reinado da Rainha Elizabeth I, etc. Muitos daqueles que pertencem a esta escola insistem que o terremoto mencionado em 11:19 refere-se à Revolução Francesa; outros encontram Napoleão Bonaparte no livro do Apocalipse, etc., etc. (MOODYI, 2010, p.18).
Ainda conforme cita Moody em seu livro, essa corrente de interpretação
não nos oferece nenhum princípio ou critério fundamental pelo qual sejamos
capazes de determinar quais são exatamente os acontecimentos históricos
mencionados em determinada passagem. A falta desses critérios tem levado os
defensores e estudiosos dessa corrente a se contradizerem e fazerem confusões
entre sim mesmos.
Essa corrente de interpretação do livro de Apocalipse se desdobra ainda de
duas maneiras: método "histórico contínuo" ou pelo "histórico sincrônico".
A histórico-contínua mantém o Apocalipse como tratado profético da
história da igreja, desde a época de João até a consumação. Tem como
argumento para tal afirmação na base da menção de dois términos: o dia em que
o autor viveu e o dia do fim. Esta visão se tornou a visão típica protestante, no fato
de que ela fez o Apocalipse profetizar em detalhes a apostasia da Igreja Romana.
A interpretação da série de sete igrejas, sete selos, sete trombetas e sete taças
por este método ocorre nos eventos específicos na história do mundo. Levam
muito a sério o cronologia do livro, achando profecias específicas acerca dos
eventos nos seus próprios dias, cada geração declarou confiantemente que o fim
do mundo está próximo, às portas.
A gora no que se refere a aproximação histórico-sincrônica, foi denominado
a "teoria da recapitulação", de Vitorino, do quarto século. Ela ensina que as séries
de sete são paralelas, de João até o fim dos tempos. Porém existe um problema
neste método, é que em se tratando os eventos da história passada com os
tempos modernos, foi pouco explicado ou estabelecido. E mais um problema, esse
método se vale da teoria da profecia de "ano dia”, que significa que um dia na
profecia é sempre um ano. A "besta" que deve ter poder por "quarenta e dois
meses", na realidade, tê-lo-á por 1.260 anos. Esta teoria nunca foi totalmente
estabelecida.
Uma linha de interpretação historicista que se tornou muito comum é a que
identifica, na besta, o papado e, no falso profeta, a Igreja Romana. Por muito
tempo o método historicista foi o predominante no meio protestante.
CORRENTE SIMBÓLICA
Conhecida também como corrente espiritualista a corrente simbólica ensina
que no Apocalipse tudo é simbólico.
Desde muito tempo, da época de Santo Agostinho, muitos mestres da Bíblia
ensinaram que o Apocalipse tinha propósito e princípios espirituais, sem nenhuma
intenção escatológica nele.
Não há nada de histórico, nem profético, representa apenas o conflito entre
o bem e o mal. Considera na realidade o conteúdo do livro em sentido figurado.
Negam que as profecias do livro sejam proféticas exceto no triunfo do bem
quanto Jesus voltar.
A origem da corrente espiritualista, simbólica ou até mesma chamada de
idealista remonta a hermenêutica defendida pelos pais da igreja de Alexandria em
especial o Clemente e Orígenes, a hermenêutica alegórica ou simbólica.
Não faz ainda restrição dos conteúdos do livro a uma determinada data ou
época da história da humanidade em particular. Para a corrente simbólica, os
cristãos atuais deveriam adotar essa ideia, pois acham eles que tem fundo
firmamento hermenêutico. O foco principal é que o livro apresenta preceitos
espirituais por meio de símbolos, ao invés de um livro de profecia cumprido em
eventos específicos o pessoas na história humana.
CORRENTE PRETERISTA
Essa corrente de interpretação procura estudar o livro de Apocalipse se
valendo do passado. Significa compreender que todo o livro de Apocalipse já se
cumpriu nos dias do Império Romano.
A base de sustentação de quem se utiliza desse método interpretativo é
que o Apocalipse é um retrato das condições do Império na última parte do
primeiro século.
Para esse método se existe alguma profecia, todas já foram cumpridas há
muito tempo atrás. O sofrimento da igreja e sua crise ocorreram no primeiro
século.
A primeira utilização sistemática deste método interpretativo não foi aceito
pelos reformadores, pois eles usavam o Apocalipse para identificar o Papa com o
anticristo. Alguns que se atem a esta posição concebem um juízo final e um
estado aperfeiçoado a ocorrerem no fim. O problema básico deste método é que
foi a "Roma cristã" que caiu nas mãos dos godos em 476 d.C.
CORRENTE FUTURISTA
Essa corrente de interpretação procura estudar o livro de Apocalipse
aplicando para o futuro os seus acontecimentos. Para um tempo imediatamente
anterior e seguinte ao segundo advento.
Este método é o oposto das ideias preteristas. Teve seu início com Ribeira
(1585), numa polêmica contra ataques dos protestantes pela Roma papal (a
Reforma Protestante era a 'besta'!).
A corrente futurista se utiliza de uma visão totalmente escatológica. Um livro
de profecias, em especial a partir do (4:1), e tanto quanto possível deve ser
interpretado literalmente.
A corrente futurista se desdobra em duas variações. Uma é denominada
"Dispensacionalismo", e a outra simplesmente nega esta. A teoria
dispensacionalista originou-se com John N. Darby, o fundador dos "Plymouth
Brethren", e foi sistematizada e popularizada pela Schofleld Bible.
Estes escritores afirmam que Jesus veio a primeira vez para estabelecer o
seu Reino, porém os judeus (seu povo) o rejeitaram, com isso ocorreu o
estabelecimento da igreja com um parêntese na história, até o momento em que
Ele retornará para estabelecer de uma vez por toda o seu Reino na terra.
A corrente futurista chama o tempo presente de dispensação da graça. Eles
costumam dividir a história da humanidade em sete dispensações A "a
dispensação da graça" é a quarta dispensação, e o reino milenar será a quinta,
seguida pela renovação da terra, como a sexta, que então abrirá o caminho para a
sétima: a eternidade.
A igreja é então um tempo no plano de Deus para um ajuste, depois ela
será arrebatada e será revelada, sete anos mais tarde, no início do milênio.
Para os não-dispensacionalista (e até mesmo alguns dispensacionalista) a
igreja passará através da "grande tribulação". Este grupo também considera o
Israel apocalíptico como literal e, desta forma, insiste em uma restauração literal
do reinado de Israel.
CONCLUSÃO
O livro do Apocalipse é repleto de símbolos e passagens e temas do
Antigo Testamento. Portanto isso acredito é a causa de no decorrer dos
séculos terem surgido tantas maneiras de lê-lo e interpretá-lo. Porem
acredito que o livro revelará seu verdadeiro significado somente as pessoas
que realmente se dedicarem com oração e com um estudo preciso e
prolongado da Palavra de Deus por completo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HARRISON, Charles F. Pfeiffer, Comentário Bíblico Moody - volume 1 e 2