TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

169
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA INPA DIVISÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA DIENT TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS LAGOS DA SAVANA DE RORAIMA, BRASIL Larissa Oliveira de Santana Manaus, AM Março, 2017

Transcript of TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

Page 1: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA

DIVISÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA – DIENT

TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS

LAGOS DA SAVANA DE RORAIMA, BRASIL

Larissa Oliveira de Santana

Manaus, AM

Março, 2017

Page 2: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

LARISSA OLIVEIRA DE SANTANA

TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DE

LAGOS DA SAVANA DE RORAIMA, BRASIL

Orientadora: Dra. Ana Maria Oliveira Pes

Coorientador: Dr. Cesar João Benetti

Dissertação entregue ao Conselho da

Divisão do curso de Pós-Graduação em

Entomologia, como parte dos requisitos

para obtenção do título de Mestre em

Ciências Biológicas, área de

concentração em Entomologia.

Manaus, Amazonas

Março, 2017

Page 3: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

i

RELAÇÃO DA BANCA JUGADORA

Larissa Oliveira de Santana

“Taxonomia de Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) de lagos da savana de Roraima, Brasil”

Dissertação aprovada como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em

Ciências Biológicas, área de concentração em Entomologia

_________________________________________________________

Dr. Galileu Petronilo da Silva Dantas

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

_________________________________________________________

Dr. Alexandre Somavilla

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

_________________________________________________________

Dra. Valéria Araújo Braule Pinto

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Page 4: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

ii

FICHA CATALOGRÁFICA

S231 Santana, Larissa Oliveira de

Taxonomia de Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) de lagos da savana de Roraima,

Brasil /Larissa Oliveira de Santana . --- Manaus: [s.n.], 2017.

147 f.: il.

Dissertação (Mestrado) --- INPA, Manaus, 2017.

Orientador: Ana Maria Oliveira Pes

Coorientador: Cesar João Benetti

Área de concentração: Entomologia

1. Besouros aquáticos . 2. Estudo taxonômico . 3. Biodiversidade . I. Título.

CDD 595.76

Sinopse:

Foram estudadas as espécies de Hydrophilidae dos lagos da savana de Roraima. Foram

registradas 35 espécies, distribuídas em cinco subfamílias, cinco tribos e dez gêneros.

Diagnoses, descrição de espécies novas, chave de identificação, registros e mapas com

registros geográficos também são fornecidos.

Palavras-chave: Coleópteros aquáticos, Estudo taxonômico, Biodiversidade,

Amazônia, Espécies novas.

Page 5: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

iii

Dedico a meus pais, Edna e Antônio,

por todo o apoio, incentivo e amor inesgotável.

Page 6: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

iv

AGRADECIMENTOS

À Dra. Ana Maria Oliveira Pes por me proporcionar todos os meios para a realização

deste trabalho, pela confiança, paciência, ensinamentos e por me acalmar em todos os

momentos de desespero. Obrigada por me aceitar como sua “fia” e por todo carinho e

preocupação.

Ao meu coorientador Dr. Cesar João Benetti, por me mostrar um pouco do

maravilhoso mundo dos coleópteros aquáticos, por toda dedicação e paciência. Obrigada pela

valiosa contribuição neste trabalho e pelos ensinamentos tão importantes para o meu futuro

acadêmico.

Agradeço a Dra. Neusa Hamada por todo apoio fornecido, principalmente, pelas

coletas, equipamentos e pela maravilhosa infraestrutura do laboratório, sem dúvidas,

essenciais para que esse trabalho fosse concretizado.

Agradeço à Bruno Clarkson Mattos por me presentear com uma enorme bibliografia

de Hydrophilidae que sem dúvida foram de extrema importância para este trabalho e para os

próximos que virão.

Ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e ao Programa de Pós-

Graduação em Entomologia pela oportunidade de realização desse trabalho. Ao projeto

“Taxonomia e Biologia de Dytiscidae (Coleoptera: Adephaga) na Amazônia Central”,

financiado pelo CNPq/FAPEAM e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de mestrado.

Agradeço a todos do laboratório de Citotaxonomia e Insetos Aquáticos (INPA), em

especial, à Karina Dias e Jeferson Silva, pelas coletas realizadas, pelas brincadeiras e

companhia no dia-a-dia. Aos meus irmãozinhos Patrik Barcelos e Gleison Desidério pela

amizade, apoio e muitas dúvidas tiradas. À querida Daniara Colpani por compartilhar um

pouco do seu conhecimento comigo, pela amizade e ajuda em todos os momentos de

dificuldades.

Aos amigos da turma de 2015 do curso de Entomologia (INPA), em especial as

“bichas”: Cris Utta, Dayana Andrade, Jéssica Luna, Talitha Ferreira, Marta Custódio, Thaís

Melo e Luana Barros, pelos ótimos momentos (e péssimos) compartilhados, pela “hora do

lanche” sagrada e por tornarem a rotina tão descontraída. Agradeço também aos “bichos”

Page 7: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

v

Thiago Bueno, Ângelo Rêgo e Mateus Soares pela companhia diária, sem esquecer do Walter

Botelho que me faz tanta falta.

Agradeço a todos do Laboratório de Sistemática e Ecologia de Coleoptera (INPA)

pelas boas conversas e trocas de conhecimentos, em especial a Valéria Braule que divide

comigo o amor pelos “besouros pitititicos” e ao querido Marcus Bevilaqua por ter me

apresentado o INPA e me ajudar desde o começo, por todo apoio, compreensão, amizade e

carinho.

Agradeço aos meus pais, Edna e Antônio por todo amor que sempre me deram, pelos

ensinamentos, incentivo e apoio em todos os momentos de dificuldade e saudade. A minha

irmãzinha, Leilane, que tanto amo e que sinto tanta falta. Aos meus “brothers” Weldson e

César por todas as mensagens carinhosas (ou não) que me fazem tão bem. À minha família

manauara Ana Afra e Wadnol por me acolherem com tanto amor e carinho. Às minhas tias

Eneida, Helena, Heloísa, Elisabeth e a vovó Afra por tudo que já fizeram por mim.

À Deus por tornar tudo possível.

Page 8: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

vi

Cada sonho que você deixa para trás

é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.

Steve Jobs

Page 9: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

vii

RESUMO

Os besouros aquáticos constituem o principal grupo de artrópodes de água doce, tanto pelo

número de espécies, como por sua importância, participando das cadeias e redes tróficas

aquáticas. Uma das famílias mais abundantes e ricas de coleópteros aquáticos é

Hydrophilidae, com aproximadamente 2.840 espécies descritas, distribuídas em 174 gêneros e

5 subfamílias, distribuidas mundialmente. Apesar da grande diversidade e riqueza do grupo,

seu conhecimento ainda é bastante restrito, principalmente pela carência de especialistas e

disponibilidade de ferramentas que visem a identificação das espécies. O presente estudo teve

como objetivo caracterizar os gêneros de Hydrophilidae encontrados na área de estudo,

descrever as novas espécies, redescrever espécies que apresentam descrição sucinta, elaborar

chave de identificação para os gêneros e as espécies e fornecer informações sobre a

distribuição geográfica das espécies. As coletas dos exemplares foram realizadas nos meses

de junho e agosto de 2015 em 26 lagos da savana de Roraima. Foram coletados 1863

exemplares adultos, pertencentes a cinco subfamílias, cinco tribos, dez gêneros e 35 espécies,

das quais sete são novas para a ciência: Berosus apiciflatus sp. nov.; Berosus atratus sp. nov.;

Berosus cordatus sp. nov.; Berosus aurifer sp. nov.; Berosus clarksoni sp. nov.; Crenitulus

savana sp. nov. e Derallus roraimenses sp. nov. Das espécies encontradas no presente estudo

nove são registradas pela primeira vez para o Brasil (Berosus castaneus Oliva & Short, 2012;

Berosus llanensis Oliva & Short, 2012; Berosus megaphallus Oliva & Short, 2012; Berosus

olivae Queney, 2006; Berosus repertus Oliva & Short, 2012; Paracymus sedatus Wooldridge,

1973; Hydrophilus simulator Bedel, 1891; Tropisternus apicipalpis Fabricius, 1775;

Tropisternus laevis Sturm, 1826) e todas as espécies são primeiro registro para estado de

Roraima. É fornecida chave de identificação dicotômica para os gêneros e espécies registradas

para a área de estudo, baseadas tanto em caracteres morfológicos externos como nas

características da genitália masculina. Foram incluídos diagnoses e comentários, além de

mapas com registros geográficos para cada espécie.

Page 10: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

viii

ABSTRACT

Water beetles are the main group of freshwater arthropods, both, by the number of species as

by its importance, since they participate in the aquatic chains and food webs. One of the most

abundant and rich families of aquatic Coleoptera is Hydrophilidae, with approximately 2,840

described species distributed in 174 genera and 5 subfamilies, distributed worldwide. Despite

the great diversity and richness of the group, their knowledge is still limited, mainly due to the

lack of specialists and the availability of tools that aim at the identification of the species. The

present study aimed to characterize the genera of Hydrophilidae found in the study area, to

describe the new species, to redescribe species with description short and brief, to make

identification key for genera and species and to provide information on the geographic

distribution of the species. The samples were performed in June and August of 2015 in 26

lakes of the Roraima savanna. It were collected 1863 adults belongs to five subfamilies, five

tribes, ten genera and 35 species, of which seven are new to science: Berosus apiciflatus sp.

nov.; Berosus atratus sp. nov.; Berosus cordatus sp. nov.; Berosus aurifer sp. nov.; Berosus

clarksoni sp. nov.; Crenitulus savanna sp. nov. and Derallus roraimenses sp. nov. Of the

species found in the present study nine are new records for Brazil (Berosus castaneus Oliva &

Short, 2012; Berosus llanensis Oliva & Short, 2012; Berosus megaphallus Oliva & Short,

2012; Berosus olivae Queney, 2006; Berosus repertus Oliva & Short, 2012; Paracymus

sedatus Wooldridge, 1973; Hydrophilus simulator Bedel, 1891; Tropisternus apicipalpis

Fabricius, 1775; Tropisternus laevis Sturm, 1826) and all species are new records for Roraima

State. An identification key is provided for the genera and species registered for the study

area, based on both, external morphological characters and on characteristics of the male

genitalia. In addition, diagnoses and comments were included, as well as maps with

geographical records for each species.

Page 11: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

ix

SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................... VII

ABSTRACT ........................................................................................................................ VIII

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ XI

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

1.1. Coleoptera ....................................................................................................................... 1

1.2. Hydrophilidae ................................................................................................................. 2

2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 4

2.1. Objetivo geral .................................................................................................................. 4

2.2. Objetivos específicos ....................................................................................................... 4

3. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 4

3.1. Área de estudo ................................................................................................................. 4

3.2. Coleta dos espécimes ....................................................................................................... 6

3.3. Identificação e descrição das espécies ............................................................................. 7

3.4. Elaboração de chaves de identificação .......................................................................... 10

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 11

4.1. Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) dos lagos da savana de Roraima, Brasil .............. 11

4.2. Chaves para Identificação dos gêneros e espécies de Hydrophilidae dos lagos da savana

de Roraima, Brasil ................................................................................................................ 12

4.3 Gêneros e espécies de Hydrophilidae dos lagos da savana de Roraima, Brasil ............. 17

HYDROPHILINAE Latreille, 1802 ..................................................................................... 17

Berosini Mulsant, 1844 ......................................................................................................... 17

Berosus Leach, 1817 ............................................................................................................. 17

Berosus ambogynus Mouchamps, 1963 ............................................................................ 20

Berosus brevibasis Oliva, 1989 ......................................................................................... 23

Berosus castaneus Oliva & Short, 2012 ........................................................................... 26

Berosus consobrinus Knisch, 1921 ................................................................................... 29

Berosus freyi Mouchamps, 1960 ....................................................................................... 32

Berosus insignis Knisch, 1921 .......................................................................................... 34

Berosus llanensis Oliva & Short, 2012 ............................................................................. 37

Berosus marquardti Knisch, 1921 .................................................................................... 40

Berosus megaphallus Oliva & Short, 2012 ....................................................................... 43

Berosus olivae Queney, 2006 ............................................................................................ 46

Berosus patruelis Berg, 1885 ............................................................................................ 49

Berosus rectangulus Mouchamps, 1960 ........................................................................... 52

Berosus repertus Oliva & Short, 2012 .............................................................................. 55

Berosus reticulatus Knisch, 1921...................................................................................... 58

Berosus apiciflatus sp. nov................................................................................................ 61

Berosus atratus sp. nov. .................................................................................................... 65

Berosus aurifer sp. nov. .................................................................................................... 69

Page 12: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

x

Berosus clarksoni sp. nov.................................................................................................. 73

Berosus cordatus sp. nov. ................................................................................................. 77

Derallus Sharp, 1882 ............................................................................................................. 81

Derallus roraimensis sp. nov. ........................................................................................... 81

Laccobiini Bertrand, 1954 .................................................................................................... 85

Paracymus Thomson, 1867 ................................................................................................... 86

Paracymus gracilis Orchymont, 1942 .............................................................................. 86

Paracymus sedatus Wooldridge, 1973 .............................................................................. 89

Hydrophilini Latreille, 1802 ................................................................................................. 91

Hydrobiomorpha Blackburn, 1888 ....................................................................................... 91

Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps, 1959 ......................................................... 92

Hydrophilus Geoffroy, 1762 ................................................................................................. 95

Hydrophilus ensifer Brullé, 1837 ...................................................................................... 95

Hydrophilus simulator Bedel, 1891 .................................................................................. 99

Tropisternus Solier, 1834 .................................................................................................... 102

Tropisternus (Pristoternus) apicipalpis Chevrolat, 1834 ............................................... 102

Tropisternus (Strepitornus) collaris (Fabricius, 1775) ................................................... 107

Tropisternus (Pristoternus) laevis (Sturm, 1826) ........................................................... 110

Tropisternus (Pristoternus) ovalis Castelnau, 1840 ........................................................ 114

CHAETARTHRINAE Bedel, 1881 .................................................................................... 117

Anacaenini Hansen, 1991 ................................................................................................... 117

Crenitulus Winters, 1926 .................................................................................................... 117

Crenitulus savana sp. nov. .............................................................................................. 117

ENOCHRINAE Short & Fikacek, 2013 ............................................................................. 122

Enochrus Thomson, 1859 ................................................................................................... 122

Enochrus (Methydrus) atlantis Orchymont, 1943........................................................... 122

Enochrus (Metlhydrus) melanthus Orchymont, 1943 ..................................................... 124

ACIDOCERINAE Zaitzev, 1908........................................................................................ 126

Chasmogenus Sharp, 1882 .................................................................................................. 126

Chasmogenus sp. ............................................................................................................. 127

SPHAERIDIINAE Latreille, 1802 ..................................................................................... 129

Coelostomatini Heyden, 1891 ............................................................................................. 129

Phaenonotum Sharp, 1882 .................................................................................................. 129

Phaenonotum sp. 1 .......................................................................................................... 129

Phaenonotum sp. 2 .......................................................................................................... 131

5. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 134

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 135

Page 13: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1A – D. Lagos onde foram coletados os espécimes de Hydrophilidae. A. Lago 15; B.

Lago 11; C. Lago 2; D. Lago 18................................................................................................. 6

Figura 2. Mapa com os pontos de coleta dos espécimes de Hydrophilidae no estado de

Roraima. ..................................................................................................................................... 7

Figura 3.A - C. Principais estrururas morfológicas de Hydrophilidae. A. Vista dorsal; B. Vista

ventral; C. Genitália masculina. Abreviações: ael = ápice elitral; ant = antena; apst =

anepisterno; cac = crista acessória; ccx = cavidade coxal; cl = clípeo; co = crista ocular; colant

= colarinho anterior; cx = coxa; dt = dobra transversa; el = élitro; ep = Epipleura; epm =

epímero; esc = escutelo; fcx = fissura coxal; fr = fronte; ga = garra; gul = gula; hipm =

hipomero; lbr = labro; lm = lobo médio; mnt= mento; mst = mesosterno; mtfmr = metafêmur;

mttb = metatíbia; mttn = metasterno; mtts = metatarso; oc = olho composto; pb = peça basal;

pep = pseudoepipleura; phipm = processo hipomeral; plb = palpo labial; pmx = palpo maxilar;

pr = parâmero; prm = pré-mento; prn = pronoto; pst = prosterno; sapl = sutura anapleural; esu

= estria sutural; sfcl = sutura fronto clipeal; sgul = sutura gular; smt = submento; snst =

sutura notosternal; spl = sutura pleural; strv = sutura transversa; urst = urosternito (Adaptado

de Komarek, 2004). .................................................................................................................... 9

Figura 4. Mapa com registro geográfico de Berosus ambogynus Mouchamps nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................... 21

Figura 5.A – H: Berosus ambogynus Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome

em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista

lateral; H. Genitália masculina em vista ventral....................................................................... 22

Figura 6. Mapa com registro geográfico de Berosus brevibasis Oliva nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................... 24

Figura 7A – H: Berosus brevibasis Oliva. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 25

Page 14: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xii

Figura 8. Mapa com registro geográfico de Berosus castaneus Oliva & Short nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................... 27

Figura 9A – H: Berosus castaneus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome

em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista

lateral; H. Genitália masculina em vista ventral....................................................................... 28

Figura 10. Mapa com registro geográfico de Berosus consobrinus Knisch nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................... 30

Figura 11A – H: Berosus consobrinus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 31

Figura 12. Mapa com registro geográfico de Berosus freyi Mouchamps nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................... 32

Figura 13A – H: Berosus freyi Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 33

Figura 14. Mapa com registro geográfico de Berosus insignis Knisch nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................... 35

Figura 15A – H: Berosus insignis Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 36

Figura 16. Mapa com registro geográfico de Berosus llanensis Oliva & Short nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................... 38

Figura 17A – H: Berosus llanensis Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome

Page 15: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xiii

em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista

lateral; H. Genitália masculina em vista ventral....................................................................... 39

Figura 18. Mapa com registro geográfico de Berosus marquardti Knisch nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................... 41

Figura 19A – H: Berosus marquardti Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 42

Figura 20. Mapa com registro geográfico de Berosus megaphallus Oliva & Short nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................... 44

Figura 21A – H: Berosus megaphallus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito

em vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E.

Abdome em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em

vista lateral; H. Genitália masculina em vista ventral. ............................................................. 45

Figura 22. Mapa com registro geográfico de Berosus olivae Queney nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................... 47

Figura 23A – H: Berosus olivae Queney. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 48

Figura 24. Mapa com registro geográfico de Berosus patruelis Berg nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................... 50

Figura 25A – H: Berosus patruelis Berg. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 51

Figura 26. Mapa com registro geográfico de Berosus rectangulus Knisch nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................... 53

Page 16: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xiv

Figura 27A – H: Berosus rectangulus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 54

Figura 28. Mapa com registro geográfico de Berosus repertus Oliva & Short nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................... 56

Figura 29A – H: Berosus repertus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome

em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista

lateral; H. Genitália masculina em vista ventral....................................................................... 57

Figura 30. Mapa com registro geográfico de Berosus reticulatus Knisch nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................... 59

Figura 31A – H: Berosus reticulatus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 60

Figura 32. Mapa com registro geográfico de Berosus apiciflatus sp. nov. nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................... 63

Figura 33A – H: Berosus apiciflatus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 64

Figura 34. Mapa com registro geográfico de Berosus atratus sp. nov. nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................... 67

Figura 35A – H: Berosus atratus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 68

Page 17: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xv

Figura 36. Mapa com registro geográfico de Berosus aurifer sp. nov. nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................... 71

Figura 37A – H: Berosus aurifer sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 72

Figura 38. Mapa com registro geográfico de Berosus clarksoni sp. nov. nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................... 75

Figura 39A – H: Berosus clarksoni sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 76

Figura 40. Mapa com registro geográfico de Berosus cordatus sp. nov. nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................... 79

Figura 41A – H: Berosus cordatus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em

vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 80

Figura 42. Mapa com registro geográfico de Derallus roraimensis sp. nov. nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................... 84

Figura 43A – F: Derallus roraimensis sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Genitália masculina em vista dorsal; E. Genitália

masculina em vista lateral; F. Genitália masculina em vista ventral. ...................................... 85

Figura 44. Mapa com registro geográfico de Paracymus gracilis Orchymont nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................... 87

Figura 45A – C: Paracymus gracilis Orchymont. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral. .................................................................................. 88

Page 18: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xvi

Figura 46A – B: Paracymus gracilis Orchymont. A. Genitália masculina em vista dorsal; B.

Genitália masculina em vista ventral. ....................................................................................... 88

Figura 47. Mapa com registro geográfico de Paracymus sedatus Wooldridge nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................... 90

Figura 48A – C: Paracymus sedatus Wooldridge. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral. .................................................................................. 90

Figura 49A – B: Paracymus sedatus Wooldridge. A. Genitália masculina em vista dorsal; B.

Genitália masculina em vista ventral. ....................................................................................... 91

Figura 50. Mapa com registro geográfico de Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps nos

lagos da savana de Roraima...................................................................................................... 93

Figura 51A – H: Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B.

Hábito em vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral;

E. Área glabra dos urosternitos; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália

masculina em vista lateral; H. Genitália masculina em vista ventral. ...................................... 94

Figura 52. Mapa com registro geográfico de Hydrophilus ensifer Brullé nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................... 97

Figura 53A – H: Hydrophilus ensifer Brullé. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Quarto e quinto

urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;

H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 98

Figura 54. Mapa com registro geográfico de Hydrophilus simulator Bedel nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................. 100

Figura 55A – H: Hydrophilus simulator Bedel. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Quarto e quinto

urosternito. .............................................................................................................................. 101

Figura 56. Mapa com registro geográfico de Tropisternus apicipalpis Fabricius nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................. 104

Page 19: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xvii

Figura 57A – H: Tropisternus apicipalpis Fabricius. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho

do quinto urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista

lateral; H. Genitália masculina em vista ventral..................................................................... 106

Figura 58. Mapa com registro geográfico de Tropisternus collaris Chevrolat nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................. 108

Figura 59A – H: Tropisternus collaris Chevrolat. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho

do quinto urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista

lateral; H. Genitália masculina em vista ventral..................................................................... 109

Figura 60. Mapa com registro geográfico de Tropisternus laevis Sturm nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................. 111

Figura 61A – H: Tropisternus laevis Sturm. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho do

quinto urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista

lateral; H. Genitália masculina em vista ventral..................................................................... 113

Figura 62. Mapa com registro geográfico de Tropisternus ovalis Castelnau nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................. 115

Figura 63A – H: Tropisternus ovalis Castelnau. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Antena em vista ventral; E. Processo prosternal; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália

masculina em vista ventral. .................................................................................................... 116

Figura 64. Mapa com registro geográfico de Crenitulus savana sp. nov. nos lagos da savana

de Roraima. ............................................................................................................................. 120

Figura 65A – C: Crenitulus savana sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral. ......................................................................................... 121

Figura 66A – B. Crenitulus savana sp. nov. A. Genitália masculina em vista dorsal; B.

Genitália masculina em vista ventral. ..................................................................................... 121

Page 20: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xviii

Figura 67. Mapa com registro geográfico de Enochrus atlantis Orchymont nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................. 123

Figura 68A – C: Enochrus atlantis Orchymont. A. genitália masculina em vista dorsal; B.

genitália masculina em vista lateral; C. genitália masculina em vista ventral. ...................... 124

Figura 69. Mapa com registro geográfico de Enochrus melanthus Orchymont nos lagos da

savana de Roraima. ................................................................................................................. 125

Figura 70A – F: Enochrus melanthus Orchymont. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em

vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Genitália masculina em vista dorsal; E. Genitália

masculina em vista lateral; F. Genitália masculina em vista ventral. .................................... 126

Figura 71. Mapa com registro geográfico de Chasmogenus sp. nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................. 128

Figura 72 A – C: Chasmogenus sp. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral. .......................................................................................................... 129

Figura 73. Mapa com registro geográfico de Phaenonotum sp. 1 nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................. 130

Figura 74A – C: Phaenonotum sp. 1. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália

masculina em vista lateral; C. Genitália masculina em vista ventral. .................................... 131

Figura 75. Mapa com registro geográfico de Phaenonotum sp. 2 nos lagos da savana de

Roraima. ................................................................................................................................. 132

Figura 76A – C. Phaenonotum sp. 2. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral. .......................................................................................................... 133

Page 21: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

xix

PREFÁCIO

Os nomes atribuídos às novas espécies (Berosus apiciflaus sp. nov.; Berosus atratus sp. nov.;

Berosus aurifer sp. nov.; Berosus clarksoni sp. nov.; Berosus cordatus sp. nov.; Derallus

roraimensis sp. nov.; Crenitulus savana sp. nov.) descritas neste trabalho ainda não são

válidos, de acordo com o Capítulo 3, Artigo 8 do Código Internacional de Nomenclatura

Zoológica (1999).

Page 22: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

1

1. INTRODUÇÃO

1.1. Coleoptera

Coleoptera é a ordem mais rica e diversificada da Classe Insecta, com 392.415 espécies

descritas, representando cerca de 40% de todos os insetos (Zhang, 2013). Os adultos dessa

ordem são reconhecidos por possuírem um corpo bastante esclerosado e asas anteriores

modificadas em élitros que protegem as asas posteriores, membranosas (Triplehorn e Johnson,

2011). Estes insetos diferenciam-se amplamente em tamanhos, formas e cores (Casari e Ide,

2012), além de possuírem os mais variados hábitos alimentares (Marinoni, 2001) e estarem

presentes em quase todos os tipos de ambientes terrestres e aquáticos (Triplehorn e Johnson,

2011).

A ordem compreende 211 famílias agrupadas dentro de 4 subordens: Archostemata,

Adephaga, Myxophaga e Polyphaga (Bouchard, 2011). Embora a maioria dos coleópteros seja

terrestre, existem, aproximadamente, 12.600 espécies aquáticas e semiaquáticas, distribuídas

em 30 famílias (Jach e Balke, 2008), sendo 16 registradas para o Brasil (Costa et al., 1988).

Os besouros aquáticos constituem um dos principais grupos de artrópodes de água doce

(White e Roughley, 2008). Eles participam das cadeias e redes tróficas aquáticas, tanto como

predadores, como fitófagos que se alimentam de algas e detritos, fazendo a decomposição da

matéria orgânica (Archangelsky et al., 2009). Por outro lado, são uma importante fonte de

alimento para outros invertebrados, peixes, anfíbios e aves (Benetti e Hamada, 2003). Larvas

e adultos de diferentes espécies são utilizados como bioindicadores de qualidade da água, pois

utilizam o oxigênio dissolvido na água para respiração, não tolerando altos níveis de poluição

(Epler, 2010).

Os coleópteros aquáticos ocupam os mais variados habitats, como rios, riachos, lagos,

banhados, poças, águas subterrâneas, estuários, canais e fitotelmatas, entre outros ambientes

(Benetti e Fiorentin 2003; White e Brigham, 1996), embora sejam mais diversificados em

ambientes lênticos, pequenos e ricos em vegetação (Archangelsky et al., 2009; Segura et al.,

2011). Os adultos da maioria das espécies são aquáticos, mas mantém a capacidade de voo, o

que permite a estes insetos se deslocarem de um ambiente a outro. Em função disso, e por

serem hábeis voadores, podem colonizar ambientes temporários, dispersando-se no caso de

Page 23: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

2

alguma perturbação ambiental ou à procura de parceiros reprodutivos e recursos alimentares

(Epler, 2010).

1.2. Hydrophilidae

Hydrophilidae é uma das famílias mais abundantes e diversas de coleópteros aquáticos,

sendo a maior família de Hydrophiloidea (Short e Fikácek, 2011). Possui, aproximadamente,

2.840 espécies descritas, em 166 gêneros, distribuídas por todo o mundo (Short e Fikácek,

2011). Esta família está dividida em 6 subfamílias: Hydrophilinae (33 gêneros),

Chaetarthriinae (11 gêneros), Enochrinae (5 gêneros), Acidocerinae (14 gêneros),

Rygmodinae (17 gêneros) e Sphaeridiinae (86 gêneros) (Short e Fikácek, 2013). Na região

Neotropical, existem cerca de 600 espécies descritas, distribuídas em 58 gêneros

(Archangelsky et al., 2009), dentre os quais 10 são registrados para a amazônia (Benneti e

Hamada, 2003).

Os hidrofilídeos adultos possuem, geralmente, corpo oval, convexo dorsalmente e

achatado ventralmente (Ferreira-Jr et al., 2014; Archangelsky et al., 2009), variando de 0,5 a

50 mm de comprimento total. Exibem coloração variada, geralmente negra, às vezes com

manchas marrons ou verdes e em alguns casos com tons amarelados ou metálicos (Triplehorn

e Johnson, 2011). As espécies desta família podem ser reconhecidas pelas antenas curtas, de

sete a nove segmentos, com três antenômeros apicais formando uma clava; fórmula tarsal 5-5-

5, 5-4-4 ou 4-5-5; geralmente com cinco esternitos abdominais visíveis (raramente com quatro

ou com seis), sendo o primeiro não dividido pela coxa posterior. As larvas são

campodeiformes com cápsula cefálica bem esclerosada, prognata, subquadrada, raramente

arredondada; labro fusionado com o clípeo; mandíbulas robustas, muitas vezes denteadas;

maxilas com cardo pequeno, estipes alargados e palpo bem desenvolvido; tórax com os três

segmentos bem definidos; pares de espiráculos 1-7 obliterados e o oitavo par amplo e

funcional, se abrindo em uma cavidade muscular entre os tergitos 8-9, denominada átrio

espiracular. As larvas de quase todas as espécies possuem pernas com 4 artículos que

terminam em uma única garra (Anderson, 1976; Archangelsky, 1997; Archangelsky et al.,

2009; Oliva et al, 2002).

A maioria dos hidrofilídeos é aquática, sendo encontrados em águas paradas e rasas de

lagos, lagoas, igapós, riachos e poças temporárias com vegetação em abundância, porém

alguns são semiaquáticos, encontrados em musgos molhados, lama ou na vegetação das

margens dos ambientes aquáticos, enquanto outros são terrestres, como a maioria dos

Page 24: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

3

representantes da subfamília Spharidiinae, vivendo na matéria orgânica em decomposição de

origem animal ou vegetal (Archangelsky, 2004; Short e Fikácek, 2010). As larvas são

predadoras, alimentando-se principalmente de pequenos invertebrados, enquanto os adultos

são detritívoros, alimentando-se, principalmente, de algas e material vegetal ou animal em

decomposição. Adultos de algumas espécies terrestres são predadoras e outros necrófagos

(Anderson, 1976; Casari e Ide, 2012).

Os ovos são postos isolados ou em grupo, cobertos por uma seda, produzida por

glândulas especiais da fêmea. Nas espécies aquáticas, os ovos são deixados na água, flutuando

ou na vegetação submersa, enquanto que nas espécies terrestres são deixados em solo úmido,

geralmente próximo aos habitats dos adultos. Os ovos eclodem em aproximadamente 10 dias,

variando de acordo com a temperatura. As larvas possuem três ínstares, cada um com duração

de 7-10 dias dependendo da disponibilidade de alimento. Ao final do último ínstar larval, as

larvas saem da água e empupam, emergindo na forma adulta em até 20 dias (Smetana, 1988).

Os adultos, quando submersos, obtém oxigênio a partir de um reservatório de ar, situado

numa cavidade entre o élitro e o abdome, onde os espiráculos respiratórios estão localizados.

Para prolongar sua permanência submersos, esse reservatório entra em contato com uma

bolha de ar formada na região ventral dos indivíduos, devido a uma densa pubescência

hidrofóbica. O oxigênio presente na água se funde para a bolha e então para o reservatório,

com o gás carbônico fazendo o caminho oposto. Para renovar o estoque de oxigênio, nadam

até a superfície, em posição obliqua, e quebram a tensão superficial da água com uma das

antenas ou ambas. Com a antena se movendo em direção à porção posterior dos olhos,

também pubescentes, um estreito canal é formado entre as antenas, a bolha ventral de ar e o

reservatório. Ainda na mesma posição, o inseto bombeia o novo ar para as traquéias, através

da contração do abdome. Após determinado período, o ar é readquirido e o inseto volta a

mergulhar (Hrbácek, 1949; Hansen, 1997).

Apesar da grande diversidade e riqueza do grupo, seu conhecimento ainda é bastante

restrito, principalmente pela carência de especialistas e disponibilidade de ferramentas que

auxiliem na identificação das espécies. Na região Neotropical foram descritas cerca de 600

espécies, mas estima-se que esse número aumente, chegando até 700 espécies (Jach e Balke,

2008).

A literatura sobre a família no Brasil é escassa, se restringindo a poucos autores, em

alguns casos que fizeram importantes contribuições para incrementar o conhecimento

taxonômico sobre o grupo. O conhecimento do grupo teve um incremento considerável nos

Page 25: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

4

últimos anos. Dentre os trabalhos recentemente publicados podemos citar artigos contendo

descrições de espécies (Oliveira et al., 2004; Queney, 2006; Clarkson e Ferreira-Jr, 2009;

Queney, 2010; Clarkson e Short, 2012; Albertoni e Fikácek, 2014; Clarkson et al., 2014;

Clarkson e Ferreira-Jr, 2014; Clarkson e Takiya 2017); uma chave de identificação (Ferreira-

Jr et al., 2014), duas dissertações (Santos, 2006; Clarkson, 2011) e uma tese (Clarkson, 2015).

Destes apenas os trabalhos de Ferreira-Jr et al., (2014) e Santos (2006) foram feitos na região

amazônica. Assim, o presente estudo visa contribuir para o conhecimento de Hydrophilidae

na área estudada, visto que os trabalhos realizados no estado de Roraima, especialmente na

região de savana, apenas registram a ocorrência desses insetos em determinada localidade e os

identificam no máximo até o nível de família.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Realizar estudo taxonômico sobre a família Hydrophilidae em lagos da savana do estado de

Roraima.

2.2. Objetivos específicos

- Caracterizar os gêneros de Hydrophilidae amostrados;

- Confeccionar chaves de identificação dicotômica para os gêneros e as espécies de

Hydrophilidae do estado de Roraima.

- Descrever eventuais espécies novas.

- Realizar registros de ocorrência no estado de Roraima e fornecer informações sobre a

distribuição geográfica das espécies.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Área de estudo

Page 26: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

5

Localizada no nordeste do estado de Roraima, a região é conhecida regionalmente como

lavrado (cerrado ou savana). Possui uma extensão de aproximadamente 43,281 mil km² e é

caracterizada por apresentar uma extensa área aberta e plana, com vegetação dominante do

tipo savana, onde predominam gramíneas e ciperáceas, além de árvores esparsas de pequeno

porte (cinco a sete metros em média) e arbustos agrupados ou isolados (Pinheiro et al., 2012 e

Pinheiro, 2007).

O clima da região é tropical úmido sem estação fria (Awi na classificação de Köppen-

Geiger) com duas estações bem definidas, uma chuvosa (de abril a setembro) e uma de

estiagem (de outubro a março). A precipitação média anual está em torno de 1.100 mm

(Barbosa, 1997) e a umidade relativa do ar em torno de 70% (Araújo et al., 2001).

Segundo Simões Filho et al. (1997), a área está marcada pela presença de diversos lagos

ovalados, geralmente de pequenas dimensões (10 a 100 metros de diâmetro) e pouca

profundidade (1,0 a 1,5 metros). Esses lagos foram formados possivelmente por processos

pluviais e do lençol freático e podem ser classificados como sazonais ou perenes. No período

de estiagem alguns lagos sazonais secam, deixando apenas uma depressão exposta no local.

Na época de chuva esses lagos aumentam, podendo chegar a transbordar ou se conectar com

outros lagos, igarapés ou rios (Carvalho e Carvalho, 2012).

Page 27: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

6

Figura 1A – D. Lagos onde foram coletados os espécimes de Hydrophilidae. A. Lago 15; B.

Lago 11; C. Lago 2; D. Lago 18.

3.2. Coleta dos espécimes

As amostragens foram realizadas nos meses de junho e agosto de 2015 em 26 lagos da

savana de Roraima (Figura 1A - D), localizados nos municípios de Boa Vista e Alto Alegre

(Figura 2). Para a coleta dos espécimes foi utilizada rede entomológica aquática (rapiché ou

Rede D), passando-o sobre a vegetação. O material coletado foi acondicionado em potes de

plástico contendo álcool 96%, devidamente identificados e encaminhados para o Laboratório

de Citotaxonomia e Insetos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia para

posterior triagem.

Page 28: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

7

Figura 2. Mapa com os pontos de coleta dos espécimes de Hydrophilidae no estado de Roraima.

3.3. Identificação e descrição das espécies

Após a triagem realizada sob estereomicroscopio, os Hydrophilidae foram separados em

frascos menores para posterior identificação.

Os espécimes foram morfotipados e identificados até espécie ou ao menor nível

taxonômico possível utilizando, principalmente, os trabalhos de Bachmann (1965), Bachmann

(1966), Bachmann (1970), Bachmann (1988), Fernandez (1989), Fernandez (1997),

Fernández (2006), Fernandez e Bachmann (1980), Komarek (2005), Oliva (1981), Oliva

(1983), Oliva (1989), Oliva (1993), Oliva (2010) Oliva e Short (2012), Queney (2010), Sharp

(1983), Short e Torres (2006) Spangler e Short (2008) Wooldridge (1973), bem como artigos

específicos para cada gênero e apoio de especialistas. A classificação para a família e tribos

adotada neste trabalho seguiu a proposta por Short e Fikacek (2013). A terminologia para as

descrições das novas espécies e para as diagnoses das subfamílias, tribos e gêneros segue

Hansen, 1991 e Short e Fikacek, 2013.

Page 29: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

8

Page 30: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

9

Figura 3.A - C. Principais estrururas morfológicas de Hydrophilidae. A. Vista dorsal; B. Vista ventral;

C. Genitália masculina. Abreviações: ael = ápice elitral; ant = antena; apst = anepisterno; cac = crista

acessória; ccx = cavidade coxal; cl = clípeo; co = crista ocular; colant = colarinho anterior; cx = coxa;

dt = dobra transversa; el = élitro; ep = Epipleura; epm = epímero; esc = escutelo; fcx = fissura coxal; fr

= fronte; ga = garra; gul = gula; hipm = hipomero; lbr = labro; lm = lobo médio; mnt= mento; mst =

mesosterno; mtfmr = metafêmur; mttb = metatíbia; mttn = metasterno; mtts = metatarso; oc = olho

composto; pb = peça basal; pep = pseudoepipleura; phipm = processo hipomeral; plb = palpo labial;

pmx = palpo maxilar; pr = parâmero; prm = pré-mento; prn = pronoto; pst = prosterno; sapl = sutura

anapleural; esu = estria sutural; sfcl = sutura fronto clipeal; sgul = sutura gular; smt = submento; snst

= sutura notosternal; spl = sutura pleural; strv = sutura transversa; urst = urosternito (Adaptado de

Komarek, 2004).

Foram elaboradas diagnoses e descrições das espécies novas, com auxílio de literatura e

observação dos exemplares. Cada descrição ou diagnose vai acompanhada de comentários

taxonômicos, registros geográficos com as novas ocorrências, lista de material examinado e

uma prancha com ilustrações.

Os nomes sugeridos para as espécies novas neste trabalho não são válidos para a

ciência enquanto não forem publicados em revista científica (ICNZ, 1999 - capítulo 3, artigo

8) segundo os termos do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. Os novos nomes

Page 31: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

10

científicos foram propostos como prática do aprendizado taxonômico e para facilitar as

discussões entre os táxons.

As principais características observadas para o estudo morfológico dos adultos de

Hydrophilidae foram: tamanho e forma do corpo; número de segmentos das antenas; cor e

escultura da cabeça e pronoto; escultura e padrão de coloração do élitro; estrias pronotais e

elitrais; ângulo pronoto-elitral; carena mediana e lateral do primeiro urosternito; margem

posterior do quinto urosternitos; tíbias posteriores; segundo e terceiro segmentos do tarso em

machos; forma e comprimento da peça basal da genitália masculina; forma e comprimento do

lobo médio; forma e comprimento dos parâmeros; existência de apêndices acessórios (Figura

3A - C).

A genitália masculina foi extraída com auxílio de uma pinça de ponta fina e

microestiletes. O exemplar estudado e as peças extraídas foram conservados juntos, em

microtubos de plástico contendo álcool 80%.

Para cada espécie foram fotografados o habitus em diferentes vistas, a genitália

masculina e, quando necessário, algumas estruturas importantes para sua identificação. As

fotos foram geradas utilizando um estereomicroscópio Leica M165C com uma câmera de foto

Leica DFC 420 acoplada. Para tratamento das fotos e confecção das pranchas foi utilizado o

programa Adobe Photoshop® versão cc2015. Quando não foi possível visualizar as estruturas

por meio de fotografias, foram elaborados desenhos com auxílio de câmera clara, tanto em

estereomicroscópio quanto em microscópio óptico. Em seguida, os desenhos foram

escaneados e vetorizados utilizando o programa Adobe Illustrator® CS6.

3.4. Elaboração de chaves de identificação

Foram elaboradas chaves dicotômicas para identificação dos gêneros e espécies de

Hydrophilidae, a partir do material coletado nos lagos da savana de Roraima e bibliografia

específica. As características descritas nos passos das chaves foram baseadas nas já citadas no

item 3.3. Além disso, outras características importantes para a determinação de cada gênero

foram adicionadas.

3.5. Distribuição geográfica das espécies

Os dados de distribuição geográfica das espécies foram tirados da literatura. Também

foram elaborados mapas com os registros geográficos nos lagos de Roraima para cada uma

das espécies através do software livre Quantum Gis versão 1.5.

Page 32: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

11

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) dos lagos da savana de Roraima, Brasil

Foram examinados neste estudo taxonômico 1863 exemplares adultos de Hydrophilidae,

sendo 948 machos e 915 fêmeas, pertencentes a cinco subfamílias, cinco tribos, dez gêneros e

35 espécies (Tabela 1):

Tabela 1. Táxons de Hydrophilidae (Coleoptera) encontrados nos lagos da savana de Roraima. As

espécies marcadas com * constituem o primeiro registro para o Brasil.

Subfamília Tribo Gênero Espécie

Hydrophilinae

Berosini

Berosus

Berosus ambogynus Mouchamps, 1963

B. brevibasis Oliva, 1989

B. castaneus Oliva & Short, 2012*

B. consobrinus Knisch, 1921

B. freyi Mouchamps, 1960

B. insignis Knisch, 1921

B. llanensis Oliva & Short, 2012*

B. marquardti Knisch, 1921

B. megaphallus Oliva & Short, 2012*

B. olivae Queney, 2006*

B. patruelis Berg, 1885

B. rectangulus Mouchamps, 1960

B. repertus Oliva & Short, 2012*

B. reticulatus Knisch, 1921

B. apiciflatus sp. nov.

B. atratus sp. nov.

B. aurifer sp. nov.

B. clarksoni sp. nov.

B. cordatus sp. nov.

Derallus Derallus roraimensis sp. nov.

Laccobiini

Paracymus

Paracymus gracilis Orchymont, 1942

P. sedatus Wooldridge, 1973*

Hydrobiomorpha Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps,

1959

Hydrophilus ensifer Brullé, 1837

Page 33: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

12

Hydrophilini Hydrophilus H. simulator Bedel, 1891*

Tropisternus

Tropisternus apicipalpis Fabricius, 1775*

T. collaris Chevrolat, 1834

T. laevis Sturm, 1826*

T. ovalis Castelnau, 1840

Chaetarthriinae Anacaenini Crenitulus Crenitulus savana sp. nov.

Enochrinae

Enochrus

Enochrus atlantis Orchymont, 1943

E. melanthus Orchymont, 1943

Acidocerinae Chasmogenus Chasmogenus sp.

Sphaeridiinae Coelostomatini Phaenonotum Phaenonotum sp. 1

P. sp. 2

4.2. Chaves para Identificação dos gêneros e espécies de Hydrophilidae dos lagos da

savana de Roraima, Brasil

1. Labro aparente e bem esclerosado, mais escuro que o clípeo. Palpos labiais bem

desenvolvidos, sem cerdas no 2º palpômero; 3º palpômero assimétrico .................................... 3

1’. Labro retraído e pouco esclerosado, mais claro que o clípeo. Palpos labiais frequentemente

pequenos, com cerdas no segundo palpômero; terceiro palpômero simétrico .............................

........................................................................ (Sphaeridiinae, Coelostomatini, Phaenonotum) 2

2. 2,1 mm de comprimento; pronoto uniformemente marrom escuro .......... Phaenonotum sp. 1

2’. 1,5 mm de comprimento; margens do pronoto marrom claro (Fig. 76A) ...............................

....................................................................................................................... Phaenonotum sp. 2

3. Palpo maxilar com segundo palpômero simétrico, reto ou curvado internamente, em vista

dorsal (Fig.55A) ......................................................................................................................... 5

3’. Palpo maxilar com segundo palpômero assimétrico, curvado externamente, em vista dorsal

(Fig. 70A) ............................................................................................ (Enochrinae, Enochrus) 4

4. Palpos maxilares uniformemente amarelados. Último urosternito visível sem reentrância

apical ................................................................................................................. Enochrus atlantis

4’. Palpos maxilares em sua maior parte castanho claro, com zonas mais escuras na base do

segundo palpómero e na extremidade do último (Fig. 70A). Último urosternito visível com

reentrância apical profunda (Fig. 70C) ....................................................... Enochrus melanthus

Page 34: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

13

5. Pseudoepipleura tão grande quanto a epipleura na parte anterior, se pseudoepipleura

estreita, separada da epipleura por uma borda. Quinto urosternito com reentrância apical ....... 6

5’. Pseudoepipleura estreita, não separada pela borda da epipleura. Quinto urosternito sem

reentrância apical ..........................................................................................................................

....................................... (Chaetarthriinae, Anacaenini, Crenitulus) Crenitulus savana sp. nov.

6. Mento com profunda escavação na região anterior (Fig. 72C) ................................................

.......................................................................... Acidocerinae, Chasmogenus, Chasmogenus sp.

6’. Mento sem escavação na região anterior (Fig. 57C) .................................. (Hydrophilinae) 7

7. Tíbias médias e posteriores com fileiras de cerdas natatórias (Fig. 9B) Escutelo muito mais

largo que longo (Fig 5A). Prosterno pouco desenvolvido, muito curto. Forma muito convexa ..

................................................................................................................................... (Berosini) 8

7’. Tíbias médias e posteriores sem fileiras de cerdas natatórias (Fig. 48B); se presentes, o

escutelo é quase tão largo quanto longo e o prosterno está bem desenvolvido. Forma desde

moderadamente convexa a plana .............................................................................................. 27

8. Corpo muito convexo, comprimido lateralmente. Dorso preto, brilhante. Élitros com calos

humerais não proeminentes. Metasterno com uma carena. Tíbias anteriores dilatadas no ápice

(Figs. 43A-C) .............................................................. (Derallus) Derallus roraimensis sp. nov.

8’. Corpo moderadamente convexo, não comprimido lateralmente. Superfície dorsal

raramente negra; Élitros com calos humerais proeminentes. Metasterno com uma escavação.

Tíbias anteriores quase lineares, não dilatadas no ápice (Figs. 7A) ..........................(Berosus) 9

9. Ápice elitral com projeções ou recortes (Fig. 5A)................................................................ 10

9’. Ápice elitral sem projeções ou recortes (Fig. 9A) ............................................................... 14

10. Sem manchas no pronoto (Fig. 5A) .................................................................................... 11

10’. Com manchas no pronoto (Fig. 29A) ................................................................................ 12

11. Ápice elitral recortado em semicírculo e ângulo sutural longo e afinado (Fig. 5A). Peça

basal da genitália masculina de comprimento um pouco menor que a metade do comprimento

total (Fig. 5F-H) ..................................................................................................... B. ambogynus

11’. Ápice elitral recortado em semicírculo e ângulo sutural sem prolongação (Fig. 7A). Peça

basal da genitália masculina muito curta, cerca de 1/4 do comprimento total (Fig. 7F-H) ..........

................................................................................................................................. B. brevibasis

12. Cabeça preta (Fig. 31A). Parâmeros sem apêndices membranosos internos, com uma

fileira de cerdas subapicais (31F-H) ......................................................................................... 13

Page 35: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

14

12’. Cabeça amarela com manchas pretas (Fig. 21A). Parâmeros com apêndices membranosos

internos, com um tufo de cerdas (Fig. 21F-H) .................................................... B. megaphallus

13. Quinto urosternito com margem laterais serrilhadas e com reentrância apical contendo

duas projeções na região medial (Fig. 31E) ............................................................B. reticulatus

13’. Quinto urosternito com margens laterais lisas e com reentrância apical rasa e lisa, sem

projeções na região medial (Fig. 25E) ....................................................................... B. patruelis

14. Primeiro urosternito com carena mediana (Fig. 17E)......................................................... 15

14’. Primeiro urosternito sem carena mediana (Fig. 9E) .......................................................... 21

15. Processo mesosternal laminar (Fig. 17D) .......................................................................... 16

15’. Processo mesosternal com dente escavado (Fig. 13D) ..................................................... 18

16. Cabeça marrom amarela com região posterior da fronte escurecida. (Fig. 17A) Quinto

urosternito com reentrância apical contendo uma pequena elevação medial. (Fig. 17E) Lobo

médio de mesmo comprimento que os parâmeros (41A) ......................................................... 17

16’. Cabeça preta (Fig. 33A). Quinto urosternito com reentrância apical contendo duas

projeções mediais (Fig. 33E). Lobo médio um pouco maior que os parâmeros (33F-H) ............

................................................................................................................... B. apiciflatus sp. nov.

17. Margens posteriores dos urosternitos lisas (Fig. 17E). Porção distal da pubescência

femoral oblíqua (Fig. 17C). Mancha enegrecida na região lateral do élitro (Fig. 17A)B. llanensis

17’. Margens posteriores dos urosternitos serrilhadas (Fig. 41E). Porção distal da pubescência

femoral reta (Fig. 41C). Sem mancha enegrecida na região lateral do élitro (Fig. 41A) .............

..................................................................................................................... B. clarksoni sp. nov.

18. Dorso marrom com manchas pretas. Pontuações elitrais arredondadas (Fig. 19A) ........... 19

18’. Dorso completamente preto. Pontuações elitrais subquadrangulares (Fig. 27A) .................

.............................................................................................................................. B. rectangulus

19. Pernas totalmente amareladas (Fig.19C). Região lateral do pronoto sem manchas (15A) ....

.................................................................................................................................................. 20

19’. Pernas amareladas com parte pubescente do fêmur marrom escura (Fig. 13C). Região

lateral do pronoto com uma mancha preta (Fig. 13A) ...................................................... B. freyi

20. Cabeça preta (Fig.15A). Pubescência femoral com porção distal reta (Fig. 15) ....................

..................................................................................................................................... B. insignis

20’. Cabeça marrom (3Fig. 19A). Pubescência femoral com porção distal oblíqua (Fig. 19C) ..

............................................................................................................................... B. marquardti

Page 36: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

15

21. Quinto urosternito com reentrância apical contendo duas projeções na região mediana

(Fig. 35E) .................................................................................................................................. 22

21’. Quinto urosternito com reentrância apical contendo uma pequena elevação na região

mediana (23E)........................................................................................................................... 26

22. Dorso marrom com manchas pretas (Fig. 37A). Margens laterais dos urosternitos lisas ou

serrilhadas (37E) ....................................................................................................................... 23

22’. Dorso completamente preto (Fig. 35A). Margens laterais dos urosternitos serrilhadas

(Fig. 35E) ........................................................................................................ B. atratus sp. nov.

23. Cabeça amarela com manchas pretas (Fig. 9A) ................................................................. 24

23’. Cabeça preta (Fig. 29A) .................................................................................................... 25

24. Região mediana da fronte com mancha preta de formato trapezoidal (Fig. 9A). Peça basal

da genitália masculina com comprimento cerca de 3/4 do comprimento total (Fig. 9F- H) ........

.................................................................................................................................. B. castaneus

24’. Região mediana da fronte com uma mancha em forma de “V” (Fig. 37A). Peça basal da

genitália masculina cerca de 1/3 do comprimento total (Fig. 37F – H) ......................................

...................................................................................................................... B. cordatus sp. nov.

25. Pronoto com pontuações de menor diâmetro que as pontuações do élitro. Porção lateral do

pronoto sem manchas (Fig. 29A) ............................................................................... B. repertus

25’. Pronoto com pontuações de mesmo diâmetro que as pontuações do élitro. Porção lateral

do pronoto com mancha preta (Fig. 11A)............................................................. B. consobrinus

26. Pronoto com duas manchas na região mediana (Fig. 23A). Peça basal de comprimento um

pouco maior que a metade do comprimento total (Fig. 23F-H) ..................................... B. olivae

26’. Pronoto sem manchas (Fig. 39A). Peça basal com comprimento de 2/3 do comprimento

total (Fig. 39F-H) .............................................................................................B. aurifer sp. nov.

27. Prosterno com uma carena elevada com um par de espinhos na região anterior. Processos

meso e metasternal separados, o mesosternal com vários espinhos curvos na face ventral, o

metasternal em forma de triângulo pouco elevado (Fig. 45C). Élitros sem estrias (Fig. 45A).

Meso e metafêmures glabros ........................................................... (Laccobiini, Paracymus) 28

27’. Prosterno não carenado ou carenado, mas sem um par de espinhos anteriores (Fig. 65C).

Processos meso e metasternal unidos formando uma quilha contínua (59C); Élitros com

estrias. Meso e metafêmures com pubescência basal, que pode ser muito estreita ......................

.......................................................................................................................... (Hydrophilini) 29

Page 37: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

16

28. Élitros pretos, mais claro na metade posterior (Fig.45A). Parâmeros afinados na região

apical (Fig. A-B) ............................................................................................ Paracymus gracilis

28’. Élitros pretos com margens laterais amareladas (Fig. 48A). Parâmeros arredondados na

região apical (Fig. 49A-B) ............................................................................. Paracymus sedatus

29. Fêmures médios e posteriores glabros (Fig. 51C) .............................................................. 33

29’. Fêmures médios e posteriores com pubescência hidrofóbica, algumas vezes restrita à

região basal (Fig. 57C) ..................................................................................... (Tropisternus) 30

30. Elevação prosternal com sulco mediano longitudinal fechado anteriormente (Fig. 61D),

em forma de capuz; élitros negros, verde escuros ou marrons, nunca com faixas longitudinais

(Fig. 61A) ................................................................................................................................. 31

30’. Elevação prosternal com sulco mediano longitudinal aberto anteriormente (Fig. 59C);

élitros amarelados com quatro faixas longitudinais esverdeadas (Fig. 59A) ...............................

.................................................................................................................... Tropisternus collaris

31. Antenômero seis de comprimento normal .......................................................................... 32

31’. Antenômero 6 dilatado, de tamanho equivalente ao antenômero apical (Fig. 63D) .............

....................................................................................................................... Tropisternus ovalis

32. 14 mm de comprimento total. Quinto urosternito com um longo espinho mediano, que se

estende além do último urosternito (Fig. 57E) ...................................... Tropisternus apicipalpis

32’. 8,5 mm de comprimento total. Quinto urosternito com uma discreta elevação pré-apical

portando um tufo de cerdas douradas (Fig. 61E)........................................... Tropisternus laevis

33. Elevação prosternal com sulco mediano longitudinal que recebe a porção anterior da

elevação mesosternal (Fig. 53D) ...................................................................... (Hydrophilus) 34

33’ Elevação prosternal carenada (Fig. 51D) ...............................................................................

.................................................................... (Hydrobiomorpha) Hydrobiomorpha corumbaensis

34. Menor que 32 mm de comprimento. Quinto urosternito com sulco em formato de “V” na

região anterior (Fig. 53E) ............................................................................. Hydrophilus ensifer

34’. Maior que 37 mm de comprimento. Quinto urosternito com sulco em formato de “U” na

região anterior (Fig. 55E) ......................................................................... Hydrophilus simulator

Page 38: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

17

4.3 Gêneros e espécies de Hydrophilidae dos lagos da savana de Roraima, Brasil

HYDROPHILINAE Latreille, 1802

Berosini Mulsant, 1844

Diagnose. Comprimento total entre 1,5 e 9,0 mm; corpo com forma visivelmente convexa;

escutelo mais longo que largo; densa franja de cerdas natatórias sobre as meso e metatíbias;

emarginação retangular ou, raramente, semicircular na margem posterior do quinto urosternito

abdominal.

Berosus Leach, 1817

Diagnose. Comprimento total entre 1,5 e 9,0 mm. Corpo não muito convexo. Olhos muito

projetados. Antenas com sete artículos. Região mediana do mesosterno apresentando carena

longitudinal elevada em forma de lâmina, podendo apresentar uma escavação na face ventral

da elevação; metasterno não projetado entre as mesocoxas; com região mediana elevada em

plataforma que apresenta escavação central, às vezes com presença de projeções

posterolaterais espiniformes. Tíbias médias e posteriores com longas cerdas natatórias na face

dorsal; tarsos com cinco artículos, exceto em machos, que apresentam tarsos anteriores com

quatro tarsômeros, o primeiro mais dilatado. Élitros com estria escutelar bem desenvolvida e

fileiras longitudinais de estrias punctiformes, às vezes, com cerdas espiniformes e projeções

espiniformes apicais. Abdome com cinco urosternitos; primeiro urosternito podendo

apresentar carena longitudinal na região mediana e depressão nas laterais; quinto urosternito

com diferentes tipos de reentrâncias na região apical.

Berosus é encontrado em todas as regiões biogeográficas, sendo composto por

aproximadamente 270 espécies (Fikacek et al., 2010). Na região Neotropical são registradas

cerca de 115 espécies, das quais aproximadamente 90 ocorrem na América do Sul e 60 no

Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). No estado de Roraima foram encontradas 19

espécies, sendo 14 já descritas para o gênero e cinco espécies novas.

Segundo Oliva (1989) as espécies neotropicais podem ser subdivididas em complexos

de espécies com base, principalmente, na forma da genitália masculina:

Page 39: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

18

Complexo holdhausi - Genitália masculina compactada. Parâmeros paralelos, acuminados.

Lobo médio fortemente curvado, formando um "S", dilatado no ápice. Primeiro urosternito

carenado na maioria das espécies, sem depressões laterais. Quinto urosternito com reentrância

apical rasa e região mediana com um par de dentes pontiagudos. Margens laterais dos

urosternitos serrilhada na maioria das espécies. Coloração do dorso variando para cada

espécie. Escultura dorsal bem marcada, grossa ou muito grossa.

Na área de estudos foram encontradas as seguintes espécies:

Berosus rectangulus Mouchamps, 1960

Berosus marquardti Knisch, 1921

Berosus insignis Knisch, 1921

Berosus freyi Mouchamps, 1960

Berosus consobrinus Knisch, 1921

Berosus apiciflatus sp. nov.

Berosus atratus sp. nov.

Complexo obscurifrons - Genitália masculina alongada, levemente compactada. Parâmeros

acuminados. Lobo médio debilmente curvado, levemente dilatado no ápice. Primeiro

urosternito sem carena mediana, com depressões laterais rasas. Quinto urosternito com

reentrância apical profunda e um par de dentes na região mediana. Escultura dorsal fina, sem

micropontuações. Coloração do dorso sem brilho metálico nas espécies conhecidas.

Na área de estudos foi encontrada uma espécie:

Berosus cordatus sp. nov.

Complexo patruelis - Genitália masculina subcilíndrica. Parâmeros acuminados, paralelos.

Lobo médio espesso, pouco curvo. Primeiro urosternito carenado ou não, com ou sem

depressões laterais. Olhos notavelmente grandes, às vezes maiores nos machos. Escultura

dorsal grosseira, mas com finas estrias elitrais.

Na área de estudos foram encontradas as seguintes espécies:

Berosus patruelis Berg, 1885

Berosus repertus Oliva & Short, 2012

Page 40: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

19

Complexo sticticus - Genitália masculina comprimida. Parâmeros paralelos, acuminados.

Lobo médio fortemente ou débilmente curvo, moderadamente dilatado no ápice. Primeiro

urosternito carenado ou não, sem depressões laterais. Escultura dorsal variando de grossa a

fina, com ou sem micropontuações. Tamanho pequeno (comprimento total raramente superior

a 4 mm). Todas as espécies conhecidas sem brilho metálico no dorso.

Na área de estudos foram encontradas as seguintes espécies:

Berosus llanensis Oliva & Short, 2012

Berosus olivae Queney, 2006

Berosus aurifer sp. nov.

Berosus clarksoni sp. nov.

Complexo truncatipennis - Genitália masculina cilíndrica, grande. Parâmeros mais ou menos

acuminados, com apêndices membranosos internos. Lobo médio simples, com ápice

pontiagudo ou complexo. Primeiro urosternito carenado, com depressões laterais grandes,

profundas e arredondadas na maioria das espécies.

Na área de estudos foi encontrada apenas uma espécie:

Berosus megaphallus Oliva & Short, 2012

Complexo corumbanus - Genitália masculina cilíndrica. Parâmeros acuminados, claramente

divididos longitudinalmente em uma área membranosa e uma esclerosada. Lobo médio

fortemente dilatado no ápice. Primeiro urosternito carenado, sem depressões laterais. Margens

laterais dos urosternitos lisas, ás vezes a margem lateral do quinto urosternito serrilhada.

Escultura dorsal fina ou moderadamente grosseira.

Na área de estudos foi encontrada apenas uma espécie:

Berosus castaneus Oliva & Short, 2012

Complexo reticulatus - Genitália masculina comprimida. Parâmeros alongando-se,

estreitando-se ou arredondando-se no ápice. Lobo médio pouco curvado, com o ápice pouco

Page 41: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

20

dilatado. Primeiro urosternito não carenado, com rasas ou profundas depressões laterais.

Élitro de todas as espécies conhecidas com ápices biespinosos.

Na área de estudos foram encontradas as seguintes espécies:

Berosus reticulatus Knisch, 1921

Berosus ambogynus Mouchamps, 1963

Berosus brevibasis Oliva, 1989

Berosus ambogynus Mouchamps, 1963

(Figs. 4; 5A - H)

Berosus (Enoplurus) ambogynus Mouchamps, 1963: 123.

Berosus ambogynus Mouchamps: Oliva,1989: 164, Figs. 262, 263; Hansen, 1999: 73; Oliva e

Short, 2012: 8, Figs. 2A, 2B, 3A, 26.

Diagnose. 5,5 – 5,6 mm de comprimento total. Cabeça marrom, sem brilho metálico, apenas

escurecida na fronte. Processo mesosternal em formato laminar, com dente anterior e

posterior pequeno, o primeiro mais saliente, borda entre eles um pouco serrilhada (Fig.5D).

Élitros com cerdas espiniformes em todas as interestrias, ápices recortados em semicírculo e

ponta sutural longa e afilada (Fig.5A). Fêmures marrons com pubescência cobrindo quase

toda a superfície, porção distal reta (Fig.5C). Urosternitos com bordas laterais lisas e

posteriores serrilhadas; quinto urosternito com reentrância apical contendo uma pequena

elevação medial (Fig.5E). Genitália masculina com peça basal mais curta que a metade da

longitude total. Parâmeros curvados regularmente em terço distal, apresentando cerdas longas

em toda a sua longitude. Lobo médio mais curto que os parâmeros (Fig.5F-H).

Comentários. Esta espécie é bem caracterizada pelo formato dos ápices elitrais cortados em

semicírculo e pela escultura com pontuações muito finas. Assemelha-se a B. festai Knisch,

1925 pela proporção da peça basal e distal, diferenciando-se por apresentar parâmeros mais

arredondados em seu ápice.

Distribuição. BRASIL: Amazonas, Pará, Roraima; BOLÍVIA: Tarija; VENEZUELA:

Amazonas, Apure, Bolívar, Guárico.

Page 42: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

21

Figura 4. Mapa com registro geográfico de Berosus ambogynus Mouchamps nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana

cols., 01.vi.2015; 12.viii.2015, 5 ♂ e 14 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5,

02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10,

02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13,

02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , 03.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14,

02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 15,

02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 04.vi.2015; 10.viii.2015 1

♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 1

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 1 ♂

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, K. Dias, L. Santana

cols., 07.vi.2015, 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W,

K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 07.vi.2015; 13.viii.2015, 8 ♂ e 19 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, 02.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W,

02.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,

61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 42 ♂ e 44 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 21,

02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 8 ♂ e 3 ♀ [álcool].

Page 43: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

22

Figura 5.A – H: Berosus ambogynus Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista

ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália

masculina em vista ventral.

Page 44: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

23

Berosus brevibasis Oliva, 1989

(Figs. 6; 7A - H)

Berosus (Enoplurus) brevibasis Oliva, 1989: 165, Figs. 264, 265, 266, 267, 268; Hansen, 1999:

76; Oliva e Short, 2012, Figs. 2C, 4A.

Diagnose. 4,6 - 5,2 mm de comprimento total. Cabeça marrom, com a parte posterior da

fronte mais escura. Pontuações da cabeça fina, sem microesculturas. Processo mesosternal em

forma de lâmina grossa e muito saliente, com pequeno dente anterior curvado, voltado para

trás e ângulo posterior arredondado, muito saliente (Fig.7D). Cerdas espiniformes em todas as

interestrias elitrais. Ápices elitrais recortados em semicírculo e ângulo sutural sem

prolongação (Fig.7A). Fêmures marrons, com a pubescência cobrindo quase toda superfície,

porção distal reta (Fig.7C). Primeiro urosternito sem carena mediana ou depressões laterais.

Margens laterais dos urosternitos lisas e posteriores serrilhadas. Quinto urosternito visível

com borda lisa; reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana

(Fig.7E). Genitália masculina com peça basal muito curta, cerca de quatro vezes menor que o

comprimento total; parâmetros largos, arredondados no ápice, lobo médio mais largo que os

parâmetros, subcilíndrico, engrossado fortemente na base e ligeiramente no ápice (Fig.7F-H).

Comentários. Se diferencia de B. ambogynus por apresentar forma mais robusta, presença de

pontos mais grossos na escultura e ângulo sutural dos ápices elitrais não tão longos e afilados.

A ausência de brilho metálico a difere das outras espécies do complexo reticulatus

Knisch,1921.

Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima; VENEZUELA: Apure, Bolívar, Guárico.

Page 45: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

24

Figura 6. Mapa com registro geográfico de Berosus brevibasis Oliva nos lagos da savana de Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 6 ♂ e 3 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'', K. Dias, L. Santana cols.,

11.viii.2015, 8 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,

K. Dias, L. Santana cols., 08.viii.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5,

02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 01.vi.2015; 13.viii.2015, 4

♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, K. Dias, L.

Santana cols., 12.viii.2015, 5 ♂ e 5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N,

60°51'57.9''W, K. Dias, L. Santana cols., 12.viii.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto

Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W, 03.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago

13, 02°53'03.5''N, 60°52'45. 03.vi.2015, 3 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14,

02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 3 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17,

02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K. Dias, L. Santana cols., 12.viii.2015, 10 ♂ e 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, K. Dias, L. Santana cols.,

09.viii.2015, 8 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W,

K. Dias, L. Santana cols., 09.viii.2015, 2 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto

Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 12 ♂ e 12 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, K. Dias, L. Santana cols.,

10/viii/2015, 2 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 21, 02°49'17.4''N,

60°48'10.6''W, K. Dias, L. Santana cols., 06.vi.2015; 13.viii.2015, 5 ♂ 1 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,

Page 46: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

25

07.vi.2015; 13.viii.2015, 4 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N,

60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀ [álcool].

Figura 7A – H: Berosus brevibasis Oliva. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 47: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

26

Berosus castaneus Oliva & Short, 2012

(Figs. 8; 9A - H)

Berosus castaneus: Oliva e Short, 2012: 41, Figs. 21B.

Diagnose. 4,3 – 4,6 mm de comprimento total. Clípeo marrom claro com um triângulo de

coloração mais escura medialmente. Fronte marrom nas laterais com centro totalmente

enegrecido. Pontuações da cabeça mais finas que as pronotais. Pronoto com duas faixas

escurecidas, separadas por uma faixa mais fina, marrom. Processo mesosternal com dente

anterior pequeno, dirigido posteroventralmente (Fig.9D). Élitro apresentando manchas

escuras, esparsas, no padrão usual (Fig.9A). Estrias elitrais externas mais densamente

pontuadas que as internas. Interestrias com pontuações uniseriadas, de mesmo diâmetro que

nas estrias e contendo cerdas espiniformes; ápice elitral sem projeções ou recortes (Fig.9A).

Primeiro urosternito sem carena mediana, sem depressões laterais. Bordas laterais dos

urosternitos lisas e bordas posteriores dos quatro primeiros urosternitos serrilhadas. Quinto

urosternito com reentrância apical contendo duas projeções espiniformes medianamente

(Fig.9E). Genitália masculina com peça basal que se estende por 3/4 do comprimento total.

Parâmeros acuminados com filas de cerdas curtas estendendo-se subapicalmente. Lobo médio

um pouco mais curto que os parâmeros, reto, acuminado no ápice (Fig.9F-H).

Comentários. Esta espécie assemelha-se a B. sinigus Oliva, 1989 e B. hispidulus Oliva, 1993

na forma geral da genitália e o padrão de cor. Ela difere de ambas por ter cerdas como

espinhos nas interestrias e peça basal da genitália masculina muito longa.

Distribuição. BRASIL: Roraima; VENEZUELA: Bolívar.

Page 48: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

27

Figura 8. Mapa com registro geográfico de Berosus castaneus Oliva & Short nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , 03.vi.2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 5 ♂ e

3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W,

06.vi.2015, 1 ♀ [álcool].

Page 49: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

28

Figura 9A – H: Berosus castaneus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista

ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália

masculina em vista ventral.

Page 50: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

29

Berosus consobrinus Knisch, 1921

(Figs. 10; 11A - H)

Berosus (Berosus) consobrinus Knisch, 1921: 18.

Berosus consobrinus Knisch: Oliva,1989: 93; Oliva,1993: 203; Oliva, 2012: 21.

Diagnose. 3,2 - 3,4 mm de comprimento total. Cabeça negra com brilho verde metálico;

densamente pontuada, com pontos mais largos e profundos na região posterior da fronte.

Pronoto marrom com uma mancha extensa na região mediana e uma mancha nas margens

laterais. Pontuações do pronoto de diâmetro equivalente ao diâmetro das pontuações do élitro;

separadas por aproximadamente o diâmetro de um ponto. Processo mesosternal laminar com

dente anterior voltado para baixo (Fig.11D). Ápice elitral sem projeções ou recortes

(Fig.11A). Pernas marrom com parte pubescente dos fêmures marrom escuro; porção distal

oblíqua (Fig.11C). Primeiro urosternito visível sem carena mediana ou depressões laterais.

Margens laterais e posteriores dos urosternitos serrilhados. Quinto urosternito com reentrância

apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.11E). Peça basal de

tamanho igual a metade do comprimento total; parâmeros de tamanho equivalente ao

comprimento do lobo médio, portando uma fileira de cerdas subapicais; lobo médio

acuminado apicalmente (Fig.11F-H).

Comentários. Se assemelha a B. freyi Mouchamps, 1960 pelo padrão de manchas pronotais e

pela forma da genitália masculina, diferenciando-se desta por apresentar pontuações pronotais

grosseiras, de mesmo diâmetro que as pontuações do élitro (pontuações pronotais mais finas

que as elitrais em B. freyi); processo mesosternal laminar e primeiro urosternito sem carena na

região mediana.

Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima; VENEZUELA: Bolívar, Guárico.

Page 51: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

30

Figura 10. Mapa com registro geográfico de Berosus consobrinus Knisch nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 25, 03°10'53.9''N,

60°50'00.8''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 07/vi/2015,

1 ♂ [álcool].

Page 52: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

31

Figura 11A – H: Berosus consobrinus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;

C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 53: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

32

Berosus freyi Mouchamps, 1960

(Figs. 12; - 13A - H)

Berosus freyi: Mouchamps, 1960: 97; Oliva, 1989: 85, Figs. 35 - 38.

Diagnose. 4,0 mm de comprimento total. Cabeça negra com brilho verde metálico;

densamente pontuada, com pontos mais largos e profundos na região posterior da fronte.

Pronoto marrom com uma mancha enegrecida extensa na região mediana e uma nas margens

laterais. Processo mesosternal com dente anterior escavado, voltado para baixo (Fig.13D).

Ápice elitral sem projeções ou recortes (Fig.13A). Pubescência femoral oblíqua,

moderadamente extensa (Fig.13C). Primeiro urosternito visível carenado em toda a sua

longitude. Margens laterais e posteriores dos urosternitos serrilhadas. Quinto urosternito com

reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.13E). Peça

basal de tamanho igual a metade do comprimento total; parâmeros de tamanho equivalente ao

comprimento do lobo médio, portando uma fileira de cerdas subapicais; lobo médio

acuminado apicalmente (Fig.13F-H).

Comentários. Ver comentário de. Berosus insignis.

Distribuição. BRASIL: Pará, Roraima.

Figura 12. Mapa com registro geográfico de Berosus freyi Mouchamps nos lagos da savana de

Roraima.

Page 54: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

33

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 24, 03°02'20.3''N,

60°46'51.7''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 07.vi.2015,

1 ♂ [álcool].

Figura 13A – H: Berosus freyi Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Page 55: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

34

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Berosus insignis Knisch, 1921

(Figs. 14; 15A - H)

Berosus insignis Knisch, 1921: 17; Mouchamps, 1960: 100; Oliva, 1989: 90, Figs. 57 – 59;

Hansen, 1999: 89.

Diagnose. 3,0 - 3,3 mm de comprimento total. Cabeça preta com brilho verde metálico.

Pronoto marrom, apresentando duas manchas na região mediana, a anterior mais arredondada

e a posterior em forma de triângulo invertido. Pontuações da cabeça e pronoto irregulares e

bem impressos. Dente anterior do processo mesosternal ligeiramente engrossado, mas não

oco, voltado para baixo e para trás (Fig.15D). Estrias elitrais com pontos redondos mais

grossos que os pronotais, alguns apresentando cerdas espiniformes. Ápice elitral sem

projeções ou recortes (Fig.15A). Pubescência femoral extensa, reta (Fig.15C). Primeiro

urosternito carenado, sem depressões laterais. Margens laterais e posteriores dos urosternitos

serrilhadas. Quinto urosternito com reentrância apical contendo duas projeções espiniformes

na região mediana (Fig.15E). Genitália masculina com peça basal de tamanho um pouco

maior que a metade do comprimento total; parâmeros estreitos, levemente sinuosos,

arredondados, com longas cerdas subapicais (Fig.15F-H).

Comentários. Se assemelha a B. freyi pelo comprimento do corpo, padrão de manchas elitrais

e forma da genitália masculina. Em B. insignis a genitália masculina é mais larga que em B.

freyi, a peça basal é um pouco maior que a metade do comprimento total e lobo médio maior

que os parâmeros. Se diferencia também pela ausência de manchas laterais no pronoto, bem

evidentes em B. freyi.

Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima; PARAGUAI: Boquerón.

Page 56: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

35

Figura 14. Mapa com registro geográfico de Berosus insignis Knisch nos lagos da savana de Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista. Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana

cols., 04.vi.2015; 10.viii.2015, 3 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 16,

02°59'46.20"N, 61°6'44.07"W, 04.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago

17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 05.vi.2015;

12.viii.2015, 10 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N,

60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N,

60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 13 ♂ e 9 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25,

03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26,

02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 5 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto

Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W 02.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto

Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 17 ♂ e 26 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 21, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 3 ♂ e

1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W

06.vi.2015; 1 ♂ e 1 ♀ [álcool].

Page 57: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

36

Figura 15A – H: Berosus insignis Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 58: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

37

Berosus llanensis Oliva & Short, 2012

(Figs. 16 – 17A - H)

Berosus llanensis: Oliva e Short, 2012: 38, Figs. 19A, 20A.

Diagnose. 2,3 - 2,6 mm de comprimento total. Cabeça marrom com área mediana da fronte

escurecida. Pontuações pronotais arredondadas, moderadamente densas, maiores e mais

profundas que as pontuações da cabeça. Processo mesosternal com dente anterior grande,

voltado para trás e para baixo (Fig.17D). Pontuações da margem lateral do élitro,

arredondadas, esparsas, medindo cerca de duas vezes o diâmetro de um ponto; ápice elitral

sem projeções ou recortes (Fig.17A). Primeiro urosternito carenado, sem depressões laterais.

Margens laterais e posteriores dos urosternitos lisas. Quinto urosternito com reentrância apical

contendo duas projeções espiniformes (Fig.17E). Genitália masculina com peça basal de

comprimento cerca de duas vezes maior que a largura, correspondendo a 2/3 do comprimento

total. Parâmeros curvados, com ápices estreitados, portando uma fileira de cerdas curtas,

subapicais (Fig.17F-H).

Comentários. A espécie se assemelha a B. sticticus Kinsch, 1921 e B. guyanensis Boheman,

1859 pela forma da genitália masculina, diferenciando-se por possuir peça basal maior. Se

assemelha também a B. olivae Queney 2006, mas pode ser diferenciada desta por apresentar

tonalidade mais escura; uma mancha bem aparente na região lateral do élitro; forma da

genitália masculina e reentrância apical do quinto urosternito com duas projeções

espiniformes na região mediana (ausente em B. olivae).

Distribuição. BRASIL: Roraima; VENEZUELA: Apure.

Page 59: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

38

Figura 16. Mapa com registro geográfico de Berosus llanensis Oliva & Short nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 6 ♂ e 7 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 4 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 4 ♀;

mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 3 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 1 ♀; mesmos

dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 3 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 2 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, 02.vi.2015, 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, 02.vi.2015, 3 ♂ e 3

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W,

05.vi.2015, 14 ♂ e 10 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N,

61°06'46.2''W, 05.vi.2015, 6 ♀ [álcool].

Page 60: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

39

Figura 17A – H: Berosus llanensis Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em vista

ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália

masculina em vista ventral.

Page 61: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

40

Berosus marquardti Knisch, 1921

(Figs. 18; 19A - H)

Berosus marquardti Knisch, 1921: 12; Mouchamps, 1960: 102; Oliva, 1989: 88, Figs. 48 –

52; Hansen, 1999: 89; Oliva e Short, 2012: 40.

Diagnose. 3,2 - 3,9 mm de comprimento total. Cabeça marrom, sem brilho metálico,

escurecida na metade posterior da fronte. Pronoto com pequenas manchas escurecidas na

região mediana, uma na região anterior e duas na região posterior. Dente anterior do processo

mesoesternal curvado, escavado, voltado para baixo (Fig.19D). Élitro com pontos seriados

redondos, mais grossos do que os pronotais, portando cerdas espiniformes nas interestrias;

ápice elitral sem projeções ou recortes (Fig.19A). Pubescência femoral extensa, oblíqua.

Carena do primeiro urosternito muito elevada, convexa em vista lateral. Margens laterais e

posteriores dos urosternitos serrilhadas. Quinto urosternito com reentrância apical contendo

duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.19E). Peça basal da genitália masculina

de tamanho igual a metade do comprimento total; parâmeros maiores e mais finos que o lobo

médio, portando uma fileira de cerdas subapicais (Fig.19F-H).

Comentários. Espécie próxima a B. corozo Oliva & Short, 2012, da qual pode ser

diferenciada por apresentar tonalidade do dorso mais escura e forma do processo mesosternal

não laminar.

Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima; VENEZUELA: Apure.

Page 62: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

41

Figura 18. Mapa com registro geográfico de Berosus marquardti Knisch nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana

cols., 01.vi.2015; 08.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 3,

02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 01.vi.2015; 12.viii.2015, 5

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 3 ♂ e 1

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02.vi.2015, 3 ♂ e 4

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 2 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 2 ♂ e 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♂

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 16, 02°59'46.20"N, 61° 6'44.07"W, 04.vi.2015, 4 ♂ e 3

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 6 ♂ e 2

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 8 ♂ e 3

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 4 ♂ e 1

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 2 ♂ e 1

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♂ e 1

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 2 ♂ e 1

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W,

02.vi.2015, 5 ♂ e 4 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,

61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 5 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 19,

02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, 05.vi.2015, 3 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre,

Lago 21, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 2 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto

Page 63: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

42

Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,

06.vi.2015; 10.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool].

Figura 19A – H: Berosus marquardti Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 64: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

43

Berosus megaphallus Oliva & Short, 2012

(Figs. 20; 21A - H)

Berosus megaphallus: Oliva e Short, 2012: 41, Figs. 21B.

Diagnose. 6,2 - 7,7 mm de comprimento total. Cabeça marrom, escurecida na região posterior

da fronte. Pronoto com duas faixas escuras e estreitas na região mediana. Processo

mesosternal laminar, com dente anterior grande e curvado (Fig.21D). Élitro com manchas

enegrecidas esparsas, seguindo o padrão usual. Escultura moderadamente fina (Fig.21A).

Interestrias largas, com pontuações de tamanho moderado dispostos em séries, na metade

posterior do élitro um pouco mais grossas e contendo cerdas espiniformes. Ápices elitrais

emarginados, com espinho parasutural agudo (Fig.21A, C). Primeiro urosternito com carena

mediana e grandes depressões laterais. Margens laterais e posteriores dos urosternitos lisas.

Porção posterior do quinto urosternito elevado, formando um disco ao redor de uma

reentrância apical estreita e profunda (Fig.21E). Peça basal da genitália masculina cerca de

2/3 o comprimento total. Parâmeros de ápices largos, contendo apêndices membranosos na

posição ventral e tufos de cerdas na região dorsal (Fig.21F-H).

Comentários. Assemelha-se a B. truncatipennis Castelnau, 1840, mas com pontuações mais

finas no dorso e ápice elitral com ângulo sutural nos machos largamente arredondada, não

tendo espinhos.

Distribuição. BRASIL: Roraima; GUIANA: Karanambo; VENEZUELA: Apure, Bolívar,

Delta Amacuro, Monagas.

Page 65: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

44

Figura 20. Mapa com registro geográfico de Berosus megaphallus Oliva & Short nos lagos da savana

de Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols., 08.viii.2015, 2 ♂ 3 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W, 11.viii.2015, 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 11.viii.2015, 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'', K. Dias, C. Benetti cols.,

31.v.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N,

61°06'46.2''W, 10.viii.2015, 1 ♀ [álcool].

Page 66: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

45

Figura 21A – H: Berosus megaphallus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista

ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália

masculina em vista ventral.

Page 67: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

46

Berosus olivae Queney, 2006

(Figs. 22; 23A - H)

Berosus olivae: Queney, 2006: 459, Figs. 1-7; Oliva e Short, 2012: 43, Figs. 19B, 20B.

Diagnose. 2,4 – 2,6 mm de comprimento total. Coloração da cabeça amarela, com duas

manchas mais escuras na região posteromediana da fronte; Pronoto amarelo escuro, com

porção mediana apresentando duas faixas longitudinais mais escuras, que se unem na porção

anterior; duas manchas na região lateral. Pontuações do pronoto distanciadas por

aproximadamente uma a duas vezes o diâmetro de um ponto; presença de fileira de

pontuações mais evidentes e mais escuras na região posterior (Fig.23A). Prosterno com

reentrância ânteromediana. Processo mesosternal laminar (Fig.23D). Pernas amareladas;

pubescência cobrindo todo o fêmur, exceto em seu ápice; parte distal da pubescência

levemente oblíqua (Fig.23C). Élitro amarelo apresentando manchas enegrecidas esparsas em

toda a sua extensão; presença de dez fileiras longitudinais de estrias grosseiras; cerdas

espiniformes em todo o comprimento das estrias e interestrias; ápices elitrais sem projeções

ou recortes (Fig.23A). Urosternitos com margens laterais lisas e margem posterior dos quatro

primeiros urosternitos serrilhadas; quinto urosternito com reentrância apical contendo uma

discreta projeção na região mediana (Fig.23E). Peça basal da genitália masculina de

comprimento um pouco maior que a metade do comprimento total, envolvendo as partes

distais. Parâmeros um pouco mais curto que o lobo médio, curvando-se gradualmente em

direção ao ápice, subcilíndricos, com fileiras de cerdas subapicais. Lobo médio dilatado e

arredondado no ápice, que apresenta, em vista dorsal, um orifício (Fig.23F-H).

Comentários. Ver comentário em B. llanensis.

Distribuição. BRASIL: Roraima; GUIANA FRANCESA: Iracoubo; VENEZUELA:

Bolívar.

Page 68: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

47

Figura 22. Mapa com registro geográfico de Berosus olivae Queney nos lagos da savana de Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31/v/2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W, 01/vi/2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, 01/vi/2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02/vi/2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02/vi/2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03/vi/2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03/vi/2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , Rede 03/vi/2015, 1♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04/vi/2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, 04/vi/2015, 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05/vi/2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06/vi/2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07/vi/2015, 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07/vi/2015, 3 ♀; mesmos

dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07/vi/2015, 3 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Alto Alegre: Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, 02/vi/2015, 2 ♂ e 1 ♀

Page 69: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

48

[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W,

02/vi/2015, 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 18, 02°59'48.7''N,

61°07'48.7''W, 05/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 21,

02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06/vi/2015, 2 ♀ [álcool].

Figura 23A – H: Berosus olivae Queney. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Page 70: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

49

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Berosus patruelis Berg, 1885

(Figs. 24; 25A - H)

Berosus patruelis: Berg, 1885: 220; Bruch, 1915: 483.

B. (Enoplurus) griseus: Knisch, 1924: 263; Mouchamps, 1963: 126; Bidau, 1978: 64.

B. (s. str.) carinatus: Mouchamps, 1963 (syn. nov.).

B. (Enoplurus) patruelis: Oliva, 1982: 106; Oliva, 1989: 122, Figs. 149 - 156; Oliva e Short,

2012: 45, Figs. 22A, 23A.

Diagnose. 3,2 – 4,7 mm de comprimento total. Cabeça preta, sem brilho metálico. Pronoto

amarelo pardo com uma mancha enegrecida na região medial, dividida por uma faixa central.

Processo mesosternal com dente anterior quase reto, voltado para baixo e atrás (Fig.25D).

Élitros densamente pontuados, com estrias finas e interestrias com pontos grossos dispostos bi

ou triseriadamente; cerdas espiniformes na metade posterior. Ápices elitrais recortados quase

em semicírculo (Fig.25A). Primeiro urosternito com depressões laterais pequenas e rasas, as

vezes reduzidas a uma simples área lisa. Margens laterais dos urosternitos lisas e posteriores

discretamente serrilhadas. Quinto urosternito com reentrância muito larga e rasa;

apresentanado duas projeções um pouco arredondadas na porção mediana (Fig.25E). Genitália

masculina com parâmetos largos, amplamente acuminados; lobo médio um pouco mais curto

que os parâmeros, subcilíndrico, quase reto, dilatado no ápice (Fig.25F-H).

Comentários. Esta espécie apresenta variação intraespecífica nas depressões laterais do

primeiro urosternito, tendo, alguns espécimes depressões mais rasas e outras depressões um

pouco mais profundas. Alguns exemplares possuem diferença na coloração do dorso.

Distribuição. ARGENTINA: Buenos Aires; BRASIL: Mato Grosso, Roraima; BOLÍVIA:

Santa Cruz, PARAGUAI: São Pedro, Concepção; VENEZUELA: Amazonas, Bolívar, Apure,

Aragua, Barinas, Cojedes.

Page 71: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

50

Figura 24. Mapa com registro geográfico de Berosus patruelis Berg nos lagos da savana de Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 1 ♀; mesmos

dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , 03.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,

07.vi.2015; 13.viii.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N,

60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18,

02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre,

Lago 19, 02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 05.vi.2015;

10.viii.2015, 1 ♂ e 1♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N,

61°07'38.9''W, 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Page 72: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

51

Figura 25A – H: Berosus patruelis Berg. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 73: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

52

Berosus rectangulus Mouchamps, 1960

(Figs. 26; 27A - H)

Berosus rectangulus Mouchamps, 1960:101; Oliva, 1989: 87, Figs. 44 – 47; Hansen, 1999:

92; Oliva e Short, 2012: 38, Figs. 19A, 20A.

Diagnose. 3,5 – 4,3 mm de comprimento total. Cabeça preta, sem brilho metálico,

densamente pontuada, com pontos grossos; fileira de longas cerdas dispostas ao longo da

margem interna dos olhos. Pronoto preto, mais estreito que o élitro com pontos tão grossos

quanto os da cabeça. Processo mesosternal com face anterior convexa, ápice dentiforme,

levemente dilatado e escavado (Fig.27D). Élitro com profundas pontuações subseriadas

subquadrangulares; interestrias reduzidas (Fig.27A-B). Tíbias amarronzadas em sua base com

ápice das protíbias e 3/4 distais do meso e metafêmures mais escuros; pubescência dos

fêmures reduzida (Fig.27C). Primeiro urosternito com carena mediana longitudinal; sem

depressões laterais. Margens laterais e posteriores dos urosternitos serrilhadas. Quinto

urosternito com reentrância apical, apresentando dois dentes na região medial (Fig.27E).

Genitália masculina com peça basal de tamanho equivalente a metade do comprimento total

ou um pouco maior; parâmeros curvados, arredondados, com longas cerdas subapicais; lobo

médio mais curto que os parâmeros (Fig.27F-H).

Comentário. Esta espécie parece apresentar variação intraespecífica na coloração do pronoto,

possuindo, alguns indivíduos, pronoto marrom com manchas enegrecidas, outros com pronoto

completamente preto. Se diferencia de B. holdhausi Knisch, 1921 pela ausência de brilho

metálico na cabeça, padrão de coloração das pernas e forma da genitália masculina.

Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima.

Page 74: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

53

Figura 26. Mapa com registro geográfico de Berosus rectangulus Knisch nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 4 ♂ e 15 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, 01.vi.2015, 17 ♂ e 13

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 12 ♂ e

35 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02.vi.2015, 11 ♂

e 9 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 20 ♂ e 33

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W, 03.vi.2015, 3 ♂ e 2

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , 03.vi.2015, 5 ♂ 7♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 16, 02°59'46.20"N, 61° 6'44.07"W, 04.vi.2015, 7 ♂ e 13

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 4 ♂ e 3

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 2 ♂ e 2

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 10 ♂ e

16 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 3 ♂

e 7 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 2 ♂

e 8 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 23

♂ e 26 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W,

02.vi.2015, 4 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,

61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 14 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 19,

02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, 05.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre:

Lago 21, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 5 ♂ e 9 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto

Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W, 06.vi.2015, 2 ♂ e 6 ♀ [álcool].

Page 75: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

54

Figura 27A – H: Berosus rectangulus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 76: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

55

Berosus repertus Oliva & Short, 2012

(Figs. 28; 29A - H)

Berosus repertus: Oliva e Short, 2012: 49, Figs. 22B, 23B.

Diagnose. 4,1 – 4,5 mm de comprimento total. Cabeça preta com brilho verde metálico.

Pronoto marrom com mancha enegrecida dividida por uma linha amarelada na região

mediana. Processo mesosternal laminar, com dente anterior grande, angularmente muito

curvado, voltado para trás; ângulo posterior arredondado (Fig.29D). Élitro marrom com

manchas enegrecidas esparsas; presença de cerdas espiniformes em todas as interestrias; ápice

elitral sem projeções ou recortes (Fig.29A). Primeiro urosternito com carena mediana e

depressões laterais grandes, arredondadas. Margem lateral dos urosternitos lisas; margem

posterior dos quatro primeiros urosternitos serrilhadas. Quinto urosternito com reentrância

apical contendo na região mediana dois dentes (Fig.29E). Peça basal da genitália masculina

medindo 2/3 do comprimento total; parâmeros longos, paralelos, arredondados no ápice, com

uma fila de cerdas curtas subapicais (Fig.29F-H).

Comentários. Assemelha-se a Berosus palposus Knisch, 1921 e B. patruelis pelo formato e

comprimento do corpo. Diferencia-se de B. palposus por possuir genitália masculina com

peça basal mais alongada e de B. patruelis pela forma da genitália masculina com peça basal

mais comprida que em B. repertus e lobo médio subcilíndrico não dilatado no ápice; possui

também mancha medial do pronoto mais alargada.

Distribuição. BRASIL: Roraima; VENEZUELA: Apure, Barinas, Guárico.

Page 77: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

56

Figura 28. Mapa com registro geográfico de Berosus repertus Oliva & Short nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista: Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 2 ♂ e 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 16, 02°59'46.20"N, 61°6'44.07"W, 04.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 7 ♂ e 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 7 ♂ e 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W,

02.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N,

60°50'32.8''W, 02.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18,

02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 25 ♂ e 21 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto

Alegre, Lago 21, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Page 78: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

57

Figura 29A – H: Berosus repertus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista

ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália

masculina em vista ventral.

Page 79: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

58

Berosus reticulatus Knisch, 1921

(Figs. 30; 31A - H)

Berosus (Enoplurus) reticulatus Knisch 1921: 62; Knisch, 1924: 79: 264; knisch, 1925: 39;

Bruch, 1927: 546, 551. Mouchamps, 1963: 125.

Berosus reticulatus Knisch: Oliva, 1989: 155, Figs. 241 - 247; Hansen, 1999: 80; Oliva e

Short, 2012: 48, Figs. 2A, 4B.

Diagnose. 4,0 – 5,1 mm de comprimento total. Cabeça preta com brilho verde metálico.

Pronoto marrom com mancha central escura extensa, dividida medianamente por uma linha

mais clara. Processo mesosternal com dente anterior afilado, saliente, voltado para baixo e

para trás; dente posterior sem ponta, arredondado (Fig.31D). Cerdas espiniformes em todas as

interestrias elitrais. Ápices elitrais recortados e ângulo sutural sem prolongação (Fig.31A).

Pubescência femoral extensa e reta (Fig.31C). Margens laterais dos quatro primeiros

urosternitos lisas; margens posteriores serrilhadas. Quinto urosternito visível com borda

lateral serreada, apresentando reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na

região mediana (Fig.31E). Genitália masculina alongada; peça basal equivalente a 2/3 da

longitude total; lobo médio fino, mais curto que os parâmeros, gradualmente dilatado

apicalmente (Fig.31F-H).

Comentários. Se diferencia das outras espécies do gênero pelo brilho aveludado das

superfícies dorsais muito característico, pela extensão da mancha pronotal e nitidez do

desenho das manchas do élitro e pela margem lateral dos quatro primeiros urosternitos lisas e

do quinto serrilhada.

Distribuição. ARGENTINA: Buenos Aires, Santa Fé; BRASIL: Mato Grosso, Roraima;

PARAGUAI: Concepção; VENEZUELA: Anzoátegui, Barinas, Bolívar, Falcón, Guárico.

Page 80: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

59

Figura 30. Mapa com registro geográfico de Berosus reticulatus Knisch nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 2 ♂ e 2 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, K. Dias, L. Santana

cols., 09.viii.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W,

01.vi.2015, 6 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W,

02.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W,

03.vi.2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K.

Dias, L. Santana cols., 12.viii.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20,

02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 8 ♂ e 5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23,

02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24,

03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 07.vi.2015; 13.viii.2015,

25 ♂ e 14 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W,

07.vi.2015, 7 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W,

07.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N,

60°50'25.0''W, 02.vi.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9,

02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, 02.vi.2015, 3 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto

Alegre: Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 8 ♂ e 4 ♀ [álcool].

Page 81: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

60

Figura 31A – H: Berosus reticulatus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 82: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

61

Berosus apiciflatus sp. nov.

(Figs. 32; 33A - H)

Diagnose. 4,6 – 4,8 mm de comprimento total. Coloração da cabeça preta com brilho

metálico. Pronoto marrom, com porção mediana apresentando duas faixas longitudinais

enegrecidas que se juntam na porção anterior (Fig.33A). Mesosterno com elevação mediana

laminar, face anterior convexa com ápice dentiforme levemente dilatado (Fig.33D). Élitro

marrom, com manchas enegrecidas esparsas (Fig.33A). Margens laterais e posteriores de

todos os urosternitos serrilhadas; primeiro urosternito com carena mediana, sem depressão nas

laterais; quinto urosternito dos machos com reentrância apical contendo duas projeções

espiniformes na região mediana (Fig.33E). Peça basal com comprimento cerca da metade do

comprimento total; parâmeros um pouco mais curtos que o lobo médio, curvando-se

gradualmente em direção ao ápice, com fileiras de cerdas subapicais; lobo médio dilatado e

arredondado no ápice, apresentando, em vista dorsal, um orifício (Fig.33F-H).

Descrição:

Tamanho. 4,6 – 4,8 mm de comprimento total.

Cabeça: Coloração negra com brilho metálico; densamente pontuada, com pontos mais finos

que os do pronoto, distanciados por aproximadamente o diâmetro de um ponto; pontuações da

fronte mais largas e profundas que as do clípeo (Fig.33A). Clípeo com carena longitudinal

mediana na região posterior. Olhos protuberantes, separados por pouco mais que duas vezes a

largura de um olho. Comprimento dos antenômeros da clava somados menor que a soma do

comprimento dos demais antenômeros; último antenômero de comprimento equivalente a

duas vezes o do anterior. Palpos maxilares longos, de comprimento um pouco menor que duas

vezes a largura do mento; último palpômero de comprimento maior que os anteriores. Palpos

labiais com comprimento equivalente à metade da largura do mento; segundo palpômero

discretamente menor que o terceiro.

Tórax: Pronoto marrom, com porção mediana apresentando duas faixas longitudinais

enegrecidas que se juntam na porção anterior; pontuação do pronoto com pontos distanciados

por aproximadamente duas vezes o diâmetro de um ponto (Fig.33A). Prosterno com

reentrância ânteromediana. Escutelo preto, com pontos escassos, distanciados por

aproximadamente uma a duas vezes o diâmetro de um ponto. Mesosterno com elevação

mediana laminar, face anterior convexa com ápice dentiforme levemente dilatado (Fig.33D).

Page 83: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

62

Metasterno com elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro marrom, com

manchas enegrecidas esparsas; dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras;

ápice elitral sem projeção espiniforme ou recorte (Fig.33A).

Pernas: Coloração marrom. Pubescência dos fêmures cobrindo pouco menos que metade da

superfície, parte distal da pubescência levemente oblíqua (Fig.33C). Tarsos anteriores em

machos com os três primeiros tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas,

segundo e terceiro com cerdas menos conspícuas; primeiro tarsômero de comprimento

aproximadamente duas vezes o do segundo; segundo e terceiro tarsômeros de comprimento

equivalentes; último aproximadamente uma vez o comprimento dos demais somados.

Abdome: Margens laterais e posteriores de todos os urosternitos serrilhadas; primeiro

urosternito com carena mediana, sem depressões nas laterais; quinto urosternito dos machos

com reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.33E).

Genitália masculina: Peça basal com comprimento cerca da metade do comprimento total;

parâmeros um pouco mais curtos que o lobo médio, curvando-se gradualmente em direção ao

ápice, com fileiras de cerdas subapicais; lobo médio dilatado e arredondado no ápice,

apresentando, em vista dorsal, um orifício (Fig.33F-H).

Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Alto Alegre 02°59'48.7''N,

61°07'48.7''W.

Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,

61°07'48.7''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 05.vi.2015,

1 ♂ [álcool]; Parátipo: mesmos dados do holótipo, exceto Boa Vista: Lago 24, 03°02'20.3''N,

60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Etimologia. O epíteto específico refere-se à genitália do macho que possui o ápice do lobo

médio inflado ou inchado (apiciflatus, do Latim “ápice inchado”).

Comentários. Assemelha-se a B. insignis e B. marquardti pelo comprimento e formato do

corpo, diferenciando-se, principalmente, pela coloração da cabeça, pronoto e élitro, ápice da

pubescência dos fêmures oblíqua (reta em B. marquardti), características do primeiro e quinto

urosternitos e, principalmente, pelas características da genitália masculina.

Page 84: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

63

Figura 32. Mapa com registro geográfico de Berosus apiciflatus sp. nov. nos lagos da savana

de Roraima.

Page 85: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

64

Figura 33A – H: Berosus apiciflatus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 86: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

65

Berosus atratus sp. nov.

(Figs. 34; 35A - H)

Diagnose. 3,7 – 3,9 mm de comprimento total. Coloração da cabeça preta com brilho

metálico. Pronoto totalmente preto, densamente pontuado (Fig.35A). Mesosterno com

elevação mediana laminar, face anterior convexa com ápice dentiforme levemente dilatado

(Fig.35D). Metasterno com elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro totalmente

preto, com dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras (Fig.35A).

Urosternitos com margens laterais e posteriores serrilhadas; primeiro urosternito sem carena

mediana, sem depressão nas laterais; quinto urosternito dos machos com reentrância apical

contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.35E). Peça basal com

comprimento cerca de duas vezes maior que a largura; parâmeros gradualmente acuminados e

curvados, portando fileira de cerdas longas na região subapical; lobo médio de comprimento

equivalente ao dos parâmeros, fracamente curvado, com ápice abruptamente afinado

(Fig.35F-H).

Descrição:

Tamanho. 3,7 – 3,9 mm de comprimento total.

Cabeça: Coloração preta com brilho metálico; densamente pontuada, com pontuações

distanciadas por aproximadamente o diâmetro de um ponto; pontuações da fronte mais largas

e profundas que as do clípeo (Fig.35A). Fronte com carena longitudinal mediana na região

posterior. Olhos protuberantes; separados por aproximadamente duas vezes a largura de um

olho. Comprimento dos antenômeros da clava somados menor que a soma do comprimento

dos demais antenômeros; último antenômero de comprimento equivalente a duas vezes e meia

o do antenômero anterior. Palpos maxilares longos, de comprimento um pouco menor que

duas vezes a largura do mento; segundo palpômero de comprimento equivalente ao último;

terceiro palpômero de comprimento equivalente a duas vezes e meia o do antenômero

anterior. Palpos labiais com comprimento equivalente à metade da largura do mento; segundo

palpômero discretamente menor que o terceiro.

Tórax: Pronoto totalmente preto, densamente pontuado, com pontos distanciados por menos

de uma vez o diâmetro de um ponto (Fig.35A). Prosterno com reentrância ânteromediana.

Escutelo preto, com pontos distanciados por uma vez o diâmetro de um ponto. Mesosterno

Page 87: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

66

com elevação mediana laminar, face anterior convexa com ápice dentiforme levemente

dilatado (Fig.35D). Metasterno com elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro

totalmente preto, com dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras. Ápice

elitral sem projeção espiniforme ou recorte (Fig.35A).

Pernas: Coloração amareladas. Pubescência dos fêmures enegrecidas, cobrindo quase

completamente o fêmur, parte distal da pubescência reta (Fig.35C). Tarsos anteriores em

machos com os três primeiros tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas,

segundo e terceiro com cerdas menos conspícuas; primeiro tarsômero de comprimento

aproximadamente duas vezes o segundo; segundo e terceiro tarsômeros equivalentes em

comprimento; último aproximadamente uma vez o comprimento dos demais somados.

Abdome: Urosternitos com margens laterais e posteriores serrilhadas; primeiro urosternito

sem carena mediana, sem depressão nas laterais; quinto urosternito dos machos com

reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.35E).

Genitália masculina: Peça basal com comprimento cerca de duas vezes maior que a largura;

parâmeros gradualmente acuminados e curvados, portando fileira de cerdas longas na região

subapical; lobo médio de comprimento equivalente ao dos parâmeros, fracamente curvado,

com ápice abruptamente afinado (Fig.35F-H).

Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista 03°02'20.3''N,

60°46'51.7''W.

Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 07.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W;

01.vi.2015, 1 ♀; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W,

01.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Alto Alegre, Lago 18,

02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W 05.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Etimologia. O epíteto específico refere-se à coloração preta da espécie (atratus, do Latim

“vestido em preto”).

Comentários. Se assemelha a B. rectangulus pela coloração, ausência de manchas no corpo e

pronoto mais estreito que o élitro. Ambas espécies são diferenciadas pelo formato e

dimensões das pontuações do pronoto e élitro (arredondadas e menores em B. atratus e

subquadrangulares e maiores em B. rectangulus), forma do processo mesosternal e forma da

Page 88: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

67

genitália masculina. Além disso, B. atratus sp. nov. possui brilho metálico na cabeça, ausente

em B. rectangulus.

Figura 34. Mapa com registro geográfico de Berosus atratus sp. nov. nos lagos da savana de

Roraima.

Page 89: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

68

Figura 35A – H: Berosus atratus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 90: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

69

Berosus aurifer sp. nov.

(Figs. 36; 37A - H)

Diagnose. 2,5 – 2,7 mm de comprimento total. Cabeça amarelada, com região da fronte mais

escura; sem brilho metálico; densamente pontuada, com pontos mais finos que os do pronoto.

Pronoto amarelo, sem manchas (Fig.37A). Prosterno com reentrância ânteromediana;

mesosterno com elevação mediana laminar, com ápice dentiforme (Fig.37D); metasterno com

elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro amarelado, com duas manchas

enegrecidas na região mediana e uma na região do úmero; presença de cerdas espiniformes

em todo o comprimento das estrias e interestrias (Fig.37A). Urosternitos com margens laterais

lisas; margens posteriores serrilhadas; primeiro urosternito sem carena mediana e sem

depressões nas laterais; quinto urosternito com reentrância apical sem projeções ou dentes na

região mediana(Fig.37E). Peça basal com comprimento cerca de 2/3 do comprimento total;

parâmeros um pouco maior que o lobo médio com uma pequena reentrância em cerca de 2/3

do seu comprimento, subcilíndrico, curvando-se gradualmente em direção ao ápice. Lobo

médio dilatado e arredondado no ápice, apresentando, em vista dorsal, um orifício (Fig.37F-

H).

Descrição:

Tamanho. 2,5 – 2,7 mm de comprimento total.

Cabeça: Coloração amarelada, com região da fronte mais escura; sem brilho metálico

(Fig.37A); densamente pontuada, com pontos mais finos que os do pronoto, distanciados por

aproximadamente o diâmetro de um ponto; pontuações da fronte maiores e mais profundas

que as do clípeo. Clípeo com carena longitudinal mediana na região posterior. Olhos

protuberantes; separados por duas vezes a largura de um olho. Comprimento dos antenômeros

da clava somados menores que a soma dos demais antenômeros; último antenômero de

comprimento equivalente a duas vezes o do anterior. Palpos maxilares de comprimento cerca

de duas vezes a largura do mento; último palpômero de comprimento maior que os anteriores,

com mancha enegrecida em seu ápice. Palpos labiais com comprimento equivalente à metade

da largura do mento; segundo palpômero discretamente menor que o terceiro.

Tórax: Pronoto amarelo, sem manchas; pontuação do pronoto com pontos distanciados por

aproximadamente uma vez o diâmetro de um ponto (Fig.37A). Prosterno com reentrância

Page 91: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

70

ânteromediana. Escutelo amarelado, com pontos distanciados por aproximadamente uma vez

o diâmetro de um ponto. Mesosterno com elevação mediana laminar, com ápice dentiforme

(Fig.37D). Metasterno com elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro

amarelado, com duas manchas enegrecidas na região mediana e uma na região do úmero; dez

fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras; pontuação de fundo discretamente

menores que a das estrias. Presença de cerdas espiniformes em todo o comprimento das

estrias e interestrias. Ápice elitral sem projeção espiniforme ou recorte (Fig.37C).

Pernas: Amareladas. Pubescência cobrindo todo o comprimento do fêmur, exceto seu ápice;

porção distal da pubescência reta (Fig.37C). Tarsos anteriores em machos com os três

primeiros tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas, segundo e terceiro com

cerdas menos conspícuas; primeiro tarsômero de comprimento aproximadamente duas vezes o

segundo; segundo e terceiro tarsômeros equivalentes; último aproximadamente uma vez o

comprimento dos demais somados.

Abdome: Margens laterais lisas e margens posteriores dos quatro primeiros urosternitos

serrilhadas; primeiro urosternito sem carena mediana e sem depressões nas laterais; quinto

urosternito com reentrância apical, sem projeções ou dentes na região mediana (Fig.37E).

Genitália masculina: Peça basal com comprimento cerca de 2/3 do comprimento total;

parâmeros um pouco maiores que o lobo médio com uma pequena reentrância em cerca de 2/3

do seu comprimento, subcilíndricos, curvando-se gradualmente em direção ao ápice. Lobo

médio dilatado e arredondado no ápice, apresentando, em vista dorsal, um orifício (Fig.37F-

H).

Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°46'23.8''N,

60°45'41.8''W.

Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01/vi/2015, 1 ♂ [álcool].

Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W,

03/vi/2015 [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W

, 03/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N,

61°04'39.9''W, 04/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 16,

02°59'46.20"N, 61° 6'44.07"W, 04/0vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto

Page 92: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

71

Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07/vi/2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo,

exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07/vi/2015, 1 ♂ [álcool].

Etimologia. O epíteto específico refere-se à coloração dourada da espécie (aurifer, do Latim

“coloração dourada”).

Comentários. Diferencia-se das demais espécies do gênero principalmente pela ausência de

manchas no pronoto e reentrância apical do quinto urosternito sem projeção medial.

Figura 36. Mapa com registro geográfico de Berosus aurifer sp. nov. nos lagos da savana de

Roraima.

Page 93: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

72

Figura 37A – H: Berosus aurifer sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 94: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

73

Berosus clarksoni sp. nov.

(Figs. 38; 39A - H)

Diagnose. 2,4 – 2,5 mm de comprimento total. Coloração marrom claro, com duas manchas

mais escuras na região posterior da fronte, sem brilho metálico. Pronoto marrom claro,

apresentando duas manchas escuras, mais evidente na região anteromediana (Fig.39A).

Mesosterno com elevação mediana laminar, com ápice dentiforme (Fig.39D). Metasterno com

elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro marrom claro, com duas manchas

enegrecidas na região mediana e pequenas manchas mais escuras nas pontuações das estrias e

algumas interestrias (Fig.39A). Pubescência cobrindo todo o comprimento do fêmur, exceto

seu ápice (Fig.39C). Urosternitos com margens laterais e posteriores serrilhadas; primeiro

urosternito com carena mediana. Quinto urosternito com reentrância apical e discreta elevação

na região mediana (Fig.39E). Peça basal com comprimento cerca de 3/4 do comprimento

total; parâmeros de comprimento equivalente ao do lobo médio com uma pequena reentrância

em cerca de 3/4 do seu comprimento, curvando-se na região subapical. Lobo médio

subcilíndrico, apresentando, em vista dorsal, um pequeno orifício (Fig.39F-H).

Descrição:

Tamanho. 2,4 – 2,5 mm de comprimento total.

Cabeça: Coloração marrom claro, com duas manchas mais escuras na região posterior da

fronte, sem brilho metálico. Pontuações da cabeça distanciadas por aproximadamente o

diâmetro de um ponto; pontuações da fronte mais largas e profundas que as do clípeo. Clípeo

com carena longitudinal mediana na região posterior. Olhos protuberantes; separados por duas

vezes a largura de um olho. Comprimento dos antenômeros da clava somados menor que a

soma dos demais antenômeros; último antenômero de comprimento equivalente a duas vezes

o do anterior. Palpos maxilares de comprimento cerca de duas vezes a largura do mento;

último palpômero de comprimento maior que os anteriores, com discreta mancha enegrecida

em seu ápice. Palpos labiais com comprimento equivalente à metade da largura do mento;

segundo palpômero discretamente menor que o terceiro.

Tórax: Pronoto amarelo, apresentando duas manchas mais evidente na região anteromediana;

pontuação do pronoto com pontos distanciados por aproximadamente uma vez o diâmetro de

Page 95: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

74

um ponto (Fig. 39A). Prosterno com reentrância anteromediana. Escutelo marrom claro, com

pontos distanciados por aproximadamente uma vez o diâmetro de um ponto. Mesosterno com

elevação mediana laminar, com ápice dentiforme. Metasterno com elevação mediana e

projeção lateral espiniforme (Fig. 39D). Élitro marrom claro, com duas manchas enegrecidas

na região mediana e pequenas manchas mais escuras nas pontuações das estrias e algumas

interestrias; dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras; pontuação de fundo

discretamente menores que a das estrias (Fig. 39C). Presença de cerdas espiniformes em todo

o comprimento das estrias e interestrias. Ápice elitral sem projeção ou recorte (Fig. 39A).

Pernas: Marrom claro. Pubescência cobrindo todo o comprimento do fêmur, exceto seu

ápice; porção distal da pubescência reta. Tarsos anteriores em machos com os três primeiros

tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas, segundo e terceiro com cerdas

menos conspícuas; primeiro tarsômero de comprimento aproximadamente duas vezes o

segundo; segundo e terceiro tarsômeros equivalentes; último aproximadamente uma vez o

comprimento dos demais somados (Fig. 39C).

Abdome: Margens laterais lisas e margens posteriores dos quatro primeiros urosternitos

serrilhadas; primeiro urosternito com carena mediana; sem depressões nas laterais. Quinto

urosternito com reentrância apical e discreta elevação na região mediana (Fig. 39E).

Genitália masculina: Peça basal com comprimento cerca de 3/4 do comprimento total;

parâmeros do mesmo comprimento que o do lobo médio com uma pequena reentrância em

cerca de 3/4 do seu comprimento, curvando-se na região subapical. Lobo médio subcilíndrico,

apresentando, em vista dorsal, um pequeno orifício (Fig. 39F-H).

Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°47'15.4''N,

60°46'37.3''W.

Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01/vi/2015, ♂ [álcool].

Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W,

03/vi/2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N,

60°51'48.9''W, 05/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 25,

03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto

Alto alegre: Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados

Page 96: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

75

do holótipo, exceto Alto Alegre: Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, 02/vi/2015, 1 ♂

[álcool].

Etimologia. O epíteto específico, clarksoni, é em homenagem ao Dr. Bruno Clarkson que

vem contribuindo para o conhecimento acerca da família Hydrophilidae no Brasil.

Comentários. Se assemelha a B. olivae pelo comprimento do corpo, padrão de manchas da

cabeça e pronoto e forma da reentrância do quinto urosternito, diferenciando-se desta pela

forma da genitália masculina. A espécie também é próxima de B. aurifer sp. nov.,

principalmente, pela forma da genitália masculina, porém em B. clarksoni sp. nov. a peça

basal é maior em relação ao comprimento total do edeago.

Figura 38. Mapa com registro geográfico de Berosus clarksoni sp. nov. nos lagos da savana de

Roraima.

Page 97: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

76

Figura 39A – H: Berosus clarksoni sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 98: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

77

Berosus cordatus sp. nov.

(Figs. 40; 41A - H)

Diagnose. 6,0 – 6,1 mm de comprimento total. Cabeça marrom, sem brilho metálico, com

uma mancha escura, larga em formato de “V” na região posterior da fronte. Pronoto marrom,

com porção anteromediana apresentando duas faixas longitudinais enegrecidas. Mesosterno

com elevação mediana laminar (Fig.41D). Metasterno com elevação mediana e projeção

lateral espiniforme. Élitros marrons, com manchas enegrecidas esparsas, contendo cerdas

espiniformes nas interestrias a partir da metade posterior (Fig.41A). Urosternitos com

margens laterais lisas e margem posterior serrilhadas; primeiro urosternito sem carena

mediana, sem depressão lateral; quinto urosternito com reentrância apical contendo duas

projeções espiniformes na região mediana (Fig.41E). Peça basal de comprimento equivalente

a um terço do comprimento total; parâmeros longos, estreitos, debilmente sinuosos, com

vértices voltados para o lado externo, arredondados; presença de cerdas longas, subapicais.

Lobo médio um pouco mais curto do que os parâmeros, subcilíndrico, ligeiramente curvado

(Fig.41F-H).

Descrição:

Tamanho. 6,0 – 6,1 mm de comprimento total.

Cabeça: marrom, sem brilho metálico, com uma mancha escura, larga em formato de “V” na

região posterior da fronte; pontuações finas, distanciadas por uma vez o diâmetro de um ponto

(Fig. 41A). Fronte com carena longitudinal mediana na região posterior. Olhos protuberantes,

separados por aproximadamente duas vezes a largura de um olho. Comprimento dos

antenômeros da clava somados menor que a soma dos demais antenômeros; último

antenômero da clava de comprimento equivalente a duas vezes o do anterior. Palpos

maxilares longos, de comprimento aproximadamente duas vezes a largura do mento; segundo

palpômero de comprimento equivalente ao do último; terceiro palpômero discretamente

menor que o anterior; último palpômero com mancha apical enegrecida. Palpos labiais com

comprimento um pouco maior que a largura do mento; segundo palpômero discretamente

menor que o terceiro.

Page 99: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

78

Tórax: Pronoto marrom, com porção anteromediana apresentando duas faixas longitudinais

enegrecidas; pontuações finas, com pontos distanciados por pelo menos de uma a duas vezes

o diâmetro de um ponto (Fig. 41A). Prosterno com reentrância anteromediana. Escutelo

negro, com pontos escassos, distanciados por duas à três vezes o diâmetro de um ponto.

Mesosterno com elevação mediana laminar (Fig. 41D). Metasterno com elevação mediana e

projeção lateral espiniforme. Élitros marrons, com manchas enegrecidas esparsas; presença de

dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras; pontuação de fundo com pontos

discretamente menores que os das estrias. Cerdas espiniformes presentes nas interestrias a

partir da metade posterior; ápices elitrais sem projeções ou recortes (Fig. 41A).

Pernas: Marrom; pubescência dos fêmures cobrindo quase toda superfície; parte distal da

pubescência reta (Fig. 41C). Tarsos anteriores em machos com primeiro, segundo e terceiro

tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas; primeiro tarsômero de comprimento

aproximadamente duas vezes o do segundo; último aproximadamente uma vez e meia o

comprimento dos demais somados.

Abdome: Urosternitos com margens laterais lisas e margem posterior serrilhada; primeiro

urosternito sem carena mediana, sem depressão lateral; quinto urosternito com reentrância

apical contendo duas projecões espiniformes na região mediana (Fig. 41E).

Genitália masculina: Peça basal de comprimento equivalente a um terço do comprimento

total; parâmeros longos, estreitos, debilmente sinuosos, com vértices voltados para o lado

externo, arredondados; presença de cerdas longas, subapicais. Lobo médio um pouco mais

curto do que os parâmeros, subcilíndrico, levemente curvado (Fig. 41F-H).

Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°47'29.8''N,

60°47'08.4''W.

Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto 2 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto

Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo,

exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados do

holótipo, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 2 ♂ e 1 ♀

[álcool].

Page 100: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

79

Etimologia. O epíteto específico refere-se à presença de uma mancha em formato de coração

na região posterior da fronte (cordatus, do Latim “em forma de coração”).

Comentários. Essa espécie é diferenciada das demais do gênero pelo conjunto de tais

caracteres: comprimento do corpo relativamente grande (6,0 – 6,1), padrão de manchas da

cabeça, pronoto e élitro, quinto urosternito com região mediana contendo duas projeções

espiniformes e parâmeros longos, estreitos, debilmente sinuosos com presença de cerdas

longas, subapicais.

Figura 40. Mapa com registro geográfico de Berosus cordatus sp. nov. nos lagos da savana de

Roraima.

Page 101: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

80

Figura 41A – H: Berosus cordatus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 102: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

81

Derallus Sharp, 1882

Diagnose. Podem ser diferenciados dos outros gêneros pelas seguintes características:

comprimento total entre 1,5 e 4 mm; corpo fortemente convexo, comprimido lateralmente;

antenas com sete antenômeros; prosterno muito curto, com discreta elevação mediana e

pequena reentrância na região anteromediana; mesosterno com carena mediana apresentando

diferentes formatos; metasterno com porção mediana elevada, com uma carena mediana

longitudinal; base dos fêmures com densa pubescência hidrofóbica; tíbias médias e

posteriores com longas cerdas natatórias na face dorsal; abdome com cinco urosternito

visíveis; primeiro urosternito podendo apresentar uma carena mediana; último urosternito

com reentrância apical e discreta projeção na região mediana.

O gênero possui 18 espécies descritas, com distribuição Neotropical e Neártica. Na América

do Sul são registradas 17 espécies das quais 13 ocorrem no Brasil (Hansen, 1999; Short e

Hebauer, 2006; Short, 2007). No estado de Roraima foi encontrada uma espécie de Derallus,

sendo esta nova para a ciência.

Derallus roraimensis sp. nov.

(Figs. 42; 43A – F)

Diagnose. 1,8 – 2,0 mm de comprimento total. Parte dorsal preta e ventral marrom escura;

apêndices marrons claros. Cabeça com pontos finos, bem impressos. Pronoto com pontuação

fina, pontos dispostos densamente na região central e mais grossos na região lateral. Élitros

com dez fileiras longitudinais de pontos, as quatro externas mais largas que as internas;

pontuação de fundo com pontos de tamanho menor (Fig.43A). Meso e metafêmures com

pubescência curta e sigmoide. Processo mesosternal apresentando duas projeções dentiformes,

a posterior mais projetada e bífida em vista posterolateral. Metasterno com elevação mediana

fina e curta (Fig.43C). Peça basal um pouco menor que a metade do comprimento total;

parâmeros mais largos no ápice que na base, margem externa muito arredonda e margem

interna subparalela, curvando-se em seu ápice; lobo médio mais longo que os parâmeros, com

ápice arredondado (Fig.43D-F).

Descrição:

Page 103: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

82

Tamanho. 1,8 – 2,0 mm de comprimento total.

Coloração. Dorsalmente preto e ventralmente marrom escuro; apêndices marrons claros.

Cabeça. Labro fino e densamente pontuado, clípeo emarginado anteriormente, pontuação da

cabeça fina e densa, com pontos bem impressos, distanciados por aproximadamente a largura

de um ponto; presença de cerdas finas presente em algunas pontos situados na margem interna

dos olhos. Sutura frontoclipeal pouco aparente. Olhos grandes, separados por cerca de duas

vezes a largura de um olho. Antenas com oito antenômeros, escapo aproximadamente do

mesmo comprimento dos antenômeros dois e cinco somados, terceiro e quarto antenômeros

muito reduzidos. Mento mais largo que longo; superfície com poucas pontuações. Palpos

maxilares de comprimento menor que a largura da cabeça, último palpômero de comprimento

equivalente aos palpômeros dois e três juntos, levemente preto na região subapical. Palpos

labiais com cerca da metade da largura do mento.

Tórax. Pronoto, com pontuação fina, pontos dispostos densamente na região central e mais

grossos na região lateral; distância entre as pontuações cerca de três vezes o diâmetro de um

ponto; interstícios sem microescultura. Élitros com dez fileiras longitudinais estreitas de

pontos sistemáticos, as quatro externas mais espessas que as anteriores; pontuação de fundo

com pontos de tamanho menor que a das fileiras de ponto, distanciados por uma a duas vezes

o diâmetro de um ponto, muitas vezes portando cerdas curtas; calos umerais ausentes

(Fig.43A). Prosterno carenado medianamente. Processo mesosternal apresentando duas

projeções dentiformes, a posterior mais projetada e bífida em vista posterolateral, contendo

algumas cerdas. Metasterno com elevação mediana longitudinal fina e curta.

Pernas. Tíbias posteriores aplanadas, com um grande espinho apical no lado externo; tarsos

com cinco artículos, segundo artículo das pernas médias e posteriores com o dobro do

comprimento do primeiro, quinto artículo maior que o terceiro e quarto somados; garras

tarsais bífidas em todas as pernas.

Abdome. Urosternitos densamente pubescentes. Primeiro urosternito com carena mediana

grossa. Quinto urosternito com reentrância na margem posterior, portando uma projeção

mediana (Fig.43C).

Genitália masculina. Peça basal um pouco menor que a metade do comprimento total;

parâmeros mais largos no ápice que na base, margem externa arredondada e margem interna

Page 104: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

83

subparalela, curvando-se gradualmente a partir do terço apical; lobo médio mais longo que os

parâmeros, com ápice arredondado (Fig.43D-F).

Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°54'24.7''N,

60°57'38.3''.

Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 1 ♂ [álcool].

Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,

01.vi.2015, 3 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N,

60°46'37.3''W, 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 4,

02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, 01.vi.2015, 3 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto

Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo,

exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do

holótipo, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 7 ♂ [álcool]; mesmos

dados do holótipo, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados do holótipo, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W,

05.vi.2015, 2 ♂ [álcool]; Alto Alegre mesmos dados do holótipo, exceto Lago 22,

02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W, 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Etimologia. O epíteto específico, roraimenses, refere-se ao local onde o holótipo foi coletado,

Estado de Roraima.

Comentários. As espécies que compõem o gênero são muito similares, diferenciando-se

apenas pelo comprimento do corpo, forma do processo meso e metasternal e forma da

genitália masculina. Derallus roraimensis sp. nov. assemelha-se a D. terraenovae Oliva, 1984

pela forma do processo mesosternal, porém diferencia-se desta principalmente pelo

comprimento do corpo menor e pela forma da genitália masculina, especialmente o formato

dos parâmeros, que são mais largos no ápice que na base, possuem a margem externa

arredondada e a margem interna subparalela.

Page 105: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

84

Figura 42. Mapa com registro geográfico de Derallus roraimensis sp. nov. nos lagos da savana de

Roraima.

Page 106: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

85

Figura 43A – F: Derallus roraimensis sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;

C. Hábito em vista ventral; D. Genitália masculina em vista dorsal; E. Genitália masculina em vista

lateral; F. Genitália masculina em vista ventral.

Laccobiini Bertrand, 1954

Diagnose. Borda posterior do quinto urosternito arredondada, sem reentrância apical.

Mesosterno com vários espinhos curvados na face ventral; metasterno em forma de triângulo

pouco elevado, glabro. Élitros sem estrias, podendo haver fileiras de pontuações. Segmento

apical dos palpos maxilares mais largo do que o penúltimo. Pseudoepipleura tão larga quanto

epipleura. Profêmures com pubescência basal; meso e metafêmures glabros.

Page 107: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

86

Paracymus Thomson, 1867

Diagnose. Comprimento total entre 1,0 e 3,2 mm; antenas usualmente com oito antenômeros,

podendo apresentar sete ou nove; ápice mandibular trífido; prosterno carenado na região

mediana; mesosterno com elevação mediana em forma de “V” invertido; fêmures anteriores e

médios com densa pubescência hidrofóbica na região basal; élitros com estria sutural pelo

menos na metade posterior e pontuações muito discretas; primeiro urosternito carenado ou

não na região mediana e quinto urosternito sem reentrância apical.

O gênero está presente em todas as regiões biogeográficas, sendo composto por

aproximadamente 80 espécies descritas. Na região Neotropical há registos de 29 espécies,

sendo 15 registradas para a América do Sul e 13 para o território brasileiro (Hansen, 1999;

Short e Hebauer, 2006). Foram registradas para o estado de Roraima duas espécies já

descritas.

Paracymus gracilis Orchymont, 1942

(Figs. 44; 45A – C; 46A - B)

Paracymus gracilis Orchymont, 1942: 64; Wooldridge, 1973: 122.

Diagnose. 1,7 – 1,8 mm de comprimento total. Corpo de forma oval, ligeiramente convexa.

Coloração da superfície dorsal preta com brilho verde metálico. Base da fronte sem

pontuação; partes da fronte, clípeo e labro cobertos de pontos finos e irregularmente

distribuídos; diâmetros dos pontos distintamente menores que os intervalos; algumas

pontuações densamente organizadas na margem interna dos olhos. Sutura frontoclipeal

aparente. Antenas com oito antenômeros. Pronoto preto com margens laterais amareladas

(Fig.46B). Pontuações desordenadas finas e irregularmente distribuídas, como na cabeça.

Prosterno preto, carena mediana afinada ao longo de todo o comprimento. Élitro preto,

tornando-se mais claro a partir da sua metade posterior. Pontuações do élitro grosseiras,

desordenadas, ligeiramente mais densas que no pronoto e cabeça. Estria sutural presente,

nitidamente impressa (Fig.46A). Processo mesosternal discretamente laminar. Procoxa,

trocânteres, e metade basal dos fêmures marrom escuro, pubescente; demais áreas das pernas

anteriores lisas e amareladas. Meso e metatarso com cerdas natatórias finas. Urosternitos

pretos, inteiramente cobertos com densa pubescência hidrofóbica (Fig.45C); primeiro

urosternito apresentando carena longitudinal, sem depressões laterais. Genitália masculina

com peça basal de comprimento equivalente à metade do comprimento total; parâmeros um

Page 108: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

87

pouco mais longos que o lobo médio, apresentando, em vista dorsal, margens exteriores

uniformemente curvas desde a base até o ápice, margens internas sinuosas; ápice afinado.

Lobo médio largo, afinando em cerca de um terço do comprimento total (Fig.46A-B).

Comentários. Esta espécie pode ser diferenciada das demais espécies do gênero pela forma

do corpo, coloração do palpômero apical, forma do processo mesosternal, coloração dos

élitros, extensão da pubescência dos fêmures e forma da genitália masculina.

Distribuição. BRASIL: Pernambuco, Roraima.

Figura 44. Mapa com registro geográfico de Paracymus gracilis Orchymont nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista: Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 02.vi.2015, 3 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 2 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 16, 02°59'46.20"N, 61°6'44.07"W, 04.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 1 ♂

[álcool].

Page 109: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

88

Figura 45A – C: Paracymus gracilis Orchymont. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;

C. Hábito em vista ventral.

Figura 46A – B: Paracymus gracilis Orchymont. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália

masculina em vista ventral.

Page 110: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

89

Paracymus sedatus Wooldridge, 1973

(Figs. 47; 48A – C; 49A - C)

Paracymus sedatus Woldridge, 1973:121.

Diagnose. 1,8 mm de comprimento total. Corpo de forma oval, ligeiramente convexo

(Fig.48A). Coloração da superfície dorsal preta e ventral marrom escura. Base da fronte sem

pontuação; partes da fronte, clípeo e labro cobertos de pontos finos e irregularmente

distribuídos; diâmetro dos pontos distintamente menor que o dos intervalos. Sutura

frontoclipeal indistinta. Antenas com oito antenômeros. Pronoto preto, com margens laterais

amareladas (Fig.48B). Pontuações desordenadas muito finas, irregularmente distribuídas,

como na cabeça. Prosterno preto, carena mediana afinada longitudinalmente. Élitro preto com

margens discretamente mais claras (Fig.48B). Pontuações desordenadas e grosseiras,

ligeiramente mais densas que no pronoto e cabeça. Estria sutural presente. Processo

mesosternal bem desenvolvido, com forma laminar. Procoxa, trocanteres, e metade basal dos

fêmures marrom escuro, pubescentes. Meso e metatarso com cerdas natatórias finas.

Urosternitos pretos, inteiramente cobertos com densa pubescência hidrofóbica; primeiro

urosternito com discreta carena mediana longitudinal (Fig.48C). Genitália masculina com

peça basal de comprimento equivalente a 2/3 do comprimento total; parâmeros em vista

dorsal com margens exteriores uniformemente curvas desde a base até o ápice, margens

internas pouco sinuosas; ápice arredondado. Lobo médio menor que os parâmeros, largo,

afinando em cerca de um terço do comprimento total (Fig.49A-B).

Comentários. P. sedatus é próxima morfologicamente a P. gracilis, porém diferencia-se

desta principalmente pela forma e proporções da genitália masculina. Em P. sedatus os

parâmeros possuem o ápice arredondado, já em P. gracilis o ápice é afinado.

Distribuição. ARGENTINA: Tucuman; BRASIL: Roraima.

Page 111: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

90

Figura 47. Mapa com registro geográfico de Paracymus sedatus Wooldridge nos lagos da savana de

Roraima.

Figura 48A – C: Paracymus sedatus Wooldridge. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral.

Page 112: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

91

Figura 49A – B: Paracymus sedatus Wooldridge. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália

masculina em vista ventral.

Hydrophilini Latreille, 1802

Diagnose. Maioria das espécies de comprimento total maior que 20 mm. Meso e metasterno

fusionados em um quilha mediana, que muitas vezes se estende posteriormente (exceto

Protistolophus) ao longo dos urosternitos como um espinho afiado. A maioria das espécies,

com cerdas natatórias longas nas pernas meso e metatorácicas.

Hydrobiomorpha Blackburn, 1888

Diagnose. Comprimento total entre 12 e 28 mm; antenas com nove antenômeros; primeiro

antenômero da clava dividido em dois lobos assimétricos, o mais estreito com cerdas longas;

prosterno fortemente carenado na região mediana; meso e metasterno fusionados, formando

uma quilha; elevação metasternal com a região posterior pontiaguda avançando sobre o

abdome; fêmures médios e posteriores glabros; tíbias sem longas cerdas natatórias; tarsos

médios e posteriores com franjas de longas cerdas natatórias; élitros com fileiras longitudinais

de pontuações inconspícuas, dificilmente detectáveis; urosternitos com pubescência

hidrofóbica.

Hydrobiomorpha tem representantes em todas as regiões zoogeográficas, com excessão da

região Neártica, sendo composto por 58 espécies (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). O

Page 113: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

92

gênero possui dois subgêneros: Hydrobiomorpha (Brownephilus) Mouchamps, 1959, com

uma espécie e Hydrobiomorpha (s. str.) Blackburn, 1988, composto por 57 espécies. Na

região Neotropical estão registradas 33 espécies, das quais 30 ocorrem na América do Sul e

21 no Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). Foi encontrada, no presente estudo, uma

espécie do gênero.

Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps, 1959

(Figs. 50 – 51A - H)

Hydrobiomorpha longa ssp. corumbaensis Mouchamps, 1959: 331.

Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps; Bachmann, 1988: 21.

Diagnose. 17,0 mm de comprimento total. Coloração da cabeça preta. Labro com duas

pontuações sistemáticas distintas medialmente; clípeo amplamente emarginado anteriormente.

Fronte com pontuações sistemáticas na margem interna dos olhos. Labro, clípeo e fronte com

pontuação muito finas e indistinta. Palpos maxilares amarelados e ligeiramente mais longos

do que a cabeça. Dorso preto; série anterolateral de pontuações sistemáticas lineares, mais ou

menos irregulares e espaçadas e séries posterolaterais dispersas e irregulares (Fig.51A).

Prosterno carenado, com área central elevada e glabra; extremidade anterior arredondada e

extremidade posterior projetada em um espinho ligeiramente curvado (Fig.51D). Élitro com

pontuações sistemáticas reduzidas, pouco visíveis, aparecendo como arranhões; margem

lateral com pontuações mais bem impressas, irregulares, algumas com cerdas curtas

(Fig.51A). Meso e metasterno fundidos e elevados, formando uma quilha esternal;

extremidade anterior com ligeira endentação e extremidade posterior bastante afinada, não

atingindo mais do que a metade do primeiro urosternito. Quilha ligeiramente engrossada na

região do metasterno (Fig.51C). Fêmures glabros. Urosternitos de dois a cinco pubescentes,

com área medial glabra (Fig.51E). Genitália como na figura 51F -H.

Comentários. Esta espécie possui as séries de pontos elitrais e pronotais notavelmente mais

impressas que qualquer outra espécie do gênero, sendo essa a principal característica que a

difere das demais. É próxima morfologicamente a Hydrobiomorpha longa Bruch, 1915, mas

se distingue desta principalmente por ter maiores dimensões, possuir a área glabra do último

urosternito mais estreita e pela genitália masculina possuir parâmeros mais largos e lobo

médio mais curvado em vista lateral.

Page 114: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

93

Distribuição. BRASIL: Roraima, Rio Grande do Sul; PARAGUAI: Concepción.

Figura 50. Mapa com registro geográfico de Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps nos lagos da

savana de Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista: Lago 12, 02°54'36.5''N,

60°57'30.9''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols.,

11.viii.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W,

XX.viii.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W,

13.viii.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 22, 02°59'37.1''N,

61°07'38.9''W, K. Dias, C. Benetti cols., 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Page 115: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

94

Figura 51A – H: Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito

em vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Área glabra

dos urosternitos; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H.

Genitália masculina em vista ventral.

Page 116: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

95

Hydrophilus Geoffroy, 1762

Diagnose. Comprimento total entre 20 a 50 mm; olhos protuberantes; antenas com nove

antenômeros; prosterno bem desenvolvido, porção mediana fortemente elevada, formando um

processo em forma de capuz ou com sulco mediano longitudinal aberto posteriormente; meso

e metasternos fundidos, formando uma quilha; elevação mesoventral com região anterior sem

entalhamento ou cerdas; elevação metaventral lisa, região posterior pontiaguda, de

comprimento variável; fêmures médios e posteriores glabros; tíbias médias e posteriores com

fileiras longitudinais de espinhos muito finos e densos na região dorsal; élitros com dez

fileiras longitudinais de pontos finos; região apical dos élitros com ou sem espinhos;

urosternitos variando na distribuição da pubescência hidrofóbica; quinto urosternito sem

reentrância apical.

Hydrophilus é composto por 47 espécies, ocorrentes em todas as regiões biogeográficas

(Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). O gênero está dividido em três subgêneros:

Hydrophilus (s. str.) Geoffroy, 1762, composto por 35 espécies; Hydrophilus (Dibolocelus)

Bedel, 1891, composto por 10 espécies e Hydrophilus (Temnopterus) Solier, 1834, composto

por duas espécies. Na região Neotropical são registradas 16 espécies das quais 15 ocorrem na

América do Sul e nove no Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). No presente estudo

foram encontradas duas espécies de Hydrophilus previamente descritas.

Hydrophilus ensifer Brullé, 1837

(Figs. 52 – 53A - H)

Hydrophilus ater Olivier, 1792: 125

Hydrous ater (Olivier), Cristofori e Jan, 1832: 31.

Stethoxus ater (Olivier), Solier, 1834: 307.

Hydrous (Pagipherus) ater (Olivier), Kuwert, 1893: 90.

Hydrophilus ater Fabricius, 1792: 183. Syn.: Castelnau, 1840: 49.

Hydrophilus (Hydrocus) ensifer Brullé, 1837: 52. Syn.: Bedel, 1881: 94.

Stethoxus (Stethoxus) ensifer (Brullé); Orchymont, 1943: 69.

Hydrophilus (Hydrocus) ovalis Brullé, 1837: 53.

Page 117: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

96

Hydrophilus (Hydrophilus) brasiliensis Castelnau, 1840: 50. Syn.: Bedel, 1891: 321

Hydrous (Pagipherus) brasiliensis (Castelnau); Kuwert, 1893: 90.

Diagnose. 30 – 32 mm de comprimento total. Forma do corpo ligeiramente convexa

dorsalmente e plana ventralmente, de coloração preta. Palpos e antenas marrons (Fig.53A).

Presença de cerdas curtas nas estrias elitrais e pubescência amarelada na região ventral.

Primeiro urosternito totalmente coberto pela pubescência, o segundo com zona glabra em

forma triangular e nos seguintes a pubescência se restringe as margens laterais (Fig.53C).

Quinto artículo dos protarsos do macho largo e subretangular, com sua margem interna reta e

ventosas que não se restringem ás margens laterais; unhas protarsais desiguais, a interna

evidentemente mais larga e longa que a externa. Prosterno com elevação mediana em forma

de capuz não dividido no meio (Fig.53D). Meso e metasterno fundidos e elevados, formando

uma quilha esternal. Quilha do mesosterno com sulco pouco profundo, não muito largo em

sua metade anterior. Quilha do metasterno atingindo a região posterior do segundo urosternito

(Fig.53C). Último urosternito fortemente elevado no centro; região anterior com sulco em

forma de “V” (Fig.53E). Genitália masculina com parâmeros longos, ápice arredondado e

dente lateral, lobo médio curto e estreitado na região apical (Fig.53F-H).

Comentários. Possui pequenas dimensões quando comparadas como outras espécies de

Hydrophilus. Se diferencia das demais espécies do gênero por apresentar quinto artículo do

protarso dos machos muito curto, largo, com margem interna reta e região glabra do segundo

urosternito subtriangular.

Distribuição. ARGENTINA; BOLÍVIA; BRASIL: Pará, Roraima; COLOMBIA;

EQUADOR; GUATEMALA: Peten; GUIANA FRANCESA; MÉXICO: Campeche;

NICARAGUA: Masaya, Granada; PARAGUAI; SURINAMI; URUGUAI.

Page 118: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

97

Figura 52. Mapa com registro geográfico de Hydrophilus ensifer Brullé nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,

61°07'48.7''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 05.vi.2015,

1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Boa Vista, Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, K.

Dias, L. Santana cols., 10.viii.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool].

Page 119: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

98

Figura 53A – H: Hydrophilus ensifer Brullé. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Quarto e quinto urosternito; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 120: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

99

Hydrophilus simulator Bedel, 1891

(Figs. 54 – 55A - E)

Stethoxus (Stethoxus) simulator Bedel, 1891: 313.

Hydrous (Pagipherus) simulator (Bedel); Kuwert, 1893: 89.

Hydrous (Hydrous) simulator (Bedel); Zaitzev, 1908: 366.

Hydrophilus simulator (Bedel); Blackwelder, 1944: 171.

Diagnose da fêmea. 37,0 – 39,0 mm de comprimento total. Forma do corpo ligeiramente

convexa dorsalmente e plana ventralmente, de coloração preta, sem brilho. Palpos marrom

claro; antenas com antenômeros marrons e clava antenal preta. Presença de cerdas curtas nas

estrias elitrais (Fig.55A). Primeiro urosternito totalmente coberto pela pubescência, o segundo

com zona glabra em forma triangular e nos seguintes a pubescência se restringe as margens

laterais (Fig.55C). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz não dividido no meio

(Fig.55D). Meso e metasterno fundidos e elevados, formando uma quilha esternal. Quilha do

mesosterno com sulco pouco profundo, não muito largo em sua metade anterior. Metasterno

com sulco não muito profundo na região medial (Fig.55C). Último urosternito levemente

elevado na região mediana; região anterior com sulco em forma de “U” (Fig.55E).

Comentários. Se assemelha a Hydrophilus ensifer pelo formato das áreas glabras dos

urosternito, diferenciando-se principalmente pelo comprimento maior do corpo e por

apresentar sulco na região anterior do quinto urosternito em forma de “U” e leve elevação na

região mediana. Não foi possível a comparação da genitália masculina pois o espécime

estudado é uma fêmea.

Distribuição: BRASIL: Roraima; SURINAME

Page 121: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

100

Figura 54. Mapa com registro geográfico de Hydrophilus simulator Bedel nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 13, 02°53'03.5''N,

60°52'45.5''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols.,

13.viii.2015, 1♀ [álcool].

Page 122: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

101

Figura 55A – H: Hydrophilus simulator Bedel. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;

C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Quarto e quinto urosternito.

Page 123: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

102

Tropisternus Solier, 1834

Diagnose. Comprimento total entre 6 e 15 mm; prosterno com porção mediana fortemente

elevada, formando um processo em forma de capuz, ou com sulco mediano longitudinal

aberto; meso e metasternos fusionados, região anterior sem entalhamentos ou cerdas longas;

elevação metasternal lisa, região posterior pontiaguda avançando sobre o abdome; élitros com

fileiras de pontos sistemáticos longitudinais, aparentes ou não; fêmures médios e posteriores

com pubescência hidrofóbica; tíbias médias com franjas de cerdas natatórias na região dorsal;

tíbias posteriores portando ou não cerdas; tarsos médios e posteriores com franjas de cerdas

natatórias na região dorsal; urosternitos pubescentes; região apical do quinto urosternito com

ou sem reentrância, parte subapical podendo apresentar-se lisa, com um tubérculo, com cerdas

discretas ou com um espinho de tamanho variável.

Tropisternus possui 58 espécies descritas, com representantes nas regiões Neotropical e

Neártica (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). O gênero está dividido em cinco

subgêneros: Tropisternus (Pleurhomus) Sharp, 1883 com uma espécie; Tropisternus

(Homostethus) Orchymont, 1921 com três espécies; Tropisternus (Pristoternus) Orchymont,

1936 com 24 espécies; Tropisternus (s. str.) Solier, 1834 com 24 espécies e Tropisternus

(Strepitornus) Hansen, 1989 com três espécies. Das espécies conhecidas, 51 ocorrem na

região Neotropical, 40 na América do Sul e 26 no Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer,

2006). Na área estudada foram encontradas quatro espécies já descritas.

Tropisternus (Pristoternus) apicipalpis Chevrolat, 1834

(Figs. 56 – 57A - H)

Hydrophilus apicipalpis Chevrolat, 1834: 44.

Tropisternus apicipalpis (Chevrolat), Castelnau, 1840: 53.

Tropisternus (Cyphostethus) apicipalpis (Chevrolat), Orchymont, 1921: 364.

Tropisternus (Pristoternus) apicipalpis (Chevrolat), Orchymont, 1943: 64.

Tropisternus agilis Castelnau, 1840: 53. – Syn Orchymont, 1921: 364

Page 124: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

103

Diagnose. 13 – 14 mm de comprimento total. Cabeça com pontuação densa, pontos

distanciados por aproximadamente o diâmetro de um ponto. Clípeo com duas fileiras de

pontos em forma de “V” em frente aos olhos. Pronoto levemente sinuoso na região lateral e

bisinuoso na região basal; pontuação igual a da cabeça com alguns pontos mais grosseiros na

região lateral (Fig.57A). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz não dividido no

meio (Fig.57D). Mesosterno com elevação mediana larga, com algumas cerdas curtas na

região anterior. Metasterno com elevação mediana, atingindo aproximadamente metade do

segundo urosternito (Fig.57C). Élitros com nove fileiras longitudinais de pontos finos.

Margem apical do quinto urosternito com um longo espinho mediano, que se estende além do

último urosternito a uma distância de um pouco mais da metade do comprimento do

urosternito; presença de algumas cerdas douradas no ápice (Fig.57E). Peça basal da genitália

masculina medindo cerda da metade do comprimento total; parâmeros com ápice estreitado e

levemente recortado; lobo médio mais curto que os parâmeros, acuminado apicalmente

(Fig.57F-H).

Comentários. Esta espécie é bastante semelhante a T. phyllisae Spangler e Short, porém essa

última possui a forma do corpo mais ampla e menos convexa, a base do pronoto mais estreita

que a base do élitro e a área pubescente do metafêmur muito maior.

Distribuição. ARGENTINA; BOLÍVIA; BRASIL: Roraima; COSTA RICA; CUBA;

MÉXICO; NICARAGUA; PARAGUAI.

Page 125: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

104

Figura 56. Mapa com registro geográfico de Tropisternus apicipalpis Fabricius nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols., 1.viii.2015, 3 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W, 08.viii.2015, 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, 12.viii.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 13.viii.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana

cols., 03.vi.2015; 11.vii.2015, 4 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N,

60°52'45.5''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 03.vi.2015; 10.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, K. Dias, C. Benetti

cols., 04.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W,

10.viii.2015, 8 ♂ 11♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W,

K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 07.vi.2015; 13.viii.2015, 1 ♂ 1 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,

07.vi.2015; 13.viii.2015, 4 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N,

60°50'00.8''W, K. Dias, C. Benetti cols., 07.vi.2015, 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto

Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, K. Dias, C. Benetti cols., 02.vi.2015, 1 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, K. Dias,

Page 126: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

105

C. Benetti cols., 05.vi.2015, 2 ♂ e 4 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 22,

02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W, K. Dias, C. Benetti L. Santana cols., 06.vi.2015; 10.viii.2015, 6

♂ e 4 ♀ [álcool].

Page 127: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

106

Figura 57A – H: Tropisternus apicipalpis Fabricius. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho do quinto

urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H.

Genitália masculina em vista ventral.

Page 128: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

107

Tropisternus (Strepitornus) collaris (Fabricius, 1775)

(Figs. 58; 59A - H)

Hydrophilus collaris Fabricius, 1775: 229

Dytiscus collaris (Fabricius); Goeze, 1777: 615.

Tropisternus collaris (Fabricius); Castelnau, 1840: 54.

Hydrophilus lineatus Dejean, 1821: 50 (syn.: Orchymont, 1919: 159).

Tropisternus Iineatus (Dejean); Solier, 1834: 310. – nom. nud.

Diagnose. 8,5 – 9,5 mm de comprimento total. Cabeça com pontuação densa, pontos

distanciados por aproximadamente o diâmetro ou metade do diâmetro de um ponto. Clípeo

amarelo escuro com duas fileiras de pontuações em forma de “ V” na frente dos olhos. Fronte

verde metálica. Pronoto com uma faixa longitudinal verde metálica na porção mediana;

pontuação lateral seriada (Fig.59A). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz

dividido no meio (Fig.59D); Mesosterno com elevação mediana apresentando cerdas curtas,

principalmente na região anterior. Metasterno com elevação mediana apresentando cerdas e

uma linha mediana; parte posterior da elevação plana, atingindo até mais da metade do

segundo urosternito (Fig.59C). Presença de quatro faixas longitudinais verde metálicas no

élitro, entre as faixas, na porção posterior, outra faixa pequena (Fig.59A). Urosternitos lisos,

sem carena; quinto urosternito sem reentrância apical e uma discreta elevação pré-apical

portando um tufo de cerdas (Fig.59E). Genitália masculina com peça basal de comprimento

equivalente à metade do comprimento total; parâmeros com ápice estreitado e sigmóide; lobo

médio mais curto que os parâmeros, estreito e dilatado no ápice (Fig.59F-H).

Comentários. T. collaris difere das demais espécies do gênero por apresentar quatro faixas

longitudinais verde metálicas no élitro e elevação prosternal dividida ao meio. A espécie pode

apresentar variações, principalmente na faixa longitudinal verde metálica do pronoto que pode

variar de comprimento, chegando a atingir as margens anteriores e posteriores pronotais.

Distribuição. ARGENTINA; BOLÍVIA; BRASIL: Amazonas, Pará, Roraima; CUBA;

HAITI; ANTILHAS; PARAGUAI; PERU; VENEZUELA.

Page 129: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

108

Figura 58. Mapa com registro geográfico de Tropisternus collaris Chevrolat nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 14, 02°57'35.4''N,

61°04'39.9''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 04.vi.2015,

6 ♂ e 9 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, K. Dias, C.

Benetti, L. Santana cols., 02.vi.2015; 09.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto

Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 03.vi.2015;

12.viii.2015 1 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W,

K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 03.06.2015; 11.viii.2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados,

exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,

03.vi.2015; 11.viii.2015, 19 ♂ e 16 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13,

02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 03.vi.2015; XX.viii.2015,

3 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K. Dias, L.

Santana cols., 05.vi.2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N,

60°46'51.7''W, K. Dias, L. Santana cols., 13.viii.2015, 2 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados,

exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, K. Dias, C. Benetti cols., 07.vi.2015, 7 ♂ e 7

♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W,

06.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N,

61°06'46.2''W, K. Dias, L. Santana cols., 10.viii.2015, 2 ♀ [álcool].

Page 130: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

109

Figura 59A – H: Tropisternus collaris Chevrolat. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho do quinto

urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H.

Genitália masculina em vista ventral.

Page 131: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

110

Tropisternus (Pristoternus) laevis (Sturm, 1826)

(Figs. 60 – 61A - H)

Hydrophilus laevis Sturm, 1826: 64.

Tropisternus laevis (Sturm), Gemminger e Harold, 1868: 477.

Tropisternus (Cyphostethus) laevis (Sturm), Orchymont, 1921: 359.

Tropisternus (Pristoternus) laevis (Sturm), Orchymont, 1943: 65.

Tropisternus laevigatus Boheman, 1858: 22. - Syn.: Orchymont, 1921: 359.

Diagnose. 8,5 – 8,7 mm de comprimento total. Cabeça com pontuação fina e densa, pontos

distanciados por aproximadamente o diâmetro de um ponto. Clípeo com duas fileiras de

pontos em forma de “V” na frente dos olhos. Pronoto levemente bisinuado na região basal,

apresentando alguns pontos na região medial e lateral, contendo um pequeno tufo de cerdas

douradas (Fig. 61A). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz não dividido ao

meio (Fig. 61D). Mesosterno com elevação mediana larga, densamente pontuada,

apresentando algumas cerdas curtas, principalmente na região anterior. Metasterno com

elevação moderadamente convexa, atingindo a porção anterior do terceiro urosternito (Fig.

61C). Élitros com pontuação semelhante à da cabeça e pronoto. Margem apical do quinto

urosternito sem reentrância, com uma discreta elevação pré-apical portando um tufo de cerdas

douradas (Fig. 61E). Peça basal da genitália masculina medindo cerda 2/3 do comprimento

total; parâmeros com ápice estreitado ligeiramente recortado; lobo médio estreitado, de

comprimento menor que os parâmeros (Fig. 61F-H).

Comentários. A espece diferencia-se de Tropisternus ovalis pelo comprimento do corpo mais

longo; sexto antenômero de tamanho normal e por possuir no quinto urosternito uma discreta

elevação portando um tufo de cerdas douradas.

Distribuição. ARGENTINA; BRASIL: Roraima; GUIANA FRANCESA; GUIANA;

PARAGUAI; VENEZUELA.

Page 132: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

111

Figura 60. Mapa com registro geográfico de Tropisternus laevis Sturm nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista: Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 01.vi.2015;

08.viii.2015, 2 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,

K. Dias, L. Santana cols., 01.vi.2015; 12.viii.2015, 4 ♂ e 5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto

Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015; 13.viii.2015, 2 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos

dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02.vi.2015; 12.viii.2015, 6 ♂ e 7 ♀;

mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015; 09.viii.2015, 12 ♂ e

10 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015;

12.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N,

60°55'40.1''W, 03.vi.2015; 11.viii.2015, 1 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 12,

02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, K. Dias, C. Benetti cols., 03.vi.2015, 3 ♂ e 3 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015; 10.viii.2015, 6 ♂ e

5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, K. Dias, C.

Benetti cols., 04.vi.2015, 3 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N,

61°04'46.2''W, 04.vi.2015; 10.viii.2015, 3 ♂ e 5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17,

02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015; 12.viii.2015, 9 ♂ e 11♀ [álcool]; mesmos dados,

exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015; 09.viii.2015, 2 ♂ e 1 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015; 13.viii.2015, 5 ♂ e

Page 133: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

112

13 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C.

Benetti cols., 07.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N,

60°50'00.8''W, 07.vi.2015; 13.viii.2015, 10 ♂ e 10 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto

Alegre: Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, K. Dias, C. Benetti cols., 02.vi.2015, 8 ♂ e 8 ♀

[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, K. Dias,

C. Benetti cols., 02.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18,

02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, K. Dias, C. Benetti cols., 05.vi.2015, 7 ♂ e 9 ♀ [álcool];

mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 19, 02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, K. Dias, L.

Santana cols., 10/viii/2015, 3 ♂ e 3♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 21,

02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, K. Dias, L. Santana cols., 13.viii.2015, 1 ♂ [álcool].

Page 134: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

113

Figura 61A – H: Tropisternus laevis Sturm. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho do quinto urosternito; F.

Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina

em vista ventral.

Page 135: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

114

Tropisternus (Pristoternus) ovalis Castelnau, 1840

(Figs. 62; 63A - H)

Tropisternus ovalis Castelnau, 1840: 54, Figs. 271 – 275.

Tropisternus (Cyphostethus) ovalis Castelnau; Orchymont, 1921: 363.

Tropisternus (Pristoternus) ovalis (Castelnau); Orchymont, 1943: 66.

Diagnose. 5,8 – 6,4 mm de comprimento total. Cabeça com pontuação densa, com pontos

distanciados por aproximadamente o diâmetro de um ponto. Clípeo com duas fileiras de

pontos em forma de “V” na frente dos olhos. Pronoto com pontuação igual a da cabeça;

pontuação lateral seriada (Fig. 63A). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz não

dividido ao meio (Fig. 63E). Mesosterno com elevação mediana apresentando cerdas.

Metasterno com elevação mediana apresentando cerdas e uma estria longitudinal mediana;

parte posterior da elevação inclinada, atingindo a metade do segundo urosternito (Fig. 63C).

Élitros com nove fileiras longitudinais de pontos. Urosternitos lisos, sem carena; quinto

urosternito sem reentrância apical e elevação pré-apical. Peça basal da genitália masculina

medindo 2/3 do comprimento total; parâmeros com ápice estreitado e ligeiramente recortado;

lobo médio mais curto que os parâmeros (Fig. 63F-H).

Comentários. A espécie é muito semelhante a T. dilatatus Bruch, 1915, diferindo apenas pela

largura, tamanho menor e pela forma da genitália masculina. Diferencia-se das demais

espécies do gênero por apresentar o sexto antenômero dilatado.

Distribuição. BRASIL: Amazonas, Pará, Roraima; ARGENTINA; COLÔMBIA; CUBA;

GUATEMALA; MÉXICO; PARAGUAI.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 14, 02°57'35.4''N,

61°04'39.9''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 04.vi.2015,

1 ♂ [álcool].

Page 136: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

115

Figura 62. Mapa com registro geográfico de Tropisternus ovalis Castelnau nos lagos da savana de

Roraima.

Page 137: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

116

Figura 63A – H: Tropisternus ovalis Castelnau. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;

C. Hábito em vista ventral; D. Antena em vista ventral; E. Processo prosternal; F. Genitália masculina

em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina em vista ventral.

Page 138: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

117

CHAETARTHRINAE Bedel, 1881

Anacaenini Hansen, 1991

Diagnose. Comprimento total do corpo menor que 5 mm; mandíbula com margem externa

distintamente angulada. Antenas com sete a nove antenômeros. Estria sutural sempre

presente; prosterno plano ou com sulco transverso; mesosterno plano ou com o dente

mediano; Margem posterior do quinto urosternito nunca com uma reentrância apical;

Crenitulus Winters, 1926

Diagnose. 1,4 e 2,5 mm de comprimento total; corpo atenuado posteriormente; sutura

frontoclipeal pouco visível; antenas com nove antenômeros; procoxa com ou sem fortes

espinhos aparentes prosterno quase plano, não distintamente carenado na região mediana;

élitros com pontuações subseriadas arranjadas; Genitália masculina com peça basal

geralmente de mesmo comprimento que os parâmeros; parâmeros apontados apicalmente;

lobo médio ligeiramente mais estreitos que os parâmeros; apódemas curtos; gonóporo apical

ou subapical.

Na área de estudos foi encontrada uma espécie, nova para a ciência.

Crenitulus savana sp. nov.

(Figs. 64; 65A – C; 66A, B)

Diagnose: 1.6 - 1.8 mm de comprimento total; forma oval; clípeo, fronte preto. Pronoto preto,

com margens laterais amareladas distintamente demarcadas, atingindo ângulos ântero-laterais

e margens posteriores; élitro preto, com margens amarelas na sua metade posterior;

distintamente pubescente; pontuações mais grossas que em pronoto, com arranjo subserial,

mais fino na porção anterior, com fileiras longitudinais de pontuações mais grosseiras nas

margens laterais; mesoventrite marrom escuro a preto, plano; procoxas com algumas cerdas

indistintas semelhantes a espinhos na face medial perto da junção trocantérica; metafemur

com pubescência confinada à margem anterior e à porção proximal. Genitália masculina com

peça basal com diâmetro semelhante aos parâmeros; parâmeros estreitados apicalmente,

Page 139: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

118

ápices arredondados; lobo médio ligeiramente mais curto do que os parâmeros, corona situada

na posição subapical.

Descrição: Habitus oval, maior largura e convexidade máxima ao nível da base elitral, na

região do úmero; élitro cerca de três vezes mais longo que o pronoto.

Tamanho. Comprimento total 1,6-1,8 mm.

Cabeça: Labro moderadamente largo. Labro, clípeo e fronte totalmente pretos. Pontuação

formada por pontos irregulares e finos, mesclados com alguns ligeiramente mais grossos,

densamente distribuídos, sendo mais densos nas margens clipeais e na fronte; diâmetros dos

pontos ligeiramente menores do que nos interstícios, alguns com cerdas muito finas; pontos

finos dispostas densamente ao longo da margem interna dos olhos. Interstícios brilhantes, sem

microescultura. Olhos não emarginados anteriormente, porção dorsal ligeiramente esférica.

Clípeo grande, ligeiramente côncavo anteriormente; sutura frontoclipeal não visível; palpos

maxilares robustos, palpômero dois inflado, palpômeros de um a três amarelos; palpômero

quatro preto com ofuscação terminal bem demarcada. Mento, gula, submento, cardo e estipes

pretos; premento e palpos labiais amarelos; antenas com nove antenômeros; antenômeros

amarelos, pedicelo curto e robusto, antenômero três mais longo que antenômeros quatro e

cinco juntos. Clava antenal apical oval, duas vezes mais longa que larga.

Tórax: Pronoto preto com margens laterais amarelas, de largura variável, que atingem as

margens anteriores e posteriores; pontuação irregular, mais fina do que na cabeça, densamente

distribuída, mais grossa em direção às margens laterais. Cerdas muito finas inseridas em

alguns pontos, principalmente nas laterais. Interstícios lisos, brilhantes, sem microescultura;

prosterno marrom escuro a preto, plano, com convexidade mediana projetando-se em direção

a gula; parte lateral do hipômero castanho claro, parte medial marrom escura; escutelo preto,

com escassos pontos. Élitro preto com margens amarelas; pontuação elitral fina, mais grossa

do que no pronoto, com arranjo subserial indistinto, frequentemente mais fina na porção

anterior, com fileiras longitudinais de pontos mais grossos nas margens laterais; presença de

cerdas finas inconspícuas, principalmente lateral e apicalmente. Estria sutural nitidamente

impressa, presente em dois terços posteriores do élitro. Mesosterno marrom escuro a preto,

plano; suturas anapleurais em forma de “S”. Epipleura marrom clara, meso e metasterno

preto.

Page 140: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

119

Pernas: Procoxa de coloração marrom escuro, pubescente, com espinhos próximo a junção

trocantérica; porções proximais dos fêmures, principalmente metafêmur, indistinta ou com um

variável grau de marrom escuro; pubescência confinada à margem anterior e à porção

proximal, côncava; pro e mesofemur quase inteiramente pubescentes. Metatíbia com espinhos

moderadamente fortes na margem lateral. Meso e metatarsos com cerdas muito longas, que

surgem distalmente na face dorsal dos tarsômeros. Metatarso tão longo ou ligeiramente mais

longo que metatíbia.

Abdome: Urosternitos de coração marrom escura a preta, inteiramente cobertos com densa

pubescência hidrofóbica.

Genitália masculina: Peça basal de comprimento equivalente a metade do comprimento

total. Parâmeros estreitados apicalmente, com margens laterais convexas e margens mediais

quase retas, ápices arredondados. Lobo médio ligeiramente mais curto que os parâmeros,

corona situada subapicalmente (Fig. 66A-B).

Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°47'29.8''N,

60°47'08.4''W.

Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols., 09.viii.2015, 1 ♂ [álcool].

Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, K. Dias,

C. Benneti cols., 02.vi.2015, 6 ♂ e 7♀ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 10,

02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 12.viii.2015, 1♀ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto

Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, XX.viii.2015, 4 ♂ e 8 ♀ [álcool]; mesmos dados do

holótipo, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, 10.viii.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos

dados do holótipo, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 13.viii.2015, 25 ♂ e 5 ♀

[álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W,

13.viii.2015, 5 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Alto Alegre, Lago 19,

02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, 10.viii.2015, 1 ♀ [álcool].

Etimologia. O epíteto específico, savana, usado aqui como um substantivo em aposição,

refere-se ao Bioma savana onde a localidade tipo está situada.

Comentários. Crenitulus savana sp. nov. é próxima morfologicamente a Crenitulus suturalis

(LeConte, 1866), Crenitulus hirsutus (Komarek, 2005), Crenitulus attiguus (d'Orchymont,

1942) e Crenitulus perpennus (Orchymont, 1942). A nova espécie difere de C. attiguus pelo

Page 141: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

120

comprimento do corpo menor (2,1-2,4 mm em C. attiguus) na forma do mesosterno, padrão

de pubescência dos fêmures, presença de pubescência dorsal (ausente em C Attiguus) e

genitália masculina com a peça basal maior do que em C. attiguus e a forma dos parâmeros e

do lobo mediano. C. savana sp. nov. difere de C. hirsutus pelo segmento apical da antena,

mais longo em C. hirsutus; presença de linhas longitudinais de pontuações mais grosseiras nas

margens laterais (ausente em C. hirsutus), forma do palpo maxilar, forma do mesoventrito,

padrão de pubescência dos fêmures e parâmeros não apontados (apontados em C. hirsutus). C.

savana sp. nov. difere de C. suturalis pelo segmento apical da antena, mais longo em C.

suturalis, presença de fileiras longitudinais de pontuações mais grosseiras nas margens

laterais (ausente em C. suturalis); presença de serdas como espinhos na procoxa (pouco

desenvolvido em C. suturalis) E genitália masculina com formato dos parâmeros e lobo

médio diferentes. A nova espécie difere de C. perpennus pela forma da genitália masculina, a

forma do palpo maxilar, ao mesosterno e o padrão de pubescência do fêmur posterior.

Figura 64. Mapa com registro geográfico de Crenitulus savana sp. nov. nos lagos da savana

de Roraima.

Page 142: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

121

Figura 65A – C: Crenitulus savana sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.

Hábito em vista ventral.

Figura 66A – B. Crenitulus savana sp. nov. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália

masculina em vista ventral.

Page 143: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

122

ENOCHRINAE Short & Fikacek, 2013

Enochrus Thomson, 1859

Diagnose. Comprimento total entre 2,0 e 8,5 mm; palpos maxilares com tamanhos variando

de pequenos (menores que a largura da cabeça) a grandes (maiores que a largura da cabeça);

segundo palpômero assimétrico e convexo na face interna; palpômero apical com face interna

mais alongada, curvado no lado externo; antenas com nove antenômeros; prosterno com

região mediana um pouco convexa, às vezes apresentando carena longitudinal; mesosterno

elevado, formando diferentes processos ou com pequena elevação mediana; metasterno com

pubescência hidrofóbica e elevação na região mediana; fêmures com pubescência hidrofóbica,

exceto na sua extremidade apical; élitros com dez fileiras longitudinais de pontos e estria

sutural aparente; cinco urosternitos visíveis; quinto urosternito com reentrância apical quase

sempre contendo cerdas.

Enochrus está composto por 217 espécies descritas, distribuídas em todas as regiões

biogeográficas (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). O gênero está dividido em seis

subgêneros; Enochrus (Hydatotrephis) MacLeay, 1871, composto por quatro espécies;

Enochrus (Methydrus) Rey, 1885, composto por 139 espécies; Enochrus (Holcophilydrus)

Kniz, 1911, com nove espécies; Enochrus (Lumetus) Zaitzev, 1908, com 39 espécies;

Enochrus (s. str.) Thomson, 1859, com nove espécies e Enochrus (Hugoscottia) Knish, 1922,

com 17 espécies. Na região Neotropical ocorrem 68 espécies, das quais 36 ocorrem na

América do Sul e 11 no território brasileiro (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). Na área

de estudo foram encontradas duas espécies.

Enochrus (Methydrus) atlantis Orchymont, 1943

(Figs. 67; 68A – C)

Enochrus (Methydrus) atlantis Orchymont, 1943: 57.

Diagnose. 2,5 – 2,8 mm de comprimento total. Labro marrom claro. Margens laterais do

clípeo amareladas e porção central marrom clara; parte posterior da cabeça marrom escura.

Palpos maxilares uniformemente amarelados com último palpômero um pouco menor do que

penúltimo. Antenas com nove antenômeros. Pronoto cobrindo parte da cabeça, de coloração

amarelo a marrom claro, distintamente escurecido ou castanho escuro na região mediana.

Page 144: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

123

Élitro de coloração amarela a marrom; estria sutural presente. Prosterno não carenado, no

máximo com uma pequena elevação mediana. Metasterno com processo laminar. Élitro com

dez fileiras de pontuações regulares. Fêmures densamente pubescente, com pubescência

ausente apenas nas extremidades. Urosternitos uniformemente pubescentes; quinto urosternito

sem reentrância apical. Genitália masculina com parâmeros alargados na base e estreitado

abruptamente no ápice. Lobo médio mais curto e mais estreito que os parâmeros; Corona

situada subapicalmente, ápice arredondado. Peça basal menor que a metade do comprimento

total (Fig. 68A-C).

Comentários. Diferencia-se das outras espécies do gênero por possuir prosterno não

carenado, pela presença de reentrância apical no quinto urosternito e pela forma da genitália

masculina. E. atlantis é semelhante a E. guarani e E. rufrenus (Fernandez, 1988) porém a

coloração da fronte, do pronoto e a forma da genitália masculina as difere.

Distribuição. BRASIL: Piauí, Roraima.

Figura 67. Mapa com registro geográfico de Enochrus atlantis Orchymont nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31/v/2015, 1 ♂ [álcool].

Page 145: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

124

Figura 68A – C: Enochrus atlantis Orchymont. A. genitália masculina em vista dorsal; B. genitália

masculina em vista lateral; C. genitália masculina em vista ventral.

Enochrus (Metlhydrus) melanthus Orchymont, 1943

(Figs. 69; 70A – F)

Enochrus (Metlhydrus) melanthus Orchymont, 1943: 59; Fernandez, 1997: 22

Diagnose. 3,1 – 4,0 mm de comprimento total. Cabeça preta com uma mancha castanho clara

na frente dos olhos. Palpo maxilar em sua maior parte castanho claro, com zonas mais escuras

na base do segundo palpômero e na extremidade do último. Pontuação da cabeça, pronoto e

élitros fina e homogênea, diâmetro dos pontos menor que a distância entre eles. Pronoto de

coloração castanho escuro com a borda lateral castanho claro (Fig. 70A). Prosterno sem

carena em sua metade posterior com uma suave elevação longitudinal medial. Processo

mesosternal com um dente conspícuo (Fig. 70C). Último urosternito visível com uma

reentrância apical profunda. Genitália masculina com parâmetros mais longos que peça basal,

arredondados apicalmente, voltados suavemente para fora, formando uma pequena

concavidade. Lobo médio com bordas retas na base, estreitando-se em seu terço apical,

curvado em vista lateral (Fig. 70D-F).

Comentários. A espécie se diferencia das demais pela coloração do palpo maxilar, processo

mesosternal com dente conspícuo e forma da genitália masculina.

Distribuição. ARGENTINA: Chaco, Tucuman, Misiones; BOLÍVIA: Santa Cruz; BRASIL:

Fernando de Noronha, Pernambuco, São Paulo, Roraima; PARAGUAI: Carumbé, Caaguazú.

Page 146: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

125

Figura 69. Mapa com registro geográfico de Enochrus melanthus Orchymont nos lagos da savana de

Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3''W,

Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool];

mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, K. Dias, L. Santana cols.,

09.viii.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W,

02.vi.2015, 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W,

03.vi.2015, 6 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K.

Dias, L. Santana cols., 12.viii.2015; ♂ 8 e ♀ 1 [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23,

02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 3 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24,

03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, L. Santana cols., 13.viii.2015, 5 ♂ [álcool]; mesmos

dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, K. Dias, L. Santana cols., 13.viii.2015,

5 ♂ [álcool]; Mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W,

02.vi.2015, 1 ♂ [álcool].

Page 147: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

126

Figura 70A – F: Enochrus melanthus Orchymont. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista

lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Genitália masculina em vista dorsal; E. Genitália masculina em

vista lateral; F. Genitália masculina em vista ventral.

ACIDOCERINAE Zaitzev, 1908

Chasmogenus Sharp, 1882

Diagnose. 2,5 e 5,5 mm de comrpimento; antenas com oito ou nove antenômeros; palpos

maxilares longos, palpômero subapical apresentando a face externa convexa; mento com

Page 148: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

127

reentrância conspícua na região anterior; prosterno sem carena e pouco convexo; mesosterno

com discreta carena mediana em quase toda sua extensão; metasterno com pubescência

hidrofóbica e discreta elevação na região posteromediana; fêmures com pubescência

hidrofóbica; tarsos com cinco artículos; élitros com estria sutural na metade posterior e

inconspícuas fileiras longitudinais de pontos sistemáticos seriados; abdome com pubescência

hidrofóbica; quinto urosternito com reentrância na região apical.

Chasmogenus é composto por 40 espécies, distribuídas em todas as regiões biogeográficas,

com exceção da região Neártica. Na região Neotropical podemos encontrar 11 espécies,

destas dez registradas para a América do Sul e quatro registradas para o Brasil (Hansen, 1999;

Short e Hebauer, 2006, Clarkson e Ferreira Jr. 2014). No presente estudo foi encontrada uma

espécie.

Chasmogenus sp.

(Figs. 71; 72A - C)

Diagnose da fêmea. 3,3 – 3,5 mm de comprimento total. Cabeça densamente pontuada, com

pontos distanciados por aproximadamente uma à duas vezes o diâmetro de um ponto; área

imediatamente atrás da sutura fronto clipeal com pontos maiores que os demais. Mento com

reentrância anterior arredondada (Fig. 72C). Antenas com oito antenômeros; comprimento

dos antenômeros da clava antenal somados equivalente ao comprimento dos demais

antenômeros somados. Pronoto densamente pontuado. Prosterno levemente abaulado, não

carenado. Meso e metasterno abaulados no meio com uma discreta estria longitudinal no

centro da elevação (Fig. 72C). Élitro com pontuação de fundo densa; estria sutural conspícua

e presença de dez fileiras longitudinais de pontos, a décima restrita a uma pequena porção

anterior (Fig. 72A). Pubescência femoral nos meso e metafêmures ausente apenas nas

extremidades. Urosternitos sem carena, com margens posteriores e laterais lisas. Quinto

urosternito com reentrância apical rasa.

Comentários. As diferenças entre as espécies de Chasmogenus são observadas nas formas da

margem anterior do clípeo, da escavação do mento, depressões no pronoto, forma do processo

mesosternal e, principalmente, da genitália masculina. O único exemplar desta espécie

examinado não pode ser identificado por se tratar de uma fêmea.

Page 149: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

128

Figura 71. Mapa com registro geográfico de Chasmogenus sp. nos lagos da savana de Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N,

60°50'32.8''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 02.vi.2015,

1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 1 ♀;

mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♀ [álcool].

Page 150: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

129

Figura 72 A – C: Chasmogenus sp. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C. Hábito

em vista ventral.

SPHAERIDIINAE Latreille, 1802

Coelostomatini Heyden, 1891

Diagnose. Metasterno com porção central elevada, mais ou menos projetada entre as

mesocoxas, em contato com o processo mesosternal, geralmente muito elevado, com

escavação ânteromediana. Epipleura muito ampla.

Phaenonotum Sharp, 1882

Diagnose. Comprimento total entre 1,5 e 4,5 mm; corpo oval arredondado, convexo

dorsalmente; antenas com nove antenômeros; palpos maxilares pequenos, menores do que a

largura da cabeça; pronoto com ângulos anteriores e posteriores arredondados; prosterno

curto, quase plano, sem carena mediana; mesosterno fusionado com o mesanepisterno;

elevação mesosternal setiforme, com porção posterior fundida à elevação metasternal;

elevação metasternal com margens laterais subparalelas; fêmures anteriores e médios com

pubescência esparsa e indistinta; élitros sem distintas fileiras de pontos; estria sutural ausente;

abdome com cinco urosternitos visíveis, apresentando densa pubescência hidrofóbica; quinto

urosternito com região apical arredondada.

O gênero está composto por 18 espécies distribuídas nas regiões Neártica, Afrotropical

e Neotropical. Na região neotropical há registro de 16 espécies, sendo 13 delas encontradas na

América do Sul e sete espécies registradas para o Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer,

2006). Na área de estudos foram encontradas duas espécies.

Phaenonotum sp. 1

(Figs. 73; 74A - C)

Diagnose. 2,1 – 2,2 mm de comprimento total. Forma do corpo oval em vista dorsal; muito

convexo em vista lateral. Superfície dorsal e ventral de coloração marrom escura. Antenas e

Page 151: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

130

palpos maxilares amarelados. Cabeça um pouco mais escura do que o pronoto e élitro, com

finos e esparsos pontos. Pronoto mais largo que longo e muito convexo, com pontos do

mesmo tamanho que os presentes na cabeça. Pontuação elitral muito mais grosseira que na

cabeça e pronoto, fortemente impressa. Processos meso e metasternal fundidos em uma quilha

comum, processo mesosternal mais elevado que o metasternal com ápice arredondado. Pro e

mesofêmur com pubescência muito curta; metafemur com pubescência escassa. Todos os

tarsos com cerdas longas na superfície ventral. Lobo médio da genitália masculina mais curto

que parâmeros, região basal robusta, região apical alongada e arredondada. Parâmeros

moderadamente grandes e indistintamente sinuosos a partir da região subapical. Peça basal

um pouco menor que a metade do comprimento total (Fig. 74A-C).

Comentários. Não foi possível a identificação a nível especifico do material coletado. A

principal dificuldade é devida a carência de trabalhos sobre as espécies deste gênero. Além

disso, as descrições de espécies neotropicais são antigas e incompletas não possibilitando a

correta identificação das mesmas.

Distribuição. BRASIL: Roraima

Figura 73. Mapa com registro geográfico de Phaenonotum sp. 1 nos lagos da savana de Roraima.

Page 152: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

131

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,

Rede Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados,

exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05/vi/2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados,

exceto Alto Alegre: Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, 02/vi/2015, 1 ♂ 1 ♀ [álcool].

Figura 74A – C: Phaenonotum sp. 1. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália masculina

em vista lateral; C. Genitália masculina em vista ventral.

Phaenonotum sp. 2

(Figs. 75; 76A - C)

Diagnose. 1,5 – 1,7 mm de comprimento total. Forma do corpo oval em vista dorsal, muito

convexa em vista lateral. Superfície dorsal e ventral de coloração marrom escura. Antenas e

palpos maxilares amarelados. Cabeça mais escura que o pronoto e élitros, com finos e

esparsos pontos (Fig. 76A). Margens anterior e posterior do pronoto mais claras,

distintamente demarcadas (Fig. 76B). Pronoto com pontuação do mesmo tamanho que na

cabeça. Pronoto mais largo que longo e muito convexo. Processos meso e metasternal

fundidos em uma quilha comum; processo mesosternal com ápice arredondado (Fig. 76C).

Pontuação elitral mais grosseira do que a pontuação pronotal e da cabeça. Pro e mesofêmur

com pubescência muito curta; metafêmur com pubescência escassa. Todos os tarsos com

cerdas longas na superfície ventral.

Comentários. Phaenonotum sp. 2 pode ser diferenciado de Phaenonorum sp. 1 por ter

menores dimensões e por possuir as margens anterior e posterior do pronoto mais claras. Não

Page 153: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

132

foi possível a comparação da genitália masculina, pois o único exemplar coletado se trata de

uma fêmea.

Distribuição. BRASIL: Roraima

Figura 75. Mapa com registro geográfico de Phaenonotum sp. 2 nos lagos da savana de Roraima.

Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 25, 03°10'53.9''N,

60°50'00.8''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 07/vi/2015,

1 ♂ [álcool].

Page 154: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

133

Figura 76A – C. Phaenonotum sp. 2. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C. Hábito

em vista ventral.

Page 155: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

134

5. CONCLUSÃO

As espécies encontradas correspondem a 15% da riqueza de espécies da família

para o Brasil.

Foram descritas sete espécies novas para a ciência, pertencentes a três gêneros:

Berosus apiciflatus sp. nov.; Berosus atratus sp. nov.; Berosus cordatus sp. nov.;

Berosus aurifer sp. nov.; Berosus clarksoni sp. nov.; Crenitulus savana sp. nov. e

Derallus roraimensis sp. nov.

Também registramos pela primeira vez no Brasil, nove novas espécies já

descritas: Berosus. castaneus; Berosus llanensis; Berosus megaphallus; Berosus olivae;

Berosus repertus; Paracymus sedatus; Hydrophilus simulator; Tropisternus apicipalpis;

Tropisternus laevis. Todas as espécies encontradas são novos registros para Roraima,

visto que não havia sido feito nenhum estudo prévio para a família no estado.

Embora a subfamília Sphaeridiinae seja composta predominantemente por táxons

terrestres, os representantes do gênero Phaenonotum podem estar associados a corpos

de água e, talvez por isso, tenham sido os únicos da subfamília presentes no material

coletado. Não foi possível a identificação dos espécimes a nível específico devido a

carência de trabalhos com este gênero e descrições de espécies neotropicais antigas e

incompletas. Também não foi possível a identificação da única espécie coletada do

gênero Chasmogenus, visto que a principal característica para identificação das espécies

é a genitália masculina e o exemplar se trata de uma fêmea.

O gênero Berosus mostrou-se o mais rico, com 19 espécies registradas. Este

gênero é reconhecidamente o gênero mais diverso da família em todo o mundo. O

número de espécies novas encontradas para este gênero pode refletir uma riqueza de

espécies ainda não estudadas no país.

A chave de identificação apresentada neste trabalho permite a identificação das

espécies e juntamente com as diagnoses, descrições e as imagens fornecem subsídios

para futuros trabalhos com os gêneros e espécies estudadas, principalmente de lagos de

savana de Roraima.

Page 156: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

135

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Albertoni, F.F.; Fikácek, M. 2014. A new bromeliad-inhabiting species of Omicrus Sharp

from South Brazil (Coleoptera, Hydrophilidae, Sphaeridiinae). Spixiana, München, 37

(1):111-122.

Anderson, J.M.E. 1976. Aquatic Hydrophilidae (Coleoptera). The biology of some Australian

species with descriptions of immature stages reared in the laboratory. The University of

New South Wales, Kensington, 219-228.

Araújo, W.F.; Andrade-Jr, A.S.; Medeiros, R.D.; Sampaio, R.A. 2001. Precipitação

pluviométrica mensal provável em Boa Vista, Estado de Roraima, Brasil. Revista

Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 5 (3): 563-567.

Arce-Pérez, R.; Morón, M.A. 2011. Sinopsis de los Hydrophiloidea de México (Coleoptera:

Hydrophilidae, Helophoridae, Epimetopidae, Georissidae e Hydrochidae), con una clave

para la identificación de los géneros. Revista Mexicana de Biodiversidade, 82 (2): 491-514.

Archangelsky, M. 2004. Higher-level phylogeny of Hydrophilinae (Coleoptera:

Hydrophilidae) based on larval, pupal and adult characters. Systematic Entomology, 29 (2):

188–214.

Archangelsky, M. 2008. Phylogeny of Berosini (Coleoptera: Hydrophilidae, Hydrophilinae)

based on larval and adult characters, and evolutionary scenarios related to habitat shift in

larvae. Systematic Entomology, 33 (4): 635–650.

Archangelsky, M.; Manzo, V.; Michat, M.C.; Torres, P.L.M. 2009. Coleoptera. In:

Dominguez, E. e Fernández, H.R. (Eds). Macroinvertebrados bentônicos sudamericanos.

Sistemática y Biologia. Fundación Miguel Lillo, Tucumán. p.411-468.

Bachmann, A.O. 1969. Notas sobre Hydrophilini de Venezuela (Coleoptera, Hydrophilidae).

Memoria de la Sociedad de Ciencias Naturales la Salle, 28 (81): 281- 300.

Bachmann, A.O. 1981. Chaves para determinar las famílias, las subfamílias y los gêneros de

Hydrophiloidea acuáticos y las espécies de Hydrophilinae de la republica argentina

(Coleoptera). Revista de la sociedad Argentina de Ciencias Naturales, 40 (1-4): 1-9.

Bachmann, A.O. 1988. Las especies americanas de Hydrobiomorpha (Coleoptera:

Hydrophilidae). Opera Lilloana, 36: 1-63.

Page 157: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

136

Barbosa, R.I. 1997. Distribuição das chuvas em Roraima. In: Barbosa, R.I.; Ferreira, E.J. G.;

Castellón, E.G. (Eds). Homem, Ambiente e Ecologia no Estado de Roraima. Manaus:

Editora INPA. p.267-293.

Barbosa, R.I.; Miranda, I.S. 2005. Fitofisionomia e Diversidade Vegetal das Savanas de

Roraima. In: Barbosa, R.I.; Xaud, H. A.M; Costa e Sousa, J.M. (Eds). Savanas de

Roraima: Etnografia, Biodiversidade e Potencialidades Agropastoris. FEMACT, Boa

Vista. p.61-77.

Benetti, C.J.; Fiorentin, G.L. 2003. Biologia e ecologia de coleópteros aquáticos, com ênfase

em Hydradephaga. Acta Biologica Leopoldensia, 25 (2): 153-164.

Benetti, C.J.; Hamada, N. 2003. Fauna de coleópteros aquáticos (Insecta: Coleoptera) na

Amazônia Central, Brasil. Acta Amazonica, 33 (4): 701-710.

Bertrand, H. 1968. Larves de Coléoptéres aquatiques recuelliesau Brasil par M.G. Marlier.

Bulletin de la Société Entomologique de France, 73 (1-2): 8-21.

Carvalho, T.M.; Carvalho, C.M. 2012. Interrelation of geomorphology and fauna of Lavrado

region in Roraima, Brazil – suggestions for future studies. Quaternary Science Journal, 61

(2): 146–155.

Casari, S.A.; Ide, S. 2012. Coleptera. In: Rafael, J.A.; Melo, G.A.R.; Carvalho, C.J.B.; Cesari,

S.A.; Constantino, R. (Eds). Insetos do Brasil: Diversidade e Taxonomia. Editora Holos.

Ribeirão Preto. p.455-535.

Clarkson, B. 2011. Caracterização da fauna de Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) do

Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio

de Janeiro, Rio de Janeiro, 208pp.

Clarkson, B. 2015. Análise filogenética de Berosini, com ênfase em Berosus Leach, 1817

(Insecta: Coleoptera: Hydrophilidae). Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Rio de Janeiro, 175pp.

Clarkson, B.; Ferreira-Jr, N. 2009. Three new species of Hemiosus Sharp (Coleoptera:

Hydrophilidae) and new state records of Hemiosus fittkaui Oliva and H. moreirai

d’Orchymont from Brazil. Zootaxa, 2139: 61–68.

Clarkson, B.; Ferreira-Jr, N. 2014. A new species and records of Helochares (Insecta:

Coleoptera: Hydrophilidae) from Southeastern Brazil. Sociedade Brasileira de Zoologia,

31 (4): 400–404.

Clarkson, B.; Short, A.E.Z. 2012. Revision of the Oocyclus Sharp of Brazil with description

of ten new species (Coleoptera: Hydrophilidae: Laccobiini). Zootaxa, 3183: 1–35.

Page 158: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

137

Clarkson, B.; Albertoni, F.F.; Fikácek, M. 2014. Taxonomy and biology of the bromeliad-

inhabiting genus Lachnodacnum (Coleoptera: Hydrophilidae: Sphaeridiinae). Acta

Entomologica Musei Nationalis Pragae, 54 (1): 157–194.

Costa, C.; Vanin S.; Casari, S.A. 1988. Larvas de Coleoptera do Brasil. Museu de Zoologia.

Universidade de São Paulo, São Paulo.

Couceiro, S.R.M.; Azevedo, C.A.S.; Hamada, N.; Pes, A.M.O; Keppler, R.L.F. 2010. Insetos

aquáticos de Roraima: riqueza e importância ecológica. In: Barbosa, R.I.; Melo, V. F.

(Eds.) Roraima: homem, ambiente e ecologia. p.501-522.

Epler, J. H. 2010. The water beetles of Florida an identification manual for the families

Chrysomelidae, Curculionidar, Dryopidae, Dytiscidae, Elmidae, Gyrinidar, Haliplidae,

Helophoridae, Hydraenidae, Hydrochidae, Hydrophilidae, Noteridae, Psephenidae,

Ptilodactylidae and Scirtidae. Department of Environmental Protection, Division of

Environmental Assessment and Restoration, Tallahassee, p. 399.

Fernandez, L.A. 1982. Notas sobre el género Helochares (Insecta, Coleoptera:

Hydrophilidae). Neotropica, 28 (79): 31-40.

Fernandez, L.A. 1988. Contribución al conocimiento del genero Enochrus Thomson. I.

(Coleoptera: Hydrophilidae). Revista de la Sociedad Argentina de Ciencias Naturales, 46

(111): 85-89.

Fernandez, L.A., 1997. Nuevos aportes para el conocimiento del género Enochrus Thomson

(Coleoptera: Hydrophilidae). Revista de la Sociedad Argentina de Ciencias Naturales, 53

(124-125): 21-29.

Fernandez, L.A.; Bachmann, A.O. 1987. Revisión del genero Helobata Bergroth (Coleoptera:

Hydrophilidae). Revista de la sociedad entomológica Argentina, 45 (1-5): 145-151.

Ferreira-Jr, N.; Sampaio, B.H.L.; Fernandes, A.S.; Clarkson, B.; Braga, R.B.; Passos, M.I.S.

2014. Ordem Coleoptera. In: Hamada, N.; Nessimian, J.L.; Querino, R.B. (Eds). Insetos

Aquáticos na Amazônia brasileira: taxonomia, biologia e ecologia, Manaus, Ed. INPA (in

PDF). p.723:349–375.

Fikácek, M.; Gentili, E.; Short, A.E.Z. 2010. Order Coleoptera, family Hydrophilidae.

Arthropod fauna of the UAE, 3: 35–165.

Fikácek, M.; Short, A.E.Z. 2010. A revision of the Neotropical genus Sacosternum Hansen

(Hydrophilidae: Sphaeridiinae: Megasternini). Zootaxa, 2538: 1–37.

Page 159: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

138

Fikácek, M.; Short, A.E.Z. 2011. World catalogue of the Hydrophiloidea (Coleoptera):

additions and corrections II (2006–2010). Acta Entomologica Musei Nationalis Pragae, 51

(1): 83–122.

Garcia, M. 2000. Cuatro Nuevas Especies de Chasmogenus Sharp, 1882 (Coleoptera:

Hydrophilidae: Hydrophilinae) de Venezuela. Boletín del Centro de Investigaciones

Biológicas, 34 (1): 45-58.

Garcia, M. 2001. Nueva subtribo, género y espécie de Hydrophilini (Coleoptera;

Hydrophilidae) del extremo sur-oriental de Venezuela. Boletín del Centro de

Investigaciones Biológicas, 35 (2): 151-160.

Garcia, M. 2002. Nuevos escarabajos Chaetarthriini (Coleoptera: Hydrophilidae:

Hydrophilinae) de Apure, extremo sur occidental de Venezuela. Boletín del Centro de

Investigaciones Biológicas, 36 (2): 185-204.

Hansen, M. 1991. The Hydrophiloidea beetles, phylogeny, classification and revision of the

genera (Coleoptera, Hydrophiloidea). Biologiske Skrifter, 40: 1-367.

Hansen, M. 1997. Phylogeny and classification of the staphyliniform bettle families

(Coleoptera). Biologiske Skrifter, 48: 1-339.

Henegouwen, A.L.V.B. 1986. Revision of the European species of Anacaena Thomson

(Coleoptra: Hydrophilidae). Entomologica Scandinavica, 17: 393-407.

Hrbácek, J. 1949. On the morphology and function of the antennae of the Central European

Hydrophilidae (Coleoptera). Royal Entomological Society, p.239-256.

Jach, M.A. 1998. Annotated checklist of aquatic and riparian/litoral beetle families of the

world (Coleoptera). In: Jach, M. A.; L. JI (Eds.) Water Beetles of China. v.2.

Jach, M.A.; Balke, M. 2008. Global diversity of water Beetles (Coleoptera) in freshwater.

Hydrobiologia, 595: 419-442.

Komarek, A. 2004. Taxonomic Revision of Anacaena Thomson, 1859. I. Afrotropical Species

(Coleoptera: Hydrophilidae). Koleopterologische Rundschau 74: 303-349.

Lawrence, J. F.; Britton, E. B. 1991. Coleoptera (Beetles). in: Commonwealth scientific and

industrial research organization, division of entomology, the insects of australia: a textbook

for students and research worker. Cornell University Press Ithaca, New York, 2(2): 543-

683.

Marinoni, R.C. 2001. Os grupos tróficos em Coleoptera. Revista Brasileira de Zoologia, 18:

205-224.

Page 160: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

139

Mouchamps, R. 1960. Notes systématiques sur quelquer Berosus de Ámérique de Sud

(Coléoptéres Hydróphilides). Entomologische Blatter, 56: 95-103.

Oliva, A.; Short, A.E.Z. 2012. Review of the Berosus Leach of Venezuela (Coleoptera,

Hydrophilidae, Berosini) with description of fourteen new species. Zookeys, 206: 1-69.

Oliva, A. 1983. Derallus de la cuenca del Amazonas (Coleoptera, Hydrophilidae). Revista de

la sociedad entomologica Argentina, 42 (1-4): 343-351.

Oliva, A. 1989a. El género Berosus (Coleoptera: Hydrophilidae) en América del Sur. Revista

del Museo Argentino de Ciencias Naturales, 6 (4): 57-237.

Oliva, A. 1989b. Derallus del British Museum (Natural History) (Coleoptera, Hydrophilidae).

Revista de la Sociedad Argentina de Ciencias Naturales, 46 (110): 40.

Oliva, A. 1992. Nuevas especies Sudamericanas del género Berosus (Coleoptera:

Hydrophilidae). Revista de la Sociedad Entomológica Argentina, 51 (1-4): 87-95.

Oliva, A. 1993. Some types of Berosus (Coleoptera; Hydrophilidae) kept in the collections of

the Institut Royal des Sciences Naturelles de Belgique. Bulletin et Annales de la Societé

Royale Belge d'Entomologie, 129: 183-232.

Oliva, A. 1994. A revision of the genus Hemiosus Sharp, 1882 in South America (Coleoptera:

Hydrophilidae). Bulletin and Annales de la Sociéte, Royal Belge, Entomologie, 130: 267–

303.

Oliva, A.; Fernandez, L.M.; Bachmann, A.O. 2002. Sinopsis de los Hydrophiloidea acuáticos

de la Argentina (insecta, coleoptera). Monografias del Museo Argentino de Ciencias

Naturales, 2: 1-67.

Oliveira, P.S.; Marquis, R.J. 2002. The Cerrados of Brazil - Ecology and Natural History of a

Neotropical Savanna. New York: Columbia University Press, p. 398.

Oliveira, M.M.D.; Dalla-Rosa, C.; Matias, L.H.; Cueto, J.A.R. 2004. Hydrophilus

(Dibolocelus) palpatis (Coleoptera, Hydrophilidae, Hydrophilinae): descrição dos estágios

imaturos. Iheringia, Série Zoologia, Porto Alegre, 94 (4): 439-442.

Orchymont, A.D. 1921. Le genre Tropisternus I (Col. Hydrophilidae). Annales de la Société

Entomologique de Belgique, 61: 349–374.

Orchymont, A D.1922. Le genre Tropisternus II (Col. Hydrophilidae). Annales de la Société

Entomologique de Belgique, 62: 11–47.

Orchymont, A.D. 1925. Contribution à l’ étude des Hydrophilides I. Bulletin et Annales de la

Société Entomologique de Belgique, 65: 63-77.

Page 161: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

140

Orchymont, A.D. 1943. Faune du Nord-Est Brésilien. Mémoires du Musée Royal d’Histoire

Naturelle de Belgique, 10 (28): 1-85.

Pinheiro, M.N.M. 2007. Análise morfométrica de lagos nas áreas aplainadas do nordeste de

Roraima - Brasil. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Roraima. 103pp.

Pinheiro, M.N.M.; Hortêncio. M.M.; Evangelista, R.A.O. 2012. Distribuição espacial da

biodiversidade de macrófitas aquáticas nos lagos da região nordeste do estado de Roraima.

Revista Geonorte, Edição Especial, 1 (4): 162- 174.

Queney, P. 2006. Description de trois espèces nouvelles de Berosus de Guyane française

(Coleoptera, Hydrophilidae). Bulletin de la société entomologique de France, 111 (4): 457-

464.

Queney, P. 2010. Two new species of Berosus Leach from Brazil (Coleoptera: Hydrophilidae:

Berosini). Zootaxa, 2506: 51–58.

Santos, A.D. 2006. Caracterização da fauna de Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) da

Várzea do Rio Amazonas. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Rio de Janeiro, 262pp.

Segura, M.O.; Valente-Neto, F.; Fonseca-Gessner, A.A. 2011. Chave de famílias de

Coleoptera aquáticos (Insecta) do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 11 (1):

394-412.

Short, A.E.Z. 2003. Key to the Genera of Hydrophilidae of Central America and the

Caribbean. Cornell University.

Short, A.E.Z. 2005. A review of the subtribe Acidocerina of Central America with special

reference to Costa Rica (Coleoptera: Hydrophilidae). Koleoptero logische Rundschau, 75:

191–226.

Short, A.E.Z., 2010. Phylogeny, evolution and classification of the giant water scavenger

beetles (Coleoptera: Hydrophilidae: Hydrophilini: Hydrophilina). Systematics and

Biodiversity, 8 (1): 17–37.

Short, A.E.Z.; Fikácek, M. 2010. Ordem Coleoptera, Family Hydrophilidae. Arthropod fauna

of the UAE, 3: 135–165.

Short, A.E.Z.; Fikácek, M. 2011. World catalogue of the Hydrophiloidea (Coleoptera):

additions and corrections II (2006–2010). Acta Entomologica Musei Nationalis Pragae, 51

(1): 83–122.

Short, A.E.Z.; Fikácek, M. 2013. Molecular phylogeny, evolution and classification of the

Hydrophilidae (Coleoptera). Systematic Entomology, 38 (4): 723-752.

Page 162: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

141

Short, A.E.; García, M. 2007. Tobochares sulcatus, a new genus and species of water

scavenger beetle from Amazonas State, Venezuela (Coleoptera: Hydrophilidae:

Hydrophilini). Aquatic Insects, 29 (1): 1–7.

Short, A.E.; Garcia, M. 2010. A review of the Oocyclus Sharp of Venezuela with description

of twelve new species (Coleoptera: Hydrophilidae: Laccobiini). Zootaxa, 2635: 1–31.

Short, A.E.Z.; Greene, L.; Garcia, M. 2013. New species and new records of the hygropetric

water beetle genus Oocyclus Sharp from South America (Coleoptera: Hydrophilidae).

Zootaxa, 3741 (3): 349–358.

Short, A.E.; Garcia, M. 2014. A new genus of egg case-carrying water scavenger beetle from

the Guiana Shield (Coleoptera: Hydrophilidae: Acidocerinae). Zootaxa, 3835: 251–262.

Short, A.E.Z.; Hebauer, F. 2006. World Catalogue of Hydrophiloidea – additions and

corrections, 1 (1999–2005) Koleoptero logische Rundschau, 76: 315–359.

Silva, E.; Silva, S. 2005. Vegetação e Roraima. In: Barbosa, R. I.; Ferreira, E. J. G.; Castellón,

E. G. (Eds). Homem Ambiente e Ecologia no Estado de Roraima. Manaus: Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia. p.401-415.

Simões-Filho, F.; Turcq, B.; Carneiro-Filho, A; Souza A.G. 1997. Registros sedimentares de

lagos e brejos dos Campos de Roraima: implicações paleoambientais ao longo do

Holoceno. In: Barbosa, R.I.; Ferreira, E.; Castellón, E. (eds). Homem, Ambiente e Ecologia

em Roraima, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, p. 295 – 305.

Slipinski, S.A.; Leschen, R.A.B.; Lawrence, J.F. 2011. Order Coleoptera Linnaeus, 1758. In:

Zhang, Z.Q. (Ed). Animal biodiversity: An outline of higher level classification and survey

of taxonomic richness. Zootaxa, 3148: 203-208.

Smeatana, A. 1975. Revision of the new world genera of the tribe Omicrini trib. nov. of the

Hydrophilid Subfamily Sphaeridiinae (Coleoptera). Studies on the Neotropical Fauna, 10:

153-182.

Smeatana A. 1988. Review of the Family Hydrophilidae of Canada and Alaska (Coleoptera).

Memoirs of the Entomological Society of Canada, 120: 1-316.

Spangler, P.J., 1966. The Catherwood Foundation Peruvian-Amazon Expedition. XIII-

Aquatic Coleoptera (Dytiscidae, Noteridae, Gyrinidae, Hydrophilidae, Dascillidae,

Helodidae, Psephenidae, Elmidae). Monographs of the Academy of Natural Sciences of

Philadelphia, 14: 377-397.

Page 163: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

142

Spangler, P.J. 1990. A new species of water scavenger beetle, Guyanobiussimmonsorum,

from Brazil (Coleoptera: Hydrophilidae). Proceedings of the Entomological Society of

Washington, 92 (3): 411-415.

Takiya, D.M.; Santos, A.P.M.; Pinto, P.P.; Henriques- Oliveira, A.L.; Carvalho, A.L.;

Sampaio, B.H.L.; Clarkson, B.; Moreira, F.F.F.; Avelino-Capistrano, F.; Gonçalvez, I.C.;

Cordeiro, I.R.S.; Câmara, J.T.; Barbosa, J.F.; Souza, W.R.M.; Rafael, J.A. Aquatic Insects

from the Caatinga: checklists and diversity assessments of Ubajara (Ceará State) and Sete

Cidades (Piauí State) National Parks, Northeastern Brazil. Biodiversity Data Journal, 4:

e8354.

Triplehorn, C.A.; Johnson, N. F. 2011. Estudo dos Insetos - Tradução da 7ª Edição de Borror

e Delong's Introduction to the study of insects. São Paulo, Cengage Learning. 809pp.

White, D.S.; Brigham W.U. 1996. Coleoptera. In: R.W. Merritt e K.W. Cummins (Eds.): Na

Introduction to the Aquatic Insects of North America. Third Edition. Kendall/Hunt

Publishing Co. Dubuque, Iowa. p. 399-473.

White, D.S.; Roughley, R.E. 2008. Aquatic Coleoptera. In: Merritt, R.W., Cummins, K.W.;

Berg, M.B, (Eds). An Introduction to the Aquatic Insects of North America (4th ed.):

Kendall Hunt, Dubuque, Iowa. p. 571–671.

Zhang, Z.Q. 2013. Phylum Arthropoda. In: Zhang, Z.-Q. (Ed.). Animal Biodiversity: An

Outline of Higher-level Classification and Survey of Taxonomic Richness. Zootaxa, 3703

(1): 17-26.

Page 164: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

143

APÊNDICE A

Page 165: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

144

APÊNDICE A - Táxons de Hydrophilidae (Coleoptera) encontrados na Região Norte do

Brasil (BR), e países limítrofes da região: Venezuela (V), Suriname (S), Guiana (G) e Guiana

Francesa (GF).

Gênero Espécie Referência Ocorrência

Anacaena Anacaena sp. Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas

Apurebium A. jasperae Garcia, 2002 Garcia, 2002 V: Apure

Australocyon A. confusus Hansen, 2003 Fikácek e Short, 2011 BR: Pará

A. huijbregtsi Hansen, 2003 Short e F. Hebauer, 2006 S: Nickerie

A. minutus Hansen, 2003 Fikácek e Short, 2011 BR: Pará

Berosus B. ambogynus Mouchamps,

1963 Oliva, 1989ª; Este trabalho BR: Amazonas; Pará; Roraima

B. apiciflatus sp. nov. Este trabalho BR: Roraima

B. apure Oliva, 2002 Short e Hebauer, 2006 V: Apure

B. aragua Oliva e Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Anzoategui

B. arcanus Knisch, 1924 Oliva, 1993 BR: Amazonas

B. asymmetricus Oliva e

Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar

B. atratus sp. nov. Este trabalho BR: Roraima

B. aurifer sp. nov. Este trabalho BR: Roraima

B. batesi Oliva, 1992 Oliva, 1992

BR: Amazonas; Pará

B. brevibasis Oliva, 1989 Oliva e Short, 2012;

Este trabalho

V: Apure;

BR:Roraima

B. capanaparo Oliva e Short,

2012 Oliva e Short, 2012 V: Apure

B. castaneus Oliva e Short,

2012 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar; BR: Roraima

B. clarksoni sp. nov. Este trabalho BR: Roraima

B. consobrinus Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012; Este

trabalho

V: Bolívar; BR:

Roraima

B. cordatus sp. nov Este trabalho BR: Roraima

B. corozo Oliva e Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Guarico

B. duquefi Queney, 2006 Fikácek e Short, 2011 GF.: Roura

B. ebeninus Oliva e Short,

2012 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar

B. elegans Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar

B. erraticus Mouchamps,

1963 Oliva e Short, 2012 V:Anzoategui

B. festivus Berg, 1885 Oliva e Short, 2012 V: Barinas

B. freyi Mouchamps, 1960 Mouchamps, 1960; Este

trabalho BR: Amazonas; Roraima

B. garciai Oliva e Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Amazonas

B. geayi d’Orchymont, 1937 Oliva e Short, 2012 V: Falcón

B. ghanicus d’Orchymont,

1941 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar

B. guyanensis Queney, 2006 Fikácek e Short, 2011 GF.: Iracoubo

B. hamatus Knisch, 1924 Orchymont, 1925 BR: Amazonas; Pará

B. holdhausi Knisch, 1920 Mouchamps, 1960 BR: Acre V: Anzoategui

B. humeralis Oliva e Short,

2012 Oliva e Short, 2012 V: Amazonas

B. inpa Oliva, 1992 Oliva, 1992 BR: Amazonas

B. insignis Knish, 1921 Este trabalho BR: Roraima

B. jolyi Oliva e Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Anzoategui

B. llanensis Oliva e Short,

2012

Oliva e Short, 2012; Este

trabalho V: Apure; BR: Roraima

Continua...

Page 166: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

145

...Continuação

B. marquardti Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012; Este

trabalho V: Apure; BR: Roraima

B. megaphallus Oliva e Short,

2012

Oliva e Short, 2012; Este

trabalho V: Apure; BR: Roraima

B. minimus Knisch, 1921 OLIVA, 1989a BR: Amazonas

B. olivae Queney, 2006 Oliva e Short, 2012; Este

trabalho

V: Bolívar; GF:

Iracoubo; BR:

Roraima

B. ornaticollis Oliva e Short,

2012 Oliva e Short, 2012 V: Amazonas; Bolívar

B. pallipes Brullé, 1841 Oliva e Short, 2012 V: Anzoategui

B. patruelis Berg, 1885 Oliva e Short, 2012; Este

trabalho

V: Apure, Aragua;

BR: Roraima

B. rectangulus Mouchamps,

1960 Este trabalho BR: Roraima

B. repertus Oliva e Short,

2012

Oliva e Short, 2012; Este

trabalho

V: Guarico; BR:

Roraima

B. reticulatus Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012; Este

trabalho

V: Anzoategui; BR:

Roraima

B. ruffinus d’Orchymont, 1946 Oliva e Short, 2012 V: Amazonas

BR: Amazonas

B. sinigus Oliva, 1989 Oliva, 1989a BR: Amazonas

B. tramidrum Oliva e Short,

2012 Oliva e Short, 2012 V: Guarico

B. truncatipennis Castelnau,

1840 Oliva e Short, 2012

V: Anzoategui BR:

Pará

B. wintersteineri Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012 V: Guárico;

B. zimmermanni Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012 V: Apure

Cercyon C. soesilae Makhan, 2010 Fikácek e Short, 2011 S: Suriname

C. nincantatus Fikáček e

Short, 2010b Fikácek e Short, 2011 S: Brokopondo

Chaetarthria Chaetarthriasp. Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas

C. minuta Garcia, 2002 Short e Hebauer, 2006 V: Apure

Chasmogenus Chasmogenus sp. Este trabalho BR: Roraima

C. australis Garcia, 2000 Short e Hebauer, 2006 V: Apure

C. bariorum Garcia, 2000 Short e Hebauer, 2006 V: Zulia

C. occidentalis Garcia, 2000 Short e Hebauer, 2006 V: Zulia

C. yukparum Garcia, 2000 Short e Hebauer, 2006 V: Zulia

Crenitulus Crenitulus savana sp. nov. Este trabalho BR: Roraima

Derallus Derallus spp. Bertrand, 1968; Spangler,

1990; Benetti e Hamada, 2003

BR: Amazonas; Pará

D. roraimensis sp. nov Este trabalho BR: Roraima

D. angustus Sharp, 1882 Oliva, 1983; Oliva, 1989b BR: Amazonas; Pará

D. anicatus Orchymont, 1940 Oliva, 1983 BR: Amazonas

D. brachyphallus Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Amazonas

D. pectoralis Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Pará

D. perpunctatus Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Amazonas

D. subglobosus Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Amazonas

D. terranovae Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Amazonas

D. amrishi Makhan, 2005c Short e F. Hebauer, 2006 S: Commewijne

D. aschnae Makhan, 2005c Short e F. Hebauer, 2006 S: Commewijne

Enochrus Enochrus spp. Bertrand, 1968; Benetti e

Hamada, 2003 BR: Amazonas

E. atlantis Orchymont, 1943 Este trabalho BR: Roraima

Continua...

Page 167: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

146

Continuação...

E. fittkaui Fernandez, 1988 Fernandez, 1988 BR: Amazonas

E. lampros Knisch, 1924 Fernandez, 1997 BR: Amazonas

E. melanthus Orchymont,

1943 Este trabalho BR: Roraima

E. paraenses Fernandez, 1997 Fernandez, 1997 BR: Pará

E. rufrenus Orchymont, 1943 Orchymont, 1943 BR: Amazonas

Globulosis G. hemisphaericus Garcia A,

2001

Short e Hebauer, 2006

V: Bolívar

Guaramacalus G. andinus Garcia 2000c Short e Hebauer, 2006 V: Trujillo

Guyanobiu G. lacuniventris Gustafson e

Short, 2010b Fikácek e Short, 2011 V: Trujillo

G. queneyi Gustafson e Short,

2010b Fikácek e Short, 2011 GF.: Roura

Helobata H. amazonenses Clarkson,

2016 Clarkson et al., 2016 BR: Amazonas

H. aschnakiranae Makhan,

2007 Fikácek e Short, 2011 S: Commwijne

H. bitriangulata, Garcia, 2000 García, 2000 V: Apure

H. cuivaum Garcia, 2000d Short e Hebauer, 2006 V: Apure

H. larvalis Horn, 1873 Clarkson et al., 2016 BR: Amazonas

H. lilianae Garcia, 2000d Short e Hebauer, 2006 V: Apure

H. quatipuru Fernandez e

Bachmann, 1987 Fernandez e Bachmann; 1987

BR: Pará

H. soesilaeMakhan, 2007a Fikácek e Short, 2011 S: Nieuw Amsterdam.

Helochares Helochares sp. Bertrand, 1968; Spangler,

1990; Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas; Pará

H. ventricosus Bruch, 1915 Fernandez, 1982 BR: Amazonas

Hemiosus H. fittkaui Oliva, 1994 Oliva, 1994 BR: Amazonas

H. monstrosus Oliva, 1994 Oliva, 1994 BR: Amazonas

H. mornarius Orchymont,

1940 Oliva, 1994 BR: Amazonas

H. costalis Oliva, 1994 Oliva, 1994 BR: Amazonas

Hydrobiomorpha Hydrobiomorpha sp. Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas

H. corumbaensis Mouchamps,

1959 Este trabalho BR: Roraima

H. denticulata Bachmann,

1988 Bachmann, 1988 BR: Pará

H. longa Bruch, 1915 Bachmann, 1988 BR: Amazonas

H. mucajai Bachmann, 1988 Bachmann, 1988 BR: Amazonas

H. paraenses Bachmann, 1988 Bachmann, 1988 BR: Pará

H. solitaria Bachmann, 1988 Bachmann, 1988 BR: Pará

H. spiculosa Bachamnn, 1988 Bachmann, 1988 BR: Pará

H. Utinga Bachmann, 1988 Bachmann, 1988 BR: Pará

Hydrophilus H. smaragdinus Brullé, 1837

Bachmann, 1969

BR: Amazonas

H. ensifer Brullé, 1837 Benetti e Hamada, 2003; Este

trabalho

BR: Acre; Amazonas; Pará;

Roraima

H. simulator Bedel, 1891 Este trabalho BR: Roraima

Motonerus M. amrishi Makhan, 2009 Fikácek e Short, 2011 S: Kasikasima

M. apterus Fikáček e Short,

2006 Fikácek e Short, 2011 V: Mérida

Continua...

Continuação...

M. nublado Fikáček e Short,

2006 Fikácek e Short, 2011 V: Mérida

Page 168: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

147

Notionotus Notionotus sp. Spangler, 1990 BR: Pará

N. dilucidus Queney, 2010 Fikácek e Short, 2011 GF.: Cascades de Fourgassié

N. edibethae, Garcia, 2000 Garcia, 2000 V: Trujillo

N. liparus, Spangler, 1972 Garcia, 2000 V: Aragua

N. lohezi Queney, 2010b Fikácek e Short, 2011 GF.: Régina, Patawa

N. perijanus Garcia, 2000 Garcia, 2000 V: Zulia

N. rosalesi, Spangler, 1972 Garcia, 2000 V: Trujillo, Táchira, Falcón,

Zulia

N. shorti Queney, 2010b Fikácek e Short, 2011 G: Mazaruni-Potaro

Omicrus O. piceus Smeatana, 1975 Smeatana, 1975 BR: Amazonas

Oocyclus O. andinus Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Mérida

O. bolivari Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Bolívar

O. coromoto Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Amazonas

O. floccus Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Bolívar

O. galbus Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Zulia

O. maluz Short, Greene e

Garcia 2013 Short, Greene e Garcia, 2013 V: Mérida

O. meridensis Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Mérida

O. miza Short, Greene e

García, 2013 Short, Greene e Garcia, 2013 V: Bolívar

O. petra Short e García, 2010 Short e Garcia, 2013 G: Essequibo

O. pico Short e García, 2010 Fikácek e Short, 2011 V: Aragua

O. pittieri Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Aragua

O. sapphirus Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Aragua

O. trio Short e Kadosoe, 2011 Short e Garcia, 2013 G: Essequibo

O. trujilloShort e García, 2010 Fikácek e Short, 2011 V: Trujillo

O. zulianus Short e García,

2010 Fikácek e Short, 2011 V: Zulia

Paracymus Paracymus. spp. Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas

P. gracilis Orchymont, 1942 Este trabalho BR: Roraima

P.s P. sedatus Wooldridge, 1973 Este trabalho BR: Roraima

Phaenonotum Phaenonotum spp Spangler, 1990 BR: Pará

Phaenonotum sp.1 Este trabalho BR: Roraima

Phaenonotum sp.2 Este trabalho BR: Roraima

Phaenostoma P. stochasma Short, 2010 Short, 2010 V: Amazonas

Protistolophus P. spangleri Short, 2010 Fikácek e Short, 2011 V: Amazonas

Quadriops Q. amazonenses Garcia, 2000 Garcia, 2000 V: Amazonas

Q. amazonenses García 2000b Short e Hebauer, 2006 V: Amazonas

Sacosternum S. auribleps Fikáček e Short,

2010a Fikácek e Short, 2010 BR: Rondônia

Spahaeridium S. braziliense Henegouwe,

1986 Henegouwe, 1986 BR: Amazonas

Continua...

Continuação...

Tobochares T. sulcatus Short e Garcia,

2007 Fikácek e Short, 2011 V: Amazonas

T. sulcatus, Short e Garcia,

2007 Short e Garcia, 2007 V: Amazonas

Page 169: TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS …

148

Tropisternus Tropisternus sp. Bertrand, 1968 BR: Amazonas

T. acaragua Bachmann, 1970 Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas

T. apicipalpis Chevrolat, 1834 Este trabalho BR: Roraima

T. chalybeus Castelnau, 1840 Orchymont, 1921 BR: Amazonas

T. collaris Fabricius, 1775 Spangler, 1966; Benetti e

Hamada, 2003; Este trabalho BR: Amazonas; Roraima

T. laevis Sturm, 1826 Benetti e Hamada, 2003; Este

trabalho BR: Amazonas; Roraima

T. metallescens Orchymont,

1922 Orchymont, 1922 BR: Amazonas

T. ovalis Castelnau, 1840

Spangler, 1966;

Benetti e Hamada, 2003; Este

trabalho

BR: Amazonas; Roraima

T. sanapana Bachmann, 1970 Benetti e Hamada,

2003

BR: Amazonas

T. phyllisae Spangler e Short,

2008 Fikácek e Short, 2011 S: Krakka-Phedra Road

T. surinamensis Spangler e

Short, 2008 Fikácek e Short, 2011 S: Krakka-Phedra Road

Venezuelobium V. convexum, Garcia, 2002 Garcia, 2002 V: Apure

V. jolyi, Garcia, 2002 Garcia, 2002 V: Apure