TCC 2009 Pastagem Concluída

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    WENNDER OLIVEIRA PARENTE

    DIAGNSTICO DO ESTADO DE DEGRADAO E TOMADA DE

    DECISO NUMA REA DO MUNICPIO DE SANTA RITA DO

    TOCANTINS

    Palmas2009

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    WENNDER OLIVEIRA PARENTE

    DIAGNSTICO DO ESTADO DE DEGRADAO E TOMADA DE

    DECISO NUMA REA DO MUNICPIO DE SANTA RITA DO

    TOCANTINS

    Projeto de pesquisa apresentadocomo Trabalho de Concluso de Curso paraobteno do titulo de Bacharel emEngenharia Agrcola no Centro Universitrio

    Luterano de Palmas. Orientado pelo Prof.Msc. Joaquim Jos de Carvalho.

    Palmas

    2009

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    DIAGNSTICO DO ESTADO DE DEGRADAO E TOMADA DE DECISO

    NUMA REA DO MUNICPIO DE SANTA RITA DO TOCANTINS

    Projeto de pesquisa apresentadocomo Trabalho de Concluso de Curso paraobteno do titulo de Bacharel emEngenharia Agrcola no Centro UniversitrioLuterano de Palmas. Orientado pelo Prof.Msc. Joaquim Jos de Carvalho.

    Aprovado em Julho 2009.

    BANCA EXAMINADORA

    ________________________________________________

    Prof. M.Sc. Joaquim Jos de Carvalho

    Centro Universitrio Luterano de Palmas

    ________________________________________________

    Prof. M.Sc.Silvestre Lopes da Nbrega

    Centro Universitrio Luterano de Palmas

    ________________________________________________

    Prof. M. Sc. Jacqueline Henrique

    Centro Universitrio Luterano de Palmas

    Palmas

    2009

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    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois ele esteve comigo em todos os

    momentos.

    A meu grande irmo Carlos Roberto Rezende que possibilitou com seu

    companheirismo, amizade, auxlio e apoio possibilidade da minha formatura, e que neste

    momento eu pudesse olhar para trs e lembrar das brincadeiras, apelidos (Carrerinha, Cala

    Quadrada, Porteiro), festas da Engenharia Agrcola e dos momentos de descontrao. Contei

    tambm com o apoio de seus pais Joo Airton Rezende e Terezinha, amiga, irm, ouvinte,Rose e Telma e Tambm ningum menos que a especial Nanci Maria, um anjo. Minha me-

    av Belinha, Irm Andria e Evinha por seus exemplos de vida, fora e coragem, pela

    pacincia que tiveram comigo nesses anos, a todos eles, que apesar da distncia estavam

    lutando em busca da minha vitria.

    Aos companheiros especiais do nosso curso: Jean, Douglas, Lizandro, Murilo,

    Carlos, Iriam, Deise, Itaiane, Weder, Ricardo por serem essas pessoas to especiais que

    Deus colocou em minha vida, por sempre me darem foras nos momentos mais difceis que

    passei o meu grande abrao.

    Aos meus familiares, meus professores em especial meu Orientador Joaquim de

    Jos de Carvalho, meu orientador e sua esposa Jacqueline Henrique.

    Aos meus amigos e futuros colegas de trabalho pelos momentos de alegrias

    realizaes e companheirismo

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    AGRADECIMENTO

    A Deus, o que seria de mim sem a f que eu tenho nele.

    A minhas mes Belinha, Eva e Terezinha e pais Joo Gordo e Hlio, pois s eles

    sabem o quanto foi difcil superar os momentos difceis que tivemos aos meus irmos

    Andria, Rose, Carlos, Luma, Gardnia.

    A meus amigos que fazem parte do meu cotidiano que sempre ajudaram no passar

    de cada dia-a-dia, nas atitudes, no companheirismo que sempre possibilitaram um diaseguinte para que todos os meus objetivos sejam realizados.

    voc Nanci Maria e famlia pelos momentos que pude estar curtindo este jeito

    todo especial de vocs, que famlia, deixo aqui o meu abrao cheio de saudades.. amo todos

    vocs!!!

    Ao professor e orientador Joaquim Jos de Carvalho pela pacincia na orientao,

    incentivo e inspirao no amadurecimento dos meus conhecimentos e conceitos que me

    levaram a execuo e concluso desta monografia.

    A todos que sempre torceram por mim.

    Muito Obrigado!

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    Creio que a verdade matemtica

    perfeita para a matemtica, a qumica, a

    filosofia, e para a nossa Engenharia, masno para a vida. Na vida contam mais a

    amizade, o companheirismo, os grandes

    momentos, os abraos, as pessoas, o

    carinho, a esperana, a atitude, o desejo,

    ento faamos valer a pena e que cada

    momento seja inesquecvel.

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    RESUMO

    OLIVEIRA, Wennder Parente de. Diagnstico do estado de degradao e tomada dedeciso numa rea do municpio de Santa Rita do Tocantins. Monografia (Graduao emEngenharia Agrcola), 2009, 38f. Centro Universitrio Luterano de Palmas/UniversidadeLuterana do Brasil CEULP/ULBRA. Palmas - TO.

    O diagnstico da rea de pastagem possibilita a tomada de deciso, quanto aocaminho a seguir: recuperar ou renovar. Este trabalho tem como objetivo avaliar oestado de degradao da pastagem, determinando seu grau de degradao, e com

    base neste dado ver apontar alternativas a serem tomadas pelo proprietrio. Oestudo foi realizado no municpio de Santa Rita do Tocantins, Stio Rose, ficando

    a 130 km de Palmas, capital do Tocantins, o local da pastagem um piqueteutilizado para a cria de caprinos, devido a sua baixa produtividade de forragemcomporta atualmente o reprodutor, foi elaborado um histrico da rea, com pragase doenas que ocorreram, anlise de pragas e doenas presentes, anlise de solo

    para notar as deficincias do solo, pesquisa de possveis alternativas e anlise daspassveis de serem aplicadas na rea, a partir da tabela de Spain e Gualdrn(1991), pode-se classificar a rea como estgio de degradao de nvel 4,caracterizando-se por baixo vigor e qualidade, pequena populao de forrageiras,invasoras, presena de formigas e forrageiras, foi feito o clculo de adubao, semnecessidade de calagem devido ao pH estar na faixa ideal 6, 20, onde o aceitvelfica entre 4,5 e 6, 5, foi recomendado ao produtor que consorciasse a forrageira

    com leguminosas, para que diminusse gastos com adubao nitrogenada, epropiciasse o desenvolvimento da biota do solo.

    Palavras chave:Pastagem. Diagnstico. Estado de degradao.

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    ABSTRACT

    OLIVEIRA, Wennder Parente de. Diagnosis of the state of degradation and decisionmaking in an area of the municipality of Santa Rita do Tocantins. 2009. 38p. Monograph(Graduation in Agricultural Engineering). 2009. 38f. Lutheran University Center ofPalmas/Lutheran University of Brazil CEULP/ULBRA. Palmas - TO.

    The diagnosis of the area of grazing allows the decision, on the way forward:recover or renew. This study aims to assess the state of degradation of pasture,determining the degree of degradation, and on this point see as alternatives to betaken by the owner. The study was performed in Santa Rita do Tocantins, ChacaraRose, getting to 130 km from Palmas, capital of Tocantins, the location of the

    pasture is used to create pasture for goats, due to its low productivity of foragecurrently includes the player, has drawn up a historical area, with pests anddiseases, analysis of pests and diseases present, analysis of soil to notice thedeficiencies of the soil, search for and analysis of possible alternatives that can beapplied in the area, from the Table of Spain and Gualdrn (1991), we can classifythe area as a stage of degradation of level 4, being characterized by low vigor andquality, small population of forage, weeds, and presence of ants forage, was thecalculation of fertilization without the need for lime because of the ideal pH rangeis 6.20, where acceptable is between 4.5 and 6.5, which was recommended to the

    producer associated with the forage legumes, to reduce expenses with nitrogen,

    and foster the development of the life of the soil.

    Key-words: Pasture. Diagnosis. State of degradation.

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Estgios de degradao 22

    Tabela 1. Princ. Probl. na reabilitao de pastagens e possveis solues 24

    Tabela 3. Recomendao de adubao e calagem para a rea 30

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1.- Consumo mdio de fertilizantes 20

    Figura 2.- Pastagens do Cerrado 21

    Figura 3. rea da pastagem diagnosticada 28

    Figura 4. Das plantas invasoras da rea.............................................................31

    Figura 5. Cupins e formigas invasores 34

    Figura 6. Materiais usados na demarcao da rea 35

    Figura 7. Fotos avaliativas da rea 35

    Figura 8. Profundidade de razes e anlise de solo 36

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    SUMRIO

    Introduo 13

    1.1 . Objetivos ............................................................................. 18

    1.1.2. Objetivo geral ................................................................ 18

    1.1.3. Objetivos especficos ...................................................... 18

    2. Reviso de Literatura 16

    2.1. Evoluo de pastagens ........................................................... 16

    2.1.1. A decadncia das pastagens e suas razes ........................ 16

    2.1.2. Caminho da degradao.................................................. 20

    2.1.3. Estgios de degradao .................................................. 23

    2.1.4. Metodologias de recuperao de pastagens ....................... 25

    3. Metodologia 26

    3.1. Levantamento do histrico da rea .......................................... 28

    3.2. Objetivo do uso da rea ......................................................... 29

    3.3. Anlise de solo ...................................................................... 27

    3.4. Gramneas, plantas e pragas presentes na rea ......................... 31

    3.4.1. Competio por espao: ...................................................... 32

    3.4.2. Competio por luz: ............................................................ 30

    3.4.3. Competio por guas e nutrientes: ...................................... 32

    3.4.4. Queda real da capacidade de suporte por rea: ...................... 33

    3.4.5. Aumento do tempo para a formao das pastagens: ............... 33

    3.5. Demarcao da rea .............................................................. 34

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    3.6. Avaliao visual da rea ......................................................... 35

    3.7. Coleta de Solo e anlise de solo .....Erro! Indicador no definido.

    4. CONCLUSES .............................................................................. 37

    5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................... 38

    6. ANEXOS 38

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    1. INTRODUO

    A degradao de pastagens constitui-se em problema de abrangncia mundialcausando enormes prejuzos econmicos e ambientais, principalmente nos trpicos. No

    Brasil, por exemplo, estima-se que esse fenmeno atinja cerca da metade das pastagens

    formadas na Amaznia e no Brasil Central, alcanando, aproximadamente, 50 milhes de

    hectares das reas j desmatadas nessas regies.

    Em outros pases da Amrica Latina, o problema da degradao de pastagens

    igualmente grave, sendo uma das principais causas de insucesso da atividade pecuria e

    importante causa de degradao ambiental.As causas da degradao das pastagens no Brasil no apresentam ainda um consenso

    no meio cientfico. Estando por isso associada de um modo geral, a fatores ligados ao

    estabelecimento da forrageira e de manejo. As possveis causas da degradao das pastagens

    podem ser consideradas inmeras como: escolha inadequada do germoplasma (semente), m

    formao inicial, causada pela ausncia ou mau uso de prticas de conservao do solo,

    preparo do solo, correo da acidez e, ou, de adubao, sistemas e mtodos de plantio e

    manejo animal; prticas culturais, tais como o uso do fogo, ausncia ou uso inadequado de

    adubao, ausncia ou aplicao incorreta de praticas de conservao do solo aps uso

    prolongado de pastejo; ocorrncia de pragas, doenas e plantas invasoras, manejo animal,

    principalmente o excesso de lotao e sistemas inapropriados de pastejos.

    Neste aspecto, a degradao um processo evolutivo de perda de vigor, de

    produtividade, e da capacidade de recuperao natural das pastagens pra sustentar os nveis de

    produo demandados, culminando com a degradao avanada dos recursos naturais e perda

    de sustentabilidade da produo.

    Portanto, o diagnstico do estado de degradao e tomada de deciso um importante

    fator a considerar quando se pensa na pastagem como base alimentar para o desenvolvimento

    econmico da atividade pecuria.

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    2. OBJETIVOS

    2.1. Objetivo geral

    Avaliar a situao da pastagem, quanto ao seu estado de degradao no municpio de

    Santa Rita do Tocantins.

    2.3. Objetivos especficos

    Criar histrico da rea;

    Determinar a situao na pastagem de plantas e animais invasores

    Classificar a pastagem quanto ao estado de degradao

    Avaliar a situao da pastagem;

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    2. REVISO DE LITERATURA

    2.1. Evoluo de pastagens

    Atualmente existem no Brasil aproximadamente 200 milhes de hectares (ha) de

    pastagem, sendo que 100 milhes de ha so pastagens cultivadas pelo Homem.

    Esta expanso de pastagens cultivadas demanda altos investimentos no preparo do

    solo, com hora-mquina, com fertilizantes, com sementes, com cercas e instalaes,

    entretanto, a velocidade com que estas pastagens diminuem o vigor e a produtividade deforragem muito rpida, causando srios prejuzos. As estimativas demonstram que mais da

    metade das pastagens cultivadas esto degradadas na atualidade. ( Almeida, 1998)

    2.2. A decadncia das pastagens e suas razes

    Por que as pastagens entram em decadncia? A princpio no se faz: plano de manejo

    pastoril; uma anlise de solo para a implantao da pastagem; escolha de melhor forrageira

    para a regio; manejo da pastagem. Os cuidados da pastagem so entregues ao gado, em

    lotao permanente. As plantas mais palatveis e mais apreciadas so perseguidas pelo gado,

    e nunca consegues recuperar-se. Elas desaparecem. O gado submete trechos da pastagem

    superlotao e outros sublotao. Em ambos os casos h invaso de plantas indesejadascomo jurubebas (Solanum maculatum), unha de boi (bauhinia candicans) e outras. Pelo

    pisoteio compacta-se a superfcie da pastagem, especialmente em pocas de chuva. Nos

    rodeios em volta de aguadas, ao redor dos cochos e em lugares preferidos pelo gado fica

    desnuda, Instalam-se guanxumas. O repouso das pastagens, que ocorre nas fazendas

    invernadoras, est faltando, prejudicando a vegetao de brotao precoce. As queimadas. A

    limpeza dos pastos mais rpida e mais barata, mas instala-se uma vegetao prpria para o

    fogo; ocorre uma decadncia fsica pronunciada da terra; diminui a absoro de clcio e

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    fsforo pelas forrageiras; desapareceram os animais terrcolas benficos e aumentaram os

    parasitos. (Primavesi, 1984).

    A explorao pecuria no Cerrado com pastagens cultivadas e manejo inadequado tem

    causado a essa regio problemas srios, com grande parte dessas pastagens em algum grau de

    degradao. Isso ocorre principalmente devido no reposio dos nutrientes que esto sendo

    exportados do solo via produo de carne e leite, alm de problemas no estabelecimento e no

    manejo dessas pastagens. Por essa razo, para manter o processo produtivo sustentvel,

    necessrio pelo menos repor os elementos qumicos extrados do solo, se possvel, em

    quantidades um pouco maiores que as removidas, para, com isso, melhorar sua produtividade

    e competitividade. (Sousa, et. al. 2001, pg. 22)

    2.3 Caminho da degradao

    Apesar de serem base da alimentao animal da pecuria nacional, as reas de

    pastagens, tm apresentado rpido e acentuado declnio em sua capacidade produtiva em

    decorrncia dos processos de degradao que se instalam, limitando e inviabilizando aproduo de carne e/ou leite em muitas regies do pas.

    reas de pastagens cultivadas ou nativas, mal-formadas ou mal-manejadas,

    normalmente apresentam algum grau de degradao. Independente das cultivares utilizadas,

    as pastagens quando no sofre nenhuma prtica de manejo relevante (adubao, vedao da

    pastagem etc.) tem um ciclo de produo naturalmente decadente, apresentando produes de

    matria seca (MS) substancialmente maiores nos primeiros anos, sendo caracterizada pela

    produo estacional e cclica no perodo das guas. Com o tempo, h queda de produo,

    relacionada s prticas de manejo: carga animal, modalidade de pastejo, queima, roagem e

    adubao.

    A degradao de pastagem um processo gradativo da perda de vigor, da

    produtividade, do valor nutritivo e da capacidade de recuperao natural da planta forrageira

    para sustentar os nveis de produo e qualidade exigida pelos animais, mesmo durante o

    perodo das guas, assim como, o de superar os efeitos nocivos de pragas, doenas e

    invasoras, culminando com a degradao avanada dos recursos naturais, em razo de

    manejos inadequados. Os solos apresentam-se compactados, com baixos nveis de pH e

    baixos teores de fsforo, potssio, clcio, magnsio, e matria orgnica e apresentam altos

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    teores de alumnio, mangans e ferro. Baixos nveis de enxofre ocorrem em solos pobres em

    matria orgnica. De acordo com MACEDO e ZIMMER (1993), um dos grandes problemas

    da agropecuria brasileira a degradao dos recursos naturais. reas considerveis de

    agricultura e pecuria so prejudicadas pelo mau uso do solo, da gua e da vegetao.

    Segundo RODRIGUES et al. (2000), a pastagem um sistema biolgico, com perdas e

    exportao de energia (produtos) para outros organismos. Dada precariedade,

    desconhecimento e/ou incapacidade de adoo de determinados pacotes tecnolgicos,

    natural que se instale o processo de degradao da pastagem, variando apenas a precocidade e

    a velocidade do declnio e produo, conforme o solo e o clima. Portanto, necessrio o

    conhecimento das forrageiras que se adaptam as condies edafoclimticas da regio, manter

    os nveis de nutrientes de acordo com as exigncias nutricionais da planta, bem como avaliara capacidade de suporte da pastagem para utilizar o manejo mais adequado.

    O manejo da pastagem visa obter equilbrio entre o rendimento/qualidade da forragem

    produzida, com a manuteno da composio botnica desejada. Ao mesmo tempo procura-se

    obter bons resultados da produo animal e rea (NASCIMENTO JNIOR et al., 1994).

    Desta forma, para evitar a degradao da pastagem, necessrio o conhecimento das

    interaes entre solo clima planta - animal. Sabe-se que os componentes clima-solo-

    planta-animal esto intrinsecamente ligados, sujeitos aos erros de manejo. A degradaoocorre quando h quebra do equilbrio nas inter-relaes. O maior fator que provoca o

    insucesso na produo de protena animal a pasto a degradao das pastagens,

    principalmente, com os erros de manejo.

    A degradao das pastagens, em seus estgios mais avanados, caracteriza-se pela

    modificao na dinmica da comunidade vegetal, onde as espcies desejveis perdem lugar a

    outras, de menor ou quase nenhum valor forrageiro, e pelo declnio na produtividade de MS,

    provocando redues da produo animal (BARCELLOS, 1990).

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    Figura 1 Consumo mdio de fertilizantes no Brasil (em kg/ha, aplicados nas

    pastagens brasileiras)

    A figura 1 mostra os investimentos feitos com culturas, e nota-se claramente a grande

    diferena no consumo de fertilizantes entre as outras culturas e as pastagens.

    Figura 2 Pastagens no Cerrado: baixa Produtividade pelo uso limitado de

    Fertilizantes. (Jnior, Vilela, 2002)

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    As razes para o uso limitante de fertilizantes em pastagens so de acordo com Vilela

    e Jnior, (2002):

    As plantas forrageiras so consideradas culturas de baixo valor e, portanto, no

    justificam o uso de corretivos e fertilizantes;

    As perdas na produo de forragem em razo da baixa fertilidade do solo no

    so sempre bvias, particularmente, em condies de pastejo;

    O manejo da pastagem praticado em muitas propriedades no contempla a

    utilizao eficiente da forragem extra produzida pela adubao; e;

    difcil para o pecuarista mensurar o retorno econmico do fertilizante

    aplicado ao pasto (R$ de lucro advindo do uso do fertilizante por hectare).

    As pragas so divididas em grupos segundo os locais de ataque, (Oliveira, 1997):

    Nas razes: cupins, percevejo castanho;

    Nos perfilhos: cochonilha, percevejo-das-gramneas, cigarrinhas;

    Nas folhas: lagartas, savas e gafanhotos, e so divididas tambm conforme o

    grau de importncia em.

    Pragas chaves e pragas secundrias

    2.4 Estgios de degradao

    A partir da tabela de Spain e Gualdrn (1991), pode-se classificar e diagnosticar a rea

    nos seguintes parmetros:

    Tabela 1. Estgios de degradao:

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    Deteriorao leve - apresenta declnio de produtividade menor que 25% com perda de

    vigor e qualidade da forragem, principalmente, pela restrio de nutrientes, tais como

    nitrognio e fsforo.

    Deteriorao moderada - apresenta declnio de produtividade de 25% a 50% com

    perda de vigor e qualidade da forragem com pequena populao de plantas invasoras, sendo

    neste momento que se instala a degradao propriamente dita.

    A deteriorao leve a moderada apresenta boa cobertura vegetal, sem problemas srios

    de compactao e eroso.

    Deteriorao forte possui declnio na produtividade de 50 a 75 %, queda no vigor e

    qualidade das forragens, pequena populao de plantas forrageiras e presena de invasoras,

    apresentando a degradao do solo, com problemas de compactao e incio de eroso.Deteriorao muito forte apresenta-se quando o declnio da produtividade maior

    que 75%, ocorrendo prejuzos, mais a presena de cupins e formigas, com pouca cobertura do

    solo, ocasionando eroso hdrica e elica.

    Segundo Rodrigues et al. (2000), as principais formas de degradao de pastagens e

    possveis solues esto associadas baixa fertilidade do solo que diminui as reservas

    orgnicas da planta, diminuindo a capacidade de rebrota. Logo reduz a rea de fotossntese

    ativa, ocasionando perdas de massa verde, o que diminui a populao de plantas forrageiras.Esta diminuio favorece o aparecimento de plantas daninhas, permitindo que o espao e a

    luminosidade sejam utilizados para o desenvolvimento das plantas invasoras. A falta de

    cobertura do solo, devido diminuio da populao das plantas forrageiras, provoca a eroso

    elica e hdrica, ocasionando em perda de solo, de matria orgnica e de nutrientes, como se

    pode observar na Tabela 2.

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    2.5. Metodologias de recuperao de pastagens

    Para se recuperar as pastagens degradadas, tm-se a disposio diversos mtodos e

    tecnologias. A melhor opo depende da situao de degradao do solo, vigor e densidade de

    plantas forrageiras, disponibilidade de tempo e de recursos, considerando as condies

    climticas da regio.

    Segundo Macedo (2001), na recuperao direta, as prticas mecnicas e qumicasaplicadas tm o intuito de revigorar as plantas forrageiras sem substituir as espcies

    existentes. As prticas agrcolas esto voltadas exclusivamente para a rpida recuperao da

    capacidade produtiva. No entanto, o mtodo direto no se aplica quando a densidade de

    plantas forrageiras baixa.

    A recuperao com nenhuma destruio, ou seja, recuperao direta sem preparo do

    solo, ocorre quando este apresenta boa cobertura de solo, com pastagens bem formadas e bom

    estande. Contudo, apresenta baixa produo de forragem e perda de vigor, possibilitando o

    desenvolvimento de plantas invasoras. Desta forma, a aplicao de insumos (corretivos e

    adubos) e o controle de invasoras tornam-se necessrio.

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    A recuperao direta com destruio parcial ocorre com preparo mnimo do solo

    adubado, utilizando revolvimento, escarificao e gradagem leve para romper a compactao

    superficial. A utilizao da adubao para corrigir as deficincias nutricionais, proporcionar

    o aumento da produo da forrageira, que se encontra comprometida.

    A recuperao direta com destruio total, na qual utiliza preparo total do solo e

    adubao consiste na utilizao de mquinas e equipamentos, corretivos, fertilizantes e

    sementes fiscalizadas, sendo indispensvel adotar prticas conservacionistas para o sistema

    produtivo. Nessa pastagem, necessria a reposio da fertilidade, com adubao de acordo

    com anlise de solo e semeadura objetivando estande forrageiro para cobertura de solo,

    controlar a grande incidncia de plantas invasoras e pragas com operaes de revolvimento de

    solo.A recuperao indireta de pastagens degradadas pode ser compreendida como aquela

    efetuada por meio de prticas mecnicas, qumicas e culturais, utilizando-se a Integrao

    Lavoura-Pecuria, por meio de uma pastagem anual (milheto, aveia) ou uma lavoura anual de

    gros (milho, soja, arroz) por certo perodo (MACEDO, 2001). A Integrao Lavoura-

    Pecuria utiliza tcnicas agronmicas que podem variar desde a dessecao da pastagem com

    herbicidas e semeadura direta, at o preparo do solo com semeadura convencional

    (KLUTHCOUSKI et al., 2003).A recuperao indireta com uma pastagem anual (milheto, sorgo) caracteriza-se pela

    recuperao pasto a pasto, onde no ocorre a explorao de uma cultura produtora de gros,

    portanto, tem a desvantagem de no haver renda agrcola para reduzir os custos. A vantagem

    consiste na rapidez em receber os animais, produzindo carne e/ou leite num curto perodo de

    tempo, amenizando os custos de recuperao. A recuperao indireta, utilizando a lavoura

    anual (milho, arroz, soja), adota uma seqncia de operaes ocupando uma mesma rea com

    gros e pastagem. Aps a colheita dos gros consegue-se uma pastagem com os custosreduzidos, pois se obtm renda agrcola com a lavoura anual.

    O objetivo principal desta tcnica o de aproveitar a adubao residual empregada no

    pasto anual ou lavoura, para recuperar a espcie existente na pastagem com menores custos. A

    produo de carne ou de leite obtida com pasto anual, de forma intensiva, ou de venda dos

    gros da lavoura, amortiza em parte, os custos da recuperao da pastagem. Aps a utilizao

    do pasto anual, ou a colheita de gros da lavoura, deixa-se a pastagem retornar atravs do

    banco de sementes, para uniformizar a populao de plantas forrageiras.

    Devido baixa capacidade de suporte, as pastagens degradadas, apresentam produo

    de forragem insuficiente e de baixo valor nutritivo, o que leva a baixa capacidade de suporte.

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    Tomando-se por base a morte de 1% do rebanho, somada ao emagrecimento de 1,5 @/animal

    adulto na seca, os prejuzos na pecuria brasileira podem superar um bilho de dlares

    americanos por ano (YOKOYAMA et al., 1995). Pastagens recuperadas podem manter a

    capacidade de suporte de 1,8 U.A./ha, enquanto em pastagem degradada suporta apenas de

    0,3 a 0,5 U.A./ha (KLUTHCOUSKI, 1994). A recuperao de pastagem otimiza o

    aproveitamento da rea, recupera as propriedades qumicas, fsicas e biolgicas do solo e

    viabiliza a produo de protena animal, devido ao aumento da capacidade de suporte, no

    obstante, impede novos desmatamentos preservando a fauna e a flora, favorecendo o

    agroambiente.

    Desta forma, o declnio natural e inevitvel da fertilidade dos solos dos cerrados, com

    o manejo inadequado do trinmio solo-planta-animal e exportao dos nutrientes pelasplantas forrageiras, tem sido visto como a principal causa dos processos degradativos das

    pastagens. Uma vez detectado, a partir da avaliao do grau de degradao, deve-se utilizar

    prticas adequadas para reverte-los. A deciso de recuperar pastagens degradadas depender

    no somente da situao agroclimtica da rea degradada, mas da disponibilidade de tempo e

    recursos do produtor.

    Portanto, a recuperao de pastagem promove a sustentabilidade da agropecuria

    brasileira, tendo como enfoque o produtor rural que reduz os custos de produo e utilizaintensivamente sua propriedade, agregando valor a sua atividade e aumentando sua

    competitividade, alm de preservar o meio ambiente e possibilitar o emprego do plantio direto

    e da Integrao Lavoura-Pecuria.

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    3. METODOLOGIA

    3.1. Levantamento do histrico da rea

    Figura 3 rea da pastagem diagnosticada.

    A rea e ocupada por gramneas do gnero Brachiara Brizantha, Brachiara

    Decumbens e Panicum Maximum.

    No histrico da rea feito com o proprietrio, soube-se da ocorrncia de queimadas

    que influenciam na pastagem, alterando: A disponibilidade de matria seca (MS), composio

    florstica, cobertura do solo e frequncia de espcies na pastagem; sobre a produo deforragem e sua qualidade, em termos de protena bruta (PB) e digestibilidade (DIVMO); a

    temperatura do solo durante a queima, na superfcie a 5 e 10 cm de profundidade; e sobre a

    mesofauna do solo.

    Na rea tambm houve a infestao de lagartas que praga de ocorrncia espordica

    nas pastagens, quando, principalmente, ocorre veranicos ou quando h migrao de culturas

    vizinhas. Causam injrias s plantas, quando na fase de lagarta, as quais quando recm-

    eclodidas, alimentam-se da parte mais tenra da planta, geralmente na parte inferior das folhas.As lagartas raspam a folha ou podem destru-la totalmente deixando apenas a nervura

    rea de 1,118 ha

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    Principal. Alimentam-se preferencialmente tardinha e a noite, sendo que nas horas

    mais quentes do dia se abrigam junto ao colo da planta.

    A identificao da existncia e grau de infestao das plantas daninhas que causam

    problemas nas pastagens o passo bsico de todo programa de manejo. Com base na

    identificao da situao de infestao.

    Outro fator significante que ocorreu na pastagem foi o fogo, que devido cultura de

    queima para a rebrota tambm acabou influenciando com: morte dos microorganismos,

    fortalecimento de invasoras. Causa muitas vezes a diminuio na quantidade de matria

    orgnica, no permite o acmulo de umidade e nutrientes na camada superficial do solo e

    acelera o processo de degradao.

    3.2. Objetivo do uso da rea

    Com a inteno do proprietrio de criar caprinos surgiu necessidade de saber se a

    pastagem capaz de sustentar os animais e saber que atitudes tomar, ento ser feito o

    diagnstico da rea com medio da rea, anlise de solo, classificao das reas quanto ao

    estado de infestao e pragas existentes, sendo realizado o levantamento do histrico da rea esaber quais as alternativas tomar de acordo com as possibilidades da regio de Santa Rita do

    Tocantins, como implantao de leguminosas com o objetivo de se verificar a alternativas da

    regio.

    3.3. Anlise de so lo

    Foi feita a anlise de solo (em anexo), e com base nos resultados foi possvel notar que

    na rea necessria a aplicao de adubos nas seguintes quantidades:

    Tabela3 - Recomendao kg para rea

    Procedimento Recomendao: kg para a rea

    Calagem Calcrio dolomtico 972,66Nitrognio Sulfato de Amnio 111,8

    Fsforo Superfosfato Simples 726,7Potssio Cloreto de Potssio 167,7

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    A tabela 3 apresenta a recomendao de adubao e calagem para a rea de 1,118ha,

    clculos baseados no livro Plantas Forrageiras, (Bufarah e Alcntara, 2004).

    comum nas regies tropicais e subtropicais a ocorrncia de solos cidos, os quaisgeralmente, apresentam baixos teores de clcio e de magnsio trocveis, teores elevados de

    alumnio trocvel e de mangans disponvel e baixa porcentagem de saturao de bases. A

    prtica de calagem, alm de fornecer clcio e magnsio, eleva o pH do solo e, como

    conseqncia, aumenta a disponibilidade de P e de Mo e reduz o Al, o Mn e o Fe, os quais em

    excesso tornam-se txicos para as plantas e para o rizbio associado s leguminosas. Alm

    disso, exerce papel fundamental sobre processos de decomposio e mineralizao da matria

    orgnica, essencial para a elevao do CTC (Capacidade de Troca de Ctions) e para a

    melhoria das propriedades fsicas e qumicas do solo. Por outro lado, o excesso de calagem

    induz imobilizao de certos micro nutrientes (Zn, B e Cu), podendo causar suas

    deficincias. (Zanine, Santos e Ferreira, 2005).

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    3.4. Gramneas, plantas e pragas presentes na rea

    Figura 4. Das plantas invasoras da rea.

    A figura 5 apresenta algumas plantas invasoras, causando alguns problemas devido

    competio com as pastagens.

    As dicotiledneas herbceas se constituem num srio problema em pastagem, pois a

    maioria no palatvel ou contm espinhos, o que faz com que os animais evitem essas

    plantas, as quais tendem a aumentar em nmero se no forem controladas. Como exemplo

    dessas plantas, temos presentes na rea malcia, e outros que podem vir a se desenvolverem

    em pastagens: cips, barbasco, jos, tento, vassouras, mentrasto, samambaia, mamona,

    carrapicho, etc., (Pereira e Silva, 2000),

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    Os principais problemas causados pelas plantas daninhas: a competio direta por espao, luz,

    gua e nutrientes, alm de outros problemas indiretos que tambm justificam o seu controle

    (Svicero, Barros e Neto, Esalq/Usp sem data).

    3.4.. Competio por espao:

    A competio por espao de difcil quantificao e compreenso, podendo-se,

    contudo, admiti-la quando uma determinada planta forada a assumir uma arquitetura que

    no lhe caracterstica. No se encontrou nenhuma referncia na literatura sobre aimportncia da competio por espao. No entanto, este o tipo de competio mais

    percebido pelo pecuarista, pois onde est presente uma planta daninha, a gramnea forrageira

    no poder tomar o seu lugar, causando uma diminuio no nmero de plantas desejveis na

    pastagem. Neste aspecto a planta daninha tambm muito favorecida pelo pastejo seletivo.

    3.5. Competio por luz:

    A atividade fotossinttica das plantas geralmente bastante reduzida devido ao seu

    sombreamento. Assim, a habilidade de uma espcie em competir pela luz normalmente est

    bastante correlacionada com a sua capacidade de situar suas folhas acima das folhas de outras

    espcies; por conseqncia, normalmente ocorre uma correlao direta entre a habilidade de

    uma espcie competir por luz e o seu porte. Assim fica fcil perceber que as plantas daninhas

    de folhas largas apresentaro maior facilidade em competir com a pastagem devido sua

    arquitetura particular.

    3.6. Competio por guas e nutrientes:

    A competio por gua e nutrientes depende da espcie infestante, porm, aquelas com

    razes superficiais muito desenvolvidas competem com maior agressividade com a gramnea

    forrageira, que apresenta sistema radicular fasciculado. A competio ser maior

    principalmente em situaes em que a disponibilidade de gua limitada. Neste caso, as

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    plantas daninhas de folhas largas infestantes de pastagens levariam vantagem sobre o pasto

    devido a sua maior capacidade de remoo de gua do solo (sistema radicular mais

    desenvolvido). A baixa fertilidade natural da maioria dos solos ocupados por pastagens, aliada

    no utilizao de prticas de adubao para a reposio de nutrientes, faz com que a

    competio por nutrientes se torne uma das mais importantes.

    3.7. Queda real da capacidade de suporte por rea:

    A competio pelos fatores citados anteriormente provocam uma diminuio da

    produo de massa verde nas pastagens (quantidade de forragem disponvel),conseqentemente a quantidade de animais por rea dever ser menor para no acelerar a

    degradao das pastagens.

    3.8. Aumento do tempo para a formao das pastagens:

    A competio com as plantas daninhas provoca um atraso no estabelecimento das

    gramneas forrageiras, atrasando o desenvolvimento da parte area, do sistema radicular e

    reduzindo o perfilhamento.

    Figura 5. Cupins e formigas invasores.

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    As formigas causam danos tanto em pastagens estabelecidas, quanto durante a fase de

    estabelecimento. Neste ltimo caso os danos so mais graves porque cortam as plntulas

    recm emergidas tanto de gramneas quanto de leguminosa. Esse dano ocasiona a morte da

    plntula, que neste estgio no tem capacidade de rebrota. Quando as formigas atacam plantas

    mais desenvolvidas, elas desfolham e cortam os brotos dos talos e ramos secundrios. Mas na

    rea diagnosticada o nmero de formigueiros no considervel a ponto de se considerar uma

    praga to influente.

    3.9. Demarcao da rea

    Figura 6. Materiais usados na demarcao da rea.

    Na demarcao da rea foram utilizados: trena (50 metros) barra de ferro (1 metro)

    para medio da rea.

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    3.10. Avaliao visual da rea

    Figura 7 Fotos avaliativas da rea.

    No local percebe-se a presena de pastagens Brachiara Decumbens, Brachiara

    Brizantha e Panicum Maximum, baixo sombreamento, pastagens presentes no interior da

    pastagem e ao redor nas bordas da pastagem plantas invasoras.

    3.11 Coleta de Solo e anlise de solo

    A coleta do solo foi retirada na profundidade de 20 cm, nesta imagem percebe-se que

    as profundidades das razes do capim variam entre 12 e 15 cm. A anlise foi feita pelo

    laboratrio Zoofrtil em Palmas.

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    Figura 8. Profundidade de razes e anlise de solo.

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    4. CONCLUSES

    Conclui-se com base na tabela de nveis de degradao de Spain e Gualdrn (1991),

    que a rea encontra-se no nvel de degradao 4, com perda de vigor e qualidade, pequena

    populao de gramneas, invasoras, formigas e cupins.

    Recomenda-se para a mesma o manejo ecolgico com leguminosas para enriquecer o

    solo com nitrognio, e metodologias aplicadas por Primavesi, devido resistncia de

    proprietrios em investir no solo, com adubao.

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