Tcc Adriano

55
CURSO & COLÉGIO GABARITO A IMPORTÂNCIA DA PERFURAÇÃO DOS POÇOS DE PETRÓLEO ADRIANO MATOS MARTINS

Transcript of Tcc Adriano

Page 1: Tcc Adriano

CURSO & COLÉGIO GABARITO

A IMPORTÂNCIA DA PERFURAÇÃO DOS POÇOS DE PETRÓLEO

ADRIANO MATOS MARTINS

ARACAJU

2014

Page 2: Tcc Adriano

ADRIANO MATOS MARTINS

A IMPORTÂNCIA DA PERFURAÇÃO DOS POÇOS DE PETRÓLEO

ARACAJU2014

2

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso & Colégio Gabarito como um dos pré-requisitos para obtenção do grau de Técnico em Eletromecânica. Sob a orientação do Professor

Page 3: Tcc Adriano

ADRIANO MATOS MARTINS

UTILIZAÇÃO DO SÓLIDO NA SECAGEM DO CASCALHO

Trabalho de conclusão de curso apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Técnico em Eletromecânica à Comissão Julgadora do Curso & Colégio Gabarito.

Avaliado em ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________________________

Nome do (a) orientador (a)

Instituição

___________________________________________________________________________

Nome do componente

Instituição

___________________________________________________________________________

Nome do componente

Instituição

ARACAJU, 20143

Page 4: Tcc Adriano

Dedico este trabalho primeiramente a

Deus pela vida, a meus pais por

acreditar mim e a minha família por

estarem ao meu lado durante toda

essa jornada.

4

Page 5: Tcc Adriano

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que, pela sua graça me

capacitou a cumprir mais essa etapa da

minha vida e com seu imensurável amor

sempre traz a existência os meus sonhos.

Aos meus incondicionalmente pais,

exemplos de caráter, que desde tenra idade

me incentivam em prosseguir no caminho da

buscar pelo conhecimento.

A minha filha, pelo apoio e compreensão nas

horas de trabalhos e estudos, em que não

pudemos partilhar de suas companhias.

Aos meus irmãos e sobrinhos por me

proporcionar momentos de ternura e afeto.

Ao meu orientador_______________ pela

dedicação, incentivo, paciência,

profissionalismo e amizade durante a

realização deste trabalho.

Enfim, a todos que, de uma forma ou outra,

estiveram presentes em minha vida e foram,

com certeza, essenciais para a execução e

conclusão desta dissertação.

5

Page 6: Tcc Adriano

“Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e competência.”

Henry Ford

6

Page 7: Tcc Adriano

RESUMO

O estudo mostra que o secador de cascalho é um tipo de centrífuga vertical, desempenha papel fundamental na adequação dos resíduos às leis ambientais de descarte, principalmente em plataformas offshore, é um equipamento de extrema importância no processo de reaproveitamento do fluido de perfuração ainda presente nos sólidos gerados pela perfuração e que já passaram por diversos equipamentos de separação. Assim, visando futuramente a otimização ou mesmo reestruturação desta etapa do processo de descarte de resíduos. De acordo com esse estudo o presente levantamento com os pontos principais de sua estrutura e operação. Tal procedimento traz um estudo, em diferentes pontos do processo de controle de sólidos, através de pesquisas bibliográficas este estudo tem como objetivo de investigar o comportamento dos mesmo e sua alteração ao longo do processo. A secagem do cascalho é muitas vezes referida como uma limpeza secundária dos sólidos, a secagem tornou-se então um procedimento padrão de sistemas fechados de controle de sólidos.

Palavras-Chave: Controle de sólidos, caracterização, cascalho, secador de

cascalho, fluido de perfuração.

7

Page 8: Tcc Adriano

ABSTRACT

The study shows that the gravel dryer is a type of vertical centrifugal , plays a key role in adaptation to environmental waste disposal laws , especially on offshore platforms is a very important equipment in the process of reusing drilling fluid still present in solids generated by drilling and who have gone through various separation equipment . Then, in order to optimize future restructuring or even this step in the waste disposal process. According to this, study the present survey with the main points of its structure and operation. This procedure presents a study in different parts of solids control process, through bibliographic research this study aims to investigate the behavior of the same and its change throughout the process. Drying of gravel is often referred to as a secondary cleaning of the solids, then drying has become a standard closed system solids control procedure. With the aim of investigating the behavior of the same and its change throughout the process. Drying of gravel is often referred to as a secondary cleaning solids, then drying has become a standard closed systems for solids control procedure.

Word-key: Solids control, characterization, gravel, gravel dryer, drilling fluid.

8

Page 9: Tcc Adriano

LISTAS DE FIGURAS

Figura 1 – Vale Potássio Nordeste ........................................................................... 16

Figura 2 – Proteção do acionamento da transportadora ........................................... 18

Figura 3 – Corrente de transmissão da transportadora ............................................ 19

Figura 4 – Corrente de arrasto .................................................................................. 20

Figura 5 – Redutor do quebrador .............................................................................. 20

Figura 6 – Conjunto motor elétrico e redutor de velocidade da transportadora ........ 21

Figura 7 – Conjunto motor elétrico e redutor de velocidade do quebrador ............... 21

Figura 8 – Acoplamento de borracha ........................................................................ 22

Figura 9 – Estruturas metálicas............................................................................................... ..23

Figura 10 – Pontos de lubrificação ............................................................................ 23

Figura 11 – Feeder Breaker ...................................................................................... 26

9

Page 10: Tcc Adriano

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................11

2 HISTÓRICO...........................................................................................................12

3 FLUIDOS DE PERFURAÇÃO ...............................................................................16 3.1 Funções e Características dos Fluidos de Perfuração.....................................16 3.2 Propriedades dos Fluidos de Perfuração..........................................................17 3.2.1 Massa Específica......................................................................................17 3.2.2 Reologia e Força Gel.................................................................................... 3.2.3 Parametros de Filtração..............................................................................

4 CASCALHO DE PERFURAÇÃO............................................................................. 4.1 Secador de cascalho......................................................................................18 4.2 Limpeza...........................................................................................................18 4.3 Panorama .....................................................................................................19 4.4 fluido recuperado no secador de cascalho ...........................................20

5. CRITÉRIOS AMBIENTAIS.......................................................................................

6. CONCLUSÃO ......................................................................................................27

REFERENCIAS.............................................................................................................

10

Page 11: Tcc Adriano

1 INTRODUÇÃO

Na busca incessante pela extração do petróleo da crosta terrestre, os

engenheiros de perfuração necessitam alcançar a área onde ele se aloja tomando

inúmeros cuidados para não colocar em risco as operações de perfuração, a equipe

envolvida e muito menos o meio ambiente. Na intenção de retirada do petróleo da

crosta terrestre, enquanto se perfura, um fluido com propriedades especiais

conhecido como lama de perfuração é usado (Duarte, 2004). De acordo com o autor,

estes são bombeados da unidade de perfuração até o poço pelo interior de uma

coluna de perfuração. Essa unidade de perfuração é o local por onde o fluido circula

e é a partir desse sistema que ele é bombeado do tanque de sucção até o poço,

retornando pelo espaço entre coluna de perfuração e o poço conhecido como

espaço anular, chegando até a peneira vibratória, para a separação dos sólidos

extraídos e posteriormente resfriado e tratado, para ser novamente bombeado para

o poço.

Para Prado 2011, sabe-se que a indústria do petróleo tem o objetivo de

encontrar, fazer a produção e vender o mesmo. Para que estas atividades sejam

efetuadas de forma cada vez mais eficaz, todo o processo deve ser analisado

lentamente, para que nada passe desapercebido no decorrer da pesquisa. Fazer a

exploração do petróleo não é algo tão simples assim, pois deve-se primeiro fazer um

estudo aprofundado de cada região, se estas tem a capacidade de atender as

necessidades de uma perfuração de petróleo. Para que se faça a exploração é

necessário se encontrar campos de petróleo. Os Chamados campos de petróleo são

escolhidos mediante uma minuciosa análise, feita através de sísmica, onde o

objetivo principal é fazer a variação da velocidade de propagação do som que é

emitido pela superfície.

Para Duarte 2004, dessa maneira, antes de perfurar o poço, e fazer com

que o mesmo produza, é necessário avaliar se o local possui boas condições e

características necessárias para a exploração, bem como deve ser observado o

11

Page 12: Tcc Adriano

local de trabalho, se este é seguro para que as atividades operacionais sejam postos

em prática. Ocorrendo tudo de forma positiva, o óleo explorado é enviado para as

refinarias que é transformado em produtos derivados do petróleo (gasolina, gás de

cozinha, óleo diesel, querosene e etc.) sendo posteriormente comercializados.

O objetivo do presente trabalho é elencar a importância da perfuração dos

poços de petróleo, e, para melhor entender o tema foi feito uma análise de

pesquisas bibliográficas composta por partes específicas e importantes, onde será

desenvolvida pela presente introdução uma breve análise ao que será exposto no

corpo do trabalho. Em sequência, uma abordagem do histórico da perfuração dos

poços de petróleo para que se entenda qual a real importância da exploração.

Também será exposto os fluidos de perfuração que ganham espaço no trabalho,

estes que tem a função de transmitir dados no decorrer da coluna de perfuração

através de sensores e equipamentos, em tempo real, para que tais informações

possam chegar na superfície e a partir daí o trabalho seja colocado em prática.

Continuando na abordagem o secador de cascalho e como a defesa ambiental se

relaciona com a perfuração de petróleo.

12

Page 13: Tcc Adriano

2 HISTÓRICO

Segundo Thomas 2011, antigamente, as pessoas perfuravam o solo em

busca de água, seja ela para beber, lavar e irrigar, ao encontrar petróleo, por não

obter conhecimento, afirmavam que tal petróleo iria contaminar a água que

conseguiram com tanto sacrifício. No século XIX, as pessoas passaram a ser

convencidas de que o petróleo era necessário, foi a partir daí que a perfuração em

busca de petróleo teve inicio.

Ainda para o autor, no Brasil, a história do petróleo pode ser dividia em 4

fases importantes:

I. Em 1858, nesta época, a primeira sondagem profunda foi realizada

entre 1892 e 1896, em um município chamado bofete, no Estado de São Paulo, por

um rapaz chamado Eugênio Ferreira Camargo.

II. Em 1938 há a criação do Conselho Nacional do Petróleo;

III. No ano de 1953, com Getúlio Vargas na presidência, em 3 de outubro,

foi promulgada a lei 2004 criando a Petrobrás;

IV. E por fim, acaba o monopólio estatal do petróleo, com o Presidente

Fernando Henrique Cardoso.

Entre 1858 a 1938 é necessário observar que a história do petróleo

iniciou-se na Bahia, com o decreto 2266, assinado pelo Marquês de Olinda,

concedendo a José Barros Pimentel o direito de extrair mineral para fabricação de

querosene de iluminação na província da Bahia. Já no ano posterior o inglês Samuel

Allport, fez uma análise de um gotejamento de óleo em lobato, subúrbio de Salvador.

Mesmo com vários poços perfurados sem sucesso, não houve a perda da esperança

de que um dia uma perfuração iria dá certo.

Ainda de acordo com autor, depois de 70 anos de muita espera, em 1930,

um engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos, teve o conhecimento de que nos

13

Page 14: Tcc Adriano

arredores de lobato, alguns moradores estavam utilizando uma lama preta e oleosa

que iluminava as residências, lama esta muito parecida com o petróleo. A partir daí,

passou a ser feito uma pesquisa minuciosa do local, com coleta do material, chegou

até a ir no ano de 1932 no Rio de Janeiro a encontro do Presidente Getúlio Vargas,

entregando o relatório ao mesmo, mas tais esforços foram em vão, chegando até a

ser considerado um “maníaco”.

Em 1938, a lei Federal entrou em cena para afirmar que o Petróleo era

altamente estratégico para o país. Neste mesmo ano foi criado o Conselho Nacional

do Petróleo (CNP). Em 1939 Oscar Cordeiro e o CNP descobrem petróleo na Bahia.

No ano de 1941, em candeias, um poço DNPM -163 foi perfurado, para que no

Estado da Bahia houvesse um maior desenvolvimento da atividade. Com este

passou a existir a primeira acumulação comercial de Petróleo. Em 1938, a indústria

de petróleo era basicamente Norte- Americana, a chamada Royal Dutch/Shell, com

a união das empresas Holandesa e Inglesa, só que como ainda era algo muito novo,

acabou não dando muito certo, pois outros países exploravam petróleo a um baixo

custo, com pagamentos de mínimos impostos, entre outros.

Já em 1953, há a criação da Petrobrás, e o país passou a consumir

150.000 barris por dia de derivados. Com a construção de refinarias a situação

passou a melhorar, em Manaus foram construídas refinarias que chegavam a

consumir 5.000 barris por dia, em Manguinhos que chegava a de 10.000 barris por

dia e em Capuava, inaugurada em 1954, com 20.000 barris por dia. Desta forma,

observa-se que após a dedicação da CNP, a quantidade de barris aumentou, mas

mesmo assim ainda não era satisfatório para atender a demanda e no ano de 1953,

a produção de petróleo era menor do que a demanda, tal situação tinha que mudar,

pois o lucro ainda estava distribuído nas atividades de derivados, ou seja, as

multinacionais que estavam lucrando mais do que deviam, dificultando cada vez

mais a expansão do negócio no Brasil. Podendo perceber que estava cada vez mais

complicado investir no petróleo, pois o lucro estava somente nas mãos das

multinacionais, os países mais ricos que tinham refinarias, estavam produzindo óleo

barato, e até chegar a outros países, o preço que era pago não compensava. Tudo

estava de encontro ao setor do Petróleo.

14

Page 15: Tcc Adriano

Na verdade, o país teria que fazer com que o mercado nacional se

desenvolvesse, senão as multinacionais iriam continuar importando derivados

indispensáveis na produção do petróleo, foi nessa época que o grupo Ipiranga

surgiu, na tentativa de bloquear o desenvolvimento das multinacionais, não foi fácil,

mas pela insistência o Brasil conseguiu vencer mais essa batalha.

A Petrobrás então surge, em 10 de maio de 1954, e pouco tempo depois o

país já estava caminhando com as próprias pernas, sem multinacionais no caminho,

fazendo da indústria, um setor que alimenta o mundo de energia. É perceptível que

o esforço obteve sucesso nos resultados atuais acerca do petróleo Brasileiro, afirma

o autor.

15

Page 16: Tcc Adriano

3 FLUIDOS DE PERFURAÇÃO

De acordo com Thomas 2001, os fluidos de perfuração como misturas

complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e, por vezes, até de gases. Sendo

que, do ponto de vista químico, eles podem assumir aspectos de suspensão,

dispersão coloidal ou emulsão, dependendo do estado físico dos componentes. Do

ponto de vista físico, os fluidos de perfuração assumem comportamentos de fluidos

não-newtonianos, ou seja, a relação entre a taxa de cisalhamento e a taxa de

deformação não é constante. Na verdade os fluidos de perfuração tem a função de

transmitir dados no decorrer da coluna de perfuração através de sensores e

equipamentos, em tempo real Desta forma, as informações obtidas são levadas até

a superfície para a partir daí serem tomadas as decisões cabíveis através dos

resultados.

Ainda para Thomas 2001, esses fluidos são bombeados por dentro da

coluna, para que assim consigam atingir o fundo do poço. A comunicação é feita

através da diferença de pressão existente no fundo do tubo, que percorre o sentido

inverso ao da lama existente, até chegar os eu destino fim que é a superfície. Para

obter esse sinal existem 3 maneiras diferentes que são: telemetria com pulso

positivo, pulso negativo e pulso contínuo. Quando o sensor ou transdutor entra em

contato com a superfície, a comunicação é logo transformada em sinais digitais,

essa transmissão gera dados com uma ampla qualidade, auxiliando assim os

geólogos que estão de prontidão na superfície.

3.1 Funções e Características dos Fluidos de Perfuração

16

Page 17: Tcc Adriano

Duarte (2004. p. 123) afirma que um fluido de perfuração além de ter de

realizar suas funções primordiais, que são a suspensão, o controle de pressão, a

estabilização das formações, apresentar poder de flutuação e de resfriamento da

broca também devem apresentar características adequadas para que possam ser

utilizados nas diversas formações.

Thomas (2001, p. 82 – 82) relata que um fluido de perfuração deve ser

estável quimicamente, facilitar a separação dos cascalhos na superfície, ser inerte

(não reagir) com as rochas produtoras, ser capaz de aceitar tratamento físico e/ou

químico, ser passível de bombeamento, e ainda deve apresentar baixo grau de

corrosão e abrasão (esfoliamento) em relação à coluna de perfuração e a outros

equipamentos da coluna de perfuração, além de não ser agressivo ao meio

ambiente Além das funções cruciais de um fluido de perfuração, eles apresentam

funções e características secundárias, tais como: resfriar e limpar pequenas

impurezas, apresentar baixo custo de operação, facilitar as interpretações

geológicas do material retirado do poço.

Ainda para o autor, os fluidos de perfuração tem várias funções, uma

delas é fazer a limpeza do fundo dos poços dos cascalhos que são gerados pelas

brocas, e vão até a superfície. Bem como também tem o objetivo de fazer o

resfriamento e a lubrificação da broca e da coluna de perfuração. Outra função

interessante dos fluidos de perfuração é exercer uma pressão hidrostática, em frente

as rochas que são perfuradas com o objetivo de evitar o fluxo de fluidos que são

indesejados, evitando que estes caiam dentro do poço, ajudando-os a desmoronar

as paredes. Além dessas importantes funções, para que os fluidos de perfuração

consigam desenvolver melhor as atividades, eles devem possuir algumas

características que são: devem ser bombeável manter os cascalhos suspensos,

mesmo quando não haja bombeamento, deixar as paredes do poço estabilizadas,

não causar danos as rochas produtoras e nem as formações atravessadas, deve

possuir massa (peso) suficiente para que consiga evitar fluxos para dentro do poço.

17

Page 18: Tcc Adriano

Tem também o objetivo de não causar danos aos equipamentos, e por fim separar

os cascalhos que são retornados à superfície.

3.2 Propriedades dos Fluidos de Perfuração

3.2.2 Massa Específica

Para Thomas 2001, Massa específica é definida como massa por

unidade de volume, conhecido também como peso ou densidade do fluido de

perfuração. Esta é disponível em todas as sondas de perfuração. A função desta é

fazer o desenvolvimento da pressão hidrostática que evita o fluxo dos fluidos das

formações para o interior do poço. Esta é considerada bastante importante para que

exista o impedimento de fluxos indesejados para dentro do poço. Ou seja, indicar

alguma possível contaminação por fluidos da formação. És considerada como sendo

a massa do fluido por unidade de volume, que no geral é expressa por lb/gal (ppg).

3.2.3 Reologia e Força Gel

O comportamento de fluxo de um fluido é definido pelos parâmetros

reológicos, que vão influenciar diretamente no cálculo de perdas de carga na

tubulação e velocidade de transporte dos cascalhos. A reologia é a ciência da

deformação e fluxo da matéria. Fazendo certas medidas reológicas do fluido, é

possível determinar como o fluido escoará sob variadas condições de temperatura,

pressão e taxa de cisalhamento. Em termos reológicos, a viscosidade é o parâmetro

mais conhecido, sendo definida como a resistência que uma substância apresenta

ao fluxo. No campo, as principais propriedades reológicas de interesse, que se

encontram vinculadas ao desempenho do fluido são: índice de comportamento;

índice de consistência; viscosidade aparente; viscosidade plástica; limite de

18

Page 19: Tcc Adriano

escoamento e força gel que é a resistência ao movimento do fluido de perfuração

(THOMAS, 2001).

É importante controlar as propriedades reológicas do fluido visando

aperfeiçoar a operação de perfuração, através da maximização da limpeza do poço,

minimização da pressão de bombas, evitando o influxo da formação e prevenindo

perda de circulação para a formação perfurada.

3.2.4 Parâmetros de Filtração

Para Thomas 2001, a capacidade do fluido de perfuração em formar uma

camada de partículas sólidas úmidas, denominada reboco, sobre as rochas

permeáveis expostas pela broca é de fundamental importância para o sucesso da

perfuração e da completação do poço. Para formar o reboco, deve haver o influxo da

fase líquida do fluido do poço para a formação. Este processo é conhecido como

filtração. É essencial que o fluido tenha uma fração razoável de partículas com

dimensões ligeiramente menores que as dimensões dos poros das rochas expostas.

Quando existem partículas sólidas com dimensões adequadas, a obstrução dos

poros é rápida e somente a fase líquida do fluido, o filtrado, invade a rocha. O filtrado

e a espessura do reboco são dois parâmetros medidos rotineiramente para definir o

comportamento do fluido quanto à filtração.

19

Page 20: Tcc Adriano

4 CASCALHO DE PERFURAÇÃO

Cascalhos de perfuração são misturas de pequenos fragmentos de

rochas impregnados com o fluido usado para lubrificar e resfriar a broca durante a

perfuração (PEREIRA, 2010).

Cascalhos de perfuração tendem a ter uma forma angular e podem ter

sua distribuição granulometria variando de cascalhos a argilas. A composição física

dos cascalhos refletem os materiais geológicos que compõem o subsolo que foi

perfurado, bem como outros componentes específicos sólidos e materiais químicos

que originalmente compunham o fluido de perfuração (LIMA, 2002).

A perfuração de poços de petróleo gera diversos resíduos entre os quais

estão os fluidos e cascalhos de perfuração. A administração desses resíduos tem

sido um problema para a indústria de petróleo e gás por causa da quantidade

gerada e seus contaminantes, que podem ser orgânicos e inorgânicos (PEREIRA,

2010). Os contaminantes presentes nos cascalhos dependem da composição

química utilizada no fluido de perfuração e da composição da formação rochosa, ou

seja, os fragmentos das rochas cortados pela broca (cascalhos) são carreados pelo

fluido de perfuração até as peneiras vibratórias na superfície, onde são separados

do fluido e descartados em um dique. Por não haver uma remoção total do fluido

impregnado nos cascalhos, estes podem conter contaminantes, tais como: Metais

pesados, Sais solúveis e Hidrocarbonetos.

4.1 Metais pesados

20

Page 21: Tcc Adriano

Segundo Lima 2002, o principal risco para o meio ambiente associado a

metais pesados está em suas formas solúveis em água ou trocáveis. Essas formas,

entretanto, estão presentes em quantidade mínima nos rejeitos sólidos da

perfuração.

4.2 Sais solúveis

Sais solúveis, como cloreto de sódio e cloreto de potássio, fazem parte da

composição básica dos fluidos de perfuração de poços de petróleo. E a disposição

desses sais no solo, dissolvidos nos resíduos da perfuração, pode trazer

consequências graves ao meio ambiente. A concentração excessiva de sal solúvel

no solo aumenta o potencial osmótico, que é a causa principal do dano e morte das

plantas. O potencial osmótico é a força com que os constituintes dissolvidos tentam

reter as moléculas de água, ou seja, o sal no solo compete com as plantas pelas

moléculas de água. Excesso de sal no solo faz com que as plantas tenham,

prematuramente, stress por secura, mesmo que quantidades substanciais de água

estejam disponíveis (PEREIRA, 2010). Além disso, a lixiviação desse sal (por

exemplo, pela chuva) pode vir a transportá-lo até lençóis de água doce

subterrâneos, alterando a qualidade dessas águas.

4.3 Hidrocarbonetos

Para De Sá 2008, hidrocarbonetos, quando derramados na superfície,

penetram a diferentes profundidades, dependendo do tipo de solo. Devido à baixa

permeabilidade dos solos argilosos, os hidrocarbonetos não penetram tão

profundamente nestes solos, como o fazem em solos arenosos. O poder de

percolação dos hidrocarbonetos no solo está direta e preponderantemente ligado à

maior ou menor mobilidade destes em função do tamanho de suas moléculas, para

o caso das argilas pouco reativas (ex.: caulinitas), e adicionalmente como função da

constante dielétrica, ou seja, do grau de polaridade das moléculas, para o caso das

argilas reativas (ex.: exmectitas). Hidrocarbonetos com moléculas constituídas por

21

Page 22: Tcc Adriano

cadeias de mais de oito carbonos são mais viscosos, ou seja, menor mobilidade no

solo. Já, os hidrocarbonetos com moléculas constituídas por cadeias com menos de

oito carbonos são bem fluidos, penetrando mais profundamente no solo, com maior

possibilidade de atingir aquíferos. Entre os compostos com baixo número de

carbonos em suas moléculas estão a gasolina, benzeno, tolueno e xileno.

5 PROPRIEDADES AMBIENTAIS DECORRENTES DOS CASCALHOS

DE PERFURAÇÃO

Os resíduos de perfuração de poços de petróleo, quando dispostos

inadequadamente, poluem o solo, deterioram a paisagem urbana e constituem um

passivo ambiental, caso sejam destinados a aterros sem tratamento prévio. A

quantidade de resíduos de perfuração de poços de petróleo gera impactos negativos

significativos (PEREIRA, 2010).

Está em vigor a lei de crimes ambientais (lei 6938/98), que responsabiliza

o gerador do resíduo pela sua deposição final. Além da lei nº 12.305, de 2 de agosto

de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e em seu capítulo II art.

6o parágrafo VIII que tem como um dos princípios o reconhecimento do resíduo

sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de

trabalho e renda e promotor de cidadania (IBAMA, 2010).

No Brasil, quanto à competência legal para aprovação e

verificação das atividades offshore, cabe à Agência Nacional de Petróleo, Gás

Natural e Biocombustíveis (ANP) a aprovação e supervisão das atividades de

perfuração, produção e processamento dos hidrocarbonetos produzidos; cabe à

Marinha a aprovação e supervisão das embarcações (navios de apoio e plataformas,

tanto de perfuração como de produção); e cabe ao Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) a aprovação da área em que a

atividade será desenvolvida, sob o ponto de vista de impacto no meio ambiente, e a

aprovação do Plano de Emergência Individual, requisito para o licenciamento

ambiental (IBAMA, 2010).

22

Page 23: Tcc Adriano

O “cascalho” e o fluido de perfuração são os resíduos que caracterizam a

perfuração dos poços de petróleo e gás. A polêmica em torno da utilização e

descarte destes rejeitos tem os colocado em posição de destaque no debate

internacional sobre a preservação do ecossistema na etapa de exploração marítima

de petróleo e gás, o que vem exigindo uma legislação própria que regulamente a

matéria no Brasil, principalmente após a abertura do setor de petróleo no país em

1997. Nos Estados Unidos e na Europa essa legislação já existe há alguns anos e é

bastante exigente. A Agência de Proteção Ambiental Americana (US EPA) estipulou

que o teor de fluido sintético presente nos “cascalhos” descartados em plataformas

offshore não pode ultrapassar 6,9% e o descarte de “cascalhos” contaminados com

fluido a base de óleo estão proibidos. O principal risco para o meio ambiente

associado a metais pesados está em suas formas solúveis em água ou trocáveis

(PEREIRA, 2010).

De acordo com o IBAMA 2010, a medida mais comum do potencial de

impacto ambiental de um material é a sua toxicidade. Toxicidade é definida pela

norma NBR 10.004 (ABNT, 2004) como a propriedade potencial que o agente tóxico

possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em consequência

de sua interação com o organismo. Toxicidade ocorre quando um material causa um

efeito deletério sobre um organismo, população ou comunidade. A toxicidade de

uma substância é a medida de como ela prejudica a vida e a saúde dos seres vivos

após a exposição à substância. Dois tipos de medidas de toxicidade são comumente

usados: a dose e a concentração. A dose é a concentração de uma substância que

foi absorvida no tecido das espécies em estudo, enquanto a concentração é uma

medida da concentração de uma substância no ambiente que as espécies vivem e

também incluem um intervalo de tempo de exposição. Bioensaios de toxicidade são

realizados em animais e os resultados são extrapolados para criar os guias que

contém os valores máximos permitidos para cada elemento ou substância.

23

Page 24: Tcc Adriano

6 SECADOR DE CASCALHOS

Para Pereira 2010, com a crescente restrição ambiental para o descarte

de resíduos oriundos da perfuração de poços de petróleo, houve grande

necessidade de introduzir uma alternativa técnica-econômica após a etapa de

peneiramento. Tal alternativa é uma centrífuga filtrante vertical que reduz o volume

de líquido que está junto com o de descarte sólido, o “Secador de cascalho”. No

entanto, tal equipamento não influencia na eficiência do processo de controle

moderno de sólidos, pois trata-se de um equipamento que, como dito anteriormente,

visa a redução do volume de resíduos gerados e a recuperação de boa parte da

fração liquida que seria descartados com os sólidos.

O resíduo que se deseja tratar (~12% de fluido em massa) é alimentado

na porção superior do equipamento e cai em um compartimento composto de um

tronco cônico rotativo dotado de aletas raspadoras. O resíduo adquire então um

movimento rotativo – de 800 a 1200 rpm – e é arremessado contra uma tela de 10 a

30 mesh, também em movimento rotativo, e que impede a passagem dos sólidos

mais grosseiros. (PEREIRA, 2010).

O fluido recuperado com grande porcentagem de sólidos é estocado em

um tanque de espera para posterior processamento em uma centrífuga decantadora.

A torta formada sobre a superfície interna da tela é raspada pelas aletas presas ao

cone rotativo, desta forma os sólidos são direcionados para a parte inferior do

equipamento. Esse procedimento ocorre pelo fato de que a tela e o cone giram com

uma pequena decalagem: o cone gira uma volta a mais a cada volta da tela. O

“cascalho” seco é transportado até um compartimento de armazenamento e

24

Page 25: Tcc Adriano

posteriormente segue para a disposição final de acordo com o tratamento proposto.

(DE SÁ, 2008).

6.1 Funcionamento do Secador

O Secador de “cascalho” é alimentado na porção superior e

posteriormente faz a separação sólido-líquido da lama de perfuração. Os sólidos

retidos nas peneiras são transportados até o “Secador de cascalho” através de

diferentes sistemas que incluem alimentação por gravidade, transferência por bomba

a vácuo com funil rotativo, transporte pneumático, bombas de deslocamento positivo

e roscas transportadoras. O cascalho então, é direcionado ao “Secador” com adição

de fluido para facilitar seu transporte. No interior do “Secador” a mistura é acelerada

e lançada em direção à tela onde formará uma torta que acaba retendo partículas

muito mais finas do que a abertura da tela poderia reter nominalmente. A filtração é

realizada pela torta e não pela tela, o líquido é coletado no compartimento lateral e o

sólido seco é descartado na parte inferior do equipamento. Tal processo de

separação pode ser otimizado pela mudança na vazão de “cascalho” que é

alimentado na centrífuga, pelo ajuste da distância entre os raspadores e a tela, o

que se faz movendo o cone na vertical, ou ainda alterando a abertura da tela, sendo

as mais comumente utilizadas de 10 ou 20 mesh. Devido às altas forças centrífuga

criadas pelo grande diâmetro do cone que gira com elevada rotação, a separação

sólido-líquido ocorre gradativamente conforme a lama entra em contato com a

superfície da tela de alta capacidade, produzindo um descarte de sólidos seco e

recuperando fluido de perfuração. A taxa de fluxo sobre a tela é controlada pela

diferença de velocidade entre o cone e a tela, sendo que os raspadores giram uma

volta a mais a cada volta da tela e cada 75 rotações dos raspadores correspondem a

74 rotações do rotor, e também pela ação das aletas raspadoras, as quais movem

os sólidos na direção do local de descarte. Os “cascalhos” são descarregados por

gravidade na parte inferior do equipamento e podem ser recolhidos logo após o

secador ou levados até determinado local por roscas transportadoras. O fluido que

atravessa a tela é bombeado até uma centrífuga decantadora e depois de

processado retorna em seguida ao processo. (PEREIRA, 2010).

25

Page 26: Tcc Adriano

6.2 Telas

As telas verticais permitem secagem eficiente e fácil deslocamento do

“cascalho”. Alguns exemplos de abertura de tela são: 0,010 (10 mesh) => 254µ;

0,015 (15 mesh) => 381µ; 0,020 (20 mesh) => 508µ; 0,030 (30 mesh) => 762µ.

(PEREIRA, 2010).

6.3 Raspadores

Os raspadores são fundamentais para o bom desempenho da máquina,

portanto, é importante sempre manter uma folga ótima entre a tela e os raspadores o

que controla a espessura da torta filtrante. Raspadores padrão são ajustáveis,

independentes e com revestimento de carbonato de tungstênio, reduzindo o

desgaste; são construídos em tamanho definido e vendidos em conjunto de oito

peças. O espaçamento ótimo entre a tela e os raspadores é de 0,015 in (~0,4 mm),

este valor foi determinado para diversas aplicações, no entanto, alguns materiais

podem exigir valores diferentes. Uma folga excessivamente pequena pode reduzir a

vida útil da tela, aumentar a sua degradação, elevar o teor de sólidos no fluido

recuperado e o teor de fluido no “cascalho” seco. Os raspadores têm a função de

manter a tela limpa e de direcionar os sólidos para a área de descarte. (PEREIRA,

2010). O suporte é feito de metal, tem uma vida útil longa e geralmente seu

desgaste não altera o funcionamento do Secador.

6.4 Rotor

É muito importante verificar a condição do rotor a cada mudança de tela.

Isto é necessário, pois o rotor é o membro de ligação entre o eixo de acionamento

externo e o suporte da tela, e é uma das partes que está sujeita a um desgaste

abrasivo. A forma do rotor, o seu funcionamento e o tratamento de sua superfície

são projetados para manter o mínimo de desgaste possível. Além disso, o desgaste

inerente que existe pode ser diminuído se as inspeções periódicas e os trabalhos de

26

Page 27: Tcc Adriano

manutenção necessários forem realizados antes que o rotor se desgaste a um ponto

onde há danos físicos ao equipamento. (PEREIRA, 2010).

6.5 Descarga

O compartimento de descarga de sólidos vai do fundo do rotor ao fundo

da base da centrífuga. Uma inspeção diária nesta parte do equipamento deve ser

realizada a fim de se prevenir a formação de acúmulo de produto nessa área, tal fato

levaria a uma excessiva resistência de partes móveis, o que poderia acarretar em

uma sobrecarga da máquina e consequente desgaste no rotor. (PEREIRA, 2010).

6.6 Kit Retorta

A Retorta é usada para determinar a quantidade de líquidos e sólidos em

um fluido de perfuração. Em um teste de réplica, uma amostra de fluido medida é

colocado em um copo e aquecido até que os componentes líquidos sejam

vaporizados. Os vapores são passados através de um condensador e recolhidos em

uma proveta ou tubo de centrífuga que tem sido calibrado para registrar o volume

dos líquidos condensados em 20 ° C. O destilado é lido diretamente como

porcentagem de volume do volume original da amostra de sólidos. Sólidos

suspensos e dissolvidos são determinados subtraindo-se estes a partir de 100 por

cento da amostra inicial. Para fluidos de água doce, a quantidade relativa de barita e

argila pode ser estimada. Correções relativas à presença de sal devem ser feitas no

cálculo de teor de sólidos por volume. A Retorta fornece um método simples e

diretas de campo para determinação da porcentagem em volume de óleo e água em

amostras de lama de perfuração ou em amostras de núcleo da formação. A Retorta

foi projetada para ser especialmente útil na determinação do teor de óleo de lamas

de emulsão. (DE SÁ, 2008).

27

Page 28: Tcc Adriano

7 LIMPEZA

O fluido recuperado no secador ainda contém um alto teor de sólidos

(45% em massa) e é então submetido, geralmente a uma centrífuga decantadora,

dimensionada e preparada para processar fluidos com grande quantidade de

sólidos. O overflow das 8 centrífugas decantadoras que processam o fluido

recuperado no secador é direcionado para um tanque e depois para o sistema ativo

de circulação juntamente com o fluido recuperado no Mud Cleaner enquanto que o

underflow (sólidos separados) é levado para um compartimento de armazenamento

para posterior disposição final juntamente com os sólidos processados no “Secador

de cascalho”. Todo o sistema de controle de sólidos descrito é de suma importância

no processo de perfuração de poços de petróleo, uma vez que a lama de perfuração

pode ser considerada como a “força vital do poço”, principalmente para poços de

grande profundidade. Portanto é bastante clara a necessidade de se recuperar de

forma eficaz e eficiente o fluido de perfuração. Além disso, o processo de controle de

sólidos é essencial na adequação dos resíduos de perfuração às leis ambientais

vigentes e cada vez mais restritas (PEREIRA, 2010).

7.1 Tratamento primário – Controle de sólidos e Limpeza

Os fragmentos das rochas que foram removidos com o auxílio do fluido de

perfuração retornam à superfície através do espaço anular formado pelas paredes

do poço e a coluna. O fluido de perfuração para ser reaproveitado na perfuração

28

Page 29: Tcc Adriano

deve passar por um separador de sólidos. Estes equipamentos em conjunto são

capazes de reter até 99% dos fragmentos das rochas cortados pela broca contidos

no fluido, denominados cascalhos de perfuração. Perfazendo um circuito típico de

controle dos sólidos, o fluido de perfuração ao sair do poço entra na peneira

vibratória onde são parcialmente separados do fluido os sólidos de granulometria

maior e são descartados geralmente em uma caçamba de 5 m³. O fluido que passa

pelas telas das peneiras é processado por um conjunto de dois a quatro

hidrociclones de 8 a 20 polegadas. A função de um hidrociclone é acelerar o

processo natural de decantação de partículas de um fluido, no caso basicamente a

areia, o que os torna conhecidos como desareiadores onde existe outra caçamba

para receber o resíduo. Saindo deste equipamento a lama passa ao dessiltador.

Este nome vem do inglês silt, que caracteriza uma partícula de tamanho maior que a

argila e menor que a areia, denominada silte. O dessiltador é um hidrociclone de 4 a

5 polegadas (dependendo da vazão de fluido a ser processada pode haver de oito a

doze dessiltadores), que irá descartar as partículas sílticas em uma terceira

caçamba. Saindo do dessiltador o fluido pode ser direcionado a um mud cleaner,

que trata-se de um dessiltador com uma peneira para recuperar partículas que não

foram retidas nos equipamentos anteriores. Dependendo do caso, pode haver

também uma centrífuga para retirar as partículas menores que ainda não tenham

sido descartadas pelos hidrociclones. A partir daí, a lama volta a ser bombeada para

o poço. Há também os desgaseificadores, com a função de eliminar o gás do fluido

de perfuração (THOMAS, 2001).

Dentre os equipamentos citados, a centrífuga é o que apresenta maior

eficiência na separação sólido-líquido, portanto, o resíduo descartado pela centrífuga

apresenta menor umidade e contaminação que os descartado nos demais

equipamentos.

29

Page 30: Tcc Adriano

8 FLUIDO RECUPERADO NO SECADOR DE CASCALHO

Os estudos para o reuso do cascalho em materiais de construção são

recentes. Eles apontam alternativas para a construção de sub-base de

pavimentação, materiais cerâmicos e concretos. A técnica de solidificação e

estabilização, chamada no Brasil de encapsulamento, é citada por diversos autores

como uma boa alternativa para resíduos inorgânicos, não inertes e perigosos. Essa

técnica possui vantagens tais como consumo mínimo de energia e pouca emissão

de gases. Entretanto, em alguns trabalhos com cascalhos de perfuração de Al-

Ansary, Al-Tabbaa (2004, 2007); Leonard; Stegemann (2010) são apontadas

limitações e desvantagens. O principal problema apontado é a alta concentração de

componentes orgânicos, cloretos e bentonita que dificulta o processo de hidratação

do cimento e pode diminuir a resistência à compressão do concreto. Além disso, a

alta concentração de cloretos impede a utilização em estruturas de concreto armado,

pois pode provocar a corrosão das armaduras.

A administração desses resíduos tem sido um problema para a

indústria de petróleo e gás por causa da quantidade gerada e seus contaminantes,

que podem ser orgânicos e inorgânicos (LEONARD; STEGEMANN, 2010).

Os fluidos de perfuração são misturas de sólidos, líquidos, aditivos

químicos e/ou gases. Podem assumir o aspecto de suspensões, emulsões ou

dispersões coloidais, dependendo do estado físico de seus componentes. Quando

30

Page 31: Tcc Adriano

da perfuração dos primeiros poços de petróleo, utilizava-se a própria argila da

formação misturada à água, formando uma espécie de lama, motivo do fluido

também ser denominado lama de perfuração (VEIGA, 1998).

Lama de perfuração é um fluido especial, composto basicamente de uma

base aquosa, ou não aquosa, e viscosantes e adensantes (agentes utilizados para

conferir peso) injetado no poço a fim de manter a pressão ideal, impedindo que as

paredes do poço desmoronem. A lama de perfuração serve, também, para lubrificar

e resfriar a broca e deter a subida do gás e do petróleo, em caso de descoberta.

Para manter as condições hidrostáticas ideais para a perfuração em cada formação

geológica, profundidade e ângulo são utilizados fluidos com diversos aditivos

químicos. Um determinado fluido aquoso pode ter propriedades e constituintes que

permitiriam enquadrar em mais de uma classificação. Os principais tipos de fluidos à

base de água são os fluidos convencionais, fluidos naturais, fluidos dispersos

tratados com lignosulfonados, fluidos tratados com cal, fluidos tratados com gesso,

fluidos não dispersos tratados com cal e polímeros, fluidos salgados tratados com

polímeros, fluidos de base cloreto de potássio (KCl), fluidos isentos de sólidos e os

fluidos biopoliméricos (VEIGA, 1998).

Pires (2009) sugere uma alternativa inovadora para o tratamento e

disposição do cascalho de perfuração. O trabalho avaliou a incorporação de

cascalho de perfuração na massa argilosa para produção de cerâmica vermelha. O

método avaliado consiste no processamento industrial, realizado a elevadas

temperaturas, a fim de se obter um material sólido, resistente e inerte. A pesquisa

concluiu que a incorporação de cascalho de perfuração na produção de cerâmica

vermelha é uma alternativa economicamente viável e tecnicamente segura para o

tratamento e destinação final deste resíduo. Uma vez que o processo de queima,

inerente à produção de peças cerâmicas, encapsulou e reduziu a baixos teores os

constituintes perigosos do cascalho de perfuração. A utilização de fluidos de

perfuração começou em 1901 no poço de Spindletop no Texas. Seu

desenvolvimento permanece até hoje como um grande desafio para a indústria do

31

Page 32: Tcc Adriano

petróleo, na busca pelo ponto ótimo entre custo, performance técnica, e a partir da

década de 80, o atendimento às exigências ambientais. A eficiência da perfuração

de um poço depende em grande parte do casamento entre o fluido de perfuração

utilizado com as formações perfuradas. (BOURGOYNE et al., 1991).

9 CRITÉRIOS AMBIENTAIS

9.1 Gerenciamento

É consenso, a nível internacional, que o potencial dos resíduos provenientes

das atividades industriais de causar danos à saúde e ao meio ambiente pode ser

minimizado quando um gerenciamento adequado é utilizado. O manuseio e

disposição final dos resíduos de forma efetiva e responsável são a chave de um

Sistema de Gerenciamento de Risco Ambiental na perfuração de poços de petróleo.

O eficiente gerenciamento dos resíduos pode reduzir ainda os custos operacionais e

potenciais responsabilidades futuras. O potencial de sensibilidade ecológica do local

onde as operações de perfuração estiverem ocorrendo é a chave para o sistema de

gerenciamento de resíduos a ser adotado. É necessária a obtenção de informações

geológicas, hidrológicas, climáticas e da biota local.

9.2 Aspectos negativos

Os impactos ambientais que podem advir da atividade de perfuração de um

poço de petróleo podem ser resumidos em: danos à fauna e flora devido à remoção

da vegetação no local onde será perfurado o poço; erosão provocada pela

destruição da vegetação; agressões ao meio ambiente causadas pelos resíduos dos

fluidos de perfuração, fragmentos das rochas (cascalhos) perfuradas dispostos em

diques de perfuração e/ou percolação de contaminantes para lençóis freáticos; e

contaminação dos lençóis freáticos e aquíferos subterrâneos, causada por perdas

dos fluidos de perfuração para as formações geológicas durante a perfuração. É o

32

Page 33: Tcc Adriano

efeito provocado por qualquer alteração causada pelas atividades humanas ao meio

ambiente. Essas ações podem ser negativas ou positivas, dependendo da

intervenção desenvolvida. Além disso, podem acontecer nas esferas ecológica,

social e/ou econômica. (SANCHEZ, 2006).

Os efeitos segundo Lima 2001, podem ser:

Vazamentos de petróleo

Riscos Químicos

Problemas de Saúde

Fechamento de Negócios Locais

9.2.1 Vazamentos de petróleo

A explosão de uma plataforma de perfuração ou o vazamento de

petroleiros têm efeitos extremamente devastadores. Vazamentos por explosões, de

plataformas e petroleiros transportando petróleo põem em risco vidas e a renda,

além de afetar o ecossistema de muitas formas. À medida que a gosma negra se

espalha pelo oceano e praias arenosas, plantas, animais e pássaros marinhos

morrem. Desde 1969, as precauções aumentaram muito, mas a ameaça permanece.

9.2.2 Riscos Químicos

O bombeamento de petróleo do fundo do oceano pode permitir a entrada

de chumbo, mercúrio e outros elementos tóxicos ou químicos, como arsênico e

benzeno, na água. Segundo o Mineral Management Service, a maioria dessas

descargas não significa o suficiente para causar preocupações com as

regulamentações estaduais e federais, mas estão presentes na água e muitos se

preocupam com elas. Também dizem que o mercúrio não será absorvido pelo tecido

dos peixes, mas ainda são vistos avisos sobre o mercúrio publicados para a pesca

em determinadas áreas. O político americano, o republicano John Peterson, diz: "A

melhor pesca do Golfo é onde se encontram as plataformas de petróleo". Os fluidos

de perfuração são misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e, por

vezes, até gases. Do ponto de vista químico, eles podem assumir aspectos de

suspensão, dispersão coloidal ou emulsão, dependendo do estado físico dos

componentes (Lima, 2001).

33

Page 34: Tcc Adriano

9.2.3 Problemas de Saúde

O laboratório Metametrix fez exames de sangue que encontraram uma

mistura de substâncias químicas tóxicas relacionadas à produção de petróleo.

9.2.4 Fechamento de negócios locais

Muitos negócios dependem do comércio nas áreas afetadas por

vazamentos de petróleo. Pescadores, restaurantes, empresas de abastecimento,

operadoras de locação de barcos e hotéis à beira-mar são apenas alguns deles.

Muitos foram forçados a fechar ou enfrentar as nítidas quedas nos negócios. Isto

também se soma aos números de desemprego.

ASPECTOS POSITIVOS

Antes de se perfurar um poço de petróleo, várias ações devem ser

executadas. Deve haver uma análise que garanta o confinamento do petróleo na

rocha reservatório. Feita esta análise e definidos os prováveis pontos a serem

explorados, deve ser feita uma análise de campo, nos locais definidos, a fim de se

verificar a viabilidade da perfuração, em função de possíveis acidentes naturais (rios,

montanhas, matas de preservação ambiental) ou não naturais (construções como

pontes, edifícios, etc.). Só então, inicia-se a elaboração do projeto do poço.

Cumpridas as etapas acima, estará definido o local exato da perfuração, além

de qual equipamento (sonda de perfuração) deverá ser utilizado, em função da

profundidade do poço para alcançar a rocha reservatório. Inicia-se a fase da

construção da base da sonda.

Durante a perfuração, os usos de ferramentas como LWD, responsáveis por

medições, sendo as mais comuns: raios gama, resistividade, porosidade, densidade

e nêutron-densidade são largamente utilizados. Com o auxílio de tais dados, tem-se

um controle e uma maior monitoração do comportamento do poço. Monitoração essa

essencial ao bom andamento de todo o processo de perfuração.

34

Page 35: Tcc Adriano

MÉTODOS DE PERFURAÇÃO

Dois métodos de perfuração são possíveis: a percussão e rotativo. No método

a percussão, as rochas são golpeadas por uma broca pontiaguda de aço com

movimentos alternados ocasionando faturamento ou esmagamento. Periodicamente

é preciso remover os detritos cortados pela broca, o que é conseguido através da

descida no poço de um tubo equipado com uma alça na sua extremidade superior e

uma válvula na inferior (caçamba). A válvula de fundo é alternadamente aberta e

fechada por uma haste saliente que bate contra o fundo do poço quando a caçamba

está sendo movimentada. Isto provoca a entrada na caçamba dos detritos, que são

retirados do poço. Este processo, por suas características, é muito limitado,

atingindo profundidades máximas entre 200 e 250 metros. O método rotativo

emprega uma tecnologia diferente. Neste, a broca é girada e comprimida sobre as

formações, que se fragmentam. Esses fragmentos são carreados por um fluido - o

fluido de perfuração – que é injetado pelo interior de tubos de aço até o fundo do

poço, retornando à superfície pelo espaço anular entre o poço e as paredes externas

da tubulação. À medida que o poço vai sendo aprofundado, novos tubos de aço vão

sendo conectados à coluna que se encontra no poço. Este é o método utilizado nos

tempos modernos para a perfuração de poços de petróleo (Lima, 2001).

O fluido é separado dos cascalhos em peneiras vibratórias, retornando aos

tanques e, se preciso, é tratado, sendo injetado no poço, operando-se assim em

circuito fechado. A análise contínua dos cascalhos permite detectar os primeiros

indícios de hidrocarbonetos nas formações. (Lima, 2001).

LEGISLAÇÃO PERTINENTE AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DAS ATIVIDADES DE PETRÓLEO NO BRASIL

A Lei nº 6.938/81, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, é a

primeira a mencionar a necessidade de licenciamento ambiental para os

empreendimentos utilizadores dos recursos naturais efetiva ou potencialmente

poluidores ou capazes de causar degradação ambiental. Considera ainda, a

Avaliação de Impacto Ambiental e o Zoneamento Ambiental como alguns de seus

instrumentos.

35

Page 36: Tcc Adriano

A Resolução CONAMA nº 01/86 estabelece as definições, as

responsabilidades, os critérios básicos e diretrizes gerais para uso e implementação

da Avaliação de Impacto Ambiental na Política Nacional de Meio Ambiente. Nesta

resolução foram definidos termos técnicos e procedimentos comumente utilizados no

licenciamento ambiental.

Em consonância com o disposto nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº

009/87 e no sentido de garantir a ampla participação dos interessados no processo

de licenciamento ambiental, realizam-se Audiências Públicas para discussão do

EIA/RIMA solicitado para a atividade. Nos casos de áreas de maior sensibilidade

ambiental, o órgão licenciador pode considerar necessária a realização de mais de

uma audiência pública nas comunidades afetadas.

A Constituição Federal, promulgada em 05.10.1988, em seu Capítulo VI, do

Meio Ambiente, Artigo 225, define a exigência, na forma da lei, de Estudo Prévio de

Impacto Ambiental para instalações de obras ou atividades potencialmente

causadoras de significativa degradação do meio ambiente.

O Decreto Lei nº 99.274/90, que regulamenta a Lei nº 6.938/81, define as

atribuições do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA no que tange ao

licenciamento ambiental e à necessidade de regulamentações específicas em seus

procedimentos.

Neste sentido, a Resolução CONAMA nº 23/94, calcada nas prerrogativas

dos instrumentos legais superiores, dispõe sobre a regulamentação específica do

licenciamento ambiental das atividades de perfuração e produção de

hidrocarbonetos, considerando-os bastantes distintos do licenciamento ambiental

usual. A partir desta normativa, são solicitados Relatório de Controle Ambiental -

RCA para atividade de perfuração, Estudo de Viabilidade Ambiental - EVA para os

testes de longa duração, Relatório de Avaliação Ambiental - RAA para produção em

campos nos quais já houve produção e Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de

Impacto Ambiental - EIA/RIMA para campos onde ainda não houve atividade de

produção. Tais Estudos são considerados instrumentos de Avaliação de Impacto

conforme preconiza a Política Nacional de Meio Ambiente.

36

Page 37: Tcc Adriano

A Resolução CONAMA nº 237/97 regulamenta diversos aspectos do

licenciamento ambiental, incluindo a competência do órgão federal e dos estaduais e

municipais sobre o licenciamento. Adicionalmente, considera as atividades de

exploração e produção de petróleo e gás como potencialmente poluidoras ou

causadoras de significativa degradação ambiental.

A Lei nº 9.966/00, que foi decretada após um vultoso derramamento de óleo

na Baía da Guanabara, dispõe sobre a elaboração de Planos de Ação de

Emergência (individual, local, estadual e nacional) com vistas a promover ações

efetivas de combate a acidentes que envolvam óleo. Por fim, recentemente foi

aprovada a Resolução CONAMA nº 350/04, normatizando o licenciamento ambiental

da atividade de aquisição de dados sísmicos marítimos, exigindo a elaboração de

EIA/RIMA para atividades que ocorrerem em áreas de sensibilidade ambiental, ou

seja, em profundidades inferiores a 50 metros, e a realização de audiências públicas

em áreas onde a atividade pesqueira artesanal seja expressiva.

37

Page 38: Tcc Adriano

6 CONCLUSÃO

Atualmente, para o petróleo conseguir chegar à superfície, é preciso que

faça a perfuração do poço, para que consiga atingir o reservatório e o leve

informações até a superfície.

Antigamente não se imaginava que um dia pudesse alcançar tais

profundidades, era considerado impossível, hoje a perfuração de poços podem ser

tanto por terra quanto por mar.

38

Page 39: Tcc Adriano

REFERÊNCIAS

DUARTE, RICARDO G. Avaliação da Interação Folhelho-Fluido de Perfuração para Estudos de Estabilidade de Poços. Junho 2004. Dissertação de mestrado, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Engenharia Civil, Rio de Janeiro, 2004.

THOMAS, Perfuração. In:Fundamentos de Engenharia do Petróleo. Editora Interciência. Rio de Janeiro, 2002. Pg 81-87.

www.mma.gov.br/conama. link p/ página do MMA

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Diretrizes Ambientais e Procedimentos. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/

licenciamento/. Acesso em: 05 dez. 2010.

LIMA, V. L.; SOUZA, P. J.; Avaliação das Técnicas de Disposição de Rejeitos da

Perfuração Terrestre de Poços de Petróleo. Departamento de Hidráulica e

Saneamento, Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2002,

38p.

PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO/Anderson Prado. Disponível em

<http://www.petroleoetc.com.br/fique-sabendo/perfuracao> acesso em: 16 de agos.

2014.

PEREIRA; M. S.; Caracterização de “Cascalho” e Lama de perfuração ao longo do

processo de controle de sólidos em sondas de perfuração de petróleo e gás, 2010.

Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Departamento de Engenharia

Química, Universidade Federal de Uberlândia.

39

Page 40: Tcc Adriano

THOMAS, E. J.; Fundamentos de Engenharia do Petróleo. Petrobras. Editora

Interciência. Rio de Janeiro 2001.

DE SÁ, M. H. C.; Separação de Sólidos na Perfuração de Poços. Relatório Interno da Petrobras, 2008.

40