TCC Computação em nuvem
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ETEP - FACULDADE DE TECNOLOGIA
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ESTUDO SOBRE FUNCIONAMENTO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Pablo Passos Gomes Mota
Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Engenharia da Computação, orientado
pela MsC Prof.ª Marize Corrêa Simões
ETEP Faculdades
São José dos Campos
2014
ETEP - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ESTUDO SOBRE FUNCIONAMENTO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Pablo Passos Gomes Mota
_________________________________
MsC Prof.ª Marize Corrêa Simões
Orientador Técnico e Acadêmico
ETEP Faculdades
São José dos Campos
2014
3
Uma pessoa inteligente resolve um
problema, um sábio o previne
(Albert Einstein).
4
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus pelas oportunidades e pela graça de chegar até aqui.
Aos meus pais, Luiz e Lucélia, e a minha irmã Raissa, que acreditaram em meu potencial, e
me ensinaram a enfrentar os desafios com honestidade, humildade e honra.
A minha noiva Mayara apoio nos momentos mais difíceis. A minha amiga Fabiana por me
ajudar no desenvolvimento desse trabalho.
Aos amigos e companheiros de turma por estes cinco anos de convivência.
Aos professores da ETEP Faculdades que contribuíram para minha formação profissional e
pessoal. A minha orientadora acadêmica Professora Marize Corrêa Simões por me
acompanhar e me apoiar neste trabalho.
A todos, muito obrigado!
5
RESUMO
A computação em nuvem está cada dia mais presente nas vidas das pessoas, no entanto as
pessoas não têm conhecimento de como funciona essa tecnologia, por esse motivo esse
trabalho consiste em um estudo teórico para compreender o funcionamento da computação
em nuvem, mostrando os principais conceitos, as características, os modelos de serviços e as
aplicações executadas nesses ambientes. A pesquisa foi conduzida buscando na literatura
todas as informações relevantes e importantes para o entendimento da computação em nuvem.
Os resultados alcançados foram demonstrados a partir de casos de uso de algumas ferramentas
na nuvem.
Palavras Chave: Cloud Computing, Computação na Nuvem, IaaS, PaaS e SaaS
6
ABSTRACT
Cloud computing is becoming more present day in people's lives, however people do not have
knowledge of how this technology works, for this reason this work is a theoretical study to
understand the functioning of cloud computing, showing the main concepts, features, models
of services and applications running in these environments. The research was conducted in the
literature searching all relevant and important to the understanding of cloud computing
information. From uses cases of some tools in the cloud the results Achieved were
demonstrated.
Key Words: Cloud Computing, Computação na Nuvem, IaaS, PaaS e SaaS
7
SUMÁRIO
Pág.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12
1.1 PROBLEMA .................................................................................................................. 13
1.2 OBJETIVO DO TRABALHO ........................................................................................ 13
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 14
2.1 HISTÓRIA ..................................................................................................................... 14
2.2 TECNOLOGIA .............................................................................................................. 15
2.3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS .............................................................................. 16
2.3.1 ACESSO MÚLTIPLO A RECURSOS ............................................................... 16
2.3.2 MOBILIDADE ................................................................................................... 16
2.3.3 SERVIÇO SOBRE DEMANDA ......................................................................... 17
2.3.4 ELASTICIDADE E ESCALABILIDADE ............................................................. 17
2.3.5 SERVIÇO MENSURADO ................................................................................. 17
2.3.6 MULTI-INQUILINO ........................................................................................... 18
2.4 MODELO DE SERVIÇOS ............................................................................................ 18
2.4.1 SOFTWARE COMO UM SERVIÇO (SAAS) .................................................... 19
2.4.2 PLATAFORMA COMO UM SERVIÇO (PAAS) ................................................ 20
2.4.3 INFRAESTRUTURA COMO UM SERVIÇO (IAAS) ......................................... 21
2.5 MODELOS DE IMPLANTAÇÃO ................................................................................. 22
2.5.1 NUVEM PRIVADA ............................................................................................ 22
2.5.2 NUVEM PÚBLICA ............................................................................................ 23
2.5.3 NUVEM COMUNITÁRIA .................................................................................. 23
2.5.4 NUVEM HÍBRIDA ............................................................................................. 24
2.6 OS PAPÉIS NA COMPUTAÇÃO EM NUVEM ............................................................ 25
2.6.1 PROVEDOR ..................................................................................................... 26
2.6.2 DESENVOLVEDOR ......................................................................................... 26
2.6.3 CONSUMIDOR ................................................................................................ 26
2.7 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO .............................................................................. 27
8
2.8 COMO FUNCIONA A INFRAESTRUTURA EM NUVEM.......................................... 29
3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 31
3.1 ESCRITÓRIO NA NUVEM .......................................................................................... 31
3.2 ARMAZENAMENTO EM NUVEM ............................................................................. 33
3.3 AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES ....................................... 33
3.4 MÁQUINA VIRTUAL .................................................................................................. 34
3.5 BPO EM NUVEM ......................................................................................................... 35
3.6 DATACENTER NA NUVEM ....................................................................................... 35
3.7 E-MAIL ......................................................................................................................... 36
3.8 HOSPEDAGEM NA NUVEM ....................................................................................... 37
3.9 BANCO DE DADOS NA NUVEM ............................................................................... 37
3.10 PLATAFORMAS DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM ................................................... 37
4 RESULTADOS ............................................................................................................... 39
4.1 CASO DE USO DAS FERRAMENTAS DO GOOGLE ................................................ 39
4.2 CASO DE USO DAS FERRAMENTAS DA MICROSOFT .......................................... 44
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 47
6 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 48
9
LISTA DE FIGURAS
Pág.
Figura 1.1 - Serviços oferecidos pela computação em nuvem ............................................... 12
Figura 2.1 – Visão do usuário da nuvem............................................................................... 16
Figura 2.2 - Comparação custo x consumo ........................................................................... 17
Figura 2.3 – Modelos de serviços e responsáveis .................................................................. 19
Figura 2.4 - Serviços oferecidos em SaaS ............................................................................. 20
Figura 2.5 - Serviços oferecidos em PaaS ............................................................................. 21
Figura 2.6 - Serviços oferecidos em IaaS.............................................................................. 21
Figura 2.7 - Exemplo de uma nuvem privada de uma instituição .......................................... 22
Figura 2.8 – Exemplo de uma nuvem publica ....................................................................... 23
Figura 2.9 – Exemplo de nuvem comunitária ....................................................................... 24
Figura 2.10 - Exemplo de nuvem híbrida .............................................................................. 25
Figura 2.11 – Principais papéis e atuações dos atores ........................................................... 26
Figura 3.1 – Ferramentas do Google Docs ............................................................................ 31
Figura 3.2 – Características do ZOHO Docs ......................................................................... 32
Figura 3.3 – Ferramentas do Office Online ........................................................................... 32
Figura 3.4 – Empresas fornecedoras de armazenamento na nuvem ....................................... 33
Figura 3.5 – Datacenter da Microsoft ................................................................................... 36
Figura 4.1 - Pagina principal do Google Drive ..................................................................... 39
Figura 4.2 – Atividades Recentes ......................................................................................... 40
Figura 4.3 – Espaço disponível ............................................................................................ 40
Figura 4.4 – Interface Google Drive ..................................................................................... 41
Figura 4.5 – Organização dos dados ..................................................................................... 41
Figura 4.6 - Editor de textos do Google Docs ....................................................................... 42
Figura 4.7 - Interface do editor de planilhas ......................................................................... 42
Figura 4.8 - Interface do editor de slides............................................................................... 43
Figura 4.9 - Utilização do Hagout para vídeo conferência .................................................... 43
Figura 4.10 - Interface do OneDrive da Microsoft ................................................................ 44
Figura 4.11 - Interface do Microsoft Office Word Online ..................................................... 45
Figura 4.12 - Interface do Microsoft Excel Online ................................................................ 46
Figura 4.13 - Interface do Microsoft PowerPoint Online ...................................................... 46
10
LISTA DE TABELA
Pág.
Tabela 2.2 - Papéis dos atores no gerenciamento da nuvem .................................................. 27
Tabela 3.1 – Comparação entre as plataformas da computação em nuvem ............................ 38
11
LISTA DE SIGLAS
AWS - Amazon Web Service
BPO - Business Process Outsourcing
EC2 - Elastic Compute Cloud
GNU - General Public License
HD – Hard Disk - Disco Rígido
IAAS - Infra-estrutura como um Serviço
IDE - Ambiente de Desenvolvimento Integrado
LAN – Local Area Network – Rede Local
PAAS - Plataforma como um Serviço
S3 - Simple Storage Service
SAAS - Software como um Serviço
SGBD - Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados
SLA - Service level agreement
TB - TeraBytes
TI - Tecnologia da Informação
VM - Virtual Machine - Máquina Virtual
VPN - Virtual Private Network
WAN - Wide Area Network – Rede de longa distancia
12
1 INTRODUÇÃO
A Computação em Nuvem (“Cloud”, “Nuvem” ou” Cloud Computing”) surgiu devido
ao fato da computação estar tomando um destino diferente, hoje em dia não se vê com tanta
intensidade as pessoas investindo em hardware poderoso as mesmas estão buscando
mobilidade, portabilidade e praticidade com isso os computadores de alta capacidade estarão
destinados a quem realmente precisa e não aos usuários comuns.
Esta tecnologia compreende a interligação de serviços de Tecnologia da Informação
(TI) como armazenamento de dados, capacidade de processamento, conectividade, aplicativos
e serviços disponibilizados na internet. O usuário precisa ter apenas um computador com
acesso à internet para utilizar as aplicações disponíveis, sem a necessidade de instalá-los em
seu computador ele pode executar desde um programa de edição de texto ou planilhas até um
programa de cálculo numérico que exija uma maior complexibilidade de processamento. Os
dados e as aplicações são acessíveis em qualquer lugar e a qualquer momento.
Existem várias empresas investindo neste ramo, como a Microsoft, a Amazon, a
Google, a IBM entre muitas outras. Os benefícios são muitos entre eles destacam: agilidade,
escalabilidade, diminuição de gastos com equipamentos, redução operacional, independência
de dispositivos e equipamentos. Além disso, permite que as organizações de TI aumentem a
utilização do hardware, sem ter que investir em novas infraestruturas, treinamento de pessoal
ou em softwares. Na Figura 1.1 pode-se observar uma representação da nuvem e alguns
serviços disponíveis como o armazenamento online de recursos, calendários compartilhados e
diversas plataformas, etc.
FONTE: Adaptado de VILA VUDU, 2012
Figura 1.1 - Serviços oferecidos pela computação em nuvem.
13
1.1 PROBLEMA
Como funciona a computação em nuvem? O que é necessário para seu uso e
funcionamento?
1.2 OBJETIVO DO TRABALHO
O objetivo desse trabalho é apresentar, entender e compreender os conceitos que
abrange a tecnologia da computação em nuvem e também fazer uma análise de seu
funcionamento em ferramentas disponíveis no mercado.
1.3 JUSTIFICATIVA
No mundo são milhares de usuários conectados à internet e com o avanço tecnológico
novos conceitos estão surgindo para melhorar e facilitar a vida dessas pessoas. Entretanto
existe uma grande diferença entre ser um usuário e conhecer o que há por trás dessa
tecnologia e para onde ela pode levar em um futuro próximo ou mais distante. Esse estudo
permite entender o que há atrás do sistema, permite também compreender os bastidores dessa
tecnologia, assim como pacotes de software básicos e essenciais ficam disponíveis sem
precisar instalá-los.
14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo apresenta alguns conceitos do surgimento da computação em nuvem que
remete a ideia de acessar informações, serviços e aplicativos de qualquer lugar e a qualquer
momento.
2.1 HISTÓRIA
O primeiro grande avanço foi o início da Internet no final da década de 60, conhecida
como ARPANET. Essa tecnologia possibilitou a interligação entre computadores militares,
um dos seus desenvolvedores Joseph Carl, imaginava uma rede de computadores interligada
onde todos estariam conectados acessando programas e dados a qualquer lugar (NUNES,
2014).
Na década de 70 surgiu a relação cliente-servidor em que as informações eram
centralizadas e processadas no Mainframe e enviando aos dispositivos de saída como o
monitor e as impressoras.
Na década de 80 surgiram os Microcomputadores que se popularizaram e com isso
houve o crescimento das redes de computadores.
Com o surgimento da computação em grade foi possível executar uma tarefa
computacional distribuída em vários computadores ao mesmo tempo.
Com essa evolução o termo computação em nuvem surgiu em uma palestra do
professor Ramnath Chellappa em 1997, mas foi desenvolvida em 1999 com a criação da
Salesforce.com, sendo a primeira empresa a disponibilizar aplicações na web. Diante da
aceitação outras empresas também entraram nesse mercado como a Amazon, IBM, Google e
Microsoft (NUNES, 2014).
A computação em grade foi a base da computação em nuvem, ela é caracterizada por
um conjunto de unidades de processamento independente havendo a troca de informação e o
gerenciamento da sincronização, pode-se processar uma aplicação em diferentes locais de
maneira que o usuário veja apenas a aplicação e não o que acontece por traz. No entanto, a
computação em nuvem vai além, ela trata-se de um formato de computação onde aplicações,
dados, serviços e recursos de TI são disponibilizados aos usuários por meio de serviços na
internet. Exemplo de serviços comuns são o Gmail para troca de mensagens e o SkyDrive um
disco virtual (NUNES, 2014).
15
2.2 TECNOLOGIA
Com os avanços recentes na largura de banda de redes, na maior capacidade de
armazenamento em disco, com mais capacidade de memória e na maior robustez de
processamento dos computadores, possibilitou uma nova Era tecnológica em que se
encontram recursos computacionais quase que ilimitados e disponíveis no mundo inteiro. No
modelo de computação utilizado atualmente os usuários fazem uso de máquinas poderosas, e
a maior parte do processamento é feito localmente ou em servidores próximos fisicamente.
No entanto, na última década acompanha-se uma transferência dessas tarefas para servidores
remotos na internet, isso se deu a partir do surgimento de algumas tecnologias como a
Virtualização, a Utility Computing e as aplicações Web que forneceram as primeiras
ferramentas para a mudança do conceito de computação, (WHATELY, 2010).
A partir de equipamentos totalmente diferentes e muitas vezes incompatíveis, ao
aplicar essas três tecnologias, pode-se ter um sistema complexo e perfeitamente integrado.
Com a virtualização atenua o problema de diferença de sistema operacional, sendo que, uma
aplicação que tenha sido desenvolvida para a mesma, pode ser executada em outras
plataformas. Com técnicas utilizadas em Utility Computing podem-se utilizar diversos
componentes para atuarem como se fossem apenas um, compartilhando suas capacidades
computacionais e que sejam disponíveis automaticamente para as tarefas de cada cliente. As
aplicações Web oferecem protocolo de segurança para a troca de informações entre servidor e
o browser do cliente, essas aplicações oferecem as mesmas especificações que as locais,
(WHATELY, 2010).
No modelo de computação atual, para construir ou atualizar infraestruturas, há a
preocupação com a instalação, configuração, espaço físico, recursos humanos, licenciamento
e atualização de softwares. Já com a Computação em Nuvem, os usuários passam a acessar os
serviços de acordo com a necessidade e independente do local podendo ser em casa ou em
outro país. A nuvem é uma expressão para a Internet e a infraestrutura de comunicação,
deixando oculta para o usuário o quão complexo é o sistema e as tecnologias envolvidas para
oferecer os serviços. Como pode ser visualizado no exemplo apresentado na Figura 2.1 o
usuário somente utiliza esses recursos, no entanto ele não tem o conhecimento do que tem por
traz da nuvem.
16
Fonte: PAVANI, 2014
2.3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Algumas das características descritas a seguir podem ser consideradas essenciais para
se obter um ambiente de nuvem, apesar de alguns ambientes não utilizarem todos os recursos.
São elas que fazem a diferença entre os outros paradigmas da computação com a computação
e nuvem.
2.3.1 ACESSO MÚLTIPLO A RECURSOS
Uma das grandes vantagens dessa tecnologia é o acesso aos dados que pode ser feito
por múltiplos computadores remotos independente de plataforma ou sistema operacional com
eles os clientes têm a vantagem de altas velocidades computacionais e grandes capacidades de
armazenamento em disco, (BCS, 2012).
2.3.2 MOBILIDADE
Os clientes podem acessar os serviços a partir de qualquer lugar do mundo, porque os
serviços estão localizados na Web. Permitindo que acessem ferramentas importantes enquanto
estão se movimentando, por exemplo, no seu próprio celular o empregado pode preencher
uma planilha enquanto viaja, proporcionando ao resto da empresa acesso a esses dados em
tempo real, (BCS, 2012).
Figura 2.1 – Visão do usuário da nuvem
17
2.3.3 SERVIÇO SOBRE DEMANDA
O cliente pode aumentar ou diminuir os recursos computacionais sem a necessidade de
interação com o provedor de serviços (SOSINSKY, 2011).
2.3.4 ELASTICIDADE E ESCALABILIDADE
Tem a capacidade de atender uma demanda crescente ou decrescente na utilização dos
recursos computacionais, ou seja, a medida que o sistema necessita de mais recursos ele
automaticamente o libera e à medida que a demanda cai ela diminui os recursos disponíveis
reduzindo os custos do serviço. Para o cliente as capacidades disponíveis parecem ilimitadas,
(VELOSO, 2013).
2.3.5 SERVIÇO MENSURADO
Os sistemas de gerenciamento da nuvem monitoram e controlam automaticamente os
recursos alocados para cada tipo de serviço como o armazenamento e o processamento. Essa
monitoração dos usos dos recursos é aberta para o lado do provedor como para o cliente
(VERAS, 2012). Na Figura 2.2 onde mostra servidores dedicados pode-se observar que
mesmo com o consumo baixo o custo se mantem constante, já na computação em nuvem o
custo diminui de acordo que o consumo diminui. Isso acontece porque a nuvem alocou menos
recursos com a queda do consumo.
Figura 2.2 - Comparação custo x consumo
Fonte: LOCAWEB, 2014
18
2.3.6 MULTI-INQUILINO
Em um modelo em nuvem as aplicações podem ser oferecidas a vários clientes como
serviços e para provedores que fornecem esse serviço é indispensável que eles sejam
oferecidos de forma compartilhada.
Na visão do usuário uma falha ocorrida em outro usuário não pode afeta-lo, além
disso, os usuários têm a necessidade de adaptar a aplicação às suas características especificas.
No entanto as arquiteturas de softwares existentes não atendem esse cenário por isso
foi criado um novo modelo de software chamado multi-inquilino. Essa plataforma é essencial
para um ambiente de nuvem, pois permite que vários clientes compartilhem recursos como
aplicações, mas permaneçam logicamente isolados.
Existem os seguintes modelos de multi-inquilino:
• Multi-inquilino utilizando hardware compartilhado: É aquele onde o inquilino tem
sua própria aplicação e somente o hardware é alocado dinamicamente utilizando técnicas de
virtualização dando elasticidade na camada de hardware. Com este modelo a entrada da
computação em nuvem se dá de maneira mais rápida, pois as aplicações não precisam ser
redesenhadas, no entanto apresenta limitações já que a liberação de recursos depende da
máquina virtual onde a aplicação será executada, (TAURION, 2014).
• Multi-inquilino via contêiner: Nesse modelo vários usuários utilizam a mesma
instância de um servidor de aplicação (contêiner), no entanto o banco de dados está separado
em uma própria instancia para cada usuário gerando integridade nos dados e pelo servidor ser
compartilhado ele oferece vantagens de elasticidade e customização, (TAURION, 2014).
• Multi-inquilino via toda a pilha de software compartilhado: É igual ao anterior só
que nesse caso tudo é compartilhado inclusive o banco de dados, (TAURION, 2014).
2.4 MODELO DE SERVIÇOS
O ambiente de nuvem é composto por três importantes modelos de serviços, que
servem para definir um padrão de arquitetura da nuvem. A Figura 2.3 ilustra esses serviços e
os principais envolvidos.
19
2.4.1 SOFTWARE COMO UM SERVIÇO (SAAS)
O SaaS é uma forma de fornecer o software como serviço, ou seja, o usuário não
precisa comprar uma licença de uso para instalação do software ou comprar computadores e
servidores para executá-los. Nesse modelo há um custo periódico que seria como uma
assinatura em que o custo é pelo que foi utilizado ou pelo tempo de uso.
Para exemplificar seus benefícios pode-se citar uma empresa que tenha quinze
funcionários e necessite de um software para gerar as folhas de pagamento dos mesmos, no
mercado têm-se várias soluções de aplicações para essa utilização, no entanto teria que
comprar licenças de uso e eventualmente até o hardware para executa-lo, tornando-se um
processo caro e não condizente com o porte da empresa.
No entanto se for contratado um fornecedor de softwares de folha de pagamento que
trabalha com SaaS ficaria mais viável ele poderia oferecer esse serviço através da
Computação em Nuvem e cobrar apenas por número de usuários e tempo de uso.
Dessa maneira a empresa que está contratando o serviço paga um preço mais baixo e
não precisa se preocupar com: atualizações, hardware, manutenção, instalação entre outros
fatores que influenciam no bom funcionamento do sistema deixando isso por responsabilidade
do fornecedor. Outro fator relevante a se levar em conta é o tempo gasto entre a contratação
do serviço e o início das atividades é muito pequeno a única preocupação séria com o acesso
Figura 2.3 – Modelos de serviços e responsáveis
Fonte: MERIAT, 2014
20
ao serviço e se necessário uma instalação de um recurso, como um plugin no navegador,
(STEPANSKI et al, 2011).
Na Figura 2.4 pode-se observar alguns serviços de provedores em SaaS, como o
Google Apps onde encontra-se os Google Docs da Google.
2.4.2 PLATAFORMA COMO UM SERVIÇO (PAAS)
O PaaS é um modelo de serviço que fornece uma infraestrutura alto nível para
desenvolvimento, implementação e teste de aplicações em nuvem, a PaaS oferece um sistema
operacional, um Ambiente de Desenvolvimento Integrado (IDE) e uma linguagem de
programação. Ela auxilia a implementação de softwares, pois integra ferramentas de
colaboração entre desenvolvedores, (SOUSA et al, 2014).
Segundo Magalhães (2014) as principais características do PaaS são:
- Um ambiente para desenvolver, implantar, testar e manter as aplicações integradas e
escaláveis, para cumprir todas as fases do processo de desenvolvimento;
- Utiliza a arquitetura multi-inquilino, ou seja, vários usuários simultâneos utilizam a
mesma instância da aplicação;
- Escalabilidade, com o balanceamento de carga e failover (É o processo que quando
uma máquina falha outra assume seu lugar);
- Integrado a serviços web e bases de dados;
- Ferramentas que trabalha com faturamento e gerenciamento de assinaturas;
- Sistema de segurança integrada;
- Ambiente pronto e dimensionado para a utilização de aplicações altamente
complexas.
Na Figura 2.5 pode-se observar alguns serviços oferecidos em PaaS como o Google
App Engine da Google e o Windows Azure da Microsoft.
Figura 2.4 - Serviços oferecidos em SaaS
Fonte: Adaptado de VEEN, 2014
21
.
2.4.3 INFRAESTRUTURA COMO UM SERVIÇO (IAAS)
O modelo de serviço IaaS é aquele em que o provedor oferece a infraestrutura de
armazenamento e processamento através de uma plataforma de virtualização onde o objetivo
é facilitar o fornecimento de recursos computacionais necessário para a criação de um
ambiente de aplicação o usuário não controla ou administra a infraestrutura mas tem total
controle sobre os sistemas operacionais instalados, arquivos armazenados e aplicações
implantadas, (FENILLI et al, 2014).
De acordo com Magalhães (2014) as principais características do IaaS são:
- Os recursos são contratados em forma de serviço;
- Custo variável de acordo com o uso ou pode ser definido previamente;
- Alta escalabilidade com eficiência e rapidez e;
- Monitoramento e gerenciamento de recursos de maneira muito avançada.
Na Figura 2.6 pode-se observar alguns serviços de IaaS como o Amazon Web Services
da Amazon e o Rackspacecloud da Rackspace.
Figura 2.5 - Serviços oferecidos em PaaS
Fonte: Adaptado de VEEN, 2014
Figura 2.6 - Serviços oferecidos em IaaS
Fonte: Adaptado de VEEN, 2014
22
2.5 MODELOS DE IMPLANTAÇÃO
Na computação em nuvem existem alguns modelos de implantação do serviço de
nuvem onde a implantação depende do foco da empresa e os dados que ela vai trabalhar nas
nuvens onde os principais são: Privada, Pública, Híbrida e Comunitária
2.5.1 NUVEM PRIVADA
Nesse modelo de implantação a infraestrutura de nuvem é utilizada por apenas uma
organização, sendo esta nuvem administrada pela própria empresa ou por terceiros, esse
modelo oferece mais confiança, controle, desempenho e segurança, (NUBLING, 2011).
Segundo Taurion (2009), a característica que diferencia as nuvens privadas é o fato da
restrição de acesso, pois a mesma se encontra atrás do firewall da empresa, sendo uma forma
de aderir à tecnologia, beneficiando-se das suas vantagens, porém mantendo o controle do
nível de serviço e aderência às regras de segurança da instituição. Na Figura 2.7 pode ser
observado o modelo de nuvem privada de uma instituição ambiente pode ser implantado
dentro da instituição ou em um provedor de serviços, no entanto somente a instituição que
está contratando a nuvem tem acesso aos recursos e eles não são compartilhados entre outros
usuários. Um exemplo de nuvem privada é um datacenter de uma companhia onde ela
disponibiliza uma Virtual Private Network (VPN), ou seja, o colaborador consegue acessar
suas informações e e-mail em qualquer lugar através de uma conexão segura.
Figura 2.7 - Exemplo de uma nuvem privada de uma instituição
Fonte: BORGES et al, 2014
23
2.5.2 NUVEM PÚBLICA
A infraestrutura está disponível para qualquer pessoa desde que saiba e tenha o
conhecimento de onde encontrá-la. Ela é controlada pelo provedor de serviços que é
responsável por gerencia-la, fazer a manutenção e controle de recursos necessário. Esse
modelo não é recomendo para quem necessita de alto nível de segurança, (FENILLI et al,
2014). Na Figura 2.8 pode ser observado o modelo de nuvem pública onde os dados ficam
disponíveis na internet para quem tiver acesso e ficam compartilhados no mesmo ambiente
que de outros usuários. Um exemplo desta nuvem é o serviço oferecido pela Amazon
chamado de Amazom Web Service (AWS) onde pode ser alocado desde um disco virtual até
uma estrutura de vários servidores.
2.5.3 NUVEM COMUNITÁRIA
Nesse modelo de nuvem comunitária empresas com os mesmos interesses dividem a
infraestrutura de uma nuvem onde esses interesses são requisitos de segurança, foco do
negócio, politicas, entre outros que permitam esse compartilhamento. Esse modelo é
administrado por uma empresa da comunidade ou por uma empresa terceira, (SOUSA et al,
2014). Na Figura 2.9 pode ser observado o modelo de nuvem comunitária onde três
instituições semelhantes compartilham a mesma nuvem mas uma não tem acesso aos dados da
outra.
Figura 2.8 – Exemplo de uma nuvem publica
Fonte: BORGES et al, 2014
24
2.5.4 NUVEM HÍBRIDA
O modelo Híbrido é a união de dois ou mais modelos de implantação como
comunidade, privada ou publica se tornando apenas uma infraestrutura permitindo a
portabilidade de aplicações e dados, (SOUSA et al, 2014).
Uma nuvem híbrida construída de maneira correta poderia atender processos seguros e
críticos ao mesmo tempo, como recebimento de pagamentos de clientes e aqueles que são
secundários para o negócio, como processamento de folha de pagamento de funcionários.
A principal limitação desta nuvem é a dificuldade em efetivamente se criar e
administrar uma solução deste porte. Serviços de fontes diferentes devem ser obtidos e
disponibilizados como se fossem originados de um único local, e as interações entre
componentes públicos e privados podem tornar a implementação ainda mais complicada
(BORGES et al, 2014). Na Figura 2.10 pode ser observado o modelo de nuvem híbrida onde
um usuário acessa os serviços mais básicos na nuvem pública e os serviços mais críticos para
o negócio são executados dentro da privada, no entanto o usuário não tem conhecimento
apenas utiliza o serviço como se fosse um mesmo local.
Figura 2.9 – Exemplo de nuvem comunitária
Fonte: BORGES et al, 2014
25
2.6 OS PAPÉIS NA COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Os papéis dos atores na computação em nuvem são importantes para definir os
acessos, os perfis e as responsabilidades dos diferentes usuários que estão envolvidos na
solução. Essa organização de papeis ajuda a definir os atores e seus diferentes interesses e ao
mesmo tempo eles podem assumir vários papéis dependendo do interesse, entretanto apenas o
provedor de serviços fornece suporte a todos os modelos de serviços, (SILVA, 2010). Na
Figura 2.11 observam-se os atores que estão classificados de acordo com os papeis
desempenhados e suas principais atuações sobre os serviços e onde o desenvolvedor consegue
atuar em todas as camadas dependo do tipo de serviço contratado, já o provedor atua em todas
as camadas, pois ele fornece a infraestrutura a plataforma e a aplicação.
Figura 2.10 - Exemplo de nuvem híbrida
Fonte: BORGES et al, 2014
26
2.6.1 PROVEDOR
O provedor disponibiliza os serviços contratados para os consumidores. Quando é
contratado um serviço de IaaS a responsabilidade do provedor é manter o armazenamento a
base de dados a infraestrutura e hospedar o ambiente para as maquinas virtuais. O cliente
utiliza todos os recursos como se fossem locais, mas não tem acesso a essa infraestrutura
fisicamente (BORGES et al, 2014).
No caso de um serviço em PaaS, o provedor fica responsável por gerenciar a
infraestrutura para uma plataforma.
E no serviço de SaaS o provedor gerência, instala e mantem o software e tudo que está
por traz ficando ao consumidor apenas fazer uso da aplicação.
2.6.2 DESENVOLVEDOR
É aquele ator que contrata ou os recursos fornecidos e provem serviços para os
usuários finais, (SILVA, 2010). No caso do PaaS ele é o que desenvolve as aplicações e
disponibiliza as mesmas, nos serviços de IaaS ele controla o ambiente e as aplicações que vão
rodar nessa infraestrutura.
2.6.3 CONSUMIDOR
É o usuário final, aquele que utiliza a aplicação disponível, atua somente na SaaS.
Figura 2.11 – Principais papéis e atuações dos atores
Fonte: BORGES et al, 2014
27
Na Tabela 2.1 pode-se notar o que o cliente e o provedor são responsáveis dentro de
cada modelo de serviço de nuvem, como se pode observar o provedor é sempre responsável
por prover o datacenter, a conectividade o hardware e a virtualização das máquinas, já a
responsabilidade do cliente depende do serviço contratado.
2.7 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
Uma das maiores preocupações entre profissionais de TI relativas à implantação e
utilização da Computação em Nuvem refere-se a questão da segurança da informação, essa
preocupação está baseada, geralmente, a assuntos referentes a privacidade das informações, a
existência de planos de contingência caso a infraestrutura tenha problemas de funcionamento
e a possível onda de ataques direcionadas a nuvem. (SILVA, 2010).
Este é o motivo que a segurança é um dos maiores desafios na Computação em
Nuvem. Gartner Brodkin fez um levantamento para os sete principais riscos de segurança na
utilização da nuvem, que são os seguintes: (BRODKIN, 2008)
• Risco 1 – Acesso privilegiado de usuários: Ao processar dados sensíveis fora da
empresa traz obrigatoriamente um nível de risco. Esses serviços terceirizados fogem
de controles físicos, lógicos e de pessoal que as áreas de TI criam. Brodkin orienta
para que consiga o máximo de informação que você precisa sobre quem vai gerenciar
seus dados. Solicite aos fornecedores informações específicas sobre quem terá
privilégio de administrador no acesso aos dados para, daí, controlar esses acessos;
Tabela 2.1 - Papéis dos atores no gerenciamento da nuvem
Fonte: Adaptado de FENILLI et al (2014)
IaaS PaaS SaaS
Aplicações
Framework de
aplicação
Sistema
Operacional
Virtualização
Legenda
Hardware
Gerenciado pelo Cliente
Conectividade
Gerenciado pelo Provedor
Datacenter
28
• Risco 2 - Cumprimento de regulamentação: As empresas são as responsáveis pela
segurança e integridade de seus próprios dados, mesmo quando essas informações
estejam sendo gerenciadas por um provedor de serviços. Esses provedores de serviços
são sujeitos a auditores externos e a certificações de segurança. Segundo Brodkin os
fornecedores que se recusem a suportar a esse tipo de auditoria estão sinalizando aos
clientes que o único uso para essa nuvem é para questões triviais;
• Risco 3 - Localização dos dados: Ao se utilizar a nuvem a empresa provavelmente
não sabe exatamente onde os dados estão armazenados. Na realidade, pode nem saber
qual é o país em que as informações estão guardadas. Pergunte aos fornecedores da
nuvem se eles estão dispostos a se comprometer, armazenar e processar dados em
jurisdições específicas. E ainda se eles vão assumir o compromisso em contrato de
obedecer aos requisitos de privacidade que o país de origem da empresa pede;
• Risco 4 - Segregação dos dados: Os dados de uma empresa na nuvem dividem o
mesmo ambiente com dados de outras empresas, a criptografia é efetiva nesse caso, no
entanto não é a garantia para tudo. “Descubra como é feito para separar os dados”
recomenda Brodkin. O fornecedor pode fornecer a prova que a criptografia foi criada e
desenhada por especialistas de segurança com experiência. Problemas com a
criptografia pode fazer os dados inutilizáveis e mesmo a criptografia normal pode
comprometer a disponibilidade;
• Risco 5 - Recuperação dos dados: Mesmo a empresa não sabendo onde os dados
estão o fornecedor da nuvem deve saber o que acontece com essas informações em
caso de um desastre. “Qualquer oferta que não replica os dados e a infraestrutura de
aplicações em diversas localidades distantes fisicamente está vulnerável a uma falha
completa”, diz Brodkin. Pergunte ao fornecedor da nuvem se ele tem a “a capacidade
de fazer uma restauração completa e quanto tempo vai demorar”;
• Risco 6 - Apoio à investigação: A investigação das atividades ilegais pode se tornar
impossível na computação em nuvem, “Os Serviços em nuvem são de maneira
especial difíceis de investigar, por que o acesso e os dados dos usuários podem estar
localizados em vários lugares espalhados em uma série de servidores que mudam o
tempo todo. Se não for possível conseguir um compromisso em contrato para dar
apoio a formas específicas de investigação, junto com a evidência de que esse
fornecedor já tenha feito isso com sucesso no passado.”, alerta Brodkin;
29
• Risco 7 - Viabilidade em longo prazo: No mundo ideal, o seu fornecedor de nuvem
jamais ira a falência ou ser adquirido por uma empresa maior. No entanto a empresa
precisa garantir que os seus dados estarão disponíveis caso isso ocorra. “Pergunte ao
fornecedor como você irá conseguir seus dados novamente e se eles vão estar em um
formato que você possa lê-los em uma aplicação substituta,” completa o Brodkin.
Em relação a estas questões, criou-se a necessidade de estudos, debates e ações de
forma a estabelecer as melhores práticas e padrões para as empresas que oferecem serviços de
Computação em nuvem, gerando assim um ambiente cada vez mais seguro para comportar os
dados e aplicações de empresas e usuários.
Essa grande preocupação com a segurança fez com que a entidade Cloud Security
Alliance lançasse a segunda versão de um documento com orientações de segurança nas
nuvens (CSA, 2009) publicado em dezembro de 2009, o documento foi feito por especialistas
na área de Computação em nuvem da indústria, acadêmicos e membros dos governos. Neste
documento contém os principais problemas de segurança, os riscos, as vulnerabilidades e as
recomendações para garantir a segurança dos clientes que contratarão os serviços nuvem e as
recomendações legais para a utilização e oferecimentos do serviço.
2.8 COMO FUNCIONA A INFRAESTRUTURA EM NUVEM
A infraestrutura física da computação em nuvem é composta por vários componentes
que são ocultos para os clientes, nesse tópico é levanto os principais componentes e como eles
atuam no sistema da nuvem segundo a EMC (2014).
Os servidores físicos funcionam como máquinas “host” para diversas máquinas
virtuais (VM). Um gerenciador de maquinas virtuais em execução no servidor físico aloca
recursos do host dinamicamente a cada VM de acordo com as necessidades.
As técnicas de virtualização permitem não se preocupar com local e elementos físicos.
Os servidores, aplicações, estações de trabalho, armazenamento e redes são desvinculados dos
dispositivos físicos e apresentados como recursos lógicos.
O Storage fornece armazenamento para altas capacidades de dados, backup e
continuidade de negócios. Componentes avançados do software de armazenamento são
usados para replicação de dados, alta disponibilidade e movimento de dados entre nuvens.
Na rede os switches fazem a interconexão entre os servidores físicos as unidades de
armazenamento. Roteadores proporcionam conectividade entre as Redes Locais (LAN) e as
30
redes de longa distância (WAN). Além disso, os componentes de rede proporcionam proteção
de firewall e balanceamento de carga de tráfego.
Com o gerenciamento da infraestrutura em nuvem pode-se gerenciar e organizar as
atividades de servidor, rede, monitoramento de desempenho, gerenciamento de recursos de
armazenamento e medição do uso.
Os componentes que cuidam da segurança das informações e a integridade dos dados
estão de acordo com necessidades de conformidade e confidencialidade, eles gerenciam o
risco e fornecem governança.
O backup de servidores virtuais, storages e desktops virtuais são feito
automaticamente em disco ou fita. Componentes avançados utilizados na computação em
nuvem oferecem proteção contínua como: múltiplos pontos de restauração, de duplicação de
dados e recuperação de desastres.
31
3 METODOLOGIA
Neste capítulo é apresentado algumas soluções de computação em nuvem existentes e
conhecidas no mercado.
3.1 ESCRITÓRIO NA NUVEM
O princípio é: salvar todos os arquivos em nuvem com a possibilidade de facilitar o
compartilhamento com outros usuários e a edição em qualquer computador, mesmo não
possuindo o software instalado.
Essa solução trabalha com a plataforma SaaS, o Google oferece ferramentas gratuitas
de edição de texto, planilha e apresentações, chamada de Google Docs. Com essas
ferramentas é possível fazer a edição de texto, atualizar dados de uma planilha, criar
formulários, desenhar, montar uma apresentação e compartilha-los com qualquer pessoa que
possua uma conta no Google, e também é possível integra-la há outros serviços da Google
como o Gmail e o Google Drive.
Na Figura 3.1 pode se notar as principias ferramentas existentes no Google docs como
as já citadas anteriormente.
Outra solução gratuita existente no mercado é a ZOHO Documents, essa ferramenta é
muito similar ao Google Docs, com ela é possível integrar os dados ao Google Drive, porém
sua maior dificuldade é a correção ortográfica, que por ser da língua inglesa não há corretor
ortográfico em outros idiomas.
Figura 3.1 – Ferramentas do Google Docs
Fonte: Adaptado de Mick, 2014
32
Na Figura 3.2 são levantadas as principais características do ZOHO Docs como abrir
os arquivos diretamente na nuvem da Google, o armazenamento online, os arquivos possuem
sistemas de segurança que facilitam o compartilhamento é possível fazer check-in e check-out
garantindo assim que apenas uma pessoa trabalhe no documento, ele é integrado com o
ZOHO e-mail e possui multiníveis de pastas para facilitar a organização.
A mais famosa solução para escritórios, o Office da Microsoft não fica para traz, ela
apresenta sua versão para nuvem, titulada de Office Online, oferecendo ao usuário as
ferramentas Word Online, Excel Online, PowerPoint Online e OneNote Online que tem uma
interface idêntica ao a versão local, que trabalha de maneira rápida e leve. Assim como o
Google ela integra com os outros serviços como o OneDrive e Outlook.com. Na Figura 3.3 é
ilustrada as ferramentas disponíveis no Office Online como as citadas anteriormente.
Figura 3.2 – Características do ZOHO Docs
Fonte: Adaptado de ZOHO, 2014
Figura 3.3 – Ferramentas do Office Online
Fonte: Teixeira, 2014
33
3.2 ARMAZENAMENTO EM NUVEM
Uma das mais populares soluções da nuvem é o armazenamento dos dados, essa
solução é utilizada pela maioria das pessoas que utilizam a internet. Entre essas pessoas, há
uma grande preocupação com a perda de dados críticos e deixá-los em um disco rígido (HD)
local, pode não ser uma boa solução, pois uma vez que ocorra um problema físico ou logico
no HD, esses dados podem ser perdidos. Para isso existe a solução de armazenamento de
dados em nuvem, que consiste em um HD virtual, acessado em qualquer lugar e qualquer
máquina, desde que a mesma esteja conectada à internet. Várias empresas oferecem essa
solução, entre elas encontram-se a Google com o Google Drive, Microsoft com o OneDrive,
Dropbox Inc com o Dropbox e a Apple com o Icloud, todos oferecem uma quantidade variada
de capacidade de armazenamento gratuitamente, que chegam até TeraBytes (TB) de dados em
planos pagos.
Na Figura 3.4 pode-se observar as principais empresas que oferecem o serviço de
armazenamento em nuvem como o Google Drive da Google, o SkyDrive da Microsoft, o
Icloud da Apple, o cloud drive da Amazon e o Dropbox.
3.3 AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES
A proposta da solução de ambientes de desenvolvimento em nuvem é permitir que
programadores não tenham a preocupação com configurações do ambiente e outros detalhes
locais. Pode-se escrever código a qualquer momento e de qualquer lugar, bastando apenas
Figura 3.4 – Empresas fornecedoras de armazenamento na nuvem
Fonte: Della Valle, 2014
34
possuir de um equipamento com navegador e acesso à internet. Boas partes das linguagens
utilizadas atualmente já possuem uma IDE na nuvem, mas por ser um conceito novo os
recursos não estão sendo utilizados.
A fundação Eclipse desenvolveu a ferramenta chamada Eclipse Orion,
disponibilizando suporte básico a escrita de código Java e tecnologias para web com vários
recursos como: o auto completar, realce de sintaxe e o controle de versões. O Eclipse Orion
está disponível gratuitamente, bastando apenas um cadastro no site.
A Condenvy IDE é um ambiente de desenvolvimento colaborativo disponível na web
para as linguagens Java, PHP, Ruby, HTML5, JavaScript, entre outros. O ambiente traz a
navegação em múltiplas janelas, permitindo que o desenvolvedor edite vários arquivos ao
mesmo tempo. A IDE tem a funcionalidade de auto completar, realce de sintaxe, além de
atalhos de teclado e o controle de versões. Essa IDE possui versões gratuitas e pagas.
O Python Fiddle oferece um editor e um runtime online para código escrito em
Python. O editor conta com algumas teclas de atalho e o suporte a realce de sintaxe. Outra
característica é a possibilidade de compartilhar código entre desenvolvedores. O Python
Fiddle está disponível para qualquer pessoa, basta escrever um trecho de código Python e
executar diretamente no site, sem a necessidade de cadastro. Para usar algumas
funcionalidades entretanto, é solicitado um cadastro gratuito.
O Cloud9 é uma alternativa para IDE colaborativa, acessível via web, seu editor de
código suporta HTML, JavaScript, CSS, Python, Ruby e PHP. A IDE se integra aos
controladores de versão. Ele é gratuito, no entanto, possui uma versão paga chamada
Premium.
3.4 MÁQUINA VIRTUAL
A nuvem oferece também a solução de locação de máquina virtual, no qual o usuário
aluga uma máquina virtual, com diversas configurações de acordo com a necessidade, que
pode ser uma simples máquina para acessar em qualquer lugar, uma máquina para manter um
banco de dados alocado e acessível na internet ou até mesmo um servidor para manter uma
aplicação ativa.
A Amazon possui esse serviço intitulado Amazon Elastic Compute Cloud (EC2), que
possui um parque de maquinas físicas, essas maquinas possuem diversas maquinas virtuais
alocadas disponíveis para locação. Com essa solução é possível aumentar o poder
35
computacional da sua máquina, melhorando o processador, ou alocando uma maior
quantidade de memória RAM, pode-se também escolher o sistema operacional entre
Windows e Linux, nas suas mais diversas distribuições.
A cobrança é feita de acordo com o sistema operacional, a capacidade do hardware e a
banda de rede utilizada, tendo planos de elasticidade por demanda ou manual.
3.5 BPO EM NUVEM
O Business Process Outsourcing (BPO) é a terceirização dos processos de negócios de
uma companhia, que normalmente não fazem parte de seu foco de negócios, por isso, ela a
transfere para um terceiro especializado na atividade. Com a terceirização a empresa foca os
esforços no próprio negócio, consequentemente reduzindo os custos. Com a junção do BPO e
a computação em nuvem, é possível terceirizar toda a infraestrutura física da empresa em um
modelo totalmente inovador e mais econômico, que busca atender cada cliente de uma
maneira determinada, se adaptando as suas necessidades. O setor de BPO-Fiscal, com o apoio
da área de desenvolvimento de sistemas, está sempre de acordo com a legislação brasileira em
vigor, não havendo essa preocupação para a equipe de TI da empresa estar atualizando o
software Fiscal.
O BPO-Fiscal e a computação em nuvem são utilizados a partir de ferramentas que
permitem o envio de arquivos entre o cliente e o setor de BPO de forma segura, prática e
rápida. É feita também a validação de arquivos que permitem garantir a integridade das
informações antes da entrega dos mesmos ao Fisco, evitando as futuras notificações.
3.6 DATACENTER NA NUVEM
Uma solução oferecida pela nuvem é a possibilidade de ter o datacenter da empresa na
nuvem, ou seja, todos os servidores, dados e aplicações ficam na nuvem, sendo de
responsabilidade da equipe de TI gerenciar os Sistemas Operacionais, os acessos dos usuários
aos dados e toda a parte lógica dentro do Sistema Operacional. Dessa forma é possível deixar
toda a infraestrutura física para a empresa fornecedora da nuvem. Para fazer essa conexão
com o datacenter é somente necessária uma estação que tenha acesso à internet. Com essa
solução é possível acessar todas as aplicações da empresa em qualquer lugar, e em qualquer
dispositivo compatível como um notebook, desktop e até mesmo um smartphone.
36
Na Figura 3.5 pode-se observar o Datacenter da Microsoft montado em São Paulo para
atender as demandas da nuvem no Brasil e na América Latina.
3.7 E-MAIL
E-mail nas nuvens é uma prática comum para qualquer usuário, no entanto essa prática
também vem sendo utilizada pelas empresas principalmente pelas pequenas, que não tem uma
estrutura para armazenar e mantar um servidor de e-mails. A vantagem de se utilizar o e-mail
nas nuvens não é somente a economia financeira, mas também alta disponibilidade e acesso
em qualquer lugar, no entanto, segundo Mandic (2014) a alguns cuidados devem ser tomados,
nos que são:
• Definir o modelo de implantação da nuvem levando em consideração aspectos de
segurança da informação, os mais utilizados são o Híbrido e o Privado;
• Definir com o provedor da nuvem a limitação de território, levantando requisitos
legais do país e da empresa, pois dados em nuvens podem estar em qualquer país;
• Selecionar o provedor de serviços, considerando o perfil de seus clientes, de maneira
que tenham políticas, requisitos e exigências de segurança similares. As soluções
gratuitas em geral não atendem aos requisitos de segurança da informação necessários;
Figura 3.5 – Datacenter da Microsoft
Fonte: Rocha, 2014
37
• Elaborar um contrato protegido, ou seja, com um Service Level Agreement (SLA)
detalhado, com planos de contingência em caso de falhas ou perda de dados ou até
mesmo a quebra de uma transferência de dados ocasionada por falha no sinal.
• Usar níveis de autenticação complexos e criptografia de dados;
• Monitorar permanentemente a nuvem e a internet para rápida identificação de
incidentes.
3.8 HOSPEDAGEM NA NUVEM
A hospedagem de site como conhecida não deixa de ser uma solução da nuvem, no
entanto, o grande diferencial da hospedagem da nuvem é o recurso de Grid ou Cluster, ou
seja, a tarefa é dividia em duas ou mais maquinas virtuais, dessa forma quando uma está
sobrecarregada, aciona a outra evitando lentidão nos sites e ganho de desempenho.
3.9 BANCO DE DADOS NA NUVEM
A implementação de um banco de dados na nuvem é uma alternativa para aquelas
empresas que buscam agilidade, fácil gerenciamento dos dados, alta escalabilidade e alta
disponibilidade. Essa solução consiste em criar uma nuvem privada para disponibilização de
dados por meio da internet. Com a utilização do banco de dados na nuvem obtém-se a redução
de custos para aquisição de um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), as
tarefas administrativas como backup são delegadas ao fornecedor da solução e além de tudo é
escalável para grande volume de dados e o custo é elástico, ou seja, é pago somente pela
quantidade de dados e uso desses dados.
3.10 PLATAFORMAS DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O mercado é constituído de diversas plataformas de nuvem publica, alguns exemplos
segundo Magalhães at al (2014) são:
• Amazon Web Services (AWS) – É um serviço desenvolvido para empresas, com
licença proprietária, tem planos de pagamento por uso e suporte pago. Disponibiliza
poder de processamento através do Elastic Compute Cloud (EC2), armazenamento
através do Simple Storage Service (S3), bancos de dados através do SimpleDB e mais
uma infinidade de serviços.
38
• Google App Engine – É uma plataforma da Google, sem custo pelos serviços ou
pelos recursos utilizados, no entanto existe uma limitação de uso e ao atingir essa
limitação é cobrada uma taxa de uso pelos recursos adicionais utilizados.
• Eucalyptus – É uma plataforma aberta distribuído sob a General Public License
(GNU), com foco empresarial e desenvolvido unicamente para uso de nuvens híbridas.
Não há custos de suporte e de serviços. É compatível com o serviço de processamento
EC2 da Amazon.
• Microsoft Windows Azure – é uma plataforma da Microsoft, possui planos de
pagamento por uso o serviço de suporte não tem custo. Ela disponibiliza os serviços de
processamento, bancos de dados, armazenamento, entre outros.
Na Tabela 3.1 pode-se observar uma comparação entre as principais características das
plataformas citadas acima. Pode-se observar que a AWS e a Eucalyptus trabalham em IaaS já
a Azure e a Google App Engine trabalham em PaaS, por sua vez todas as plataformas
trabalham com Linux e Windows e suas licenças são proprietárias já a Eucalyptus só é
compatível com o Linux Cent OS e tem a licença aberta.
Tabela 3.1 – Comparação entre as plataformas da computação em nuvem
Fonte: Magalhães at al, 2014
39
4 RESULTADOS
Neste capítulo apresenta-se uma análise dos casos de uso de algumas ferramentas da
nuvem.
4.1 CASO DE USO DAS FERRAMENTAS DO GOOGLE
O Google possui várias fermentas para a nuvem uma delas é o Google Drive que como
citado anteriormente, é um disco virtual disponível em qualquer lugar do mundo.
Primeiramente, para acessar as ferramentas do Google, deve-se criar uma conta Google que
dá o direito a utilizar todas as ferramentas gratuitas e pagas.
Na Figura 4.1 observa-se a página principal do Google Drive em que, se podem obter
as principais informações da conta.
Figura 4.1 - Página principal do Google Drive
Fonte: Autor
40
Na Figura 4.2 é mostrada as atividades recentes do usuário em seu disco virtual, como
a criação e edição de documentos, além de mostrar quando foi feita essa alteração. Essas
informações se encontram do lado direito do navegador.
Com uma conta Google o usuário tem o direito a 15GB gratuito para usar em dados e
e-mail, como mostrado na Figura 4.3, essas informações ficam no rodapé da página à
esquerda.
Figura 4.2 – Atividades recentes
Fonte: Autor
Figura 4.3 – Espaço disponível
Fonte: Autor
41
Na interface do Google Drive existe a opção de criar novos arquivos, fazer upload de
arquivos, ver itens compartilhados, entre outras funções essas opções estão disponíveis no
canto superior do navegador como mostra a Figura 4.4.
A organização das pastas é muito intuitiva e simples de se localizar, Na Figura 4.5
pode-se observar essa distribuição que serve para organizar seus dados da mesma forma que
um HD físico.
Figura 4.4 – Interface Google Drive
Fonte: Autor
Figura 4.5 – Organização dos dados
Fonte: Autor
42
A interface do editor de texto é bem simples e leve com ele é possível fazer funções
básicas de um editor de texto como centralizar, justificar e inserir um Hiperlink Figura 4.6 é
demonstrada sua interface e alguns exemplos de utilização como os estilos de formatação e a
inserção de imagens.
O editor de planilhas tem uma interface simples assim como o editor de texto, com
várias funções de formatação de células, inserção de formulas e gráficos. Na Figura 4.7
observa-se essa interface e um exemplo de uma planilha de gastos.
Figura 4.6 - Editor de textos do Google Docs
Fonte: Autor
Figura 4.7 - Interface do editor de planilhas
Fonte: Autor
43
Outra principal ferramenta do Google Docs é o editor de slides com esta ferramenta é
possível criar, editar e exibir apresentações, de maneira simples, eficiente e rápida,
diretamente do navegador. A Figura 4.8 foi criado um exemplo de edição de slide.
Por fim o Google possui uma ferramenta chamada Hangout como mostrado na Figura
4.9 ela é utilizada para vídeo conferência, onde os integrantes de uma equipe em reunião estão
em diversos lugares diferentes, ele pode ser acessado de um computador ou até mesmo um
smartphone.
Figura 4.8 - Interface do editor de slides
Fonte: Autor
Figura 4.9 - Utilização do Hagout para vídeo conferência
Fonte: Google, 2014
44
4.2 CASO DE USO DAS FERRAMENTAS DA MICROSOFT
A Microsoft possui diversas ferramentas na nuvem, o OneDrive é o um HD virtual que
possibilita o usuário salvar seus dados diretamente na nuvem e acessa-los de qualquer
dispositivo compatível.
Como observado na Figura 4.10 a interface é bem simples e amigável. No menu
principal pode-se observar a opção de criar e carregar arquivos, no centro da tela encontramos
as pastas e os arquivos, nele você consegue criar pastas e subpastas facilitando a organização
dos arquivos, no menu à esquerda encontra-se algumas opções uteis como os arquivos
editados recentemente e os arquivos compartilhados, além dos PCs que estão sincronizados
com essa conta.
A partir da versão 8 do Sistema Operacional Microsoft Windows foi possível a
integração direta com o Explorer do sistema que possibilita o usuário salvar seus dados direto
na nuvem sem a necessidade de um navegador de internet.
Outro recurso disponibilizado gratuitamente pela Microsoft é o Office Online que
conta com ferramentas como o Word Online, Excel Online, PowerPoint Online e o OneNote
Online.
Figura 4.10 - Interface do OneDrive da Microsoft
Fonte: Autor
45
No Word Online é possível editar um documento de texto em tempo real, salva-lo e
compartilhar com qualquer usuário. Na Figura 4.11 pode-se observar sua interface que é bem
similar ao Microsoft Word, no entanto ele possui algumas limitações como por exemplo ao
inserir uma equação não é possível nessa versão. Apesar das limitações ele se torna uma
poderosa ferramenta, pois não necessita de instalação e pode ser usado em qualquer
computador que possua internet e um navegador de internet.
O Excel Online é uma ferramenta poderosa assim como o Excel ele é possível criar e
editar planilhas usar fórmulas matemáticas e criar gráficos. Na Figura 4.12 observa-se a sua
interface, sendo muito similar ao Microsoft Excel, mas assim como no Word Online ele
possui limitações. Com ele é possível editar arquivos criados no Excel e compartilhá-los com
os outros usuários.
Figura 4.11 - Interface do Microsoft Office Word Online
Fonte: Autor
46
O PowerPoint Online não deixa nada a desejar em relação a sua versão local, com ele
é possível criar e editar apresentações de trabalhos, criar efeitos nos slides, entre muitas outras
funções. Além de ser uma plataforma extremamente leve. Na Figura 4.13 é demostrada essa
interface e pode-se observar que é bem similar ao PowerPoint no modo de visualizar os slides
e edita-los tornando muito simples o trabalho.
Figura 4.12 - Interface do Microsoft Excel Online
Fonte: Autor
Figura 4.13 - Interface do Microsoft PowerPoint Online
Fonte: Autor
47
5 CONCLUSÃO
A computação em nuvem está presente no nosso cotidiano, muitas vezes utiliza-se
seus serviços sem saber que se trata de computação em nuvem, serviços estes utilizados por
várias pessoas como o armazenamento online e o e-mail.
A computação em nuvem gera uma grande economia de ativos de hardware, softwares e
serviços. Com esta arquitetura os gastos com analistas de TI, técnicos, hardware e softwares são
minimizados. Esta tecnologia ainda beneficia a chamada TI Verde, pois não é necessária uma
grande quantidade de equipamentos e a energia demandada é muito menor. Essas vantagens
auxiliam os novos negócios
Apesar da computação em nuvem demonstrar ser muito útil ela tem algumas
fragilidades, a partir desse trabalho pode-se notar que a dificuldade para uma maior utilização
dessa tecnologia pelas empresas é a questão da segurança da informação, sendo que os dados
ficam sobre responsabilidades de outras empresas gerando uma insegurança na contratante do
serviço.
Conclui-se então que a computação está em fase de amadurecimento e que a sua
utilização depende da necessidade de cada empresa e pelo controle que será feito para manter
a integridade dos dados.
48
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