TCC Design de Produto linha de metais sanitários

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Exemplo de trabalho de conclusão de curso (TCC) de graduação, da faculdade de Design (antigo desenho industrial), habilitação em Projeto de Produto, ano 2007.

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ADRIANA PAULA EWERLING

LINHA DE METAIS SANITRIOS ANUKIS

CURITIBA 2007

ADRIANA PAULA EWERLING

LINHA DE METAIS SANITRIOS ANUKIS Dissertao apresentada como requisito parcial obteno do grau de Bacharel em Desenho Industrial , Curso de Desenho Industrial com nfase em Projeto de Produto, Setor de Cincias Humanas, Universidade Federal do Paran. Orientadora: Prof. Dr. Viviane Gaspar Ribas

CURITIBA 2007

ADRIANA PAULA EWERLING

LINHA DE METAIS SANITRIOS ANUKIS

Tese aprovada como requisito parcial para obteno do grau de Bacharel no Curso de Graduao em Desenho Industrial, Setor de Cincias Humanas da Universidade Federal do Paran, pela seguinte banca examinadora:

Orientador:

Prof. Dr. Viviane Gaspar Ribas Departamento de Desenho Industrial, UFPR Prof. Dr. Alberto Puppi Departamento de Desenho Industrial, UFPR Prof. Dr. Jos Antnio Pereira Departamento de Desenho Industrial, UFPR

Curitiba, 10 de outubro de 2007

s pessoas que me amam, porque um ser humano vale a quantia de coraes que tm.

AGRADECIMENTOS minha me, Metilde Vitria Ewerling, razo de ser de toda a minha existncia. minha famlia, pela formao na adversidade, Aos meus amigos antigos, e s pessoas que se fazem presente pela afeio: Lgia, por fazer com que sinta-me menos s no mundo, Ariane e a difcil batalha da persistncia, Elis e Willian, pela prova de que o destino est escrito, Izabela, pelas provas da vida e a lei do retorno, Anglica, porque tudo que verdadeiro permanece, Riva, por me provar que nada est to ruim que no possa piorar, Dani e Tas, por me mostrarem que a ajuda pode vir de onde nem se imagina, Qualityware, outra prova de que o destino est escrito, pelo apoio e compreenso, Viviane, pelo apoio moral, que no estava descrito nos encargos de orientadora. A todos que no esto descritos aqui, pela grande injustia no poder escrever sobre todo o apoio recebido at hoje.

SUMRIO3.7ANLISE DO CAPTULO 3....................................................................................... ......................97 4.1META-REQUISITOS DO PROJETO............................................................................................. ...99 4.2TCNICA DE CENRIOS.................................................................................. ...........................108 4.5GERAO DE ALTERNATIVAS................................................................................ ....................114 5 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................... ....................162

LISTA DE ILUSTRAESFIGURA 1 EXEMPLO DE MISTURADOR DE BANCADA............................................................ .....15 QUADRO 1 CRONOGRAMA PREVISTO PARA AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO.......................................................................................................................................... ..19 GRFICO 1 PARTICIPAO DO PIB DA CONSTRUO CIVIL NO PIB BRASIL..........................22 QUADRO 2 PIB DO BRASIL E DA CONSTRUO CIVIL, 1995-2007........................................... ..23 GRFICO 2 DISTRIBUIO DAS EMPRESAS ASSOCIADAS SEGUNDO NMERO DE EMPREGADOS............................................................................................................................. .......24 GRFICO 3 FINANCIAMENTO IMOBILIRIOS CONCEDIDOS AT 2003 NMERO DE UNIDADES................................................................................................................................ ...........25 FIGURA 2 MISTURADOR MONOCOMANDO DE VOLTA, LINHA MURANO, DO FABRICANTE SUO KWC................................................................................................................................... ......28 FIGURA 3 TORNEIRA DA LINHA MAST-BAGNO, DA ITALIANA GEDA NEXTAGE.......................28 FIGURA 4 CADEIA PRODUTIVA DE METAIS SANITRIOS NA ITLIA..........................................29 FIGURA 5 CADEIA PRODUTIVA DE METAIS SANITRIOS NO BRASIL........................................31 GRFICO 4 PRODUTIVIDADE DECA (PRODUO/FUNCIONRIO)............................................33 FIGURA 6 ACESSRIOS JUNTO AO LAVATRIO EXEMPLO...................................... ...............37 QUADRO 3 NORMAS TCNICAS PARA METAIS SANITRIOS E SEUS ACESSRIOS...............37 FIGURA 7 ESQUEMA BSICO DO DISPENSADOR.................................................................... ....47 FIGURA 8 FUNCIONAMENTO DO LED................................................................... ........................49 QUADRO 4 PESQUISA DE MERCADO MUNDIAL................................................. .........................53 QUADRO 5 PESQUISA DE MERCADO BRASIL...................................................................... ........58 GRFICO 5 TAXAS DE MORTALIDADE, CRESCIMENTO VEGETATIVO E FECUNDIDADE TOTAL NO BRASIL, DE 1900 A 2000............................................................................................................... 63 GRFICO 6 PIRMIDES ETRIAS DO BRASIL E ALGUMAS REGIES: A) REGIO NORTE, 1980; B) BRASIL, 1980; C) BRASIL, 1991; D) REGIO SUDESTE, 1991..........................................64 QUADRO 6 QUALIDADE DE VIDA.......................................................................................... .........69 QUADRO 7 CONTRIBUIES VARIVEIS PARA CADA FATOR.......................................... ..........70 QUADRO 8 DISTRIBUIO DOS IDOSOS SEGUNDO O SEXO, O GRUPO ETRIO E O TIPO DE ATIVIDADE DE VIDA DIRIA EXECUTADA COM DIFICULDADE......................................................71 QUADRO 9 DISTRIBUIO DA AMOSTRA GLOBAL DE IDOSOS DE ACORDO COM QUEM ELES VIVEM 72 FIGURA 9 PERFIL DE CONSUMO NA TERCEIRA IDADE......................................................... ......74 FIGURA 10 ESBOO DE ATRIBUTOS DE UM QUARTO PARA IDOSO....................................... ...78 QUADRO 10 RISCO DE QUEDAS: FREQENTANDO O BANHEIRO DO DOMICLIO DE IDOSOS COM SEQELAS DE AVE................................................................................................. ..................80 FIGURA 11 PERSPECTIVA DO BANHEIRO DESTINADO A IDOSOS.............................................82 FIGURA 12 VISTA SUPERIOR DO BANHEIRO DESTINADO A IDOSOS........................................82

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FIGURA 13 METAIS NO BANHEIRO................................................................................ .................83 FIGURA 14 ALCANCES MXIMOS DO CORPO...................................................................... ........84 FIGURA 15 REA DE ALCANCE TIMO PARA AS MOS................................................. .............85 FIGURA 16 MOVIMENTOS DE PRONAO E SUPINAO............................................ ..............85 FIGURA 17 A MEDIDA PADRO DA MO PARA 95% DA POPULAO SEGUNDO A DIN 33402 87 FIGURA 18 MOVIMENTOS COM AS MOS........................................................... .........................88 FIGURA 19 CONFIGURAO E POSICIONAMENTO DOS DEDOS NAS PREENSES PALMAR E LATERAL....................................................................................................................................... .......88 FIGURA 20 DEDOS NO MOVIMENTO DE GARRA............................................. ............................89 FIGURA 21 - (a) MO EM POSIO DE PINA LATERAL (b) DETERMINAO DOS NGULOS E TRAJETRIA DOS DEDOS...................................................................................................... ...........89 FIGURA 22 ZONAS DE ALCANCE............................................................................... ....................90 FIGURA 23 A POSTURA PODE SER MELHORADA INCLINANDO-SE A SUPERFCIE DE LEITURA......................................................................................................................... .....................91 FIGURA 24 PRIMEIRAS ATIVIDADES DO DIA DO IDOSO...................................................... ........92 FIGURA 25 COMO LAVAR AS MOS CORRETAMENTE............................................... .................95 QUADRO 11 DIFICULDADES ENCONTRADAS NO USO DE TORNEIRAS.............................. ......95 FIGURA 26 PERFIL DE PESSOA UTILIZANDO A PIA E TORNEIRA.................................... ...........96 FIGURA 27 EXEMPLOS DE POSTURA NO USO DE TORNEIRAS.......................................... .......97 QUADRO 12 MATERIAIS ....................................................................................................... ........100 QUADRO 13 TECNOLOGIA ........................................................................................................ ...101 QUADRO 14 MERCADOLGICO................................................................................................ ...103 QUADRO 15 USURIO....................................................................................... ...........................104 QUADRO 16 PRODUTO.................................................................................................... .............106 QUADRO 17 CENRIO ORDEM E PROGRESSO............................................................... .........109 QUADRO 18 CENRIO SOBREVIVNCIA................................................................................... ..110 QUADRO 19 CENRIO NO QUERO VIVER NESTE................................................................. ...111 QUADRO 20 REQUISITOS DA TORNEIRA E DA LINHA DE METAIS SANITRIOS.....................112 FIGURA 28 VALOR PRTICO DO PRODUTO............................................................................. ..114 QUADRO 21 - PRIMEIRA GERAO DE ALTERNATIVAS............................................. ..................115 QUADRO 22 TABELA MATRICIAL DE CORRELAES DAS ALTERNATIVAS E REQUISITOS DOS PRODUTOS............................................................................................................. ..........................118 FIGURA 29 RENDER .............................................................................................. .......................119 FIGURA 30 LINHA DE METAIS SANITRIOS AMBIENTADA........................................................120 FIGURA 31 VASO ............................................................................................... ...........................121 FIGURA 32 TULIPA E FLOR...................................................................................... .....................122 FIGURA 33 FOLHA .............................................................................................. ..........................123 FIGURA 34 SEMI-ESFERA ........................................................................................... .................124

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FIGURA 35 - LUSTRE............................................................................................................... .........125 FIGURA 36 COLAR ............................................................................................................... .........126 FIGURA 37 VITRIA RGIA............................................................................................... ............127 FIGURA 38 BRILHANTE ............................................................................................... .................127 FIGURA 39 FOOTBALL ............................................................................................................... ...128 FIGURA 40 HASTE .................................................................................................... ....................129 FIGURA 41 HASTE .................................................................................................... ....................130 QUADRO 23 TABELA MATRICIAL DE CORRELAES DAS ALTERNATIVAS E REQUISITOS DOS PRODUTOS.................................................................................................................... ...................130 FIGURA 42 ALA.............................................................................................................. ..............132 FIGURA 43 ALAS ASSIMTRICAS.......................................................................... ....................133 FIGURA 44 ALAS SIMTRICAS LATERAIS........................................................................ .........134 FIGURA 45 ALTERNATIVA 3 CONTINUAO............................................................................... .135 FIGURA 46 ALAS LATERAIS SAINDO DA PAREDE............................................................ ........135 FIGURA 47 BARRA QUADRADA............................................................................................ ........136 FIGURA 48 ALA NA PAREDE, VOLANTE............................................................ ........................136 QUADRO 24 COMPARATIVO DAS ALTERNATIVAS DA TERCEIRA GERAO..........................137 QUADRO 25 TABELA MATRICIAL DE CORRELAES DAS ALTERNATIVAS E REQUISITOS DOS PRODUTOS.................................................................................................................... ...................137 FIGURA 49 SIMULAO ERGONMICA.............................................................. .......................139 FIGURA 50 USO DAS DUAS MOS........................................................................................... ....139 FIGURA 51 MOVIMENTO DE PINA...................................................................... .......................140 FIGURA 52 ACIONAMENTO DO COMANDO........................................................................ .........140 FIGURA 53 SIMULAO DE USO........................................................................ .........................141 FIGURA 54 ALTERNATIVA 01............................................................................................. ............142 FIGURA 55 ALTERNATIVA 02............................................................................................. ............142 FIGURA 56 ALTERNATIVA 03............................................................................................. ............143 FIGURA 57 ALTERNATIVA 04........................................................................................... .............144 FIGURA 58 ALTERNATIVA 05............................................................................................. ............144 FIGURA 59 ALTERNATIVA 06............................................................................................. ............145 FIGURA 60 ALTERNATIVA 07........................................................................................... .............145 FIGURA 61 ALTERNATIVA 08............................................................................................. ............146 FIGURA 62 ALTERNATIVA 09............................................................................................. ............146 FIGURA 63 COMPARATIVO DAS ALTERNATIVAS DA QUARTA GERAO................................147 QUADRO 26 COMPARATIVO DE ACABAMENTOS METLICO.................................................. ..148 FIGURA 64 VISTA LATERAL EXPLODIDA DO ENCAIXE NA PAREDE.........................................150 FIGURA 65 VISTA LATERAL DO ENCAIXE MONTADO NA PAREDE........................................ ....151 FIGURA 66 BARRA DE APOIO EM CORTE TRANSVERSAL........................................ ................151 FIGURA 67 REA DE ALCANCE DO SENSOR COM AS MOS DO USURIO............................152

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FIGURA 68 SEQUNCIA DE ACIONAMENTO DA GUA QUENTE..............................................154 FIGURA 69 - VISTA SUPERIOR DA CAIXA DE COMANDO............................................................ ..155 FIGURA 70 BOTO OVIDE COM LEDS COLORIDOS........................................................... .....156 FIGURA 71 VISTA SUPERIOR DO PRODUTO.............................................................................. 157 FIGURA 72 VISTA LATERAL DO PRODUTO E CUBA.......................................... .........................157 FIGURA 73 VISTAS DO PRODUTO.............................................................................................. ..158 FIGURA 74 USURIO SE APROXIMA DA TORNEIRA................................................................. ..159 FIGURA 75 - ZONA DE ALCANCE DO SENSOR............................................................ ..................159

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RESUMO O projeto da linha de metais sanitrios tem como objetivo atender as necessidades da populao que se enquadra na chamada terceira idade, populao esta que tem um rpido crescimento no Brasil e que exige o desenvolvimento de produtos especficos. O design dessa linha fundamentado nos princpios do design universal, proporcionando aos que j passaram dos 65 anos o acesso a produtos que respeitam as limitaes e possibilidades de cada um, sem a necessidade de adaptaes. Tem como caracterstica a valorizao da gua, porque projetado para ser lanado no futuro, quando o cenrio ser hostil quanto ao fornecimento de gua doce. Palavras-chave: Metais sanitrios, idosos, design universal, gua.

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ABSTRACT The design of bathroom metals aims to serve elder population needs, that here in Brazil is called 3rd Age. This sector of population has been a huge growth here and demands the development of specific products. The design of this line basing its development on the principles of the universal design, thus providing easily access to the objects of every day use by elder people, respecting their limitations and possibilities without the need of adaptations. This product gives value to water, because is projected to be on the consumer market in the future, when there will be not enough water for people on Earth. Keywords: Bathroom metals, elder, universal design, water.

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1 PROPOSTA DE TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO 1.1INTRODUO A populao brasileira vem envelhecendo de forma rpida, por isso a sociedade se depara com um tipo de demanda por servios e produtos diferenciados, de onde nasce a necessidade do desenvolvimento de produtos especficos para atender a esta faixa da populao. O presente projeto da linha de metais sanitrios tem como objetivo atender as necessidades da populao que se enquadra na chamada terceira idade, que, segundo a Organizao Mundial da Sade, so pessoas entre os 60 e 74 anos (VIEIRA et. al. , 2006). Estas pessoas apresentam um declnio gradativo do funcionamento de todos os sistemas do corpo humano, das funes fsicas, emocionais e intelectuais, o que pode gerar conseqncias inevitveis (SILVA et. al, 2007). O design da linha fundamentado nos princpios do design universal, proporcionando aos que j passaram dos 65 anos o acesso a produtos que respeitam as limitaes e possibilidades de cada um, sem a necessidade de adaptaes. 1.2PROBLEMA Criar produtos que facilitem a vida de usurios com problemas relacionados idade, que diminua o risco de acidentes e que possa ser usada em vrios locais, que atenda tambm s demandas do mercado brasileiro, ainda despreparado para atender a populao crescente de pessoas de idade. 1.3OBJETIVO Desenvolver uma linha de metais sanitrios para usurios idosos, propiciando a superao das dificuldades em us-los e diminuindo o risco de acidentes em banheiros. A linha de metais sanitrios deve ter um desenho que facilite o uso, diminua o risco de acidentes enquanto o idoso estiver no banheiro,

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seja durvel, assptico, bonito e barato, entre outros, para ser usado em residncias. 1.4JUSTIFICATIVA 1.4.1Dimenso Ambiental No Brasil, o aumento da populao idosa ser na ordem de 15 vezes, entre 1950 e 2025, quando o crescimento total da populao brasileira neste mesmo perodo ser de no mais que cinco vezes. Assim, no ano de 2025, o Brasil ser a sexta populao de idosos do mundo, o que demonstra uma crescente demanda de recursos para atender essa populao. Esses nmeros mostram que a sociedade brasileira ter que enfrentar novo desafio dos complexos problemas que envolvem o idoso, para quem precria condio socioeconmica, associada aos problemas advindos da existncia de mltiplas doenas, dificulta-lhe a adaptao s exigncias do mundo moderno e, como conseqncia, isola-o do mundo (RIBAS, 2001. p. 03). O despreparo da nao frente s condies de habitabilidade pode predispor o indivduo da Terceira Idade a acidentes dentro da prpria casa. Tal fato verificvel diante de fatores gerados pelo ambiente, que potencializam uma acelerada deteriorao fsica e mental do idoso, podendo ocorrer reincidncia em tratamentos mdicos. Alm disso, h o elevado custo clnico-hospitalar para o atendimento do idoso acidentado (RIBAS, 2001. p. 03). O banheiro, tanto em casa quanto em outros lugares pblicos, um local perigoso para o idoso, pois concentra vrios fatores de risco, como umidade, espaos reduzidos que dificultam a movimentao e uso do ambiente, muitos objetos salientes, entre outros. necessrio observar que as pessoas idosas tm peculiaridades quanto aos adequados atendimentos clnico-hospitalares, medicamentos e tratamentos especficos, condies adequadas de habitabilidade, necessidades de sociabilizao e lazer, transportes seguros e eficientes, entre outros. 1.4.2Dimenso Tecnolgica

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A linha de metais para banheiros contm produtos com baixo uso de tecnologia. Alguns no usam tecnologia, apenas sistemas de fixao com parafusos ou encaixes, como os suportes. Outros produtos utilizam tecnologia de complexidade baixa, como a torneira, os misturadores e a duchinha, atravs de mecanismos acionados mecanicamente ou com uso de automao. 1.4.3Dimenso Socieconmica De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), os idosos, atualmente, representam cerca de 9% da populao brasileira. Em 2005, a esperana de vida ao nascer no Brasil alcanou os 71,9 anos. Nas prximas duas dcadas, a populao idosa do Brasil poder dobrar, passando de aproximadamente 15 milhes de pessoas com 60 anos ou mais de idade para cerca de 30 milhes, conforme estimativa do IBGE. Projees da ONU mostram que, at 2025, a populao idosa do Brasil ter acumulado o maior crescimento entre todos os pases do mundo - 1.514% em 75 anos. Este crescimento denota o surgimento de um nicho de mercado crescentemente representativo em termos de consumo, com necessidades e anseios especficos que devem ser analisados (REVISTA POCA, 2004). Os idosos hoje tm uma necessidade muito maior de serem to livres quanto sempre foram, por isso saem mais de casa, viajam mais, usam mais locais pblicos do que antigamente. Por este motivo, a linha de metais sanitrios ser projetada para atender estes idosos, no local em que ele mais freqenta: o banheiro da sua prpria casa. 1.5ESCOPO DO PROJETO O produto a ser desenvolvido uma linha de metais sanitrios de uso mltiplo para pessoas situadas na faixa etria chamada terceira idade, ou seja, acima de 60 e abaixo dos 74 anos. Por uso mltiplo, entendem-se primeiramente os idosos pessoas de ambos os sexos nessa faixa etria - e tambm a pessoas sem nenhuma necessidade especial nem pertencente terceira idade, contemplando, assim parmetros do design universal.

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Assim, as dimenses devem respeitar as medidas antropomtricas do usurio padro, as pegas e alavancas de acesso devem ser simplificadas, tendo em vista a facilidade no uso contnuo. No esto inclusos no projeto o estudo de espaos disponveis nos banheiros, nem o posicionamento exato dos utenslios. Neste ltimo quesito, pretende-se apenas tecer sugestes para apoio para os parceiros e instaladores autorizados. Esto inclusos neste projeto a programao visual, estratgias de insero no mercado, e desenvolvimento da embalagem. 1.5.1Produtos Concorrentes e Similares As linhas de metais para banheiro so compostas, entre outras, por objetos como: torneira, misturadores, ducha para higiene, papeleiras (com ou sem cobertura), papeleiras reserva, cabides, toalheiros argola, toalheiros barra de vrios comprimentos, toalheiros duplos, toalheiros rack, saboneteiras, porta-shampoo, escovas sanitrias, puxadores blindex e toalheiros blindex. FIGURA 1 EXEMPLO DE MISTURADOR DE BANCADA

FONTE: Kholer

Apesar de ainda no existirem produtos especficos voltados aos idosos disponveis no mercado nacional, existem alguns que, pelo seu prprio conceito de acessibilidade e facilidade de uso, acabam por tambm contempl-los. Um exemplo deste tipo de linha a do fabricante Deca, que, preocupada com o dia-a-dia dos deficientes fsicos, idosos e pessoas com alguma dificuldade de locomoo tem em

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sua linha de produtos uma especialmente desenvolvida para facilitar a locomoo em banheiros pblicos e residenciais. Desenvolvidos com tecnologia, os acessrios que integram a Linha Conforto Deca contam com assentos (removvel, articulado e com abertura frontal); barras (de apoio, de apoio em L, articulada e articulada com papeleira), alm de lavatrios (HOME PAGE DECA, 2007). O mais recente lanamento da Linha Conforto uma bacia com altura maior e abertura frontal para higiene pessoal para atender, principalmente, as pessoas que possuem dificuldades nas articulaes. Alm de disponibilizar estes produtos, a Deca tambm conta com um manual com orientaes para a execuo de banheiros para pessoas com alguma dificuldade de locomoo, pois fundamental que se pense ao projetar estes espaos nas condies de acessibilidade destes usurios. Apesar de ainda no existirem produtos especficos voltados aos idosos disponveis no mercado nacional, existem alguns que, pelo seu prprio conceito de acessibilidade e facilidade de uso, acabam por tambm contempl-los. Um exemplo deste tipo de linha a do fabricante Deca, que, preocupada com o dia-a-dia dos deficientes fsicos, idosos e pessoas com alguma dificuldade de locomoo tem em sua linha de produtos uma especialmente desenvolvida para facilitar a locomoo em banheiros pblicos e residenciais. Desenvolvidos com tecnologia, os acessrios que integram a Linha Conforto Deca contam com assentos (removvel, articulado e com abertura frontal); barras (de apoio, de apoio em L, articulada e articulada com papeleira), alm de lavatrios (HOME PAGE DECA, 2007). O mais recente lanamento da Linha Conforto uma bacia com altura maior e abertura frontal para higiene pessoal para atender, principalmente, as pessoas que possuem dificuldades nas articulaes. Alm de disponibilizar estes produtos, a Deca tambm conta com um manual com orientaes para a execuo de banheiros para pessoas com alguma dificuldade de locomoo, pois fundamental que se pense ao projetar estes espaos nas condies de acessibilidade destes usurios. 1.5.2Tecnologias Disponveis ou Necessrias Para este projeto antecipa-se a utilizao dos seguintes tecnologias de fabricao e uso de linha de metais:

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a) Processo de produo industrial como fundio, estampagem, sopragem, injeo, retfica e acabamentos; b) Encaixes e alavancas nos produtos finais; c) Eletricidade e Automao; d) Sistemas hidrulicos prediais e residenciais. 1.6METODOLOGIA A estratgia de desenvolvimento do produto ser baseada no Modelo de Referncia, cujo processo de negcio est dividido em cinco fases, que so: 1.6.1Projeto Informacional Fase de planejamento do produto fornecendo uma definio do escopo, descrevendo o produto que ser obtido e as definies bsicas e as restries que cercam o projeto, alm das atividades e recursos necessrios para a execuo do projeto. (ROZENFELD et. Al. 2006, pg. 236). Nesta fase sero pesquisados os usurios, mercado, materiais, processos de produo, definies de design universal, normas tcnicas, etc. Ser feita tambm a valorao dos requisitos dos clientes atravs de cruzamento de informaes em tabelas e grficos. 1.6.2Projeto Conceitual Fase que complementa as diretrizes obtidas na fase anterior por uma definio mais detalhada, com busca, criao, representao e seleo das solues para o problema do projeto. [...] Os diferentes conceitos especificados para o produto so avaliados, suas diretrizes detalhadas e avaliadas e tomada a deciso, de investir ou no mais recursos no detalhamento do conceito considerado mais promissor (ROZENFELD et. Al. 2006). Ser feita a captura das necessidades reais, necessidades latentes, necessidades culturais, necessidades atribuveis a usos inesperados e necessidades relativas satisfao do produto atravs da utilizao de pesquisas

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em profundidade com o pblico-alvo. Aps, a fase da transformao dos Requisitos Cliente em Requisitos do Produto/Sistema. Nesta etapa sero utilizadas ferramentas para traduzir as necessidades e desejos do consumidor em requisitos de projeto para produtos, procurando assegurar que o projeto final ir atender s necessidades dos clientes e usurios. Aps isto, ser feita a gerao de alternativas, desenhos, mockup e apresentao FASE 01. 1.6.3Projeto Detalhado Fase que d continuidade a execuo da fase anterior, porm ela responsvel por desenvolver e finalizar todas as especificaes do produto, e em seguida o produto ser conduzido ao processo de fabricao, e lanamento no mercado. Logo a terceira fase do desenvolvimento a responsvel em detalhar o produto. Novos desenhos e processos so elaborados em detalhes, so avaliadas e verificadas por meio de simulaes. No final da fase de detalhamento do projeto, so elaboradas a anlise de fluxo de processo, croqui de fabricao, de setup de equipamentos, de inspeo, procedimentos de qualidade, etc (ROZENFELD, 2006). Entre os itens que podem integrar o projeto detalhado, esto: Desempenho; Armazenamento e vida de prateleira; Testes; Vida em servio; Segurana; Eficincia; Poltica do produto; Transporte; Implicaes sociais e polticas; Responsabilidade do produto; Quantidade; Usabilidade; Interface Usurio-Produto; Re-uso, reciclagem e descarte; Tamanho e peso; Materiais; Normas; Ergonomia; Esttica, aparncia e acabamento. 1.6.4Preparao da Produo do Produto Nessa fase consiste em colocar o produto no mercado, atendendo os requisitos do cliente definidos no projeto informacional e cumprir com as especificaes finais do produto e processo de fabricao, que foram definidos no projeto conceitual e no projeto detalhado, logo se preocupa com a cadeia de suprimentos do produto. Ou seja, a fase executiva do projeto, onde so executadas as atividades de fabricao e montagem do prottipo, plano de

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marketing, de lanamento do produto, requisitos de processos de produo, assistncia tcnica, atendimento ao cliente, entre outras (ROZENFELD, 2006). Os meios de confeco de modelos no ser previamente definido, pois depender dos materiais selecionados para confeco do produto. Podero ser usadas tcnicas como escultura em PU, termo moldagem, moldagem em resina, etc. Os modelos gerados sero utilizados em processos regulares de validao das solues desenvolvidas junto aos representantes do pblico alvo atravs de entrevistas individuais. 1.6.5Lanamento do Produto Por fim a macro fase de desenvolvimento se encerra com a fase de Lanamento do produto no mercado. Segundo os autores, essa fase se distingue da anterior, pois ela trata de todas as atividades necessrias para o processo de venda e de distribuio, de atendimento ao cliente, e assistncia tcnica e ainda das campanhas de marketing. Diferencia-se da fase anterior, pois se preocupa com a colocao do produto no mercado. O Quadro abaixo apresenta o cronograma para desenvolvimento do projeto. QUADRO 1 CRONOGRAMA PREVISTO PARA DESENVOLVIMENTO DO PRODUTOMar x x Abr x x x Mai Jun

ASJul

ETAPASAgo Set

DEOut

ATIVIDADE Etapa 01 Projeto Informacional Especificaes-meta de produto Entendimento do problema Mapear o mercado do produto Identificar os requisitos dos usurios Definir requisitos do produto Definir meta-requisitos do produto Etapa 02 - Projeto Conceitual Modelagem funcional do produto Definir ergonomia e esttica Seleo das alternativas geradas Escolha das concepes geradas Esquemas ou modelos tridimensionais Monitoramento da viabilidade econmica Etapa 03 Projeto Detalhado Atualizar o Plano do Projeto Detalhado Criar e detalhar SSCs, documentao e configurao Desenvolver fornecedores Processo de fabricao e montagem

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Criar material de suporte do produto Projetar embalagem Planejar fim de vida do produto Testar e Homologar produto Etapa 04 Preparao da Produo do Produto Avaliar Satisfao do Cliente Monitorar desempenho do produto Realizar auditoria ps-projeto Registrar lies aprendidas. Etapa 05 Lanamento do Produto Planejar lanamento Processo de vendas Processo de distribuio Processo de atendimento ao cliente Processo de assistncia tcnica Promover marketing de lanamento Lanar produto Gerenciar lanamento Atualizar plano de fim de vida FONTE: Gerada pela autora, 2007.

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1.7ANLISE DE RISCO O maior risco desta monografia refere-se a no encontrar, nas teorias do design universal, uma forma de atender todas as necessidades dos idosos, e dos locais de uso da linha de metais, diminuindo o risco de acidentes com os mesmos e tornando sua vida mais fcil, ou de gerar um desenho que no atenda a todas estes requisitos. 1.8CONSIDERAES FINAIS A presente monografia dever resultar em uma linha de metais sanitrios com todas as funes e com alto nvel de usabilidade para de pessoas acima de 60 anos de ambos os sexos, preenchendo uma lacuna no mercado nacional e suprindo as necessidades desse pblico no que se refere a produtos de banheiro. Alm disso, objetiva-se criar uma aparncia que tenha apelo mercadolgico junto a esse nicho e que atinja tambm pessoas corporaes, como hospitais, hotis e rgos pblicos.

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2 MERCADO DE METAIS SANITRIOS O foco do Captulo 2 apresentar o mercado de metais sanitrios, e se concentrar na apresentao de informaes que envolvem dados oficiais sobre o mercado de construo civil no Brasil, as projees de crescimento, a oferta de produtos similares. Sero exploradas informaes do setor, como composio de PIB, consumidores, atributos de compra, comportamento das fabricantes. E ainda como o governo brasileiro tem incentivado o setor com polticas governamentais. Ainda ir explorar informaes sobre os materiais de que so feitos estes produtos. 2.1INTRODUO A gua encanada, o saneamento bsico e mudanas culturais fizeram com que a civilizao moderna se tornasse mais limpa e saudvel. Os avanos tecnolgicos foram decisivos para que se desenvolvesse uma sociedade voltada para a limpeza, beleza e bem estar. Tomar banho hoje uma tarefa diria e prazerosa. Este captulo apresenta informaes sobre o mercado de metais sanitrios, produtos que possuem baixa complexidade na montagem, porm com grandes diferenas em design. Atravs da pesquisa em diversas fontes, se dar um panorama da magnitude do mercado mundial e brasileiro. Sero apresentados ainda dados sobre PIB, nmero de consumidores, tipos de produtos, preos, taxas de crescimento, caractersticas gerais do mercado de construo e metais sanitrios, visto que essa indstria exerce papel importante no desenvolvimento tecnolgico na economia brasileira. O Captulo 2 ainda oferece informaes sobre o processo produtivo, tecnologia, insumos, barreiras que impedem a entrada de outras empresas, que so fatores que afetam esse mercado. 2.2CARACTERSTICA DA DEMANDA DO MERCADO DE METAIS SANITRIOS 2.2.1PIB (Produto Interno Bruto) Brasileiro e o Mercado da Construo Civil

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O

IBGE

(Instituto

Brasileiro

de

Geografia

e

Estatstica)

divulga

periodicamente estudos sobre o PIB. Os dados revelam que o pas cresceu mais nos ltimos anos. A expanso da economia em 2004 foi de 5,7%. J em 2005 o crescimento observado foi de 2,9%, em 2006, 3,7%. A nova estimativa que o PIB do pas foi de R$2,148 trilhes em 2005. Em 2006 o PIB atingiu, pela primeira vez, US$ 1 trilho. As novas informaes revelam que a economia brasileira estava crescendo mais do que se imaginava, contudo, o pas ainda continua crescendo pouco e abaixo da mdia mundial. Alm disso, o Brasil ainda manteve a 10 colocao entre os PIBs das maiores economias mundiais (IBGE, 2007). Um dado chamou muita ateno e merece ser comentado. Trata-se da reduo da participao da construo civil na atividade econmica. Importante e estratgico para o desenvolvimento do pas, este setor teve sua representao dentro do PIB diminuda em 2005. Em termos monetrios houve a reduo no PIB do setor, passando de R$115 bilhes em 2004 para R$84,9 bilhes em 2005. Os nmeros revelam, com preciso, o impacto das dificuldades vivenciadas pela construo. O novo PIB mostra que a construo civil foi utilizada aqum do que deveria e, como o setor vivenciou momentos difceis, os mesmos esto mais bem retratados abaixo. GRFICO 1 PARTICIPAO DO PIB PIBcc no PIB Brasil CIVIL NO PIB BRASIL DA CONSTRUO Participao do(Em %)6,40 6,00 5,60 5,20 4,80 4,40 4,00 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004

6,00 5,50 5,70

6,20 5,60 5,52 5,32

5,28 4,69

5,09

FONTE: SistemaNacionais Brasil: 2000-2005. Contas Brasil,Trimestrais: nova srie 2006. Fonte: Sistem de Contas de Contas Nacionais Nacionais 2000-2005 a

O que se deve deixar bem claro que estes novos dados no significam que a construo deixou de ser ou menos importante. Ela sempre foi, e ser relevante e estratgica para o desenvolvimento de qualquer economia, principalmente as emergenciais, como o caso do Brasil. O prprio nmero de pessoas ocupadas no

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setor, mais de 5,6 milhes em todo o Brasil, de acordo com os ltimos dados tambm divulgados pelo IBGE, ajuda a confirmar esta afirmativa, pois ele o responsvel pelas bases fsicas de qualquer crescimento, leia-se: infra-estrutura. O que deve se considerar que a construo pode sim, e deve contribuir muito mais para o desenvolvimento. Isso significa que ela deve ser mais movimentada para poder exercer, na sua plenitude, a potencialidade de suas atividades. Neste contexto, deve-se destacar a importncia do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) que prev investimentos da ordem de R$503,9 bilhes de 2007 a 2010 em logstica, energia, saneamento, habitao e outros sociais e que, certamente, ajudaro a movimentar o segmento construtor, que desempenha um singular papel socioeconmico. O quadro abaixo mostra a evoluo do PIB Brasil e da Construo Civil com o passar dos anos. Percebe-se que, conforme o PIB Brasil aumenta, o da construo civil acompanha o crescimento, com algumas variaes. Como as previses so de que o pas continue crescendo, bastante provvel que o PIB da construo civil tambm cresa. QUADRO 2 PIB DO BRASIL E DA CONSTRUO CIVIL, 1995-2007

FONTE: IBGE, Banco de Dados CBIC, 2005

2.2.2Perfil da Indstria de Metais Sanitrios O mercado de metais sanitrios est inserido no setor de construo civil e movimenta, anualmente, cerca de 600 milhes de reais, segundo estimativas de representante do SIAMFESP (Sindicato das Indstrias de Artefatos de Metais No Ferrosos), que congrega as empresas do setor. Os produtos que se destacam neste

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mercado so as torneiras, misturadores, registros e vlvulas, sendo tambm considerados os acessrios para banheiros como complementares das linhas de produtos. No Brasil, existem cerca de 150 empresas, sendo 80% sediadas no Estado de So Paulo. Das empresas associados ao SIAMFESP, 17% so grandes, 44% so mdias, 35% pequenas e 4% micro. GRFICO 2 DISTRIBUIO DAS EMPRESAS NMERO DE EMPREGADOS ASSOCIADAS SEGUNDO

FONTE: SIAMFESP, 2006

Os produtos importados ainda no ocupam grande parcela do mercado. A entrada desses produtos encontra alguns problemas de adaptao ao mercado brasileiro, entre eles, a inexistncia de um sistema estruturado de distribuio e manuteno. Outro fator a baixa presso existente nas redes prediais de abastecimento de gua, em especial nas casas trreas e sobrados, em funo da utilizao de caixa de gua. A presso menor que a usualmente prevista nos produtos europeus e americanos. Essas dificuldades, alm das alquotas de importao e comercializao, tm criado barreiras para a entrada desse segmento no pas. A tendncia, com a globalizao, a padronizao mundial dos preos de produtos para o mercado de metais sanitrios (SIAMFESP, 2006). Neste projeto sero consideradas as preferncias dos distribuidores e comerciantes de metais sanitrios, j que so estes que detm a preferncia e

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induzem o consumidor compra. O consumidor induzido pela propaganda e pelo ponto de venda, ambos executados hoje pelo setor em questo. 2.3INICIATIVA PBLICA Um motivo muito forte para o crescimento do setor da construo civil no Brasil o incentivo pblico. O Banco de Dados CBIC acompanha o desenvolvimento das principais contas do Sistema Financeiro da Habitao, que capta dados que permitem o monitoramento das contas de rgos pblicos, como o Sistema Brasileiro de Poupana e Emprstimo (SBPE), da Poupana Rural e do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) em termos dos recursos disponveis, suas fontes e direcionamentos, assim como o acompanhamento das responsabilidades do Fundo de Compensao da Variao Salarial (FCVS), seu total de recursos, entradas e pagamentos (CBIC, 2006). GRFICO 3 FINANCIAMENTO IMOBILIRIOS CONCEDIDOS AT 2003 NMERO DE UNIDADES

FONTE: Bacen/SFH SSPE

At outubro de 2006, a habitao de interesse social registrava a aplicao de cerca de R$ 7,1 bilhes, com recursos do FGTS e do PAR. Destes recursos, cerca de 40% foram dirigidos para a produo de novas habitaes e o Conselho Curador do FGTS decidiu que este percentual dever ser de 50% em 2007. A construo civil cresceu 5,1% em 2006. Em 2007, se o PIB expandir 3,5%, o setor ter crescimento de 4,9%, segundo o presidente do SindusCon-SP, Joo

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Claudio Robusti. Vrios indicadores sustentam esses prognsticos. Confirmando-se o resultado positivo de 2006, a construo comemorar trs anos seguidos de crescimento, alcanando o melhor patamar desde o Plano Real. O indicador mais expressivo do crescimento da atividade da construo se traduz no nvel de emprego, que cresceu 9,5% at setembro de 2006, quando o setor registrava a marca de 1,539 milho de trabalhadores formais. At setembro, o volume de vendas do comrcio de materiais de construo havia aumentado 3,7%. As construtoras - e no o "consumo formiga" que caracteriza a auto-construo apareciam como as principais responsveis pelo crescimento das vendas do comrcio. Estes nmeros nos mostram que os investimentos no mercado imobilirio crescente, e que a tendncia que continue crescendo, aumentando a demanda no mercado de metais sanitrios. 2.4CARACTERSTICA DA OFERTA DO MERCADO DE METAIS SANITRIOS Em uma pesquisa sobre o mercado de metais sanitrios, concluiu-se que o item tecnologia foi considerado mais importante para os entrevistados do que o preo, para determinar a preferncia pelas diferentes marcas do segmento de metais sanitrios. Especificamente neste segmento, 67% dos que responderam pesquisa esto satisfeitos com o nmero de empresas nacionais e oferta de produtos existentes no mercado, e 15% preferem produtos importados. A pesquisa tambm abordou quais os melhores fornecedores da construo civil (ANAMACO, 2006), nos quesitos qualidade do produto, pontualidade na entrega, atendimento nos pontos de venda, preo, sistema de vendas, propaganda e assistncia tcnica. Observa-se que as empresas preferidas dos lojistas conquistaram suas colocaes prioritariamente por qualidade dos produtos comercializados, propaganda e assistncia tcnica, nesta ordem de preferncia. As preferncias dos distribuidores e comerciantes de metais sanitrios so importantes, j que so estes que detm a preferncia e induzem o consumidor compra. O consumidor induzido pela propaganda e pelo ponto de venda, ambos executados hoje pelo setor em questo.

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Uma pesquisa do ano de 2003, feita a pedido de associaes de classe da rea da construo civil, revelou que o cliente gostaria que houvesse maior nmero de concorrentes em cada segmento, o que representaria algumas oportunidades de negcios, expanso de atividades ou mesmo aperfeioamento na prestao de servios ao consumidor. A qualidade dos produtos satisfaz e quando se questiona sobre produtos importados, para a construo em geral, no mais que 23% dos entrevistados manifestam essa preferncia. 2.4.1Mercado Mundial Os mercados produtores de metais sanitrios mais expressivos no mundo so os da Itlia, lder, seguida da Espanha, Estados Unidos, Alemanha e China, sendo que este ltimo compete no quesito custo e os demais competem com qualidade, tecnologia e design, alm do preo competitivo no mercado internacional. Alm da presso dos produtos importados, existem as presses internas, onde as grandes empresas buscam o mercado das mdias, e estas, por sua vez, pressionam o mercado das pequenas. S as empresas grandes tm condies tecnolgicas para competir com as estrangeiras. As mdias e pequenas, alm de problemas de produtividade e custos trabalham com projetos de design muitas vezes superados. A KWC da Sua, fbrica fundada em 1874, tem um faturamento anual de mais de 100 milhes de euros com produtos de alto luxo. O principal mercado o da prpria Sua, mas com exportaes para Alemanha, Estados Unidos, Itlia e Frana. Tem 380 funcionrios no pas.

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FIGURA 2

MISTURADOR MONOCOMANDO DE VOLTA, LINHA MURANO, DO FABRICANTE SUO KWC

FONTE: http://www.kwc.com

2.4.2Mercado Italiano O pas lder em design e vendas a Itlia, onde a estrutura produtiva descentralizada, com utilizao intensiva de capital, equipamentos automatizados, baixa utilizao de mo de obra e grandes escalas de produo (Figura 03). FIGURA 3 TORNEIRA DA LINHA MAST-BAGNO, DA ITALIANA GEDA NEXTAGE

FONTE: http://www.maste-bagno.it/mobili_da_bagno/mobile-da-bagno-9.html

A oferta pulverizada em pequenas empresas produtoras de componentes, que so transformados no produto final em uma montadora. Assim, todas as empresas se especializam em poucas ou uma fase do processo produtivo, podendo reduzir os custos e preos e aumentar a qualidade do produto. Essa formatao da

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estrutura produtiva fundamental para o bom desempenho do design neste pas, uma vez que possvel focalizar o design na montagem, ou mesmo nas distribuidoras. A figura 07 d um exemplo onde os escritrios de design prestam servios diretamente montadora, que recebe as peas de outros fornecedores terceirizados. A proximidade com um mercado mais exigente quanto ao design e a tradio em arte e arquitetura tambm so fatores que aumentam a competitividade do design Italiano em relao ao brasileiro. FIGURA 4 CADEIA PRODUTIVA DE METAIS SANITRIOS NA ITLIA

FONTE: SIAMFESP, 2006

2.4.3Brasil Atualmente, existem trs empresas lderes do mercado, em termos de design e parcelas de mercado. So a Deca, do Grupo Duratex, a Docol e o Grupo Roca. Juntas, respondem por 85% do faturamento nacional do mercado de metais sanitrios. Tais empresas apresentam plantas modernas, com novos mtodos de gesto incorporados, e joint venture com multinacionais para o desenvolvimento de novos produtos.

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O Grupo Roca comercializa seus produtos em mais de 50 pases, contando com 42 fbricas instaladas em 17 regies do mundo e marcando presena no Brasil, onde responde pelas marcas Roca, Incepa, Celite e Logasa. Essa evoluo fruto de investimentos que evidenciam a preocupao constante com o desenvolvimento de solues que atendam s necessidades do mercado. Seguindo nessa direo, a empresa aponta como prioridades para o ano de 2007 o atendimento aos clientes diretos e a satisfao do consumidor final. Com as 4 marcas que detm no Pas, a Roca encontra-se na liderana em todas as regies brasileiras. A Lugasa est focada em linhas de produtos econmicos, mais populares. A Celite atende ao popular, ao mdio luxo (onde est mais concentrada) e ao luxo. A Incepa, embora tambm atenda aos segmentos popular e mdio luxo, est mais direcionada ao luxo. J a Roca est focada no superluxo. Outra grande fabricante de metais sanitrios a Docol, com faturamento anual de 158 milhes, sendo que 20% do faturamento com exportaes. Este fabricante de metais sanitrios atualiza continuamente sua linha de metais. Atualmente, desenvolveu a vlvula solenide biestvel (VSB) para controle da gua. Ela ser usada nos produtos eletrnicos Docol alimentados por baterias. Segundo a empresa, proporcionar aumento no desempenho da vida das baterias, alm de trabalhar em baixa presso hidrulica. A soluo j existe no exterior, porm tem um custo final at nove vezes maior que o do modelo desenvolvido em Santa Catarina. Isso aumenta a possibilidade de se popularizar o produto principalmente nas reas de sade, carentes de solues adequadas na preveno de contaminao, (GARCIA, 2007). O produto deve ser responsvel por 1,15% do faturamento da empresa. Para manter-se competitiva e lanar sempre solues inovadoras para o mercado, a Docol tem um departamento de pesquisa e desenvolvimento estruturado com 70 profissionais. E mantm parcerias com instituies de pesquisa como o Labelectron (da Fundao Certi), para o desenvolvimento de produtos mais avanados. A Ideal Standard detm 15% do market share de louas, banheiros e assentos sanitrios do mundo. Na estrutura da American Standard, a Ideal Standard responde pela diviso de materiais de construo. responsvel pela fabricao e comercializao de louas e metais sanitrios em todo o mundo.

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2.4.4Atividades Executadas na Prpria Empresa A maioria das empresas fabricantes executa todas as fases do processo produtivo. No Brasil, o design dos produtos corresponde a cpia e modelagem do produto, sem ter influncia sobre o processo. No existe uma demanda permanente por servios de design. Isto se reflete na pequena presena de escritrios e empresas especializados neste setor. A falta de servios especializados associada excessiva verticalizao da cadeia produtiva, faz com que o design fique em segundo plano frente a outras atividades do processo produtivo, resultando numa pequena alocao de recursos, humanos e financeiros. FIGURA 5 CADEIA PRODUTIVA DE METAIS SANITRIOS NO BRASIL

FONTE: SIAMFESP, 2006

A figura 5 acima ilustra a produo dos metais sanitrios centralizada em uma nica empresa, responsvel por todas as fases do processo. O design tambm um departamento da empresa, que participa da no final do processo, como acessrio.

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As empresas mdias tem plantas menos atualizadas tecnologicamente do que as grandes, com procedimentos manuais em atividades que poderiam ser automatizadas. Assim, com problemas no sistema de produo por falta de investimento, novas mquinas, ou mesmo localizao fsica da planta, o desenvolvimento de novos produtos restrito engenharia reversa. Outro fator que dificulta o desenvolvimento de novos produtos e a modernizao das fbricas a excessiva verticalizao da cadeia produtiva, sendo que muitas empresas ainda realizam todas as etapas do processo produtivo: fundio, usinagem, polimento, galvanoplastia e montagem. Existe uma tendncia terceirizao das atividades de fundio, polimento e galvanoplastia, deciso importante para a melhora da qualidade dos seus produtos. Esta terceirizao, porm, nem sempre vem sendo acompanhada de investimentos em modernizao de equipamentos e treinamento da mo de obra. Para uma maior disseminao do conceito de terceirizao necessrio que os terceirizados recebam alguma espcie de apoio, seja da empresa que ir contratar os servios, seja de rgos pblicos. Esse apoio se refere os itens como treinamento gerencial, locais adequados para instalao de mini-plantas e recursos financeiros. Um movimento ou programa de terceirizao deve considerar a necessidade destes recursos, uma vez que os potenciais terceirizados provavelmente no possuem capacitao bsica para montar um negcio. A tendncia das empresas grandes e mdias a reduo da utilizao de mo de obra, atravs de terceirizao e investimentos em automao. A reduo do nmero de funcionrios e aumento de produtividade ocorrido na DECA (quadro 03) ilustram este processo.

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GRFICO 4 PRODUTIVIDADE DECA (PRODUO/FUNCIONRIO)

FONTE: Relatrio Anual Deca, 1996

No que se refere linha de produtos, observa-se que as torneiras usualmente constituem um dos principais itens de produo das empresas mdias e pequenas, enquanto as grandes no focalizam a produo neste produto, distribuindo-a entre vlvulas, torneiras e misturadores. As empresas mdias tm suas linhas de produto fortemente inspiradas nas das lderes, com pequenas variaes em detalhes, como cores e frisos. J as pequenas muitas vezes no conseguem atualizar suas linhas de produtos, nem atravs de cpia. O conceito de design no se limita, evidentemente, aos aspectos estticos das peas. A inovao tecnolgica, utilizao de novos materiais, aprimoramento da qualidade e funcionalidade esto diretamente associados. Dentre as principais tendncias de inovaes tecnolgicas no setor, destacam-se:a) b)

racionalizao do consumo de gua; substituio de metais no ferrosos pelos materiais termoplsticos; uso de materiais alternativos para vedao; pesquisa de novas ligas, como o Zamac, que incorpora alumnio; aparelhos mono-comando para misturadores;

c) aperfeioamento de registros e torneiras de esferas;d) e) f)

g) torneiras e registros de fechamento rpido (1/4 de volta).

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Em um cenrio de rpida evoluo e transformao, com forte presso de produtos importados, a normalizao uma medida importante para inibir a entrada de produtos de baixa qualidade e preparar as empresas nacionais para exportar seus produtos, tanto no Mercosul, como para outros pases. 2.4.5Cadeia Produtiva dos Metais Sanitrios O processo de fabricao dos metais sanitrios abrange quatro fases: a) Fundio dos componentes; b) Usinagem; c) Acabamento superficial; d) Montagem. O que diferencia cada metal o processo qumico de produo. Produtos em bronze possuem liga de cobre, que torna o metal mais durvel e resistente. Metais cromados podem ser limpos at com produtos corrosivos, como amonaco e saplio. Metais protegidos com camada de verniz ou banhados em soluo com mnima porcentagem de ouro garantem maior proteo e brilho permanente ao dourado. 2.4.6Tcnicas Metalrgicas Aps a preparao, os metais e suas ligas so levadas ao estado de produtos acabados ou de semi-acabados por diversos processos:a)

Fundio (Moldagem de metais em fuso): o processo de se obter objetos na forma final, vazando o metal fundido na forma lquida, em um molde preparado, ou em uma frma. Uma pea fundida um objeto formado deixando-se o material solidificar. Os elementos necessrios para a fundio so: materiais de moldagem, equipamentos de moldagem, ferramentas, modelos, equipamentos de fuso, etc;

b)

Sinterizao ou metalurgia do p: Consiste na manufatura de produtos a partir de metais e de compostos metlicos finamente divididos (modo); Tratamentos mecnicos de formao: Este processo produz elementos importantes para engenharia e construo, como por exemplo: Perfis

c)

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estruturais, cantoneiras, barras, tubos, etc. Este processamento pode ser realizado quente ou a frio. Tipos de tratamentos mecnicos:1) 2)

Laminao: Chapas, Perfis, Trilhos, Barras, etc; Estiramento: Perfis redondos, retangulares, quadrados, hexagonais, fios, tubos, etc; Forjamento; a conformao de metais, na maioria das vezes quente, por aplicaes individuais e intermitentes de presso; Extruso: o metal normalmente comprimido por um mbolo, adquirindo o perfil da abertura de sada; Estampagem: Potes, Panelas, Tampas, etc;

3)

4)

5)

6) Dobramento Molas, etc.d)

Soldagem: Processo de unio de metais pela concentrao de calor com ou sem presso. Soldagem um processo de unio rgida de duas ou mais partes metlicas, com ou sem adio de material de enchimento, atravs de fornecimento de energia a regio adjacente zona que est sendo unida, de modo a provocar uma interfuso entre as partes. Hoje em dia, a soldagem usada em todos os campos industriais, sendo um processo perfeitamente confivel e, na maioria dos casos, quando bem executada, oferece uma resistncia mecnica de 100% em relao ao material que est sendo unido.

e)

Tratamentos: Para dar aos metais e s suas ligas determinadas caractersticas, pode-se faz-los passar por tratamentos trmicos (tmpera, recozimento, revenimento), levando a cabo freqentemente em atmosfera controlada. Os tratamentos termoqumicos (cementao, nitretao) provocam

modificaes superficiais no metal. Os tratamentos de superfcie (decapagem, revestimento com camada protetora) so realizados por via qumica ou eletroltica. Os aumentos abruptos dos metais no ferrosos foram indstrias que utilizam estes insumos a redesenhar rapidamente suas estratgias e a composio de seus produtos. O zamac, por exemplo, que a primeira alternativa para o encarecimento dos produtos de lato, teve seu preo triplicado em 2006. No final de 2005, um quilo de zamac custava R$ 5,60, enquanto o lato custava R$ 7,00. No

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incio de 2007, o quilo do primeiro custa R$ 15,00 e o do segundo custa R$ 9,00, o que inviabiliza a comercializao. O alumnio tambm uma alternativa. Foi desenvolvida uma nova tecnologia onde as peas de alumnio foram cromadas, para resistirem corroso e terem melhor acabamento. O preo de venda deve ser 20% inferior ao custo de produo em lato. Segundo Denis Perez Martins, diretor do Sindicato da Indstria de Artefatos de Metais No Ferrosos de So Paulo (Siamfesp), os produtores de utenslios sanitrios aumentam o uso de plsticos e investem na reduo do consumo de matrias primas. O zamac deixou de ser uma boa opo para o lato, diz. Segundo ele, o prprio sindicato est fazendo oramentos com institutos de pesquisa para avaliar as possibilidades de uso de plsticos em componentes. Ele tambm cita a reduo da espessura dos produtos no mercado. Os tubos de bica mvel, usados em torneiras de cozinha, passaram a ser feitos com parede de 0,5 milmetro, e no mais de 0,8 milmetro. 2.4.7Regulaes Tcnicas Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) define a velhice como uma deficincia que reduz efetivamente a mobilidade, flexibilidade, coordenao motora e percepo. A NBR 9050 2004 estabelece que os acessrios para sanitrios, tais como cabides, saboneteiras e toalheiros, devem ter sua rea de utilizao dentro da faixa de alcance confortvel estabelecida na prpria norma, conforme figura abaixo (NBR 5050, 2004).

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FIGURA 6

ACESSRIOS JUNTO AO LAVATRIO EXEMPLO

FONTE: NBR 9050

QUADRO 3

NORMAS TCNICAS PARA METAIS SANITRIOS E SEUS ACESSRIOS

Normas Metais Sanitrios e seus acessrios NBR 5626:1998 Instalao predial de gua fria NBR 6414:1983 Rosca para tubos onde a vedao feita pela rosca - Designao, dimenses e tolerncias - Padronizao NBR 7009:1981 Lingotes de liga de cobre - Especificao NBR 8094:1983 Material metlico revestido e no revestido - Corroso por exposio nvoa salina Mtodo de ensaio NBR 8130:2004 Aquecedor de gua a gs tipo instantneo - Requisitos e mtodos de ensaio NBR 8133:1983 Rosca para tubos onde a vedao no feita pela rosca - Designao, dimenses e tolerncias - Padronizao NBR 10071:1994 NBR 10072:1998 NBR 10090:1987 NBR 10281:2003 NBR 10283:1988 NBR 10979:1989 NBR 11146:1990 NBR 13713:/1996 Registro de presso fabricado com corpo e castelo em ligas de cobre para instalaes hidrulicas prediais - Especificao Instalaes hidrulicas prediais - Registro de gaveta de liga de cobre - Requisitos Registro (vlvula) de presso fabricado com corpo e castelo em ligas de cobre para instalaes hidrulicas prediais - Dimenses - Padronizao Torneira de presso - Requisitos e mtodos de ensaios Revestimentos eletrolticos de metais e plsticos sanitrios - Especificao Vlvula de escoamento com ladro para bids e lavatrios Especificao Vlvula de escoamento, sem ladro, para lavatrios e pias - Especificao Aparelhos hidrulicos acionados manualmente e com ciclo de fechamento automtico

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NBR 14119:1998 NBR 14120:1998 NBR 14150:1998

Instalaes em saneamento - Registro de presso em ligas de cobre - Requisitos Instalaes em saneamento - Registro de presso em ligas de cobre - Dimenses Instalaes hidrulicas prediais - Registro de presso de liga de cobre - Verificao de desempenho

NBR 1415:1998 Instalaes hidrulicas prediais - Registro de gaveta de liga de cobre - Verificao de desempenho NBR 14390:2001 NBR 14580:2000 NBR 14877:2002 NBR 14878:2002 Misturador para lavatrio - Requisitos e mtodos de ensaio Instalaes em saneamento - Registros de gaveta PN 16 em liga de cobre Requisitos e mtodos de ensaio Ducha higinica - Requisitos e mtodos de ensaios Ligaes flexveis para aparelhos hidrulicos sanitrios - Requisitos e mtodos de ensaio

NBR15206:2005 Instalaes hidrulicas prediais - Chuveiros ou duchas - Requisitos e mtodos de ensaio FONTE: http://www.inmetro.gov.br/sysbibli/bin/sysbweb.exe/dados_completos_html?codigo=7301& alias=sysbibli

2.5MATERIAIS PROVVEIS O estudo de polmeros e metais que apresentam caractersticas que combinam com as necessidades do projeto de suma importncia para que se possa fazer uma boa escolha e ter como resultado um bom produto. 2.5.1Polmeros So materiais cujo elemento essencial constitudo por ligaes moleculares orgnicas, que resultam de sntese artificial ou transformao de produtos naturais (GORNI et al, 1999). Abaixo esto listadas caractersticas dos polmeros que so mais importantes para o desenvolvimento deste projeto: a) Leveza: polmeros so mais leves que metais ou cermica. b) Alta flexibilidade: varivel ao longo de faixa bastante ampla, conforme o tipo de polmero e os aditivos usados na sua formulao. c) Alta resistncia ao impacto, que associada transparncia, permite substituio do vidro em vrias aplicaes.

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d) Dureza: alguns plsticos resistem de 27 a 250 vezes mais em dureza que o vidro. e) Resistncia qumica: todos os plsticos so resistentes gua, ao sal comum e, no mnimo, a cidos fracos. A resistncia qumica de alguns plsticos excepcional e muito superior dos metais. f) Baixa condutividade eltrica: polmeros so altamente indicados em aplicaes onde se requer isolamento eltrico, j que no contm eltrons livres, responsveis pela conduo de eletricidade nos metais. g) Baixa condutividade trmica: cerca de mil vezes menor que a dos metais. Logo, so altamente recomendados em aplicaes que requeiram isolamento trmico, particularmente na forma de espumas; isto tambm devido ausncia de eltrons livres. h) Maior resistncia corroso: caractersticas prprias das ligaes qumicas presentes nos plsticos lhes conferem maior resistncia corroso por oxignio ou produtos qumicos do que no caso dos metais, o que no quer dizer que os plsticos sejam completamente invulnerveis ao problema. i) Porosidade: o espao entre as macromolculas relativamente grande, conferindo baixa densidade ao polmero. A matria prima que d origem a um polmero o monmero que forma a sua cadeia. O monmero, por sua vez, obtido a partir do petrleo ou gs natural, que a rota mais barata. possvel tambm obter monmeros a partir de madeira, lcool, carvo e at de CO2, pois todas so matrias-primas ricas em carbono, o tomo principal que constitui os materiais polimricos. 2.5.1.1.Classificao H diversas maneiras de se dividir os polmeros, sendo a classificao conforme as caractersticas mecnicas a mais importante. Essas caractersticas decorrem da configurao especfica das molculas do polmero. Sob este aspecto, os polmeros podem ser divididos em: termoplsticos, termorrgidos (termofixos) e elastmeros (borrachas).a)

Termoplsticos: so os chamados plsticos, constituindo a maior parte dos

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polmeros comerciais. A principal caracterstica desses polmeros poder ser fundido diversas vezes. Dependendo do tipo do plstico, tambm podem dissolver-se em vrios solventes, tornando possvel sua reciclagem. As propriedades mecnicas variam conforme o plstico: sob temperatura ambiente, podem ser maleveis, rgidos ou mesmo frgeis. A estrutura molecular dos polmeros termoplsticos consiste de molculas lineares dispostas na forma de cordes soltos, mas agregados, como num novelo de l.b)

Termorrgidos ou termofixos: so rgidos e frgeis, sendo muito estveis a variaes de temperatura. Uma vez prontos, no mais se fundem, pois o aquecimento complicada. do polmero acabado a altas temperaturas promove decomposio do material antes de sua fuso. Logo, sua reciclagem

c) Elastmeros (borrachas): classe intermediria entre os termoplsticos e os termorrgidos. No so fusveis e por isso sua reciclagem complicada, mas apresentam alta elasticidade. Os elastmeros possuem estrutura molecular similar dos termorrgidos, mas com menor nmero de ligaes entre os cordes: como se fosse uma rede, mas com malhas bem mais largas que os termorrgidos. Exemplos: pneus, vedaes, mangueiras de borracha. 2.5.1.2.Plsticos Aplicveis Poliestireno Uma das mais antigas resinas sintticas, um termoplstico que se caracteriza por sua clareza brilhante, sua dureza, sua facilidade de processamento e seu baixo custo. Sua colorizao excelente. Como modificaes de resina bsica de uso geral, podem ser citados os tipos resistentes elevada temperatura e os vrios graus de resistncia a impactos. Todavia, tanto a clareza quanto o brilho diminuem nos tipos resistentes a impactos. Outros polmeros pertencentes famlia do estireno so as resinas ABS e SAN que sero tratadas na seqncia. O poliestireno processado por vrios mtodos, como moldagem por

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injeo, por sopro de injeo e extruso, a conformao trmica, a extruso de chapas e perfilados, as moldagens em espumas, as chapas de espumas de injeo direta e o poliestireno expandido. O poliestireno resistente ao impacto tem resistncia trao e mdulo de elasticidade inferiores ao do poliestireno comum, enquanto que o alongamento pode melhorar de 10 a 40%. Apresenta menor resistncia trmica e s intempries. Os poliestirenos de uso geral so aplicados em maanetas, protetores de luz, artigos descartveis e em artigos de embalagens. As formulaes resistentes ao calor so utilizadas em artigos domsticos, peas de mquinas e veculos, gabinetes para rdio e televiso, etc. Os tipos resistentes a impactos so empregados em aparelhos domsticos e brinquedos, entre outros. ABS/SAN As resinas ABS so compostos semelhantes borracha rgida, contendo butadieno em expanso. Este termoplstico amorfo e de custo mdio duro, rgido e tenaz, mesmo a baixas temperaturas. encontrado em vrios tipos que apresentam diferentes nveis de resistncia a impactos, ao calor, retardamento de chama e de capacidade para galvanizao. A maioria das resinas ABS varia de translcida a opaca, mas tambm podem ser produzidas em tipos transparentes, podendo ser pigmentadas com praticamente todas as cores. Podem ser encontradas em tipos adequados para moldagens por injeo, extruso, por sopro, expansvel e para conformaes a quente. Alguns tipos da ABS so compostos com outros tipos de resinas com a finalidade de atingir propriedades especiais, podendo, por exemplo, ser ligadas com policarbonatos para obter um equilbrio melhor quanto a propriedades relativas ao calor e nos impactos, a um custo de natureza mediana. Relacionada com a ABS est a SAN (sem o butadieno), que se caracteriza por excelente resistncia qumica, estabilidade dimensional e facilidade de processamento. Tais resinas so normalmente processadas em moldagem por injeo, podendo tambm ser usada a extruso e a moldagem por sopro. Os produtos moldados em resina ABS so aplicveis em capacetes esportivos de proteo, cobertura de equipamentos para acabamentos, carcaas de

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pequenas utilidades domsticas, equipamentos para telecomunicao, mquinas para escritrio, painis de instrumentos de veculos, tubos e suas conexes, dispositivos de segurana domsticos. As resinas ABS cromadas tm substitudo metais fundidos sob presso em blindagens de hardware e em guarnies para veculos e fixadores de espelho. Acrlico Possui alta transparncia ptica, excelente resistncia exposio ao tempo, timas propriedades eltricas e resistncia qumica razovel. Pode ser encontrado em cores transparentes e brilhantes, em chapas fundidas ou extrudadas, em pelculas e em compostos destinados a moldagens por extruso e injeo. Embora os plsticos acrlicos se encontrem entre os mais resistentes termoplsticos quanto a arranhes e riscos, as operaes normais de limpeza e manuteno das peas podem arranhar ou esmerilhar estes materiais. Encontramse chapas ou placas especialmente processadas para resistirem a essas aes e que apresentam as mesmas propriedades que as chapas normais. Os materiais resistem exposio luz fluorescente sem que venham a escurecer ou se deteriorar. Contudo, descoram quando expostos radiao ultravioleta de elevada densidade. A chapa de acrlico substitui com igual ou maior transparncia o uso do vidro. aproximadamente 17 vezes mais resistente a quebras do que este e, nas raras ocasies que isto se d, o acrlico se desfaz em pedaos, pouco afiados, reduzindo o risco de acidentes srios. amplamente usado em portas, janelas, ao redor de aparelhos de ar condicionado, visores, anncios luminosos, objetos de decorao, luminrias, displays, maquetes, esquadros, etc. possvel adicionar-lhes corantes e produzir um espectro completo de cores transparentes, translcidas e opacas. Teflon As resinas PTFE (o popular Teflon), em funo de sua alta viscosidade em estado de fuso, no podem ser processadas segundo as tcnicas convencionais de

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estruso e moldagem. Em lugar delas, as resinas so processadas por mtodos de prensagem e sinterizao, ou ento por extruso lubrificada e sinterizao. Elas so opacas, cristalizadas e maleveis. Quando aquecidas acima de 340, tornam-se transparentes, amorfas e de tratamento relativamente difcil, sofrendo fraturas quando severamente deformadas. Ao serem resfriadas, voltam ao seu estado original. As resinas PTFE so utilizadas de modo a aproveitar suas excepcionais qualidades eltricas, qumicas e mecnicas. Existem inmeras aplicaes: anis de vedao, assentos de vlvulas, revestimento de cilindros, pelculas anti-aderentes, isoladores, parafusos, buchas, porcas, arruelas, etc. Policarbonato O Policarbonato semelhante ao vidro, caracteriza-se por possuir alta transparncia, que pode chegar acima de 90%. Essa transparncia conseguida graas sua estrutura amorfa. Dentre todos os termoplsticos, o Policarbonato o que possui maior resistncia ao impacto, sem qualquer aditivao, a no ser os elastmeros. A mais importante caracterstica das chapas sua estabilidade em temperatura e em utilizaes difceis, onde no possvel o uso de outros materiais. Outra caracterstica sua elevada dilatao, que uma varivel importante para um correto dimensionamento das chapas caso sejam contidas em estruturas ou perfis metlicos, fixas e colocadas, ou acopladas a outros materiais. 2.5.2Metais Cerca de 80% dos elementos qumicos existentes so metais - substncias geralmente slidas, boas condutoras de corrente eltrica e calor, maleveis (podem ser laminadas) e dcteis (podem ser reduzidas a fios). A maioria tem cor prateada ou cinzenta, com exceo do cobre (avermelhado) e do ouro (amarelo). Seu brilho acentuado reflexo da luz. Alguns metais so conhecidos desde a Pr-histria, como cobre, estanho e ferro. Puros ou na forma de ligas tm diversas aplicaes. Muitos, como ferro e alumnio, so abundantes na natureza. Outros so rarssimos,

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e deles existem apenas vestgios. A maioria no encontrada em estado livre, mas apenas sob a forma de compostos. Alguns metais, como ouro e platina, no se alteram em contato com o ambiente e esse um dos motivos de sua valorizao. Outros reagem ao oxignio presente na gua e no ar e oxidam. Os plsticos tm limitaes, e importante considerar isto quando se quer construir uma pea. Neste caso, agentes modificadores podem minimizar estes problemas com a utilizao de reforos que melhoram as suas caractersticas. Os casos a seguir so os quais se sugerido utilizar o metal: a) quando se necessita de grande resistncia mecnica; b) quando se necessita de grande dureza; c) quando se necessitam dimenses muito rgidas- tolerncias de centsimos ou milsimos; d) quando a temperatura constante de trabalho alta (geralmente os plsticos se deformam sob estas condies, ou dilatam muito facilmente). Ao inoxidvel Originalmente o ao foi obtido com a fundio do ferro, hoje ao carbono o material ferroso mais comum e conhecido que se tem, muito utilizado na indstria em geral e na construo civil. A partir do ao carbono foram obtidas vrias ligas resultantes de experincias bem sucedidas, das quais, em especial, o ao inoxidvel. Quando o cromo foi adicionado ao ao carbono, criou-se um tipo de ao mais protegido contra a corroso. Produtos em ao inoxidvel so isentos de toxinas e no soltam resduos, podendo ento serem utilizados para a preparao, o acondicionamento e a distribuio de alimentos. Outra caracterstica interessante que o ao inoxidvel no quebra, sendo assim a melhor relao custo X benefcio do mercado e reciclvel, sendo ecologicamente correto. Cobre (Cu)

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O cobre um metal vermelho-marrom, muito dctil e malevel; sendo, aps a prata, o melhor condutor de calor e de eletricidade. Por isso, uma de suas principais utilizaes na indstria eltrica. Apresenta ainda excelente deformabilidade e alta resistncia corroso: exposto ao do ar, ele fica, com o tempo, recoberto de um depsito esverdeado. O cobre possui resistncia mecnica e caractersticos de fadiga satisfatrios, alm de boa usinabilidade e cor decorativa. Pode ser facilmente recoberto por eletrodeposio ou por aplicao de verniz. Ligas de cobre O cobre forma uma srie de ligas muito importantes, que apresentam-se numa vasta gama de variantes com propriedades e caractersticas diferentes, conforme os elementos com os quais o cobre est ligado e de acordo com as propores em que se encontram na liga. Bronze Entre as ligas de cobre e estanho, s se conhecem com o nome de bronzes aquelas que possuem um teor de estanho inferior a 32%, dado que as ligas que contm uma porcentagem maior deste elemento so extremamente frgeis. Os bronzes so empregados geralmente no estado fundido, mas tambm se podem utilizar sob a forma de peas forjadas e de barras e perfis laminados ou extrudados. No que diz respeito sua aplicao, h dois tipos de bronzes: a) Bronzes maleveis: teor de estanho inferior a 9%. Sua aplicao geralmente em peas estampadas a frio de pequena resistncia. Os bronzes maleveis foram amplamente utilizados para cunhar moedas e medalhas, empregandose tambm sob a forma de peas fundidas. b) Bronzes mecnicos: teor de 9 a 25% de estanho, so os mais utilizados na indstria. So mais duros que os anteriores e podem deformar-se a quente. Utilizam-se para peas fundidas ou forjadas. Para melhorar as caractersticas dos bronzes para determinadas aplicaes, adicionam-se-lhes elementos tais como o chumbo, o nquel, o zinco, o alumnio e o

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mangans, obtendo-se os chamados bronzes especiais. O chumbo aumenta a plasticidade do material e diminui o preo da liga. O zinco, o nquel e o silcio melhoram as caractersticas de resistncia ao desgaste. O silcio aumenta, alm disso, a dureza; e o nquel, a resistncia corroso. O mangans aumenta consideravelmente a resistncia corroso. Lates So ligas de cobre e zinco. Utilizam-se muito, tanto sob a forma de peas fundidas como sob a forma de perfis laminados, chapas e arame. A porcentagem mxima de zinco contida nos lates de 45%, as ligas com maiores porcentagens so muito frgeis. medida que o teor de zinco aumenta, corre tambm uma diminuio da resistncia corroso em certos meios agressivos, levando dezinficao, ou seja, corroso preferencial do zinco. Os lates com menos de 36% de zinco so muito plsticos em frio e, por isso, utilizam-se em barras laminadas, arames e, principalmente, em chapas para estampagem. Chamam-se lates de primeira categoria e podem adquirir diferentes caractersticas mecnicas mediante recozimento total ou parcial. Os lates com mais de 36% e menos de 45% de zinco no deformam facilmente a frio, mas podem ser facilmente trabalhados a quente. Empregam-se sob a forma de barras laminadas, especialmente para o fabrico de torneiras e pacas torneadas em tornos automticos de grande velocidade, aproveitando sua grande facilidade de corte. Chamam-se lates de segunda categoria. Em geral, sua porcentagem de zinco de 40%, e por vezes, lhes so adicionados 2% de chumbo. Alumnio O alumnio um metal branco brilhante de extrema importncia na indstria. A sua qualidade mais interessante a densidade muito baixa em comparao com os outros metais, tendo como conseqncia o fato de as suas ligas serem tambm de baixa densidade em comparao com as suas caractersticas mecnicas, que so bastante elevadas. O peso do alumnio mais ou menos trs vezes menor que o peso do cobre e do lato. Assim, um metal de grande utilidade em equipamentos de transporte.

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A condutibilidade trmica, inferior somente s da prata, cobre e ouro, o torna adequado para aplicaes em equipamentos destinados a permutar calor. Sua alta condutibilidade eltrica o torna recomendvel em aplicaes na indstria eltrica. Finalmente, o baixo fator de emisso o torna aplicvel como isolante trmico.

2.5.3Dispensador

O dispensador um mecanismo aplicvel torneira, por isso, foi necessria uma pesquisa para detalhamento do funcionamento e do processo, para posterior insero no produto. Para entender como funciona um dispensador, necessrio saber o princpio bsico de um sistema de bombeamento. Tomando-se como exemplo a Figura X, para extrair o sabonete do reservtorio necessrio pressionar a alavanca para baixo, realizando este movimento inicia-se o processo de bombeamento. FIGURA 7 ESQUEMA BSICO DO DISPENSADOR

Alavanca Pisto Mola Cilindro Tubo Plstico Reservatrio Sabonete

Fonte: gerado pela autora, 2007

O sistema acionado atravs do pisto, dentro do pisto existe um cilindro e uma pequena mola, quando pressiona-se a alavanca introduzido o pisto no cilindro, que por sua vez comprime a mola, quando solta-se a alavanca o pisto empurrado para trs e para fora do cilindro, encerrando-se assim um ciclo do bombeamento.

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Quando a alavanca pressionada para dentro diminui-se a rea do cilindro, que fora o sabonete para fora, quando a mola empurra o pisto para trs, expandese a rea do cilindro sugando o sabonete para a bomba. Para que este processo ocorra a bomba deve forar o lquido somente para cima, ou seja, em apenas um sentido, quem responsvel por esta tarefa a vlvula unidirecional. A vlvula unidirecional uma minscula esfera de borracha alojada perfeitamente dentro de uma pequena vedao. Quando o pisto move-se para fora a rea em expanso do cilindro cria suco, que empurra o sabonete e o ar. A vlvula entre a bomba e o reservatrio posicionada de tal modo que a suco empurra a esfera para cima e para fora da vedao. Uma vez erguida a esfera, o sabonete sai do reservatrio. necessrio tambm uma segunda vlvula unidirecional, posicionada entre a bomba e a sada do dispensador, para que a suco pressione a esfera para dentro de sua vedao de modo que o sabonete no possa passar. Sem esta segunda vlvula unidirecional, no haveria suco, j que o movimento para cima no baixaria a presso do ar na bomba - ele puxaria o ar de fora para manter a mesma presso, de modo que no haveria qualquer fora para puxar o sabonete do reservatrio. No movimento para baixo, quando apertamos o gatilho, o fluxo invertido. Na vlvula, entre a bomba e o reservatrio, a esfera empurrada para a vedao, bloqueando a passagem do sabonete. 2.5.4LED

Outro produto aplicvel no produto so os Light Emitting Diode (Diodo emissor de luz ) LED. um componente semicondutor que converte energia eltrica em luz. Diferentemente da lmpada incandescente sua luminosidade fria e para ser produzida necessita de uma potncia muito menor, resultando em um baixo consumo de energia (consome em torno de 8 vezes menos potncia para o mesmo brilho se comparado a uma lmpada incandescente), entre outras vantagens pode-

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se citar a grande variedade de cores, reduzido tamanho e manuteno, material mais resistente e a longa durabilidade . O processo de emisso de luz pela aplicao de uma fonte eltrica de energia chamado eletroluminescncia. Quando aplicada uma tenso nos terminais do led, uma corrente comea a fluir fazendo com que os eletrns cruzem a barreira de potencial e se recombinem com as lacunas emitindo energia na forma de luz visvel (WIKIPEDIA, 2007).

FIGURA 8

FUNCIONAMENTO DO LED

Fonte: Wikipedia, 2007

Leds Coloridos

Para se obter a cor da luz desejada deve-se escolher adequadamente as impurezas para a confeco dos leds. O led que utiliza o arsenieto de glio emite radiaes infra-vermelhas. Dopando-se com fsforo, a emisso pode ser vermelha ou amarela, de acordo com a concentrao. Utilizando-se fosfeto de glio com dopagem de nitrognio, a luz emitida pode ser verde ou amarela. Hoje em dia, com

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o uso de outros materiais, consegue-se fabricar leds que emitem luz azul, violeta e at ultra-violeta (WIKIPEDIA, 2007)

2.5.5gua Bem Precioso A gua o composto mais caracterstico da Terra, cobrindo cerca de trs quartos da superfcie do planeta. Encontra-se principalmente nos oceanos e calota polares,alm de nuvens, gua de chuva, rios, aquferos ou gelo, isso lhe confere a maioria de suas caractersticas, como a presena de vida, por exemplo. Uma pessoa desperdia, em mdia, 112 litros para lavar pratos, 75 litros ao fazer a barba, uma torneira gotejando desperdia 46 litros em 24 horas (a quantidade que um ser humano necessita para suprir suas necessidades bsicas dirias), 18 litros para escovar os dentes e sete litros para lavar as mos. Hoje, e, para o futuro, h uma necessidade de planejar, usar racionalmente a gua, que um bem finito e vulnervel. Seu valor econmico e gesto descentralizada e participativa, so temas a serem discutidos visando a preservao dos recursos hdricos.2.5.5.1.Recursos

hdricos disponveis

O uso racional da gua e o combate ao seu desperdcio so hoje uma preocupao mundial. Os problemas associados gua esto relacionados sua distribuio geogrfica desigual, ao aumento desordenado da populao e ao mau uso do recurso, e atingem hoje principalmente o Oriente Mdio, o Norte da frica, a sia Central e a frica Subsaariana. Estudos realizados pelo Instituto Internacional de Gerenciamento da gua (IWMI, 2000), estimam que cerca de 1/3 da populao mundial vai experimentar efeitos extremos da escassez de gua at o ano 2025. O crescente agravamento da falta de gua deve levar as pessoas a estabelecerem uma nova forma de pensar e agir, mudando seus hbitos e desenvolvendo uma cultura da economia. Investimentos em educao ambiental pblica e pesquisas de desenvolvimento e aperfeioamento de equipamentos e

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mtodos economizadores tm sido a alternativa adotada por alguns pases desenvolvidos desde a dcada de 70. No Brasil, somente na ltima dcada essas questes comearam ser mais estudadas. At hoje, o problema de demanda maior que a oferta de gua tradicionalmente contornado atravs de medidas estruturais, como a ampliao ou construo de novas estaes de tratamento, que captam gua em mananciais cada vez mais distantes dos centros urbanos. Esse tipo de soluo torna-se menos vivel medida que a populao cresce, que a urbanizao e a poluio atinge os cursos dgua e que so necessrias quantias vultuosas e anos de trabalhos para se concluir um grande empreendimento. O processo de esgotamento do recurso gua uma realidade e o uso racional deve ser considerado uma prioridade ambiental e social. Segundo Tundisi (2003), populaes carentes em diversos pases chegam a despender at 20% de seus rendimentos com gua (AMENGA-ETEGO, 2004). Alm disso, populaes de baixa renda em geral no tm acesso aos equipamentos economizadores de gua, j que esses custam de 6 a 7 vezes mais que os modelos convencionais, nem recebem informaes e educao sobre o assunto. Esse quadro mostra-se um tanto perverso, j que o combate ao desperdcio para essas populaes teria duplo significado: a contribuio para a conservao do recurso e para a possvel melhoria da qualidade de vida dessas famlias, uma vez que qualquer economia nos gastos com gua poderia ser utilizada para outros fins. 2.5.5.2.Uso Racional na Construo Civil Programas de Uso Racional da gua so realizados por todo o mundo, atravs de leis, orientaes e conscientizao da populao, e principalmente, tecnologia de ponta aplicada a aparelhos hidrulicos sanitrios. No Brasil, o estudo de demanda de utilizao da gua dentro das residncias recente, tendo incio em 1.995, em um estudo de parceria do IPT (USP) com a Sabesp. Ainda hoje estamos em estudos constantes para a determinao deste tipo de consumo.

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Mais do que uma necessidade, o uso racional da gua tem se tornado uma tendncia quase que obrigatria em todo o mundo. E entre todos os mtodos utilizados para preservar e economizar o principal recurso natural da humanidade, os sistemas de captao de gua da chuva e o reaproveitamento da gua domstica despontam como os mais eficientes e importantes a serem difundidos. Em operao em grandes empresas e at em alguns condomnios residenciais, os sistemas de captao de gua de chuva j podem ser encontrados no mercado com uma tecnologia que faz frente quelas dos pases mais avanados. E o melhor: existem sistemas simples e eficientes por menos de R$ 2 mil. Outra opo para racionar o uso domstico da gua o reaproveitamento da gua do chuveiro - tambm conhecida como gua cinza - nas descargas dos vasos sanitrios. Nos anos 90, os programas de conservao de gua passaram a valorizar menos as solues que dependiam da colaborao contnua dos consumidores e enfatizaram mais a adoo dos equipamentos economizadores, que garantiam uma reduo mais automatizada do consumo de gua. Muitos desses dispositivos hoje apresentam utilizao consagrada, principalmente dentre os grandes consumidores dos setores industrial e comercial. Segundo estudos, o banheiro o ponto mais crtico nos domiclios em relao ao consumo de gua, sendo o local mais indicado para instalao desse tipo de equipamento (GRISHAM & FLEMING, 1989). O consumo de gua para fins de higiene pessoal est entre 65% e 75% do total de gua utilizada no domiclio. 2.6PESQUISA DE MERCADO Os profissionais da rea de arquitetura, design e decorao so unnimes ao afirmar que os fatores a serem considerados na compra de metais sanitrios so: design, acabamento, preo, qualidade, funcionalidade e facilidade de manuteno. Estes so requisitos fundamentais, que devem pesar mais sobre a deciso de compra. Este texto relaciona os principais fabricantes do mundo e do Brasil. Atravs da tcnica de pesquisa de mercado, que uma ferramenta que avalia o posicionamento competitivo dos produtos frente aos lderes mundiais de seu setor

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(IATA, 2006), mostra as caractersticas do principal produto de uma linha de metais sanitrios, a torneira e/ou os misturadores. A partir da comparao com as melhores empresas mundiais do setor especfico de atuao, objetiva-se obter informaes sobre o posicionamento dos produtos da linha de metais sanitrios a ser desenvolvida em relao prtica e performance das lderes de seu setor, ou seja, a distncia a percorrer para alcanar o padro das lderes internacionais. A pesquisa do mercado de metais sanitrios foi desenvolvida comparando itens esttica, nacionalidade, preos e detalhes tcnicos de cada pea. A categorizao se deu tomando dois ou trs produtos de cada fabricante dos principais pases produtores de metais sanitrios: Itlia, Alemanha, Frana, Estados Unidos, Espanha e China, pelo critrio preo, o mais caro e o mais barato de cada fabricante. De alguns fabricantes, como a sua KWC, foi necessrio coletar mais informaes, devido aos prmios dos produtos, geralmente na rea inovao e design. Para os produtos brasileiros, esto relacionados os produtos das trs principais fabricantes nacionais, a Docol e a Deca, que so grupos de capital nacional. Os preos foram obtidos em sites de venda online, que distribuem os produtos mundialmente, no caso dos internacionais, e em mbito nacional, para os produtos brasileiros. QUADRO 4 FOTO

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