TCC Final Adilson Alves

download TCC Final Adilson Alves

of 41

Transcript of TCC Final Adilson Alves

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    1/41

    ADILSON ALVES DOS SANTOS

    ANLISE DO CONFORTO TERMO-ACSTICO OBTIDO ATRAVS

    DAS TELHAS

    JUNDIAI

    2015

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    2/41

    ADILSONALVESDOSSANTOS

    ANLISE DO CONFORTO TERMO- ACSTICO OBTIDO ATRAVSDAS TELHAS

    Trabalho de concluso de curso apresentado

    Faculdade Pitgoras de Jundia, como requisito

    parcial para a obteno do ttulo de Bacharel

    em Engenharia Civil.

    Orientador: Ana Carolina Godoy Paiva

    JUNDIAI

    2015

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    3/41

    Dedico este trabalho aos meus pais, Baslio

    Alves dos Santos e Filomena Arruda dos

    Santos; a minha esposa, Tatiane de Sousa dos

    Santos e aos meus filhos, Letcia de Sousa dos

    Santos e Lucas Raphael de Sousa dos Santos,

    por toda dedicao comigo, por sempre me

    incentivarem e acreditarem no meu potencial,

    pelo carinho, amor e compreenso durante

    todo tempo.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    4/41

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus em primeiro lugar, por estar presente em todos os

    momentos da minha vida, por me capacitar, me dar sabedoria e disposio para

    alcanar meus objetivos.

    Aos meus pais que me ensinou a ser uma pessoa honesta e buscar

    meus sonhos atravs do trabalho.

    minha famlia por estar ao meu lado, me dando foras e apoiando

    todo esse tempo.

    minha esposa Tatiane de Sousa dos Santos e meus filhos, os

    grandes responsveis pela orientao e escolha deste curso de Engenharia Civil e

    pelo meu ingresso a Faculdade.

    minha orientadora de trabalho de concluso de curso Ana Carolina

    Godoy Paiva.

    A todos os professores que colaboraram de todas as formas para o

    meu desempenho, desenvolvimento e aprendizagem.

    Ao engenheiro Murilo Japur Quintella e arquiteta Larissa Breschiani,

    que durante todo este tempo vem sendo grandes colaboradores no meu

    aprendizado.

    Agradeo todos os meus amigos, colegas por confiarem em mim,

    sempre me dando foras para no desistir.

    Agradeo aos amigos e colegas de classe por me ajudarem nos

    momentos de dificuldades, pelos grupos de trabalho e estudos e por acreditaremque eu seria capaz.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    5/41

    Tudo posso Naquele que me fortalece.

    (Filipenses 4,3)

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    6/41

    DOS SANTOS, Adilson Alves. O Conforto Termo-Acstico Obtido Atravs dasTelhas: 2015. 41 p. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em EngenhariaCivil)Faculdade Pitgoras, Jundia, 2015.

    RESUMO

    O conforto termo-acstico de grande importncia para a sociedade e uma

    das grandes preocupaes da engenharia nos projetos de suas construes nos

    dias de hoje. A exigncia em relao a esta proposta vem crescendo cada vez mais,

    buscando conforto, interesses econmicos e sustentveis. O aumento da poluio

    sonora urbana um dos problemas mais graves a serem combatidos, afetando a

    sade fsica e psicolgica em diferentes nveis. Da a grande importncia de

    trabalhar com projetos que tragam benefcios na questo do conforto. Importante

    ento analisar atravs de estudos e pesquisas o conforto garantindo ao usurio

    atravs da utilizao de telhas termo-acsticas, principalmente na questo

    ambiental, trazendo como consequncia da sua utilizao o bem-estar e a

    satisfao. Promover a sustentabilidade mostrando ao usurio alm do conforto,

    garantias apontadas como econmicas, j que garantem o controle trmico dosambientes e promovem menores gastos com ar-condicionado e medidas que

    consomem energia. O mtodo de pesquisa adotado consiste no desenvolvimento de

    uma reviso bibliogrfica. Buscando explorar atravs dos diversos autores, manuais

    tcnicos e normas sobres os diversos conceitos do conforto termo-acstico Com a

    utilizao as telhas termo-acsticas possvel observar uma melhora no isolamento

    trmico de at 95% e indica uma reduo considervel diante da utilizao de

    equipamentos como o ar condicionado. J o conforto acstico garantido com maisde 30% dependendo do material utilizado como isolante.

    Palavras-chave:Conforto. Termo-acstico. Ambiental. Bem-estar. Sustentabilidade.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    7/41

    The Saints, Adilson Alves. The thermal comfort acoustic obtained through the

    tiles: 2015. 41 p. Course Completion work (graduation in Civil Engineering) -Faculdade Pitgoras, Jundiai, 2015.

    ABSTRACT

    The thermo-acoustic comfort is of great importance for society and one of the greatengineering concerns in the projects of its buildings today. The requirement inrelation to this proposal has been growing increasingly seeking comfort, economic

    and sustainable interests. Increased urban noise pollution is one of the most seriousproblems to be addressed, affecting the physical and psychological health at differentlevels. Hence the great importance of working with projects that benefit the questionof comfort. Important then parse through studies and researches comfort ensuringthe user through the use of thermo-acoustic tiles, particularly in environmental issues,bringing as a result of its use the well-being and satisfaction. Promote sustainabilityby showing the user beyond the comfort, guarantees identified as economic, since itensures the thermal management of the environment and promote lower expenseswith air-conditioning and measures that consume energy. The adopted researchmethod is to develop a literature review. Seeking to explore through the variousauthors, technical manuals and standards sobres the various concepts of thermo-acoustic comfort Using the thermo-acoustic tiles you can see an improvement in thethermal insulation of up to 95% and indicates a considerable reduction on the use ofequipment as the air conditioning. Since the acoustic comfort is assured with over30% depending on the material used as insulator.

    Key-words:Comfort. Thermo-acoustic. Environmental. Well-being. Sustainability.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    8/41

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1Conforto nas edificaes .......................................................................... 06

    Figura 2Diagrama do conforto humano ................................................................. 08

    Figura 3Tabela do ndice de controle trmico (ICT) .............................................. 09

    Figura 4Carta Bioclimtica .................................................................................... 11

    Figura 5Excesso de rudo...................................................................................... 12

    Figura 6Nvel de Critrio de avaliao NCA para ambientes externos, em dB(A) . 13

    Figura 7Nveis de som para o conforto ................................................................. 14

    Figura 8Estrutura de uma telha termo-acstica ..................................................... 16

    Figura 9Telhas termo-acsticas em vrias cores .................................................. 18

    Figura 10Comparativo de Condutividade Trmica ................................................ 19

    Figura 11 Condutividade Trmica ......................................................................... 19

    Figura 12Dissipao em materiais absorventes .................................................... 19

    Figura 13Variaes e resultados ........................................................................... 19

    Figura 14Grandeza e mtodos de medio .......................................................... 19

    Figura 15Isolamento ao som areo oriundo do exterior ........................................ 19

    Figura 17Isolamento ao som areo oriundo do exterior ........................................ 19

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    9/41

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    Al Alumnio

    Art. Artigo

    CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

    dB Decbel

    EPS Poliestireno Expandido

    Fig. Figura

    Hz Hertz

    ICT ndice de Conforto Trmico

    ISO International Organization for Standardization

    k Condutividade Trmica

    Kcal Kilocaloria

    kg/m Kilogramas por metro cbicoNBR Norma Brasileira

    NCA Nvel de Critrio de Avaliao

    PUR Poliuretano Injetado

    UNIP Universidade Paulista

    Zn Zinco

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    10/41

    SUMRIO

    1.

    INTRODUO ................................................................................................... 12

    1.1 PROBLEMA ........................................................................................................ 12

    1.2 OBJETIVO GERAL OU PRIMRIO .................................................................... 12

    1.3 OBJETIVOS ESPECFICOS OU SECUNDRIOS ............................................. 13

    1.4

    JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 13

    2. FUNDAMENTAO TERICA ......................................................................... 15

    2.1 CONCEITO DE CONFORTO ............................................................................. 15

    2.2 CONFORTO TRMICO ...................................................................................... 16

    2.2.1

    Conforto e neutralidade trmica................................................................... 16

    2.2.2 Variveis do conforto trmico....................................................................... 17

    2.2.3 ndices de conforto trmico.......................................................................... 18

    2.2.4 Classificao dos ndices de conforto trmico............................................. 20

    2.2.5 Zona de conforto.......................................................................................... 20

    2.3 CONFORTO ACSTICO .................................................................................... 21

    2.3.1 O som........................................................................................................... 22

    2.3.2 O rudo ......................................................................................................... 23

    2.4A IMPORTNCIA DOS MATERIAIS DA CONSTRUO CIVIL ........................ 25

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    11/41

    2.4.1 As telhas termo-acsticas............................................................................ 26

    2.4.2 Especificaes ............................................................................................. 27

    2.4.3 Caractersticas do revestimento................................................................... 28

    2.4.4 Vantagens.................................................................................................... 29

    2.5 LEGISLAO E NORMAS TCNICAS ACERCA DO CONFORTO .................. 30

    3. METODOLOGIA ................................................................................................. 32

    4. RESULTADOS E DISCUSSES ....................................................................... 33

    4.1 SUGESTES PRA TRABALHOS FUTUROS .................................................... 38

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 39

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    12/41

    12

    1. INTRODUO

    Com a necessidade de edificaes eficientes em tempos de sustentabilidade,

    que ofeream conforto trmico e acstico aos seus usurios, sem causar grandesimpactos ao meio ambiente, um dos grandes desafios enfrentados nos dias de

    hoje. A ausncia de conforto trmico e acstico condiciona fortemente a nossa

    sade e produtividade. O mercado est cada vez mais consciente da necessidade

    da utilizao de materiais que no agridam o meio ambiente e que tragam mais

    qualidade de vida. As telhas termo-acsticas por sua vez, desempenham este papel

    que de suma importncia, trazendo melhores condies de vida tanto no setor

    industrial, como no setor residencial, alm de favorecer a economia da energiaeltrica.

    1.1 PROBLEMA

    A falta de conforto atravs de rudos, barulhos, temperaturas baixas ou

    elevadas, muitas vezes atrapalham a concentrao e a produtividade. Grande parte

    das novas edificaes no desenvolve estudos necessrios para preservar a

    individualidade do morador em sua residncia e consequentemente afetando at

    mesmo o estado de sade.

    1.2 OBJETIVO GERAL OU PRIMRIO

    Analisar atravs de estudos e pesquisas o conforto garantindo ao usurio

    atravs da utilizao de telhas termo-acsticas, principalmente na questo

    ambiental, trazendo como consequncia da sua utilizao o bem-estar e a

    satisfao. Promover a sustentabilidade mostrando ao usurio alm do conforto,

    garantias apontadas como econmicas, j que garantem o controle trmico dos

    ambientes e promovem menores gastos com ar-condicionado e medidas que

    consomem energia.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    13/41

    13

    1.3 OBJETIVOS ESPECFICOS OU SECUNDRIOS

    Analisar e pesquisar sobre o conforto termo-acstico.

    Apresentar atravs de normas tcnicas, propostas para melhor

    orientao do usurio na projeo e execuo do seu

    empreendimento.

    Especificar os tipos de telhas termo acsticas em sua

    fabricao e utilizao,

    Mostrar o desempenho obtido como resultado final.

    1.4 JUSTIFICATIVA

    A proposta apresentada de grande importncia para a sociedade e uma das

    grandes preocupaes da engenharia nos projetos de suas construes nos dias de

    hoje. A exigncia em relao a esta proposta vem crescendo cada vez mais,

    buscando conforto, interesses econmicos e sustentveis.

    O aumento da poluio sonora urbana um dos problemas mais graves a

    serem combatidos, afetando a sade fsica e psicolgica em diferentes nveis. Da agrande importncia de trabalhar com projetos que tragam benefcios na questo do

    conforto acstico.

    A construo sustentvel aquela que faz uso do baixo consumo de energia

    e oferece aos seus ocupantes bem-estar atravs do conforto trmico promovido

    levando em considerao as variveis climticas, humanas e arquitetnicas, isto ,

    so construes que fazem uso das potencialidades climticas do local atendendo

    as necessidades humanas de conforto, evitando a necessidade de equipamentos

    para obteno de conforto (CORRA, 2009).

    Um aspecto importante ao se conceber um projeto arquitetnico com o

    mnimo de eficincia energtica o conforto trmico, j que equipamentos utilizados

    para condicionar a temperatura do ambiente so os que mais consomem energia

    eltrica. Como o aumento de gerao deste tipo de energia tem grande impacto

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    14/41

    14

    econmico e ambiental, de grande importncia solues que auxiliem na

    diminuio do consumo (LAMBERTS et al, 1997).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    15/41

    15

    2. FUNDAMENTAO TERICA

    Para uma melhor compreenso do tema proposto, importante apresentar

    alguns conceitos e definies, visando ter um bom entendimento de tudo que

    contribui positiva e negativamente, procurando sempre buscar novas tcnicas para

    estabelecer condies adequadas as atividades e ocupaes humanas, melhorias

    ambientais e o bem comum.

    2.1 CONCEITO DE CONFORTO

    Conforto o ato ou efeito de confortar. Significa tambm comodidadematerial; cmodo, aconchego (MICHAELIS, 1998).

    O bem-estar uma necessidade do ser humano, os espaos devem ser

    pensados e especificados para cumprir o papel no qual eles foram projetados para

    fundamentalmente torn-los habitveis, proporcionar conforto a sua principal

    caracterstica (RYBCZYNSKI, 1986).

    Para Schmid (2005), o conforto um dos principais critrios utilizados para aescolha de habitaes. E afirmar que a preocupao com o mesmo uma atitude

    natural que sempre existiu, segundo o autor, no correto. Pois, ainda segundo o

    autor, a busca de conforto aplicado edificao surgiu no incio do sculo XIX, na

    Europa, sendo posteriormente ignorada pelo movimento Modernista, no sculo XX,

    que pregava a esttica acima de tudo.

    Na (Fig.1), mostra os excessos das causas de desconforto que podem afetar

    diretamente nossa sade.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    16/41

    16

    Figura 1 - Conforto nas edificaes.

    Fonte: Ebanataw, 2015.

    Essas e outras perturbaes que ocorrem, muitas vezes, silenciosamente,

    causam aquilo que a cincia chama de estresse e depois de certo tempo

    provocam, nas pessoas, traumas e doenas de difcil cura. Consertar as

    consequncias danosas no nosso organismo muito difcil, complicado e caro.

    Implica a necessidade de terapias, tratamentos, frustraes e muitas vezes o

    resultado no 100%, pois muitas leses so irreversveis. O melhor mesmo

    prevenir. Eliminar as causas para que o corpo humano no fique exposto ao

    problema. cortar o mal pela raiz (WATANABE, 1984).

    2.2 CONFORTO TRMICO

    2.2.1 CONFORTO E NEUTRALIDADE TRMICA

    Conforto trmico o estado da mente que expressa satisfao do homem

    com o ambiente trmico que o circunda. (ASHRAE Standard, 1998).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    17/41

    17

    As exigncias humanas de conforto trmico esto relacionadas com o

    funcionamento de seu organismo, cujo mecanismo, complexo, pode ser, grosso

    modo, comparado a uma mquina trmica que produz calor segundo sua atividade.

    O homem precisa liberar calor em quantidade suficiente para que sua temperatura

    interna se mantenha da ordem de 37C homeotermia (FROTA; SCHIFFER,

    2001).

    Segundo o pesquisador dinamarqus Ole Fanger (1970), neutralidade trmica

    , A condio na qual uma pessoa no prefira nem mais calor nem mais frio no

    ambiente a seu redor.

    De acordo com Shin-Iche Tanabe (1984), Neutralidade Trmica a condio

    da mente que expressa satisfao com a temperatura do corpo como um todo.

    2.2.2 VARIVEIS DO CONFORTO TRMICO

    Condies de conforto trmico so medidos atravs de uma srie de

    variveis. Uma avaliao destas condies, considera-se que certas condies

    capazes de proporcionar sensao de conforto trmico em habitantes que vivem emclima quente e mido nem sempre so as mesmas que proporcionam sensao de

    conforto em habitantes quem vivem em clima quente e seco e, muito menos, em

    habitantes quem vivem nas regies de clima temperado ou frio (FROTA, SCHIFFER,

    2001).

    Segundo Frota e Schiffer, (2001), a partir destas variaes do clima do

    conforto trmico, e de outras variaes como as diversas atividades desenvolvidas

    por indivduos considerados aclimatados e saudveis e suas vestimentas, vem

    sendo desenvolvidas sries de estudos que procuram determinar condies de

    conforto trmico e os vrios graus de conforto ou desconforto por frio ou por calor.

    Essas variveis do conforto so diversas e, variando diferentemente algumas delas

    ou at todas, as condies finais podem proporcionar sensaes ou respostas

    semelhantes ou at iguais. Levou da, que estudiosos a desenvolver ndices que

    agrupam as condies que proporcionam as mesmas respostas.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    18/41

    18

    ASHRAE Standard (1998) considera, para os climas mais quentes da Amrica

    do Norte, 25C como temperatura tima, podendo variar entre 23 e 27C. Na (Fig.2)

    mostra o diagrama da relao entre a temperatura do ar e a umidade relativa do ar.

    Figura 2 - Diagrama do conforto humano.

    Fonte:Qualidade Online, 2015.

    2.2.3 NDICES DE CONFORTO TRMICO

    Segundo Frota e Schiffer (2001) descreve que nos primeiros estudos, sobre a

    influncia das condies termo higromtricas no rendimento do trabalho foram

    desenvolvidos pela Comisso Americana da Ventilao. Em 1916, foi presidida porWinslow, onde essa comisso desenvolveu estudos e pesquisas com objetivos de

    determinar a influncia das condies termo higromtricas no rendimento do

    trabalho, visando, principalmente, ao trabalho fsico do operrio, aos interesses de

    produo surgidos com a Revoluo Industrial e s situaes especiais de guerra,

    quando tropas so deslocadas para regies de diferentes tipos de clima. No qual

    estes estudos confirmaram os mesmos resultados encontrados por Herrington:

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    19/41

    19

    Por trabalho fsico, o aumento da temperatura ambiente de 20C para 24C

    diminui o rendimento em 15%.

    Em 30C de temperatura ambiente, com umidade relativa 80%, o rendimento cai

    28%.

    Relaciona o conforto trmico de acordo com o resultado e a classificao

    conforma apresentado na (Fig.3), abaixo:

    Figura 3 - Tabela do ndice de controle trmico (ICT)

    Fonte: Irrigao, 2015.

    Os ndices de conforto trmico englobam, num parmetro, o efeito conjunto

    dessas variveis. E, em geral, esses ndices de conforto so desenvolvidos fixandotipos de atividades e as vestimentas utilizadas pelos indivduos para, a partir da,

    relacionar as variveis do ambiente e reunir, sob a forma de cartas ou nomogramas,

    as diversas condies ambientais que proporcionam respostas iguais por parte dos

    indivduos (FROTA, SCHIFFER, 2001).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    20/41

    20

    2.2.4 CLASSIFICA O DOS NDICES DE CONFORTO TRMICO

    Segundo Schiffer (2001), descreve que os ndices de conforto trmico foram

    desenvolvidos com base em diferentes aspectos do conforto e podem ser

    classificados como a seguir:

    ndices biofsicos que se baseiam nas trocas de calor entre o corpo e o

    ambiente, correlacionando os elementos do conforto com as trocas de calor que

    do origem a esses elementos.

    ndices fisiolgicos que se baseiam nas reaes fisiolgicas originadas por

    condies conhecidas de temperatura seca do ar, temperatura radiante mdia,umidade do ar e velocidade do ar.

    ndices subjetivos que se baseiam nas sensaes subjetivas de conforto

    experimentadas em condies em que os elementos de conforto trmico variam.

    2.2.5 ZONA DE CONFORTO

    "A zona de conforto representa aquele ponto no qual a pessoa necessita de

    consumir a menor quantidade de energia para se adaptar ao ambiente circunstante".

    (OLYGAY, 1973).

    Para condies climticas que resultem em pontos delimitados por esta

    regio existe uma grande probabilidade das pessoas perceberem a sensao de

    conforto trmico. Desta forma, pode-se verificar que a sensao de conforto trmico

    pode ser obtida para umidade relativa variando de 20 a 80% e temperatura entre

    temperatura entre 18C e 29C. Na (Fig.4) ilustra essa zona na carta bioclimtica

    (LAMBERTS, 2005).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    21/41

    21

    Figura 4 - Carta Bioclimtica

    Fonte: Unip Online, 2015

    2.3 CONFORTO ACSTICO

    No processo de concepo da edificao, existem dois momentos que

    determinam fortemente o conforto acstico: o primeiro quando se decide a

    localizao e a orientao do imvel, e o segundo momento quando se definem as

    caractersticas de construo de toda a envolvente, pois, atravs dela, pode-se

    reduzir o impacto do rudo nos utilizadores finais (MEDEIROS, 2013).

    A noo de conforto ambiental deve-se aos nossos cinco sentidos. Portanto,

    uma resposta subjetiva, determinando quais condies so favorveis ou no. a

    Acstica que estuda os fenmenos sua interao com nossos sentidos para

    minimizar as condies desfavorveis, como rudos, eliminar e reduzir ao mximo os

    rudos que podem comprometer a audio; controlar os sons, evitando interferncias

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    22/41

    22

    excessivas (ecos, reverberaes, etc.), garantindo entendimento perfeito entre

    ouvinte e locutor. Na (Fig.5) ilustra sobre o excesso de rudo.

    Figura 5Excesso de rudo

    Fonte: Ideia Web, 2015

    2.3.1 O SOM

    O som a propagao de uma frente de compresso mecnica ou onda

    longitudinal que se propaga de forma circuncntrica, apenas em meios materiais,como os slidos, lquidos ou gasosos, ou seja, no se propaga no vcuo. Os sons

    naturais so, na sua maior parte, combinaes de sinais, mas um som puro mono

    tnico, possui uma velocidade de oscilao ou frequncia que se mede em hertz

    (Hz) e uma amplitude ou energia que se mede em decibel (dB) (SOM, 2015).

    O som uma sensao auditiva que nossos ouvidos so capazes de

    detectar. Esta sensao produzida pelo movimento organizado das molculas que

    compem o ar. Ao bater no diapaso provoca-se uma perturbao que faz vibrar o

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    23/41

    23

    ar e que se propaga at ser captada por nossos ouvidos, constituindo o que chama-

    se som (BLUCHER, 1983).

    Segundo Bistafa (2006), o ouvido humano codifica as informaes contidasno som para serem interpretadas pelo crebro. O ouvido ou orelha humana normal

    pode distinguir cerca de 400.000 sons diferentes. Um exemplo dessa propriedade

    que uma pessoa pode ouvir desde o som de um mosquito num momento de silencio

    ou de um avio a jacto.

    2.3.2 O RUDO

    Definido com um tipo de som desagradvel, o rudo pode tambm serassociado como uma mistura de sons sem nenhuma definio. Som e rudo no

    so sinnimos. Um rudo apenas um tipo de som, mas um som no

    necessariamente um rudo. O conceito de rudo associado a som desagradvel e

    indesejvel (GERGES, 2000, p.41).

    No Brasil os nveis aceitveis de rudo em diversos ambientes so

    estabelecidos pela norma da ABNT NBR 10151 (2000). Na (Fig.6), abaixo mostra os

    ndices permitidos nos perodos diurno e noturno.

    Figura 6 - Nvel de Critrio de avaliao NCA para ambientes externos, em dB(A)

    Fonte: ABNT, NBR 10151(2000, p.3).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    24/41

    24

    No Manual pr-acstica sobre norma de desempenho (2013), o rudo age

    sobre o organismo humano de vrias maneiras, prejudicando no s o

    funcionamento do aparelho auditivo como comprometendo a atividade fsica,

    fisiolgica e mental do indivduo a ele exposto. Sabe-se que rudos acima de 60

    decibis (Db), so prejudiciais aos seres humanos, ocasionando extremo

    desconforto, proporcionando problemas de concentrao e resultando em alteraes

    fisiolgicas. A Legislao Brasileira estabelece que os trabalhadores podem ficar

    expostos a rudos no mximo at 85dB(A) durante sua jornada de trabalho diria de

    8 horas, onde nveis acima desse patamar comeam a surgir riscos para a sade

    dos trabalhadores.

    Na (Fig.7) apresenta os variados nveis de som nos ambientes conforme a

    Norma ABNT , NBR 10151 (2000, p.2)

    Figura 7 - Nveis de som para o conforto.

    Fonte: ABNT, NBR 10151(1987,p.2)

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    25/41

    25

    2.4 A IMPORTNCIA DOS MATERIAIS DA CONSTRUO CIVIL

    Segundo Bauer (2000), a demanda de materiais com melhor aparncia, maior

    durabilidade, maior resistncia aconteceu de forma lenta na mesma proporo queaumentaram as necessidades humanas. A partir de ento, iniciou-se um ciclo:

    Melhores materiais possibilitavam melhores resultados e melhores tcnicas, e

    estas, por sua vez, demandavam materiais ainda melhores.

    Segundo Chiner (1988) selecionar o material mais apropriado para um

    produto envolve dois conceitos importantes; primeiro, a seleo dos materiais deve

    ser uma parte integral do processo do projeto, e, a segunda, a seleo dos materiais

    deve ser o mais quantitativa possvel. A especificao dos materiais de uma forma

    puramente racional tambm no uma tarefa fcil. O problema frequentemente se

    d pela falta de dados sobre as propriedades dos materiais. Alm disso, a seleo

    dos materiais, como qualquer outro aspecto do projeto da engenharia, um

    processo que est em desenvolvimento. Entretanto, o desenvolvimento de uma

    metodologia de especificao de materiais pode contribuir nesse processo.

    Essa metodologia , segundo Chiner (1988), pode ser subdividida em seteetapas:

    Definio do projeto;

    Identificao das necessidades;

    Anlise de propriedades materiais requeridas;

    Seleo de materiais com uma base de dados;

    Avaliao e deciso do material por mtodos de vrios critrios;

    Testes de verificao para obter medidas de confiana do material no

    servio;

    Utilizao do produto.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    26/41

    26

    2.4.1 AS TELHAS TERMO-ACSTICAS

    O Portal Aecweb (2015) define as telhas termo-acsticas como fabricadas em

    ao galvanizado, alumnio, ao inox ou galvalume, chapa de ao revestido com umacamada de liga Al-Zn (alumnio e zinco) aplicada pelo processo de imerso a quente,

    as telhas metlicas termo-acsticas combinam a resistncia estrutural do ao

    durabilidade do alumnio. Conhecidas como telhas duplas ou painel sanduche,

    reduzem a passagem de calor e rudo para dentro dos ambientes. O termo

    sanduche no usado toa. Materiais isolantes como poliuretano, poliestireno, l

    de vidro ou de rocha so aplicados entre duas folhas do material metlico, como se

    fossem verdadeiros recheios.

    No Bimbom (2015) define como compostas de duas chapas metlicas (ao

    galvanizado ou galvalume), as telhas termo acsticas contm um isolante em seu

    interior, geralmente feito de EPS ou PUR, no esquema telha metlica + isolante +

    telha metlica. desta composio que vem o nome 'sanduche', que pode ser

    visualizada na (Fig.8).

    Figura 8 - Estrutura de uma telha termo-acstica.

    Fonte: Bimbom, 2015.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    27/41

    27

    A espessura padro do isolante de 30 mm, mas pode variar conforme a

    necessidade, principalmente em funo do grau de isolamento trmico. Por esta

    propriedade, as telhas podem ser apontadas como econmicas, j que garantem o

    controle trmico dos ambientes e promovem menores gastos com ar-condicionado e

    medidas que consomem energia. As faces das telhas podem receber pintura

    eletrosttica, dispensam forros e podem ser aplicadas em projetos de pequena e

    grande escala. O material tambm ideal para regies midas. Isso acontece

    porque o controle trmico evita com que as coberturas fiquem muito aquecidas pelo

    sol, evitando a condensao da gua e o consequente gotejamento no projeto. Mais

    uma vantagem desse tipo de telha que o isolante injetado entre as chapas

    praticamente no absorve gua e auto-extinguvel. Ele tambm se insere nacategoria - R-1 (NBR 7358) - das aplices de seguro, que no aumenta os clculos,

    (AECWEB, 2015).

    Ainda no Portal Aecweb (2015), diz que as telhas oferece excelente soluo

    para coberturas com telhas de timo isolamento acstico os produtos tm

    capacidade de reduzir de 15 a 40 dB o nvel de rudo externo, dependendo da

    frequncia das ondas sonoras. Esses benefcios so possveis graas ao

    acabamento em diferentes materiais: poliuretano injetado (PU), poliestireno (ESP) ou

    l de vidro/rocha.

    2.4.2 ESPECIFICAES

    As coberturas so classificadas em simples, termo-isolantes e termo-

    acsticas. Na instalao das termo-acsticas, cujo objetivo reduzir a reverberao

    do calor e do som, torna-se necessria a utilizao de uma camada de l deisolamento. A telha inferior deve ser perfurada segundo geometria definida pelo

    consultor de acstica, que levar em conta os sons e suas diversas frequncias

    produzidas no ambiente (AECWEB, 2015).

    Disponveis em diferentes cores, as telhas termo-acsticas personalizam os

    projetos oferecendo esttica diferenciada, conforto e economia, uma vez que

    melhoram a temperatura do ambiente interno, conforme mostra na (Fig.9).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    28/41

    28

    Figura 9 - Telhas termo-acsticas em vrias cores

    Fonte: Aecweb, 2015.

    2.4.3 CARACTERSTICAS DO REVESTIMENTO

    Segundo o portal, Metlica (2015), o poliuretano possui um baixo coeficiente

    de condutividade trmica (k), oferecendo uma resistncia nas trocas constantes de

    calor externo e interno nas edificaes, possibilitando uma reduo na utilizao de

    equipamentos para refrigerao, reduo em problemas de acidentes por fadiga e

    melhoria no ambiente de trabalho. A utilizao do Poliuretano ou Poliestireno pode

    ser comparada com as seguintes colocaes:

    O Poliestireno vai proporcionar uma sensvel reduo dos rudos externos

    com bom isolamento trmico em coberturas e fechamentos, sua placas possuem

    densidade de 13Kg/m3 com coeficiente de condutividade trmica k=0.029Kcal/mhC

    ou com densidade de 20 Kg/m3 e coeficiente de condutividade trmica

    k=0.026Kcal/mhC. Caracteriza-se por ser um produto que tem em sua composio

    retardante a ao de chamas e no absorve gua;

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    29/41

    29

    O Poliuretano possui excelente desempenho termo-acstico, injetado com

    densidade de 35 a 39 Kg/m3 e possui um coeficiente de condutividade trmica de

    K=0.016Kcal/mhC. Tem como caracterstica ser retardante na ao de chamas e

    no absorve gua. Quando o assunto som, a primeira anlise a ser feita refere-se

    a massa de cada produto e, comparando-se densidade pode-se observar que o

    poliuretano muito superior.

    Para avaliao trmica relaciona-se abaixo, conforme a (Fig.10), um

    comparativo de condutividade trmica que possibilita a demonstrao de quais

    produtos oferecem melhor absoro trmica:

    Figura 10 - Comparativo de Condutividade Trmica.

    Fonte: Metlica, 2015.

    2.4.4 VANTAGENS

    Alm da durabilidade e de melhorar a eficincia energtica do

    empreendimento, os sistemas de alto performance em coberturas permitem o uso de

    telhas metlicas zipadas contnuas sem emendas que garantem 100% de

    estanqueidade obra. O sistema zipado atende s necessidades trmicas de cada

    projeto, uma vez que possibilita o uso de ls de isolamento com diferentes alturas e

    densidades (ZAJAKOFF, 2015).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    30/41

    30

    Segundo ZAJAKOFF (2015) alm as vantagens das telhas termo-acsticas

    so inmeras, e pode ser citado:

    Qualidade esttica;

    Conforto;

    Durabilidade;

    Menor consumo de ar-condicionado;

    Reduo do consumo de energia eltrica;

    Menor dimensionamento do equipamento.

    2.5 LEGISLAO E NORMAS TCNICAS ACERCA DO CONFORTO

    Na questo do meio ambiente, a Constituio Federal de 1988 assegura em

    seu artigo 225:

    Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

    bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao

    Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para presentes e

    futuras geraes.

    A norma ABNT NBR 15575/2008, atualizada em 2015, que se tratava de

    desempenho de edifcios habitacionais de ate cinco pavimentos, agora passou a

    tratar de todos os novos edifcios residenciais e estabelece parmetros de

    desempenho que ate ento no existiam e tem por finalidade a avaliao final do

    produto para que uma edificao seja entregue aos seus usurios com as condies

    mnimas de conforto, habitabilidade e uso (NETO, 2008).

    O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) possui resolues

    relacionadas questo do rudo. A Resoluo CONAMA no 001/90, se refere a

    emisso de rudos de quaisquer atividades e sua relao com a sade e sossego

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    31/41

    31

    publico e remete aos critrios e diretrizes das Normas da ABNT NBR 10151/2000 e

    NBR 10152/1987.

    A NBR 15575-5 veio definir, a partir desses nveis admissveis previstos naNBR 10152, os nveis de desempenho que os sistemas construtivos devem ter para

    atenuar a transmisso dos rudos gerados externa e internamente nas edificaes

    habitacionais. Norma ABNT NBR 15575-5 (2013).

    importante destacar neste incio de fundamentao que a NBR 15575-5

    Edificaes Habitacionais Desempenho, publicada pela Associao Brasileira de

    Normas Tcnicas ABNT, que estabelece parmetros tcnicos para vrios

    requisitos importantes de uma edificao, como desempenho acstico, desempenho

    trmico, durabilidade, garantia e vida til, e determina um nvel mnimo obrigatrio

    para cada um deles.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    32/41

    32

    3. METODOLOGIA

    Sabendo que o conforto depende dos estmulos que o indivduo recebe do

    ambiente, e de seus instintos, experincias e juzos, o ser humano tem aprimorado aconstruo dos edifcios onde mora e trabalha na busca de um conforto que no

    encontra no meio externo, ou seja, buscar ambientes onde possa trabalhar e

    descansar seguro e isolado dos fatores indesejveis do ambiente externo

    (PAULINO,1999).

    O mtodo de pesquisa adotado consiste no desenvolvimento de uma reviso

    bibliogrfica. Buscando explorar atravs dos diversos autores, manuais tcnicos e

    normas sobres os diversos conceitos do conforto termo-acstico.

    Devido ao fato da pesquisa apresentar um carter exploratrio, a principal

    finalidade a ser atingida com a utilizao do mtodo citado desenvolver, esclarecer

    e modificar conceitos, ideias, tendo em vista a formulao de problemas mais

    precisos ou hipteses pesquisveis para estudos posteriores (GIL, 1999).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    33/41

    33

    4. RESULTADOS E DISCUSSES

    Segundo Pinheiro (2015), antes de se avaliar a eficincia dos materiais

    isolantes preciso saber o que se quer para o desempenho trmico e acstico doprojeto em questo. Dependendo da instalao algumas premissas devem ser

    colocadas em pauta, como: tipo de utilizao, quantidades de pessoas que ocuparo

    o ambiente, quantidade de calor e rudo gerado internamente, necessidade trmica

    dos ambientes e instalaes, ndice de iluminao, ventilao, nvel de rudo externo

    que dever ser absorvido pela cobertura e fachadas, tipo e sistema do ar

    condicionado, e, finalmente, clima da regio. Com a utilizao as telhas termo-

    acsticas possvel observar uma melhora no isolamento trmico de at 95% eindica uma reduo considervel diante da utilizao de equipamentos como o ar

    condicionado. A taxa de transmisso de calor baixa em comparao com as telhas

    convencionais apresentando baixos ndices de condutividade trmica.

    Os resultados obtidos neste estudo confirmam a afirmao de Dornelles

    (2007) de que na anlise do comportamento trmico se deve utilizar como parmetro

    no apenas a cor, mas uma associao de caractersticas e propriedades inerentes

    ao material.

    Conforme o Portal Engenharia e Construes (2015), o coeficiente de

    condutibilidade do EPS de 0,028 kcal/hm C, o que atenderia a qualquer utilizao

    na construo civil, segundo a NBR 15520, porm, para ter uma eficincia similar ao

    PUR, necessitaria de uma espessura maior. O coeficiente de condutibilidade do PUR

    de 0,017 kcal/hm C, sendo um dos mais eficientes isolantes trmicos para uso

    industrial. cerca de 70% mais eficientes que o EPS. Pode-se concluir que acondutividade trmica equivale quantidade de calor, transmitida atravs de uma

    espessura de um determinado material, conforme (Fig. 11):

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    34/41

    34

    Figura 11Condutividade trmica.

    Fonte: Calha forte, (2015)

    De acordo com o Portal Engenharia e Construes (2015), o custo x benefcio

    destes tipos de telhas pode se dar na economia de energia eltrica, o local precisar

    de uma carga de resfriamento menor, gerando uma economia de consumo de

    energia tambm reduzir a potncia do equipamento e o seu custo de manuteno.

    Ainda conforme o Portal Engenharia e Construes, quanto ao isolamento

    acstico, espera das telhas termo-acsticas um ganho de atenuao acstica e o

    conforto previsto pela NBR15520, mesmo com a forte presena de rudo externo.

    Sugere-se por fim que sejam efetuados estudos complementares, visando constatar

    os efetivos ganhos, de conforto acstico ambiental, pela concluso das medidasadicionais institudas.

    De acordo com Carvalho (2010), bons absorventes acsticos so

    necessariamente materiais macios, porosos ou fibrosos, que tm a capacidade de

    absorver sons que neles incidem, conforme (Fig.12) a seguir:

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    35/41

    35

    Figura 12 - Dissipao em materiais absorventes

    Fonte: Carvalho, (2010)

    Ainda segundo Carvalho (2010), em funo das formas e dimenses dos

    poros ou das fibras desses materiais que se explica a variao de suas absores

    acsticas, conforme as faixas de frequncia. Com base no comprimento de onda,

    compreensvel, portanto, que geralmente os materiais absorventes acsticos sejam

    melhores absorventes s altas frequncias que as baixas. No entanto, o

    comportamento acstico dos materiais pode ser alterado em funo das suas

    condies de aplicao (diretamente sobre superfcie rgida, sobre superfcie

    elstica, afastado de superfcies, funo do afastamento entre apoios, etc.). Da

    mesma forma acontece em funo da aplicao de tintas ou outros elementos sobre

    os mesmos, bem como utilizar segundo sistemas absorventes, tudo conforme o que

    se segue graficamente na (Fig.13):

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    36/41

    36

    Figura 13 - Variaes e resultados

    Fonte: Carvalho, (2010)

    O desempenho acstico segundo a NBR 15575, a edificao habitacional

    deve apresentar isolamento acstico adequado das vedaes externas, no que se

    refere aos rudos areos provenientes do exterior da edificao habitacional, e

    isolamento acstico adequado entre reas comuns e privativas e entre reas

    privativas de unidades autnomas diferentes. Na (Fig. 14), mostra a grandeza e

    mtodos de medio nos critrio de desempenho na NBR 15575 (2013).

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    37/41

    37

    Figura 14Grandeza e mtodos de medio.

    Fonte: Pr-acstica, (2015)

    Na (Fig. 15), mostra o nvel de desempenho na questo do isolamento ao

    som areo oriundo do exterior.

    Figura 15Isolamento ao som areo oriundo do exterior.

    Fonte: Pr-acstica, (2015)

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    38/41

    38

    4.1 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS

    Mediante as discusses apresentadas neste trabalho, segue sugestes para

    trabalhos futuros:

    Projeto de pesquisa de estudos de casos em industrias ou residncias

    para a comprovao dos valores obtidos do conforto atravs da

    utilizao das telhas termo-acsticas.

    Projeto de pesquisa e extenso de materiais reciclados para

    tratamento acstico em coberturas.

    Projeto de pesquisa de comparao oramentria de material utilizado

    para cobertura termo-acstica.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    39/41

    39

    REFERNCIAS

    ABNT - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 10151:

    Acstica Avaliao do rudo em reas habitadas, visando o conforto dacomunidadeprocedimento. So Paulo, 2000.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 10152: Nveis derudo para conforto acstico. Rio de Janeiro, 1987.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 15575-5: EdificaeshabitacionaisDesempenhoRequisitos para os sistemas de coberturas.Riode Janeiro, 2013.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 15220-3:Desempenho trmico de edificaesParte 3: Zoneamento bioclimtico brasileiroe diretrizes construtivas para habitaes unifamiliares de interesse social. Rio deJaneiro, 2005.

    ABRAPEX - Associao Brasileira do Poliestireno Expandido. Disponvel em:http://www.abrapex.com.br. Acesso em: 25 abr. 2009.

    BAUER, L.A. Materiais de Construo; Concreto, Madeira, Cermica, Metais,Plsticos, Asfalto. 5 Edio, Minas Gerais: Ed. LTC, 2000.

    BISTAFA, S.R. Acstica aplicada ao controle de Rudo, So Paulo, EdgardBlucher, 2006.

    BRASIL. Constituio. Art.225, 1988.

    CARVALHO, Rgio Paniago. Acstica arquitetnica, Rgio Paniago Carvalho. 2.edBrasilia: Theasauros, 2010.

    CHINER, M. Planing of Expert Systems for Materials Selection. Materials &Design, Spain, Vol.9 No.4 Julho / Agosto, 1988.

    CONFORTO. Disponvel em < http://ebanataw.com.br/roberto/conforto/index.html>Acesso em 13 Nov, 2015.

  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    40/41

    40

    CONFORTO trmico. Disponvel em Acesso em 13 Nov,2015.

    CONFORTO trmico. Disponvel em Acesso em 13 Nov, 2015.

    CORRA, Lsaro Roberto. Sustentabilidade na Construo Civil. Dissertao(Monografia). Escola de Engenharia UFMG - Curso de Especializao emConstruo Civil. 2009.

    COSTA,E. C. Acstica Tcnica.Edgard Blucher. So Paulo, 2003.

    FANGER, P. O. Thermal Confort, Analysis and Applications in EnvironmentalEngineering. New York, McGraw-Hill Book Company, 1972.

    FROTA,Ansia Barros, SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto trmico :arquitetura, urbanismo. 5 Edio. So Paulo: Studio Nobel,2001.

    GERGES, Samir N. Y. Rudo, fundamento e controle. Florianpolis: Universidade

    Federal de Santa Catarina, 2000.

    GIL, A. C. Mtodos e tcnicas de pesquisa social. 5.ed. So Paulo: Atlas, 1999.

    ISOLAMENTO acstico. Disponvel em Acesso em 07 Nov, 2015.

    LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA F. O.Eficincia Energtica na Arquitetura.

    So Paulo, PW Editores, 1997.

    MEDEIROS, Virgilio Almeida. Casa Sustentvel. Minas Gerais, 2012.

    NETO, M.F.F.; BERTOLI, S.R., Confoto Acstico em edifcios residenciais - VCongresso Ibrico de AcsticaSo Paulo-SP. 2008

    OLGYAY, V. Arquitectura y clima. Gustavo Gili. Barcelona, 1973.

    http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/39/Isolamento-termoacustico-promove-eficiencia-energetica-e-de-custos.aspxhttp://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/39/Isolamento-termoacustico-promove-eficiencia-energetica-e-de-custos.aspxhttp://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/39/Isolamento-termoacustico-promove-eficiencia-energetica-e-de-custos.aspxhttp://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/39/Isolamento-termoacustico-promove-eficiencia-energetica-e-de-custos.aspx
  • 7/26/2019 TCC Final Adilson Alves

    41/41

    41

    PAULINO, R.C.M. Ambiente confortvel X Ambiente Saudvel. In: II ENCONTROLATINO-AMERICANO DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUDO, 1999,Fortaleza. Ambiente confortvel X Ambiente Saudvel. Fortaleza,1999.

    RYBCZYNSKI, W. Home: A Short History of an Idea. 4 Edio. So Paulo,1986.

    SCHMID, A.L. A idia de conforto: reflexes sobre o ambiente construdo.Curitiba: Pacto Ambiental, 2005.

    SOM. Enciclopdia Livre. Disponvel em: .Acesso em: 18 Out.2015

    WATANABE, S. Thermal Comfort Requirements in Japan. Waseda, 1984. Tese deDoutoradoWaseda University.

    TELHAS trmicas. Disponvel em Acesso em 20 Nov, 2015.

    TELHA termo-acstica. Disponvel em Acesso em 06 Nov, 2015.

    TELHAS termoa-csticas. Disponvel em < http://metalica.com.br/caracteristicas-das-telhas-termo-acusticas> Acesso em 13 Nov, 2015.

    VANTAGENS das telhas termo-acstica. Disponvel em Acesso em 06 Nov, 2015.

    http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/597/Telhas-termicas-ganham-espaco-em-obras-residenciaishttp://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/597/Telhas-termicas-ganham-espaco-em-obras-residenciaishttp://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/597/Telhas-termicas-ganham-espaco-em-obras-residenciaishttp://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/597/Telhas-termicas-ganham-espaco-em-obras-residenciais