TCC Gestão Empresas WEG Eduardo Luis Olinger

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FATEC – FACULDADE TECNOLOGIA SENAC DE BLUMENAU UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Eduardo Luis Olinger COMPOSTO DE MARKETING Uma análise do desenvolvimento de uma pequena empresa a multinacional. Blumenau 2005

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FATEC – FACULDADE TECNOLOGIA SENAC DE

BLUMENAU

UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

� Eduardo Luis Olinger

COMPOSTO DE MARKETING Uma análise do desenvolvimento de

uma pequena empresa a multinacional.

Blumenau 2005

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FATEC – FACULDADE TECNOLOGIA SENAC DE

BLUMENAU

UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Curso de Gestão de Empresas

� Prof. Rafael Ricardo Jacomossi

COMPOSTO DE MARKETING

Blumenau 2005

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Dedicatória

“Aprendes que verdadeiras amizades

continuam a crescer mesmo a longas

distâncias. E o que importa não é o que

tens na vida, mas quem tens na vida. E

que bons amigos são a família que nos

permitiram escolher. Aprendes que não

temos que mudar de amigos se

compreendemos que os amigos mudam,

percebes que o teu melhor amigo e tu

podem fazer qualquer coisa, ou nada, e

terem bons momentos juntos.

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Agradecimentos

Agradecemos a oportunidade, a nós

concedida pelo Prof. Rafael Ricardo

Jacomossi, de através deste trabalho

passarmos a compreender melhor, os

meandros do marketing, que

possibilitaram a uma pequena

empresa, se tornar uma multinacional.

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“Deus não joga dados com

o Universo”

Albert Einstein

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OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo

visualizarmos o composto de marketing de uma

multinacional, observando a evolução da

empresa ao longo de suas quatro décadas.

Uma análise básica que mostra os caminhos

cursados, para alcançar um mercado de cinco

continentes e mais de 100 países.

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Índice Objetivo ......................................................................................05 Introdução ................................................................................. 07 Histórico .................................................................................... 07 Como tudo começou ................................................................. 09 WEG chega ao mercado para ficar ............................................10 Isto é WEG .................................................................................13 Um parque fabril para crescer a vontade ...................................16 Aonde a WEG quer ir .................................................................17 A sucessão para impulsionar o sucesso ................................... 20 Produtos ................................................................................... 22 Preço ......................................................................................... 26 Promoção .................................................................................. 26 Marketing E-Business ......................................................…….. 27 Praça .......................................................................................... 30 Planejamento Estratégico .......................................................... 31 Comitê científico tecnológico ...................................................... 33 Competências Gerenciais ........................................................... 36 Visão Estratégica ......................................................................... 40 Internacionalização – Empresa Global ........................................ 42 Compromisso WEG ..................................................................... 43 Expansão WEG no mundo .......................................................... 44 Gestão de Pessoas ..................................................................... 48 Sistemas da Qualidade ................................................................ 51 Conclusão .................................................................................... 56 Bibliografia ................................................................................... 57

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INTRODUÇÃO Nos empreendimentos de sucesso, não é apenas o trabalho que explica o

crescimento.

É preciso mais. O gosto pelo arrojo. A ousadia de acreditar possível e

realizável, o apenas imaginado. Também é importante, a perspicácia do

planejamento, a adoção de técnicas gerenciais compatíveis com a inovação e a

valorização do capital intelectual.

A história do capitalismo está repleta de exemplos, onde empreendedores,

utilizando-se de intuição, coragem de assumir riscos, trabalho e por que não a

sorte, transformaram seus sonhos em realidade. Uma realidade em forma de

empreendimento, que sem dúvida é uma extrapolação de suas vidas, um

sucesso de mercado que movimenta a economia, gerando riquezas.

Neste sentido, este trabalho apresenta uma síntese do sonho de 3

empreendedores, onde através de muito trabalho, disciplina, entusiasmo e

perseverança, construíram uma das maiores empresas de motores elétricos do

mundo, a WEG S/A. As informações contidas neste trabalho, foram

conseguidas através de entrevistas com diretores e gerentes da empresa, do

livro “40 anos História da WEG”, Site corporativo da WEG e Sites pesquisados

na Internet..

HISTÓRICO - EMPREENDEDORES

Ao longo da história da humanidade, não há nenhuma dúvida, que

empreendedores participaram ativamente da construção do sistema político,

econômico e industrial, gerando empregos, renda e riquezas ao redor do

mundo.

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Não eliminou-se as desigualdades, como a miséria, fome, mas a bem da

verdade, graças aos empreendedores que chegou-se à chamada revolução

industrial, tecnológica e mais recentemente na era da informação.

Portanto, dentro deste contexto torna-se relevante indagar: O que é ser

empreendedor? Nas palavras de DRUCKER (1987), “o empreendedor é uma

pessoa que vê a mudança como norma e a explora como sendo uma

oportunidade”.

Dentre as inúmeras características dos empreendedores, FILION (1991)

destaca:

� Estabelecer visão e objetivos, identificando recursos que os ajudam a

realizá-los;

� Iniciar mudanças;

� Padrão de trabalho está relacionado a imaginação e criatividade;

Definir tarefas e papéis para criar a estrutura de uma organização.

Na verdade as organizações criadas por empreendedores, são uma

extrapolação de seus mundos subjetivos, ou seja: o negócio faz parte da sua

vida.

Segundo autores como (TIMONS, 1990; GIBB, 1991), a tarefa mais importante

parece ser imaginar e definir o que eles querem fazer e, freqüentemente, como

irão fazê-lo.

Dentro dos setores da economia – primário, secundário e terciário – existem

inúmeros exemplos de empreendedores que através de suas idéias,

perseverança e trabalho, contribuíram ativamente para que a engrenagem da

economia, continua-se a gerar riquezas e soluções para a humanidade.

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A seguir mostramos como um empreendimento oriundo da visão de 3

empreendedores, transformaram suas idéias em uma das maiores empresas

de motores elétricos da América Latina.

COMO TUDO COMEÇOU

No início da década de 60, o empreendedor Eggon João da Silva que

trabalhava na “João Wiest & Cia Ltda.”, uma empresa especializada em

escapamentos para veículos, já aspirava ter o seu próprio negócio. Nas

conversas que realizava com os amigos, sempre deixou transparecer que seu

objetivo maior, era empreender sua própria empresa na área de motores

elétricos.

Possuía conhecimentos administrativos, contábeis e financeiros, mas para o

negócio almejado, havia necessidade de conhecimentos elétricos e mecânicos.

Como detinha um grande poder de persuasão, não demorou muito tempo, para

convencer seu amigo Werner Ricardo Voigt, um exímio eletricista e o

competente mecânico Geraldo Werninghaus, à juntos iniciarem uma empresa,

cujo objetivo seria produzir motores elétricos.

Não resta dúvida, como pode ser visto no livro “40 anos História da Weg”, que

o caminho para o sucesso não foi fácil. Houve muitos obstáculos, porém com

trabalho, disciplina, entusiasmo e perseverança, todos foram ultrapassados.

O DIFÍCIL COMEÇO

Registrada em 30 de junho de 1961, em 16 de setembro do mesmo ano,

iniciou-se a produção de motores na Eletromotores Jaraguá Ltda, nome

pioneiro da Weg motores de hoje. Num imóvel alugado na avenida Getúlio

Vargas, 667, em Jaraguá do Sul (SC), preparam-se para a produção do

primeiro motor.

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Tendo o capital de Cr$ 3.600,00 - o equivalente a US$ 11.726 ou a três fuscas,

na época -, os sócios decidem-se pela marca com as iniciais de seus nomes:

W (Werner), E (Eggon) e G (Geraldo) que em alemão significa caminho

a empresa inicia suas atividades.

Produzir motores elétricos, no início da década de 60, numa cidadezinha de 20

mil habitantes no interior de Santa Catarina, era improvável, mas não para

Werner Voigt, Eggon da Silva e Geraldo Werninghaus.

Na segunda-feira, dia 18, o expediente começa cedo, às 7 horas.

Com trabalho, disciplina e persistência, o início da caminhada impunha muitas

dificuldades, mas cada motor concluído ou vendido era uma comemoração

silenciosa. Nos primeiros três meses e meio, em 1961, são montados 146

motores elétricos, totalizando 51,5 cavalos-força.

A WEG CHEGA AO MERCADO PARA FICAR

Nos dois primeiros anos os obstáculos são muitos. O mercado de motores

elétricos era dominado por marca conceituadas como Arno, GE, Búfalo, Brasil

e Paulista.

As primeiras vendas são feitas em Santa Catarina. O principal mercado era

São Paulo, mas a dificuldade de transporte, comunicação e a desconfiança na

nova marca, impõem que a WEG comercialize seus primeiros motores

diretamente aos consumidores.

Os Paulistas não acreditavam que um motor produzido no interior de Santa

Catarina, pudesse funcionar. O nome WEG, era pronunciado “Uég” na cidade

de São Paulo como motivo de gozação. Conhecidos e conceituados eram os

motores produzidos pela “Arno” ou pela “GE”. Igualmente conhecidas eram as

marcas “Búfalo”, “Brasil” ou “Paulista”.

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Contudo, estes obstáculos não desestimularam os três empreendedores da

WEG. A produção nos primeiros meses foi estrategicamente distribuída no

mercado de Santa Catarina, parte do Paraná e Rio Grande do Sul. Quem fazia

as primeiras vendas, foi o próprio Eggon João da Silva, muitas vezes

carregando um motor debaixo do braço para demonstração junto aos clientes.

A estratégia nos anos seguintes para conquistar mercado em São Paulo, foi

vender os motores diretamente ao mercado consumidor, em vez dos grandes

atacadistas que preferiam os motores “Arno” e “GE”. Depois de conseguir a

simpatia dos consumidores, iniciou-se a procura da marca WEG pelos grandes

atacadistas.

Este era o clima da WEG. Vencer todos os obstáculos. Produzir soluções,

avançar sempre. Ampliando a linha de produção, pesquisando novos produtos,

estabelecendo novas fronteiras tecnológicas e conquistando sempre mais

novos e maiores mercados.

Na fábrica, as condições de trabalho foram sensivelmente melhoradas, assim

como ampliado significativamente o parque de máquinas.

Nesta área torna-se relevante destacar que as soluções de Geraldo

Werninghaus e de seu pai, Wilhelm, e de Werner Ricardo Voigt, foram

decisivas, pois eles conseguiram produzir na própria empresa muitos dos

equipamentos necessários para a linha de produção.

Foi assim, por exemplo, que surgiu a primeira máquina de injetar reatores, que

nasceu do projeto e do talento de Wilhelm Werninghaus.

No início de 1963, os fundadores ampliam os negócios com a criação de duas

novas empresas: a Saweg - com a participação de Samir Mattar -, para

produzir reatores e transformadores para geladeiras, e a Nina, fábrica de

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máquinas de lavar roupa, tendo como sócio Eugênio José da Silva, irmão de

Eggon. Ambos os empreendimentos são desativados em 1967.

As vendas de motores evoluem e a empresa exigia a expansão. Então decide-

se pela criação de um parque fabril próprio, com a aquisição de um terreno na

rua Venâncio da Silva Porto, próximo à sede alugada. Em fevereiro de 1964

começam as construções da nova fábrica e em outubro daquele ano, a

Eletromotores Jaraguá instala-se em sua sede própria.

Seguindo um processo industrial compatível com os novos tempos, a WEG dá

um salto tecnológico, exigindo aperfeiçoamento técnico, iniciando o

treinamento contínuo de seus colaboradores. O aprimoramento tecnológico

possibilita a construção dos primeiros equipamentos de produção: máquina de

injetar rotores, forno de ferro fundido a óleo para tampas e carcaças, máquina

de estampo progressivo para cortar chapas de rotores e estatores.

UM EXEMPLO DE CORAGEM E AUDÁCIA:

No final de 1964, havia uma dificuldade técnica na linha de produção.

Por mais que Geraldo ou Werner e seus companheiros tentassem, persistia o

impasse.

Durante semanas foram concentrados esforços, mas apesar desta

multiplicação de atenções, mantinha-se o problema.

Foi então, que Geraldo Werninghaus tomou conhecimento de um anúncio, da

Motores Brasil, de São Paulo, no jornal “O Estado de São Paulo”, oferecendo

vaga de mecânico. E Geraldo teve uma idéia que, se realizada, poderia

resolver o impasse da WEG. Não pensou duas vezes. Passou a mão em sua

carteira de trabalho, providenciou um registro falso de firma fictícia, onde

registrou admissão e demissão, e seguiu rapidamente para São Paulo. Foi

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solicitar o emprego e, se admitido, poderia conhecer como a Motores Brasil

conseguia resolver aquela situação. Chegando na empresa, a vaga já estava

preenchida, mas ele não desistiu. Esperou dois dias, até conseguir falar com o

responsável pela ferramentaria. Apresentou-se como filho de imigrante alemão

em busca de emprego, com a garantia de ser profissional no setor. Geraldo

acabou sendo contratado, e logo no primeiro dia conseguiu descobrir a técnica

de fundir guias e afixar punções, que são pinos que furam a chapa das

matrizes de estamparia. Ficou mais duas semanas e depois abandonou o

emprego, vindo direto para Jaraguá aplicar a tão enigmática quanto difícil

técnica.

A WEG terminou a década de 60, produzindo cerca de 30.000 motores

elétricos. Começou a ampliar suas atividades a partir da década de 80, com a

fabricação de geradores, componentes eletroeletrônicos, produtos para

automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e

em pó e vernizes eletroisolantes.

Hoje a WEG é a maior indústria de motores elétricos da América Latina, está

presente em mais de 100 países nos cinco continentes. Tem os processos de

produção mais avançados e os mais exigentes programas de qualidade total.

E, mais importante que tudo isso, tem o mesmo capital inicial, baseado no

trabalho e na disciplina, multiplicado por cada um de seus colaboradores

comprometidos com a satisfação do cliente.

ISTO É WEG

A trajetória da empresa ao longo destes anos é marcada pelo êxito. Maior

fabricante latino americana de motores elétricos e uma das maiores do mundo,

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a WEG atua nas áreas de comando e proteção, variação de velocidade,

automação de processos industriais, geração e distribuição de energia e tintas

e vernizes industriais.

Totalmente nacional, contando com mais de 14 mil colaboradores em todo

mundo, a WEG atingiu R$ 2.608 bilhões de faturamento em 2004, um

crescimento de 29% em relação ao ano de 2003 (R$ 2.015 bilhões).

As exportações foram responsáveis por quase 40% do faturamento bruto, com

o faturamento de R$ 1.050,7 milhões (R$ 781,2 milhões em 2003) no mercado

externo.

A produção se concentra em sete parques fabris localizados no Brasil

(Guaramirim (SC), Blumenau (SC), Guarulhos (SP), São Bernardo do Campo

(SP), Manaus (AM) e dois em Jaraguá do Sul (SC), sede da empresa), três na

Argentina, um no México, um em Portugal e um na China, além de 18 filiais e

presença em mais de 100 países no mundo.

Produzindo inicialmente motores elétricos, a WEG começou a ampliar suas

atividades a partir da década de 80, com a produção de componentes

eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força

e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes. Cada vez mais

a empresa está se consolidando não só como fabricante de motores, mas

como fornecedor de sistemas elétricos industriais completos.

Em 1989 os três fundadores passam para o Conselho de Administração da

empresa e Décio da Silva é escolhido o Diretor Presidente Executivo da WEG.

UM VÔO EM BUSCA DE TECNOLOGIA

O crescimento já não consegue atender a demanda aquecida do mercado. A

indústria brasileira estava no auge do “milagre econômico”.

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Exigia volumes maiores de motores elétricos. Para acelerar o passo e crescer

rapidamente, os fundadores vão à Alemanha, em busca de tecnologia. Trazem

projetos de uma nova geração de motores, os primeiros no Brasil a se

enquadrarem nas normas técnicas da ABNT e da IEC - International Electrical

Commisson.

Para dominar a avançada tecnologia eletromecânica européia são necessários

investimentos, subsídios e financiamentos do BNDE para aquisição de

equipamentos de alta precisão, oriundos da Alemanha. Em dois anos a linha de

montagem recebe o que havia de mais moderno, exigindo a criação de novos

setores e ampliação do parque fabril. Neste período são montados vários

laboratórios, que deram origem ao Centro Tecnológico, em 1980.

Estabelecido o intercâmbio tecnológico, a WEG experimenta um crescimento

espetacular. A nova arrancada é baseada em um novo motor com “o máximo

em versatilidade e o máximo de eficiência”. O produto surpreende o mercado

brasileiro, reunindo características técnicas e mecânicas de insuperável

qualidade, resultado do uso de modernos e sofisticados equipamentos. Depois

de dois anos de rigorosos teste, o é lançado o novo motor, em 1970, ano das

primeiras exportações.

Para coroar a primeira década, a WEG passa a figurar entre as principais

empresas brasileiras e ensaia os primeiros passos no mercado internacional,

participando da feira de importação Parceiros para o Progresso, em Berlim,

Alemanha.

Consolida-se no mercado interno, com filiais em São Paulo, Rio de Janeiro,

Porto Alegre e Belo Horizonte. Em 1969 surge a publicação Notícias WEG.

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A FORÇA QUE VEM DO SUL

Uma das mais conceituadas revistas econômicas da época, Banas, fez uma

reportagem de capa, mostrando a força da WEG que despontava no cenário

empresarial brasileiro, apresentando um retrospecto de crescimento fantástico.

Na entrevista Eggon da Silva disse: “quando faltam máquinas, você pode

comprá-las; se não há dinheiro, você toma emprestado. Mas homens você não

pode comprar nem pedir emprestado. E homens motivados por uma idéia são a

base do êxito”.

Em 1972 está em execução um ambicioso projeto de expansão, que incluem

uma moderna fundição, novos equipamentos e máquinas para a usinagem e

ferramentaria. Com os investimentos, a previsão é triplicar a produção em três

anos. A empresa conquista a auto-suficiência na fundição de carcaças, conta

com ferramentaria própria, trefila e esmalta os fios de cobre.

Nesse ano lança o motor IP 54, um motor blindado, com tecnologia avançada e

desempenho superior. Também inicia a diversificação, com projetos de

reflorestamento. Recolhe 18% do ICMS de Jaraguá do Sul, e torna-se a

principal empregadora da cidade. Também passa a oferecer assistência

médica aos colaboradores. Cria as filiais de Recife (1972), e em 1978, de Porto

Alegre, São Paulo e Belo Horizonte.

UM PARQUE FABRIL PARA CRESCER À VONTADE

Em 1973, há necessidade de espaço. Os 30 mil metros quadrados e os 7 mil

de área construída não comportam mais a voracidade de crescimento.

Então são adquiridos mais 400 mil metros quadrados, no principal acesso de

Jaraguá do Sul. Ali iniciam as construções do parque fabril II, a começar pela

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fábrica II para produzir motores monofásicos de ¼ a 1cv, que entra em

operação no início de 1974.

A linha de produtos atende praticamente todas as necessidades do mercado,

fornecendo desde a potência de ¼ cv. O tripé de atuação no mercado fixa-se

em preços justo, qualidade tecnológica e uma rede de oficinas.

A assistência técnica teve seus primeiros credenciamentos ainda na década de

60, contribuindo para a aceitação do motor Weg no mercado. Com orientações

e informações sempre atualizadas, o assistente técnico é um dos responsáveis

pelo sucesso progressivo da WEG. Não demora para a empresa contar com a

maior rede de assistência técnica do Brasil.

Com o objetivo de conquistar o mercado internacional, participa das principais

feiras eletroeletrônicas no exterior e cria um empresa na Alemanha, a Jara,

marca dos motores exportados para a Europa, onde já havia o registro da

marca WEG, coincidentemente, uma pequena fábrica alemã de motores

elétricos. Em 1971, o crescimento é de 72% e em 1972 de 71%, enquanto o

segmento de máquinas e equipamentos cresce, 23% e 21%, respectivamente.

AONDE A WEG QUER IR?

No início da década de 80, a WEG repensa a sua estratégia empresarial e

começa a planejar o futuro, em busca de resultados programados. Por duas

décadas a empresa convive com crises da economia brasileira e oscilações de

mercado, contornadas com ações ágeis e risco calculado.

As vendas despencam em 1981 e emperram por quase dois anos. A recessão

abala mais não abate a WEG, que soube tirar proveito da crise. Ao invés de

demissão em massa, a empresa reduz a jornada de trabalho em 25% e

desencadeia um espetacular plano de treinamento, preparando-se para dias

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melhores.

A fábrica transforma-se em escola e os colaboradores em estudantes de

matemática, português, alfabetização e atualização cultural. No fervor do

conhecimento, é instalado o Centro Tecnológico, com o compromisso de

desenvolver tecnologia de ponta.

Com equipes próprias de pesquisadores, a empresa mantém sofisticados

laboratórios, onde realiza ensaios e a fabricação de protótipos, além de

preservar a documentação técnica de cada produto. Paralelamente incrementa

relações de intercâmbio tecnológico com centros de pesquisa de universidades

brasileiras e internacionais.

É HORA DE DIVERSIFICAR PARA CRESCER

A WEG não podia seguir fabricando apenas motores elétricos. Era preciso

complementar, agregar tecnologia e solução elétrica e eletrônica aos famosos

motores.

As principais marcas internacionais do setor sinalizavam nesta direção. Para

absorver técnicas avançadas, é firmado um acordo tecnológico na área de

eletrônica de potência com a Asea, da Suécia. Mas a associação durou pouco.

Surge em janeiro de 1981, a WEG Acionamentos, apta a produzir componentes

eletroeletrônicos e promover a engenharia de aplicação para sistemas,

firmando-se no comando e proteção de motores. A empresa também é o

embrião de outra futura divisão, a de automação industrial, desenvolvendo

controladores programáveis e centros de controle de motores.

Em junho do mesmo ano, outro indício da diversificação. A empresa adquire a

Ecemic, de Blumenau (SC) e surge a WEG Transformadores, formando uma

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sinergia em aplicações industriais. Logo a empresa destaca-se em

transformadores de distribuição e força, com uma forte presença nos mercados

de geração, distribuição e transmissão de energia elétrica.

Ainda naquele mesmo ano, em agosto, nasce a WEG Máquinas, para produzir

máquinas elétricas girantes de grande porte, direcionada principalmente aos

segmentos como mineração, petroquímica, usinas, papel e celulose. A nova

empresa absorve também a produção de motores de corrente contínua e de

média e alta potência, além de geradores de energia.

A AUTOMAÇÃO É O FUTURO AGORA

A automação industrial deu seu primeiro passo na WEG no final da década de

70, mas firmou-se em 1988 com a criação da WEG Automação, inicialmente no

pólo tecnológico de Florianópolis.

Além de sistemas de posicionamento e controle, a unidade surge com o robô

de posicionamento linear Posilin, usado principalmente em ambientes

insalubres, por exemplo pintura, ou trabalhos repetitivos como o manuseio,

carga e descarga de peças.

Com a transferência para o parque fabril em Jaraguá do Sul em 1993,

estrutura-se no mercado de eletrônica de potência, instalações industriais,

automação e controle de processo industriais. Neste ano também lança um

novo conversor de freqüência digital, depois microprocessado; seguindo-se

aprimoramentos da linha de drives, como inversores, chaves de partida estática

e servoconversores.

Os controladores programáveis são desenvolvidos pela WEG desde o meado

da década de 80, inicialmente com tecnologia adquirida, sendo que em 1990,

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após dois anos de pesquisa, desenvolve com tecnologia própria um controlador

de médio porte, o A250. Sucederam-se inovações e hoje a empresa oferece

controladores de pequeno, médio e grande porte, além do equipamento para

posição.

Conta com um centro de negócio de automação, tendo como base os painéis

elétricos, incluindo centros de controle de motores, inclusive inteligente com

controladores ou computadores.

A SUCESSÃO PARA IMPULSIONAR O SUCESSO

Sucessão empresarial é um tema delicado, que envolve questões relacionadas

com poder, sentimentos, dinheiro e ambição, que se tornam ainda mais

suscetíveis em empresas familiares. Mas a WEG é um exemplo de um

processo sucessório bem sucedido.

Quando a empresa completa 15 anos, os três fundadores assinam um

documento extenso que passa a nortear a política de sucessão: “não será,

nunca, conduzida como uma sociedade familiar... os cargos de alta direção

serão preenchidos por profissionais capazes, sejam ou não familiares”.

Com a permanente consultoria de João Bosco Lodi, a WEG vence as

diferentes etapas e prepara os possíveis sucessores. Após 13 anos da

assinatura do documento, uma votação entre os executivos e parentes diretos

dos fundadores define a sucessão, efetivando Décio da Silva, filho de Eggon,

no cargo de presidente executivo, a partir de março de 1989, então com 33

anos de idade.

Até chegar a presidência, Décio da Silva prepara-se profissionalmente. Faz

parte da primeira turma do Centro de Treinamento. Forma-se em Engenharia

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Mecânica e Administração. Durante 10 anos exerce diferente funções e cargos

na WEG, depois estagia em empresas similares na Alemanha e Itália.

ASSUME A NOVA GERAÇÃO

Com a diversificação dos negócios de alta tecnologia, uma nova geração

assume os postos de comando, a maioria com formação superior em

administração, engenharia mecânica, elétrica e eletrônica.

Martin Werninghaus, economista, chega em 1982 e atua em praticamente

todas os setores administrativos. Em 1985 é transferido para a WEG

Transformadores, chegando a superintendente, tendo sido antes diretor na filial

de São Paulo. Agora é o diretor de Produção da WEG Motores.

Harry Schmelzer Júnior, engenheiro, inicia pelas áreas de ensaios e vendas da

WEG Motores, em 1980. É transferido para a Engenharia da WEG

Acionamentos, em 1985, onde depois assume a gerência de Vendas, diretoria

Comercial e a superintendência. Ronaldo Klitzke, veterinário, é admitido em

1986, como gerente e diretor da Florestal, estando à frente de projetos de

reflorestamento, piscicultura e pecuária.

Sérgio da Silva Schwartz entra em 1985, passando pela auditoria interna,

centro de negócios e volta para o Suprimentos como diretor em 1994 e depois

a diretoria de Logística. Roberto Krelling começa na WEG Máquinas em 1984,

logo nomeado gerente de Fabricação e diretor de Produção, em 1988.

Em 1991 chega o engenheiro Umberto Gobbato como superintendente da

WEG Automação e em 1996, Joambell Marques Marques, com a aquisição

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Motores Elétricos Brasil, unidade de Guarulhos. Também foram diretores

Emílio da Silva Neto, Armin Lueff, Lotário Hobus, Eraldo Pacielo, Antonio

Fontenelle e Paulo Cavalcanti Albuquerque.

PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS

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A ampla gama de produtos reduz significativamente o risco de concentração.

Cada uma das linhas de produtos apresenta grande sinergia com as demais.

CENTROS DE NEGÓCIOS

A WEG NA VIDA DAS PESSOAS - PRODUTOS:

• Motores Fracionários

• Contatores e Relés

• Botões e Sinanleiros

• Fusíveis

• Inversores

• Chaves de Partida

APLICAÇÕES:

• Condicionadores de Ar

• Máquina de lavar Roupa

• Bombas D´Agua

• Cortadores de Grama

• Portões Eletrônicos

• Esteiras Ergométricas

A WEG NAS INDÚSTRIAS A WEG NAS INDÚSTRIAS A WEG NAS INDÚSTRIAS A WEG NAS INDÚSTRIAS ---- PRODUTOS: PRODUTOS: PRODUTOS: PRODUTOS:

• Motores Elétricos Industriais

• Sistemas de Automação e Controle de Processos

• Chaves Soft-Starters

• Disjuntores e Contatores

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• Botoeiras e Fusíveis

• Relés e Capacitores

• Transformadores

• Geradores

• Tintas Industriais e Vernizes Eletroisolantes

Centros de Controle de Motores Inteligentes

APLICAÇÕES:

• Sistemas de Refrigeração

• Subestações de Energia

• Centrífugas de Açúcar

• Bombas e Compressores

• Pontes e Esteiras Rolantes

• Extrusoras e Injetoras

• Guindastes e Pórticos

• Laminadores e Trefilas

• Máquinas de Papel e Bobinadeiras

• Fornos e Moinhos

• Ventiladores e Exaustores

• Elevadores

CENTRO DE NEGÓCIOS INDUSTRIAISCENTRO DE NEGÓCIOS INDUSTRIAISCENTRO DE NEGÓCIOS INDUSTRIAISCENTRO DE NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

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Segmentos de Mercado

• Siderurgia

• Papel e Celulose

• Mineração

• Saneamento

• Alimentos

• Cimento

• Outros

PRODUTOS ENVOLVIDOS

• Transformadores de Potência

• Painéis Elétricos

• Inversores de Frequência

• Motores de Baixa e Média Tensão

• Controladores Programáveis

• Software de Supervisão e Controle Industrial

CENTRO DE NEGÓCIOS SUBESTAÇÕES

• Atuação Própria até 15 MVA ONAN

• 138 KV (Base Trafo) - Mercado Industrial

• (SE WEG e Contratação de serviços e parceiros do mercado

Parceria acima de 15 MVA ONAN

• 230 KV e Concessionárias

(Se Parceiro - Caso a caso com parceiros e componentes WEG)

Page 27: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 26

PREÇO

A política de preço da Weg é flexível, dependendo de quem compra. Isto

caracteriza-se pela estratégia de preço baseado em valor, oligopólio com 80%

do mercado nacional. Variação da demanda elástica; clientes mais antigos

conseguem mais vantagens, como descontos e prazo.

Outra variável no preço são as dificuldades que as empresas fornecedoras no

mercado internacional enfrentam, pois qualquer variação cambial é crítica,

afetando a competitividade da Weg no mercado externo, pois qualquer

aumento é crítico no preço final.

PROMOÇÃO

A Weg divulga seus produtos através de:

� Feiras e Eventos

� Revistas Técnicas

� Folders

Page 28: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 27

� Marketing direto, com visitas subsidiadas pela Weg independentemente

do país

� Marketing one-to-one, onde cada cliente é tratado individualmente,

baseado nas suas próprias necessidades e características. Isso agrega

valor a marca e gera um dos melhores efeitos para uma campanha de

marketing, a fidelização do cliente, o que faz com que essa seja

considerada hoje como supra-sumo das técnicas de marketing.

� Portal Eletrônico: através do portal a Weg recebe mais de 23 mil

acessos por mês e ganha módulos que atendem não apenas o cliente. A

empresa chama a solução de Universo Weg Online, pois permite que os

representantes comerciais e a equipe interna de vendas, por exemplo,

acessem informações como pedidos, notas fiscais, histórico de clientes,

estoques, previsões de entregas e duplicatas. O portal hoje é

responsável R$ 185 milhões de dólares em pedidos, ou 22% do

faturamento anual da empresa.

MARKETING ATUAL MOVIDO A E-BUSINESS

A Weg apostou num portal de comércio eletrônico para integrar clientes e

fornecedores e vender mais. O portal de e-business deve responder, a partir de

2005, por 185 milhões de dólares em pedidos, ou 22% do faturamento anual da

empresa.

Consultar notas fiscais, estoque, fazer pedidos e planejamento de compras a

qualquer hora são algumas das vantagens que a Weg oferece a cerca de 1100

clientes, entre indústrias, revendas e assistências técnicas por meio de seu

portal Weg Online. A semente do Weg Online foi plantada em 2000, para

Page 29: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 28

estimular o planejamento da produção. A Weg precisava conhecer com certa

antecedência as necessidades de compras de seus principais clientes de

produtos seriados para melhorar a qualidade de sua programação de

produção. Criou, então, o Projeto Parceria, que tinha como meta receber as

previsões de compra a curto e médio prazos. “Existia uma oportunidade de

melhorar a relação com alguns clientes OEM. Então criamos uma solução para

que eles anotassem os pedidos no sistema e, assim, interagissem com o nosso

planejamento de produção”.

“Esse projeto se transformou no portal, que é hoje o principal veículo de

comunicação com nossos maiores clientes e também com as filiais no exterior”.

O sistema escolhido para o portal, na época, foi o WebSphere, da IBM. Ele

oferecia apenas a oportunidade de planejar. Depois, foram sendo incorporadas

as funções de recebimento de pedidos de compras e disponibilização de

informações básicas, como estoques, prazos de entrega, dados de faturamento

e pagamentos. O projeto entrou no ar em outubro de 2000 com três clientes

piloto. Em 2001, depois de alguns ajustes, a empresa treinou 80 clientes para

utilizar o portal, sob argumento de que a solução trazia vantagens como

redução de custos telefônicos e administrativos para as duas partes. “Uma das

maiores dificuldades era a precariedade das conexões de internet na época.

Apesar disso, cerca de 30 desses clientes adotaram o Weg Online Clientes

para enviar seus pedidos.

Em 2002, a empresa decidiu padronizar as tecnologias que utilizava no Weg

Online Clientes e no Weg Online Fornecedores e a escolhida foi a da Microsoft.

O Weg Online Clientes foi então totalmente redesenhado em .Net, com a

inclusão de mais funcionalidades. O novo Weg Online entrou no ar em março

Page 30: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 29

de 2003. De lá até hoje, passou de 267 para 1278 clientes cadastrados. “Houve

diminuição do processo manual de digitação de pedidos e com isso

conseguimos reduzir os erros, planejar a produção, gerenciar melhor o estoque

e cortar custos com telefonia e pessoal. Antes tínhamos funcionários dedicados

exclusivamente ao atendimento de fax e telefone. Hoje, eles podem focar o

trabalho no atendimento ao cliente”.

“Os clientes, por outro lado, também reduziram custos com telefonia e pessoal

e, além disso, podem planejar suas compras, consultar estoque, acompanhar

pedidos, sem limitações de dia ou horário”.

Hoje o Weg Online recebe 19 mil acessos por mês e ganhou módulos que

atendem não apenas os clientes. A empresa chama a solução de Universo

Weg Online, pois permite que os representantes comerciais e a equipe interna

de vendas, por exemplo, acessem informações como pedidos, notas fiscais,

históricos de clientes, estoques, previsões de entrega e duplicatas. Eles

também encontram informações sobre comissões de vendas. As assistências

técnicas podem registrar e acompanhar as garantias e o envio de reclamações

dos clientes. Também há módulos para os fornecedores, que consultam

previsões de consumo e necessidades diárias de materiais. Até para as

transportadoras existem funcionalidades, como solicitações de cotação de frete

e de coleta.

Até julho deste ano, as vendas pelo Weg Online chegaram a 55 milhões de

reais, o que representa 3,8 % do faturamento total da empresa. Com as

implementações previstas, a partir de 2005 a Weg espera obter cerca de 185

milhões de dólares em pedidos feitos pela internet, o que representa

aproximadamente 22% de seu faturamento anual.

Page 31: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 30

PRAÇA

A praça dos produtos da WEG alcança todo mercado nacional (cerca de 80%);

com esta abrangência necessitou expandir seu mercado, tornando-se uma

empresa multinacional. Esta presente nos 5 continentes, em 100 paises, já

alcançando 3% do mercado mundial. Sua metodologia utiliza desde a venda

direta, até distribuidores e revendedores globais e locais. A logística de

transporte e distribuição utiliza principalmente transporte marítimo, devido ao

peso dos produtos. Depende de uma boa infra estrutura dos portos de Itajaí e

São Francisco.

PACOTES DE SOLUÇÕES GLOBAIS

Desde o início de sua história, a WEG entende que deve ser um agente de

transformação, fornecendo soluções completas para o negócio de seus

clientes. Este conceito extrapola o fornecimento de produtos.

Desde 1995 operam os centros de negócios, inicialmente na WEG Automação.

Aproveitando a sinergia de seus produtos e serviços, os centros englobam os

Page 32: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 31

segmentos de Energia, Automação Industrial e de Subestações, com a

coordenação e integração tecnológica do projeto.

No centro de negócios de Energia inclui motores elétricos, turbo-geradores,

transformadores, painéis de comando e proteção. Em Automação Industrial, a

solução é formado por motores, inversores, transformadores, painéis,

controladores programáveis e componentes elétricos. Em meados de 2000,

passa a oferecer Subestações, com transformadores, painéis de baixa e média

tensão, engenharia e serviços.

Isso amplia a capacidade da WEG de atender de forma global as instalações

ou ampliações de complexos industriais, desde a engenharia de planejamento,

produtos e implantação. Os centros de negócios por segmentos agregam valor,

componentes e serviços. São também referências e atestados de credibilidade

no mercado internacional.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ESTABELECE DIRETRIZES PARA:

� Marketing

� Finanças

� Tecnologia

� Recursos

� Humanos Qualidade

� Exportação

Page 33: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 32

POLÍTICA DE P&D

Pesquisar

• Geração De Tecnologia Própria

• Entender, Dominar,

Desenvolver

• Inovar

• Contratação De Tecnologia

Fixar Tecnologia

• Através De Trabalhos De Tecnologia, Softwares,

Relatórios, Desenhos, Especificações, Normas Etc.

Para

• Difusão, Perpetuação E Treinamento.

Resultado

• Pessoas Experientes E Empresa Experiente.

Page 34: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 33

COMITÊ CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

PARCERIAS TECNOLÓGICAS NACIONAIS

UFSC

• Servomotores com ímãs de terras raras.

• Desenvolvimento de ímãs de terras raras.

• Desenvolvimento de servomotor e servoconversor.

• Projeto FINEP-TEC:

•Metodologia de cálculo de motores (EFCAD).

• Choque térmico em rotores.

• Refrigeração de máquinas elétricas

• Curso de Pós graduação em máquinas elétricas

• Curso em Especialização em Eletrônica de Potência.

• Curso de Especialização em Engenharia de Produção.

• Curso de Mestrado em Mecânica de Precisão.

Page 35: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 34

UFRGS e PUC-RS

• Desenvolvimento de motor com materiais magnéticos sinterizados.

UNERJ - Jaraguá do Sul

• Desenvolvimento de Geradores Elétricos Síncronos de Alto Rendimento

(Projeto submetido à FINEP em Junho/2002)

PARCERIAS TECNOLÓGICAS

IPT - São Paulo

• Convênio de Pesquisa Cooperativa para o Desenvolvimento dos Aços

Elétricos.

FURB - Blumenau

• Curso de Especialização em Transformadores.

UFMG

• Influência da Alimentação não senoidal sobre as perdas no ferro de Motores

de Indução.

• Influência do comprimento do cabo de alimentação e da freqüência de

chaveamento do inversor sobre os pulsos de tensão do motor.

PARCERIAS TECNOLÓGICAS INTERNACIONAIS

HANNOVER

• Software para cálculo e análise de máquinas elétricas.

DRESDEN

• Acordo tecnológico para desenvolvimento de contatores, relés e disjuntores.

AACHEN

• Torneamento fino em eixo - substituição de retífica.

WUPPERTAL

Page 36: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 35

• Desenvolvimento de inversores de freqüência com controle vetorial -

sensorless.

WISCONSIN

• Desenvolvimento de motor + controle para máquina de lavar roupa.

CLIENTES

ELEVADORES ATLAS

Motor com ímãs de terras raras para elevadores (Prêmio Finep).

ELECTROLUX

Motor para máquina de lavar roupa.

CENTROS DE PESQUISA

CEPEL - Motor com supercondutor.

CERTI - Calibração e aferição de instrumentos.

Definição do Portfólio de produtos.

COMPRA DE TECNOLOGIA

• 1968 - Dr. Braun (Projeto Motor IEC)

• 1978 - AEG (Motores CC e Geradores)

• 1980 - ASEA (Eletrônica de Potência) - ASEA (Motores de Alta Tensão)

• 1981 - AEG (Contatores)

• 1982 - AEG (Motores de Alta Tensão)

• 1986 - Hauser (Eletrônica de potência/automação)

• 1996 - GE (Contatores)

• 1997 - Herberts (Verniz eletroisolante)

Page 37: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 36

INVESTIMENTO EM P&D

Percentual sobre a receita líquida: 2,5%

INVESTIMENTO EM CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA

PERCENTUAL DE FATURAMENTO GERADO POR PRODUTOS NOVOS

Índice de Inovação Tecnológica = 70% (menos de 5 anos)

TREINAMENTO POLÍTICA:

• Crescimento Profissional E Pessoal

• Voltado Para As Necessidades De Cargo

• Treinamento Como Investimento Objetivo:

• Formação Da Mão-De-Obra

• Difusão Da Cultura Da Empresa

• Crescimento E Diversificação (Criação De Novas Empresas)

Page 38: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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• Criação De Perspectivas De Carreira Investimento:

• Us$ 3,5 Milhões / Ano

EDUCAÇÃO E TREINAMENTO - CURSOS

Mec. Manutenção

Ferramentaria

Eletrotécnica

Eletrônica

Mecatrônica

Química

Qualificação Op.

Bobinagem

Qualificação Op.

Produção

Preparador Máquinas

Mecânica Geral

Esp. Máquinas

Elétricas Girantes

Esp. Transform.

De Força

Mest. Máquinas

Elétricas Girantes

Mestre Em Automação Ind.

Especialização (Administração)

Leitura Recomendada

Cursos Específicos

Page 39: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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Rodízio De Funções

Programa De Trainees

Programa De Estagiários

Twi - Aplicado

Treinamento Teórico

Prático Habilidades

Treinamento Operacional

Peb

Auxílio Escolar

Idiomas

Cursos Internos

Cursos Externos

GESTÃO PARTICIPATIVA - Estrutura

• Direção Geral

• Comitês

• Gerência

• Chefia

• Treinamento

• Comissões

• CCQ

Comissões:

São grupos de trabalho interno, formalmente constituídos, com poder de

decisão em primeira instância, sujeitos ao referendum da diretoria.

Características:

Page 40: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 39

Máximo 8 membros, reúnem-se no mínimo uma vez por mês, supervisionada

por um diretor

Exemplos de comissões:

Gestão da qualidade, sistemas administrativos, treinamento, compras,

desenvol. De produtos,... Existem atualmente no grupo weg 65 comissões

PWQP - PROGRAMA WEG DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE

Atingir padrões internacionais de qualidade e produtividade

O QUÊ ?

Desenvolver/Pesquisar/Fixar, Normalizar/Automatizar

QUANDO ?

I - METAS ESPECÍFICAS

Implantar em empresa piloto o Sistema de Auditoria

Implantar em empresa piloto o Sistema de Auditoria da Qualidade, integrando o

Sistema da Qualidade NBR ISO 9001 e TQC

II-DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

III-NORMALIZAÇÃO

IV -SEGURANÇA E SAÚDE

PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS:

PLANO MOTIVACIONAL

Todo colaborador recebe participação nos resultados calculada com base no

lucro líquido do grupo WEG.

A distribuição é proporcional ao salário de cada um e paga por ocasião da

distribuição de dividendos aos acionistas. Participação nos resultados

1/3 Para todos os colaboradores

1/3 Avaliação de equipes e atingimento de metas

Page 41: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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1/3 Para colaboradores das Empresas com lucro e atingimento de metas

Distribuição dos Lucros

Distribuição dos Lucros até 12,5%

SÍNTESE DA FILOSOFIA DA EMPRESA

“ Se faltam máquinas, você pode comprá-las; se não há dinheiro, você toma

emprestado; mas homens você não pode comprar, nem pedir emprestado.

Homens motivados por uma idéia são a base do êxito”.

Eggon João da Silva

VISÃO ESTRATÉGICA

• Ser o maior fabricante mundial de motores elétricos industriais de baixa

tensão;

• Ser um centro de excelência em Máquinas Elétricas Girantes;

• A nossa região será um pólo de referência mundial em Máquinas

Elétricas Girantes (raio de 200 km).

• Treinar nosso corpo técnico/administrativo (Treinamento de

Engenheiros...);

• Desenvolver nossos clientes com conhecimento sobre os nossos

produtos (Centro Treinamento Clientes);

• Divulgar a Imagem da WEG, no meio Acadêmico Mundial (Comitê

Científico e Tecnológico).

• Parque Fabril

• Uma das maiores plantas do mundo para produção de motores elétricos

de forma integrada e sinérgica, possibilitando ganhos de escala.

• Média de 40.000 motores produzidos diariamente e 25.000 tipos de

motores diferentes produzidos anualmente.

Page 42: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 41

Principal Parque Fabril em Jaraguá do Sul, SC

CORPORAÇÃO WEG

PRESIDENTE EXECUTIVO - Décio da Silva

Diretor de Marketing - Jaime Richter

Diretor Administrativo e de Relações com Invest. - Alidor Lueders

Diretor Técnico - Moacyr Rogério Sens

Diretores Corporativos

Diretores das Unidades:

Motores

Dir. Superintendente - Moacyr R. Sens

Dir. de Produção - Luis A. Tiefensee

Dir. de Logística - Sérgio Schwartz

Dir. de Vendas - Celso Vili Siebert

Automação

Dir. Superintendente - Umberto Gobbato

Exportação

Dir. Américas, Australásia e África - Douglas C. Stange

Dir. Europa e Rússia - Roberto Bauer

Transformadores

Page 43: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 42

Dir. Superintendente - Luiz A. Oppermann

Acionamentos

Dir. Superintendente - Harry Schmelzer

Química

Dir. Superintendente - Jaime Richter

Máquinas

Dir. Superintendente - Sinesio Tenfen

Dir. Produção - Roberto Krelling

A INTERNACIONALIZAÇÃO TORNA A WEG UMA EMPRESA GLOBA L

A meta é ser líder mundial em motores elétricos industriais. Determinada em

seu objetivo, inicia a partir de 1991, um programa arrojado de

internacionalização, instalando filiais próprias nos cinco continentes.

Inicialmente cria nos Estados Unidos, a WEG Electric Motors, para atender

diretamente os fabricantes de máquinas e equipamentos, além de captar as

tendências tecnológicas, no maior mercado mundial de motores elétricos.

Depois também passa a atuar como distribuidor. Amplia o sistema de

distribuição para o México e Canadá, aproveitando a formação do mercado

comum do hemisfério Norte, o Nafta. Para consolidar sua posição no Mercosul,

chega à Argentina, onde assume a liderança do mercado. Em 1992 decide criar

uma empresa para atender toda a Europa, a partir da Bélgica. Mas a WEG

aprende uma lição: era preciso uma filial própria em cada país.

Assim, sucessivamente abre empresas na Alemanha (95), Inglaterra (96) e em

1998, surgem mais três filiais européias, na França, Espanha e na Suécia, para

aumentar a participação no mercado mais competitivo e exigente do mundo.

Em 2001 instala-se na Venezuela e Itália.

Page 44: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 43

Também chega à Ásia, com a WEG Japan, em Tóquio, para medir força com

os competitivos fabricantes asiáticos de motores elétricos. No emergente

mercado da Oceania, instala a WEG Austrália, formando-se uma rede global de

negócios, que soma mais de cem países nos cinco continentes.

Em 1996 é realizada no Brasil a primeira InterWeg, convenção com as filiais e

representantes do exterior.

COMPROMISSO WEG

Agregar valor aos clientes, fornecendo produtos e serviços competitivos

internacionalmente

• Criar continuamente valor aos nossos acionistas através de uma

rentabilidade superior ao custo do capital investido

• Motivar continuamente nossos colaboradores e criar oportunidades de

desenvolvimento pessoal e profissional

• Ser uma empresa cidadã, participando da vida comunitária e

preservando o meio ambiente Agregar valor aos clientes, fornecendo

produtos e serviços competitivos internacionalmente

• Criar continuamente valor aos nossos acionistas através de uma

rentabilidade superior ao custo do capital investido

• Motivar continuamente nossos colaboradores e criar oportunidades de

desenvolvimento pessoal e profissional

• Ser uma empresa cidadã, participando da vida comunitária e

preservando o meio ambiente

VANTAGENS COMPETITIVAS

• Líder de mercado no Brasil

• Rede de distribuição e assistência técnica

Page 45: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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• Tecnologia de ponta

• Produtos e serviços sob medida

• Atuação integrada e sinérgica

• Eficiência operacional e logística

• Marca

• Presença em mais de 100 países

EXPANSÃO DA WEG NO MUNDO

• 1991 Weg Electric Motors Estados Unidos

• 1992 Weg Europe Bélgica

• 1994 Weg Equipamientos Electricos Argentina

• 1994 Weg Japan Japão

• 1995 Weg Austrália Austrália

• 1995 Weg Germany Alemanha

• 1997 Weg Electric Motors UK Inglaterra

• 1998 Weg France França

• 1998 Weg Scandinávia Suécia

• 1998 Weg Ibéria Espanha

• 1999 Weg México México

• 2001 Weg Itália Itália

• 2001 Weg Venezuela Venezuela

• 2002 Weg Portugal Portugal

• 2003 Weg Chile Chile

• 2003 Weg Colômbia Colômbia

Page 46: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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REDE DE SERVIÇOS

• 1.100 + Assistentes técnicos em todo o mundo

• 850 + Fora do Brasil

MERCADO

2003 R$ 2.015,1 Milhões

2004 R$ 2.639,1 Milhões

Motores Industriais de Baixa Tensão:

Mercado Mundial estimado em US$ 7 Bilhões

Page 47: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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Market Share da WEG estimado em 4%

Mercado Brasileiro estimado em US$ 200 Milhões

Market Share da WEG 80%

ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS

• Fortalecimento da Marca WEG no Brasil e no Exterior

• Internacionalização

• Contínua Inovação Tecnológica

• Atuação direta em grandes consumidores e empresas de engenharia.

• Fidelização de clientes.

• Ampla linha de produtos, sistemas eletroeletrônicos e tintas.

• Empresa com atuação global, com produtos competitivos e crescimento

constante em todas as suas linhas de produtos.

• Expansão para o Oriente (China e Índia).

• Construção ou aquisição de novas unidades fabris e ampliação da rede

de distribuição no exterior.

• Investimento contínuo em P&D – 2% da receita líquida.

• Intensificar programas de padronização de produtos e processos.

• Estratégia de Negócios

• Intensificar Sinergias/Soluções Industriais

CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS

APOIO NO PÓS-VENDA

• Aproveitar a estrutura de vendas existente para integrar a venda de

produtos e serviços.

• Fornecimento de pacotes elétricos e sistemas de automação industrial,

intensificando as sinergias.

Page 48: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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• Busca contínua de novos negócios de forma a agregar valor aos

produtos existentes da empresa

• Ampla rede de assistência técnica espalhada globalmente para estreitar

o relacionamento com o cliente após a venda.

• Customização.

EM RESUMO:

PONTOS FORTES:

• Ampla rede de distribuição e excelente assistência técnica

• Tecnologia de vanguarda

• Linha diversificada de produtos

• Presença em 60 países

• 1 to 1 Marketing (Projetos)

RESULTADOS:

• Líder de mercado no Brasil

• Produtos e serviços personalizados

• Reconhecimento da marca WEG

• Sólida situação financeira

• Crescimento elevado e consistente

Presença Global - Participação na Receita Bruta – 1º Sem/05

Page 49: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 48

VERTICALIZAÇÃO

A WEG possui estrutura integrada de produção, produzindo internamente

vários bens e serviços, que são consumidos no desenvolvimento das

atividades principais, gerando as seguintes vantagens :

ESCALA

Maior volume de produção gera ganhos de escala, necessário para competir

com concorrentes globais;

Alta eficiência operacional.

Agilidade

Total controle do abastecimento das linhas de produção

Qualidade

Produtos padronizados;

Possibilidade de aprendizagem contínua de todas as etapas do processo de

produção.

Custo

Produtos customizados, reduzindo custos de produção.

GESTÃO DE PESSOAS – “SE MOTIVADAS, SÃO A BASE DO ÊXITO”

Desde a fundação, o êxito da WEG esteve baseada na força transformadora de

seus colaboradores.

Com a instalação do parque fabril próprio, a partir de 1965, a empresa vive as

transformações na área industrial, com a introdução de novos sistemas de

produção. O mercado de trabalho não oferecia mão-de-obra qualificada, a

maioria vinda da agricultura.

Era preciso treinar, reciclar e reforçar os conhecimentos. Entra em cena o

professor espanhol Antônio Serrano de La Peña, que desenvolve um plano

Page 50: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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geral de treinamento. São meses de esforço concentrado de cursos e palestras

para todos, inclusive a diretoria. É criado um plano hierárquico de funções e

responsabilidades, com o objetivo de colocar o profissional certo no lugar certo.

O treinamento também abrange a equipe comercial. Em 1966, realiza-se a

primeira convenção nacional de vendas. Definitivamente a educação passa a

ser uma das prioridades, para o desenvolvimento e qualificação profissional,

sendo o Centro de Treinamento, criado em 1968, o destaque na formação de

jovens e adultos em cursos profissionalizantes. Hoje, cerca de 15% dos

colaboradores são ex-alunos do Centroweg.

Outra preocupação pioneira é com o bem-estar. Desde o início são comuns as

confraternizações. Em 1966 é instalada a associação recreativa, um clube para

a prática de esportes, festas e o congraçamento de colaboradores e familiares.

No mesmo ano, cria-se a primeira CIPA - Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes, zelando desde então pela saúde e a segurança.

Em 1991 é implantado o Programa WEG de Qualidade e Produtividade,

consolidando o processo da administração participativa.

Boa parte desses ótimos resultados influencia diretamente a vida na cidade.

Uma das formas mais visíveis é a distribuição de lucros aos colaboradores.

Além da injeção de capital em todos os setores da economia de Jaraguá que a

distribuição de lucros provoca, a WEG ainda participa de forma direta na

melhoria da qualidade de vida do município. “Os bons resultados da WEG

sempre foram e sempre vão ser sinônimo de bons resultados para Jaraguá do

Sul e toda a região”, afirma o diretor presidente Décio da Silva. “Um dos nossos

quatro compromissos é: ‘Ser uma empresa cidadã, participando da vida

Page 51: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 50

comunitária e preservando o meio ambiente.’ E na WEG, compromisso

assumido é compromisso cumprido”, completa.

RESPONSABILIDADE SOCIAL E COMUNITÁRIA

A história de ações sociais da WEG confunde-se com o desenvolvimento de

Jaraguá do Sul.

O crescimento da empresa e da cidade é entrelaçado em um parceria de

orgulho e sucesso.

Com os colaboradores, a WEG tem o compromisso de propiciar um ambiente

para o autodesenvolvimento profissional e pessoal. Como empresa cidadã

dispõe-se a gerar qualidade de vida.

As prioridades são educação, cultura e bem-estar. A boa saúde começa na

alimentação nutritiva e saudável servida em refeitórios próprios. Dispõe de

atendimento ambulatorial, médico e odontológico. Também contribui com os

hospitais da cidade. Mantém recreativas para o esporte e lazer.

A educação é prioridade absoluta, além de treinamento e bolsas de estudo, a

WEG lidera um programa para a formação de adultos, para completarem, no

mínimo, o ensino fundamental. O Centro de Treinamento forma em torno de

100 adolescentes e adultos por ano em cursos profissionalizantes.

Outro destaque da WEG é o setor de treinamento, que investe em cursos, tanto

internos quanto externos, para os colaboradores.

Criado em 1968 para suprir a falta de mão de obra na área de mecânica, o

Centroweg cresceu e diversificou suas atividades juntamente com a WEG.

Hoje, atua na formação de menores nas áreas de mecânica, eletrônica,

elétrica, mecatrônica e química, para menores, e mecânica para adultos.

Os alunos, que têm os mesmos direitos e deveres dos colaboradores da WEG,

Page 52: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

Página 51

passam 80% do tempo em um dos nove laboratórios, em aulas práticas. Com

idade variando entre os 15 e os 18 anos, recebem, além do ensino gratuito,

uma ajuda de custo.

Em pouco mais de 35 anos de atividades, mais de 2000 alunos foram formados

pelo centro de treinamento. Atualmente, 15% dos colaboradores da WEG são

ex-alunos do Centroweg.

Também são pioneiros os programas de previdência privada, participação nos

resultados, preservação do meio ambiente e investimento em cultura, a WEG

participa da construção do Centro Cultural de Jaraguá do Sul.

Em 1998 o jornal Notícias WEG transforma-se em WEG em Revista, com muito

mais informações e matérias mais abrangentes.

SISTEMAS DA QUALIDADE

Em 1997, recebeu o Prêmio Nacional da Qualidade, maior premiação brasileira

do setor.

Grande parte deste êxito deve-se à administração participativa, um conceito

aplicado desde o chão de fábrica. Os Círculos de Controle de Qualidade

(CCQ), implantados em 1982, já fazem parte da cultura da empresa. Através

desses grupos, cada colaborador pode apresentar sugestões sobre segurança

no trabalho, saúde e qualidade de vida. Muitas das sugestões resultam em

novos processos de produção e até em novas máquinas, gerando mais

economia e produtividade.

UMA REFERÊNCIA EM QUALIDADE AUTÊNTICA

Orientada por normas, processos, procedimentos e comportamentos, a WEG

institui a qualidade autêntica, visando a satisfação do cliente.

Esta determinação tem o reconhecimento público, como o Prêmio Petrobrás de

Page 53: TCC Gestão Empresas WEG  Eduardo Luis Olinger

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Qualidade (1986 e 96) e o Prêmio Nacional da Qualidade (1997), equivalente

aos prêmios Deming, do Japão e Malcom Baldrridge, dos Estados Unidos.

É uma das pioneiras no Brasil na administração participativa, sendo também

uma das primeiras empresas brasileiras a adotar a participação nos resultados.

Com a implantação do programa visa atingir padrões internacional de

qualidade e produtividade. Em 1992, foi uma das primeiras empresas

brasileiras a ser certificada pelas normas da ISO 9001, confirmando a gestão

da qualidade total. Sempre na vanguarda de programas inovadores, a WEG

chega ao TQC (Total Quality Control).

SISTEMAS DA QUALIDADE - O COMPROMISSO DE FAZER O ME LHOR

A WEG incorpora definitivamente a cultura da qualidade. É um princípio básico

que se transforma em pré-requisito. Para conquistar níveis competitivos de

eficiência e produtividade, percorre um longo caminho.

A busca incessante por melhorias contínuas é histórica. É uma pioneira na

inspeção da qualidade durante o processo de fabricação, já em 1964, quando

os motores saem da linha de montagem com o “carimbo da qualidade”.

Outro personagem de destaque na história é Walter Christian, diretor do

Instituto Brasileiro da Qualidade, Em 1969, com Walter Christian (Dono de

uma biblioteca de literatura técnica, ele doa as publicações de seu acervo e

teve seu nome consagrado na biblioteca da WEG.); ele tem atuação decisiva

nos programas de reformulação de produtos e da organização industrial, no

período de transformações entre 1968 e 1974. É criada uma “política da

qualidade” e em 1974 surgem os grupos de racionalização, três anos depois

realiza-se a primeira campanha do “zero defeito”, depois também chamada de

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“guerra contra o defeito”. Aparece então a seção de normalização, que desde

1978 coordena criação e o fluxo de normas técnicas.

Em 1981 surge o manual da qualidade e os círculos de qualidade, CCQ.

Durante 20 anos ininterruptos de criatividade, entusiasmo e participação efetiva

dos colaboradores, o CCQ da WEG é um modelo, que anualmente reúne em

uma exposição os trabalhos de destaques de cada equipe.

ATÉ O ANO 2007 SEREMOS:

O maior fabricante mundial de motores elétricos industriais de baixa tensão

• Empresa líder no Brasil e de referência internacional em motores alta

tensão, geradores, drives e motores fracionários

• Empresa de referência latino-americana em transformadores e

dispositivos elétricos baixa tensão

• Empresa de referência latino-americana em sistemas eletroeletrônicos

industriais e sistemas para geração de energia

• Empresa líder de eletroisolantes e de tintas industriais do Brasil

A WEG é referência em sua especialidade e abocanha 4% do mercado mundial

– o que a coloca entre as dez maiores do planeta. Para aperfeiçoar seus

motores, a WEG investe 3% do faturamento em P&D – ou seja, cerca de R$

33,5 milhões anuais. Só nesse departamento há 500 engenheiros, sem contar

os pesquisadores que trabalham nas universidades e em outras instituições.

Apostando também na internacionalização como estratégia de negócio, a

empresa mantém fábricas no México, na Argentina, em Portugal e na China,

assim como 18 representações comerciais em diversos lugares do mundo.

Para completar, a WEG procura estar sempre atenta às tendências do

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A penetração dos produtos da WEG lá fora é possível graças a um

planejamento minucioso. A companhia atuava no México, desde 2000, mas só

ergueu sua fábrica no país, em maio de 2005, quando tinha certeza de que o

mercado local era seguro e lucrativo. “Exportar não é fácil”, diz Décio da Silva,

presidente da empresa. Para competir em pé de igualdade com gigantes como

a japonesa Mitsubish e a sueca ABB, a WEG disputa cada cliente e corre sem

parar atrás de novidades. “No setor de motores elétricos, a tecnologia

comprada está sempre em atraso. Para que nosso produto seja competitivo e

inovador, é preciso desenvolver tecnologia própria”.

A WEG pode ser considerada um benchmark para o setor industrial brasileiro.

Hoje, poucas empresas desenvolvem e aplicam componentes tecnológicos nos

produtos que vendem no mercado internacional. A pauta brasileira de

exportações, em grande parte, é composta por produtos primários – como

metais, derivados de tecidos, matérias-primas e mercadorias da agropecuária.

Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI),

apenas 30% das exportações brasileiras são de produtos considerados de

média e alta tecnologia. No primeiro caso, estão incluídos os equipamentos

mecânicos, automóveis e máquinas elétricas. No segundo, produtos de

informática, eletroeletrônicos, farmacêuticos, aviões e química fina. Esse

percentual revela um atraso em relação ao mercado internacional. Hoje, 65%

de tudo o que se compra no mundo é composto por equipamentos com médio

e alto conteúdo tecnológico. “Parte das indústrias brasileiras ainda fica receosa

em produzir tecnologia visando à exportação, seja por uma questão cultural ou

por falta de experiência”, avalia Luiz Gustavo Fraxino, presidente do Comitê de

Comércio Internacional da Câmara Americana de Comércio em Curitiba.

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O Brasil continua sendo o centro produtivo da WEG, mesmo com a expansão

da empresa no exterior. Nos próximos 3 anos, devemos investir mais de R$

150 milhões na modernização e expansão dos parques fabris no Brasil. A

estratégia da WEG é dividida em duas partes: no Brasil, fornecer soluções

industriais completas, como sistemas de automação e geração de energia; no

mundo, o foco é em motores elétricos e inversores.

A WEG pretende iniciou a produção na Ásia em 2004, através da aquisição de

um fabricante local. A opção pela Ásia, além de logística, leva em conta a

necessidade de ter o status de fabricante local e faz parte da estratégia

mundial da WEG de ter um grande centro de produção no Brasil e fábricas

localizadas em cada continente. A Índia é um mercado totalmente fechado,

mas como o país tem enfrentado problemas de fornecimento de energia,

reduziu impostos de importação de equipamentos para geração e transmissão.

Nesse nicho de mercado a WEG tem atuado com motores de alta tensão e

geradores, sendo estes os principais produtos comercializados pela filial aberta

recentemente, que conta com uma equipe de 12 pessoas. A China é nossa

primeira base de produção na Ásia, mas a aquisição de uma fábrica no país

serve para atender o mercado asiático como um todo, não para exportar para

os Estados Unidos, a Europa ou mesmo o Brasil.

CONCLUSÕES

A origem da cultura WEG está nos três fundadores. Eles começaram a

empresa muita pequena, com o firme propósito de deixá-la forte antes dos

fundadores ficarem ricos. Em uma organização, a sua cultura e seus valores

são o patrimônio mais forte e permanente. Prédios, máquinas, equipamentos,

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tudo isso é efêmero, tudo isso passa e se torna obsoleto com o tempo. A

cultura da WEG, esse legado que recebemos dos três fundadores, sempre foi

baseada na valorização das pessoas, na visão de longo prazo e numa gestão

moderna e acima de tudo participativa. Empreendedores são pessoas comuns,

porém com ideais e objetivos bem definidos e uma profunda convicção em si

mesmo. Através deste trabalho, percebe-se que no caso da WEG S/A, os três

fundadores tinham a fome insaciável dos que nascem para escrever algumas

linhas a mais no capítulo que cada um de nós deve produzir no livro da vida.

Eram homens de trabalho, realizadores, que possuem uma chama que queima

mais forte, ainda que silenciosa, mas que consome e ilumina os homens

capazes de produzirem mais. O sonho deles, tornou-se uma importante

realidade para a pequena cidade de Jaraguá do Sul, bem como para o país.

Praticaram o marketing “boca a boca”; foram conquistando o mercado

progressivamente, ampliando seu raio de ação de local, para estadual,

regional, nacional, e hoje é uma corporação global, presente nos cinco

continentes, e em franca expansão.

Souberam evoluir, evitando conflitos familiares, profissionalizando a sucessão

dos quadros administrativos da empresa.

A política de qualidade adotada, se revelou um grande diferencial. Os produtos

WEG, no setor, são sinônimos de confiabilidade.

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