TCC Logistica Reversa

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UNIVERSIDADE PAULISTA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL E SUPPLY CHAIN NÚBIA TEREZA SILVA DOS SANTOS LOGÍSTICA REVERSA DE ESPONJAS DOMÉSTICAS: O CASO DA SCOTCH-BRITE 3M DO BRASIL Campinas-SP 2015

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UNIVERSIDADE PAULISTA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL E SUPPLY CHAIN

NÚBIA TEREZA SILVA DOS SANTOS

LOGÍSTICA REVERSA DE ESPONJAS DOMÉSTICAS: O

CASO DA SCOTCH-BRITE – 3M DO BRASIL

Campinas-SP 2015

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NÚBIA TEREZA SILVA DOS SANTOS

LOGÍSTICA REVERSA DE ESPONJAS DOMÉSTICAS: O CASO DA SCOTCH BRITE – 3M DO BRASIL

Monografia apresentada como requisito para a aprovação no Programa de Pós-Graduação Latu Sensu – MBA em Logística Empresarial e Supply Chain, sob orientação do Prof. MsC. Maurício Cassar.

Campinas - SP 2015

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NÚBIA TEREZA SILVA DOS SANTOS

LOGÍSTICA REVERSA DE ESPONJAS DOMÉSTICAS: O CASO DA SCOTCH BRITE – 3M DO BRASIL

Trabalho Monográfico apresentado como requisito para aprovação no Programa Pós-Graduação Latu Sensu – MBA em Logística Empresarial e

Supply Chain, avaliado conforme segue:

Conceito Final:

Data da Avaliação: ____/____/_____ Professores Avaliadores:

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DEDICATÓRIA

Minha dedicatória vai primeiramente a Deus, que tem me capacitado em

tudo aquilo que tomo com desafio para minha vida, seja tanto no lado pessoal

como no profissional.

Dedico a todas as pessoas que de alguma maneira tiveram uma

participação nessa pesquisa, a fim de colaborar com informações que possam

ajudar tanto pessoas como o meio ambiente.

“Eis que nenhum trabalho é em vão no Senhor”.

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AGRADECIMENTO

“Em nosso negócio, uma pessoa não consegue fazer muita coisa isoladamente.

Você tem de criar um time a seu redor.” (STEVE JOBS)

Tenho que agradecer muitas pessoas que dedicaram um minuto do seu tempo

em me ajudar com informações que complementaram a minha pesquisa. Para um bom

desenvolvimento do meu trabalho, precisei contar com colaborações estratégicas, ou

seja, pessoas que estivessem à frente desse projeto de reciclagem que pudessem me

transmitir à essência desse projeto, informações que me direcionaram a buscar cada

vez mais uma visão de um todo, o porquê do investimento em reciclagem de esponjas

domésticas.

Agradeço a equipe 3M: Emerson Mota (responsável pelo projeto) ao qual me

deu suporte em relação às informações técnicas do projeto; à Lienne Pires. Meu

agradecimento também vai para o Agnaldo Honório/Q.A da 3M do Brasil, ao qual me

passou instruções que foram de grande valia para o desenvolvimento desse trabalho.

Uma pessoa de grande bagagem profissional que me serviu de exemplo para

desenvolver um bom trabalho.

A ideia para essa pesquisa surgiu através de uma conversa com um Engenheiro

de Embalagens da 3M, busquei uma direção, já tinha em mente fazer algo voltado para

a Logística Reversa, só não havia definido o produto que iria estudar, surgiram muitas

ideias, mas defini pelas Esponjas Domésticas através da sugestão do Luciano

Parmegianni (3M).

Agradeço também a equipe da TerraCycle, em especial à Julia Worcemann ao

qual me repassou todas as informações sobre o processo geral desse projeto de

reciclagem.

Espero que essa pesquisa possa contribuir de alguma forma para a continuidade

e aprimoramento desse projeto através da conscientização da sociedade.

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Não há nada mais difícil de controlar, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto no seu sucesso, do que liderar a introdução de uma nova ordem. (MAQUIAVELLI, N; 1469).

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RESUMO O presente trabalho tem por objetivo apresentar os benefícios que a implantação do processo de Logística Reversa pode trazer para a empresa, sociedade e para o Meio Ambiente. No decorrer do desenvolvimento dessa pesquisa foi possível destacar o conceito e benefícios da Logística Reversa, ao qual vem a tratar dos bens descartados no sistema logístico, como o caso das esponjas domésticas, resíduos e outros materiais não reutilizados após sua venda e consumo. A implantação da logística reversa na empresa exige o controle de todas as informações necessárias para o retorno do material ao ciclo produtivo, pois um planejamento correto agrega valores econômicos, ecológicos, logísticos, entre outros. Este trabalho enumera algumas razões que podem levar as empresas a praticarem a logística reversa, sendo uma fonte de vantagem competitiva para uma estratégica empresarial, chegando a obter até reduções de custos em seus processos. O método utilizado é a pesquisa bibliográfica, realizada através do levantamento em fontes secundárias, como consultas a livros, artigos científicos e revistas especializadas. Essa pesquisa também contou com informações sobre o Projeto Brigada de Esponjas Scotch-Brite ao qual tem como objetivo a Reciclagem de Esponjas domésticas. Tal projeto é uma parceria da empresa 3M do Brasil com a TerraCycle afim de dar a destinação correta às esponjas domésticas, sejam elas de qualquer marca. O projeto também tem teor social, às quais instituições são ajudadas através do programa de coletas.

Palavras-chaves: Esponjas. Logística Reversa. Meio Ambiente. Reciclagem.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8

1. CONCEITOS DE LOGÍSTICA REVERSA ............................................................. 9

1.1 Ciclo Reverso de Pós-Consumo e Pós-Venda ............................................. 16

1.2 IMPORTANCIA DA LOGISTICA REVERSA PARA A EMPRESA, SOCIEDADE

E MEIO AMBIENTE ............................................................................................... 21

1.2.1 Objetivos e benefícios ambientais da implantação da LR: ............................ 23

1.2.1.1 Objetivos: ................................................................................................ 23

1.2.1.2 Benefícios: .............................................................................................. 23

1.2.2 Objetivos e benefícios econômicos da implantação da LR: .......................... 24

1.2.2.1 Objetivos ................................................................................................. 24

1.2.2.2 Benefícios ............................................................................................... 24

2. A 3M DO BRASIL E AS ESPONJAS DOMÉSTICAS .......................................... 25

2.1 A História da 3M do Brasil ............................................................................. 25

Visão 3M ............................................................................................................. 26

Valores 3M .......................................................................................................... 26

2.2 A marca Scoth-Brite ...................................................................................... 27

2.3 A TerraCycle ................................................................................................. 29

3. A LOGÍSTICA REVERSA DAS ESPONJAS 3M DO BRASIL E O PROJETO

BRIGADA DE ESPONJAS SCOTCH-BRITE PELA EMPRESA TERRACYCLE ....... 32

3.1 Situação atual do projeto ............................................................................... 36

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 40

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 42

ANEXO ..................................................................................................................... 46

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INTRODUÇÃO

No atual cenário econômico, onde a competitividade tem feito com que as

empresas se adéquem as mudanças com muita agilidade e flexibilidade, tem se notado

o interesse em questões que visam à minimização de impactos ambientais, a fim de

criar uma imagem melhor da empresa perante a sociedade. O que se tem notado

também é que controlando a geração e a destinação de resíduos/ materiais, tem-se

obtido resultados significantes como a redução de custos, fidelização de clientes e

reconhecimento de empresa sustentável perante a sociedade. Tal processo é

conhecido como Logística Reversa (LR).

A Logística Reversa vem para tratar não somente da produção de produtos ou

prestação de serviços, mas também para mostrar o interesse na destinação final

desses materiais, sendo assim, gerenciando o fluxo logístico que trata dos materiais

desde o ponto de consumo até o ponto de origem, obtendo a eficiência da cadeia de

retorno de produtos.

Portanto, esse trabalho tem como objetivo geral identificar os benefícios que a

implantação da Logística Reversa pode proporcionar tanto para a empresa, como

sociedade e meio ambiente, analisando a importância do crescimento de tal processo

como forma de contribuir para a sustentabilidade. Para tais questões e discussões

sobre os benefícios da implantação do Processo da Logística Reversa, a metodologia

desse trabalho foi baseada em pesquisas bibliográficas considerando livros, artigos e

publicações.

A pesquisa também contou com o estudo sobre o Projeto Brigada de Esponjas

Scotch-Brite ao qual tem como objetivo a Reciclagem de Esponjas, produto foco

pesquisado nesse trabalho. O projeto é uma iniciativa da empresa 3M do Brasil em

parceria com a empresa TerraCycle, ao qual é a responsável pelo processo de retorno

das esponjas ao ciclo produtivo, tornando assim matéria-prima para produção de outros

produtos.

A fabricação de esponjas é feita com um tipo de plástico considerado de difícil

reciclagem, por isso o tempo de decomposição desse material no meio ambiente é

indeterminado, além de contribuir com a preservação do meio ambiente, o consumidor

tem a chance de se engajar em uma causa social participando do projeto de reciclagem

das esponjas.

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1. CONCEITOS DE LOGÍSTICA REVERSA

A logística reversa (LR) é uma ferramenta muito essencial e vem se destacando

por ser uma ferramenta que pensa também no meio ambiente, gerenciando resíduos e

dando a eles a destinação correta. Ao falar em logística reversa logo assuntos como

reciclagem e devolução se tornam primeiros conceitos a serem vistos.

Segundo Marcondes e Cardoso (2005), a LR já havia sendo estudada pela

indústria seriada desde 1975 em países desenvolvidos, como Inglaterra e EUA,

somente na última década, começou a ser estudada no Brasil.

Conforme Leite (2009) os primeiros estudos sobre a LR surgiram por volta da

década de 70 e 80, onde o foco principal estava relacionado ao retorno de bens a

serem processados em reciclagem de materiais.

Leite (2009; p.16 e 15) define a logística reversa como sendo:

A área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando- lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outras.

Essa questão da imagem da empresa perante a sociedade, caracterizando seria

a imagem corporativa, onde os consumidores avaliam e buscam de certa forma

empresas que sejam ecologicamente corretas.

De acordo com Ponchirolli (2007, p. 58),

A imagem – seja de empresa, de produto, de marca – é desenhada na mente das pessoas com base em atributos desejáveis ou rejeitáveis, pautados em valores, formando assim um conceito favorável ou desfavorável, imagem positiva, negativa ou neutra, da empresa.

Para complementar essa definição, Pereira (2010) citou em sua pesquisa o

conceito dado por Adlmaier e Sellitto (2007):

Área da logística empresarial que visa gerenciar, de modo integrado, todos os aspectos logísticos do retorno dos bens ao ciclo produtivo, por meio de canais de distribuição reversos de pós-venda e de pós-consumo, agregando-lhes valor econômico e ambiental (...) pela sua reintegração a um ponto do ciclo produtivo de origem, ou a outro ciclo produtivo, sob a forma de insumo ou matéria-prima.

O conceito de logística reversa tem evoluído com o decorrer dos anos,

inicialmente sua prática tratava-se da movimentação dos bens de um canal de

distribuição, hoje conforme Rodrigues et al (2002), tal conceito tem ganhado novas

abordagens, a logística reversa está sendo vista como a logística do retorno dos

produtos, redução de recursos, reciclagem e ações para substituição e reutilização de

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materiais, disposição final de resíduos e reparação, reaproveitamento e remanufatura

de materiais, sendo incluída também em sua definição a questão da eficiência

ambiental.

Logística Reversa é “o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recuperação de valor ou descarte apropriado para coleta e tratamento de lixo”. (ROGERS; LEMBKE, 1999 apud RIBEIRO, 2011).

A LR procura encontrar um meio eficiente de trazer do ponto de consumo, os

bens e materiais que foram vendidos, até o ponto de origem. A logística reversa

quando utilizada pelas organizações, acaba passando para seus clientes a imagem de

uma empresa sustentável, que se preocupa com o meio ambiente. (DIAS, 2005).

Um [...] aspecto diz respeito ao aumento da consciência ecológica dos consumidores, que esperam que as empresas reduzam os impactos negativos de sua atividade ao meio ambiente. Isso tem gerado ações por parte de algumas empresas que visam comunicar ao público uma imagem institucional “ecologicamente correta”. (LACERDA, 2003).

O profissional de logística não se preocupam somente com a movimentação

física dos materiais, e sim com o processo/ fluxo como um todo, desde o planejamento

da compra da matéria-prima até a entrega no cliente, a fim de satisfazer suas

necessidades. (SILVA, 2009).

A ideia central da logística reversa é a recuperação de valor através do retorno dos bens ao processo produtivo ou ao ciclo de negócios. Além disso, fatores relacionados a questões ambientais de relacionamento com o cliente e imagem corporativa, ressaltam o papel estratégico da logística reversa. (GONTIJO; DIAS; WERNER, 2010).

A LR vem para atender uma futura legislação ambiental, onde as empresas

precisam tornar-se mais responsáveis por todo o ciclo de vida de seus produtos, ou

seja, legalmente responder pelo destino após a entrega dos produtos ao seu

consumidor final e pelo impacto que eles produzem ao meio ambiente. Tal prática traz

aspectos de que a empresa possui como cultura à prática de conscientização

ecológica, que se preocupa também como o meio ambiente.

Foi aprovada em 2010 a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei federal

n° 12.305/2010), ao qual impôs uma nova maneira de como as empresas devem lidar

com a destinação final de seus resíduos sólidos. Alguns processos como a reciclagem,

coleta seletiva e a logística reversa vem para formarem a base dessa estrutura.

Segundo a Lei n° 12.305 de 2 de Agosto de 2010 a Logística Reversa é o:

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Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;

Lian (2012) define logística reversa como:

Uma ferramenta importante o chamado ciclo fechado de produção. Se a empresa tem obrigação de dar destino aos seus resíduos, nada mais óbvio que eles voltem como insumo para a sua ou para outra fábrica.

O pensamento Logístico pode ser visto como o processo que o produto chegue na hora certa, no lugar certo, no tempo determinado que o cliente precise comprar aquele produto, ou seja, o fluxo de materiais do ponto de aquisição do produto até o ponto final de consumo. Já a LR é vista de forma contraria do pensamento logístico. Pensa-se que de onde sai do ponto final de consumo, e volte para a sua origem ou local certo. A LR faz o reaproveitamento dos produtos que são coletados em diversas localizações, precisam de uma logística para ser consolidados em armazéns, ou algum local apropriado, e reaproveitados, seja de manufaturado ou recondicionado. (NUNES, 2011).

A função da logística direta é encaminhar o produto para centros de distribuição,

destes para o mercado e assim chegando ao consumidor final, no caso da logística

reversa é o inverso, adquiriram-se os produtos/ materiais e depois devolve às suas

origens para tratamento, disposição final ou reciclagem.

Em termos práticos a logística reversa tem como objetivo principal reduzir a poluição do meio ambiente e os desperdícios de insumos, assim como a reutilização e reciclagem de produtos. Por exemplo, organizações como supermercados, industriais e lojas descartam volumes consideráveis de material que podem ser reciclados como papel, papelão, pallets de madeira, plástico, entre outros resíduos industriais com grande potencial de reutilização ou reciclagem. (SHIBAO; MOORI; SANTOS, 2010).

Segundo Silva (2009), a logística reversa visa abordar o gerenciamento eficiente

do processo de recuperação dos produtos.

Para Oliveira e Silva (2005, p. 02) a logística reversa:

É um termo bastante genérico. Em seu sentido mais amplo, significa todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais. Refere-se a todas as atividades logísticas de coletar, desmontar e processar produtos e/ou materiais usados a fim de assegurar uma recuperação sustentável.

A logística de fluxos de retorno, ou logística reversa, visa à eficiente execução

de recuperação de produtos. (GOMES; RIBEIRO, 2004 p.140).

Mueller (2005) citou algumas diferenças consideradas fundamentais ao qual

difere a Logística convencional e seu sistema reverso:

“Na Cadeia Logística convencional os produtos são puxados pelo sistema, enquanto que na Logística Reversa existe uma combinação entre puxar e empurrar os produtos pela cadeia de suprimentos. Isto acontece, pois há, em muitos casos, uma legislação que aumenta a

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responsabilidade do produtor. Quantidades de descarte já são limitadas em muitos países. Os Fluxos Logísticos Reversos não se dispõem de forma divergente, como os fluxos convencionais, mas sim podendo ser divergentes e convergentes ao mesmo tempo. O processo produtivo ultrapassa os limites das unidades de produção no sistema de Logística Reversa. Os fluxos de retorno seguem um diagrama de processamento pré-definido, no qual os produtos (descartados) são transformados em produtos secundários, componentes e materiais. Os processos de produção aparecem incorporados à rede de distribuição. Ao contrario do processo convencional, o processo reverso possui um nível de incerteza bastante alto”.

Para Mentzer et al (2001), a implantação da logística reversa pode provir da

necessidade de se pensar na sensibilidade ecológica, ou seja, a conscientização das

pessoas em relação as suas atitudes e seus processos hoje, visando às gerações

futuras.

Cabral (2011) ainda cita que para alcançar o objetivo do desenvolvimento

sustentável é necessário um planejamento onde se possa reconhecer que os recursos

naturais são finitos, com o desenvolvimento sustentável uma nova visão é criada onde

o objetivo seria o equilíbrio dos diversos aspectos ecológicos.

Em termos mais práticos, Shibao et al (2010) diz que o objetivo principal da LR é

“reduzir a poluição do meio ambiente e os desperdícios de insumos, assim como a

reutilização e reciclagem de produtos. Como exemplo, podemos destacar os

supermercados, indústrias e lojas que descartam um volume bem considerável de

material que podem ser reciclados como papel, papelão, pallets de madeira, plástico,

entre outros resíduos industriais com grande potencial de reutilização ou reciclagem”.

Na tabela 1 abaixo, encontra-se várias definições para o termo de logística

reversa, juntamente a cada definição uma perspectiva foi atribuída. (VALLE; COSTA,

2006).

Tabela 1: Definições sobre a logística reversa

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Fonte: (VALLE; COSTA, 2006).

Para Felizardo (2003, p. 35), o objetivo da LR é agregar valor a um produto que

possuem componentes ou não de uso, resíduos industriais e produtos que apresentam

fim de sua vida útil.

Rodrigues et al (2002) cita algumas razões em seu estudo que apontam o que

estimulou a logística reversa:

Sensibilidade ecológica: baseado na questão da sustentabilidade;

Pressões legais: baseado na aprovação recente da Lei 12.305, Política

Nacional de Resíduos Sólidos, onde a responsabilidade da destinação dos

resíduos deixa de ser do estado e passa para os fabricantes;

Redução do ciclo de vida;

Imagem diferenciada: empresa sendo vista pela sociedade como

ecologicamente correta;

Redução de custos: através da reutilização de embalagens retornáveis e

reaproveitamento de materiais.

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Lacerda (2002) cita três motivos para o uso da Logística Reversa, são elas as

relacionadas às questões ambientais, onde as empresas devem ser legalmente

responsáveis pelo destino dos resíduos/ materiais; as relacionadas à diferenciação de

serviço, como o retorno de produtos e por ultimo os relacionados à questão de redução

de custo, onde se pode ver um considerável retorno quanto, por exemplo, a questão de

reciclagem de embalagens.

No estudo de Gontijo; Dias e Werner (2010) foi citado que a preocupação

crescente em optar pelas práticas da Logística Reversa deve-se por alguns fatores, tais

como:

Escassez de materiais;

Aumento do volume de distribuição;

Material de custo mais barato ou já pré-processado;

Custo de disposição final;

Globalização de mercados;

e custos de retornar os resíduos.

Em relação à reciclagem e a devolução de materiais, Cabral (2012) considera

que “ter esse tipo de conduta faz parte das preocupações constantes das empresas

que adotam a sustentabilidade e a responsabilidade social como diferenciais de seus

negócios”.

Gontijo et al (2010) declara que a LR vem propor que é possível ter crescimento

econômico preservando ao mesmo tempo o meio ambiente. Ainda citam que a ideia

central da logística reversa está voltada para a recuperação de valor através do retorno

dos bens ao processo produtivo ou ao ciclo de negócios.

A logística reversa é responsável por viabilizar o retorno dos materiais e produtos, após sua venda e consumo, por meio de canais de distribuição reversos, acrescentando valores aos mesmos. O material descartado pelo consumidor devera ser recolhido para ser reutilizado ou descartado corretamente. (GONTIJO; DIAS; WERNER, 2010).

A preocupação com o consumo sustentável tem crescido devido que as

legislações ambientais têm se tornado mais exigentes, onde os fabricantes são

responsáveis pela vida útil de seus produtos e também resíduos que são gerados

durante o processo produtivo. (DAHER; SILVA; DONSECA, 2006).

Leite (2003) classifica os bens de acordo com sua vida útil em:

Bens duráveis: bens que possuem vida útil que varia de alguns anos e

algumas décadas;

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Bens semiduráveis: materiais que possuem uma vida útil intermediária, entre

durável e descartável, sua vida corresponde a meses, dificilmente é superior

a dois anos;

Bens descartáveis: bens que tem vida útil de descartes de apenas algumas

semanas, raramente passam de seis meses.

Ainda para o autor, a implantação da logística reversa depende de condições

essenciais, como:

Remuneração em todas as etapas reversas;

Qualidade dos materiais reciclados;

Escala econômica de atividades;

Mercado para os produtos com o conteúdo reciclado.

Segundo Leite (2012), “Para não conturbar a sociedade, tudo que vai para o

mercado poderia voltar e ser reaproveitado”.

É necessário que haja uma inspiração legislativa para que os fabricantes percebam, por exemplo, que a contaminação dos componentes de produtos de informática ou a poluição por excesso (caso dos pneus) conturba a vida urbana da sociedade. (LEITE, 2012).

Uma pesquisa quantitativa elaborada por Felipe (2009) com 8 (oito) empresas

associadas à Associação Empresarial de Criciúma – ACIC, demonstra o conhecimento

e a aplicação que possuem do processo de LR, conforme Figura 1:

Figura 1: Conhecimento e Aplicação

Fonte: Felipe (2009, p. 44)

Conforme pesquisa o maior índice (50 %) indica que as maiorias das empresas

já praticam o processo de logística reversa em sua cadeia produtiva.

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1.1. Ciclo Reverso de Pós-Consumo e Pós-Venda

Uma parcela dos bens que são vendidos por meio da cadeia de distribuição direta retorna ao ciclo de negócios ou produtivo pelos canais de distribuição reversos. Os bens de pós-venda, um pouco ou sem nenhum uso, constituem os canais reversos de pós-vendas, enquanto os bens de pós-consumo, que foram usados e não apresentam interesse ao primeiro possuidor, serão retornados pelos canais reversos de pós-consumo. (LEITE, 2003, p.12). Os bens de pós-vendas retornam por diferentes motivos e utilizam, em grande parte os próprios canais de distribuição direta, enquanto os bens de pós-consumo possuem uma organização própria que dará origem ao gerenciamento reverso. Os canais reversos de pós-consumo subdividem-se em reversos de reuso de bens duráveis de semiduráveis, de desmanche de bens duráveis e de reciclagem de produtos e materiais constituintes. (SILVA, 2009).

Segundo Leite (2009) a LR pode ser dividida em duas áreas de atuação:

Logística reversa de pós-venda e Logística reversa de pós-consumo:

A logística reversa de pós-venda está relacionada à devolução dos produtos que

tenha pouco ou nenhum uso.

O fluxo de bens de pós-venda pode se originar de várias formas, por problemas de performance do produto ou por garantias comerciais; ao mesmo tempo, pode se originar em diferentes momentos da distribuição direta, ou seja, do consumidor final para o varejista ou entre membros da cadeia de distribuição direta. (LEITE, 2003 p.9).

Enquadram-se nesse processo os produtos que tenham pouco ou nenhum uso,

com defeito, que vão para a assistência técnica ou que por algum motivo foram

devolvidos pelo consumidor, como por exemplo: computadores, notebooks, netbooks e

outros aparelhos de informática. (CABRAL, 2012).

Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico que é devolvido por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no produto, avarias no transporte, entre outros motivos. Este fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta dependendo do objetivo estratégico ou motivo de seu retorno. (LEITE, 2002).

Leite (2003) venha a definir a logística reversa de pós-vendas como:

“a específica área de atuação da logística reversa que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes do bem de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta, que constituem uma parte dos canais reversos pelos quais fluem esses produtos.”

Segundo Leite (2003), esses bens que se enquadram no fim da vida útil são

denominados produtos de pós-consumo que podem ser enviados a destinos finais

tradicionais, como a cremação ou os aterros sanitários, considerados meios seguros de

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estocagem e eliminação, ou retornar ao ciclo produtivo por meio de canais de

desmanche, reciclagem ou reuso, estendendo assim sua vida útil.

Quanto à logística reversa de pós-consumo vem a tratar dos produtos que foram

utilizados até o fim de sua vida útil, mas mesmo após o seu descarte tem alguma

utilização, isso através da reciclagem, reuso ou desmanche.

Nesses casos, portanto, os canais reversos de ‘reuso’ são definidos como aqueles em que se tem a extensão do uso de um produto de pós-consumo ou de seu componente, com a mesma função para a qual foi originalmente concebido, ou seja, sem nenhum tipo de remanufatura. (LEITE, 2003 p.06).

Sinnecker (2007, p. 38) comenta que:

[...] constituem-se bens de pós-consumo dos produtos em seu fim de vida útil ou usada com possibilidade de utilização bem como, os resíduos industriais em geral. Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. Estes produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e fluírem por canais reversos de Reuso, Desmanche, Reciclagem até a destinação final.

Guarnieri (2005) caracteriza a logística reversa de pós-consumo através do

planejamento e disposição final dos bens de pós-consumo, que são aqueles bens que

já estão no final de sua vida útil.

Leite (2003) divide os bens de pós-consumo em três categorias:

Bens descartáveis: considerados os produtos que tem vida útil curta, como

embalagens, brinquedos, materiais para escritório, suprimentos para

computadores, artigos cirúrgicos, pilhas de equipamentos eletrônicos, fraldas,

jornais, revistas, e outros;

Bens duráveis: São produtos que variam sua vida útil em alguns anos ou até

décadas. Bens que satisfazem a vida social. Fazem parte dessa categoria os

automóveis, os eletrodomésticos, os eletrônicos, as máquinas e os

equipamentos industriais, os edifícios de diversas naturezas, os aviões, as

construções civis, os navios, entre outros;

“Um bem durável é composto por uma série de componentes com diferentes durações de vida e que poderão ser substituídos ao longo da vida do bem, dando origem a fluxos em canais reversos próprios”. (LEITE, 2003).

Bens semiduráveis: considerados produtos quem tem vida útil curta, oscilam

entre duráveis e semiduráveis, são eles bateria de veículos, óleos lubrificantes,

baterias de celulares, computadores e seus periféricos, revistas especializadas,

entre outros.

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Leite (2003) cita que o principal foco da logística reversa em relação aos bens

de pós-consumo esta voltado à preocupação desses bens ao processo produtivo por

meio de desmanche, reciclagem ou reuso.

A logística reversa de pós-consumo aborda algumas atividades que podem

trazer benefícios ao meio ambiente, uma das principais atividades, hoje já praticadas

por muitas empresas é a reciclagem.

‘Reciclagem’ é o canal reverso de revalorização, em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias-primas secundárias ou recicladas que são reincorporadas à fabricação de novos produtos. (LEITE, 2003 p.07).

Leite (2009) ainda cita algumas vantagens obtidas através da reciclagem:

Economia de energia economia de energia e matérias-primas, reduzindo

desperdícios e a poluição do ar, água e do solo;

Redução do lixo nos aterros sanitários;

Geração de renda pela comercialização dos itens recicláveis e processos

logísticos reversos.

A aplicação da logística reversa de pós-consumo pode proporcionar vantagens

de fator econômico para as empresas, visando à utilização de materiais recicláveis que

foram reintegrados ao ciclo produtivo, tornando os preços menores em relação à

compra de matérias-primas, gerando assim uma economia através do menor custo

produtivo com menor utilização de recursos naturais. (Leite, 2003).

Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. Estes produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e fluírem por canais reversos de Reuso, Desmanche, Reciclagem até a destinação final. (LEITE, 2002).

Segundo Leite (2002) essas duas áreas de atuação da logística reversa tem sido

tratada independentemente até então pela literatura, diferenciada pelo estágio ou fase

do ciclo de vida útil do produto retornado, na Figura 2 abaixo, está relacionado à área

de atuação e as etapas da LR.

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19

Figura 2: Logística Reversa – Área de Atuação e Etapas Reversas

Fonte: Leite (2002). Revista Tecnologística.

Leite (2003) cita que através dessas cadeias/áreas podem-se destacar alguns

benefícios, como a: competitividade, retorno financeiro e imagem corporativa.

Abaixo segue Figura 3, apresentada na pesquisa de Ferreira (2011).

Figura 3: Fluxos reversos: agregando valor (adaptado de LEITE, 2003, p. 207)

Abaixo na Figura 4 segue detalhado o fluxograma da logística reversa do pós-

consumo e na Figura 5 o fluxograma da logística do pós-venda, conforme Mueller

(2005).

Page 21: TCC Logistica Reversa

20

Figura 4: Fluxograma Logística Reversa do Pós-consumo

Figura 5: Fluxograma Logística Reversa de Pós-venda

Fonte: Leite Consultorias

Page 22: TCC Logistica Reversa

21

1.2 IMPORTANCIA DA LOGISTICA REVERSA PARA A EMPRESA, SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE

Nunes (2011) cita que a participação da sociedade tem grande influencia nos

resultados voltados ao marketing ecológico, que empresas como Abril e Natura,

desenvolvem e apresentam ações de merchandising que visam à utilização de

produtos ecologicamente corretos.

Para o autor as empresas que praticam a LR, terão como vantagens:

Valorização de seus produtos através de clientes que procuram empresas

que possam oferecer um processo logístico reverso;

Rentabilidade em todas as fases de retorno;

Redução de custos: através do reaproveitamento de materiais e economia

com embalagens retornáveis;

Imagem e reputação: adotando procedimentos em gestão ambiental.

A logística reversa vem a se tornar um instrumento para a preservação do meio

ambiente, através de tal processo resultados como redução de concentração de

resíduos são notados.

Muller (2005, apud PEDROSA 2008), cita sete razões que podem levar as

empresas as praticarem a LR:

1. Legislação Ambiental: ao qual está exigindo das empresas que se tornem

responsáveis pela destinação de seus resíduos;

2. Benefícios econômicos do uso de produtos retornáveis, que podem ser

reutilizados no processo produtivo;

3. A crescente conscientização ambiental dos consumidos;

4. Razões competitivas: diferenciação por serviços;

5. Limpeza do canal de distribuição;

6. Proteção de margem de lucro;

7. Recaptura de valor e recuperação de ativos.

Simões (2002) diz que houve um aumento por práticas e atividades ambientais,

visando assim à importância da LR, ao qual passou a ser considerada uma forma de

unir todo o clico da cadeia de suprimentos.

Biazzi (2002) cita alguns outros motivos ao qual demonstram a importância da

prática da LR:

Devolução cada vez maior de produtos pelos clientes do varejo;

Page 23: TCC Logistica Reversa

22

Alto desenvolvimento tecnológico, o que provoca uma grande obsolescência

e aumenta a preocupação das empresas em evitar acúmulos de produtos;

Escassez de recursos virgens;

Dificuldade de eliminar produtos e componentes não reaproveitados nas

grandes cidades, gerando acumulo de resíduos.

“No atual cenário, as empresas que adotarem a prática da LR, ganharam

fortalecimento de sua imagem institucional”. (FELIZARDO; HATA; KEYAMA, 2002).

Lacerda (2002) cita que as iniciativas relacionadas à logística reversa têm

proporcionado ganhos às empresas, principalmente em questões de economia, onde

ocorre a reutilização de embalagens retornáveis.

Os clientes valorizam empresas que possuem políticas de retorno de produtos, pois isso garante o direito de devolução ou troca de produtos. Este processo envolve uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados, bem como um novo processo no caso de uma nova saída desse mesmo produto. (NUNES, 2011).

Segundo Guarnieri (2005), as empresas que adotam a LR acabam gerando

vantagem competitiva em relação a outras empresas que não adotam, pois a logística

reversa torna-se uma diferenciação de serviço, facilitando a vida dos clientes.

Outro beneficio para a empresa, seria a redução de custos através da prática

pela reciclagem, ao qual tem trazido retornos consideráveis para as empresas. Esses

resultados são obtidos através da reutilização de embalagens e do reaproveitamento

de materiais da produção.

Através da LR surgem oportunidades como a reciclagem ou reuso que

proporcionam a preservação do meio ambiente, reduzindo assim a exploração dos

recursos naturais e recuperando materiais para serem retornados aos ciclos produtivos.

Pelos cálculos do CLRB, a economia reversa gera de R$ 15 a R$ 18 bilhões e tende a crescer fortemente à medida que as legislações passem a contemplar outros segmentos. (CABRAL, 2012).

Visando a diminuição do impacto que a geração de resíduos causa ao meio

ambiente, a LR vem propor uma conscientização ecológica para as empresas, visando

comunicar ao público uma imagem institucional “ecologicamente correta”.

Outro beneficio que hoje ainda é ignorado por grande parte das organizações, mas que deve ganhar relevância nos próximos anos é o poder que a logística reversa tem em unir a indústria, o atacado/distribuidor, o varejo e os demais elos da cadeia de abastecimento em torno de vantagens mútuas. (MOTTA, 2011).

Chaves e Batalha (2008) também citam possíveis vantagens para as empresas

que aderem o processo de logística reversa em sua cadeia:

Page 24: TCC Logistica Reversa

23

Restrições ambientais: focando na conscientização sobre a conservação

ambiental, visando o crescimento ambiental;

Redução de custo: através do reaproveitamento de materiais e economia

com embalagens retornáveis;

Razões competitivas: Utilização de políticas que possibilitem o estreitamento

com o cliente, facilitando a troca de produto e que possam fidelizar os

clientes e se diferenciar dos concorrentes;

Diferenciação da imagem corporativa: Utilizar a logística reversa

estrategicamente de forma a se posicionar como empresa-cidadã,

contribuindo com a sociedade.

Leite (2003) relacionou os principais objetivos e benefícios, tanto ambiental

como econômico da implantação do processo de logística reversa.

1. 1.2.1 Objetivos e benefícios ambientais da implantação da LR:

1.2.1.1 Objetivos:

Mitigar impacto ambiental dos resíduos e

Economizar os recursos naturais.

1.2.1.2 Benefícios:

Redução do volume de descarte tanto seguras quanto ilegais;

Antecipação às exigências de regulamentações legais;

Economia de energia na fabricação de novos produtos;

Diminuição da poluição pela contenção dos resíduos;

Restrição dos riscos advindos de aterros;

Melhoria da imagem corporativa e

Consciência ecológica.

______________________________________________________________ 1Mitigar é intervir de alguma forma para remediar ou reduzir algum impacto ambiental detectado.

(Bio Jr. USP | Instituto de Biociências)

Page 25: TCC Logistica Reversa

24

1.2.2 Objetivos e benefícios econômicos da implantação da LR:

1.2.2.1 Objetivos

Formalizar negócios existentes;

Aumentar volume de negócios;

Reduzir custos substituindo matéria primas primárias por secundárias;

Direcionar produtos recusados para mercados secundários e

Economizar energia e custos de descarte de resíduos.

1.2.2.2 Benefícios

Criação de novos negócios na cadeia produtiva;

Redução de investimentos em fábricas;

Economia do custo de energia na fabricação;

Aumento de fluxo de caixa por meio da comercialização dos produtos

secundários e dos Resíduos;

Aproveitamento do canal de distribuição para escoar os produtos

secundários nos mercados e

Melhoria da imagem corporativa;

Ortim (2011) cita que as empresas devem se conscientizar da importância da

implantação da logística reversa, pois ela trará muitos benefícios:

Ampliação da imagem da empresa, de modo que, esta passará a ser bem vista

pelos clientes e fornecedores;

Abertura de novas oportunidades de negócio;

O material coletado pode ser utilizado como matéria-prima para fabricação de

novas peças;

Comercialização em outros segmentos;

Concessão de linhas de crédito pelo BNDS e BID para implantação de projetos

ambientais.

Para Campos (2006), a LR pode ser vista por dois ângulos: o econômico e o

social, sendo o econômico relacionado aos gastos financeiros e o social refere-se aos

ganhos recebidos pela sociedade.

Page 26: TCC Logistica Reversa

25

Através do processo de logística reversa, baseando-se na atividade de

reciclagem especificamente, tanto a sociedade, como o meio ambiente acabam

obtendo benefícios que contribuem para uma vida mais sustentável, através da

reciclagem pode-se obter a diminuição na poluição do solo, redução de lixo em aterros,

um crescimento na melhoria da limpeza da cidade resultando assim na qualidade de

vida da população.

2. A 3M DO BRASIL E AS ESPONJAS DOMÉSTICAS

2.1 A História da 3M do Brasil

Empresa líder em Pesquisa & Desenvolvimento, fundada em 1902 em

Minnesota-EUA com a exploração das minas por 5 homens. A empresa de Mineração e

de Manufatura de Minnesota logo foi transferida para a cidade de Duluth (1905). As

atividades foram concentradas na fabricação de abrasivos.

Em 1910, após a entrada de novos investidores, a empresa foi transferida para

Saint Paul, capital do estado de Minnesota.

A 3M chegou ao Brasil em 1946 em Campinas, interior de São Paulo sob a

razão Durex, Lixas e Fitas Adesivas Ltda.

A 3M trouxe para o mercado inovações importantes para o dia a dia dos brasileiros como as fitas adesivas (Scotch® e Durex

MR), as

esponjas Scotch-BriteMR

, os blocos de recados Post-it®, as fitas isolantes Scotch 33+, os curativos Micropore

MR, a linha de cuidado

pessoal NexcareMR

, as películas refletivas usadas em placas de trânsito, os adesivos Command

TM, entre outros milhares de produtos.

Em 1954 a fábrica foi transferida para a cidade de Sumaré (SP) iniciando sua

produção com produtos abrasivos (lixas de papel).

No Brasil, seu parque industrial ocupa mais de 200.000 metros quadrados nas

cidades de Sumaré, Ribeirão Preto, Itapetininga, Mairinque, Manaus e São José do Rio

Preto. Além disso, detém o controle da Incavas, instalada em Bom Princípio, no Rio

Grande do Sul, produtora de insumos e acessórios para limpeza doméstica como rodos

e vassouras.

1975 – Inaugurada planta de Ribeirão Preto com a produção de fotocopiadoras,

fitas magnéticas e materiais refletivos;

1981 – Inaugurada a planta de Itapetininga: tratamento de papéis para o dorso

de fitas adesivas e fabricação de produtos para segurança;

Page 27: TCC Logistica Reversa

26

2005 – Aquisição das operações globais da Cuno – empresa multinacional

especializada em filtração localizada em Mairinque;

2007 (1º Semestre) – Início das atividades em Manaus (AM) com a produção de

fitas especiais para área industrial e para o mercado de consumo;

2007 (2º Semestre) - A 3M do Brasil anunciou sua segunda aquisição no país

com a empresa Abzil Indústria e Comércio Ltda, do segmento de produtos ortodônticos,

complementando a linha de produtos da 3M Unitek na cidade de São José do Rio

Preto.

Visão 3M

Tecnologia 3M impulsionando cada empresa

Produtos 3M melhorando cada lar

Inovações 3M facilitando a vida de cada pessoa

Valores 3M

Agir com honestidade e integridade inflexíveis em tudo o que fazemos.

Satisfazer nossos clientes com tecnologias inovadoras e qualidade superior,

valor e serviço.

Oferecer retorno atraente aos investidores por meio de crescimento

sustentável e global.

Respeitar o ambiente físico e social no mundo todo.

Desenvolver e reconhecer a diversidade de talentos, iniciativas e a liderança

de nossos funcionários.

Conquistar a admiração de todos os envolvidos com a 3M em todo o mundo.

Dados corporativos

● Origem: Estados Unidos

● Lançamento: 1958

● Criador: 3M Company

● Sede mundial: St. Paul, Minnesota

● Proprietário da marca: 3M Company

● Capital aberto: Não

● CEO & Presidente: Inge G. Thulin

● Faturamento: US$ 1 bilhão (estimado)

Page 28: TCC Logistica Reversa

27

● Lucro: Não divulgado

● Presença global: + 80 países

● Presença no Brasil: Sim

● Segmento: Limpeza

● Principais produtos: Esponjas, baldes, rodos e vassouras

● Concorrentes diretos: Swiffer, Assolan e Bombril

● Ícones: As esponjas dupla face na cor verde e amarela

● Slogan: Clean Smart. Clean Brite.

● Website: www.scotchbrite.com.br

2. 2 A marca Scoth-Brite

A marca SCOTH-BRITE é bem conhecida principalmente por suas esponjas

verde e amarela e foi criada pela 3M, porém foi introduzida inicialmente nos Estados

Unidos em 1958 com o nome Scotch-Brite Floor Cleaning Pads. Já no Brasil, as

esponjas foram lançadas no ano de 1961.

O primeiro produto foi direcionado para o uso industrial, um disco de flanela para

ser utilizado em enceradeiras para limpar, remover e polir pisos. Ainda no ano de 1948

foi introduzida ao mercado a esponja doméstica para limpeza multiuso.

Várias outras versões das tradicionais esponjas verde e amarela foram

lançadas: Salva-Unhas (com inovador formato que protege as unhas do atrito nas

tarefas mais difíceis de limpeza), Limpeza de Banheiro (indicado para limpeza de

louças sanitárias e esmaltados sem riscar), Microcápsulas (que libera um delicioso

aroma de limão, além de ser resistente a muitas lavagens sem deixar resíduos nas

louças e panelas), Antiaderente (que limpa sem riscar os materiais mais delicados,

como a superfície antiaderente das panelas, acrílicos, cristais, pratarias, porcelanas e

vidros), Esponja Mágica (desenvolvida para limpar sujeiras difíceis como giz de cera e

lápis de cor em paredes, manchas em vidros e espelhos, resíduos de sabão em

azulejos e muito mais), além da esponja com ação antibactericida que combate o

desenvolvimento e proliferação de germes e bactérias.

Page 29: TCC Logistica Reversa

28

Tempo de Decomposição do Materiais

Material Tempo de Degradação Aço Mais de 100 anos

Alumínio 200 a 500 anos Cerâmica Indeterminado Chicletes 5 anos

Corda de nylon 30 anos Embalagens Longa Vida até 100 anos (alumínio)

Esponjas Indeterminado Filtros de cigarros 5 anos

Isopor Indeterminado Louças Indeterminado

Luvas de borracha Indeterminado Metais (componentes de equipamentos) cerca de 450 anos

Papel e papelão cerca de 6 meses Plásticos (embalagens, equipamentos) até 450 anos

Pneus Indeterminado Sacos e sacolas plásticas mais de 100 anos

Vidros Indeterminado

Fonte: Ambiente Brasil

Abaixo segue a relação de algumas das esponjas domésticas fabricadas pela

fábrica da 3M do Brasil na cidade de Sumaré-SP

Figura 6: Esponja Dupla Face

Figura 7: Esponja Não risca

Figura 8: Esponja Antiaderente

Page 30: TCC Logistica Reversa

29

Figura 9: Esponja Sanitária

Figura 10: Esponja Mágica

Figura 11: Esponja Ultra

Figura 12: Esponja Max

2.3 A TerraCycle

A TerraCycle é uma empresa internacional especializada na coleta e reciclagem

de resíduos de difícil reciclabilidade. Fundada nos Estados Unidos em 2001, por um

estudante de 19 anos chamado Tom Szaky da Universidade de Princeton hoje é a líder

mundial nesse segmento. Possui escritórios distribuídos em 23 países, trabalha com

mais de 30 marcas para coletar embalagens que teriam como destino provável aterros

sanitários ou lixões. Em 2009 a empresa foi instalada no Brasil e desde então construiu

Page 31: TCC Logistica Reversa

30

parceria com várias empresas: Faber-Castell, Mondeléz Brasil (Tang), Avon, Colgate,

L’Oréal (Garnier), Fast Shop, Brasil Foods, Suzano (Report), Coppertone e 3M (Scotch-

Brite). Após a coleta, os resíduos são transformados em matéria-prima para outros

produtos que podem ser adquiridos nas principais redes de varejo.

Processo de coleta do lixo é realizado através do Programa de Brigadas, que

paga R$ 0,02 por cada embalagem coletada. Todo o valor arrecadado é depois

repassado para escolas ou instituições sem fins lucrativos de todo o Brasil. Atualmente,

o valor de doações já passa de 350 mil reais e, no mundo, essa quantia já ultrapassou

8 milhões de dólares. A TerraCycle é líder mundial em soluções para materiais de difícil

reciclagem, mobilizando atualmente mais de 650 mil pessoas, que juntas já coletaram

mais de 23 milhões de embalagens e arrecadaram mais de 350 mil reais para

organizações nos últimos 5 anos. (DADOS SITE TERRACYCLE).

O escritório no Brasil fica localizada na cidade de São Paulo, porém times de

coletas estão espalhados por todo o Brasil. O escritório é decorado com produtos e

móveis upcycled. Estrados de madeiras (pallets) separam os ambientes e materiais

reaproveitados ganham uma segunda vida, por exemplo, portas de madeira se

transformam em mesas e bobinas servem como bancos de apoio. As paredes são

pintadas por grafiteiros e expressam a cultura da empresa.

Abaixo segue fotos ao qual a TerraCycle disponibiliza em seu site para que as

pessoas conheçam sua planta.

Figura 13 - Recepção

Page 32: TCC Logistica Reversa

31

Figura 14 - Mostruário de produtos

Figura 15 - Espaço de convivência

Figura 16 - Coleta

Page 33: TCC Logistica Reversa

32

Figura 17 - Sala de reunião

Figura 18 - Espaço de trabalho

Fonte: Site TerraCycle

3. A LOGÍSTICA REVERSA DAS ESPONJAS 3M DO BRASIL E O PROJETO BRIGADA DE ESPONJAS SCOTCH-BRITE PELA EMPRESA TERRACYCLE

A 3M dentro dos seus princípios de sustentabilidade sempre buscou uma forma

de reciclar as esponjas Scotch-Brite, porém o mais difícil é realmente operacionalizar a

logística reversa das esponjas usadas. O projeto com a Terracycle possibilitou esta

operação através da ajuda dos consumidores que enviam as esponjas através de

Correios.

Page 34: TCC Logistica Reversa

33

Com este projeto, a Scotch-Brite busca solucionar o problema de um resíduo

que possui uma considerável demanda por reciclagem. Segundo dados da própria 3M,

no Brasil são comercializados cerca de 360 milhões de esponjas de limpeza doméstica

de todas as marcas (o equivalente a mais de 3 mil toneladas) sendo que

provavelmente todo esse material é descartado junto ao lixo doméstico. Em vez de ir

para aterros sanitários ou lixões, as mais de três mil toneladas de esponjas consumidas

no Brasil a cada ano, podem voltar ao ciclo produtivo se tornando matéria-prima para

outros produtos.

Agora com a Brigada, boa parte dessas esponjas e também das suas

embalagens podem ser recicladas em todo o Brasil, o que ajuda a suavizar um

problema que só cresce no Brasil e no mundo, como mostram alguns dados a seguir:

Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, a quantidade de lixo

produzida pela humanidade cresceu cerca de 10.000% nos últimos 100 anos;

A cada ano os brasileiros geram 68 milhões de toneladas de lixo urbano.

Esse número cresceu 6,8% em 2010 (comparados com o ano de 2009),

percentual seis vezes maior que o crescimento da população das cidades no

mesmo período. Dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012,

publicado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais (Abrelpe);

Em termos globais, o volume de resíduos urbanos deve saltar do atual 1,3

bilhão de toneladas para inimagináveis 2,2 bilhões de toneladas anuais até

2025. Dados do Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio

Ambiente (Pnuma);

Das cerca de 183 mil toneladas diárias de lixo produzido no País, 73 mil são

resíduos recicláveis, de acordo com o estudo Pagamento por Serviços

Ambientais Urbanos para a Gestão de Resíduos Sólidos, lançado em 2010

pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e equivalem à perda de

R$8 bilhões por ano em matérias-primas não aproveitadas. Já segundo,

Sabetai Calderoni o doutor em Ciências pela USP e autor do livro Os Bilhões

Jogados no Lixo, esse valor pode chegar a R$ 20 bilhões. (3M, 2014).

Foi desenvolvida uma tecnologia para compor as esponjas usadas nas resinas

de Polipropileno e de Polietileno. Assim que as esponjas são recebidas em no

armazém da TerraCycle, inicia-se um processo de separação manual. Após a

separação e triagem as esponjas são moídas, lavadas, secadas e micronizadas. Por

fim as esponjas são extrusadas e granuladas para utilização final de sopro ou injeção.

Page 35: TCC Logistica Reversa

34

O que foi desenvolvido foram aditivos, tecnologias e outros segredos industriais de

preparação das esponjas para adicioná-las em produtos plásticos convencionais

principalmente de PP e PE.

O material granulado gerado a partir da reciclagem das esponjas é destinado

para os fabricantes de peças plásticas do mercado. Neste momento a cadeia

econômica é um fator decisivo, portanto são distribuídas as resinas para parceiros

estratégicos do mercado.

Alguns exemplos dos produtos fabricados são: lixeiras, cremalheiras, garrafas,

suportes plásticos, pallets de movimentação de carga, floreiras e etc. Esses materiais

podem ser adquiridos pelos consumidores diretamente nas lojas onde os fabricantes

realizam a venda, por todo o Brasil ou localmente.

Todo o processo até o lançamento do programa de coleta leva, em média, dois

anos. O início das negociações com a 3M se deram no início de 2012, depois o

material passa por vários testes que comprovam sua reciclabilidade. O programa foi

lançado em junho de 2013.

O principal objetivo da TerraCycle é evitar que resíduos até então não recicláveis

tenham como destino final lixões e aterros sanitários. Portanto, trabalham na

propagação de seus programas de reciclagem visando que, no futuro, o número de

pessoas que descarte estes resíduos no lixo comum, seja mínimo.

O principal objetivo desse programa é garantir que o máximo de consumidores

passe a utilizar a Brigada da Scotch-Brite para descartar suas esponjas usadas (de

qualquer marca). Vale lembrar que qualquer pessoa ou organização pode participar

independente da região do país.

Segundo Emerson Mota/3M as expectativas em relação a esse projeto são:

Em vez de ir para aterros sanitários ou lixões, as mais de três mil toneladas

de esponjas consumidas no Brasil a cada ano, podem voltar ao ciclo

produtivo se tornando matéria-prima para outros produtos;

Ao incentivar as pessoas a repensar o conceito de lixo e fornecer doações

para organizações sem fins lucrativos, a 3M e TerraCycle estão ajudando o

consumidor a gerar um impacto positivo sobre o meio ambiente tanto em

nível global como local;

Ao utilizar materiais reciclados como matéria-prima para outros produtos, a

TerraCycle substitui a necessidade de se produzir mais material virgem;

Utilizando resíduos de embalagens, a TerraCycle auxilia na oferta de

produtos ambientalmente responsáveis e de preços mais acessíveis.

Page 36: TCC Logistica Reversa

35

A participação na Brigada de Esponjas Scotch-Brite é totalmente gratuita, não há

taxa de inscrição e o envio das remessas é pago pela TerraCycle. Basta cadastrar o

seu time de coleta (pode ser uma escola, organização, empresa etc.) um representante

maior de 13 anos de idade para ser o responsável pelo cadastro. Depois é só seguir os

passos abaixo disponibilizado no site da TerraCycle:

1. Colete o máximo de esponjas usadas e suas respectivas embalagens. A

TerraCycle aceita remessas de diversos tamanhos, mas para garantir que

seus pontos sejam computados você deve atingir o peso mínimo de 500

gramas. Não serão computados os pontos para remessas com valores

inferiores ao mínimo da Brigada. Para reduzir sua pegada de carbono, dê

preferência ao envio de remessas maiores (máximo de 30kg) e reutilize

caixas para enviar seus resíduos.

2. Imprima uma etiqueta pré-paga. Para adquirir gratuitamente essa

etiqueta, basta acessar sua conta no site da Terracycle, clicar em "Envie

seu resíduo” e escolher a opção “Solicitar etiquetas”. Você também pode

solicitar sua etiqueta clicando aqui.

3. Envie sua remesa para a TerraCycle. Após fechar bem a sua caixa e

colar a etiqueta pré-paga, basta entregá-la em uma agência própria dos

Correios.

Figura 19 – Ilustração do processo de coleta e reciclagem TerraCycle

Esse projeto também visa ajudar instituições sem fins lucrativos: para cada

unidade de resíduo enviada, o seu time de coleta receberá 2 pontos TerraCycle que

Page 37: TCC Logistica Reversa

36

equivalem a R$0,02 (1 ponto = R$0,01) e poderão ser revertidos em doações para uma

entidade sem fins lucrativos ou escola de sua escolha.

Figura 20 – Resíduos aceitos

Atualmente esse projeto já conta com mais de 10.000 times de coletas

espalhados pelo Brasil através do cadastro do site da Terracycle e nos primeiros 8

meses do projeto já retornaram mais de 30 mil esponjas usadas.

A Terracycle junto com a Scotch-Brite mantém um relacionamento direto com os

times de coleta para mantê-los engajados e participantes ativamente do processo.

Segundo Emerson Mota/3M do Brasil: “A Brigada de Esponjas Scotch-Brite

reforça a preocupação da marca com a preservação do meio-ambiente e convida os

consumidores a ajudar o próximo”.

3.1 Situação atual do projeto

Utilizando a metodologia SWOT podem-se detectar pontos importantes, sejam

eles oportunidades como também ameaças, ao qual podem ser exploradas de uma

forma mais abrangente pela empresa. Essa análise permite à empresa a construção de

estratégicas a serem trabalhadas a fim de se diferenciarem de seus concorrentes.

A análise SWOT é considerada uma ferramenta de gestão muito utilizada no

meio empresarial. Termo inglês, tendo como significado: Forças (Strengths), Fraquezas

(Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

Page 38: TCC Logistica Reversa

37

Pode-se dividir a análise SWOT em duas partes: a análise do ambiente interno, onde serão identificados os pontos fortes e os fracos, e a análise do ambiente externo, onde estão as ameaças e as oportunidades. (FAUSTINO, 2012)

Baseando-se nessa ferramenta, foi desenvolvida uma análise do projeto de

reciclagem de esponjas, conforme tabela 2 de sua atual situação:

Pontos Fortes e Oportunidades

Quando se expõe os pontos fortes ou forças, podemos observar as vantagens

internas da empresa em relação aos seus concorrentes, desta maneira analisando a

empresa 3M do Brasil, temos como pontos principais: Empresa que possui marca

reconhecida no mercado; Empresa Inovadora; Parcerias Estratégicas para a efetivação

e execução do projeto e o consumidor final, visando que se for bem instruído ele acaba

se tornando uma peça chave para o projeto.

Como oportunidades, temos as parcerias com escolas, grandes mercados e

associações de bairro. Pode-se destacar também o Reconhecimento Sustentável e os

Projetos Sustentáveis, ao qual acabam se interligando. Pensando como o projeto deve

chegar ao consumidor, o Plano de Comunicação vem a ser uma oportunidade

chegando ao questionamento: Como o consumidor terá conhecimento do projeto?

Quando falamos em Plano de Comunicação, o foco principal nesse caso é o

consumidor. A empresa elaborou algum plano que pudesse chegar ao consumidor final

à proposta de logística reversa de seus produtos, nesse caso as esponjas? Está sendo

elaborado ou foi elaborada uma nova embalagem ao qual a informação do processo de

devolução do produto após seu consumo está explicito para o consumidor? O plano de

comunicação vai visar à forma de como a ideia do projeto vai chegar ao consumidor.

Conforme informação de Emerson Mota/3M, “houve um investimento inicial na

divulgação através do meio digital. No entanto, há uma oportunidade de divulgarmos

mais, sem dúvida. Com relação ao envolvimento do público interno, há uma

comunicação dirigida a este público com a possibilidade de coleta interna. Estamos

trabalhando agora para aumentar o engajamento deste público”.

Page 39: TCC Logistica Reversa

38

Pontos Fracos e Ameaças

Por outro lado, analisando as fraquezas e ameaças, pode-se destacar o

aumento de custo ao qual nos leva a um questionamento: Até quanto o aumento de

custo pode tornar o projeto inviável? Outro ponto a ser analisar, seria o Marketing

interno. O projeto nasce dentro da empresa e é dentro dela que precisa ser exposto,

ser comunicado, ser apresentado. A comunicação interna também se torna um ponto

chave, pois são os próprios funcionários da empresa que irão colaborar com ideias,

com a divulgação externa do projeto.

Atualmente não existe uma legislação que obrigue as empresas a reciclarem

produtos como esponjas, mas analisando a situação atual do mundo, ao qual a

tendência é sempre a busca de produtos sustentáveis, de empresas que se preocupam

com o meio ambiente, que se preocupam com a destinação de seus resíduos,

podemos considerar que a Legislação vem a ser uma ameaça. As empresas estão

preparadas atualmente para adotarem novas legislações para a destinação de todos os

seus produtos?

A extensão territorial do Brasil pode ser considerada como uma ameaça, sendo

que da malha de transporte predominante no Brasil, o modal rodoviário é o mais

utilizado. Conforme dados da FIESP (2011), pode-se observar na tabela 3 na matriz de

transporte, o desequilíbrio entre os modais no Brasil e no estado de São Paulo.

Tabela 3 – Matriz de Transporte: Brasil e Estado de São Paulo

Modal Brasil (%)* São Paulo (%)**

Rodoviário 59,0 93,1

Ferroviário 24,0 5,3

Aquaviário 13,0 0,5

Aeroviário 0,3 0,3

Dutoviário 3,7 0,8

Dessa análise, temos mais um questionamento: O porquê a malha de transporte

pode ser considerada como uma ameaça? Analisando o cenário atual, onde o modal

mais utilizado é o rodoviário, deve-se pensar nas condições das rodovias do Brasil,

pois quando falamos no estado de São Paulo, temos boas rodovias, e quando falamos

Page 40: TCC Logistica Reversa

39

em outros estados? Não temos boas rodovias distribuídas pelo Brasil, onde o

transporte de cargas acaba se tornando mais complicado, de custo alto, prazo maior e

no caso da reciclagem de esponjas, temos toda a questão do processo de logística

reversa, da volta das esponjas usadas para os locais de coleta.

Tabela 2: Análise SWOT

FORÇAS/ STRENGTHS

Marca Reconhecida

Empresa Inovadora

Parcerias Estratégicas

Consumidor final conscientizado

FRAQUEZAS/ WEAKNESSES

Processo de coleta (L.R)

Mão de Obra

Marketing Interno

Comunicação de Direcionamento

Aumento de Custo

OPORTUNIDADES/ OPPORTUNITIES

Parcerias com escolas, grandes

mercados, associação de bairros

Reconhecimento Sustentável

Plano de Comunicação

Projetos Sustentáveis

Aumento de Custo

AMEAÇAS/ THREATS

Legislação

Perda do Consumidor

Malha de Transporte

Comprometimento do consumidor final ao

longo dos anos (relacionado a falta de

informação sobre os produtos oriundos da

esponja reciclada – LCM2)

Possíveis concorrentes

Quebra de parceria

Enfraquecimento do projeto

Volume captado pelo mercado ser menor

do que o esperado

_____________________________________________________________________________________________________________________________

2 LCM (Life Cycle Management) – “Gestão do ciclo de vida é uma abordagem de gestão de negócios que

pode ser usado por todos os tipos de empresas (e outras organizações) para melhorar seus produtos e, assim, o desempenho de sustentabilidade das empresas e cadeias de valor associadas”. UNEP (2008) Life Cycle Management Navigator (at http://www.unep.fr/scp/lcinitiative/ publications/training/index.htm)

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40

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

“A reciclagem é uma realidade e uma tendência no comportamento de consumo,

logo a nossa intenção é cada vez mais potencializar o projeto tornando-o mais robusto

através da conscientização dos consumidores para que os mesmos se engajem e nos

ajude nesta causa nobre”. (EMERSON MOTA/3M BRASIL).

O mundo está em constante mudança, se não há um trabalho voltado a

conscientizar a população para que seu comportamento mude em relação à reciclagem

e separação de seus materiais, lixos orgânicos e etc, o que conhecemos e temos

disponíveis hoje, amanhã estará em escassez.

Os gestores do projeto na 3M já estão avaliando outras possibilidades a fim de

ampliar o desenvolvimento do projeto, uma das ideias está relacionada à aplicação do

projeto em escolas e varejistas parceiros da 3M e Scotch-Brite.

Sugiro para o crescimento desse projeto o trabalho com escolas, envolvendo as

crianças e os adolescentes. Desenvolvendo novas iniciativas como gincanas

relacionadas à reciclagem. Outra sugestão é trabalhar com as crianças ou

adolescentes que normalmente já fazem parte de algum trabalho social da empresa 3M

do Brasil, incentivando e conscientizando essas crianças e adolescentes sobre a

importância da reciclagem das esponjas.

As campanhas de sugestões que são desenvolvidas dentro da empresa podem

agregar muito valor e crescimento para esse projeto. Sugiro assim a elaboração de

campanhas que contem com a colaboração dos funcionários através de ideias e

sugestões que agregam valor para o projeto Brigada de Esponjas Scotch-Brite.

Outro ponto importante está relacionado aos pontos de coleta, ao qual deveriam

ser mais abrangentes. Conforme mencionado no trabalho, existem alguns pontos de

coleta e em outros casos, o próprio consumidor pode enviar via correios às esponjas. A

melhoria no processo de coleta se dará a partir das novas parcerias.

As legislações devem sim defender a questão da responsabilidade social das

empresas, e as empresas devem ver isso como oportunidade, a fim de agregar valor as

suas atividades e conquistar mais clientes, criando assim uma imagem de empresa

ecologicamente correta e que para o bom desenvolvimento do processo da L.R, se faz

necessário o mapeamento dos processos e o gerenciamento da cadeia de

suprimentos.

As empresas devem instituir departamentos voltados a sustentabilidade e à

responsabilidade social. Deve-se ressaltar que as empresas precisam se adequar as

Page 42: TCC Logistica Reversa

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novas exigências ambientais, que implantar a Logística Reversa não se trata somente

de ganhos materiais, pois estamos falando de uma cadeia toda, não só de empresa,

mas de pessoas (sociedade) e meio ambiente. Trata-se de uma iniciativa quando

pensamos que não há legislações que obriguem a reciclagem de seus produtos.

Conclui-se nessa pesquisa que a Logística Reversa está muito ligada as

questões ecológicas, ambientais, benefícios de diferencial competitivo e razões

financeiras que sua prática pode proporcionar. Isso devido ao fato de estarem

relacionadas às atividades como reciclagem, retrabalho e a reutilização de produtos.

O tema reciclagem é bem amplo e de grande relevância, sendo assim esse

trabalho deixa espaço para o desenvolvimento de novas pesquisas, ideias e sugestões

a fim de abranger estudos sobre a reciclagem de esponjas domésticas

especificamente.

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42

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ANEXO

DECLARAÇÃO

Eu, Núbia Tereza Silva dos Santos portador(a) do documento de identidade RG:

42.217.012-4, CPF 340.120.668-03, aluno(a) regularmente matriculado(a) no curso de

Pós - Graduação MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL E SUPPLY CHAIN do

programa Lato Sensu da UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA, sob o n° RA: 9312784,

declaro a quem possa interessar e para todos os fins de direito, que:

Sou o(a) legítimo(a) autor(a) da monografia cujo título é: LOGÍSTICA REVERSA

DE ESPONJAS DOMÉSTICAS: O CASO DA SCOTCH-BRITE – 3M DO

BRASIL, da qual esta declaração faz parte, em seus ANEXOS;

Respeitei a legislação vigente sobre direitos autorais, em especial, citado

sempre as fontes as quais recorri para transcrever ou adaptar textos produzidos

por terceiros, conforme as normas técnicas em vigor.

Declaro-me, ainda, ciente de que se for apurado a qualquer tempo qualquer falsidade

quanto ás declarações 1 e 2, acima, este meu trabalho monográfico poderá ser

considerado NULO e, consequentemente, o certificado de conclusão de curso/diploma

correspondente ao curso para o qual entreguei esta monografia será cancelado,

podendo toda e qualquer informação a respeito desse fato vir a tornar-se de

conhecimento público.

Por ser expressão da verdade, dato e assino a presente DECLARAÇÃO,

Em Campinas, _____/__________ de 2015.

Autenticação dessa assinatura, pelo funcionário da Secretaria da Pós- Graduação Lato Sensu da UNIP

____________________________________

Assinatura do (a) aluno (a)

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