Tcc - Móvel Multifuncional Para Ambientes Compactos
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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC - CAMPUS DE XANXERÊ
LUCAS DAL MAGRO
MÓVEL MULTIFUNCIONAL PARA AMBIENTES COMPACTOS
Xanxerê 2012
LUCAS DAL MAGRO
MÓVEL MULTIFUNCIONAL PARA AMBIENTES COMPACTOS
Monografia de Conclusão de Curso, apresentada ao Curso de Design, como quesito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design pela Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Campus de Xanxerê.
Orientador: Prof. Karina Tissiani
Xanxerê 2012
LUCAS DAL MAGRO
MÓVEL MULTIFUNCIONAL PARA AMBIENTES COMPACTOS
Monografia de Conclusão de Curso, apresentada aoCurso de Design, como quesito parcial para aobtenção do título de Bacharel em Design pelaUniversidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Campus de Xanxerê.
Aprovada em
BANCA EXAMINADORA
Prof. Karina Tissiani Orientador - Avaliador Prof. Aleteonir José Tomasoni Júnior Avaliador Prof. Ana Claudia Gaicoski Pinto Avaliador
Dedico com enorme satisfação este trabalho a meus pais, meus irmãos e minha namorada que estão sempre presentes me fortalecendo cada dia mais para meu crescimento pessoal e profissional. Considero-me forte porque eles me ensinaram a ser forte.
AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho a minha família que sempre esteve no meu lado tanto nos bons
quanto nos maus momentos, me dando amparo suficiente em qualquer que fosse
situação
À minha orientadora Professora Karina Tissiani que coordenou a execução do
presente projeto, e graças a sua competência e dedicação, pode me ajudar na
realização de mais esse grande passo.
A minha namorada que é fonte de segurança em todos os momentos e que
contribuiu muito para a realização deste projeto.
A todos os colegas pelo longo tempo de convivência nessa caminhada, e por todos
os momentos de descontração e estudos.
RESUMO
O design é uma atividade projetual que permeia por várias áreas de
conhecimento e por isso é considerado interdisciplinar. Um dos campos do design é
o moveleiro, este é direcionado à pesquisa, planejamento e projeto de móveis, ele
juntamente com as outras áreas do design estão em constante evolução, o que traz
a necessidade de criar produtos de qualidade e que atendem as necessidades
impostas pelo mercado. A partir desta premissa, pretende-se projetar um móvel
multifuncional para ambientes compactos. Para tanto, fez-se fundamental estudar as
áreas do design industrial e moveleiro, identificar as necessidades e o perfil do
público-alvo, para então, projetar um móvel multifuncional. Também tornou-se
necessário a utilização de um método projetual para direcionar o desenvolvimento,
sendo o método de Santos (2005) o escolhido para concepção. Como resultado de
projeto, tem-se o desenvolvimento de uma poltrona contendo também a
funcionalidade de guarda objetos e componente para atividades diversas como
suporte para computador, leitura, e também para apoio de objetos, o projeto foi
destinado para o público C e D que geralmente vivem em ambientes compactos,
tornando pertinente esta proposta. No que se refere aos elementos simbólicos,
foram utilizados os conceitos de minimalismo, equilíbrio e simplicidade. Já os
conceitos formais norteiam a adaptabilidade, versatilidade, praticidade.
Palavras-chaves: Design, móvel, multifuncional.
ABSTRACT
The design is a project activity which permeates by several areas of knowledge and
because of that is considered interdisciplinary. One of the design fields is the
furniture, this is directed to the research, planning and furniture design, it together
with another design areas are in constant evolution, this justifies the creating
products with quality and that attends so, the market’s needs. From this premise,
wants to design a compact multifunction mobile environment. Therefore, it was
essential to study the areas of industrial design and furniture industries, identify the
needs and profile of the target audience, to then, design a multifunction mobile. Also
it has become necessary to use a method projectual to direct development, the
method being of Santos (2005) for the chosen design. As a project result , has the
development of an armchair containing functionality also saves objects and
component for various activities such as computer support, for reading, and for
objects supports, the project was intended for the public that C and D usually lives in
compact environments, making relevant the proposal. In the case of symbolic
elements, it’s used the concepts of minimalism balance and simplicity. Since the
formal concepts guide the adaptability, versatility, practicality.
Keys-words: design, furniture, multifunction.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tabela 01 Adaptação ao desdobramento da metodologia MD3E 32
Tabela 02 Cronograma 33
Figura 01 Desdobramentos mínimos obrigatórios 29
Figura 02 Painel de similares 35
Figura 03 Cadeiras que viram mesa 36
Figura 04 Móvel multifuncional 37
Figura 05 Possibilidade de uso (sala pequena) 38
Figura 06 Painel de público-alvo 40
Figura 07 Móvel em mogno 42
Figura 08 Móvel em eucalipto 43
Figura 09 Móvel em pinus 44
Figura 10 Móvel em MDF 45
Figura 11 Cadeira Wassily - utilização de tubos de aço 46
Figura 12 Painel de conceitos formais 48
Figura 13 Painel de conceitos 51
Figura 14 Geração de alternativas - 01 52
Figura 15 Geração de alternativas - 02 53
Figura 16 Geração de alternativas - 03 54
Figura 17 Geração de alternativas - 04 55
Figura 18 Geração de alternativas - 05 56
Figura 19 Geração de alternativas - 06 57
Figura 20 Seleção e adequação 58
Figura 21 Seleção e adequação 59
Figura 22 Móvel aberto 62
Figura 23 Móvel fechado 63
Figura 24 Desenho técnico - Móvel aberto 64
Figura 25 Desenho técnico - Móvel fechado 65
Figura 26 Possibilidades de uso 66
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.1 TEMA ............................................................................................................... 11
1.2 PROBLEMA ..................................................................................................... 11
1.3 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 12
1.3.1 Objetivos Específicos ................................................................................. 12
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 13
1.5 METODOLOGIA DE DESIGN E DA PESQUISA ............................................. 14
1.6 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA .................................................................... 14
2 BASES DO CONHECIMENTO ............................................................................... 16
2.1 DESIGN ........................................................................................................... 16
2.1 DESIGN INDUSTRIAL ..................................................................................... 19
2.2 DESIGN DE MÓVEIS ...................................................................................... 22
2.3 ERGONOMIA ................................................................................................... 25
2.4 ANTROPOMETRIA .......................................................................................... 26
3 DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE DESIGN ............................................... 28
3.1 METODOLOGIA DE PROJETO DE DESIGN .................................................. 28
3.2 PROJETO DE DESIGN ................................................................................... 32
3.2.1 Problema de projeto ................................................................................... 32
3.2.2 Pré-Concepção .......................................................................................... 33
3.2.2.1 Planejamento do produto ........................................................................ 33
3.2.2.2 Análise do problema ............................................................................... 34
3.2.2.2.1 Pesquisas ............................................................................................ 34
3.2.2.2.2 Conceitos ............................................................................................. 48
3.2.2.2.3 Temática .............................................................................................. 49
3.2.3.3 Atributos do produto ................................................................................ 49
3.2.3.3.1 Funcionais ........................................................................................... 49
3.2.3.3.2 Estético-formais ................................................................................... 50
3.2.3.3.3 Simbólicos ........................................................................................... 50
3.2.4 Concepção ................................................................................................. 50
3.2.4.1 Caminhos criativos .................................................................................. 50
3.2.4.2 Geração de alternativas .......................................................................... 51
10
3.2.4.2.1 Esboços e Croquis ............................................................................... 51
3.2.4.2.2 Alternativa escolhida ............................................................................ 57
3.2.4.3 Seleção e adequação ............................................................................. 58
3.2.4.3.1 Melhor Solução .................................................................................... 58
3.2.5 Pós-concepção .......................................................................................... 59
3.2.5.1 Sub-sistemas e componentes ................................................................. 60
3.2.5.2 Processos produtivos .............................................................................. 60
3.2.5.2.1 Aspectos mercadológicos .................................................................... 61
4 RESULTADO DO PROJETO DE DESIGN............................................................. 62
4.1 MODELO 3D ....................................................................................................... 62
4.2 DESENHOS TÉCNICOS ................................................................................. 64
4.3 SITUAÇÃO DE USO ........................................................................................ 65
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 67
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 68
ANEXO - Tabela de medidas antropométricas......................................................... 71
11
1 INTRODUÇÃO
O design é uma atividade projetual que visa o desenvolvimento de produtos,
serviços e sistemas de comunicação, ele permeia por várias áreas de conhecimento
e por isso é considerado interdisciplinar, sendo que um projeto design vai além da
estética é muito mais amplo e complexo, pois envolvem questões econômicas,
sociais, e também de caráter cultural.
O design configura-se basicamente em duas grandes áreas: gráfico e
produto, estas se subdividem de acordo com especialidades e características
objetivas dos fins. Um dos campos é o design moveleiro, este é direcionado à
pesquisa, planejamento e projeto de móveis, ele juntamente com as outras áreas do
design estão em constante evolução, o que traz a necessidade de criar produtos de
qualidade e que atendam as necessidades impostas pelo mercado.
Atualmente, percebe-se a busca por produtos que exercem mais funções
além daquelas básicas já existentes, pois com a mudança no perfil de consumo,
esse tipo de produto está cada vez mais em evidência.
O objetivo dessa pesquisa é a criação de um móvel multifuncional, voltado
para ambientes compactos, que atenda as necessidades através das
funcionalidades atribuídas a ele. Diante disso, o papel do design é fundamental para
que se conheça todo o sistema envolvido no desenvolvimento de um produto como
os materiais, os processos, não se limitando apenas a fatores estéticos.
A partir disso, apresenta-se a proposta de solução que tem a finalidade de
atingir todos os fatores envolvidos no projeto, com a escolha dos materiais, formas
e a execução correta do mesmo.
1.1 TEMA
Projetar um móvel multifuncional para ambientes compactos.
1.2 PROBLEMA
O profissional de design está cada vez mais envolvido com o
desenvolvimento de projetos e pesquisas, tanto na área gráfica como na industrial. A
12
busca por soluções devem acontecer de forma criativa para que a melhor solução
seja apresentada para um determinado problema.
A constante rapidez de absorção e descarte de um produto leva de uma
forma geral ao encarregado por desenvolver os produtos, a buscar novas
tecnologias e processos para que o produto não se torne obsoleto no mercado em
relação aos concorrentes. Diante disso, a pesquisa torna-se fundamental para que
sejam traçados os rumos mais consistentes e assim, descubra-se os melhores
recursos disponíveis para a concepção do projeto.
O processo de desenvolvimento de um projeto de design é iniciado quando
são atribuídos os conceitos do mesmo. Identificando os requisitos mais importantes
a serem tratados, torna-se mais fácil desenvolver um projeto pois são esses mesmos
conceitos que deveram estar presentes durante a execução do projeto.
Quando um produto é desenvolvido diversos fatores são levados em
consideração: o público-alvo, a competitividade com os produtos concorrentes, os
materiais, a estética, os processos. Diante disso, há produtos que são desenvolvidos
para problemas mais específicos, ou seja, visam atingir uma faixa limitada de
usuários. Essa limitação de usuários torna-se pertinente quando fala-se em um
problema muito comum na situação do mobiliário brasileiro, a falta de espaço.
Devido ao crescimento do setor mobiliário é visível que nem todos tem condição de
comprar um imóvel que possua um amplo espaço para montar seu ambiente
domiciliar.
Diante deste fato, pode-se lançar a seguinte questão: como adequar um
móvel multifuncional que resolva problemas de espaço em um ambiente compacto?
1.3 OBJETIVO GERAL
Desenvolver um móvel multifuncional que seja adaptável a ambientes
compactos.
1.3.1 Objetivos Específicos
- Fundamentar o design industrial e moveleiro;
13
- Identificar as necessidades e o perfil do público-alvo;
- Projetar um móvel multifuncional.
1.4 JUSTIFICATIVA
A indústria moveleira é uma das mais importantes em todo mundo e é
essencial para o cotidiano das pessoas, ela é responsável por grande parte dos
setores industriais destacando-se através de equipamentos e processos que a cada
dia trazem mais novidades para os consumidores.
Devido ao crescimento do consumo, as empresas procuram por diferenciais
no mercado e o design é uma grande ferramenta competitiva para elas, uma vez
que, os novos materiais, a variedade nas formas, a durabilidade são fatores que
agregam valor final ao produto.
Aliando os fatores técnicos, produtivos, tendências de mercado, ainda há a
necessidade de se considerar o perfil geral da sociedade, pois, esse grande
mercado moveleiro é movido por públicos exigentes, que procuram produtos de
qualidade e que atendam as suas necessidades primordiais, obviamente pela
grande abrangência, a demanda desses móveis é muito segmentada, variando de
acordo com fatores culturais e principalmente por níveis de renda. Desta forma, os
projetos de móveis devem considerar o cenário da segmentação para então propor
soluções condizentes com a realidade a que se destina o projeto.
Hoje, é notável que grande parte da população vive em imóveis com espaços
limitados para montar seu ambiente domiciliar. A limitação faz com que os
consumidores busquem por alternativas práticas para suprir sua necessidade,
assim, os móveis multifuncionais estão cada vez mais em uso e já são uma
realidade no mercado.
Portando, este projeto releva a necessidade de desenvolver um móvel
multifuncional que atenda as necessidades de consumidores que vivem em
ambientes compactos e estão em busca por novos produtos no mercado.
14
1.5 METODOLOGIA DE DESIGN E DA PESQUISA
Metodologia tem a função de direcionar e orientar os caminhos para as ações
que vão ser executadas no projeto. Rodrigues (2007, p.2) aborda a metodologia
como “um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para
formular e resolver problemas de aquisição objetiva de conhecimento de uma
maneira sistemática”.
A metodologia de pesquisa é definida como de natureza aplicada que tem
objetivo de trazer dados e informações. O procedimentos técnico é classificado em
pesquisa bibliográfica, onde os dados são extraídos de bancos de dados ou de
materiais publicados.
A metodologia de design utilizada será a de Santos (2005). A metodologia é
dividida em 3 fases principais: pré-concepção, concepção e pós concepção. Cada
uma dessas etapas principais contém várias subdivisões que auxiliam no processo
de concepção do projeto.
1.6 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
A estruturação da monografia está dividida em cinco capítulos estruturados de
forma que auxiliam um melhor entendimento do processo de pesquisa e
desenvolvimento do produto, são eles:
Capítulo 1 - Introdução
Capítulo 2 - Bases do conhecimento
Capítulo 3 - Metodologia de projeto de Design
Capítulo 4 - Resultado
Capítulo 5 - Considerações finais.
O capítulo um é a parte introdutória do projeto, onde está contido a introdução
do tema, os objetivos, a justificativa e a metodologia. O capítulo dois apresenta as
bases do conhecimento, no qual, o conteúdo essencial para a construção do projeto
é abordado. O capítulo três é referente a apresentação e aplicação da metodologia
de projeto que ilustrada o passo a passo do processo de desenvolvimento, nessa
15
etapa é feita a coleta e análise dos dados, a geração de alternativas e também a
solução do projeto. O capítulo quatro é onde vão ser expostas as soluções finais
para o projeto. Por último, o capítulo cinco são expostas as considerações finais, no
qual é relatado um parecer final sobre o projeto desenvolvido.
16
2 BASES DO CONHECIMENTO
2.1 DESIGN
O significado teórico mais concreto de design ainda causa confusão e
preocupação em vários meios. O fato de ser um termo que foi transportado de outra
língua causa muita estranheza para aqueles que ainda não estão acostumados com
ele. Denis (2000, p.16) diz que "A origem imediata da palavra está na língua inglesa,
na qual, o substantivo design se refere tanto à ideia de plano, desígnio, intenção,
quanto à de configuração, arranjo, estrutura[..]". O autor ainda coloca que "A origem
mais remota da palavra está no latim designare, verbo que abrange ambos o
sentidos, o de designar e o de desenhar". Para ele, a própria origem da palavra já
apresenta uma certa ambiguidade, pois, existe uma confusão entre um aspecto
formal de projetar e o outro de formar. Assim, pode-se afirmar que o design trabalha
para a criação de projetos, atribuindo formas e arranjos de maneira que possa
transformar em algo concreto.
A origem profissional de design é muito antiga e ampla. Segundo Denis
(2000, p. 22) "não resta dúvida de que a existência de atividades ligadas ao design
antecede a aparição da figura do designer". O autor se refere pelo fato de que
muitos operários na época da Revolução Industrial eram promovidos por conter
experiência ou habilidades para assumir um cargo de controle sobre a divisão do
trabalho. O autor completa ainda que "o design é fruto de três grandes processos
históricos que ocorreram de modo interligado e concomitante, em escala mundial,
entre os séculos 19 e 20: A industrialização, a urbanização e a globalização".
Percebe-se que o design trata de uma área muito abrangente e que evoluiu
com o passar dos anos, por mais que a figura do designer tenha surgido somente
depois. Essa transição faz com que sua definição tenha alguns conflitos, nesse
processo transitório é notável que a influência do design está diretamente vinculada
com o crescimento histórico ocorrido principalmente depois da Revolução Industrial.
Portanto, o design têm uma dimensão importante nesse contexto, pois paralelo ao
surgimento da profissão designer ou ao termo design, foi na época em que
aconteceu a globalização, fato que trouxe grandes avanços para o crescimento
industrial e tecnológico.
17
Durante muito tempo o design era reconhecido por muitos como uma área
que tinha função apenas de embelezar a estética dos produtos, e esses rótulos
causavam preocupação para os que já eram profissionais na época.
Segundo Cara (2010, p. 24) ,
Teóricos como Bonsiepe e Maldonado, eram contra a essa possível compreensão, pois, tal fato poderia gerar o distanciamento do profissional às etapas projetivas e produtivas, e sua atividade compreendida somente como garantia do processo de concepção. O que levaria a sua dificuldade de inserção no mercado de trabalho e, especialmente, no da produção industrial.
Em uma fase mais atual, Bürdek (2006, p. 359) aborda que o design passou a
ter uma importância maior, devido a mudança de pensamento em relação ao design
dos empresários e administradores.
Desde os anos 80, o tema gestão do design passou a ter um evidente impulso, quando alguns administradores reconheceram que o design não se resume a questões estéticas, mas especialmente por sua participação relevante nas questões econômicas.
Percebe-se que essa mudança de pensamento sobre as atividades ligadas
ao design foi fundamental para o crescimento da profissão. Os empresários
começaram a reconhecer que o design poderia dar bons resultados aos seus
negócios, e isso ocorreu de forma relevante, pois não foi somente agregando beleza
estética aos produtos ou serviços, mas sim, participando definitivamente de
questões econômicas, sociais e culturais.
São infinitas as definições dadas ao design, Cara (2010, p.27), traz no seu
livro uma conceituação de design pelo ICSID (International Council of Societies of
industrial Design) em que diz:
Design é uma atividade criativa na qual o objetivo é estabelecer as qualidade multifacetadas dos objetos, processos, serviços, compreendendo todo o seu ciclo da vida. Portanto, o design é um fator central de inventiva humanização das tecnologias e fator crucial de mudanças culturais e econômicas.
Já Löbach (2001, p.16) conceitua o design como a "concretização de uma
ideia em forma de projetos ou modelos, mediante a construção e configuração
18
resultando em produto industrial passível de produção em série". O autor completa
dizendo que "o design também é a produção de um produto ou sistema de produtos
que satisfazem às exigências do ambiente humano”.
Nota-se que ambos os autores explicam o design como uma atividade de
criação de projetos que visam atender as necessidades dos consumidores. Devido a
grande exigência do mercado atual, o design tornou-se fator diferencial para
empresas que visam uma expansão maior no mercado, os consumidores exigem
produtos de qualidade o que obriga as empresas a investirem em atributos
competitivos, fato que aumenta a visibilidade dela e eleva o patamar dos produtos.
Assim, é possível atribuir ao design a responsabilidade pelo surgimento de novos
produtos e novas tecnologias e, na medida que a expansão do setor torna-se mais
visível, em paralelo aos resultados apresentados por meio dele, a procura
consequentemente acaba valorizando ainda mais o trabalho do profissional
designer.
Neste contexto, o design pode ser utilizado como principal ferramenta pra
resolução de problemas do cotidiano, deixando a execução dessas tarefas mais
fáceis e com margens de erros menores. Segundo Fuentes (2006, pag. 25), “o ponto
de partida de todo o processo de design é a expressão de uma necessidade, de
uma encomenda de um cliente para um designer”. Percebe-se então que o design
parte de um problema, assim a partir de exaustiva análise o projeto vai ser
conduzido normalmente a melhor solução possível.
Por ser uma área que aborda vários conhecimentos interligados, o design é
multidisciplinar, e por isso apresenta subdivisões em sua ramificação. As duas
grandes áreas, design gráfico e design industrial, se subdividem em várias outras
como: o design de interiores, web design, design de moda, design de jogos, gestão
de design e entre outras áreas. Essas subdivisões são consequência do
aperfeiçoamento exigido no mercado atual, no qual, cada área específica exige
profissionais capacitados para encontrar as soluções mais viáveis para os
problemas apresentados.
Para se obter os melhores resultados para projetos de design é necessário
organização e criatividade. Esses dois requisitos são tão interligados que
praticamente são dependentes um do outro. Um projeto bem organizado vai
definitivamente trazer resultados criativos, mas se a parte de organização não
19
estiver adequada ao projeto, as chances de apresentar os mesmos resultados vão
diminuindo com o passar das etapas do projeto.
Para Bürdek (2006, p.225) "Cada objeto de design é o resultado de um
processo de desenvolvimento, cujo andamento é determinado por condições e
decisões - e não apenas por configuração". Assim, se faz necessário o uso de uma
metodologia, que vai auxiliar na concepção do projeto, trazendo as etapas
específicas para cada momento. A metodologia varia de acordo com o gênero do
projeto e também com qual o designer melhor se adapta, por isso, se faz necessário
uma análise sobre projeto para decidir qual a melhor opção, porque de maneira
geral elas são muito parecidas, mas sofrem alterações conforme o necessário.
Concluindo, percebe-se que a profissão sofreu um forte crescimento,
principalmente nos últimos anos, mas que ainda não está totalmente estabilizada no
mercado profissional. O mercado mudou em relação ao profissionais de design, mas
é preciso estreitar mais ainda a relação com ele. De fato a situação atual pode
melhor muito, mas isso somente o próprio profissional pode mostrar e provar.
2.1 DESIGN INDUSTRIAL
A tarefa de conceituar o design, pode causar algumas confusões e distinções
de termos, e por isso, para conceituar o design industrial é preciso atribuir algumas
características mais específicas. Por muito tempo o termo desenho industrial foi
definido como nomenclatura, mas foi enfraquecendo até ser abandonado uma vez
que o mesmo parecia não definir na totalidade a atividade realizada por ele.
Segundo Cara (2008, p. 16)
Assim, a noção de desenhos industrial, como fora genuinamente definida, na qual há um redução dos aspectos de projeto às questões formais e funcionais, não parece ser mais suficiente para incluir os contextos distintos em que o designer é chamado para atuar pelos desenvolvimentos do capitalismo contemporâneo.
20
Percebe-se que essa mudança foi importante para que a profissão não
ficasse limitada pela nomenclatura. Além de dificultar o ingresso no mercado, o
profissional teria o limitador de ser apenas um desenhista industrial e não um
profissional capaz de atribuir mudanças em processos de fabricação ou ainda,
podendo gerar melhorias em aspectos funcionais de um produto .
Para Santos (2000) design de produto é "uma atividade projetual que visa a
concretização física de ideias e conceitos abstratos em algo em que possa trazer
melhorias no produto ou ainda como diferenciação competitiva de mercado." Já
Löbach (2001, p.17) diz que "um processo de adaptação dos produtos de uso,
fabricados industrialmente, às necessidades físicas e psíquicas dos usuários ou
grupos de usuários."
Os dois autores abordam o design industrial como uma atividade capaz
transformar ideias em um produto possível para a fabricação, mas Santos ressalta a
importância da diferenciação competitiva no mercado, e Löbach destaca que é
preciso lançar produtos que supram as necessidades de determinados indivíduos ou
grupos. Com a competição acirrada para encontrar novos clientes, esses diferenciais
são fatores determinantes no mercado.
Projetar novos produtos é arriscado para qualquer empresa, por isso, se
torna uma tarefa complexa para quem está encarregado dessa função, para que
essa missão se transforme em um produto bem concebido futuramente é preciso
que algumas questões sejam consideradas. Para Baxter (2000, p.2) "o
desenvolvimento de novos produtos é uma atividade complexa, envolvendo diversos
interesses e habilidades, tais como:
Os consumidores desejam novidades, melhores produtos, a preços razoáveis;
Os vendedores desejam diferenciações e vantagens competitivas;
Os engenheiros de produção desejam simplicidade na fabricação a facilidade
de montagem;
Os designers gostariam de experimentar novos materiais, processos e
soluções formais; e
Os empresários querem poucos investimentos e retorno rápido do capital.
O autor completa dizendo que o desenvolvimento de novos produtos é
necessariamente uma solução de um compromisso e que vários tipos de interesses
devem ser satisfeitos". Portanto, percebe-se a importância de se obter um equilíbrio
21
dentre os vários interesses agregados a um produto. A empresa que consegue
trabalhar com isso de forma bem esclarecida manterá um produto sempre
competindo no mercado, caso contrário, o produto não vai obter os resultados
esperados.
Para Löbach (2001, p.21) um dos principais fatores no desenvolvimento de
produtos é o planejamento "nosso ambiente atual é o resultado da soma de múltiplos
fatores, que se estabeleceram por meio de processos de planejamento,
configuração e produção independentes uns dos outros". Para ele quando essas
ações são feitas de forma não coordenadas, elas apresentam em certas ocasiões
um efeito secundário negativo. Por isso, aspectos como: a exploração ilimitada da
matéria-prima, a poluição ambiental não podem ser esquecidos quando um projeto
está sendo executado. Essas ações poderiam causar um dando ainda maior quando
não planejadas.
Além do planejamento, o desenvolvimento de projetos é uma questão de
percepção de oportunidades do mercado, de acordo com Santos (2000), "projetar
não se resume apenas em desenvolver um produto, mas avaliá-lo no contexto de
uso". Assim, percebe-se que é preciso fazer uma análise do que está sendo
projetado para que o produto possa ser utilizado no mercado e ele que atenda todas
as necessidades impostas pelo mercado. Desenvolver novos produtos é um
investimento para as empresas, e que obviamente, como em qualquer negócio,
procura lucrar com ele, mas isso deve ser feito de forma pensada e bem elaborada.
O produto projetado de forma equivocada pode virar um fator de risco, pois ele deve
atender as expectativas da empresa e principalmente dos consumidores, e quando
esses objetivos não são atingidos a chance de concorrentes conquistarem aquele
mercado é muito maior.
Mesmo com muitas opções de modelos e marcas, existem ainda muitos
produtos similares no mercado, e devido a essa super oferta é natural que o espaço
fique limitado e saturado para eles. A consequência disso é que as empresas
acabam se sentindo pressionadas a apresentar novas propostas para que consigam
continuar vendendo e principalmente a frente de seus concorrentes, tarefa que é
muito complicada.
Assim, para qualquer produto que esteja entrando no mercado é essencial
que possua diferenciais competitivos, através desses diferenciais, as empresas
conseguem despertar o interesse do consumidor por seus produtos, pois serão
22
diferentes em relação aos demais. Löbach (2001, p.113) diz que a "diversificação é
aquela atividade da empresa pela qual ela amplia o programa de produção
adicionando mais tipos de produtos. O principal motivo para isto é garantir contra
possíveis mudanças negativas no mercado".
Portanto, a diversificação é essencial para que a empresa consiga se manter
estabilizada no mercado e ao mesmo tempo garanta que seu produto seja lembrado
pelos consumidores até porque a vida útil dos produtos estão cada vez menores .
O desenvolvimento de novos produtos é uma tarefa delicada e que pode
trazer muito benefícios às empresas, mas isso tem que ser feito de forma pensada e
elaborada. Por isso, o profissional de design industrial ainda precisa de mais
respaldo das empresas e dos empresários para que possa desempenhar seu papel
da melhor forma.
Apesar de a situação ter melhorado em comparação com épocas anteriores,
ele necessita que os empresários concordem em dar mais liberdade para que
busquem as melhores alternativas. São várias as contribuições que podem ser
conquistadas e que podem ir muito além do que os empresários esperam, podendo
participar tanto de questões internas quanto externas da empresa.
O designer capacitado pode atribuir melhorias aos processos e
procedimentos técnicos de produção ou pensar em fatores externos como a
melhoria em embalagens. Outro fator importante para o crescimento do setor é o
alavancando consumo da sociedade, pois dessa forma novas empresas surgem e
novos produtos são inseridos no mercado, oferecendo ao profissional uma grande
oportunidade de trabalho e ao mesmo trazendo a necessidade de maior capacitação
por parte dele.
2.2 DESIGN DE MÓVEIS
Segundo Ferreira (1986) Móvel (do latim modole), significa inconstante,
variável, volúvel, peça de mobiliária, este último é o termo relativo aos objetos para
uso ou adorno interior de uma casa ou ambiente. Portanto, pode-se dizer que o
23
móvel é um objeto que o homem utiliza para ficar em repouso, ou guardar seus
pertences, sendo utilizado em um ambiente doméstico ou no trabalho.
Por muito tempo a criação de móveis aconteceu de forma artesanal, pois as
habilidades eram passadas de gerações para gerações. Esses herdavam de seus
pais o saber transmitido oralmente e pelo conhecimento prático obtido em longos
anos de aprendizado, panorama que foi mudado principalmente com a revolução
industrial que trouxe inovações tecnológicas. Nesse aspecto Ferreira (2008, p.1)
considera que "a indústria moveleira pode ser considerada uma das mais antigas do
mundo, pois deriva dos carpinteiros e artesãos produtores de móveis, que com a
revolução industrial passaram a utilizar máquinas e ferramentas visando obter
economias de esforço e tempo"
Portanto, percebe-se que a indústria de móveis é muito antiga e que por muito
tempo o saber prático predominou na concepção dos produtos. Essa situação
acabou sofrendo uma grande transformação com a Revolução Industrial que mudou
essa realidade. Os processos ganharam mais agilidade o que aumentou a produção
e reduziu o tempo de concepção de um produto.
Apesar desse crescimento notável da tecnologia em processos produtivos nas
industrias, a manufatura de móveis é feita de forma mais conservadora por grande
parte das empresas. Como o mercado é dominado por micro e pequenas empresas,
é difícil para elas introduzir processos produtivos contínuos. Sobre isso Gorini (1998)
"O setor, que se caracteriza pela predominância de pequenas e médias empresas
que atuam em um mercado muito segmentado, é ainda intensivo em mão-de-obra e
apresenta baixo valor adicionado (por unidade de mão-de-obra) em comparação
com outros setores."
Completando BNDES (2007, p.68) diz que:
Em resumo, a indústria de móveis pode ser considerada uma das mais conservadoras da atual estrutura produtiva. Isso é especialmente verdadeiro no segmento de móveis de madeira, uma vez que se trata de material pouco propício à utilização de processos contínuos de fabricação, o que por sua vez dificulta consideravelmente a automação e a possibilidade de ganhos de escala. Uma das soluções encontradas pelo setor – conforme descrito no item seguinte deste artigo – consiste na transferência de determinadas operações para o varejo (montagem) e para a preparação da matéria-prima (acabamento de painéis).
24
Já em relação ao uso no mercado, a indústria de móveis é dividida em vários
segmentos: móveis domésticos, móveis para escritórios ou ainda móveis
institucionais (Móveis de escolas, hospitais, hotéis e entre outros). Segundo BNDES
(2007, p.67) O IBGE classifica a indústria de móveis com base nas matérias-primas
predominantes, as categorias básicas são: móveis de madeira (incluindo vime e
junco), que constituem o principal segmento, com 91% dos estabelecimentos, 83%
do pessoal ocupado e 72% do valor da produção; e os móveis de metal, com 4%
dos estabelecimentos, 9% do pessoal ocupado e 12% do valor da produção. O
restante diz respeito aos móveis confeccionados em plástico e artefatos do
mobiliário, que reúnem colchoaria e persianas.
Assim, percebe-se que a indústria de móveis ocupa um papel muito
importante na economia e que os móveis de madeira dominam o segmento. As
várias ramificações na área fazem com que as empresas busquem diferencias para
que se mantenham em uma posição estabilizada no mercado, porque com o fácil
acesso a sistemas mais tecnológicos, a tecnologia já não faz tanta diferença na hora
da venda do produto e sim os diferenciais apresentados ao consumidor.
A grande maioria das industrias de móveis utilizam a estratégia de se basear
em tendências que são observadas em feiras e revistas especializadas na área,
essas tendências refletem diretamente no resultado do produto, ou seja, com
exceção das grandes empresas que são as que lançam as tendências, as pequenas
e as médias empresas seguem as mesmas ideias dos produtos para acompanhar o
mercado porque elas dependem de resultados imediatos deixando o processo de
criação em segundo plano. Leão e Naveiro (1998) abordam essa importância,
"normalmente o que ocorre no país ocasionado pela falta de investimentos em
design, é que os modelos fabricados são cópias dos disponíveis no mercado
internacional, que são conhecidos por meio de feiras, revistas e protótipos".
Portanto, com a exceção das grandes empresas que são responsáveis por
lançar as tendências no mercado, as pequenas deixam o processo de design de
lado e acabam tornando-se escravas dessas tendências lançadas pelas grandes
empresas. Diante dessa relativa facilidade de imitação, elas seguem essas
tendências como forma de segurança e também por ser uma maneira de obter
melhores resultados a curto prazo no mercado.
25
2.3 ERGONOMIA
O nome Ergonomia deriva-se de duas palavras gregas: ERGOS (trabalho) e
NOMOS (leis, normas e regras). É portanto uma ciência que pesquisa, estuda,
desenvolve e aplica regras e normas a fim de organizar o trabalho, tornando este
último compatível com as características físicas e psíquicas do ser humano. De
acordo com Ansolin (2009, p.29) o início da ergonomia surgiu na idade primitiva
"Com relação à ergonomia, que teve o inicio de sua história com o homem primitivo
na construção de objetos para se conseguir sobreviver utilizando a intuição", assim
percebe-se que o uso da ergonomia surgiu muito primitivamente para que o homem
pudesse executar suas tarefas de maneira mais fácil, o autor completa dizendo que
a ergonomia evoluiu muito com o passar de tempo quando a produção de produtos
seriados obrigou a se investir em pesquisas sobre o homem em relação a sua
tarefa.
O ergonomia possui caráter interdisciplinar pois se apoia em outras áreas do
conhecimento humano como: a antropometria, fisiologia, psicologia e sociologia.
De acordo com Silva (20--, p.3):
Estuda aspectos tais como: fatores humanos (físico, fisiológico, psicológico, social, influência do sexo, idade, treinamento e motivação), fatores ambientais (temperatura, ruído, luzes,..), informações, organização (horários, turnos...), consequências do trabalho (fadiga, estresse...). Refere-se as aplicações práticas de tais conhecimentos oportunizando a redução de acidentes, doenças ocupacionais, erros, fadigas e estresse no trabalho, aumentando a produtividade e o bem-estar, mas não é aplicação de receitas, pois para necessidades e realidades diferentes exige-se pesquisas diferentes.
Assim, pode-se dizer que a ergonomia busca cada vez mais ampliar seu
campo de visão, pois os diversos fatores que são levados em consideração,
influenciam tanto no bem-estar do homem quanto na melhoria dos processos de
produção de uma empresa. Portanto, a busca por uma organização adequada, pela
melhoria na flexibilidade dos processos, pelo equilíbrio das tarefas influenciam na
realidade e no funcionamento das empresas.
Os produtos projetados atualmente devem atender as necessidades dos
consumidores através de sua tecnologia e também com seu aspecto estético, mas
existem outros fatores que melhoram a interação do usuário com o produto.
26
De acordo com Iida (2000, p. 354; 355)
Do ponto de vista ergonômico, todos os produtos, sejam eles grandes ou pequenos, simples ou complexos, destinam-se a satisfazer certas necessidades humanas e, dessa forma, direta ou indiretamente, entram em contato com o homem. Então, para que esses produtos funcionem bem em suas interações com seus usuários ou consumidores, devem ter as seguintes características básicas: Qualidade técnica – É a parte que faz funcionar o produto, do ponto de vista mecânico, elétrico, eletrônico ou químico, transformando uma forma de energia em outra, ou realizando funções como cortes, soldas, dobragens e outras. Dentro da qualidade técnica deve-se considerar a eficiência com que o produto executa a função, o rendimento na conversão de energia, a ausência de ruídos e vibrações, a facilidade de limpeza e manutenção e assim por diante. Qualidade ergonômica – A qualidade ergonômica do produto inclui a facilidade de manuseio, a adaptação antropométrica, o fornecimento claro de informações, as compatibilidades de movimentos e demais itens de conforto e segurança. Qualidade estética – A qualidade estética envolve a combinação de formas, cores, uso de materiais, texturas e cores, para que os produtos sejam visualmente agradáveis.
Portanto, essas características básicas devem estar presentes no produto
para que ele possa estar apto a competir no mercado, e assim tonar a vida do
usuário cada vez mais fácil.
2.4 ANTROPOMETRIA
A antropometria é um ramo das ciências biológicas que tem como objetivo o
estudo dos caracteres mensuráveis da morfologia humana. Como diz Sobral (l985,
apud SANTOS, 2003, P.2) "o método antropométrico baseia-se na mensuração
sistemática e na análise quantitativa das variações dimensionais do corpo humano".
A antropometria permite a obtenção de muitas informações, porém peso,
altura e suas combinações são os métodos antropométricos mais utilizados em
estudos epidemiológicos.
Em uma simples análise nas características físicas das pessoas verifica-se que a
espécie humana varia grandemente de tamanhos físicos. Um indício disto é o fato
27
de existir roupas e demais vestimentas de diferentes tamanhos, que diferenciam o
indivíduo em medidas baseadas no comprimento dos braços, circunferência
abdominal, dentre outras. Tudo isto tem derivado dos dados antropométricos
(ACUÑA, CRUZ, 2004, p. 3).
Quanto aos dados que podem ser avaliados em dados antropométricos são:
as diferenças individuais, variação ou diversidade humana, diferenças sexuais,
diferenças étnicas, tendência secular para o crescimento, envelhecimento, classe
social e ocupação, os adultos "normativos" versus as "pessoas reais", adequação
entre a diversidade humana e os diferentes envolvimentos, base estatística da
variabilidade humana, constrições impostas pela variabilidade humana (espaço livre,
alcance, força e postura).
Portanto, a antropometria é um estudo que traz muitas informações a respeito
de características físicas como: comprimentos, profundidades e circunferências
corporais e que através desses resultados possa se projetar equipamentos e
produtos para a população utilizadora.
28
3 DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE DESIGN
3.1 METODOLOGIA DE PROJETO DE DESIGN
A organização na execução de um projeto é essencial para que se obtenha as
melhores soluções, e para que isso seja feito se faz necessário a utilização de uma
metodologia projetual. A metodologia desenvolvida por Flávio Anthero Nunes Vianna
dos Santos (2005) será utilizada para o desenvolvimento deste projeto, essa
metodologia, como o próprio autor determina, é um método aberto que possibilita
uma maior amplitude para a solução de um problema. Além de possuir sua estrutura
voltada a projetos industriais, ela possui fácil entendimento em relação a cada passo
que podem se remodelar conforme a necessidade do mesmo.
A metodologia é dividida em 3 fases principais: pré-concepção, concepção e
pós concepção. Cada uma dessas etapas contém várias subdivisões que auxiliam
no processo de concepção do projeto, sendo as básicas: planejamento, análise de
problema, atributos do produto, caminhos criativos, geração de alternativas, seleção
e adequação, subsistemas componentes, processos produtivos e mercado. O
restante dos desdobramentos dependem do caráter do projeto e o uso ou não fica a
critério do próprio autor.
Segundo o autor, nos desdobramentos auxiliares serão definidas as
atividades através das quais os desdobramentos mínimos serão realizados. Ele
completa dizendo que, quanto mais desdobramentos auxiliares forem realizados
mais informações ficarão sistematizadas à disposição do projeto e isso reduz as
incertezas e aumenta a qualidade do trabalho.
A figura 01 a seguir demonstra como o autor propõe a organização do
conteúdo da metodologia.
29
De acordo com Santos (2005, p.80-81):
Desta forma, são atividades inerentes à etapa básica de pré-concepção:
planejamento do produto;
a análise do problema e
a definição dos atributos do produtos.
30
São atividades inerentes á etapa básica de concepção:
a definição das possibilidades de solução para o problema (caminho
criativos)
a geração de alternativas e
a seleção e adequação da melhor alternativa.
São atividades inerentes à etapa básica de pós-concepção:
o detalhamento dos subsistemas e componentes do produto;
a definição dos processos produtivos e
a definição de aspectos mercadológicos (lançamentos, venda e pós-
venda)
Através das etapas principais define-se os desdobramentos obrigatórios.
Assim, tem-se as seguintes etapas:
Planejamento do produto - Primeiramente são definidos o
cronograma de execução do projeto, os investimentos que serão feitos
e ainda as tecnologias que serão utilizadas (Software, Hardware);
Análise do problema - Na etapa seguinte são realizadas as
pesquisas de concorrentes, clientes ou tecnologias utilizadas. Também
define-se os conceitos que serão utilizados e a temática abordada;
Definição dos atributos do produto - Neste momento são atribuídas
características funcionais, estéticas e simbólicas ao projeto. Essa etapa
é fundamental para se definir atributos que o projeto deve conter.
A fase seguinte é a de concepção que possui os seguintes desdobramentos:
Caminhos criativos - É a primeira etapa do processo de concepção
no qual define-se as ferramentas para o desenvolvimento de alternativas;
Geração de alternativas - Posteriormente, todas as pesquisas
desenvolvidas e as características atribuídas ao produto são colocadas
em prática. A geração de alternativas é a fase no qual são desenvolvidas
31
as alternativas para uma possível solução do projeto. Ela pode ser feita
através de sketch e croquis;
Seleção e adequação - Por fim, a melhor alternativa é selecionada, e
revista para possíveis alterações.
A fase de pós-concepção é formada por:
Subsistemas e componentes - Nesse momento é feito o
detalhamento do produto no qual todas as partes que o compõe serão
expostas;
Processos produtivos - Consiste em relatar de que maneira o produto
será produzido;
Resultado final - Na etapa final do projeto é feito o modelo virtual em
3D e também os desenhos técnicos do produto. Através dos modelos 3D
é possível ter uma percepção mais detalhada de como o produto será
esteticamente e também como será sua composição morfológica, e a
partir dos desenhos técnicos tem-se detalhes técnicos, como medidas e
a estruturação dos componentes do produto. Também são feitas
pranchas de apresentação para melhor entendimento do projeto
Devido a necessidade do projeto foi desenvolvida uma tabela adaptada a
metodologia de Santos (2005), para melhor visualização de cada etapa do projeto. A
tabela está presentada a seguir:
32
3.2 PROJETO DE DESIGN
3.2.1 Problema de projeto
A identificação do problema foi relacionada através da necessidade de criar
novas alternativas para móveis a serem usados em ambientes que não provém de
muito espaço, fato que é muito presente na vida de muitos devido a situação do
setor imobiliário atualmente. A criação de um móvel com as funções de guarda
33
objetos, descanso e ainda o uso para atividades cotidianas como comer e estudar
irá auxiliar aquelas pessoas que necessitam ter essas opções adaptadas a um
ambiente compacto.
3.2.2 Pré-Concepção
Essa etapa é o começo do desenvolvimento do projeto de design, nela estão
constituídas o planejamento do produto, a análise do problema e os atributos do
produto.
3.2.2.1 Planejamento do produto
Cronograma
O cronograma é a distribuição das etapas através de um planejamento pré-
estabelecido. Nele são determinadas as datas e as atividades referentes a cada
atividade do projeto, sendo estabelecido um prazo inicial e final para que possam ser
realizadas. O cronograma deste projeto é apresentado a seguir na tabela 02:
Cronograma
Fase Atividade Objetivo Início Fim
1 Pré-Concepção
- Planejamento do projeto
- Análise do problema
- Atributos do produto
5/10 12/10
2 Concepção
- Caminhos criativos
- Geração de alternativas
- Seleção e adequação
12/10 26/10
Banca 1 Apresentação 01 - Relatório parcial
- Apresentação 01 27/10 27/10
3 Pós-concepção
-Sub-sistemas e componentes
- Processos produtivos
- Resultado final
28/10 23/11
34
Banca
final Apresentação final - Apresentação final 07/12 07/12
Tabela: 02 - Cronograma Fonte: O autor
Investimentos
O projeto terá três investimentos principais: o valor em pesquisa, construção
do protótipo e ainda para apresentação do projeto final. O investimento em
pesquisas será feito durante a fase de concepção do projeto e serão através de
livros, impressos e cópias. A construção do protótipo terá o valor investido em
compra de matéria-prima e mão de obra. Já para a parte de apresentação, o valor
será investido em pranchas e no documento escrito que será entregue a toda a
banda avaliadora.
Tecnologias
A representação do projeto é será feita através de modelo em 3 dimensões
que será executado pelo software Solidworks que também fará os desenhos
técnicos e os renderings. O Illustrator será responsável por toda a parte gráfica,
incluindo a apresentação do projeto. O Microsoft Word será utilizado para concepção
de toda parte teórica do projeto através do documento escrito.
3.2.2.2 Análise do problema
3.2.2.2.1 Pesquisas
Similares
Os móveis com multifunções ganham cada vez mais espaço no mercado, e
diante dessa situação pode-se destacar dois principais fatores que levam o
consumidor a optar por esse tipo de móvel: os altos preços dos apartamentos e
casas que possuem um espaço maior e a mudança na mentalidade que opta por
35
menos excessos. Aliado a tecnologia e a funcionalidade, esses móveis não só
economizam espaço nas residências, mas são uma grande economia para o bolso
do consumidor a longo prazo. A seguir, observa-se na figura 02, o painel com
produtos similares.
Nota-se que a grande maioria dos móveis multifuncionais se regulam de
maneira fácil e prática, além disso, é possível notar uma forte tendência em produtos
que desintegram seus componentes a partir de um bloco simples que pode ser
36
desmontando. Esse formato reforça a ideia de economia de espaço nas residências,
pois quando o móvel se encontrar de maneira fechada (bloco) automaticamente irá
ocupar menos espaço. Também observa-se em alguns casos o aproveitamento dos
vãos consequentes das formas dos móveis, esses vãos podem ser utilizados como
guarda objetos ou até mesmo servir de encaixe para outro componente. A figura 03
demonstra um exemplo de como duas cadeiras podem virar uma mesa.
Na imagem apresentada, observa-se que os dois vãos do lado da cadeira
servem de encaixe para montar a mesa. Nesse caso é preciso observar também
que os pés das cadeiras também servem como pés para a mesa quando houver
necessidade de montar daquela forma.
37
A figura 04, mostra as várias possibilidades obtidas através dos diferentes
tipos de montagem de um mesmo produto.
Nota-se que o produto pode ser montado de acordo com a necessidade ou
com o gosto do usuário. Nesse caso utilizou-se a estratégia de um bloco simples
com vários componentes internos que podem ser rearranjados da maneira que for
mais eficaz.
Possibilidades de uso
As possibilidades do uso de um móvel multifuncional encontra-se através da
necessidade de se criar alternativas para a economia de espaço em um ambiente
38
compacto domiciliar, porém, seu uso poderia se encaixar em qualquer outra
situação. Por este projeto se tratar de um móvel que objetiva atender as funções de
uso para o descanso, atividades cotidianas como comer, estudar, ele deve ser
utilizado na sala ou até mesmo como um móvel para um quarto.
Na figura 05, identifica-se um ambiente com possibilidade de uso para o
móvel. Um móvel pequeno poderia ser adicionado ao ambiente ou até mesmo
poderia substituir outro móvel agregando mais de uma função a ele para que se
ganhe espaço.
Público-Alvo
Pelo fato de poder ser utilizado em vários lugares, o móvel tem um público-
alvo muito grande. O público varia entre pessoas da classe C até a classe D que
moram sozinhas ou com suas famílias, incluindo crianças, jovens e adultos. Essas
39
classes tem impulsionado a economia do país, tornando-se o maior nicho de
mercado. A Classe C é conhecida como a nova classe média, o que representa mais
da metade dos brasileiros. (FONSECA, 2011 apud FGV 2009). Segundo (IBGE) A
classe C é composta de famílias com renda entre R$ 1.200 e R$ 5.174 e na classe
D figuram as famílias que recebem entre R$ 751 e R$ 1.200 por mês. Essas classes
tem um perfil de consumo muito particular, ao contrário do que se imagina, esse
público consumidor procura produtos de qualidade, de boa resistência, bom
acabamento e uma estética agradável, já que possuem maior poder de compra, o
que aumenta a exigência em cima dos produtos, deixando de ser o preço o fator de
escolha no momento da compra. Assim, é necessário ter maior atenção com essa
classe, sobretudo as empresas, que devem atingir esse público pelos diferenciais
nos seus produtos através de materiais e suas tecnologias, e não copiando produtos
já existentes no mercado e atribuindo-lhes materiais de baixa qualidade e com uma
estética desagradável, isso vai tornar o produto obsoleto em relação aos
concorrentes. Segundo Prahalad (2010, p.76), “A oportunidade de mercado da base
da pirâmide não pode ser suprida por versões obsoletas de soluções de tecnologia
tradicionais partindo de mercados desenvolvidos.” Logo, esse público sonha em
comprar produtos que estão introduzidos em classes superiores, e que estão longe
de seu poderio econômico, e não querem comprar aqueles em versões mais
baratas.
Mesmo com o aumento no poderio de compra, esse público ainda enfrenta
dificuldades em mobiliar seu imóvel. Por serem classes emergentes, essas classes
não conseguem comprar ou projetar todo seu mobiliário de uma única vez, tornando-
se inevitável comprar os móveis somente quando for possível ou devido a uma
necessidade imediata.
Devido a atual situação do mercado de imobiliário, os preços dos imóveis
estão bem elevados, fazendo com que poucas pessoas consigam viver em lugares
com espaço amplo e favorável para suas famílias. Assim, esse público procura
lugares menores que tem um espaço limitado para montar seus móveis. O perfil
desse perfil de público-alvo está representado na figura 06 a seguir:
40
Tecnologias
A indústria moveleira caracteriza-se pela diversificação de produtos finais
produzidos e estes vão desde móveis residenciais, para escritórios, ou até mesmo
móveis institucionais. A produção envolve diferentes tipos de materiais como
madeira, metais, tecidos, couro, plásticos, acrílicos, entre outros, que variam de
acordo com o tipo do móvel.
O processo de produção não é contínuo, por isso a modernização só é
aplicada em algumas etapas de produção. Um fator bem importante que caracteriza
a industria moveleira é o fato de que a tecnologia usada para a modelagem dos
produtos não é mais privilégio somente das grandes empresas, as pequenas
empresas também utilizam de recursos visuais o que, além de diminuir custos,
41
otimiza mais ainda o processo de criação, diminuindo consideravelmente o tempo de
produção.
Matérias-primas
Na fabricação de móveis em geral as principais fontes de matérias-primas são
a madeira e os metais, além de materiais de revestimentos como couros e
estofados. A madeira é a principal fonte de matéria prima para a fabricação dos
móveis, tendo grande diversificação de tipos.
- Madeira Nativa
Foi a primeira matéria-prima utilizada para a fabricação de móveis e nesse
perfil de madeira enquadra-se o mogno, a imbuia, a cerejeira, marfim e entre outros.
As principais características são: a alta resistência física e mecânica , a durabilidade,
usinabilidade (pode ser facilmente torneada). No entanto, devido ao crescimento da
utilização de madeiras de reflorestamento (eucalipto e pinos) esse tipo de matéria-
prima teve o seu uso diminuído, além disso, questões ambientais tem se tornado
uma constante preocupação no panorama atual o que reduz as vantagens de se
usar esse tipo de madeira. Abaixo na figura 07, um exemplo de um móvel feito em
mogno.
42
Na figura 07, tem-se um exemplo de um móvel feito em mogno, uma madeira
maciça que possui a beleza de suas diferentes fibras e colorações, alta resistência
física e mecânica, durabilidade e usinabilidade (pode ser emoldurada, torneada ou
entalhada).
- Eucalipto
O eucalipto é uma madeira que se tornou sinônimo contra a devastação das
florestas e justamente por isso tem sido utilizado para projetos de âmbitos
ambientais. O seu principal uso é no setor de celulose e para a produção de lenha e
carvão, mas também é utilizado para acabamentos na construção civil e até mesmo
a obtenção do óleo essencial usado para perfumes, remédios, produtos de limpeza e
alimentícios. Na fabricação de móveis o eucalipto tem algumas restrições como:
elevadas retrabilidade, propensão ao colapso durante a secagem e à presença de
tensões de crescimento, que levam a rachaduras e empenamentos.
43
Na figura 08, um exemplo de um conjunto de móveis feito em madeira
eucalipto. O eucalipto é uma madeira leve, de boa resistência mecânica, capaz de
receber os mais variados tipos de acabamento, mas apresenta alguns problemas de
processamento e usinabilidade.
- Pinus
O principal uso dessa matéria-prima é para industriais de madeira serrada e
laminada, móveis, papel e também a celulose. O grande problema da utilização na
indústria moveleira é alta concentração de nós, á secagem e ao desdobro
inadequado. Na figura 09, tem-se um exemplo de um móvel feito de madeira de
pinus.
44
Na figura 09, um exemplo de uma estante feita com pinus. A madeira de pinus
é fácil de ser trabalhada, e por isso mesmo é utilizada nos mais variados tipos de
móveis. As características gerais dessa madeira são: Cerne e alburno indistintos
pela cor, branco-amarelado, brilho moderado, cheiro e gosto distintos e
característicos (resina), agradável, densidade baixa, macia ao corte, grã direita,
textura fina.
- Madeiras reconstituídas
Madeiras reconstituídas são aquelas que utilizam madeira sobre forma de
cavacos como matéria-prima principal. São classificadas em dois grupos: Os
compostos laminados (estrutura de linha contínua de cola através do processo de
colagem) e os compostos particulados (pequenos elementos de madeira (partículas
e fibras) que constituem uma estrutura de linha descontínua de cola). Nos
compostos laminados constituem-se os compensados que possuem uma infinidade
de produtos e já nos compostos particulados os principais tipos são os aglomerados
e o MDF (medium density fiberboard).
45
Na figura 10, apresenta-se móveis feitos em MDF. Apesar de não ser um
material muito resistente ele é muito utilizado na fabricação dos móveis devido a seu
baixo custo. O uso mais comum nos móveis em MDF é somente em algumas partes
dos móveis, aquelas das quais não irão suportar muito peso e que não terão contato
com a umidade, pois quando essa parte é danificada, o móvel inteiro pode ser
comprometido.
- Metal
Utilizado geralmente em partes estruturais dos produtos como em barras de
sustentação ou ainda em forma de puxadores. Os principais produtos são as barras
de metais e as chapas. A utilização desses materiais em móveis são uma importante
ferramenta para se obter a melhor de design do produto.
46
Acima, na figura 11, uma cadeira que revolucionou o conceito de fazer
móveis. A cadeira criada por Marcel Breuer foi uma das maiores inovações do
século XX devido a utilização de tubos de aço no design do móvel. Outra forma
bastante utilizada são os puxadores.
-Tecidos
Jeans ou brim
É um dos mais resistentes dos tecidos. Perfeito para quem tem animais de
estimação, crianças pequenas. A lavagem também é bastante prática, apesar de
encolher com facilidade.
47
Aveludados
Costuma esquentar demais em lugares muito quentes. Em contra partida,
deixar o ambiente mais refinado, mas não costumam ser muito fáceis de limpar.
Poliéster
Se tem animais de estimação, nem pense em usar este tecido. Por desfiar
com facilidade, ele não é recomendado nestes casos. Porém, o efeito do tecido
aplicado ao sofá fica muito bonito e este costuma ser mais fácil de limpar. O
poliéster possui ótima resistência e baixo encolhimento, além de não desbotarem
com o tempo.
Couro
Legítimo ou sintético, este é bastante durável e fácil de limpar. Ainda que não
seja muito recomendado para ambientes quentes, o couro também confere um estilo
especial ao móvel.
Sarja peletizada
É um dos tecidos mais macios do mercado e é perfeito para vários ambientes.
Além disso, é fácil de limpar e costuma oferecer uma boa durabilidade.
Diante disso, pode-se concluir que existem uma infinidade muito grande de
madeiras e que cada uma delas tem características específicas. As madeiras de lei
possuem grande resistência mecânica, são fáceis de modelar, e são bonitas
esteticamente, agregando grande vantagem em relação as outras. As madeiras
reconstituídas tem baixa resistência e por isso não suportam grande carga.
Em relação aos tecidos, todos possuem características voltadas para cada
tipo de ambiente e situação. Os aveludados são bonitos, mas em compensação
esquentam com muita facilidade, e por isso mesmo não podem ser utilizados em
lugares muito quentes. Outros tipos que pode-se destacar são os couros, tanto o
original quanto o sintético tem as mesmas características estéticas e são tecidos
48
bem duradouros. O poliéster é um tecido de alta resistência e que não encolhe com
o tempo, diferente do jeans e do brim, além de serem fáceis de limpar.
3.2.2.2.2 Conceitos
O móvel multifuncional tem como conceitos principais: a praticidade, a
versatilidade e adaptabilidade. Os três conceitos devem estar presentes no produto
final para que ele possa atender as necessidades do problema proposto e essas são
características essenciais para que isso possa ser alcançado. A figura 12, a seguir,
representa os conceitos formais do produto:
49
3.2.2.2.3 Temática
O principal objetivo é que esse produto seja condicionado a várias opções de
uso, por isso a importância de que ele tenha várias funções e que elas atendam
essas exigências. A principal temática é a multifuncionalidade.
3.2.3.3 Atributos do produto
Nessa etapa apresenta-se as características principais que devem estar
presentes no produto, constituindo-se as aspectos funcionais e também de aspectos
estético-formais.
3.2.3.3.1 Funcionais
As principais características é o fácil manuseio de mudança de posições dos
componentes do produto através de mecanismos como dobradiços ou corrediças. A
estrutura deve conter uma forma que vai de encontro as exigências do público, por
isso deve se adaptar ao ambiente em que será colocada .
Os componentes da base devem estar sempre bem firmes para que o usuário
possa mexer com segurança sem perigo de algum componente se solte o que pode
ocasionar acidentes.
O móvel deve ter a segurança necessária para que possa receber todo o
peso que for colocado em cima dele, por isso a importância de ter uma boa
resistência de pés ou da própria base.
O produto deve conter todas as funcionalidades propostas como um móvel
para guardar objetos, que possa servir para o descanso e ainda possa ser utilizado
para realizar atividades cotidianas.
50
3.2.3.3.2 Estético-formais
O produto terá uma estética condizente com o perfil do público-alvo e que
quer um produto que possa se adaptar no ambiente sem que o mesmo fuja das
características estéticas dos demais. Assim, deve-se seguir os conceitos
supracitados.
3.2.3.3.3 Simbólicos
A multifuncionalidade e a adaptabilidade representarão o valor simbólico do
produto. Através desse atributos o produto pode entrar no mercado e competir com
os demais concorrentes.
3.2.4 Concepção
3.2.4.1 Caminhos criativos
A figura13, representa o painel de conceitos simbólicos do móvel. A partir
desses conceitos começa-se a elaborar as gerações de alternativas, os conceitos
devem estar evidentes na concepção do móvel.
51
3.2.4.2 Geração de alternativas
Nesta fase, passa-se a esboçar as possíveis definições para a solução do
problema, sendo que se determinam quais serão os conceitos utilizados para a
execução das alternativas geradas.
3.2.4.2.1 Esboços e Croquis
Alternativa 01
52
As primeiras alternativas basearam-se na ideia de um bloco que
desmembrava seus componentes através de partes extras acopladas na base
principal do móvel e também com componentes que poderiam virar partes auxiliares
do objeto. Essa geração baseou-se em uma mesa de centro que possuía partes
auxiliares. Nesse caso, a mesa de centro desmembrava os componentes
representados pelos números 1 e 2 para virar base para um colchão. O número 3
representa uma base articular presa a parte traseira que poderia ser erguida para
servir como base para estudo.
Na figura 14, observa-se como o móvel poderia ser desmontando para virar
um móvel extra auxiliar (base para a cama) e também um suporte auxiliar para ser
utilizado como mesa.
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Alternativa 02
Na geração de alternativa 02, buscou-se o mesmo propósito da alternativa 01,
com a adição de partes auxiliares no móvel para que virassem algum outro
componente. Nessas alternativas acrescentou-se a ideia de partes que seriam
embutidas ao móvel. Nesses casos, nota-se que os componentes poderiam ficar
muito grandes, caso fossem embutidos ao móvel, indo contra a ideia de móvel
compacto.
Na figura 15, tem-se o propósito de partes auxiliares em conjunto com o bloco
que se desintegram para virar outros componentes.
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Alternativa 03
Na figura 16, observa-se a geração de alternativa 03, no qual, consiste em
uma mesa de centro, com plataformas superiores que se movem de um lado para o
outro (através de barras internas), podendo ser utilizada para apoiar objetos (prato,
computador). Na parte interna puffs que podem servir para o descanso do usuário.
Na parte superior da mesa pequenos espaços deixados para guardar objetos.
Na figura 16, tem-se a mesa de centro que tem várias funções agregadas, as
bases superiores poderiam ser giradas em 360 graus para não atrapalhar a visão de
quem está sentado.
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Alternativa 04
Na figura 17, observa-se a geração de alternativas 04, essas alternativas
começaram a dar forma na alternativa seguinte que foi a escolhida. A ideia de blocos
que se movem através de barras de metais deu início a ideia final. O princípio da
mesa de centro foi mantido, mas com adição de barras que interligavam as laterais
poderia reduzir o tamanho final do móvel. A adição de espaços para guardar objetos
acrescentaria mais uma função, e com a colocação de uma base na parte inferior,
todas as funções estariam atribuídas.
Na figura 17, observa-se a ideia dos blocos se movendo um em direção ao
outro para que o tamanho do móvel ficasse reduzido.
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Alternativa 05
Na figura 18, observa-se a ideia final do produto, no qual devido as gerações
de alternativas realizadas surgiu uma poltrona multifuncional. O princípio das barras
de metal foi mantido, mas agora de forma mais evidente. O movimento das laterais
fez com que fosse possível tomar forma um espaço para que o usuário pudesse
sentar e descansar. A movimentação dos blocos é possível porque estão
interligados um ao outro. Assim, é possível aproximar os dois diminuindo o tamanho
do produto. Quando aberto na sua forma total forma-se um espaço para descansar e
na parte superior de um dos bloco encontra-se uma base articulável para apoio de
objetos (pratos, notebook), ela é acoplada a umas das laterais.
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3.2.4.2.2 Alternativa escolhida
Na figura 19, tem-se a alternativa escolhida para a próxima etapa que é a
adequação da melhor solução. Nesse momento pode-se começar a fazer os ajustes
necessários para fazer os modelos virtuais e físicos.
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3.2.4.3 Seleção e adequação
3.2.4.3.1 Melhor Solução
A partir do projeto selecionado, desenvolveu-se a renderização no software
Solidworks, o que possibilita visualizar de maneira mais precisa as intenções
projetuais. Percebeu-se, no entanto, que o móvel apresenta uma estrutura muito
rígida não transmitindo os valores objetivados. Desta forma, fez-se necessário
adequar as formas, suavizando as laterais.
Na figura 20, observa-se um móvel com uma estrutura muito dura e rígida, por
isso foram feitas adequações ao projeto.
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Na figura 21, apresenta-se o móvel com as alterações, e assim algumas
características ficaram mais evidenciadas, deixando o móvel com um aspecto mais
leve e suave. A abertura para guardar objetos, foi transferida para a parte lateral do
móvel, deixando assim um espaço maior para colocá-los. A base para auxiliar foi
mantida na posição inicial.
3.2.5 Pós-concepção
Nesta etapa, apresenta-se o detalhamento físico do móvel para ambientes
compactos, com as definições estabelecidas no projeto.
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3.2.5.1 Sub-sistemas e componentes
O móvel é constituído por três componentes principais: as duas estruturas em
madeira, sendo que uma delas contém a base articulada para notebook, os tubos
para mover os blocos que estão interligados, e o tecido no momento em que o móvel
estiver aberto.
Quanto à matéria-prima do móvel ressalta-se que os tubos são em aço inox,
pois possui resistência suficiente para aguentar o peso que for colocado na hora de
sentar. A estrutura das bases laterais são feitas em madeira rígida, sendo aplicada
outra camada de madeira de mogno no acabamento que pode ser facilmente
modelado.
O tecido é feito poliéster, pois possui resistência necessária para aguentar a
tensão provocada no momento em que a poltrona for aberta na sua totalidade.
Na articulação da base articulada usam-se corrediças para a movimentação
da peça que se acopla na parte lateral do móvel. A corrediça é composta por um
perfil de chapa fina dobrada e, um “trilho” guia com rodinhas para o deslize desta
peça.
As rodinhas na parte inferior do móvel são para a movimentação dos
conjuntos o que facilita quando houver a necessidade de economizar espaços.
3.2.5.2 Processos produtivos
Para a fabricação deste tipo de móvel, os processos produtivos básicos
empregados são o corte e montagem das madeiras da estruturas laterais (madeiras
rígidas), juntamente com os cortes das peças em mogno para o acabamento final
colocado sobre essa estrutura.
Para a construção das peças para o acabamento final são empregados
dobras e cortes nas chapas, e através do processo de fixação são encaixados as
rodinhas na parte inferior do móvel.
Os tubos possuem um sistema de "tubo telescópio" no qual um se encaixe
dentro do outro, para que se possa abrir o móvel sem maiores problemas.
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O tecido é colocado com argolas fixadas nas extremidades para que se possa
ter maior segurança no momento de sentar.
3.2.5.2.1 Aspectos mercadológicos
O produto em si desenvolvido é de caráter experimental, e no momento não
será disposto no mercado. O lançamento do móvel está previsto para a fase de
apresentação do mesmo, em que será desenvolvido um protótipo dele,
exemplificando a construção final do objeto.
O documento escrito contém todo o processo de desenvolvimento do projeto
relatado de forma explicativa. Nele consta todas as fases do processo de
desenvolvimento do projeto.
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4 RESULTADO DO PROJETO DE DESIGN
Como resultado final do projeto desenvolvido, apresenta-se as soluções
propostas através de renderings, desenhos técnicos e modelo de protótipo.
4.1 MODELO 3D
Nas figuras seguintes observa-se o modelo do móvel com as especificações,
explicando o funcionamento no momento em que estiver aberto e fechado.
Na figura 23, apresenta-se o móvel fechado na sua forma final.
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Analisando a figura 23, tem-se em seu estado fechado. Com as articulações
das estruturas laterais o móvel diminui o tamanho para que poupe espaço em um
ambiente compacto.
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4.2 DESENHOS TÉCNICOS
Nos desenhos técnicos estão especificados principalmente o tamanho do
móvel em seu estado aberto e fechado, pois a principal necessidade do móvel era
se adaptar a ambientes compactos.
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4.3 SITUAÇÃO DE USO
Na figura 26, observa-se o móvel em uma situação de uso. Um espaço
pequeno que o móvel poderia estar se posicionando de maneira aberta ou de
maneira fechada, diminuindo o espaço ocupado pelo mesmo. Como tem a
característica de adaptabilidade poderia estar condicionado a ocupar esse espaço.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que o objetivo central deste trabalho era o desenvolvimento do
projeto de um móvel multifuncional para ambientes compactos, a pesquisa tomou
rumos que envolveram estudos bibliográficos à cerca do design, design industrial,
design de móveis, ergonomia e antropometria; fundamentos estes essencias para
embasar o processo de desenvolvimento que se deu por meio da metodologia
MD3E proposta Santos (2005).
Ao longo do projeto algumas definições foram essenciais. Primeiramente
definiu-se o público-alvo, constituído por crianças, jovens e adultos pertencentes às
classes C e D, o perfil deste público pode ser resumidamente definido como
consumidores ativos que prezam qualidade e estética dos produtos, onde entendem
a relação custo-benefício. Também foi necessário definir as funcionalidades, sendo
elencadas a adaptabilidade, praticidade e a versatilidade. Quanto aos valores
simbólicos definiu-se o conceito de minimalismo, equilíbrio, simplicidade.
A partir dos quesitos já citados, as gerações de alternativas prezaram ao
atendimento do máximo de itens objetivados. Desta forma, desenvolveu-se uma
poltrona que agrega múltiplas funções contendo guarda objetos e componente para
atividades diversas como suporte para computador, leitura, e também para apoio de
objetos.
Acredito que o resultado condiz com o problema de projeto uma vez que os
elementos formais, funcionais e simbólicos atendem à necessidade exposta.
Pessoalmente, este foi o momento de construção do conhecimento onde pude aliar
em um projeto todos os conteúdos teóricos e práticos adquiridos ao longo de 4 anos.
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REFERÊNCIAS
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71
ANEXO - Tabela de medidas antropométricas
72