Tcc - Pin - Natufruto - Água de Coco
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MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL
PROJETO INTEGRADO DE NEGÓCIOS – PIN
PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE INDÚSTRIA DE
BENEFICIAMENTO DE ÁGUA DE COCO A GRANEL - NATUFRUTO
João Pessoa - PB
2013
i
MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL
Coordenador Acadêmico: Ana Maria Viegas Reis
PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE INDÚSTRIA DE
BENEFICIAMENTO DE ÁGUA DE COCO A GRANEL - NATUFRUTO
Por
Alexandre Fernandes Camelo
André Henrique Prado
Flávia Cristina Cruz Lima
Francisco Alessandro Pereira dos Reis
Moema de Fátima Henriques
PROJETO INTEGRADO DE NEGÓCIO apresentado no Curso
MBA em Gestão Empresarial – turma GE XXI
Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização
Programa FGV Management
João Pessoa - PB
2013
ii
MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL
Coordenador Acadêmico: Ana Maria Viegas Reis,
O Projeto Integrado de Negócios – PIN
PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE INDÚSTRIA DE
BENEFICIAMENTO DE ÁGUA DE COCO A GRANEL - NATUFRUTO
Elaborado por:
Alexandre Fernandes Camelo
André Henrique Prado
Flávia Cristina Cruz Lima
Francisco Alessandro Pereira dos Reis
Moema de Fátima Henriques
e aprovado pela Coordenação Acadêmica do curso MBA em Gestão Empresarial,
foi aceito como requisito parcial para a obtenção do certificado do curso de pós-
graduação, nível de especialização, do programa FGV Management
João Pessoa, _____ de____________ de __________
________________________
Ana Maria Viegas Reis
Coordenadora Acadêmica
____________________________________
Luiz Antonio Souza Lima de Macedo Junior
Professor orientador
iii
PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE INDÚSTRIA DE
BENEFICIAMENTO DE ÁGUA DE COCO A GRANEL – NATUFRUTO
elaborado por:
Alexandre Fernandes Camelo
André Henrique Prado
Flávia Cristina Cruz Lima
Francisco Alessandro Pereira dos Reis
Moema de Fátima Henriques
iv
TERMO DE COMPROMISSO
Os alunos Alexandre Fernandes Camelo, André Henrique Prado, Flávia Cristina
Cruz Lima, Francisco Alessandro Pereira dos Reis e Moema de Fátima Henriques,
abaixo-assinados, do Curso de MBA em Gestão Empresarial, do Programa FGV
Management, realizado nas dependências da instituição conveniada MRH,
localizada em João Pessoa - PB, no período de 15 de março de 2012 a 09 de
Novembro de 2013, declaram que o conteúdo do PIN – Projeto Integrado de
Negócios, intitulado PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE INDÚSTRIA
DE BENEFICIAMENTO DE ÁGUA DE COCO A GRANEL – NATUFRUTO, é
autêntico, original, e de sua autoria exclusiva.
João Pessoa, _____ de ______ de_______
_______________________________Alexandre Fernandes Camelo
_______________________________André Henrique Prado
_______________________________Flávia Cristina Cruz Lima
_______________________________Francisco Alessandro Pereira dos Reis
_______________________________Moema de Fátima Henriques
v
DECLARAÇÃO
Os alunos Alexandre Fernandes Camelo, André Henrique Prado, Flávia Cristina
Cruz Lima, Francisco Alessandro Pereira dos Reis e Moema de Fátima Henriques,
abaixo-assinados, do Curso de MBA em Gestão Empresarial, do Programa FGV
Management, realizado nas dependências da instituição conveniada MRH,
localizada em João Pessoa – PB, no período de 15 de março de 2012 a 09 de
Novembro de 2013, ( X ) AUTORIZAM / ( ) NÃO AUTORIZAM a divulgação de
informações e dados apresentados na elaboração do PROJETO INTEGRADO DE
NEGÓCIOS – PIN, intitulado PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE
INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO DE ÁGUA DE COCO A GRANEL –
NATUFRUTO, com objetivos de publicação e/ou divulgação em veículos
acadêmicos.
João Pessoa, ...... de .............. de ..........
_______________________________Alexandre Fernandes Camelo
_______________________________André Henrique Prado
_______________________________Flávia Cristina Cruz Lima
_______________________________Francisco Alessandro Pereira dos Reis
_______________________________Moema de Fátima Henriques
vi
Agradecimentos
A Deus, que, com sua maravilhosa graça, nos concedeu
a oportunidade de concluir tão importante etapa de
nossas vidas.
Aos nossos cônjuges e filhos, que tudo suportaram ao
nosso lado, mesmo com tantas tarefas acumuladas em
nossos cotidianos.
Ao professor Luiz Macedo que, com sabedoria e
paciência, nos conduziu nesta pequena, porém árdua,
jornada, nos adicionando um pouco mais de
conhecimento.
A cada colega de classe, que nos acompanhou durante
estes dois anos de curso, com companheirismo e
contribuições próprias de conhecimento.
vii
Dedicatória
Dedicamos este trabalho a cada um dos sábios
docentes desta instituição que, com o esforço de
toda uma vida, se dedicam a transferir, aos seus
alunos, os excepcionais conhecimentos que
adquirimos durante este tempo em que estivemos
juntos.
viii
RESUMO
Trata-se o presente projeto de um plano de negócios para a implantação de
uma indústria de beneficiamento de água de coco a granel.
A atividade fim desta empresa tratará da compra do coco em seu estado
natural, extração de sua água e envasamento da mesma em grandes embalagens
de mil litros, chamadas bag in Box, que, quando acondicionadas em temperaturas
adequadas, conservam a água do coco, em seu estado natural, sem conservantes,
por trinta dias, tempo suficiente para que seja transportada por todo o mundo.
O produto fabricado será empregado como matéria prima para indústrias de
bebidas nos mercados da Europa e Estados Unidos, que a envasarão em
embalagens longa vida, acartonadas e a comercializarão com suas próprias marcas.
Em época em que a saúde e o bem estar são uma tendência em crescimento,
o consumo de água de coco registra índices crescentes ao longo dos últimos dez
anos e pesquisas indicam que seu crescimento ainda continuará por anos, já que
sua grande demanda demorará a ser suprida pelos produtores atuais.
Palavras-Chave: produção, água de coco, bag in box, moda, Estados Unidos, Europa, qualidade,
competitividade.
ix
ABSTRACT
It is this project of a business plan for the deployment of an industrial
processing of coconut water in bulk.
The core business of this company treats the purchase of coconut in its
natural state, your water extraction and bottling of the same large packages thousand
liters bag in box calls, which, when placed in suitable temperatures, conserved
coconut water in natural state without preservatives, for thirty days, sufficient time to
be transported throughout the world.
The manufactured product is used as raw material for the beverage markets in
Europe and United States, that package the fish in cartons, and commercialize under
their own brands.
In a time when the health and well being are a growing trend, the consumption
of coconut water registers increasing rates over the last ten years and research
indicates that their growth will still continue for years, since its take great demand to
be supplied by current producers.
Keywords: production, coconut water, bag in box, fashion, United States, Europe, quality,
competitiveness.
x
SUMÁRIO EXECUTIVO
A indústria NATUFRUTO atuará no segmento de água de coco in natura a
granel, fornecendo água de coco, como matéria prima para indústrias de bebidas,
que a comercializarão com sua própria marca.
Estará localizada no município do Conde – PB, em seu distrito industrial. A
escolha do local deveu-se ao fato de estar situado próximo à estrada BR-101, por
onde a produção poderá ser facilmente escoada, além de a cidade estar próxima
aos principais produtores de água de coco do nordeste. A cidade do Conde,
localizada a 40 km da capital, João Pessoa, está em um local estratégico, entre
Recife e Fortaleza, dando à empresa a opção de escolher entre os portos de Suape
e Pecém, para exportar o produto.
Acompanhando as tendências de vida saudável da população mundial, o
consumo de água de coco experimenta uma alta cada vez mais crescente ao longo
dos últimos dez anos. As indústrias brasileiras ainda não conseguem suprir toda a
demanda existente. No mercado americano e europeu o consumo de água de coco
passou a ser moda, tornando estes locais um dos dois maiores consumidores da
bebida no mundo.
A sociedade será formada por cinco integrantes, sendo que um deles já está
inserido no segmento da água de coco há dez anos, trazendo grande expertise para
a equipe, no que diz respeito às melhores práticas produtivas e, também, quanto ao
contato prévio com clientes em potencial.
A empresa contará com um capital inicial de R$ 1.000.000,00 (Um milhão de
reais), sendo que destes, 50% será integralizado pelos sócios e o restante, através
de captação no mercado financeiro. O empréstimo será efetuado através do banco
do nordeste do Brasil, que financiará a compra de todo o maquinário, necessário ao
beneficiamento da água de coco, com uma carência de três anos, para início do
pagamento das parcelas.
A taxa interna de retorno calculada para os fluxo de caixa previstos, para os
primeiros três anos de atuação, será de 187% (cento e oitenta e sete por cento).
xi
Após as análises financeiras e de mercado, concluiu-se ser perfeitamente
viável o projeto para a implantação da indústria de beneficiamento de água de coco
in natura a granel, NATUFRUTO. Observou-se ser um mercado muito carente de
oferta, além de bastante rentável.
Recomenda-se o início imediato do projeto, já que as boas ideias e
oportunidades não podem ser desperdiçadas em um mundo de mudanças tão
rápidas e imediatas.
xii
SUMÁRIO
Introdução 16
1 - Caracterização do empreendimento e análise de mercado e
competitividade
18
1.1 – Caracterização do empreendimento 18
1.2 - Análise de mercado e competitividade 18
1.2.1 - Segmento onde competir 18
1.2.2 - Novas tecnologias 19
1.2.3 - Mercado alvo 20
1.2.4 - Ranking do Brasil na produção de água de coco 21
1.2.5 - Busca por maior produção 23
1.2.6 – Sazonalidades 23
1.2.7 - Dimensões do mercado e concorrência 25
1.2.8 – Diferenciais 26
1.2.9 – Localização 26
2 - Descrição do produto 28
2.1 - O produto 28
2.2 - Motivos 28
2.3 - Posicionamentos 29
2.3.1 - Quanto à pesquisa e desenvolvimento 29
2.3.2 - Quanto a alianças estratégicas 29
2.3.3 - Quanto à tecnologia 30
2.3.4 - Quanto ao critério de seleção de produtos 30
2.3.5 - Quanto à produção e distribuição 31
2.3.6 - Quanto aos serviços pós-venda 31
3 - Estratégias competitivas 32
3.1 - Definição do negócio 32
3.2 – Missão 32
3.3 – Visão 32
3.4 - Valores 32
3.5 - Análise do ambiente 33
xiii
3.5.1 - Cenários 33
3.5.2 - Análise SWOT 34
3.5.3 - Análise das cinco forças de Porter 36
3.5.4 - Matriz McKinsey 38
3.5.5 - Objetivos estratégicos 40
3.5.6 - Balanced scorecard 42
4 - estratégias de marketing 46
4.1 - Clientes em potencial 46
4.2 - Atração e manutenção de clientes 46
4.3 - Fornecedores 47
4.4 - Distribuição e comercialização 47
4.5 - Assistência técnica 48
5 - Aspectos organizacionais e de gestão 49
5.1 - Administrativo financeiro 49
5.2 - Produção industrial e suprimento 49
5.3 - Comercial 50
5.4 - Recursos humanos 50
5.5 - Vigilância e limpeza 51
6 - Plano operacional 52
6.1 - Processo operacional de produção 52
6.1.1 - Recebimento de matéria prima e seleção 52
6.1.2 - Extração da água de coco 52
6.1.3 - Filtração 53
6.1.4 - Formulação e pasteurização 54
6.1.5 - Envase e estocagem 55
6.1.6 – Transporte 55
6.1.7 - Equipamentos necessários para o processo 55
6.1.8 - Fluxograma do processo 57
6.2 - Estágio de desenvolvimento 58
6.3 - Arranjo físico 58
6.4 - Recursos humanos 59
6.5 - Capacidade operacional 62
7 - Plano financeiro 64
7.1 – Análise geral 64
xiv
7.2 - Preço e volume de vendas 65
7.3 – T.I.R. (Taxa Interna de Retorno) 66
Considerações finais 67
Referências bibliográficas 68
Anexos 70
Demonstrações financeiras 70
Curriculum vitae dos sócios 75
xv
16
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo verificar a viabilidade econômica e financeira
da implantação de uma indústria de beneficiamento de água de coco in natura a granel.
A indústria atuará no mercado dos derivados do coco, no segmento de comercialização
de água de coco, que será vendida a indústrias do mercado de bebidas para envasamento com
sua própria marca.
Este trabalho também visa testar e ratificar os conhecimentos adquiridos no MBA em
gestão empresarial, dos sócios desta empresa, ministrado na Fundação Getúlio Vargas.
No capítulo 1 será efetuada a caracterização do empreendimento, proporcionando uma
visão geral do mesmo, além de uma análise geral do mercado da água de coco no Brasil e no
mundo, situando o leitor acerca de onde e como a empresa irá atuar.
No capítulo 2 será feita uma descrição detalhada do produto, informando os motivos
pelos quais este é interessante, além do posicionamento da empresa quanto a vários tópicos
pertinentes à sua operação, tais como pesquisa e desenvolvimento, quanto à sua distribuição,
quanto à sua qualidade, entre outros.
O capítulo 3 descreve todo o planejamento estratégico da empresa, utilizando as
ferramentas de gestão mais sofisticadas e conhecidas para este fim, tais como análise SWOT,
matriz McKinsey, análise de cenários e balanced scorecard.
No capítulo 4 será explicada a estratégia de marketing da NATUFRUTO. Será
detalhado como a empresa atuará na captação e manutenção de seus clientes em potencial, os
meios que utilizará para chegar até eles e as formas de comercialização e distribuição do
produto.
O capítulo 5 descreve todos os cargos e funções existentes na empresa, as
competências necessárias para assumir estes cargos, como também as formações acadêmicas
necessárias para tal.
17
No capítulo 6 é detalhado todo o processo produtivo do para o beneficiamento do
produto fim da empresa (água de coco), além de explicar quais são as atribuições de cada
cargo ocupado.
O capítulo 7 trata do plano financeiro, prevendo, em detalhes, todo o fluxo de caixa
para os primeiros três anos de atuação da indústria, além de tecer várias considerações acerca
das demonstrações financeiras e econômicas da empresa.
18
Capítulo 1 - Caracterização do empreendimento e análise de mercado e
competitividade
1.1 – Caracterização do empreendimento
A empresa NATUFRUTO será uma indústria beneficiadora de água de coco in natura,
a granel. Ou seja, extrairá e envasará em bags de 1000L (mil litros) a água de coco em seu
estado natural, sem conservantes. A água de coco, vendida com este formato, tem como
finalidade, servir de matéria prima para indústrias de bebidas, que comercializam água de
coco em embalagens acartonadas, longa vida, com sua própria marca.
O objetivo deste plano de negócio é verificar, baseando-se em vários estudos técnicos,
se a concepção deste empreendimento é viável financeiramente, para sua operação no
mercado externo, ou seja, para exportação.
1.2 - Análise de mercado e competitividade
1.2.1 - Segmento onde competir
O cultivo e venda de derivados do coco, aponta evolução desde os anos 90, no Brasil.
Este comércio, apesar de pequeno quando comparado ao de outros tipo de alimento, é
bastante rentável, pois está presente em muitas receitas da culinária brasileira, que,
culturalmente, adota o coco como ingrediente, além do consumo da água de coco, como
refresco e fonte de vitaminas .
O segmento da água de coco é, visivelmente um mercado em expansão. Observando-
se o passado, verifica-se que este item evoluiu de um mero resíduo a um produto valorizado e
de excelente rentabilidade.
A água era considerada resíduo e, se não iria aguar o coqueiral, era tratada antes de chegar ao afluente. A história só começou a mudar no início dos anos 90, quando a Sococo decidiu dar um destino mais adequado à bebida. (Autor desconhecido. Antes dos anos 90, água de coco era lixo. Valor econômico, São Paulo, 17 nov. 2011.
19
Disponível em: <http://www.valor.com.br/empresas/1097664/antes-dos-anos-90-agua-de-coco-era-lixo>. Acesso em 05 mar. 2013).
1.2.2 - Novas tecnologias
Há, aproximadamente, vinte anos, empresas agroindustriais da área, dedicavam-se,
simplesmente, à fabricação e venda de coco ralado e leite de coco, por não existir tecnologia
adequada para o envasamento e conservação, por tempo suficiente, da bebida (água de coco).
Por este motivo, a água era, simplesmente, descartada. “Em 1994, por meio de parceria com a
Tetra Pak, A Sococo chegou a uma versão esterilizada da água de coco, envasada em
embalagem cartonada e asséptica”. (VALOR ECONÔMICO, 2011)
O advento das novas tecnologia surgidas, passou a possibilitar que a água de coco
processada industrialmente (com pouquíssimos conservantes), em embalagens acartonadas,
fosse vendida em grande escala, pois seu prazo de validade, antes muito curto, passou a ser de
01 (um) ano.
De forma parecida, a indústria Klabin desenvolveu uma embalagem denominada Bag
in Box, em formato octogonal, que possibilita o acondicionamento de mil litros de água de
coco in natura (sem a adição de conservantes) que, quando refrigerada à temperatura correta,
conserva a água de coco, em sua forma natural, por até 30 dias, tempo suficiente para que esta
embalagem percorra o mundo, possibilitando, assim, a exportação do produto. A Figura 1
demonstra o formato do bag in Box.
20
Figura 1 – Formato do bag in Box Fonte: papersystems, 2013
1.2.3 - Mercado alvo
A comercialização da água de coco in natura é direcionada a empresas do segmento
de bebidas, que envasam a água de coco em embalagem com marca própria, para
comercialização. Devido às suas características de conservação, esta embalagem possibilita a
venda tanto para o comércio externo (exportação) quanto para o interno (nacional).
De acordo com pesquisas encomendadas por grandes empresas do segmento de
bebidas, a classe C brasileira, que teve uma significativa alta em sua renda, passou a consumir
mais água de coco. "Com o crescimento do poder aquisitivo do brasileiro, que segue
crescendo, aumentou o número de consumidores”. (UOL ECONOMIA, 2012).
No ano de 2012, pesquisas indicaram que o mercado cresce de forma exponencial, ao
longo dos anos. “Entre janeiro e abril deste ano, os brasileiros consumiram 20,9% mais água
de coco do que em igual período de 2011, segundo dados da Nielsen”. (VALOR
ECONÔMICO, 2012).
Publicações especializadas afirmam que aliada ao aumento de renda, a cultura de uma
boa parte da população brasileira, em ingerir a água de coco como forma de nutrição
saudável, também contribui para o aumento do consumo. “É parte da cultura alimentar do
brasileiro, não tem colesterol, é baixa em açúcar e gorduras. De acordo com especialistas,
entre as bebidas vendidas em caixinha, a água de coco é considerada a mais saudável”. (UOL
ECONOMIA. 2012).
21
Além da grande demanda interna, há, aproximadamente, oito anos, verifica-se
crescimento na demanda pelo produto nos Estados Unidos e Europa, contribuindo para o
interesse da indústria nacional por estes mercados.
Das areias tropicais às prateleiras de lojas descoladas nos Estados Unidos, a água de coco vem conquistando número adeptos em um mundo sedento por hábitos saudáveis. Produto trivial em supermercados e barracas de praia brasileiras, ele agora ganha espaço no mercado americano. Entre seus adeptos há milhares de praticantes de ioga do país - e também celebridades como Madonna, Demi Moore e Rihanna. A caixinha tetra pak da água de coco é o meio de hidratação mais popular entre os entusiastas da ioga, que abominam isotônicos industrializados. (COSTA, Ana Clara. Brasil lança moda da água de coco, mas não ganha o mercado no mundo. Revista Veja, São Paulo, 04 mar. 2012. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/brasil-lanca-moda-da-agua-de-coco-mas-nao-ganha-mercado-no-mundo>. Acesso em 06 mar. 2013).
De acordo com a Revista Veja, citada acima, o produto ganha ainda mais visibilidade, no
momento em que celebridades de popularidade mundial (atores, cantores, etc) passam a
consumi-lo em público.
1.2.4 - Ranking do brasil na produção de água de coco
Apesar de o Brasil ser o país que vem influenciando, há oito anos, o crescimento do
consumo de água de coco nos Estados Unidos, atualmente, ele não tem a prioridade em
exportação da água de coco para aquele país. Isso ocorre devido ao fato de este mercado ter
atraído a atenção de várias multinacionais, que passaram a investir e tomar parte do mercado
do Brasil naqueles lugares.
O consumo da bebida nos EUA, em crescimento há oito anos, aconteceu por influência direta do Brasil, onde a indústria do coco floresce há décadas. Contudo, no momento em que esse setor passou a chamar a atenção das multinacionais de alimentos, o país deixou de ser destino prioritário no que compete aos investimentos. (COSTA, Ana Clara. Brasil lança moda da água de coco, mas não ganha o mercado no mundo. Revista Veja, São Paulo, 04 mar. 2012. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/brasil-lanca-moda-da-agua-de-coco-mas-nao-ganha-mercado-no-mundo>. Acesso em 06 mar. 2013).
Apesar de produzir grande volume de água de coco, o Brasil ainda é o quarto produtor
mundial da fruta. Somado a isso, existe o fato de que o consumidor brasileiro consome,
praticamente, toda a água de coco produzida no país, restando, assim, pouca oferta para suprir
a demanda crescente do mercado externo.
22
Além das limitações físicas, citadas acima, a legislação Brasileira proporciona custo
elevado à exportação, quando comparado ao custo de outros países, encarecendo o produto, e
tirando-lhe competitividade quando comparado com seus concorrentes de outros países.
Porém, apesar disso, ainda existem alguns incentivos aos exportadores, por parte do governo,
o que faz com que seja mais em conta exportar do que vender o produto no mercado interno.
Em primeiro lugar está o fato de o Brasil – quarto maior produtor mundial, com 2,75 milhões de toneladas em 2009, segundo as Nações Unidas – ser um mercado consumidor voraz, que se apropria de tudo o que produz. Durante o verão, os brasileiros, sem saber, chegam até a consumir água, leite e coco ralado importados. Os filipinos, por exemplo, lideram a produção global de coco, com 19,5 milhões de toneladas, mais de 600% acima do Brasil. Bem próxima disso vem a produção indonésia, com 15,3 milhões de toneladas, seguida da indiana, com 10,8 milhões de toneladas.O segundo ponto reside no custo Brasil. O produtor nacional possui despesas mais elevadas com folha de pagamentos, transporte e impostos. (COSTA, Ana Clara. Brasil lança moda da água de coco, mas não ganha o mercado no mundo. Revista Veja, São Paulo, 04 mar. 2012. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/brasil-lanca-moda-da-agua-de-coco-mas-nao-ganha-mercado-no-mundo>. Acesso em 06 mar. 2013).
Abaixo, a tabela 1 descreve o ranking dos países, na produção mundial de água de coco.
Tabela 1 - Produção e área colhida dos principais países produtores de coco, em 2008. Fonte: FAO, 2011.
23
1.2.5 - Busca por maior produção
Observa-se que a produção para exportação ainda fica em segundo plano para os
produtores brasileiros, haja vista que o mercado interno possui grande e crescente demanda a
suprir. Por conta deste fator, as maiores empresas brasileiras investem grandes valores para
tentar solucionar o problema da oferta de água de coco. Novos e grandes plantios da fruta e
instalações maiores são algumas das iniciativas. Algumas chegarão a dobrar sua
produtividade até o ano de 2016. Além dos novos investimentos nacionais, novos
concorrentes estrangeiros, visualizando a tendência do mercado brasileiro, começam a se
instalar no Brasil.
Os fabricantes olham para o mercado interno, mais do que para exportações, e novas empresas chegam ao país. Uma delas é a Aurantiaca, que tem como sócio o americano Willem Kooyker, executivo à frente da Blenheim Capital Management, uma das maiores gestoras de fundos hedge de commodities do mundo. A Sococo, maior produtora de derivados da fruta no país, está ampliando sua capacidade para dobrar a produção de água de coco até 2016. Além de grandes grupos, empresas de menor porte como a Beba Rio também investem para disputar uma fatia do mercado. (CASADO, Letícia. Indústria investe na proução de água de coco. Valor econômico, São Paulo, 21 mai. 2012. Disponível em: <http://www.valor.com.br/empresas/2667244/industria-investe-na-producao-de-agua-de-coco>. Acesso em 06 mar. 2013).
Apesar disso, as vendas para o mercado externo, apesar de em menor volume, existem
e são foco das empresas do segmento para um futuro próximo, em que as mesmas possuirão
infraestruturas suficientemente eficientes para o fornecimento.
Apesar de não ser o foco principal da maior parte das empresas, a exportação exige o
pagamento de uma menor quantidade de impostos, quando comparado com as vendas
internas. Além disso, o preço final para vendas no mercado externo é mais elevado,
proporcionando maior rentabilidade para o exportador. Apesar de as grandes empresas se
centrarem na grande demanda nacional, a rentabilidade do mercado externo pode ser um
excelente nicho para as empresas de menor porte.
1.2.6 - Sazonalidades
Segundo a empresa Coco do Vale, o clima tem influência direta sobre o consumo da
água de coco. O aumento da temperatura é diretamente proporcional ao consumo. Dessa
24
forma, a sazonalidade nacional e internacional se dá de acordo com as estações do ano de
cada país.
A Figura 2 ilustra a sazonalidade interna e externa do mercado da água de coco.
Não existem dados consolidados, referentes às vendas de cada um dos participantes
deste mercado. Desta forma, a figura ilustra a comercialização em milhões de litros da
indústria coco do vale, uma das mais importantes no mercado brasileiro. Tais dados
especificam uma amostra deste mercado, servindo como base para este estudo.
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez0
500
1000
1500
2000
2500
Litros mercado nacionalLitros mercado internacional
SAZONALIDADE DA COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA DE COCO
MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL(Em milhões de litros)
Figura 2: Sazonalidade da comercialização de água de coco mercado nacional e internacional. Fonte: Coco do vale, 2012
Observa-se que nos mesmos períodos onde as vendas diminuem, no mercado interno,
aumentam no mercado externo, causando uma relação de compensação que faz com que as
vendas sejam relativamente constantes durante todo o período, quando considerados os dois
mercados (interno e externo).
25
1.2.7 - Dimensões do mercado e concorrência
Como o segmento de água de coco a granel é muito restrito e relativamente novo, não
existem, ainda, pesquisas específicas sobre o mesmo.
Desta forma, a figura 3 contém gráfico que foi elaborado com base em informações
empíricas de um representante da indústria coco do vale, engenheiro de alimentos,
especialista neste segmento, com experiência de dez anos no mercado de água de coco.
Atualmente, o mercado de beneficiamento de água de coco em bags é ocupado, de
uma forma geral, pelas empresas paraipaba, plancomar, terra brasil e águas de lindóia.
Existem outras empresas no mercado, porém suas participações não são significantes.
PLAN-COMAR
22%
TERRA BRASIL10%
ÁGUAS DE LINDÓIA8%
PARAIPABA60%
Participações de mercado água de coco a granel
Figura 3: Participações de mercado da água de coco a granel Fonte: coco do vale
De acordo com informações da indústria coco do vale, a comercialização de água de
coco a granel, é um mercado de R$ 400 milhões (Quatrocentos milhões de reais), incluindo-se
os mercados interno e externo. Estima-se participar deste mercado com 0,375%, ou seja, um
faturamento anual de R$ 1,5 milhões (Um milhão e quinhentos mil reais).
26
1.2.8 - Diferenciais
O maior diferencial da empresa para acessar este mercado será a experiência
acumulada por um de seus sócios, o engenheiro de alimentos Alessandro Reis, há dez anos
inserido neste mercado. Tal experiência conferirá à NATUFRUTO conhecimento acerca de
fontes excelentes de matéria prima, melhores práticas de produção e envasamento,
assegurando garantia de qualidade ao produto final. Além destas características, é necessário
enfatizar o conhecimento pessoal de diversos clientes em potencial, por este sócio, aos quais o
produto poderá ser apresentado.
Estas características, aliadas ao investimento adequado na estrutura física da fábrica,
assegurarão aos clientes confiança na marca e consequente preferência de compra.
1.2.9 - Localização
A localização física da fábrica beneficiadora da água de coco deverá ser estratégica
como forma de escoar a produção de forma eficiente.
Como o público alvo será formado de empresas que adquirirão o produto em atacado,
não será necessário que a empresa estabeleça sua sede em um ponto comercial com grande
movimentação de pessoas, pois o contato com os clientes se dará pessoalmente, através de
vendedores externos e outras ferramentas de marketing específicos do setor.
Deve-se, também, levar em consideração que o local escolhido deverá estar em ponto
estratégico, que situe-se próximo a estradas federais e portos, para escoamento adequado da
produção, pois a prioridade da NATUFRUTO será a exportação.
Como João Pessoa está estrategicamente localizada entre dois portos (Suape, em
Pernambuco e Pecém, no Ceará), observou-se que esta cidade, bem como suas redondezas,
podem ser uma boa escolha, pois, instalando-se ali, a empresa terá a opção de escolher entre
dois portos, de acordo com a movimentação periódica de cada um deles.
27
Assim, o local escolhido, após pesquisas de mercado, foi o distrito industrial da cidade
do Conde - PB, localizado a, aproximadamente, 40km da capital, João Pessoa. Além de situar-
se muito próximo à BR-101, que liga a Paraíba a Pernambuco, o local demonstrou possuir
preços de aluguel bastante competitivos.
Além disso, como a empresa se localizará no nordeste do Brasil, estará situada muito
próxima aos grandes produtores de coco verde e coco seco do Brasil, reduzindo
consideravelmente as despesas com transporte da matéria prima.
28
CAPÍTULO 2 - DESCRIÇÃO DO PRODUTO
2.1 – O produto
A empresa NATUFRUTO comercializará um único produto: a água de coco in natura
a granel.
A água de coco será comercializada no mercado externo, in natura, ou seja, sem a
adição de conservantes. Será vendida em grandes quantidades, em containers refrigerados
com 22 mil litros, que acondicionarão os bags in Box que conterão a água de coco.
Os potenciais compradores serão indústrias de bebidas, que envasarão a água de coco
em embalagens acartonadas, com marca própria, para venda no varejo.
2.2 - Motivos
O êxito deste empreendimento está baseado na história da indústria dos derivados de
coco, ao longo dos últimos vinte anos. Assim como já mencionado neste plano de negócio, a
água de coco que, antes, era tratada como um mero sobejo do processo produtivo, ganhou
força de uma indústria própria. O advento do estilo de vida saudável em todo o mundo, fez
com que a alimentação saudável passasse a ser uma necessidade. Foi neste contexto que o
consumo da água de coco passou a ser uma demanda longe de ser suprida.
Muitas pesquisas demonstram que o mundo ainda não possui capacidade de produzir
toda a água de coco que a população procura.
A empresa NATUFRUTO ingressará em um mercado ávido por consumir o produto
que venderá. É um mercado ainda não suprido. Como faz parte do quadro societário, o
engenheiro de alimentos Alessandro Reis, que faz parte deste mercado há dez anos,
atualmente como funcionário da indústria coco do vale, que possui profundo conhecimento
29
dos detalhes do produto e do mercado em que ele é comercializado, muitas das dificuldades
iniciais que a empresa poderia enfrentar, serão anuladas.
Possuindo um especialista tão específico, a empresa poderá garantir, aos clientes,
qualidade e confiabilidade deste produto, que é tão frágil e perecível. Além disso, em um
mercado com demanda crescente, pouca oferta e profissionais qualificados em falta, qualidade
garantida é um grande diferencial.
2.3 - Posicionamentos
2.3.1 - Quanto à pesquisa e desenvolvimento
Inicialmente será utilizada a experiência já acumulada pela indústria da água de coco,
quanto à fabricação, conservação, transporte e armazenamento. Não serão alocados recursos
para pesquisa e desenvolvimento, sob pena de desabastecer áreas consideradas mais urgentes
neste momento inicial da empresa. De acordo com o crescimento e consequente acirramento
da concorrência, inevitavelmente serão necessários mais diferenciais, além da garantia de
qualidade. Neste caso, sim, será preciso desenvolver novos diferenciais que, certamente,
surgirão através de pesquisas próprias.
2.3.2 - Quanto a alianças estratégicas
A empresa NATUFRUTO já nasce de uma grande aliança estratégica: a união de cinco
empreendedores das mais variadas formações e mercados. Engenharia de alimentos,
administração de empresas e marketing de vendas são elas. Alessandro Reis é engenheiro de
alimentos da indústria coco do vale; André Prado é gestor da empresa de telecomunicações
VIVO; Flavia Cruz atua na área comercial do laboratório SMS e Moema Henriques, atua na
área comercial do laboratório ACHÉ. Todos os sócios são especialistas em gestão
empresarial, pela Fundação Getúlio Vargas, a maior instituição educacional do Brasil e uma
das maiores do mundo.
Afora isso, fechou-se parceria com Ewerton Urquiza, gerente de contas do Banco do
Nordeste do Brasil, um dos maiores bancos de fomento do país, que financiará todo o
30
maquinário necessário ao beneficiamento da água de coco, além do financiamento de parte do
capital de giro da empresa.
O negócio, em seu cerne, precisará ser totalmente baseado em alianças, pois, além de
necessitar atingir uma produção mínima mensal, que custeie as despesas do negócio, os
clientes também precisarão considerar e empresa como parceira, para supri-lhes,
mensalmente, de matéria prima. Será necessário fechar parcerias fixas com vários clientes. O
contato com estes clientes será facilitado, devido ao conhecimento prévio e pessoal dos
mesmos, pelo sócio Alessandro Reis, que já atua no mercado.
Em suma, a NATUFRUTO considera as alianças como uma grande e necessária
estratégia para o crescimento da empresa.
2.3.3 - Quanto à tecnologia
A NATUFRUTO tem o conhecimento de que a velocidade exorbitante de surgimento
de novas tecnologias, faz com que as mesmas já nasçam quase obsoletas.
Assim, procurou-se adquirir os equipamentos com as mais novas tecnologias
possíveis, para que obtenha-se os melhores resultados em economia de energia, produtividade
e sustentabilidade.
Haverá, também, a cultura da atualização destas tecnologias. As visitas a feiras
específicas do segmento ajudarão na atualização das informações, quanto a estas tecnologias.
2.3.4 - Quanto ao critério de seleção de produtos
A NATUFRUTO possui contato com os maiores e melhores produtores de coco de
todo o Brasil. Estes produtores possuem as melhores práticas de cultivo do coco, garantindo a
qualidade do sabor de sua água.
Como o produto fim da NATUFRUTO é extremamente perecível e muito sujeito a
variações de sabor, a empresa não poderá descuidar deste quesito, sob pena de oferecer um
31
produto de qualidade inferior, o que não é tolerado pelos principais clientes em potencial:
Estados Unidos e Europa.
2.3.5 - Quanto à produção e distribuição
O maquinário de última geração, aliado ao corpo técnico altamente qualificado,
garantirão as melhores práticas produtivas, principalmente quanto à manutenção do sabor, da
higiene e da correta conservação da água de coco beneficiada na fábrica.
2.3.6 - Quanto aos serviços pós-venda
Relacionamento próximo será a palavra de ordem.
Os clientes em potencial, em sua maioria, serão grandes indústrias. Estas, por serem
poucas e por serem muito disputadas pela concorrência, precisam ser acompanhadas de muito
perto, através de visitas pessoais dos representantes da empresa. Também deverão ser
efetuadas visitas pessoais dos representantes destes clientes à sede da NATUFRUTO, para
atestar as práticas de qualidade de produção.
Como a empresa tratará com clientes internacionais, será disponibilizado, também,
atendente bilíngue, vinte e quatro horas por dia, para assistência técnica aos mesmos.
32
CAPÍTULO 3 - Estratégias competitivas
3.1 - Definição do negócio
Optou-se por uma definição ampla do negócio. Assim o negócio é definido como bem
estar.
3.2 – Missão
Produzir e comercializar água de coco beneficiada a granel para empresas envasadoras
no segmento de bebidas.
3.3 - Visão
Estar entre as três maiores empresas beneficiadoras de água de coco, no Brasil, até
2020.
3.4 - Valores
Foco no cliente
Qualidade e segurança
Responsabilidade sócio ambiental
33
3.5 – Análise do ambiente
3.5.1 - Cenários
O mercado dos derivados de coco tem experimentado, ao longo dos últimos vinte e
três anos, amplo crescimento. O segmento de água de coco, em particular, obteve grande
aporte de tecnologia e recursos de grandes empresas que perceberam a viabilidade deste
nicho.
Com o advento da cultura do bem estar, por meio da qual grande parte da população
cultua o corpo, lançando mão de exercícios físicos e boa alimentação, a água de coco ocupa
seu lugar entre as bebidas isotônicas mais consumidas, além, logicamente, do fato de a mesma
ser consumida como refresco para saciar a sede.
Com o surgimento do bag de mil litros e das tecnologias que possibilitam
armazenagem da água de coco in natura por trinta dias, os limites para comercialização do
produto por todo o mundo se extinguiram.
O Brasil consome 100% da água de coco que produz, precisando, assim, importar o
produto para suprir sua demanda. Além da alta demanda, pesquisas especializadas apontam
que ela está em crescimento.
Pesquisas indicam que o crescimento deste mercado perdurará por, no mínimo, mais
vinte anos:
As grandes indústrias não possuem capacidade para suprir toda a demanda do
mercado:
o Investem em grandes plantios próprios;
o Grandes investimentos em tecnologia para aumento das capacidades
produtivas;
Grande interesse e grandes investimentos de grandes corporações, como a pepsico, no
segmento:
o Compra de empresas do ramo, para adentrar ao mercado
Raras empresas beneficiadoras de água de coco, que comercializam o produto a
granel.
Europa e Estados Unidos transformaram-se em grandes consumidores do produto;
34
o Grande demanda não suprida, também, do mercado externo;
o Mercado abastecido pela Indonésia, Filipinas e Índia;
Apesar de a legislação brasileira onerar a exportação, prejudicando a concorrência do
país junto aos seus concorrentes externos, a operação de exportação ainda é bastante viável, já
que durante o verão europeu e americano os preços se elevam.
Em suma, a estimativa para o mercado de água de coco é de franca expansão, já que
ainda existe muita demanda a ser suprida.
3.5.2 - Análise SWOT
3.5.2.1 – Matriz SWOT
FORÇAS Conhecimento do segmento Bom relacionamento com clientes
do segmento Alta capacidade de produção Águas diferenciadas (sabores) Baixo custo de produção
FRAQUEZAS Empresa novata no mercado Logística de entrega do produto
(prazo de validade)
OPORTUNIDADES Poucos concorrentes Grande demanda interna e externa Demanda crescente Proximidade dos fornecedores Proximidade de portos Mercado externo consome água de
coco com sabor
AMEAÇAS Infidelidade do fornecedor Avanço tecnológico Temperatura do transporte
Tabela 2: matriz SWOTFonte: elaboração do autor
35
3.5.2.2 – Possibilidades de ações ofensivas (forças x oportunidades)
CRUZAMENTOS AÇÕESFORÇAS X OPORTUNIDADES
1 - Bom relacionamento com clientes do segmento2 – Baixo custo de produção3 – Conhecimento do segmento
X Poucos concorrentes
Visitas técnicas aos clientes Visitas técnicas dos clientes à linha de
produção Feiras especializadas Revistas e sites especializados
1 - Alta capacidade de produção2 – Baixo custo de produção
X Demanda crescente Adquirir equipamentos que aliem alta
produtividade com economia de energia Treinamento para operadores
1 - Águas diferenciadas (sabores)
XMercado externo
consome água de coco com sabor
Visitas técnicas internacionais Feiras especializadas internacionais Revistas e sites especializados internacionais
Tabela 3: Possibilidades de ações ofensivasFonte: elaboração do autor
3.5.2.3 – Possibilidades de ações defensivas (fraquezas x forças)
CRUZAMENTOS AÇÕESFRAQUEZAS X FORÇAS
Empresa novata no mercado
X
Conhecimento do segmentoBom relacionamento com clientes do segmento
Visitas técnicas aos clientes Visitas técnicas dos clientes à linha de
produção Feiras especializadas Revistas e sites especializados
Logística de entrega do produto (prazo de validade)
XConhecimento do segmento
Contratação de especialistas Processos internos bem dimensionados
Tabela 4: Possibilidades de ações defensivasFonte: elaboração do autor
3.5.2.4 – Possibilidades para anular as debilidades (oportunidades x fraquezas)
CRUZAMENTOS AÇÕESOPORTUNIDADES X FRAQUEZAS1 - Grande demanda interna e externa2 - Demanda crescente
XLogística de entrega do produto (prazo de validade)
Contratação de especialistas Processos internos bem dimensionados
1 - Poucos concorrentes2 - Grande demanda interna e externa3 - Demanda crescente4 - Mercado externo consome água de coco com sabor
XEmpresa novata no mercado
Visitas técnicas internacionais Feiras especializadas internacionais Revistas e sites especializados internacionais
Tabela 5: Possibilidades para anular as debilidadesFonte: elaboração do autor
36
3.5.2.5 – Possibilidades para anular as vulnerabilidades (oportunidades x fraquezas)
CRUZAMENTOS AÇÕESAMEAÇAS X FRAQUEZASInfidelidade do fornecedor
XEmpresa novata no mercado
Parcerias com grandes e pequenos plantadores
Temperatura do transporte
XLogística de entrega do produto (prazo de validade)
Parcerias com grandes transportadoras
Tabela 6: Possibilidades para anular as vulnerabilidadesFonte: elaboração do autor
3.5.3 - Análise das cinco forças de porter
3.5.3.1 – Concorrentes na indústria
Existem poucas empresas atuando no segmento específico de beneficiamento de água
de coco a granel, no Brasil. A concorrência é baixa.
3.5.3.2 – Novos entrantes
Os custos para acesso ao mercado são altos.
O maquinário tem custo elevado e é necessário grande especialização para a produção
da água de coco. Dessa forma, este é um ponto positivo na estratégia da empresa.
3.5.3.3 – Poder de barganha do fornecedor
Os fornecedores da matéria prima (coco in natura) são, geralmente, pequenos
produtores que precisam da compra por parte das indústrias para vender a produção de seus
plantios. Dessa forma, os preços são ditados pelas indústrias.
37
3.5.3.4 – Poder de barganha do comprador
Sazonalmente, durante os verões no Brasil e no exterior (Europa e Estados Unidos), a
demanda interna de água de coco é muito maio que a oferta. Assim, conclui-se que o
comprador não tem grande poder de barganha neste segmento.
3.5.3.5 – Ameaça de produtos substitutos
Como o consumo de água de coco está fortemente ligado à refrescância, saúde e bem
estar, sabe-se que existem muitas bebidas que podem proporcionar ao consumidor estes
atributos. Bebidas isotônicas, sucos, água mineral, entre outras.
Os produtos substitutos são uma ameaça real.
A figura 4 ilustra a análise das cinco forças de Porter, para a empresa NATUFRUTO,
demonstrando que conceitualmente é viável que a empresa ingresse no segmento, já que três
das cinco forças (Poder de barganha do fornecedor; concorrentes na indústria e poder de
barganha do comprador) lhe são favoráveis.
Figura 4: as cinco forças de Porter para a empresa NATUFRUTO
Fonte: elaboração do autor
38
3.5.4 - Matriz Mckinsey
A matriz Mckinsey faz uma análise entre duas dimensões, para que o gestor possa
verificar que estratégia deve-se adotar para uma unidade de negócio. As dimensões a serem
estudadas são a atratividade do mercado e força do negócio.
De acordo com o estudo do mercado e do negócio, e com a posição em que o negócio
se situar na matriz, pode-se chegar a algumas conclusões: 1) O negócio deve receber mais
investimentos; 2) O nível de investimentos deve ser mantido ou 3) Os investimentos devem
ser descartados ou cancelados.
Para chegar ao resultado obtido nesta matriz, elaborada para a empresa
NATUFRUTO, foram estudados os cenários previstos para o mercado da água de coco, no
Brasil e no mundo, além da execução de análise das as cinco forças de Porter.
Seguem, abaixo, as análises de atratividade de mercado e da força do negócio.
a) Atratividade de mercado
Ficou comprovado, através de estudos em seções anteriores, que o mercado de água de
coco, no Brasil e no mundo é atrativo, devido ao fato de possuir muita demanda e oferta ainda
insuficiente, além de registrar crescente aumento da demanda, ao longo dos anos. Observou-
se, também, que a concorrência, para o segmento de mercado pretendido (água de coco a
granel), ainda não é tão grande para que torne o mercado inviável.
A margem de lucro deste segmento, de acordo com a indústria coco do vale, gira em
torno da média de 30%, de acordo com o mercado escolhido. As vendas para exportação são
mais rentáveis, devido ao fato de as exportações serem isentas de alguns impostos. É uma
margem que o quadro societário da empresa classifica como muito boa.
Quanto à sazonalidade de vendas, esta já foi citada na seção análise de mercado e
competitividade deste estudo. Resumidamente, observa-se que durante todo o ano existem
excelentes índices de vendas de água de coco, variando entre o mercado interno e externo, de
acordo com o clima. A água de coco sempre registra as melhores vendas durante o verão, quer
este seja no Brasil ou em outros países.
39
b) Força do negócio
Como este é um plano de negócios para um empreendimento que ainda será
construído, os números de mercado são meras previsões.
Quanto ao market share (participação de mercado), pretende-se ter 0,5% (meio por
cento) do mercado de água de coco das empresas exportadoras do Brasil. A empresa
NATUFRUTO será considerada pequena e, inicialmente, terá um mercado bastante restrito.
Os preços que serão praticados, de acordo com a análise financeira efetuada, serão
bastante compatíveis com os preços do mercado atual. Ter preços compatíveis em um
segmento com grande demanda é uma boa vantagem competitiva.
Quanto à qualidade da água de coco ofertada, a empresa possuirá algumas vantagens:
1) Expertise da equipe, quanto ao conhecimento e parceria com os melhores produtores de
água de coco do Brasil; 2) Parceria com o Banco do Nordeste do Brasil, que financiará, com
carência de dois anos, o maquinário de última geração a ser adquirido; 3) Expertise quanto às
melhores práticas de beneficiamento da água de coco. Estes fatores, quando somados,
garantirão a qualidade do produto, que inevitavelmente será bem aceito pelo mercado.
A empresa possuirá uma excelente vantagem geográfica, pois estará localizados no
distrito industrial do Conde – PB, que situa-se próximo à BR-101, grande eixo de ligação
entre a empresa e os portos de Suape, em Pernambuco e Pecém, no Ceará. Além disso, como
estará situada no nordeste do Brasil, se situará muito próxima aos grandes produtores de coco
verde e coco seco do Brasil, reduzindo consideravelmente as despesas com transporte da
matéria prima.
O posicionamento que a empresa precisará adotar, segundo a teoria da matriz
Mckinsey, será o de investir mais no negócio, imprimindo ao mercado uma concorrência
baseada no custo, ou seja, buscar sempre o menor custo em suas atividades, para conseguir
vencer os concorrentes do mercado, já que a comercialização de seu produto (água de coco)
não oferece margem financeira que a permita ostentar grandes diferenciais.
A figura 5 demonstra a posição em que o negócio se encontra, na matriz McKinsey.
40
FORÇA COMPETITIVAALTA MÉDIA BAIXA
ATRA
TIVI
DAD
E D
O
MER
CAD
O
ALTA
MÉD
IA
BAIX
A
Figura 5: matriz McKinseyFonte: elaboração do autor
3.5.5 - Objetivos estratégicos
O presente trabalho trata-se de um plano de negócio para a implantação de uma
empresa beneficiadora de água de coco. O produto será fornecido em bags de mil litros, como
matéria prima, para que empresas envasadoras, que possuam sua própria marca de água de
coco, comercializem esta bebida.
O objetivo principal é verificar se a implantação do negócio é financeiramente viável.
Como objetivos estratégicos específicos, cita-se os seguintes:
OBJETIVO CONCEITO DEFINIÇÃO
Captação inicial de clientes
Inserção da empresa no mercado, demonstrando suas vantagens e diferenciais.
Visitas técnicas, efetuadas pessoalmente, pelos diretores
Fidelização dos clientes captados
Vender matéria prima para indústrias envasadoras. Dessa forma é importante e necessário existir fidelização, para que exista constância na produção.
Qualidade do produto reconhecidamente excelente
Custo adequado Logística de entrega
perfeita Instalações realmente
higiênicas e que aparentem ser higiênicas
Retorno do capital Remunerar corretamente os Estratégia financeira bem
41
investidoinvestidores pelo capital que investiram. elaborada
Rentabilidade adequadaRentabilidade no preço do produto,
Estratégia financeira bem elaborada
Consolidação no mercado
Ocupar e consolidar uma posição no nicho de água de coco, no Brasil e exterior.
Conhecer e fazer-se presente junto aos clientes
Estratégia de marketing agressiva
Tabela 7: Objetivos estratégicosFonte: elaboração do autor
3.5.6 - Balanced scorecard
Contratar especialistas Capacitar técnicos e diretoria
Divulgação em mídias especializadas
Fidelização dos clientes captados
Visitas técnicas (Brasil / exterior)
Captação inicial de clientes
Instalações higiênicas Logística perfeitaGrande capacidade de produção com custo baixoParcerias com plantadores e transportadoras
Retorno do capital investidoRentabilidade adequada
Qualidade excelente do produto
Processo internosAprendizagem
e crescimento
FinanceiroClientes
42
3.5.6.1 - Mapa estratégico
Figura 6 – Mapa estratégico do balanced scorecardFonte: elaboração do autor
43
3.5.6.2 - Painel estratégico
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
INDICADORES ALVO INICIATIVAS
Captação inicial de novos clientes
Clientes12
02 clientes/mês
Visitas técnicas aos clientes
Visitas técnicas dos clientes à linha de produção
Feiras especializadas Revistas e sites
especializados
Fidelização dos clientes captados
∑ pedidos no ano
∑ clientes cadastrados 12 pedidos/cliente
Adquirir equipamentos que aliem alta produtividade com economia de energia
Treinamento para operadores
Contratação de especialistas
Processos internos bem dimensionados
Manutenção do bom relacionamento através de visitas, ligações, emails, etc.
Busca de recursos Capital pr ó prio+Capital terceirosCapital necess á rio
≤ 1 Visita a bancos de
desenvolvimento (banco do nordeste, BNDES, etc)
Consolidação no mercado
$ mercadoconquistado$ mercadototal
1%
Manutenção da qualidade no atendimento
Constância na busca por novos clientes
Tabela 8: Painel estratégico do balanced scorecardFonte: elaboração do autor
44
3.5.7 – Plano de ação
Ação: Captação inicial de novos clientesResposável: Alessandro Reis
WHAT WHO WHEN WHERE WHY HOW HOW MANY
(R$)Visitas
técnicas aos clientes
AlessandroAté
15/12/2013
Sedes dos clientes em potencial
Fechar primeiros pedidos
Visitas locais, regionais e
internacionais10.000,00
Visitas técnicas dos
clientes à linha de
produção
MoemaAté
15/12/2013NATUFRUTO
Credibilidade junto aos clientes
Pegar contatos dos clientes com Alessandro
10.000,00
Feiras especializadas;
Revistas e sites
especializados
MoemaAté
15/12/2013
De acordo com a
organização das feiras
Divulgação especializada
no setor
Contatos com empresas
especializadas7.000,00
Tabela 9: Plano de ação – Captação inicial de novos clientesFonte: elaboração do autor
Ação: Fidelização dos clientes captadosResposável: Alexandre Camelo
WHAT WHO WHEN WHERE WHY HOW HOW MANY
(R$)Adquirir
equipamentos que aliem alta produtividade com economia
de energia
Alexandre / Alessandro
Até 15/08/2013
Empresas especializadas
Um bom equipamento refletirá no
custo final do produto
Pesquisa sobre
qualidade e cotações de
preços
500.000,00
Treinamento para
operadoresAlessandro
Até 15/09/2013
NATUFRUTOOperação das
máquinasTeoria e prática
0,00
Contratação de especialistas
Flávia /Alessandro
Até 15/09/2013
NATUFRUTO
Alguns processos
específicos necessitam
de um especialista
Head hunters, empresas de recrutamento
e seleção
3.000,00
Processos internos bem
dimensionadosAlessandro
Até 15/08/2013
NATUFRUTO
Produção e logística de
entrega precisam ser
bem sincronizado
s
Por escrito (Word, Excel)
0,00
Manutenção do bom
relacionamento através de
visitas, ligações,
emails, etc.
Alessandro / André
ContinuamenteEmpresas clientes
Manutenção do
faturamento
Visitas locais, regionais e
internacionais5.000,00
Tabela 10: Plano de ação – Fidelização dos clientes captados
Fonte: elaboração do autor
45
Ação: Busca de recursosResposável: André Prado
WHAT WHO WHEN WHERE WHY HOW HOW MANY
Visita a bancos de
desenvolvimento (banco do
nordeste, BNDES, etc
AndréAté
01/08/2013Bancos de
desenvolvimento
É necessário obter o valor necessário para que o negócio torne-se possível
Apresentação deste plano de negócio
0,00
Tabela 11: Plano de ação – Busca de recursos
Fonte: elaboração do autor
Ação: Consolidação no mercadoResposável: André Prado
WHAT WHO WHEN WHERE WHY HOW HOW MANY
Manutenção da qualidade no atendimento
Alessandro / Moema /
Flávia
Constantemente
NATUFRUTO
Melhoria contínua para manutenção da clientela
Busca constante por melhorias no processo, de
novas tecnologias e
exposição destas
melhorias ao cliente
0,00
Busca constante por novos clientes
Alessandro / André
Constantemente
Sedes de clientes em potencial
Crescimento
Visitas locais, regionais e
internacionais; divulgação em
mídias especializadas
3.000,00
Tabela 12: Plano de ação – Consolidação no mercado
Fonte: elaboração do autor
46
CAPÍTULO 4 - Estratégias de marketing
4.1 - Clientes em potencial
A futura carteira de clientes será formada de indústria de bebidas que utilizarão a água
de coco produto como matéria prima para envasamento em embalagens acartonadas, longa
vida, com marca própria.
No mercado interno, grande parte destas indústrias estão localizadas nas regiões sul e
sudeste do Brasil, porém, após estudo financeiro dos custos por litro do produto, calculou-se
que o custo interno da comercialização da água de coco in natura é inviável para uma
pequena empresa, devido às altas alíquotas de impostos. Diferentemente do mercado interno,
o mercado de exportação oferece benefícios que viabilizam sua operação. Alguns impostos
cobrados internamente, não são aplicados para a exportação. Além disso, os preços praticados
no mercado internacional é substancialmente mais alto, aumentando, assim, a rentabilidade.
No mercado externo, os clientes em potencial localizam-se na Europa e Estados
Unidos.
4.2 - Atração e manutenção de clientes
Assim como já citado anteriormente, neste estudo, a equipe já possui conhecimento
prévio do segmento da água de coco a granel. Como é um mercado bastante específico e
limitado, a publicidade convencional não surtiria efeito. Dessa forma, os canais para atrair e
manter potenciais clientes serão:
Visitas pessoais regulares dos especialistas da NATUFRUTO, aos potenciais
clientes;
Visitas pessoais regulares dos clientes em potencial e dos clientes
conquistados, às instalações da empresa (comprovação da qualidade na
produção);
Publicações/matérias em revistas especializadas;
Site na internet, em várias línguas;
47
Palestras em associações vinculadas ao mercado de bebidas;
Exposição do produto em feiras internacionais especializadas;
Assistência técnica bilíngue, 24h (vinte e quatro horas) – pós venda;
As pessoas que efetuarão as visitas, inicialmente, serão alguns membros da direção da
empresa, que possuam conhecimentos técnicos acerca das características e beneficiamento da
água de coco. Posteriormente outras pessoas serão treinadas e especializadas, adquirindo
todas as informações técnicas necessárias para que a NATUFRUTO possa transferir-lhes a
responsabilidade de buscar e manter clientes.
A verba para o marketing, como um todo, será de 1% (um por cento) das vendas
totais, somando em torno de R$ 15.000,00 (Quinze mil reais) mensais, em um momento
inicial, de acordo com os números previstos no fluxo de caixa.
Os custos para atração e manutenção dos clientes serão repassados para o preço final
do produto.
4.3 - Fornecedores
Já possuímos parceria com os melhores produtores de coco de todo o Brasil. O coco
que estes produtores cultivam possuem as águas consideradas as mais saborosas do Brasil.
Além de contribuir com a qualidade (sabor) do produto final, estes produtores estarão
milhares de quilômetros mais próximos da NATUFRUTO, do que dos seus concorrentes, no
sul e sudeste do Brasil, conferindo maior competitividade à NATUFRUTO. Estes
fornecedores localizam-se nas cidades de Sousa – PB; Paraipaba – CE, Touros – RN, Assu –
RN, Petrolina – PE ; Petrolândia – PE; Pentecostes – CE, Apunharés – CE; Conde – BA;
entre outros.
4.4 - Distribuição e comercialização
O sistema de distribuição e comercialização obedecerá procedimentos simples e
organizados de acordo com a capacidade produtiva do maquinário.
48
De acordo com a velocidade de vendas, o agendamento da produção será efetuado e
prazos serão fixados junto aos clientes.
A água de coco será dispensada em bags de mil litros, acondicionados em containers
refrigerados (a quantidade mínima de pedido é de 22000L). Estes containers serão
transportados por carretas até o porto, onde será acondicionado em um navio para ser
transportado até o cliente, no seu país de origem.
Os custos referentes à distribuição e comercialização dos produtos, será repassado ao
preço final deste.
4.5 - Assistência técnica
Como os clientes estarão localizados a distâncias continentais e, inevitavelmente,
dúvidas e problemas quanto ao produto surgirão, é necessário que seja oferecido atendimento
bilíngue, 24 horas por dia. Esta assistência necessita ser ininterrupta devido às variações de
fusos horários dos vários clientes, em várias localidades.
Os atendentes que preencherão o posto precisarão ser treinados até que se tornem
especialistas no produto, pois dúvidas muito específicas podem surgir e ele precisará oferecer
soluções rápidas e eficazes a qualquer hora do dia ou da noite.
Apesar do fato de que este sistema elevará, significativamente, os custos do produto, é
extremamente necessário que ele exista. Do contrário, os custos com perdas de clientes, que
se sentirão lesados, será maior.
Os custos, referentes à assistência técnica, serão repassados ao preço final do produto.
49
CAPÍTULO 5 - Aspectos organizacionais e de gestão
A NATUFRUTO adotará o sistema de gestão por competências, pois acredita em
equipes de alta performance e que possuam habilidades que diferenciem a empresa no
mercado.
Segundo Fleury e Fleury (2000:19) uma definição de competência é “conjunto de
conhecimentos, habilidades, atitudes que afetam a maior parte do trabalho de uma pessoa, e
que se relacionam com desempenho no trabalho; a competência pode ser mensurada, quando
comparada com padrões estabelecidos e desenvolvidos por meio de treinamento”.
A empresa será dividida em quatro setores estruturais: 1) Administrativo/financeiro; 2)
Produção industrial e suprimento; 3) Comercial e 4) Recursos humanos. A estrutura da
NATUFRUTO será enxuta, no tocante a hierarquias e quantitativo de headcounts.
5.1 - Administrativo financeiro
Esta área será constituída por dois analistas administrativos, um com foco nas
atividades de controle e gestão dos números de produção da indústria e outro em todas as
rotinas financeiras da empresa.
O perfil destes profissionais deverá conter as seguintes competências: 1) Trabalho em
equipe; 2) Capacidade analítica; 3) Gestão de processos; 4) Resiliência; 5) Criatividade; 6)
Capacidade de realização e 7) Visão sistêmica.
A formação necessária para o cargo é curso superior completo em administração de
empresas, economia ou contabilidade. Desejável MBA ou especialização em gestão de
projetos.
5.2 - Produção Industrial e Suprimento
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Área que realizará a atividade fim da empresa, responsável por toda cadeia de
produção e suprimento da indústria. Será constituída por um supervisor operacional e vinte e
um operadores de produção.
5.2.1 - O perfil do Gerente Industrial terá como competências: 1) Foco no resultado; 2)
Liderança; 3) Resiliência; 4) Capacidade analítica; 5) Gestão de processos; 6) Gestão de
custos; 7) Gestão administrativa; 8) Gestão de qualidade; 9) Relacionamento interpessoal, 10)
Visão sistêmica e 11) Velocidade.
A formação necessária para o cargo de Gerente Industrial é engenharia de alimentos
ou engenharia de produção ou gestão empresarial.
5.2.2 - O perfil do supervisor operacional terá como competências: 1) Foco no
resultado; 2) Liderança; 3) Resiliência; 4) Capacidade analítica; 5) Gestão de processos; 6)
Relacionamento interpessoal; 7) Visão sistêmica e 8) Velocidade.
A formação necessária para o cargo de Supervisor Operacional é curso técnico em
produção.
5.2.3 - Os Operadores de Produção deverão possuir como competências: 1) Habilidade
para trabalhar em equipe; 2) Raciocínio lógico; 3) Velocidade e 4) Entusiasmo.
A formação necessária para o cargo Operador de Produção é segundo grau completo.
5.3 - Comercial
Canal responsável em prospectar clientes para a empresa, ações de relacionamento
com clientes e stakeholders. Será constituído por um Consultor de Vendas. O foco de
captação de vendas deste profissional será no mercado exterior. As competências que
compõem este cargo são: 1) Resiliência; 2) Proatividade; 3) Capacidade analítica; 4) Foco no
resultado; 5) Poder de negociação; 6) Entusiasmo e 7) Criatividade.
A formação necessária para este cargo é escolaridade em nível superior em
administração de empresas ou comercio exterior. Desejável MBA ou especialização. Inglês
fluente e desejável conhecimento em espanhol.
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5.4 - Recursos Humanos
Área responsável pelo recrutamento, seleção, capacitação, desenvolvimento e
avaliação dos colaboradores da empresa. A área contará com duas analistas de recursos
humanos que também realizarão as atividades burocráticas da área como folha de pagamento,
registros, benefícios, etc.
A formação necessária para este cargo é escolaridade em nível superior na área de
ciências humanas com especialização em administração de recursos humanos. Desejável
conhecimento em outros idiomas, de preferência inglês.
5.5 - Vigilância e limpeza
Os serviços de vigilância e limpeza serão contratados de uma terceirizada. A formação
necessária para estes cargos é escolaridade em nível médio, com experiência mínima de dois anos
em suas funções.
52
CAPÍTULO 6 - PLANO OPERACIONAL
6.1 - Processo operacional de produção
6.1.1 - Recebimento de matéria prima e seleção
O fruto chegará à unidade fabril a granel, em caminhões do tipo graneleiras,
enlonados ou mesmo em caminhões abertos com alongadores nas laterais confeccionados em
madeira e protegido por lonas. São pesados em balança rodoviária que fica situada na própria
empresa. Em seguida os frutos são descarregados em locais apropriados, protegidos contra
incidência de luz solar, chuvas e etc.
A seleção dos frutos é prévia, realizada no próprio produtor, com o objetivo de não
carrear pragas ou sujidades indesejáveis para unidade fabril. Ao chegar na indústria a seleção
ocorre de maneira bastante criteriosa. É realizada manualmente por pessoas treinadas, no ato
do descarregamento, bem como no próprio processo, com isso a análise visual da matéria-
prima permitirá a descarte do fruto impróprio para o beneficiamento.
Os frutos possuem, em sua superfície, sujidades, já que são muito manuseados e
expostos à contaminação microbiana. Assim procede-se à lavagem e desinfecção através de
um lavador automático com sistema de escovas e por aspersão, confeccionado em tubos de
aço inoxidável, no qual deve haver um tempo de reincidência mínima de 5 minutos, em
contato com uma solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm.
6.1.2 - Extração da água de coco
O processo de extração é considerada uma etapa crítica, pois um sistema de abertura
lento compromete a velocidade do processo, permitindo que reações indesejáveis ocorram no
produto. Neste caso a empresa deverá minimizar o tempo de exposição da água de coco ao ar.
53
Além disso, o contato prolongado da água de coco com a casca do coco, em presença de
oxigênio, faz com que ocorram reações enzimáticas não desejáveis. Geralmente, o coco é
perfurado com o auxílio de um equipamento manual. Trata-se de um equipamento do tipo
furador ou lança (no caso do coco verde), ou dotado de broca de 8 mm de espessura (no caso
do coco seco) ou de dispositivo pontiagudo capaz de abrir um orifício no fruto ou parti-lo ao
meio.
Todos os equipamentos constantes no processo (utensílios de corte e manipulação do
fruto, entre outros) precisam ser fabricados em aço inoxidável. A extração mecanizada deve
ser de forma contínua, visando uma maior produção, porém com cuidados específicos no
processo. Como exemplo, toma-se o fato de as lâminas serem previamente afiadas, com o
objetivo de evitar o esmagamento do fruto e consequentemente a contaminação por reações
enzimáticas.
Após a extração da água de coco, em um tanque extrator e peneiramento das
sujidades maiores, o mesmo é escoado através de tubulações de inox até um tanque de
captação onde a partir desse ponto dará início ao processo de filtração
6.1.3 - Filtração
A etapa de filtração ocorre em 3 momentos, isto é, do inicio do processo até a etapa
anterior à pasteurização.
A primeira etapa ocorre ainda no processo de extração, onde telas de inox de 1 mm
retém somente fragmentos maiores ocorridos no momento da extração.
A Segunda etapa ocorre após a água de coco ser extraída e acumulada em tanques de
100 litros, e, em seguida bombeada através de filtros de polietileno bobinado ou trançado de 5
micras, encaminhada para os tanques de refrigeração de 2000 lts, onde será formulada e
padronizada.
A terceira etapa ocorre após a padronização do produto nos tanques refrigerados de
2000 lts, onde a água de coco será bombeada através de filtros de 1 micra, com isso inicia-se
o processo de pasteurização, onde a água de coco será envasada diretamente dentro do bag de
1000 lts, no setor de envase com ambiente refrigerado.
54
6.1.4 - Formulação e Pasteurização
As análises de pH e Brix realizadas no ato de formulação, determinam a
padronização do produto, para quantificação da adição de seus aditivos. A relação Brix/pH
determinam a formação das características organolépticas (cor, odor e sabor) do produto
final. A formulação é realizada em tanques de aço inox de 2000 lts por bateladas para facilitar
a etapa de padronização, após a padronização inicia – se o processo de pasteurização.
Os aditivos são escolhidos para exercer funções específicas (conservantes,
antioxidantes, acidulantes, etc.). O ph deve ser corrigido com acidulantes e mantidos em
valores entre 4,8 – 5,4, o Brix deve ser corrigido com açúcares, seus valores de pH e Brix têm
que atingir resultados dentro dos padrões estabelecidos pelo MAPA – Ministério de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, IN n°27.
A etapa de pasteurização tem como principais funções: 1) Reduzir os níveis de
contaminação microbiana e 2) Inativação de algumas enzimas provenientes do momento da
etapa de extração, com o possível contato com o oxigênio.
A temperatura de processo deverá ser na faixa de 90-105°C com o retardo de 90
segundos, com vazão média de 3000 lts/h, e o binômio tempo versus temperatura de
pasteurização deverá ser otimizado à parte sensorial do produto. A pasteurização é feita em
equipamento do tipo trocador de calor a placas HSTS, dotados de sistema de aquecimento /
resfriamento, que consiste em um conjunto de placas de aço inox, de espessura fina, montada
em um pedestal confeccionado com placas de inox de espessura idêntica e com os cantos
vedados por juntas de vedação entre as bordas das placas e o pedestal. O pasteurizador é
abastecido através de um tanque de equilíbrio com bomba, sendo a vazão estabelecida na
entrada, através de válvula.
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6.1.5 - Envase e estocagem
Água de coco é envasada com uma variação de temperatura de 2°C a 7°C em bag’s de 1000
litros em um ambiente refrigerado (câmaras ou containers) que pode variar de -10°C a -5°C e,
em seguida, estocados sob uma temperatura que pode variar de -10°C a 0°C.
6.1.6 - Transporte
O transporte deverá ser em containers refrigerados, com temperatura controlada que pode
variar de -10°C a -5°C. Os containers são transportados por carretas apropriadas, até o porto
mais próximo, onde será acomodado em um navio que o levará ao seu destino.
6.1.7 - Equipamentos necessários para o processo
Recebimento:
1 Máquina de lavar coco 2,5m x 1,5m
1 tanque de lavagem 2,5m x 2,0m x 1,0
1 Esteira de transporte de frutos
Extração:
8 Tanques de extração
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1 Tanque de captação de 100lts
1 Bomba Sanitária centrifuga de 0,5cv
2 Cartuchos de filtros com bitola de 1’’
10 Filtros bobinados de 10 micras
1 Esteira de transporte de coco
1 Esteira para transporte de casca de coco
1 Monovia com capacidade de 1 ton
Formulação e Pateurização:
6 Tanques Refrigeradores de 2000 lts com Sistema de limpeza integrado
5 Tanques Refrigeradores de 20000 lts com Sistema de limpeza integrado
1 Pasteurizadora com capacidade de 3000 lts/hora
2 Cartuchos de filtro de 1’’
1 Bomba sanitária centrifuga de 3 cv para pasteurizadora
1 Chillers com capacidade de 60 tr
2 Chillers com capacidade de 10 tr
1 Torre de resfriamento com capacidade de 48 m³
1 Caldeira com capacidade de 1500 Kg/vapor/h
Envase e estocagem:
3 Container de 40’’ com capacidade de 28.000 Kg
TANQUE PULMÃO
EXTRAÇÃO DE ÁGUA DE COCO
PASTEURIZAÇÃO
ENVASE EM BAG
FILTRAÇÃO
FORMULAÇÃO
ENVASE EM BAG
RECEBIMENTO COCO VERDE
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6.1.8 - Fluxograma do processo
Figura 7 – Fluxograma do processo produtivo
Fonte: elaboração do autor
FILTRAÇÃO
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6.2 - Estágio de desenvolvimento
No atual momento a empresa encontra-se em estágio de viabilização do negócio, bem
como em paralelo buscando a captação de recursos de terceiros e integralização de capital dos
sócios. A NATUFRUTO tem a pretensão de iniciar as operações e lançamento do produto até
o final do ano de 2013, pois esta será a época do melhor período para exportação do produto,
pois o verões americano e europeu estarão próximos de seus inícios, aumentando, assim, o
volume no consumo de bebidas, incluindo a água de coco.
Na primeira fase das operações e comercializações, serão iniciadas as estratégias de
venda do produto a granel, isto é, em big bag´s de 1000 lts. Sendo fornecedor de matéria-
prima para indústrias de bebidas, tem-se perspectiva de, na fase seguinte do projeto, aumentar
o portfólio da empresa, continuando com embalagens a granel de 1000 lts, mas com bebidas
mistas a base de água de coco, como por exemplo: água de coco com suco de abacaxi e água
de coco com suco de açaí, mantendo a estratégia de ser fornecedor de matéria-prima.
6.3 - Arranjo físico
A empresa está situada dentro da grande João Pessoa, irá possuir um parque industrial
de cerca de 5000 m² (cinco mil metros quadrados), sendo este total composto de instalações
da área produtiva, administrativa, manutenção, caldeira, portaria, vestiários / sanitários
masculino e feminino, área de movimentação de veículos, bem como área para futuras
ampliações.
Na indústria existirão equipamentos de última geração no que diz respeito a
processamento de água de coco a granel, do início do processo até a expedição. Todas as
etapas serão rigorosamente controladas, garantindo a integridade do produto até sua chegada
ao cliente.
59
A figura 8 contém a planta baixa das futuras instalações da área produtiva da
NATUFRUTO.
Figura 8 – Planta baixa do parque industrial
Fonte: Elaboração do autor
6.4 - Recursos humanos
O departamento recursos humanos irá desenvolver um programa de treinamentos e
qualificações, juntamente com instituições reconhecidas no mercado, como por exemplo
SENAI, irá fazer análise de habilidades e competências, plano de cargos e carreiras, sempre
buscando melhorias para empresa e seus colaboradores.
No parque industrial haverá, inicialmente, cerca de 33 colaboradores, sendo
distribuído nas mais diversas áreas, cada um com suas competências e habilidades necessárias
60
para o desenvolvimento das atividades de produção, de acordo com a listagem de cargos
abaixo:
Gerente Industrial: tem como principais atribuições reduzir custos de produção,
manutenção, implementação de projetos, controle de despesas, busca de
produtividade, gerir as pessoas do chão de fábrica, controlar gastos gerais de
fabricação, buscar novas tecnologias para melhoria do processo e gestão da qualidade;
Supervisor de Produção: buscar eficiência; redução de custo; evitar desperdícios; ter
controle do processo; gestão das pessoas, atingir metas e objetivos, acompanhamento
nos controles de produção, compromisso com a qualidade.
Quanto aos operadores, pode-se classifica-los em 5 classes:
o Operadores de extração: são responsáveis pela extração da água de coco. Nesta
etapa os colaboradores extraem a água do coco de forma manual, batendo o
fruto sobre uma lâmina pontiaguda, ocasionando a abertura do coco;
o Operadores formuladores e pasteurizadores: são responsáveis pela
padronização do produto, nessa etapa os colaboradores coletam a água de coco,
efetua as análises necessárias como o brix, acidez e ph. De acordo com o
resultado, é feita a padronização com adição de açúcares e ácidos de acordo
com a especificação de cada produto. Outra atribuição é o controle do
equipamento responsável pela pasteurização do produto, garantindo, durante o
processo, o tempo e temperatura de envase corretos.
o Operadores de Almoxarifado: são responsáveis pelo abastecimento dos
insumos e embalagens.
o Operadores de Envase: são responsáveis pela armação da embalagem (Bag in
Box de 1000 lts) para garantir o envase de maneira correta, através do controle
de temperatura no momento do envase e do controle de temperatura da câmara
de refrigeração.
o Operadores de Expedição: são responsáveis em preparar o carregamento do
produto de forma adequada garantindo que o mesmo não fique exposto à
temperatura ambiente, fazendo um carregamento rápido.
Analista de Recursos humanos: fornecerá suporte à organização do pessoal da uma empresa,
visando a integração dos seus setores. Terá, entre suas principais atividades o recrutamento e
seleção de candidatos; fechamento da folha de pagamento e folha de ponto; desenvolvimento
de pesquisas sobre a satisfação dos empregados; planejamento e coordenação de
GERENTE INDUSTRIAL
SUPERVISOR DE PRODUÇÃO
OPERAÇÃO
ANALISTA ADMINISTRATIVA ANALISTA RH
COMERCIAL
61
treinamentos; revisão de planos de cargo e salários; desenvolvimento de dinâmicas de grupo e
outras ações motivacionais
Analista administrativo: funções de planejamento, organização e controle, nas áreas de
recursos humanos, patrimônio, materiais, informações financeira e tecnológicas, entre outras
A figura 9 demonstra o organograma da NATUFRUTO.
ORGANOGRAMA
Figura 9: Organograma NATUFRUTOFonte: Elaboração do autor
62
6.5 - Capacidade operacional
A seguir, será demonstrada a capacidade de volume de extração de água de coco, por hora, utilizando o maquinário descrito em seção anterior, pois o setor de extração é a principal etapa para definição de sua capacidade operacional. Seguem, abaixo, tabelas com suas medições.
OPERADOR EXTRAÇÃO MÉDIA / MIN /
FRUTO
RENDIMENTO MÉDIO FRUTO / ML
LITROS EXTRAÍDO POR MIN.
LITROS EXTRAÍDOS POR
HORA
01 25 380 9,5 57002 25 380 9,5 57003 25 380 9,5 57004 25 380 9,5 57005 25 380 9,5 57006 25 380 9,5 57007 25 380 9,5 57008 25 380 9,5 570
TOTAL 200 76 4560 Tabela 13 – Capacidade nominal por hora. Fonte: Elaboração do autor
OPERADOR EXTRAÇÃO MÉDIA /
FRUTO / HORA
RENDIMENTO MÉDIO
FRUTO / ML
LITROS EXTRAÍDO POR HORA.
LITROS EXTRÍDOS
EM 20 HORAS
30 DIAS DO MÊS
01 1500 380 570 11400
02 1500 380 570 11400
03 1500 380 570 11400
04 1500 380 570 11400
05 1500 380 570 11400
06 1500 380 570 11400
07 1500 380 570 11400
08 1500 380 570 11400
TOTAL 12000 4560 91200 2736000
Tabela 14 – Capacidade nominal em 20 horas por 30 diasFonte: Elaboração do autor
63
Com isso observa-se que a indústria NATUFRUTO possuirá uma capacidade total
nominal de produzir 2.736.000 lts (Dois milhões, setecentos e trinta e seis mil litros), se optarmos por turnos que totalizem 20h (vinte horas) por dia, 30 (trinta) dias por mês. Para plano inicial, optou-se por turnos que totalizem 9 (nove) horas diárias, de segunda a sexta-feira. A tabela 14 demonstra a capacidade de produção da NATUFRUTO, trabalhando dentro desta última condição.
OPERADOR EXTRAÇÃO MÉDIA /
FRUTO / HORA
RENDIMENTO MÉDIO
FRUTO / ML
LITROS EXTRAÍDO POR HORA.
LITROS EXTRÍDOS
EM 8 HORAS
20 DIAS DO MÊS / LITROS
01 1500 380 570 5130
02 1500 380 570 5130
03 1500 380 570 5130
04 1500 380 570 5130
05 1500 380 570 5130
06 1500 380 570 5130
07 1500 380 570 5130
08 1500 380 570 5130
TOTAL 12000 4560 41040 820800
Tabela 15 – Capacidade nominal em 9 horas por 20 dias úteis em média por mêsFonte: Elaboração do autor
64
CAPÍTULO 7 - Plano financeiro
7.1 – Análise geral
A empresa NATUFRUTO nasce de uma sociedade, composta por cinco membros, que
integralizarão um capital total de R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais), de forma igualitária,
ou seja, cada um deles integralizará R$ 100.000,00 (Cem mil reais). Assim, cada sócio terá
20% (vinte por cento) de participação societária. Este valor será utilizado para a estruturação
física da empresa: reforma da sede; móveis e utensílios; entre outros, além de compor o
capital de giro inicial da mesma.
Em paralelo, será fechada parceria com o banco do nordeste do Brasil, para
financiamento das máquinas e equipamentos, necessários ao beneficiamento da água de coco,
no valor de R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais), condizentes com pesquisas de mercado,
efetuadas pelo sócio Alessandro Reis.
Como garantia de manutenção do capital de giro, ao longo dos anos, foi fechada
parceria com a caixa econômica federal, que garantirá capital para pagamento a curto prazo,
com juros compatíveis com o mercado, sempre que, ao final de cada mês, existirem déficits
no fluxo de caixa.
De uma forma geral, o fluxo de caixa previsto, elaborado pelos sócios da
NATUFRUTO, não apresentou maiores problemas quanto a dificuldades de captação de
recursos ou quanto à previsão de falta destes. O capital dos sócios somado, aliado aos recursos
captados no mercado, proporcionaram bastante tranquilidade na previsão mensal do fluxo. O
capital total será suficiente para custear todas as despesas iniciais e o capital de giro.
Deve-se chamar atenção para a excelente previsão de crescimento do saldo final do
fluxo de caixa, ao final dos três anos previstos: um crescimento de, aproximadamente, 1100%
(Mil e cem por cento), ou seja, onze vezes o saldo inicial.
65
7.2 - Preço e volume de vendas
A tabela 16 demonstra a formação dos preços do litro da água de coco a granel, para
os mercados interno e externo.
Tabela 16: Formação de preço
Fonte: Elaboração do autor
Analisando-se a formação de preços acima, observa-se, claramente a diferença
existente entre os custos para comercialização no mercado interno e externo.
O custo interno eleva-se em decorrência dos impostos, que são substancialmente mais
elevados (9,72 pontos percentuais a mais), causando a inviabilidade para venda no mercado
interno, que possui uma média de preço por litro bem abaixo do preço calculado por nós.
De forma diferente, comporta-se a formação de preços para o mercado externo, que
resulta em um preço bastante compatível com os praticados atualmente. Tal diferença deve-se
aos incentivos que o governo brasileiro concede às empresas exportadoras, como forma de
equilibrar a balança comercial.
Observando-se o fluxo de caixa, projetado para os três primeiros anos de atividade,
consegue-se fazer um cálculo simples, para se conhecer o volume de vendas necessário para
obter-se lucros, durante os dez primeiros trimestres de atividade. De acordo com os cálculos,
66
observa-se que é necessário comercializar a média de 594.000L (Quinhentos e noventa e
quatro mil litros) de água de coco, mensalmente, para que o lucro seja considerado
satisfatório.
7.3 – T.I.R. (Taxa Interna de Retorno)
A taxa interna de retorno, calculada para os três primeiros anos de operação, de acordo
com os fluxos de caixa previstos, será 187% (Cento e oitenta e sete por cento)
67
Considerações finais
Considera-se viável o projeto de implantação da indústria de beneficiamento de água
de coco in natura, a granel, NATUFRUTO, porém, somente para o mercado externo
(exportação).
Os impostos cobrados, quando da comercialização para o Brasil, tornam o preço final
do produto, acima da média nacional. As grande indústrias, que têm capacidade de produção
de grandes volumes, conseguem ganhos em escala que compensam a comercialização no
mercado nacional. Indústrias de pequeno porte, como a NATUFRUTO, não conseguem
competir com este tipo de volume.
A grande rentabilidade, a pouca concorrência e as barreiras para entrada de novos
concorrentes para este segmento, que é tão específico, torna a implantação deste negócio
muito atrativa.
Além disso, a NATUFRUTO conta com um sócio que possui profundo conhecimento
do negócio, trazendo grande expertise à equipe, aumentando a competitividade da empresa
neste mercado.
Recomenda-se o início imediato do projeto.
68
Referências bibliográficas
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MENDONÇA, Luís Geraldo. Matemática financeira. 10.ed. Rio de Janeiro: FGV Editora,
2012.
LIMEIRA, André Luis Fernandes. Contabilidade para executivos. 9.ed. Rio de Janeiro: FGV
Editora, 2012.
SOUZA, Cristóvão Pereira de. Finanças corporativas. 10.ed. Rio de Janeiro: FGV Editora,
2012.
GONÇALVES, Antonio Carlos Pôrto. Economia aplicada. 9.ed. Rio de Janeiro: FGV
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BASTA, Darci. Fundamentos de marketing. 7.ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2012.
LIMA, Miguel. Gestão de marketing. 8.ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2012.
MACÊDO, Ivanildo Izaias de. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. 8.ed. Rio de
Janeiro: FGV Editora, 2006.
PINTO, Sandra Regina da Rocha. Dimensões funcionais da gestão de pessoas. 9.ed. Rio de
Janeiro: FGV Editora, 2012.
JUNIOR, Isnard Marshall. Gestão da qualidade. 10.ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2012.
Autor desconhecido. Antes dos anos 90, água de coco era lixo. Valor econômico, São Paulo,
17 nov. 2011. Disponível em: http://www.valor.com.br/empresas/1097664/antes-dos-anos-90-
agua-de-coco-era-lixo. Acesso em: 05 mar. 2013.
69
CASADO, Letícia. Indústria investe na produção de água de coco. Valor econômico, São
Paulo, 21 mai. 2012. Disponível em: <http://www.valor.com.br/empresas/2667244/industria-
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LOMBARDI, Matheus. Classe C e ‘gringos’ fazem venda de água de coco disparar. UOL
Economia, São Paulo, 20 Dez. 2012. Disponível em:
<http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/12/20/classe-c-e-gringos-fazem-venda-de-
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COSTA, Ana Clara. Brasil lança moda da água de coco, mas não ganha o mercado no mundo.
Revista Veja, São Paulo, 04 mar. 2012. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/noticia/economia/brasil-lanca-moda-da-agua-de-coco-mas-nao-
ganha-mercado-no-mundo>. Acesso em: 06 mar. 2013.
ROSA, Morysleide. Água de coco – Métodos de conservação. EMBRAPA, Fortaleza, 2000. Disponível
em: http://www.cnpat.embrapa.br/cnpat/cd/jss/acervo/Dc_037.pdf. Acesso em: 08 jun. 2013.
70
Anexos
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Fluxos de caixa
71
72
Demonstrações de Resultado do Exercício (D.R.E.)
73
Balanços patrimoniais
74
75
CURRICULUM VITAE DOS SÓCIOS
ALEXANDRE FERNANDES CAMELO Rua Mar das Antilhas, 513 –Intermares- Cabedelo – PB - CEP.:58.310-000Fones: (83)3021-2133 / 9112-2919 / 8824-8363Data de Nascimento: 06/03/1977Estado civil: CasadoNacionalidade: Brasileira
FORMAÇÃO ESCOLAR Superior: Unipê – Faculdade de Administração de Empresas. Ano da conclusão: 12/2005
Fundação Getúlio Vargas – MBA em Gestão Empresarial. Ano de Conclusão: 12/2013 (EM ANDAMENTO)
OBJETIVO PROFISSIONALRecolocação em empresas do setor administrativo, com foco na área financeira.
EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS07/1998 a 02/2008 - Stelre Construções LTDA (empresa de pequeno porte no segmento construção civil – empresa familiar)
CARGO: Diretor Administrativo/Financeiro ATRIBUIÇÕES: Gestão geral da empresa, com foco em
acompanhamento de orçamento de obras, cronograma físico/financeiro, gestão financeira e estratégia de vendas.
03/2008 até a atualidade - MATEL – Serviços elétricos e telefônicos (Média empresa, empreiteira no segmento de eletrificação em média e alta tensão – empresa familiar)
CARGO: Diretor administrativo ATRIBUIÇÕES: Planejamento estratégico, treinamentos específicos, gestão de
equipes, gestão de frota, gestão de serviços previstos e realizados, gestão financeira.
CURSOS: Introdução à gestão da qualidade total – TELPA - 1995 Auditoria interna da qualidade – SEBRAE – 1997 Motivação e desenvolvimento pessoal para a qualidade total – IBDE – Instituto
Brasileiro de Desenvolvimento Empresarial Como falar em público – SEBRAE – 1995 Leitura dinâmica e memorização – LUCLA - 1997 Sucesso em vendas – M&M – Mídia e Marketing – 1999 Matemática financeira básica – SEBRAE – 2000 Matemática para operações financeiras – SEBRAE – 2000 Gestão de obras – Lean construction” – VI Fórum da construção – 2004 Técnico em transações imobiliárias – SINDIMÓVEIS/CE - 2001 Inglês: leitura intermediária, escrita básica, conversação intermediária (Muita
facilidade com línguas). Espanhol: leitura básica, escrita básica, conversação básica Muita facilidade com
línguas). Conhecimento avançado em EXCEL, WORD E POWERPOINT (autoconhecimento). Programação avançada em ACCESS-VBA (autoconhecimento).
AGOSTO DE 2013A N D R É H E N R I Q U E D A S I L V A P R A D O
76
Brasileiro, 30 anos
DADOS PESSOAIS
Endereço: Av. Argemiro de Figueiredo, 1645, Apto 207 Cep: 58.037-030 – João Pessoa/PBE-mail: [email protected]: (83) 8105-2003
PERFIL PROFISSIONAL
Tenho 12 anos de experiência no mercado de Telecom, com carreira consolidada na Multinacional Telefônica/Vivo. Possuo grande experiência em relacionamento com clientes, parceiros comerciais e fornecedores. Atuo desde 2001 com gestão de pessoas, resultados e processos.
FORMAÇÃO ACADÊMICA
MBA – Gestão Empresarial - FGV – Conclusão prevista para Nov/2013 Graduado em Processos Gerenciais - Estácio/FIC - 2010
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Telefônica - Vivo S/A Cargo: Gerente Territorial de Vendas (Novembro/2011 a atual)Responsável pelo gerenciamento dos processos de planejamento, controle, definição de metas, planos de ação de resultado e gestão de toda operação comercial no estado da Paraíba. Responsável direto por 37 colaboradores e 55 indiretos.Cargo: Gerente de Vendas (Julho/2010 a Outubro/11)Cargo: Gerente de Contas Sênior (Outubro/2009 a Julho/2010)
CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO
Usuário do ambiente Windows, Pacote Office em níveis intermediários.Idiomas: Inglês e Espanhol BásicoGerenciamento e Liderança – DBM ConsultoriaMarketing e Vendas – Ampla EventosAnálise e Planejamento Financeiro - SebraeDesenvolvendo Líderes – CrescimentumA Arte na Negociação e Comunicação – Crescimentum
Agosto 2013
FLÁVIA CRISTINA CRUZ LIMA
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Telefone: (83) 8881-0245E-mail: [email protected]
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Graduação em Marketing em vendas-Uniuol Faculdades
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Laboratório EMS /SA (Propagandista)Período: (Agosto de 2007 a atual)
Laboratório Arese Pharma (Propagandista)Período: (Novembro 2006 a Julho de 2007)
Laboratório Vita Ativus (Propagandista)Período: (Maio de 2006a Agosto de 2007)
Consultório Médico - Drª Maria Aparecida Firmino (Secretária)Período: (Agosto de 1999 a Junho de 2005)
Flávia Cristina Cruz LimaJulho de 2013
F R A N C I S C O A L E S S A N D R O P E R E I R A D O S R E I S
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Brasileiro, 34 anos, Casado
CONTATOFone: (083) 99217435E-mail: [email protected] / [email protected]
FORMAÇÃOMBA – Gestão EmpresarialFGV – Fundação Getúlio Vargas – Previsão para término em 2014
Especialização em Engenharia AmbientalEstácio de Sá / FIC – Faculdade Integrada do Ceará 2009
Graduado em Engenharia de AlimentosUniversidade Federal do Ceará - UFC - 2005
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Gerente de Produção e DesenvolvimentoINDUSTRIA ALIMENTÍCIA DO VALE LTDA – COCO DO VALE
Gerente de ProduçãoPARAIPABA AGROINDUSTRIAL LTDA Gerente da Qualidade PARAIPABA AGROINDUSTRIAL LTDA
Supervisor de Produção e Processo COCENTRAL – Refinaria de Óleos Vegetais Analista de Processo e Produção RESIBRÁS – Industria de Beneficiamento de Castanha de caju
ÁREAS DE ATUAÇÃO Gerenciamento da produção e processos de planejamento, controles, definição de metas.
Gerenciamento de custos e despesas, controle de desperdícios.
Gerenciamento de Projetos em geral de novas instalações industriais em envase asséptico – Tetra Pak,
Gerenciamento de Desenvolvimento de novos produtos.
Gerenciamento das ferramentas de GE e OEE (produtividade e eficiência). Responsável técnico da empresa, atualmente com um quadro de 563 colaboradores na área fabril.
Agosto 2013MOEMA DE FÁTIMA HENRIQUES BRANDÃO MAIA
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Telefone: (83) 8881-0254E-mail: [email protected]
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Bacharel em Administração de Empresas –UNIPÊ Cursando MBA na FGV em Gestão Empresarial.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Aché Laboratório Farmacêutico LtdaFunção: Propagandista/RepresentantePeríodo: (Setembro de 2011 a Atual)
Laboratório Botânico Herbarium e Laboratório FarmoquímicaFunção: Representante ComercialPeríodo: (Abril de 2010 a Setembro)
Brasil Distribuidora de Medicamentos LTDAFunção: Gestora (ADV)Período: (Março de 2009 a Março de 2010)
Laboratório Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica LTDAFunção: Representante de Vendas e PromoçãoPeríodo: (Agosto de 2008 a Fevereiro de 2009)
Laboratório Sanofi-AventisFunção: Promotora de VendasPeríodo: (Agosto de 2007 a Junho de 2008)
Laboratório Vita AtivusFunção: Representante / PropagandistaPeríodo: (Abril de 2005 a Agosto de 2007)
Formattus – Shopping Cidade Função: Vendedora Período: (Agosto de 2001 a Março de 2003)
João Pessoa / Agosto de 2013