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A INFLUNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA APRENDIZAGEM E VOCABULRIO DE ALUNOS DA EDUCAO INFANTILOsana Gon Rosane Maria da Silva Sheila Marisa Birck Signor Sheridan Marla de Oliveira Birck Curso de Pedagogia Plo: Vila Velha, ES Orientadora: Prof. MS. Elisngela Alves Gusmo Doroteu

RESUMO

O presente trabalho visa verificar a influncia da Literatura Infantil na aprendizagem e aquisio de vocabulrio de crianas de dois anos que frequentam creche, avaliando a qualidade da fala. Para tanto, realizamos uma pesquisa de campo na qual as crianas eram observadas aps ouvirem histrias e manusearem livros e/ou personagens comprados ou confeccionados pelas pesquisadoras. Depois as professoras as avaliaram nas questes de aquisio da fala e se houve aumento do rol de vocbulos adquiridos. Os resultados demonstraram um considervel aumento da qualidade na fala e do repertrio de palavras. Palavras - chave: Literatura Infantil, Fala, Criana, Histrias.

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INTRODUO

Este artigo pretende avaliar a importncia da Literatura Infantil como coadjuvante no processo de aquisio da fala e aumento do repertrio de palavras de crianas da fase prleitora. As histrias infantis fazem parte do universo no qual a criana est inserida marcando presena na sua vida desde a tenra idade sob diversas formas, no dia a dia, nos contos, na mdia, nos livros e nas creches. Atravs do ouvir histrias, a criana imita o adulto e se apropria de vocbulos melhorando sua linguagem verbal e aprimorando sua capacidade de expressar-se. O presente trabalho parte do pressuposto que a Literatura Infantil atua como ferramenta coadjuvante no processo de aquisio da linguagem oral contribuindo em diversos aspectos na formao do cidado crtico. O tema foi escolhido devido escassez de informao na literatura cientfica voltada especificamente para crianas de dois anos de idade. O objetivo desta pesquisa a verificao da contribuio da Literatura Infantil no aumento do repertrio de vocabulrio e na qualidade da fala das crianas na fase pr-leitora.

1. METODOLOGIA

Partindo do pressuposto de que as crianas que interagem revelam as suas emoes, o entusiasmo pela histria e a demonstrao de afeto entre si (Lemos, 2011), o presente trabalho foi desenvolvido em trs creches, sendo duas da rede pblica e uma da rede privada, nas quais todas as acadmicas do curso de Pedagogia contaram histrias para crianas de dois anos de idade havendo interao no final de cada conto entre as crianas e manuseio de livros e/ou personagens comprados ou confeccionados pelas acadmicas. As pesquisadoras buscaram proporcionar um ambiente propcio para a realizao das atividades de contos com vistas nas palavras de Frantz que afirma que:

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Criar condies de leitura no significa apenas levar os alunos biblioteca uma vez por semana. Significa criar uma atmosfera agradvel, um ambiente que convide a leitura na prpria sala de aula ou mesmo fora dela. destinar mais tempo para ela ...demonstrando assim que essa uma atividade importante, fundamental e que merece tambm ocupar um espao nobre. (Frantz, 2001).

Na creche particular houve interao das crianas de dois anos com crianas de trs anos. A interao dos adultos com as crianas tambm foi um aspecto considerado neste trabalho para que fosse observado e confirmado o pensamento de Vygotsky quanto ao desenvolvimento cultural que a criana obtm atravs da atuao que outras pessoas exercem sobre elas:Sabemos que a continuidade do desenvolvimento cultural da criana a seguinte: primeiro outras pessoas atuam sobre a criana; se produz ento a interao da criana com seu entorno e, finalmente, a prpria criana quem atua sobre os demais e to somente ao final comea a atuar em relao consigo mesma. Assim como se desenvolve a linguagem, o pensamento e todos os demais processos superiores de conduta. (Vygotsky 1995, p. 232).

Para observarmos o aumento do repertrio de palavras e qualidade da fala, conversamos com as professoras responsveis e pedimos informaes a respeito do comportamento das crianas estudadas, sendo que na creche particular, contamos com a participao dos pais na verificao do desenvolvimento oral dos filhos. Procuramos acompanhar os critrios de evoluo do leitor segundo Piaget nas fases pr-lingustica/sensrio-motora e pr-operacional e a etapa do leitor ldico, na qual a criana ainda no l, mas ouve histrias, para a escolha de materiais condizentes com as idades pesquisadas e metodologia de conto apropriada para a faixa etria.

2. A IMPORTNCIA DA LITERATURA NA FASE PR- LEITORA

Ferraz e Fusari (1999) afirmam que, desde a tenra idade, as prticas sociais e culturais que ocorrem no seio da famlia fazem parte do mundo da criana. Podemos inserir nestas prticas culturais, os contos e as histrias infantis comumente usadas pelas mes.

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Este contato propicia uma descoberta do mundo fsico, social, psicolgico, esttico e cultural que a criana experimenta atravs dos adultos e de outras crianas de seu convvio. Dentro deste processo de compreenso de mundo podemos acrescentar a aquisio da linguagem oral introduzida pela Literatura Infantil disponvel para a criana. Aroeira (1996, p 141) diz que (...) por meio da histria, a criana observa diferentes pontos de vista, vrios discursos e registros da lngua. Ampliando sua percepo de tempo e espao e o seu vocabulrio. A arte produzida pelo adulto essencial para que a criana venha a apropriar-se de imagens, sons e gestos, reelaborando e utilizando este aparato de modo pessoal. A arte literria possibilita a interatividade e comunicao pela internalizao que a criana faz deste conhecimento e traz este para sua experincia pessoal e cultural. Assim, a criana pequena adquire meios para expressar seu eu e seu mundo. Para incrementar esta capacidade de aprendizagem, o professor de creche deve adequar e planejar sua ao pedaggica na direo do desenvolvimento da expressividade atravs da linguagem. Vygotsky (1991) diz que h articulao de elementos reais com imagens da fantasia, da a importncia da literatura enquanto ferramenta de ligao do real com o imaginrio para a oralidade infantil.

3. O PROCESSO DE AQUISIO DA LINGUAGEM DAS CRIANAS NA ETAPA DO DESENVOLVIMENTO SENSRIO- MOTOR

A Literatura Infantil se encaixa em todas as abordagens tericas sobre a aquisio da linguagem, pois ela traz elementos necessrios para que a criana possa adquirir a oralidade. Quando Chomsky defende que as pessoas nascem com a estrutura necessria para a linguagem e que cabe ao ambiente estimular e desenvolver esta capacidade, percebemos que a literatura fornece um ambiente rico em smbolos e imagens propulsoras desta competncia que, segundo ele, inata do ser humano. Ao analisarmos a abordagem comportamentalista de Skinner, a literatura tambm se faz presente como estmulo para a produo de respostas positivas relacionadas oralidade.

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Acrescentamos ainda que a abordagem cognitivista de Piaget pode ter justificativa tambm na amplitude da linguagem e dos significados que os contos infantis propiciam e, finalmente, analisando a importncia do contato com o sujeito mais competente, como aborda Vygotsky, percebemos que a histria lida ou contada para as crianas e a interao delas com outras, representa um terreno frtil para a comunicao oral das crianas menores que imitam as mais velhas em sua expressividade e tambm aprendem com estas como se comunicar com mais eficcia. De acordo com Piaget e a teoria cognitiva que demonstra quatro estgios de desenvolvimento cognitivo do ser humano, no perodo pr-operacional ou simblico (dos dois aos quatro anos) que surge a funo semitica que permite o surgimento da linguagem. Neste perodo a criana comea a imitar e dramatizar. Ela cria imagens, pois o faz-de-conta e a fantasia esto presentes no lugar de objeto ausente. uma fase em que todos falam ao mesmo tempo num monlogo coletivo. A socializao existe dentro do coletivo, entretanto vivida isoladamente. Para Vygotsky, a mediao do adulto no processo de aprendizagem infantil ocorre com o uso de ferramentas culturais no caso, a ferramenta foi a literatura-que possibilitam criana dominar e apropriar-se da linguagem. Uma vez que a linguagem construtora e propulsora do pensamento, esta permite o aprendizado que, quando adequadamente organizado, resulta no desenvolvimento mental do indivduo. Segundo os estudos sobre pensamento e linguagem de Vygotsky, o pensamento no verbal e a linguagem no intelectual, pois suas trajetrias de desenvolvimento se cruzam. Aproximadamente aos dois anos de idade ocorre um encontro do pensamento e da linguagem no qual o pensamento comea a se tornar verbal e a linguagem adquire um formato racional. O uso da linguagem pela criana nesta idade meramente uma interao superficial at que esta penetre no subconsciente e faa parte de sua estrutura de pensamento. H uma inter-relao pensamento-linguagem. Bronfrenbrenner (1999) afirma que a famlia essencialmente importante no processo de aquisio com o outro a partir do momento em que a criana gradativamente adquire suas primeiras palavras atravs da observao da comunicao dos membros de sua famlia. Garton (1992) constata que na interao com o adulto (interlocutor linguisticamente mais habilitado) que a criana busca aproximar seu nvel lingustico ao deste adulto. Este pensamento reforado por Bruner (1997) no que tange ao papel do adulto na

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promoo do desenvolvimento da linguagem pela edificao (que o estmulo encorajador da pessoa que mais interage com a criana) na qual h uma construo progressiva de comunicao levando a uma fala mais efetiva e mais elaborada pela criana.

4. DESENVOLVIMENTO SOCIAL.

Considera-se a linguagem como a primeira forma de socializao da criana. A aquisio da linguagem comea no seio da famlia enquanto a comunicao estabelecida por instrues verbais dirias e tambm por histrias que falam de valores culturais. Com o desenvolvimento da criana, seus sentidos se tornam mais aguados e os nveis cognitivos e lingusticos tambm aumentam. O campo de socializao da criana se amplia na mesma proporo em que ela se desenvolve, sendo este alavancado pela iniciao dos estudos na creche ou pr- escola uma vez que h oportunidade de interao neste local. Garton (1992) afirma que as relaes sociais que a criana tem desde muito cedo, trazem benefcios tanto em curto quanto em longo prazo para esta criana, pois tais interaes so ricas em experincias e aprendizagens. Por isso, quanto mais cedo ocorrer este envolvimento, melhor ser para a criana. Pode-se afirmar que a interao social necessria para a aquisio da linguagem. Esta interao com os adultos fundamental para que a criana desenvolva suas habilidades lingusticas. Barnes et al (1983) pesquisaram 32 crianas de 2 anos de idade observando se a rpida aquisio da linguagem se d pela quantidade ou qualidade da fala a ela apresentada e concluiu que foi na qualidade que surgiram muitos aspectos do desenvolvimento semntico e sinttico das crianas. Tais resultados corroboram a importncia que o ambiente escolar exerce no desenvolvimento lingustico, j que na escola a criana pequena tem contato com vocabulrio amplo e variado que surge nas trocas comunicativas entre seus pares e professores. A psicloga Lucivanda Borges em seus estudos sobre a aquisio da linguagem realizada em conjunto com a Dra. em Psicologia Ndia Salomo explica que:

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A forma como a criana interage com o meio social e a qualidade das informaes que recebe so fatores importantes para o domnio da linguagem. Se ela tem maiores oportunidades de interagir socialmente e se consideradas uma participante ativa desta interao, provavelmente alcanar com mais eficcia o domnio da linguagem do que aquelas crianas que no tiveram estas oportunidades e no foram consideradas como tal (Borges e Salomo, 2003).

Vygotsky e Bakhtin concordam a respeito da importncia da interao social enquanto concepo da linguagem como espao de recuperao do sujeito como ser histrico e social (Lemos, 2011). Vion (2000) complementa este pensamento quando conclui que a interao , portanto, o lugar onde se constroem e se reconstroem indefinidamente os sujeitos sociais. Nestas interaes surgem valorosas oportunidades para a reelaborao do conhecimento e do desenvolvimento das capacidades cognitivas do sujeito. Diferentes contextos e situaes levam a um confronto de ideias que permitem a percepo das informaes e comparaes dos contedos j aprendidos pela criana. Da o papel do professor, enquanto mediador, proporcionar ferramentas que viabilizem o acesso aos conceitos que devero ser internalizados e fornecerem uma gama maior de vocbulos que incrementaro a capacidade de comunicao do indivduo.Quando uma palavra nova aprendida pela criana, o seu desenvolvimento mal comeou: a palavra primeiramente uma generalizao do tipo mais primitivo; medida que o intelecto da criana se desenvolve, substituda por generalizaes de um tipo cada vez mais elevado processo este que acaba por levar formao dos verdadeiros conceitos. O desenvolvimento dos conceitos, ou dos significados das palavras, pressupe o desenvolvimento de muitas funes intelectuais: ateno deliberada, memria lgica, abstrao, capacidade para comparar e diferenciar. (Vygotsky, 1991, p.71)

A socializao, portanto, fomenta as capacidades lingustica por meio de estmulos constantes que visam a comunicao plena da criana com o mundo que a cerca. Dentro desta pesquisa, pudemos perceber a importncia do convvio social como motivador para a fala e a amplitude de atos de interao verbal durante as atividades literrias oferecidas s crianas.

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5. A LITERATURA INFANTIL E A CRIANA: UMA ABORDAGEM GERAL.

A Literatura Infantil uma das artes que mais encanta as crianas:O conto uma das formas mais naturais que existem de comunicao humana. Dormimos com contos quando somos pequenos, nos contam contos para consolar-nos e ao fim, os contos, nos acompanham toda a vida (Prez, 2011).

A leitura uma forma de acesso fascinante para a cidadania e seu entendimento, pois ela cria novas entidades, novas formas de insero social, novas maneiras de pensar e agir. (Giacomassi et al.p7). Quanto a leitura e sua utilizao em sala de aula, Giocamassi et al, 2007 afirmam que o uso de livros infantis insere a criana no mundo simblico o que a permite se identificar com personagens vivenciando situaes e sentimentos diversos, sendo este contato um meio de conhecer outros mundos atravs de outras pessoas, o que, segundo a autora proporciona criana construes mentais mais complexas e mais marcantes, cada vez que ela l mais e mais livros (Giocomassi, 2007). As escritoras Zilberman e Lajolo complementam esta viso da Literatura Infantil afirmando que:A Literatura Infantil um campo de trabalho, igualmente vlido, ao reproduzir, nas obras transmitidas, a criao artstica que visa a uma interpretao da existncia que conduza o ser humano a uma compreenso mais ampla e eficaz de seu universo, qualquer que seja sua idade ou situao intelectual, emotiva e social (Zilberman & Lajolo 1985 p.40).

De acordo com Amarilha (1997) quando a criana tem a possibilidade de recontar a histria que lhe contada, surge a possibilidade de desenvolvimento de sua habilidade discursiva. Prez (2011) afirma que a criana tem no conto a ferramenta que facilita o caminho para construir sua imaginao e os contos abrem um mundo mgico que em sua experincia diria no teria nunca, pela variedade de temas, situaes, objetos, ambientes e personagens que o conto aporta. A criana pequena, atravs do contato com o livro, recebe informaes ideovisuais e, mesmo sem poder l-lo, pelo olhar aprende as formas, cores e imagens culminando numa

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grande intimidade com o material que lhe oferece prazer. Assim, nesta fase inicial de contato com o objeto livro, a criana vai adquirindo certo vocabulrio pessoal. Desde cedo a criana j percebe que o livro diferente do brinquedo. O site portugus www.eselx.ipl.pt, quanto a Literatura Infantil, aponta que do ponto de vista emocional a leitura ajuda a criana, especialmente a mais jovem, a racionalizar a sua conduta mais dominada pelo inconsciente. A leitura permite o aperfeioamento intelectual, lingustico e at do prprio pensamento. A Literatura Infantil envolve, simultaneamente, a razo e a emoo, ela pensamento e arte. Atravs dela proporcionamos a interao do autor e do leitor. Aguiar (2001) diz que a partir da transfigurao da realidade pela imaginao, o livro infantil pe a criana em contato com o mundo e com todos os seus desdobramentos. Quadros et al. (2009) explica que para que a literatura cumpra seu papel de encantamento no imaginrio do leitor, fundamental o trabalho do professor. Ele ser o mediador e condutor do trabalho realizado em sala de aula, demonstrando a utilidade do livro e o prazer que h no ato de ler. Atravs da juno da linguagem verbal e no verbal, a Literatura Infantil desempenha uma funo particular para o desenvolvimento psquico da criana bem como a produo de cultura. Bissoli (2011) trata desta funo dizendo que:A Literatura Infantil tem, portanto, a funo de atravs da palavra e da imagem, favorecer um enriquecimento do psiquismo infantil tanto em termos de aquisio de significados no processo de formao de conceito e informaes, quanto em termos de vivncias pessoais, de atribuies de sentidos, de uma mais complexa forma de relao com a realidade.

Pode-se perceber, portanto, as inmeras contribuies que a Literatura Infantil traz para a formao da criana indiferentemente de sua faixa etria. Ela atua como coadjuvante no processo de produo de criticidade, cultura e aprendizagem dentro dos ambientes escolar e familiar.

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CONSIDERAES FINAIS

Observamos que as crianas menores, ao ouvir dos maiores os nomes dos personagens e suas caractersticas durante o manuseio dos livros e dos personagens confeccionados para este trabalho, repetiam palavras, frases das histrias e aqueles que apenas balbuciavam, comearam a falar parte das palavras ou palavras inteiras do contedo literrio. Tambm percebemos nas creches pblicas, quando as histrias eram conhecidas, as crianas comeavam a cont-las e explic-las aos menores, falando de personagens, tirando dvidas e, ao reconhecerem os personagens principais das histrias, se prontificaram em ajudar a contar a histria junto com a acadmica interagindo com as demais recontando o conto ao manusearem os livros. Algumas mes observaram que os filhos que j manuseavam livros, tiveram interesse aumentado. Uma das mes escreveu a seguinte observao na agenda da filha: A respeito da pesquisa feita pelas professoras acadmicas Sheila e Sheridan sobre histrias, a Fulana sempre comenta as histrias, conta e brinca de historinhas. Com relao ao aspecto da fala, certamente h influncia importante com relao ao vocabulrio, novas palavras introduzidas num contexto muito melhor absorvido pela criana. Uma professora acrescentou que o trabalho foi significativo para as famlias, pois, em casa, as crianas pediam para que lhes contassem histrias e aps a realizao deste trabalho a escola montou uma caixa literria nas salas e passaram a contar histrias para as crianas semanalmente sendo estas escolhidas pelos alunos e que as professoras prosseguiram o trabalho de desenvolvimento da oralidade e da imaginao da turma. Conclumos, ento, que a Literatura Infantil realmente contribui para o processo de aquisio de linguagem verbal e para o interesse pelos livros o que posteriormente colaborar para a formao de leitores e, principalmente, para a tomada de novas posturas dentro do universo escolar.

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ANEXOS

Professora contando histria com personagens e cenrio.

Professora incentivando a participao dos alunos em creche pblica.

Crianas recontando a histria.

Professora contando histria da Chapuzinho Vermelho.

Crianas interagindo com personagens e objetos do cenrio.

Crianas interagindo aps a histria Brincando com No.

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Professora contando histria No Fundo do Mar em creche particular.

Ateno das crianas durante o conto.

Crianas de escola particular interagindo com a professora recontando a histria e manuseando livros.

Professora contando histria com cenrio do Stio do Picapau Amarelo em escola pblica.

Cenrio do Stio do Picapau Amarelo em creche pblica.

Crianas interpretando a histria contada.