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FACULDADES INTEGRADAS DE ARARAQUARA BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FELIPE CARDOSO BAPTISTINI PESTANA CONFIGURANDO UM AMBIENTE DE TRABALHO COM SOFTWARE LIVRE PARA CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ARARAQUARA - SP Novembro 2008

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FACULDADES INTEGRADAS DE ARARAQUARABACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FELIPE CARDOSO BAPTISTINI PESTANA

CONFIGURANDO UM AMBIENTE DE TRABALHO COM SOFTWARE LIVRE PARA CURSO DE SISTEMAS DE

INFORMAÇÃO

ARARAQUARA - SPNovembro 2008

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FELIPE CARDOSO BAPTISTINI PESTANA

CONFIGURANDO UM AMBIENTE DE TRABALHO COM SOFTWARE LIVRE PARA CURSOS DE SISTEMAS DE

INFORMAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado às Faculdades Integradas de Araraquara, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação.

Professor Orientador: João Henrique Gião Borges

Araraquara - SPNovembro 2008

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Pestana, Felipe Cardoso Baptistini

Personalizando um ambiente de trabalho com software livre para cursos de sistema de informação / Felipe Cardoso Baptistini Pestana. Araraquara, FIAR, 2008.

61 f : il.

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. Bacharelado em Sistema de Informação – Faculdades Integradas Logatti, Araraquara, 2008.

1. Desenvolvimento de um ambiente de trabalho linux para cursos de

graduação de sistemas de informação – Personalizando um ambiente de

trabalho com software livre para cursos de sistemas de informação I.

Felipe Cardoso Baptistini Pestana I.

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Folha de aprovação

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Dedico este trabalho aos meus avós paternos e maternos, pais, amigos e

minha namorada, que sempre acreditaram na realização deste.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço principalmente às pessoas que participaram direta ou indiretamente na realização

destre trabalho. Agradeço à minha mãe Mariléa e minha madrinha Ivanise, por perderem

algumas horas das madrugadas de férias para leitura e tentativa de comprreensão da “4 ª

dimensão” que é o mundo da informática, aos amigos e companheiros de faculdade Renato,

Maria Lúcia e João Ricardo, que em uma mesa de bar sempre traziam o assunto à tona, aos

amigos de muito tempo André e Daniel por acreditarem e me incentivarem no

desenvolvimento do trabalho, à minha namorada e futura esposa Juliana, por aguentar o

stress das minhas noites sem dormir e até brigar às vezes para eu não terminar de última

hora e também, especialmente, ao professor João Henrique, por me ajudar, orientar e me

xingar durante o desenvolvimento do mesmo e também fora do trabalho, aos meus sócios

Luiz Fernando e Endrius, por me fazerem rir na hora do desespero, como no último dia e ao

Marcelo, amigo e companheiro de trabalho, por me ajudar a ver as cores que eu não consigo.

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“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original”.ALBERT EINSTEIN

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RESUMO

Este trabalho pretende mostrar passo-a-passo como modelar, desenvolver e ajustar o sistema operacional DreamLinux de acordo às necessidades de cada usuário ou grupo de usuários, tornando-o de fácil utilização.

Palavras-chave: Sistemas de Informação, Software Livre, Código Aberto, Linux, Distribuição, DreamLinux, Customização de Linux.

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ABSTRACT

This project pretends to teach how to model, develop and adjust the operacional system DreamLinux accordely to the users or groups needs, making it easy and quick.

Key-words: Information System, Free Software, Open Source, Linux, Distro, DreamLinux, Distro Customizing.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Lista de arquivos e pastas do Shell do GNU / Linux..........................20Figura 2 – Tela inicial do DREAMLINUX a partir do live-cd..................................21Figura 3 – Tela do GParted......................................................................................22Figura 4 – Tela de Configuração de partições do GParted...................................23Figura 5 – Definição do tamanho das partições do HD........................................24Figura 6 – Novas configurações do HD.................................................................24Figura 7 – Criando as partições..............................................................................25Figura 8 – Definindo as configurações de instalação do sistema.......................26Figura 9 – Instalação Concluída..............................................................................27Figura 10 – Tela de login do DreamLinux...............................................................28Figura 11 – Tela de senha do DreamLinux.............................................................28Figura 12 – Tela inicial do sistema..........................................................................29Figura 13 – Ícone do DCP Control Panel................................................................30Figura 14 – Botão Language...................................................................................31Figura 15 – Locales padrão.....................................................................................31Figura 16 – Renomeando menu.xml.......................................................................32Figura 17 – Renomeando xfce-registered-categories.xml...................................33Figura 18 – Tela do “apt-get”..................................................................................34Figura 19 – Tela de configuraçã do “PHPMyAdmin”............................................35Figura 20 – Tela do “apt-get”...................................................................................36Figura 21 – Listagem do “nmap”............................................................................37Figura 22 – Arquivo “php.ini”..................................................................................38Figura 23 – Tela de Login do “PHPMyAdmin”.......................................................39Figura 24 – Tela de Login do “PHPPgAdmin”.......................................................39Figura 25 - Trocando papel de parede...................................................................40Figura 26 – Renomeando imagem do Splash-Screen...........................................41Figura 27 – Diretório “dreamgdm”..........................................................................42Figura 28 – Tela do Synaptic...................................................................................43Figura 29 – Tela do Live Remaster..........................................................................44Figura 30 – Janela do “Brasero”.............................................................................45Figura 31 – Tela de boot do “GRUB”......................................................................46

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LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

GNU – GNU's Not Unix.

GPL – General Public License.

HD – Hard Disk.

CA / SL – Código Aberto / Software Livre.

S.O. - Sistema Operacional.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................102 A IDÉIA DO CA / SL................................................................................................13

2.1 O GNU / LINUX.........................................................................................142.2 ESTRUTURACÃO BÁSICA DO GNU / LINUX.........................................162.3 SEGURANÇA DOS DADOS NO GNU / LINUX.......................................19

3 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................213.1 PRIMEIRO BOOT E INSTALAÇÃO DO SISTEMA OPERACIONAL.......223.2 INSTALANDO PACOTES DE LINGUAGEM DO SISTEMA.....................303.3 PERSONALIZANDO A APARÊNCIA DO SISTEMA................................403.4 REMOVENDO OS PROGRAMAS PRÉ-INSTALADOS............................433.5 GERANDO A IMAGEM .ISO DA NOVA DISTRIBUIÇÃO.........................443.6 GRAVANDO A IMAGEM GERADA NA MÍDIA DE DVD...........................45

4 CONCLUSÃO.........................................................................................................47REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................48ANEXO I – Softwares Instalados e Removidos da Distribuição..........................49ANEXO II – Licença GPL..........................................................................................50

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1. INTRODUÇÃOO avanço acelerado das tecnologias da informação (T.I.) com o

surgimento de softwares cada vez mais sofisticados e a miniaturização concomitante

e com o aumento da capacidade computacional das máquinas, a preocupação que

tem atingido o bolso dos gestores desta área, é a hegemonia ou o quase

“monopólio” de alguns softwares, como é o caso das tecnologias Microsoft, em

particular o Windows.

Para fazer frente a este problema, surge na década de 80 os

chamados Softwares Livres e o Código Aberto (CA / SL) com a promessa de

soluções de baixo custo, boa performance operacional e liberdade de adaptação à

necessidade de cada um.

Atualmente, observamos o avanço acelerado da tecnologia,

principalmente na área da informática. Os computadores estão cada vez mais

potentes, menores e com mais recursos.

Com esse avanço, temos a criação e o desenvolvimento de novas

tecnologias e filosofias. Podemos perceber claramente, quando se trata de

informática, novos métodos computacionais, novas arquiteturas de hardware, novas

linguagens de programação e novos conceitos em aprendizado.

Um exemplo disso é o CA /SL. Neles podemos ter um ambiente de

trabalho completo e auto-suficiente, com um custo praticamente zero. A idéia do

CA / SL, apesar de não ser nova, pois já existe desde 1983 segundo dados do

MCT(MCT 2008), ganhou maior divulgação recentemente, o que despertou

curiosidade de muitos profissionais, instituições e órgãos da área.

O observatório Econômico da Softex e o Departamento de Política

Científica e Tecnológica da UNICAMP realizaram, com o apoio do MCT, uma

pesquisa para aprofundar o entendimento do impacto do SL no Brasil. Estima-se que

o mercado de sistemas operacionais baseados em CA / SL tenha uma dimensão de

no mínimo R$ 77 milhões, considerando-se somente a venda de distribuições e

serviços correlatos o Linux, com potencial de crescimento de 2,5 a 3 vezes até 2008

(MCT, 2008).

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O GNU/Linux é o maior e mais famoso representante dessa idéia do

Software Livre, porém, ele ainda não é conhecido ou até mesmo aplicado, na

proporção que deveria, por preconceito dos usuários e, também, a necessidade de

um conhecimento técnico um pouco maior. Por sua natureza, o GNU/Linux, é um

S.O.1 que pode ser ajustado de acordo com a necessidade ou finalidade de cada

usuário ou organização.

É fato que nos dias atuais, boa parte dos usuários da computação no

Brasil, tanto profissionais quanto consumidores finais, usam o Windows®2 como

sistema operacional padrão. Porém, devemos buscar e conhecer alternativas,

saindo dos chamados “padrões”. O GNU/Linux é e pode ser usado como o

Windows®, podendo ser configurado para uso de consumidores finais e muitas

vezes, satisfazendo ainda mais quem faz do computador sua ferramenta de

trabalho, tais como: programadores, web-design entre outros profissionais que não

existiriam sem o avanço da tecnologia.

Muitas são as vantagens que o SL proporciona, entre elas:

• Distribuição livre, podendo ser baixado da internet;

• Baixo custo de manutenção dos microcomputadores, não

necessita a utilização de equipamentos de última geração;

• Segurança, baseado no UNIX3;

• Adaptável às necessidades dos usuários;

• Código Aberto, permitindo modificações no sistema;

• Flexibilidade que possibilita o desenvolvimento de soluções

rápidas.

Entretanto, o uso do GNU/Linux tem suas desvantagens, como por

exemplo a necessidade de conhecer melhor a estrutura do sistema operacional mais

a fundo, configuração dos programas mais complexa, conhecimento técnico para

operá-lo de forma correta, ou seja, necessita de qualificação e experiência em

computação para instalá-lo e configurá-lo.

1 S.O. - Sistema Operacional

2 Windows® - Sistema Operacional produzido e licenciado pela Microsoft®

3 UNIX – Sistema Operacional que foca a segurança dos dados.

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Diante do exposto e observando a carência de alternativas que possam

ser utilizadas em detrimento ao uso de sistemas onerosos, sem pretender entrar na

polêmica que envolve a informática e seus “caminhos”, apresentamos este trabalho,

que visa o ensinamento e entendimento de como utilizar a flexibilidade de sistemas

livres para desenvolvimento de uma solução rápida, simples e barata para

universidades, principalmente para cursos de Sistemas de Informação.

O trabalho apresentará inicialmente os conceitos de CA / SL e

GNU/Linux. A segunda parte consiste em descrever passo a passo como é feita a

adaptação de uma distribuição GNU/Linux partindo de uma outra existente, ou seja,

uma distribuição “mãe”. Por fim, fazer um comparativo entre os programas

proprietários usados atualmente e os programas de código aberto, que são

adaptáveis, para que assim, possamos provar o conceito proposto no projeto, que é

mostrar que podemos ter uma solução barata, gratuita e modelada às necessidades

de cada usuário.

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2. A IDÉIA DO CA / SL.Com o surgimento em meados da década de 80, a idéia do CA / SL era

e ainda é, desenvolver uma determinada aplicação, podendo ser usada em qualquer

tipo de ambiente, seja corporativo ou doméstico, sem a necessidade de se pagar

uma licença para uso. Por conter seu código fonte, esse pode ser adaptável ou

complementado por qualquer pessoa ou instituição que o deseje ou necessite fazer.

Sua distribuição é feita, na sua grande parte, via internet, onde

qualquer pessoa que disponha de acesso a mesma, possa obtê-lo de forma fácil,

rápida e simples. Contudo, pode ser adquirido também, em CD ou DVD-ROM's.

Com esse novo conceito, surgem dúvidas de diversos tipos. A mais

comum é o não compreendimento criado entre conceitos de software livre, software

proprietário e software gratuito.

Porém, software livre pode ser proprietário ou gratuito. Ser “livre”

significa que juntamente com o produto final, ou seja, a aplicação, a pessoa pode ter

acesso ao seu código fonte. Daí o termo Código Aberto (CA). Diferentemente, no

software chamado de proprietário, existe somente a aplicação final, sem o acesso ao

código fonte.

Segundo Hexsel (2008), Software Livre “é o software disponível para

que qualquer pessoa possa usá-lo, modificá-lo, aperfeiçoá-lo e distribuí-lo, na forma

original ou modificada, gratuitamente ou tarifado, em qualquer lugar”. Para tornar-se

um software livre, a empresa ou a pessoa que desenvolveu o software deve atender

a esses requisitos acima citados, ou publicar juntamente com o software, uma cópia

da licença GPL4. Software proprietário é justamente o contrário. É desenvolvido por

uma empresa ou pessoa, porém a mesma, mantém a propriedade de código. Com

isso, nenhum dos usuários têm acesso a essa informação, não podendo fazer

nenhum tipo de alteração, adaptação ou distribuição do mesmo, caso ele não seja

gratuito.

Partindo deste conceito, pode-se concluir que o software livre, pode ser

bem mais vantajoso comparado a um proprietário, independente de onde e como

será feita a implementação.

4 GPL – GNU Public License (Licensa Pública GNU). Permite que o autor do código distribua-o livremente de

acordo com os termos nela contidos.

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2.1 O GNU / LINUX.

Como afirma Gomes (2008, pg. 16) o GNU / Linux é um sistema

operacional de código aberto (CA), derivado do UNIX, e poderoso o suficiente para

ser adotado em servidores do mundo todo para as mais diversas tarefas.

O kernel5 do GNU / Linux é modular, ou seja, de acordo com as

necessidades e configuração de hardware de cada máquina, são carregados

módulos específicos para a funcionalidade dos mesmos. O kernel básico tem

somente o controle de periféricos padrões de entrada e saída, ou seja, teclado (de

entrada) e vídeo (de saída).

Toda a base do GNU / Linux se encontra aí, porém, ele é chamado de

GNU / Linux e não somente de Linux, pois os programas que rodam em cima do

kernel, tais como compilador GCC, Shell de comandos, editores de texto são todos

da distribuição de software livre GNU, daí o nome.

O GNU / Linux teve um grande apoio de desenvolvedores e

programadores do mundo inteiro, por ter sua distribuição principalmente pela

internet, para correções, inovações e inclusão de novos recursos e suporte a novos

hardwares, plataformas, arquiteturas etc.

Inevitavelmente, junto com o nome “GNU / Linux”, sempre aparece a

palavra distribuição. Mas o que são as distribuições GNU / Linux?

São simplesmente os sistemas operacionais personalizados, ou seja,

customizados de acordo com algumas definições. Existem por volta de 300

distribuições de GNU / Linux para uso em Desktops, algumas específicas para

servidores, entre outras funcionalidades.

Todo e qualquer programa para GNU / Linux, independente da

distribuição, é chamado de pacote. Nos primórdios do GNU / Linux, os programas

eram instalados a partir de seus códigos-fonte, necessitando ser compilados 6, o que

era nem sempre uma tarefa simples de ser realizada.

Para suprir essa dificuldade, foram criados os pacotes de instalação

dos programas, que nada mais é que, criar um arquivo compactado contendo a

5 Kernel: série de arquivos escritos em linguagem C e linguagem Assembly que constituem o núcleo do sistema

operacional. É o que controla todo o hardware do computador.

6 Compilar: transformar os códigos-fonte escritos pelo programador em arquivos binários executáveis pelo

sistema.

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mesma estrutura de pastas e arquivos que seria criada ao instalar o programa

manualmente. Instalando um pacote, os arquivos são descompactados no diretório

raiz, fazendo com que todos os arquivos sejam colocados nos diretórios corretos.

Morimoto (2008) afirma que “existem basicamente três formatos de

pacotes diferentes: os pacotes .deb, usados pelas distribuições derivadas do Debian

(incluindo o Kurumin, Ubuntu e Kubuntu), os pacotes .rpm, usados pelas

distribuições derivadas do Red Hat (Fedora, Mandriva e outros) e os pacotes .tgz,

usados pelo Slackware e derivados. Não existe nada de fundamentalmente diferente

entre os três formatos e é inclusive possível transformar um pacote .rpm em um

pacote .deb. Entretanto, devido às diferenças que existem entre uma distribuição e

outra, não existe garantia de que um pacote do Fedora funcionará no Debian, por

exemplo”.

Hoje em dia, existem algumas ferramentas para uma instalação mais

simples ainda, usando os pacotes certos para cada distribuição. Cada “linhagem” de

distribuições usa uma determinada ferramenta. Por exemplo o Debian e suas

derivadas usa o “apt-get”, o Slackware usa o “yum”, a Red Hat usa o “urpmi”, e o

FreeBSD usa o “emerge”. Essas ferramentas facilitam a instalação, podendo ser

comparadas com o “Instalar e Remover Programas” do Painel de Controle do

Windows® XP.

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2.2 ESTRUTURAÇÃO BÁSICA DO GNU / LINUXIndependente da distribuição, o sistema operacional possui alguns

diretórios padrões, que são usados para organizar os arquivos por utilidade ou por

seu objetivo. O GNU / Linux usa diretórios para representar tudo no computador,

desde processador, memória, modem, entre outros periféricos e hardware que

compõem o computador.

Contudo, existem esses diretórios padronizados em qualquer

distribuição GNU / Linux:

● / – representa o diretório raiz, o topo da hierarquia. É como se

fosse o C: no Windows® ou outros S.O.'s da Microsoft©.

● /bin – contém utilitários básicos de linha de comando.

● /boot – contém os comandos e arquivos necessários para o

GNU / Linux carregar, como o GRUB7 e a imagem do kernel.

● /dev – contém os diretórios referenciados os dispositivos que

podem ser acessados por programas que processam arquivos convencionais.

● /etc – diretório onde são acessados (lidos e escrito de acordo

com as permissões de cada usuário) os arquivos de configuração globais do

sistema e de grande parte dos aplicativos.

● /home – contém arquivos criados pelos usuários do sistema

GNU / Linux que não tem privilégios administrativos, como por exemplo, o

“root8” (usuário mestre do GNU / Linux). É equivalente à pasta “Documents

and Settings” do Windows® XP.

● /lib – contém as bibliotecas exigidas por diversos aplicativos e

também pelo kernel do GNU / Linux. Relacionando com o Windows® XP,

seria a pasta “System32”.

● /proc – diretório virtual (não existe no disco rígido) mantido pelo

kernel do GNU / Linux. Nele são guardadas informações importantes do

computador como os processos ativos, o estado das portas usadas ou não

pelo sistema, módulos carregados e funcionamento geral do computador.

7 GRUB – GNU Reader Unix Boot – Gerenciador de boot do GNU / Linux.

8 Root: do inglês, raiz.

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● /root – o diretório principal (home) do usuário “root”, separado

dos diretórios de “/home” dos usuários comuns. Todos os arquivos deste

diretório pertencem ao usuário mestre e não podem ser acessados por

nenhum outro usuário.

● /sbin – guarda muitos comandos de administração do sistema.

Comparativamente, seria o diretório “command” do DOS9.

● /tmp – contém arquivos temporários do sistema. Geralmente, os

arquivos deste diretório são excluídos pelo programa “cron10” em um intervalo

de 24 horas, definido por padrão ou de acordo com a alteração realizada pelo

usuário.

● /usr – armazena programas e dados disponíveis a todos os

usuários do sistema, podendo ser compartilhado entre diversas estações de

trabalho. Pode ser comparado, dependendo do caso e uso, com o diretório

“Shared Docs” do Windows® XP.

● /var – contém dados variáveis da sessão11, como registro dos

acontecimentos de programas ou do sistema (“logs”), site padrão de exibição

(no caso de servidores de páginas da web), arquivos da fila de impressão

entre outros.

9 DOS – Disk Operational System – Sistema Operacional de Disco. Foi o primeiro S.O. produzido pela

Microsoft®.

10 CRON – Programa utilitário do GNU / Linux onde são executadas tarefas em horários pré-determinados.

11 Instância de execução do Sistema Operacional.

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2.3 SEGURANÇA DE DADOS NO GNU / LINUX.Para qualquer acesso ao S.O. GNU / Linux, independente da

distribuição, é obrigatório possuir um usuário válido no sistema. Salvo caso dos

chamados “live-cds”, que possuem login automático, sem a necessidade de ser

digitado uma senha para uso do mesmo, cada usuário, com exceção do “root”, esta

dentro de um grupo de usuários. Cada um desses grupos possui uma permissão, já

definida por padrão para todos os sistemas GNU / Linux, podendo ser alterado pelo

administrador do sistema, para cada arquivo, pasta, dispositivo e aplicativo que

poderá ser usado por usuários desse determinado grupo. Na criação de um usuário

qualquer, sem a definição de qual ou quais grupos ele irá pertencer, sempre é criado

um grupo com o mesmo nome do usuário criado.

Para determinar os níveis de segurança de um usuário, são usadas

três categorias:

● User – usuário que é dono do arquivo;

● Group – usuários que fazem parte do grupo cujo arquivo

pertence;

● Other – todos os outros usuários.

Para arquivos, são usadas outras três categorias:

● Read – determina se o arquivo pode ser lido;

● Write – determina se o arquivo pode ser alterado;

● Execution – determina se o arquivo pode ser executado.

Finalmente, para diretórios, outras três:

● Read – determina se o diretório pode ser lido;

● Write – determina se o diretório pode ser alterado;

● Execution – determina se o diretório pode ser executado;

Em uma interface gráfica, fica fácil definir e ver as permissões de cada

arquivo ou pasta, porém, no Shell, fica um pouco mais complicado. Usando-se o

comando “ls -la”, que faz a listagem de arquivos e pastas de um determinado lugar

do disco rígido, podemos ver a seguinte situação:(vide figura abaixo).

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Figura 1 – Lista de arquivos e pastas do Shell do GNU / Linux.

Podemos ver que existem 10 caracteres no início de cada uma das

linhas da tela.

O primeiro caractere da linha representa o tipo de arquivo. Se for um

hífen, ele é um arquivo comum. Se for um “d”, ele é um diretório e, no caso de “l”, ele

é um link12 de outro arquivo ou diretório.

Os outros nove caracteres são usados para mostrar as permissões de

usuários, grupo e outros usuários para o arquivo. O primeiro grupo de três

caracteres é onde estão definidas as permissões do dono, o segundo grupo são as

permissões do grupo de usuários ao qual aquele arquivo pertence e os três

seguintes, são para os outros usuários.

Vale sempre ressaltar que o GNU / Linux é um sistema operacional que

preza segurança do sistema de usuários.

A partir destes conceitos supra descritos, podemos fazer a adaptação

da distribuição desejada. O item seguinte possui um passo-a-passo para essa

tarefa.

12 Link – Vínculo de outro diretório ou arquivo.

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3. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO.

A personalização deste ambiente de trabalho será feita usando os

códigos fonte do DREAMLINUX, que foi a distribuição “mãe” escolhida, que por sua

vez, é proveniente do Debian Linux, uma das distribuições mais usadas para

adaptações. A adaptação do S.O. envolverá remoção de algumas aplicações não

necessárias para um ambiente de trabalho de ensino superior, tais como: Skype,

Messenger, jogos, clientes de e-mail, entre outros, bem como alterações da interface

para melhor interação com o usuário.

Os softwares relacionados no trabalho (Anexo I) foram selecionados de

acordo com alguns utilizados nas Faculdades Logatti de Araraquara, baseados na

licença GPL (Anexo II) com distribuição gratuita, mantendo assim a idéia de CA / SL.

Como previamente dito, a distribuição escolhida é o DREAMLINUX,

que está na versão 3.5 e foi a versão usada para desenvolvimento do trabalho, por

ser uma distribuição do Debian, que hoje, possui ferramentas de fácil uso para

configuração, instalação e remoção de pacotes.

Apesar de ser uma distribuição relativamente nova, o DREAMLINUX

possui uma interface gráfica agradável para o usuário.

Figura 2 – Tela inicial do DREAMLINUX a partir do live-cd. (DreamLinux 2008)

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3.1 PRIMEIRO BOOT E INSTALAÇÃO DO SISTEMA OPERACIONAL.

Primeiramente devemos fazer o download da imagem do live-cd do

DREAMLINUX 3.5 do endereço “http://linorg.usp.br/iso/dreamlinux/DL3.5-

RC4_211008.iso” e gravarmos em um cd-r.

Não entraremos em detalhes de como fazer isso, pois não é o foco do

trabalho, vamos fazer o boot pelo live-cd. Depois que o sistema operacional carregar

por completo, começaremos fazendo a instalação do sistema no HD. Dê um duplo

clique no ícone, presente na área de trabalho, “Install DreamLinux”.

O instalador exibirá uma caixa de diálogo de erro, informando que não

existe partição no hd. Isso é normal, pois estamos começando a nova instalação do

sistema e portanto, devemos criá-la.

Dê um clique sobre o menu “Partition Tools” e depois sobre a opção

“Graphical Tool”. O programa “GParted” abrirá e será exibida a seguinte janela.

Figura 3 – Tela do GParted.

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Clique com o botão direito do mouse sobre a informação do disco local,

que no caso é /dev/sda, e no menu, clique em New, como mostra a imagem.

Figura 4 – Tela de Configuração de partições do GParted

Logo após, o programa mostrará uma caixa de diálogo (Figura 5)

perguntando se queremos adicionar um nome (label) no hd. Como isso não faz

diferença, optamos por Yes, apenas por questões de organização, pois assim o

mesmo terá um nome, que no caso é “msdos”, definido por padrão do instalador.

Criamos 2 partições de 15Gb cada uma, pois o hd era de 30Gb, sendo

a primeira delas para instalação do sistema com ponto de montagem “/” e sistema

de arquivos “ext3” e a segunda, usando a mesma configuração, porém sem ponto de

montagem, pois é onde será criada a imagem da nova distribuição após todo o

processo (Figura 6).

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Figura 5 – Definição do tamanho das partições do HD.

Figura 6 – Novas configurações do HD.

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Clique no menu “Edit” do Gparted e na opção “Apply All Operations”

para o programa fazer as alterações previamente definidas para continuarmos com a

instalação.

Figura 7 – Criando as partições.

Até este ponto, definimos apenas as partições do hd. A partir daqui,

começaremos com a configuração e instalação do sistema propriamente dito.

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Na tela do instalador (Figura 8), devemos fazer as seguintes

definições:

● Box Name – É o nome que a nova distribuição terá. No caso,

ENPIX.

● Root Password – É a senha do usuário mestre do sistema

(root). No caso, a senha também é root. Anote esta senha pois sem ela, não

podemos fazer a instalação e remoção dos programas (pacotes) da nossa

distribuição.

● User Name – Nome do usuário comum do sistema. Caso haja

mais de um, aproveite para cadastra-los agora. À medida que for

preenchendo os campos de cadastro de usuários, clique no botão “Add” para

confirmar a operação. Existe uma outra maneira de fazer essa inclusão de

novos usuários, porém, não vem ao caso agora. Adicionamos o usuário

“enpix” com senha “enpix” também.

Figura 8 – Definindo as configurações de instalação do sistema.

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Dentro do grupo “Partitions”, selecione o botão “Select partitions to

install”. No quadro abaixo do grupo, selecione as partições que serão usadas pelo

sistema.

● Partition – /dev/sda1/

● Size – 14Gb

● Mount Point – /

● File System – ext3

● Format? – Yes.

No grupo “Install GRUB to”, selecione a opção MBR13, coloque o

mesmo nome do Box Name no campo “Input the title of the Distro as to appear on

GRUB Menu (Optional)”. Apesar de ser opcional, como estamos fazendo uma nova

instalação de sistema operacional, devemos colocar o nome para fins de

identificação.

Clique no botão “OK” e aguarde. Esse tempo de espera varia de

acordo com o computador usado para fazer essa nova distribuição. Cada

computador tem uma quantidade de memória e uma velocidade de processamento.

Figura 9 – Instalação Concluída.

13 MBR – Master Boot Record. É onde o programa de gerenciamento de boot GRUB será instalado.

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Quanto maior a velocidade e quantidade de memória, mais rápido será

a instalação do sistema.

Terminada a instalação, reinicie o computador até aparecer a tela de

login do sistema DreamLinux. Durante o carregamento do sistema (boot), serão

exibidas várias linhas escritas na tela. Essas mensagens são apenas informativas.

Se caso aparecer a tela de login, a instalação foi bem sucedida (Figura 10) .

Figura 10 – Tela de login do DreamLinux.

Figura 11 – Tela de senha do DreamLinux.

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Coloque o usuário “enpix” (Figura 10) ou cadastrado na instalação, e a

senha (Figura 11) e pressione <enter>. A tela inicial do sistema depois de instalado

será mostrada como na figura 12.

Figura 12 – Tela inicial do sistema.

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3.2 INSTALANDO PACOTES DE LINGUAGEM DO SISTEMA.Por padrão, o sistema está em inglês, portanto, o primeiro passo deve

ser definir a linguagem padrão do sistema. Como estamos no Brasil, vamos definí-la

como português (pt_br) e para isso, clique no ícone “DCP Control Panel” na barra

inferior da tela, conforme a figura 13.

Figura 13 – Ícone do “DCP Control Panel”

No janela do DCP Control Panel, selecione a opção Language (Figura

14), que abrirá a janela para selecionar as linguagens do sistema. Desmarque as

opções de padrão “en_US.UTF-8 UTF-8” e “en_US.ISO-8859-1” (Figura 15).

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Figura 14 – Botão Language

Figura 15 – Locales padrão

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Agora, precisamos reiniciar apenas o processo do gerenciador de

janelas do Linux. Para isso, usamos as teclas de atalho “Ctrl + Alt + Backspace”.

Diferentemente do Windows®, não é necessário reiniciar por completo o computador,

apenas o processo que foi alterado, poupando-se um tempo considerável.

Depois do processo ser iniciado, já poderemos perceber as mudanças.

Com exceção de alguns detalhes como o menu de programas, o dock inferior, dentre

outros que continua em inglês, já foram alterados para a língua portuguesa. Existe

uma maneira simples para fazermos a alteração do menu de programas.

Abra uma janela do Gerenciador de Arquivos (Figura 16) e vá até a

pasta localizada em “/etc/xdg/xfce4/desktop” e clique com o botão direito do mouse

sobre o arquivo menu.xml e depois em renomear, colocando um novo nome

qualquer que prefira. No caso, estamos usando um “_old” depois do menu, para

simbolizar que aquele arquivo é o original. Feito isso, procure o arquivo

“menu.xml.pt_BR” renomeando-o para o nome “menu.xml”.

Figura 16 – Renomeando menu.xml

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Esse processo deve ser repetido com o arquivo “xfce-registered-

categories.xml”, seguindo o mesmo padrão de renomeação (Figura 17), por

questões apenas de organização. Esse arquivo traduz os sub-menus do menu de

programas do XFCE, que é a interface gráfica usado no DreamLinux 3.5.

Figura 17 – Renomeando xfce-registered-categories.xml

Precisaremos novamente, reiniciar o gerenciador de janelas do linux

com as teclas de atalho “Ctrl + Alt + Backspace” para que as novas alterações

entrarem em vigor.

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3.2 INSTALANDO OS PROGRAMAS DA DISTRIBUIÇÃO.

O DreamLinux, por ser derivado de Debian, possui uma ferramenta

muito simples e fácil para instalação e remoção de pacotes (programas). Com ela,

podemos adicionar, remover ou reconfigurar qualquer pacote instalado no sistema

operacional. Chama-se “apt-get”. O único pré-requisito para uso do “apt-get”, é uma

conexão com a internet, pois ele faz o download dos chamados repositórios de

pacotes.

Abra um terminal de comandos (Figura 18) e digite o seguinte

comando: “sudo apt-get install dia lazarus eclipse mysql-server phpmyadmin

apache2 libapache2-mod-auth-mysql postgresql”. Esse comando diz ao

programa “sudo” instalado no DreamLinux por padrão, carregar a ferramenta “apt-

get” com o parâmetro “install” para instalar os pacotes listados na continuação do

comando. Não precisamos instalar um a um, pois o “apt-get” permite essa passagem

de parâmetros múltipla. O programa “sudo” é uma ferramenta para executar

comandos como “root”, que é o super-usuário do linux. O “sudo” é uma sigla de

super user do, ou seja, faça super-usuário.

Figura 18 – Tela do “apt-get”

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Depois do “apt-get” fazer o download desses pacotes, devemos fazer a

configuração do “PHPMyAdmin”, que o próprio “apt-get” inicia na instalação.

Na tela de configuração, selecione apenas a opção “apache2”, pois

somente ele foi instalado (Figura 19) e clique em Forward.

Figura 19 – Tela de configuraçã do “PHPMyAdmin”

Depois que esses pacotes forem instalados e configurados,

instalaremos agora, os pacotes restantes.

O comando do “apt-get” ficará da seguinte forma: “sudo apt-get install

nmap glade-2 phppgadmin python-glade2”, conforme a figura 20.

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Figura 20 – Tela do “apt-get”

Vamos conferir se os banco de dados MySQL e PostgreSQL e o

servidor de páginas da web Apache2 estão funcionando. Usando a ferramenta

“nmap”, instalada previamente, usamos o comando “nmap localhost”. Esse

comando exibe uma listagem relacionada das portas de comunicação abertas no

computador com o nome de cada processo que a esta usando. As portas que

devemos nos preocupar são: 80, 3306 e 5432, que correspondem respectivamente

aos processos apache2, mysql e postgresql, vide figura 21. Caso elas sejam

exibidas na listagem, o configuração dos mesmos foi um sucesso.

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Figura 21 – Listagem do “nmap”

A próxima configuração que deve ser feita é a do arquivo “php.ini”,

localizado no diretório “/etc/php5/apache2”. Na mesma janela do terminal, digite o

comando “sudo nano /etc/php5/apache2/php.ini”. Procure pela linha onde está

definida a variável “register_globals” e troque o valor “Off” por “On”.

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Figura 22 – Arquivo “php.ini”

Feito isso, testaremos os gerenciadores de banco de dados

PHPMyAdmin e PHPPgAdmin, respectivamente dos bancos MySQL e PostgreSQL.

Para isso, abra o navegador de internet, localizado na barra inferior da

tela e na barra de endereços, digite: “127.0.0.1/phpmyadmin” para o gerenciador do

MySQL e “127.0.0.1/phppgadmin” para o do PostgreSQL. Caso sejam exibidas as

telas de login, os mesmos estão configurados perfeitamente (Figura 23 e 24).

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Figura 23 – Tela de Login do PHPMyAdmin

Figura 24 – Tela de Login do PHPPgAdmin

Page 42: Tcc Versao Final

3.3 PERSONALIZANDO A APARÊNCIA DO SISTEMA.

Terminada a instalação e configuração dos programas, passamos para

a fase de personalização da aparência do sistema.

Definiremos o papel de parede padrão do sistema. Abra um terminal e

digite o comando “sudo mv /home/enpix/Pictures/fundo_enpix.jpg

/usr/share/xfce4/backdrops/.”. Essa linha de comando move a imagem

“fundo_enpix.jpg” que está localizada no diretório “/home/enpix/Pictures” para o

diretório “/usr/share/xfce4/backdrops” usando o mesmo nome. Adotaremos esse

diretório por já ser o padrão das imagens de fundo de tela do sistema DreamLinux.

Movido o arquivo, devemos agora configurá-lo como padrão. Para isso, abra o “DCP

Control Panel” na barra inferior da tela, clique em Xfce Settings. Na janela do

Gerenciador de Configurações do Xfce, clique em Área de Trabalho e no item

Arquivo selecione a imagem “fundo_enpix.jpg” e feche todas as janelas.

Figura 25 - Trocando papel de parede.

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Para trocar o Splash-Screen do sistema, vá até o diretório

“/home/enpix/.themes/DreamXFCE/balou”. Lá existe um arquivo chamado “logo.jpg”

que é a imagem inicial quando o sistema está sendo carregado. Renomeie-a e copie

a nova imagem com o mesmo nome, usando o comando “cp /home/enpix/Pictures/

fundo_enpix.jpg logo.jpg”, mantendo assim a imagem original.

Na próxima vez que a máquina for iniciada, a nova imagem já será

exibida.

Figura 26 – Renomeando imagem do Splash-Screen.

Use os mesmos passos para a tela de login do sistema. As imagens

estão localizadas no diretório “/usr/share/gdm/dreamgdm/”. Seguindo o mesmo

padrão, renomeie as imagens background.jpg e window_shadow.png e copie as

novas imagens, mantendo os nomes originais dentro do mesmo diretório.

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Figura 27 – Diretório “dreamgdm”

Como estamos fazendo a personalização do sistema, porque não

mudar também o imagem de fundo do gerenciador de boot GRUB?

Abra novamente um terminal e use o “apt-get” para instalar o programa

grub-splashimages.

Para adicionarmos a imagem de fundo no grub, inclua a linha

“splashimage=(hd0,0)/boot/grub/splashimages/nome_da_imagem.xpm.gz” no

início do arquivo menu.lst dentro da pasta “/boot/grub/”. Segundo o site

OsResources (2008), a imagem deve ser na resolução de 640x480 usando somente

14 cores.

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3.4 REMOVENDO OS PROGRAMAS PRÉ-INSTALADOS.

A remoção dos programas pode ser feita através da ferramenta

Synaptic, localizada na barra inferior da tela.

Na janela do programa, clique no botão ESTADO e depois em

Instalados, na listagem exibida acima do botão. Esse procedimento faz com a o

Synaptic liste apenas os pacotes que estão instalados no sistema, tornando a

localização dos mesmos mais fácil.

Selecione todos os pacotes indesejados, clicando com o botão direito

sobre eles e selecionando a opção “Marcar para Remoção Completa”. Feito isso,

clique no botão “Aplicar” barra de ferramentas. Uma caixa de diálogo de confirmação

será exibida. Selecione novamente “Aplicar”

Figura 28 – Tela do Synaptic

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3.5 GERANDO A IMAGEM .ISO DA NOVA DISTRIBUIÇÃO.

Concluída a etapa de remoção dos programas, estamos prontos para

gerar a nova imagem “.iso” que será, posteriormente, gravada na mídia de DVD.

Existe um pacote do próprio DreamLinux chamado “Live Remaster”,

que faz todo o trabalho necessário para criação desse arquivo “.iso”.

Abra um terminal e digite o seguinte comando: “sudo

/usr/local/bin/mkd_liveremaster.rb”. Será exibida uma janela, onde devemos

definir o nome da distribuição (no caso, ENPIX), selecionarmos a partição onde será

gerada a nova imagem (/dev/sda2), como na figura 29. Clique em “Aplicar” e

aguarde. Esse processo leva algumas horas para ser concluído. Esse tempo pode

ser alterado de acordo com a quantidade de memória e velocidade do processador

que está sendo usado.

Figura 29 – Tela do Live Remaster

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3.6 GRAVANDO A IMAGEM GERADA NA MÍDIA DE DVD

A gravação na mídia de DVD é muito simples. Use o “Brasero”,

disponível no menu principal, dentro do sub-menu Multimídia.

Abra o “Brasero”, clique no botão “Gravar imagem”. Na janela de

gravação, faça a seguinte configuração:

● Campo “Caminho”: o caminho da imagem, no caso “/dev/sda2/

ENPix/iso/enpix.iso”.

● Campo “Tipo da Imagem”: selecione a opção “Deixar o Brasero

escolher (mais seguro)”.

Figura 30 – Janela do “Brasero”

Clique no botão gravar e aguarde a finalização da gravação da mídia.

Sua novia distribuição está pronta para ser usada. Coloque a mídia no drive e

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reinicie o computador. Se tudo ocorreu bem, será exibida a nova tela de boot do seu

novo sistema operacional (Figura 31).

Figura 31 – Tela de boot do “GRUB”

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4. CONCLUSÃO

Ao final de todo o procedimento de personalização do sistema

operacional, podemos concluir que em alguns passos simples e um pouco de

criatividade, podemos customizar diversos tipos de sistemas operacionais Linux,

qualquer que seja sua distribuição, adaptado à necessidade de cada usuário ou

grupo de usuários, abrangendo um campo profissional promissor, onde há carência

de mão-de-obra especializada e competente.

Essa foi uma solução desenvolvida em pouco tempo, pensando em

facilitar manutenção de computadores dentro de uma instituição de ensino,

melhorando a qualidade do mesmo, poupando tempo e gastos.

Os procedimentos aqui usados, podem ser feitos para qualquer outro

tipo de solução baseada no DreamLinux.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DREAMLINUX – www.dreamlinux.com.br. Disponível em:

<http://www.ngsys.eti.br/screenshots/dl30screens/default-desktop.jpg>. Acesso em:

17 nov. 2008.

GOMES Júnior, Antônio. A computação pessoal e o Sistema Operacional Linux.

Guariba: , 2007.

GPL – General Public License, Licença Pública Geral. Disponível em:

<http://www.gnu.org/copyleft/gpl.txt>. Acesso em: 13 mai. 2008.

HEXSEL, Roberto. Definição de Software Livre. Disponível em:

<http://www.softwarelivre.gov.br/SwLivre>. Acesso em: 04 mar. 2008.

MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/

upd_blob/0008/8690.pdf>. Acesso em 29 mai. 2008.

MORIMOTO, Carlos Eduardo. Linux: Ferramentas Técnicas. 2 Ed. Porto Alegre:

Meridional, 2006.

MORIMOTO, Carlos Eduardo. A questão dos pacotes. Disponível em:

<http://www.gdhpress.com.br/kurumin7/leia/index.php?p=cap3-3>. Acesso em: 04

set. 2008.

OSResources – OSResources : Unix, Linux and BSD Guides. Disponível em:

<http://www.osresources.com/1_5_en.html>. Acesso em 03 nov. 2008.

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ANEXO I – Softwares Instalados e Removidos da Distribuição

Os pacotes retirados e incluídos na distribuição foram escolhidos

conforme a necessidade da grade curricular das Faculdades Integradas Logatti,

baseando-se nas matérias aplicadas durante os 8 semestres do curso de graduação

de Bacharelado em Sistemas de Informação. Todos eles foram adquiridos a partir

dos repositórios padrão do “apt-get” do DreamLinux.

Instalados:• Apache2;• Banco de Dados MySQL;• Biblioteca Python-GTK;• DIA;• Eclipse;• Glade2;• Lazarus;• LibApache2-mod-auth-mysql;• Pacote de Linguagem Português

do Brasil (pt_br);• PHPMyAdmin;• PHPPgAdmin;• PostgreSQL.

Removidos:• AviDemux;• Check-Mail;• EasyTag;• GThumb;• InkScape;• MediaPlayer;• PidGin Messenger;• RhythmBox;• Sound Converter;• Sound Juicer;• Sound Recorder;• Thunderbird Mail;

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ANEXO II – Licença GPL

GNU GENERAL PUBLIC LICENSEVersion 3, 29 June 2007

Copyright (C) 2007 Free Software Foundation, Inc. http://fsf.org/ Everyone is permitted to copy and distribute verbatim copies of this license document, but changing it is not allowed.

Preamble

The GNU General Public License is a free, copyleft license for software and other kinds of works.

The licenses for most software and other practical works are designed to take away your freedom to share and change the works. By contrast, the GNU General Public License is intended to guarantee your freedom to share and change all versions of a program--to make sure it remains free software for all its users. We, the Free Software Foundation, use the GNU General Public License for most of our software; it applies also to any other work released this way by its authors. You can apply it to your programs, too.

When we speak of free software, we are referring to freedom, not price. Our General Public Licenses are designed to make sure that you have the freedom to distribute copies of free software (and charge for them if you wish), that you receive source code or can get it if you want it, that you can change the software or use pieces of it in new free programs, and that you know you can do these things.

To protect your rights, we need to prevent others from denying you these rights or asking you to surrender the rights. Therefore, you have certain responsibilities if you distribute copies of the software, or if you modify it: responsibilities to respect the freedom of others.

For example, if you distribute copies of such a program, whether free or for a fee, you must pass on to the recipients the same freedoms that you received. You must make sure that they, too, receive or can get the source code. And you must show them these terms so they know their rights.

Developers that use the GNU GPL protect your rights with two steps:

(1) assert copyright on the software, and (2) offer you this License giving you legal permission to copy, distribute and/or modify it.

For the developers' and authors' protection, the GPL clearly explains that there is no warranty for this free software. For both users' and authors' sake, the GPL requires that modified versions be marked as changed, so that their problems will not be attributed erroneously to authors of previous versions.

Some devices are designed to deny users access to install or run modified versions of the software inside them, although the manufacturer can do so. This is fundamentally incompatible with the aim of protecting users' freedom to change the software. The systematic pattern of such abuse occurs in the area of products for individuals to use, which is precisely where it is most unacceptable. Therefore, we have designed this version of the GPL to prohibit the practice for those products. If such problems arise substantially in other domains, we stand ready to extend this provision to those domains in future versions of the GPL, as needed to protect the freedom of users.

Finally, every program is threatened constantly by software patents. States should not allow patents to restrict development and use of software on general-purpose computers, but in those that do, we wish to avoid the special danger that patents applied to a free program could make it effectively proprietary. To prevent this, the GPL assures that patents cannot be used to render the program non-free.

The precise terms and conditions for copying, distribution and modification follow.

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TERMS AND CONDITIONS

0. Definitions.

"This License" refers to version 3 of the GNU General Public License.

"Copyright" also means copyright-like laws that apply to other kinds of works, such as semiconductor masks.

"The Program" refers to any copyrightable work licensed under this License. Each licensee is addressed as "you". "Licensees" and "recipients" may be individuals or organizations.

To "modify" a work means to copy from or adapt all or part of the work in a fashion requiring copyright permission, other than the making of na exact copy. The resulting work is called a "modified version" of the earlier work or a work "based on" the earlier work.

A "covered work" means either the unmodified Program or a work based on the Program.

To "propagate" a work means to do anything with it that, without permission, would make you directly or secondarily liable for infringement under applicable copyright law, except executing it on a computer or modifying a private copy. Propagation includes copying, distribution (with or without modification), making available to the public, and in some countries other activities as well.

To "convey" a work means any kind of propagation that enables other parties to make or receive copies. Mere interaction with a user through a computer network, with no transfer of a copy, is not conveying.

An interactive user interface displays "Appropriate Legal Notices" to the extent that it includes a convenient and prominently visible feature that (1) displays an appropriate copyright notice, and (2) tells the user that there is no warranty for the work (except to the extent that warranties are provided), that licensees may convey the work under this License, and how to view a copy of this License. If the interface presents a list of user commands or options, such as a menu, a prominent item in the list meets this criterion.

1. Source Code.

The "source code" for a work means the preferred form of the work for making modifications to it. "Object code" means any non-source form of a work.

A "Standard Interface" means an interface that either is an official standard defined by a recognized standards body, or, in the case of interfaces specified for a particular programming language, one that is widely used among developers working in that language.

The "System Libraries" of an executable work include anything, other than the work as a whole, that (a) is included in the normal form of packaging a Major Component, but which is not part of that Major Component, and (b) serves only to enable use of the work with that Major Component, or to implement a Standard Interface for which na implementation is available to the public in source code form. A "Major Component", in this context, means a major essential component (kernel, window system, and so on) of the specific operating system (if any) on which the executable work runs, or a compiler used to produce the work, or an object code interpreter used to run it.

The "Corresponding Source" for a work in object code form means all the source code needed to generate, install, and (for an executable work) run the object code and to modify the work, including scripts to control those activities. However, it does not include the work's System Libraries, or general-purpose tools or generally available free programs which are used unmodified in performing those activities but which are not part of the work. For example, Corresponding Source includes interface definition files associated with source files for the work, and the source code for shared libraries and dynamically linked subprograms that the work is specifically designed to require, such as

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by intimate data communication or control flow between those subprograms and other parts of the work.

The Corresponding Source need not include anything that users can regenerate automatically from other parts of the Corresponding Source.

The Corresponding Source for a work in source code form is that same work.

2. Basic Permissions.

All rights granted under this License are granted for the term of copyright on the Program, and are irrevocable provided the stated conditions are met. This License explicitly affirms your unlimited permission to run the unmodified Program. The output from running a covered work is covered by this License only if the output, given its content, constitutes a covered work. This License acknowledges your rights of fair use or other equivalent, as provided by copyright law.

You may take, run and propagate covered works that you do not convey, without conditions so long as your license otherwise remains in force. You may convey covered works to others for the sole purpose of having them make modifications exclusively for you, or provide you with facilities for running those works, provided that you comply with the terms of this License in conveying all material for which you do not control copyright. Those thus making or running the covered works for you must do so exclusively on your behalf, under your direction and control, on terms that prohibit them from making any copies of your copyrighted material outside their relationship with you.

Conveying under any other circumstances is permitted solely under the conditions stated below. Sublicensing is not allowed; section 10 makes it unnecessary.

3. Protecting Users' Legal Rights From Anti-Circumvention Law.

No covered work shall be deemed part of an effective technological measure under any applicable law fulfilling obligations under article 11 of the WIPO copyright treaty adopted on 20 December 1996, or similar laws prohibiting or restricting circumvention of such measures.

When you convey a covered work, you waive any legal power to forbid circumvention of technological measures to the extent such circumvention is effected by exercising rights under this License with respect to the covered work, and you disclaim any intention to limit operation or modification of the work as a means of enforcing, against the work's users, your or third parties' legal rights to forbid circumvention of technological measures.

4. Conveying Verbatim Copies.

You may convey verbatim copies of the Program's source code as you receive it, in any medium, provided that you conspicuously and appropriately publish on each copy an appropriate copyright notice; keep intact all notices stating that this License and any non-permissive terms added in accord with section 7 apply to the code; keep intact all notices of the absence of any warranty; and give all recipients a copy of this License along with the Program.

You may charge any price or no price for each copy that you convey, and you may offer support or warranty protection for a fee.

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5. Conveying Modified Source Versions.

You may convey a work based on the Program, or the modifications to produce it from the Program, in the form of source code under the terms of section 4, provided that you also meet all of these conditions:

a) The work must carry prominent notices stating that you modified it, and giving a relevant date.

b) The work must carry prominent notices stating that it is released under this License and any conditions added under section 7. This requirement modifies the requirement in section 4 to "keep intact all notices".

c) You must license the entire work, as a whole, under this License to anyone who comes into possession of a copy. This License will therefore apply, along with any applicable section 7 additional terms, to the whole of the work, and all its parts, regardless of how they are packaged. This License gives no permission to license the work in any other way, but it does not invalidate such permission if you have separately received it.

d) If the work has interactive user interfaces, each must display Appropriate Legal Notices; however, if the Program has interactive interfaces that do not display Appropriate Legal Notices, your work need not make them do so.

A compilation of a covered work with other separate and independent works, which are not by their nature extensions of the covered work, and which are not combined with it such as to form a larger program, in or on a volume of a storage or distribution medium, is called na "aggregate" if the compilation and its resulting copyright are not used to limit the access or legal rights of the compilation's users beyond what the individual works permit. Inclusion of a covered work in an aggregate does not cause this License to apply to the other parts of the aggregate.

6. Conveying Non-Source Forms.

You may convey a covered work in object code form under the terms of sections 4 and 5, provided that you also convey the machine-readable Corresponding Source under the terms of this License, in one of these ways:

a) Convey the object code in, or embodied in, a physical product (including a physical distribution medium), accompanied by the Corresponding Source fixed on a durable physical médium customarily used for software interchange.

b) Convey the object code in, or embodied in, a physical product (including a physical distribution medium), accompanied by a written offer, valid for at least three years and valid for as long as you offer spare parts or customer support for that product model, to give anyone who possesses the object code either (1) a copy of the Corresponding Source for all the software in the product that is covered by this License, on a durable physical medium customarily used for software interchange, for a price no more than your reasonable cost of physically performing this conveying of source, or (2) access to copy the Corresponding Source from a network server at no charge.

c) Convey individual copies of the object code with a copy of the written offer to provide the Corresponding Source. This alternative is allowed only occasionally and noncommercially, and only if you received the object code with such an offer, in accord with subsection 6b.

d) Convey the object code by offering access from a designated place (gratis or for a charge), and offer equivalent access to the Corresponding Source in the same way through the same place at no further charge. You need not require recipients to copy the Corresponding Source along with the object code. If the place to copy the object code is a network server, the Corresponding Source may be on a different server (operated by you or a third party) that supports equivalent copying facilities, provided you maintain clear directions next to the object code saying where to find the Corresponding Source. Regardless of what server hosts the

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Corresponding Source, you remain obligated to ensure that it is available for as long as needed to satisfy these requirements.

e) Convey the object code using peer-to-peer transmission, provided you inform other peers where the object code and Corresponding Source of the work are being offered to the general public at no charge under subsection 6d.

A separable portion of the object code, whose source code is excluded from the Corresponding Source as a System Library, need not be included in conveying the object code work.

A "User Product" is either (1) a "consumer product", which means any tangible personal property which is normally used for personal, family, or household purposes, or (2) anything designed or sold for incorporation into a dwelling. In determining whether a product is a consumer product, doubtful cases shall be resolved in favor of coverage. For a particular product received by a particular user, "normally used" refers to a typical or common use of that class of product, regardless of the status of the particular user or of the way in which the particular user actually uses, or expects or is expected to use, the product. A product is a consumer product regardless of whether the product has substantial commercial, industrial or non-consumer uses, unless such uses represent the only significant mode of use of the product.

"Installatio n Information" for a User Product means any methods, procedures, authorization keys, or other information required to install and execute modified versions of a covered work in that User Product from a modified version of its Corresponding Source. The information must suffice to ensure that the continued functioning of the modified object code is in no case prevented or interfered with solely because modification has been made.

If you convey an object code work under this section in, or with, or specifically for use in, a User Product, and the conveying occurs as part of a transaction in which the right of possession and use of the User Product is transferred to the recipient in perpetuity or for a fixed term (regardless of how the transaction is characterized), the Corresponding Source conveyed under this section must be accompanied by the Installation Information. But this requirement does not apply if neither you nor any third party retains the ability to install modified object code on the User Product (for example, the work hás been installed in ROM).

The requirement to provide Installation Information does not include a requirement to continue to provide support service, warranty, or updates for a work that has been modified or installed by the recipient, or for the User Product in which it has been modified or installed. Access to a network may be denied when the modification itself materially and adversely affects the operation of the network or violates the rules and protocols for communication across the network.

Corresponding Source conveyed, and Installation Information provided, in accord with this section must be in a format that is publicly documented (and with an implementation available to the public in source code form), and must require no special password or key for unpacking, reading or copying.

7. Additional Terms.

"Additional permissions" are terms that supplement the terms of this License by making exceptions from one or more of its conditions. Additional permissions that are applicable to the entire Program shall be treated as though they were included in this License, to the extentthat they are valid under applicable law. If additional permissions apply only to part of the Program, that part may be used separately under those permissions, but the entire Program remains governed by this License without regard to the additional permissions.

When you convey a copy of a covered work, you may at your option remove any additional permissions from that copy, or from any part of it. (Additional permissions may be written to require their own removal in certain cases when you modify the work.). You may place additional permissions on material, added by you to a covered work, for which you have or can give appropriate copyright permission.

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Notwithstanding any other provision of this License, for material you add to a covered work, you may (if authorized by the copyright holders of that material) supplement the terms of this License with terms:

a) Disclaiming warranty or limiting liability differently from the terms of sections 15 and 16 of this License; or

b) Requiring preservation of specified reasonable legal notices or author attributions in that material or in the Appropriate Legal Notices displayed by works containing it; or

c) Prohibiting misrepresentation of the origin of that material, or requiring that modified versions of such material be marked in reasonable ways as different from the original version; or

d) Limiting the use for publicity purposes of names of licensors or authors of the material; or

e) Declining to grant rights under trademark law for use of some trade names, trademarks, or service marks; or

f) Requiring indemnification of licensors and authors of that material by anyone who conveys the material (or modified versions of it) with contractual assumptions of liability to the recipient, for any liability that these contractual assumptions directly impose on those licensors and authors.

All other non-permissive additional terms are considered "further restrictions" within the meaning of section 10. If the Program as you received it, or any part of it, contains a notice stating that it is governed by this License along with a term that is a further restriction, you may remove that term. If a license document contains a further restriction but permits relicensing or conveying under this License, you may add to a covered work material governed by the terms of that license document, provided that the further restriction does not survive such relicensing or conveying.

If you add terms to a covered work in accord with this section, you must place, in the relevant source files, a statement of the additional terms that apply to those files, or a notice indicating where to find the applicable terms.

Additional terms, permissive or non-permissive, may be stated in the form of a separately written license, or stated as exceptions; the above requirements apply either way.

8. Termination.

You may not propagate or modify a covered work except as expressly provided under this License. Any attempt otherwise to propagate or modify it is void, and will automatically terminate your rights under this License (including any patent licenses granted under the third paragraph of section 11).

However, if you cease all violation of this License, then your license from a particular copyright holder is reinstated (a) provisionally, unless and until the copyright holder explicitly and finally terminates your license, and (b) permanently, if the copyright holder fails to notify you of the violation by some reasonable means prior to 60 days after the cessation.

Moreover, your license from a particular copyright holder is reinstated permanently if the copyright holder notifies you of the violation by some reasonable means, this is the first time you have received notice of violation of this License (for any work) from that copyright holder, and you cure the violation prior to 30 days after your receipt of the notice.

Termination of your rights under this section does not terminate the licenses of parties who have received copies or rights from you under this License. If your rights have been terminated and not permanently reinstated, you do not qualify to receive new licenses for the same material under section 10.

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9. Acceptance Not Required for Having Copies.

You are not required to accept this License in order to receive or run a copy of the Program. Ancillary propagation of a covered work occurring solely as a consequence of using peer-to-peer transmission to receive a copy likewise does not require acceptance. However, nothing other than this License grants you permission to propagate or modify any covered work. These actions infringe copyright if you do not accept this License. Therefore, by modifying or propagating a covered work, you indicate your acceptance of this License to do so.

10. Automatic Licensing of Downstream Recipients.

Each time you convey a covered work, the recipient automatically receives a license from the original licensors, to run, modify and propagate that work, subject to this License. You are not responsible for enforcing compliance by third parties with this License.

An "entity transaction" is a transaction transferring control of an organization, or substantially all assets of one, or subdividing an organization, or merging organizations. If propagation of a covered work results from an entity transaction, each party to that transaction who receives a copy of the work also receives whatever licenses to the work the party's predecessor in interest had or could give under the previous paragraph, plus a right to possession of the Corresponding Source of the work from the predecessor in interest, if the predecessor has it or can get it with reasonable efforts.

You may not impose any further restrictions on the exercise of the rights granted or affirmed under this License. For example, you may not impose a license fee, royalty, or other charge for exercise of rights granted under this License, and you may not initiate litigation (including a cross-claim or counterclaim in a lawsuit) alleging that any patent claim is infringed by making, using, selling, offering for sale, or importing the Program or any portion of it.

11. Patents.

A "contributor" is a copyright holder who authorizes use under this License of the Program or a work on which the Program is based. The work thus licensed is called the contributor's "contributor version".

A contributor's "essential patent claims" are all patent claims owned or controlled by the contributor, whether already acquired or hereafter acquired, that would be infringed by some manner, permitted by this License, of making, using, or selling its contributor version, but do not include claims that would be infringed only as a consequence of further modification of the contributor version. For purposes of this definition, "control" includes the right to grant patent sublicenses in a manner consistent with the requirements of this License.

Each contributor grants you a non-exclusive, worldwide, royalty-free patent license under the contributor's essential patent claims, to make, use, sell, offer for sale, import and otherwise run, modify and propagate the contents of its contributor version.

In the following three paragraphs, a "patent license" is any Express agreement or commitment, however denominated, not to enforce a patent (such as an express permission to practice a patent or covenant not to sue for patent infringement). To "grant" such a patent license to a party means to make such an agreement or commitment not to enforce a patent against the party.

If you convey a covered work, knowingly relying on a patent license, and the Corresponding Source of the work is not available for anyone to copy, free of charge and under the terms of this License, through a publicly available network server or other readily accessible means, then you must either (1) cause the Corresponding Source to be so available, or (2) arrange to deprive yourself of the benefit of the patent license for this particular work, or (3) arrange, in a manner consistent with the requirements of this License, to extend the patent license to downstream recipients. "Knowingly relying" means you have actual knowledge that, but for the patent license, your conveying the covered work in a country, or your recipient's use of the covered work in a country, would infringe one or more identifiable patents in that country that you have reason to believe are valid.

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If, pursuant to or in connection with a single transaction or arrangement, you convey, or propagate by procuring conveyance of, a covered work, and grant a patent license to some of the parties receiving the covered work authorizing them to use, propagate, modify or convey a specific copy of the covered work, then the patent license you grant is automatically extended to all recipients of the covered work and works based on it.

A patent license is "discriminatory" if it does not include within the scope of its coverage, prohibits the exercise of, or is conditioned on the non-exercise of one or more of the rights that are specifically granted under this License. You may not convey a covered work if you are a party to an arrangement with a third party that is in the business of distributing software, under which you make payment to the third party based on the extent of your activity of conveying the work, and under which the third party grants, to any of the parties who would receive the covered work from you, a discriminatory patent license (a) in connection with copies of the covered work conveyed by you (or copies made from those copies), or (b) primarily for and in connection with specific products or compilations that contain the covered work, unless you entered into that arrangement, or that patent license was granted, prior to 28 March 2007.

Nothing in this License shall be construed as excluding or limiting any implied license or other defenses to infringement that may otherwise be available to you under applicable patent law.

12. No Surrender of Others' Freedom.

If conditions are imposed on you (whether by court order, agreement or otherwise) that contradict the conditions of this License, they do not excuse you from the conditions of this License. If you cannot convey a covered work so as to satisfy simultaneously your obligations under this License and any other pertinent obligations, then as a consequence you may not convey it at all. For example, if you agree to terms that obligate you to collect a royalty for further conveying from those to whom you convey the Program, the only way you could satisfy both those terms and this License would be to refrain entirely from conveying the Program.

13. Use with the GNU Affero General Public License.

Notwithstanding any other provision of this License, you have permission to link or combine any covered work with a work licensed under version 3 of the GNU Affero General Public License into a single combined work, and to convey the resulting work. The terms of this License will continue to apply to the part which is the covered work, but the special requirements of the GNU Affero General Public License, section 13, concerning interaction through a network will apply to the combination as such.

14. Revised Versions of this License.

The Free Software Foundation may publish revised and/or new versions of the GNU General Public License from time to time. Such new versions will be similar in spirit to the present version, but may differ in detail to address new problems or concerns.

Each version is given a distinguishing version number. If the Program specifies that a certain numbered version of the GNU General Public License "or any later version" applies to it, you have the option of following the terms and conditions either of that numbered version or of any later version published by the Free Software Foundation. If the Program does not specify a version number of the GNU General Public License, you may choose any version ever published by the Free Software Foundation.

If the Program specifies that a proxy can decide which future versions of the GNU General Public License can be used, that proxy's public statement of acceptance of a version permanently authorizes you to choose that version for the Program.

Later license versions may give you additional or different permissions. However, no additional obligations are imposed on any author or copyright holder as a result of your choosing to follow a later version.

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15. Disclaimer of Warranty.

THERE IS NO WARRANTY FOR THE PROGRAM, TO THE EXTENT PERMITTED BY APPLICABLE LAW. EXCEPT WHEN OTHERWISE STATED IN WRITING THE COPYRIGHT HOLDERS AND/OR OTHER PARTIES PROVIDE THE PROGRAM "AS IS" WITHOUT WARRANTY OF ANY KIND, EITHER EXPRESSED OR IMPLIED, INCLUDING, BUT NOT LIMITED TO, THE IMPLIED WARRANTIES OF MERCHANTABILITY AND FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE. THE ENTIRE RISK AS TO THE QUALITY AND PERFORMANCE OF THE PROGRAM IS WITH YOU. SHOULD THE PROGRAM PROVE DEFECTIVE, YOU ASSUME THE COST OF ALL NECESSARY SERVICING, REPAIR OR CORRECTION.

16. Limitation of Liability.

IN NO EVENT UNLESS REQUIRED BY APPLICABLE LAW OR AGREED TO IN WRITING WILL ANY COPYRIGHT HOLDER, OR ANY OTHER PARTY WHO MODIFIES AND/OR CONVEYS THE PROGRAM AS PERMITTED ABOVE, BE LIABLE TO YOU FOR DAMAGES, INCLUDING ANY GENERAL, SPECIAL, INCIDENTAL OR CONSEQUENTIAL DAMAGES ARISING OUT OF THE USE OR INABILITY TO USE THE PROGRAM (INCLUDING BUT NOT LIMITED TO LOSS OF DATA OR DATA BEING RENDERED INACCURATE OR LOSSES SUSTAINED BY YOU OR THIRD PARTIES OR A FAILURE OF THE PROGRAM TO OPERATE WITH ANY OTHER PROGRAMS), EVEN IF SUCH HOLDER OR OTHER PARTY HAS BEEN ADVISED OF THE POSSIBILITY OF SUCH DAMAGES.

17. Interpretation of Sections 15 and 16.

If the disclaimer of warranty and limitation of liability provided above cannot be given local legal effect according to their terms, reviewing courts shall apply local law that most closely approximates an absolute waiver of all civil liability in connection with the Program, unless a warranty or assumption of liability accompanies a copy of the Program in return for a fee.

END OF TERMS AND CONDITIONS

How to Apply These Terms to Your New Programs

If you develop a new program, and you want it to be of the greatest possible use to the public, the best way to achieve this is to make it free software which everyone can redistribute and change under these terms.

To do so, attach the following notices to the program. It is safest to attach them to the start of each source file to most effectively state the exclusion of warranty; and each file should have at least the "copyright" line and a pointer to where the full notice is found.

<one line to give the program's name and a brief idea of what it does.>Copyright (C) <year> <name of author>.

This program is free software: you can redistribute it and/or modify it under the terms of the GNU General Public License as published bythe Free Software Foundation, either version 3 of the License, or (at your option) any later version. This program is distributed in the hope that it will be useful, but WITHOUT ANY WARRANTY; without even the implied warranty of MERCHANTABILITY or FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE. See the GNU General Public License for more details. You should have received a copy of the GNU General Public License along with this program. If not, see <http://www.gnu.org/licenses/>.

Also add information on how to contact you by electronic and paper mail.

If the program does terminal interaction, make it output a short notice like this when it starts in an interactive mode:

<pogram> Copyright (C) <year> <name of author>. This program comes with ABSOLUTELY NO WARRANTY; for details type `show w'. This is free software, and you are welcome to redistribute it under certain conditions; type `show c' for details.

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The hypothetical commands `show w' and `show c' should show the appropriate parts of the General Public License. Of course, your program's commands might be different; for a GUI interface, you would use an "about box".

You should also get your employer (if you work as a programmer) or school, if any, to sign a "copyright disclaimer" for the program, if necessary. For more information on this, and how to apply and follow the GNU GPL, see <http://www.gnu.org/licenses/>.

The GNU General Public License does not permit incorporating your program into proprietary programs. If your program is a subroutine library, you may consider it more useful to permit linking proprietary applications with the library. If this is what you want to do, use the GNU Lesser General Public License instead of this License. But first, please read <http://www.gnu.org/philosophy/why-not-lgpl.html>.