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CONGRESSO DA FEEB9 E 10 DE DEZEMBRO, em Salvador

Edição Diária 7341 | Salvador, quinta-feira, 23.11.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

TEATRO RAUL SEIXAS

Caixa limita o número de empregados

Depois de usar, Neto joga Geddel para escanteio

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A sexta-feira promete ser uma noite de brilho e muita festa. A expectativa é grande para a inauguração do Teatro Raul Seixas, marcada para as

Noite de brilho18h, no Sindicato dos Bancários da Bahia. Salvador ganha mais um importante local para as manifestações artísticas. Página 3

Pelo Raul Seixas, passaram diversos espetáculos teatrais e eventos artísticos. Novo teatro é mais um local de fomento à cultura para os bancários e população soteropolitana

fotos: joão ubaldo

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 23.11.20172 TEATRO RAUL SEIXAS

Local já recebeu grandes nomes da música e do teatro da Bahia e do BrasilRoSe LimAimprensa@bancariosbahia.org.br

joão ubaldo - arquivo

joão ubaldo - arquivo

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Palco de grandes espetáculos

informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, mercês, Centro, Salvador-Bahia. CeP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: Rogaciano medeiros - Reg. mTe 879 DRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. mTe 4645 DRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz Leal - Reg. mTe 4590 DRT-BA e Renata Andrade- Reg. mTe 4409 SRTe-BA . Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

O RAUL Seixas ganha um novo conceito. A reforma da fachada do Sindicato agre-gou novo valor ao local, que passa a contar com um requintado foyer e um café, para o público se encontrar antes dos espetáculos. No foyer, ainda acontecem exposições.

O ponto de encontro no Centro da ci-dade, que vai funcionar de quinta a sába-do, terá atrações musicais, teatro, poesia, literatura, debates filosóficos e políticos, e muito mais.

A INAUGURAçãO do Teatro Raul Seixas, que acontece amanhã, é a reafirmação do apoio integral que o Sindicato dos Bancá-

rios da Bahia sempre dedicou à cultura. Criado há 26 anos, o local é um baú de boas lembranças que ajudam a contar a história artística de Salvador.

Eventos memoráveis marcam a traje-tória do Raul, o Troféu Caymmi e a Jor-nada Internacional de Cinema da Bahia são dois dos muitos exemplos. O público também deu gargalhadas de doer a barri-ga e a “dentadura voar” com espetáculos marcantes, como A Bofetada e a Árvore

dos Mamulengos. Mas, o teatro vai muito além da comé-

dia e o Raul já abriu as cortinas para muitas outras histórias, inclusive as da nossa gen-te, como Deus Danado. No âmbito musical mais sucesso com shows de Elisa Lucinda, Margareth Menezes, Mariene de Castro, Luiz Caldas. Grandes nomes da MPB que fizeram o Raul lotar.

Arte para a conscientizaçãoA ARTE vai muito além da descontração e o Sindicato dos Bancários da Bahia sabe disso. Ao longo dos anos, o palco do Raul Seixas serviu também para conscientizar sobre a realidade desigual do Brasil e as dificuldades vivenciadas diariamente pe-los bancários.

Do Raul para as agências. De forma bri-lhante, o Sindicato levou a arte para o am-biente de trabalho da categoria. Era uma maneira de descontrair e conscientizar trabalhador e cliente que não podem estar sempre no Raul Seixas.

Hoje, as peças teatrais são sucesso total durante a campanha salarial. Mas, são pre-senças certas também nas manifestações de rua. Tudo sob o comando certeiro da dire-tora de Cultura, Alda Valéria.

Show inesquecível de michaela HarrisonA INAUGURAçãO do Raul Seixas tem de ser em grande estilo. Para um evento gran-dioso, um show marcante. Dona de uma bela e inesquecível voz, Michaela Harrison se apresenta na abertura do teatro, na sex-ta-feira, às 18h, no Sindicato dos Bancários da Bahia, Mercês. A entrada é gratuita.

Quem comparecer não vai se arrepender. A norte-americana tem um estilo musical completo. Vai do blues à musica africana como ninguém. Além do reggae, a MPB também está na veia da cantora. Com um repertório musical tão eclético, é fácil agra-dar a todos. Ao público agora só resta con-tar as horas para ver o show.

O teatro

o Raul já recebeu grandes espetáculos, como A Bofetada e Árvore dos mamulengos. Vem mais por aí

Teatro também nas manifestações nas agências

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quinta-feira, 23.11.2017 3DESMONTE

Banco limita número de empregados. Sucateamento totalANA BeATRiz LeAL imprensa@bancariosbahia.org.br

joão ubaldo

Caixa congela quadro de pessoal em 90 mil

PRIvATIZAR tudo o que puder para ceder à cobiça do grande capital, sobretudo o es-trangeiro. É por isso que o governo Temer tem investido pesado no desmonte dos ban-cos públicos. A intenção é reduzir o papel social das estatais.

Para discutir o assunto, a Câmara Fe-deral realiza o debate "Os impactos da re-estruturação dos Bancos Públicos na eco-

SEM descanso, Temer age de forma acelerada para desmon-tar a Caixa. O governo alterou o limite do quadro de pessoal do banco, através de portaria da SEST (Secretaria de Coordena-ção e Governança das Empresas Estatais), e fixou em 90 mil o nú-mero máximo de empregados.

A instituição enxuga cada vez mais o quadro. Em junho des-te ano, eram 93.251 bancários. Hoje, são cerca de 87 mil empre-gados. Em 2017, a Caixa fechou 6.827 vagas. Do total, 3.039 em março e 2.302 em agosto.

A realidade do banco é de so-brecarga de trabalho. Apenas em 2014, foram 681 emprega-dos afastados em decorrência de transtornos mentais e 558

por distúrbios osteomusculares (LER/Dort), conforme o Anu-ário Estatístico da Previdência Social. A situação se agravou após a saída de milhares de fun-cionários através dos PDVEs (Programas de Desligamento Voluntário Extraordinário).

Vale lembrar que a Cai-xa descumpre a cláusula 50 do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015. À época se compro-meteu a contratar 2 mil novos empregados, o que elevaria para

103 mil o total de trabalhadores. O Sindicato dos Bancários

da Bahia move ação para co-brar o cumprimento do do-cumento e a admissão dos funcionários. “Continuamos lutando por novas contratações para que os trabalhadores não fiquem sobrecarregados e por melhores condições de atendi-mento à população nas agên-cias, que estão abarrotadas”, afirma o presidente da entida-de, Augusto Vasconcelos.

Funcionários debatem demandasFUNCIONáRIOS do Itaú e direção da empresa começa-ram a debater o termo aditi-vo à CCT (Convenção Cole-tiva de Trabalho) 2016/2018. Durante mesa de negociação, a COE (Comissão de Orga-nização dos Empregados) e a Fenaban (Federação Nacio-nal dos Bancos) discutiram as cláusulas 62 e 65 da Con-venção, além de outros inte-resses dos bancários.

Em relação à cláusula de 62, os trabalhadores irão criar um grupo de monito-ramento para acompanhar as realocações e reclassifica-ção. Já sobre a cláusula 65, as partes entendem que o tema referente ao adiantamento emergencial de salários nos períodos transitórios de afas-tamento por doença deve continuar sendo debatido na mesa permanente do GT de Saúde. Representou os ban-cários da Bahia, o diretor da Federação Onísio Machado.

Desmonte dos públicos na Câmaranomia brasileira", de autoria do deputado federal Daniel Almeida (PcdoB-BA).

A atividade, realizada no plenário da Casa, acontece no dia 5 de dezembro, às 11h, e contará com explanação do pre-sidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. Cada líder partidário indica dois representantes para falar no púlpito.

Fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país, os bancos pú-blicos atuam como reguladores do mercado nas taxas e nos juros, além disso são man-tenedores de diversos programas sociais em diversas áreas, a exemplo da agricultura.

Temer parece ter aprendido com Fer-nando Henrique Cardoso. À época que es-tava à frente do Brasil, de 1995 a 2002, o presidente abusou das privatizações. O tu-cano desestatizou muitas empresas como a Vale do Rio Doce, o Banespa e venda de ferrovias e rodovias.

A AFBNB (Associação dos Funcionários do BNB) recebeu o prêmio "Selo Participação Legislativa", entregue pela CLP (Comissão de Legislação Participativa), na terça-feira. A premiação representa a importância das enti-dades da sociedade civil que participaram ati-vamente na Câmara Federal no ano passado.

A AFBNB foi premiada na categoria "Maior número de sugestões apontadas em 2016" e mostra a força da luta da categoria em prol dos trabalhadores que sofrem com os ataques neoliberais do governo Temer.

Das quatro sugestões à CLP, uma vi-rou projeto de lei: a 86/2016, transforma-da no PL 7979/2017- que propõe prote-ção legal aos dirigentes e representantes de associações de trabalhadores, reco-mendando tratamento isonômico e aná-logo ao dispensado aos dirigentes ou re-presentantes sindicais.

Atuação da AFBNBgarante premiação

Na contramão, a Caixa reduz o número de bancário e piora atendimento

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 23.11.20174

SAQUE

JUSTIçA

Prefeito recorre ao TRe para esconder ligação com o ex-ministro. Aliança é públicaRogACiANo meDeiRoS imprensa@bancariosbahia.org.br

O desespero de Neto para deletar Geddel

PERSEGUIçãO A Justiça que nega a absolvição da mulher do ex-presidente Lula, Marisa Letícia, já falecida, condenada sem provas, é a mesma que inocentou a esposa de Eduardo Cunha. A jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, ex-Globo, absol-vida pelo juiz Sérgio Moro, tinha, comprovadamente, contas bancárias no exterior abastecidas com dinheiro de propina cobrada pelo marido. E ainda há quem duvide que o Brasil vive um Estado de exceção.

PALHAçADA A foto do novo diretor-geral da Polícia Fe-deral, Fernando Segóvia, fantasiado de palhaço, durante ato pelo impeachment, leva a uma analogia: o que aconteceria ao principal dirigente do FBI se fosse flagrado em ato contra o presidente dos Estados Unidos? Estaria destruído. Cairia no ostracismo. Ao agente de Estado, a liberdade política partidá-ria tem caráter estritamente privado.

COLIGADO Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continua dando as cartas no governo Temer. Mesmo preso pela PF, conseguiu emplacar Carlos Marun (PMDB-MS), um dos seus principais aliados, na Secretaria de Governo, responsável pela articulação política. Entra no lugar de Antônio Imbassahy (PSDB-BA), acusado pela própria base governista de problemático, arrogante e incompetente.

FRITURA A atitude de 71 procuradores municipais de Curitiba (PR), que se retiraram de um evento, terça-feira, em protesto contra a presença do juiz Sérgio Moro na solenidade de abertura, não deixa dúvida. O mandarim da Lava Jato não engana mais ninguém. A casa está caindo. Os golpistas usa-ram ele como quiseram e agora estão fritando-o.

RICAçOS A anunciada decisão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços de reduzir drasticamente a car-ga tributária de carros de alto luxo, permitirá que um veículo das marcas Audi, BMW, Land Rover, Jaguar ou Mercedes pa-gue bem menos imposto do que um popular do tipo Fiat Uno 1.0. Pois é, no governo Temer só os ricaços têm vez.

A DECISãO do juiz correge-dor Fábio Alexsandro Costa Bastos, do Tribunal Regional Eleitoral, de impedir o PT de ligar a imagem de ACM Neto (DEM) ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), preso pela PF, e de culpar o prefei-to de Salvador pela suspensão de um empréstimo de R$ 600 milhões para a Bahia, permite duas interpretações.

Primeiro, coloca sob suspeita a própria decisão, pois Salvador, a Bahia e o Brasil inteiro sabem que há quase 15 anos Geddel e Neto caminham juntinhos na disputa pelo poder na capital e no Estado. É fato de domínio público. Incontestável.

Segundo, revela o caráter deformado do prefeito ingra-

to, que usou e abusou de Ge-ddel quando ele era poderoso e agora quer deletá-lo por ter se tornado inconveniente poli-ticamente, depois do f lagran-te dos R$ 51 milhões apreen-didos em um apartamento em Salvador, segundo a PF di-nheiro oriundo de cobrança de propina.

A decisão do juiz do TRE não tem o poder de apagar das lem-branças do povo, as imagens de Neto e Geddel, coladinhos, um elogiando o outro, em diversos eventos políticos.

Prefeito aCM Neto usou e abusou de Geddel quando ele era poderoso

A República no picadeirovIRALIZA nas redes sociais foto do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Se-góvia, travestido de palhaço, em uma manifestação pelo im-peachment da presidenta Dil-ma Rousseff, ano passado.

Conduzido ao cargo justa-mente por aqueles que deve-ria investigar - Temer, Padilha, Jucá, Moreira e Sarney -, ele tem cumprido muito bem a tarefa de “estancar a sangria”.

Há menos de 15 dias na di-reção geral da Polícia Federal, já anunciou o fim da Opera-ção Lava Jato para o início de 2018, sob o argumento de ser incompatível manter as inves-tigações em ano eleitoral, e afirmou que a mala de dinhei-ro f lagrada com Rocha Loures (PMDB-PR) não é prova para incriminar Temer.

Justiça proíbe propaganda que vinculava ACm Neto a geddel Vieira Lima

Diretor da PF em ato a favor do golpe