Tecido conjuntivo e epitelial 2o a

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TECIDO CONJUNTIVO

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TECIDO CONJUNTIVO

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Especializados em revestir e proteger todas as superfícies do organismo, os tecidos epiteliais são formados por células juntapostas e geralmente poliédricas. Essa juntaposição celular acarreta a escassez de substâncias intercelulares nos tecidos epiteliais.

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Por serem também desprovidos de vasos sangüíneos, os epitélios são nutridos pelo tecido subjacente, que é o tecido conjuntivo. De fato, os vasos capilares sangüíneos chegam somente até o tecido conjuntivo, onde fornecem os nutrientes necessários para a manutenção de vidas nas células. O tecido conjuntivo, por difusão, passa parte do material nutritivo para o epitélio.

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Assim , justifica-se o fato de se encontrarem células vivas no epitélio, embora esse tecido não seja vascularizado.

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Membrana basal: alimentação e suporte ao tecido epitelial

O epitélio não se encontra apoiado diretamente na lâmina própia. Entre ambos existe uma camada acelular, constituída de proteínas e glicoproteínas, chamada membrana basal Essa membrana, permeável aos nutrientes provindo da lâmina própria, permite que o epitélio seja convenientemente alimentado, além de servi-lhe de suporte, promovendo sua eficiente fixação no tecido conjuntivo subjacente.

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Tipos de tecidos epiteliais

Além de revestir e proteger as superfícies do organismo, os epitélios têm ainda o papel de elaborar secreções. Pode-se, então, reconhecer dois tipos básicos de tecidos epiteliais: de revestimento ou protetores e glandulares ou secretores.

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Os epitélios de revestimento

Recobrindo as camadas mais superficiais da pele e "atapetando" todas as superfícies internas do corpo, os epitélios de revestimento constituem a camada limítrofe entre a matéria viva e o meio ambiente. Isso significa que qualquer substância, para entrar ou sair do organismo, precisa, necessariamente, atravessar o tecido epitelial

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. Quando uma pessoa digere determinado alimento, o fluxo do bolo alimentar ocorre no sentido boca -> faringe -> esôfago -> estômago -> intestino. Porém, enquanto o alimentopermanece dentro de qualquer um desses órgãos, a rigor ele se encontra fora do organismo. Apenas quando as partículas alimentares atravessam, por exemplo, o epitélio que reveste internamente o intestino, e passa para o interior dos vasos sangüíneos, podemos dizer que o alimento penetrou verdadeiramente no organismo.

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Nos vertebrados, a associação entre o epitélio e o tecido conjuntivo que lhe serve de suporte, revestindo as superfícies internas do organismo, constitue a pele. Quando essa associação revesteas cavidadesinternas que se comunicam com o meio externo temos as membranas mucosas, como a mucosa bucal, a gástrica, a nasal, a intestinal etc. A associação que reveste as cavidades internas são chamadas membranas serosas (que reveste o pulmão). o pericárdio (que reveste o coração) e o peritônio (que reveste os órgão abdominais).

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Nos vertebrados, a pele é constituídas por duas porções: a epiderme - formada por tecido epitelial - e derme - formada por tecido conjuntivo.

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Número de camadas celulares. Levando em conta o número de camadas que constitue o epitélio pode ser:

simples - quando formado por apenas uma camada de células;

estratificado - quando formado por duas ou várias camadas de células;

pseudo-estratificado - quando formado por apenas uma camada de célula, de tamanhos diferentes, que conferem ao epitélio uma aparente estratificação; na verdade, trata-se de uma variação do epitélio simples.

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Formato celular. Tomando por base o formato das células que o compõem, o epitélio de revestimento pode ser:

pavimentoso ou plano - quando as células são achatadas em forma de ladrilhos;

prismático ou colunar - quando as células têm a forma de prismas;

cúbico - quando as células têm a forma de um cubo;

de transição - quando constituídos por várias camadas de células dotadas de grande flexibilidade e cujo o formato varia, conforme a distensão ou contração dos órgãos onde ocorre.

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Tipos de epitélios Exemplos de ocorrência no corpo humano

pavimentoso simples revestimento interno dos vasos sangüíneos, pericárdio

cúbico simples revestimento ovariano

prismático simples revestimento do estômago e intestino

pavimentoso estratificado revestimento da pele (epiderme), boca e esôfago

cúbico estratificado conjuntiva do olho

prismático estratificado epiglote e uretra masculina

pseudo-estratificado revestimento da traquéia, fossas nasais e brônquios

transição revestimento interno da bexiga e das vias urinárias

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Os epitélios glandulares

Com função secretora, os epitélios glandulares se originam de grupos de células que proliferam a partir dos epitélios de revestimento, formando as glândulas

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Critérios de classificações das glândulas

Existem três critérios de classificação das glândulas: quanto ao local onde a secreção é eliminada, quanto ao modo de eliminaras secreções e quanto ao número de células que formam a glândula.

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Local de eliminação das secreções. 

Dependendo do local em que eliminam suas secreções as glândulas classificam-se em:

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exócrinas - eliminam o produto elaborado na superfície do epitélio de revestimento que originou a glândula; para tanto, as glândulas exócrinas são dotadas de dutos ou canais que transportam a secreção desde a glândula até o epitélio; exemplos: glândulas sudoríporas, mammárias, lacrimais, sebáceas e salivares.

endócrinas - não tem contato físico com o epitélio do qual se originam; são desprovidas de dutos ou canais transportadores, sendo suas secreções coletadas por vasos sangüíneos; tais secreções são chamadas de hormônios; exemplo de glândulas endócrinas: hipófise, tireóide, adrenais, ovários e testículos.

anficrinas ou mistas - apresentam duplo comportamento, isto é, são ao mesmo tempo exócrinas e endócrinas; o pâncreas, por exemplo, tem atividade exócrina quando elabora e elimina o suco pancreático, com função digestiva; tem atividade endócrina ao elaborar a insulina e o glucagon, hormônios que regulam a glicêmia

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Modo de eliminação das secreções.

As secreções glandulares são eliminadas de diversas maneiras. De acordo com esse critério, existem glândulas:

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merócrinas - as células eliminam exclusivamente os produtos secretados; exemplos: glândulas lacrimais, salivares e sudoríporas;

holócrinas - as células se desintegram e são eliminadas juntamente com o produto; neste caso, a atividade da glândula é mantidapor um contínuo processo de renovação celular; exemplo: glândulas sebáceas dos mamíferos;

apócrinas ou holomerócrinas - as células eliminam a secreção juntamente com parte de seu conteúdo protoplasmático; em seguida, a célulasecretora regenera-se; exemplo: glândulas mamárias.

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Número de células

Considerando o número de células que constitui as glândulas, estas podem ser:

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unicelulares - compõem-se de uma única célula; exemplo: glândulas caliciformes das fossas nasais, cuja função é secretar o muco, uma substância de caráter viscoso que retém as partículas do ar no tubo respiratório;

pluricelulares - constituídas por grupos de células, podendo ser tubulares (quando a região secretora tem a forma de um túbulo, com diâmentro relativamente constante), alveolares ou acinosas (quando a região secretora é arredondada) e túbulo-alveolaresa (quando a região secretora tem forma intermediária entre as dusa, isto é, não é totalmente tubular nem totalmente alveolar).

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Considerações sobre os epitélios

As células epidérimicas mais externas da pele de animais como os répteis, as aves e os mamíferos, principalmente, são impregnadas por uma proteína impermeabilizante deminada queratina. Uma vez impermeabilizadas, tais células ficam impedidas de receber nutrientes e morrem. Esse conjunto morto, descamativo e queratinizado de células constitui a chamada camada córnea. A presença de queratina na epiderme garante uma eficiente proteção ao animal contra uma desidratação excessiva. Por esse motivo, pode-se dizer que a queratina contribui para a adaptação da vida terrestre. Além disso, por ser de difícil decomposição, a queratina aumenta a resistência do epitélio a invasão microbiana.

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Na superfície epidérmica podem ser encontrados milhões de microrganismos por centímetro quadrado. Embora a maioria seja inofensiva, compreende-se a importância protetora da camada córnea queratinizada.

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Nas traquéias e nos brônqios das vias respiratórias o epitélio é pseudo-estratificado ciliado. Em fumantes crônicos, sob a ação irritante dos componentes do fumo, esse tecido é gradativamente substituído por um epitélio pavimentoso estratificado que, além de renovar-se mais rapidamente, é mais resitente que o pseudo-estratificado. A esse processo de mudança de um tipo de tecido para outro dá-se o nome de metaplasia.

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O epitélio pavimentoso prismático do intestino apresenta inúmeras microvilosadades, isto é, expansões da membrana plasmática das células epiteliais. As microvilosidades aumentam considervelmente a superfície de absorção dos alimentos.

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