TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO

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Tecido ósseo 1 Introdução As pessoas são estimuladas a limitar o consumo alimentar e exercitar-se regularmente para evitar a obesidade e se manter saudáveis. Mas as pessoas que não mantem essa conduta podem comprometer a saúde seus ossos. Pode ocorrer osteoporose prematura em mulheres jovens que apresentaram irregularidade menstrual prolongada, a qual frequentemente é causada por dietas extremas e exercícios excessivos. Essas mulheres apresentam baixo nível de estrogênio, os hormônios que ajudam a conservar fortes os ossos. O comportamento dietético extremo pode corresponder a uma ingestão mínima de cálcio, o que então limita a capacidade osteogênica do corpo. Pessoas que constroem ossos fortes durante a adolescência e a vida adulta, reduzem sua probabilidade de desenvolverem osteoporose mais tarde, na vida. Apesar da sua aparência simples o osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico que é reconstruído continuamente, um novo osso e construído quando o osso antigo e quebrado. Cada osso individual é um órgão, por ser composto de vários tecidos diferentes que funcionam em conjunto: osso, cartilagem, tecidos conjuntivos densos, epitélio, vários tecidos hematopoiéticos e tecido nervoso. A estrutura dos ossos e cartilagens constitui o sistema esquelético. 1.1 TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO O tecido ósseo é um exemplo excepcional de tecido conjuntivo especializado, constituído para formar um tecido vivo de grande resistência. Esse tecido tem a função de sustentação, proteção, locomoção (como alavanca e apoio para os músculos), e atua como depositário dos tecidos

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Tecido ósseo

1 Introdução

As pessoas são estimuladas a limitar o consumo alimentar e exercitar-se

regularmente para evitar a obesidade e se manter saudáveis. Mas as pessoas que

não mantem essa conduta podem comprometer a saúde seus ossos. Pode ocorrer

osteoporose prematura em mulheres jovens que apresentaram irregularidade

menstrual prolongada, a qual frequentemente é causada por dietas extremas e

exercícios excessivos. Essas mulheres apresentam baixo nível de estrogênio, os

hormônios que ajudam a conservar fortes os ossos. O comportamento dietético

extremo pode corresponder a uma ingestão mínima de cálcio, o que então limita a

capacidade osteogênica do corpo. Pessoas que constroem ossos fortes durante a

adolescência e a vida adulta, reduzem sua probabilidade de desenvolverem

osteoporose mais tarde, na vida.

Apesar da sua aparência simples o osso é um tecido vivo, complexo e

dinâmico que é reconstruído continuamente, um novo osso e construído quando o

osso antigo e quebrado. Cada osso individual é um órgão, por ser composto de

vários tecidos diferentes que funcionam em conjunto: osso, cartilagem, tecidos

conjuntivos densos, epitélio, vários tecidos hematopoiéticos e tecido nervoso. A

estrutura dos ossos e cartilagens constitui o sistema esquelético.

1.1 TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO

O tecido ósseo é um exemplo excepcional de tecido conjuntivo especializado,

constituído para formar um tecido vivo de grande resistência.

Esse tecido tem a função de sustentação, proteção, locomoção (como

alavanca e apoio para os músculos), e atua como depositário dos tecidos

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hemocitopoiéticos, tanto quanto reservatório de cálcio e fósforo e ocorre nos ossos

do esqueleto dos vertebrados. Uma pessoa adulta possui duzentos e seis ossos

responsável por 14% da massa corporal e com cerca de 45cm de comprimento o

fêmur é o maior osso do corpo e os menores ossos são o da orelha com cerca de

0,25cm chamados de martelo bigorna e estribo. É um tecido rígido graças à

presença de matriz rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses

elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao

osso. Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo,

apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso.

Fonte:

www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php

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O tecido ósseo é um exemplo excepcional de tecido conjuntivo especializado,

constituído para formar um tecido vivo de grande resistência.

Esse tecido tem a função de sustentação, proteção, locomoção (como

alavanca e apoio para os músculos), e atua como depositário dos tecidos

hemocitopoiéticos, tanto quanto reservatório de cálcio e fósforo e ocorre nos ossos

do esqueleto dos vertebrados. Uma pessoa adulta possui duzentos e seis ossos

responsável por 14% da massa corporal e com cerca de 45cm de comprimento o

fêmur é o maior osso do corpo e os menores ossos são o da orelha com cerca de

0,25cm chamados de martelo bigorna e estribo. É um tecido rígido graças à

presença de matriz rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses

elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao

osso. Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo,

apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso.

1.2 Matriz óssea

A matriz óssea é composta por uma parte orgânica (35%, representa a

flexibilidade do osso), e uma parte inorgânica (65%, representa a rigidez e

resistência do osso) cuja composição é dada basicamente por íons de fosfato e

cálcio, formando cristais de hidroxiapatita. A matriz orgânica é constituída por 90 a

95% de fibras colágenas, sendo o restante representado por um meio homogêneo,

denominado substância fundamental na sua grande maioria por colágeno tipo I,

sendo assim, quando o osso apresenta-se descalcificado, ela cora-se com os

corantes específicos do colágeno. Matriz óssea:

Parte inorgânica: é formada por citrato, Mg, K, Na e principalmente de

cristais de Hidroxiapatita ao longo das fibras colágenas. Estes cristais têm fórmula

Ca10(PO4)6(OH)2 e possuem uma capa de hidratação ao seu redor, formados por

íons hidratados.

Parte orgânica: 90% é colágeno do tipo I. O restante é SFA, formada por

glicoproteínas e proteoglicanas (condroitin e queratan sulfato).

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1.3 TIPOS DE ESTRUTURA ÓSSEA

Morfologicamente, podem ser longos, curtos, planos e sesamoides.

Macroscopicamente, dividem-se em osso compacto (ou cortical), que não

possui cavidades visíveis, e osso esponjoso, com cavidades intercomunicantes.

Microscopicamente, dividem-se em primário e secundário.

Primário: é caracterizado pela desorganização das fibrilas colágenas. É

altamente permeável aos raios X e são encontrados em suturas do crânio, alvéolos

dentários e pontos de inserção de tendões. Normalmente é substituído por osso

secundário.

Secundário: a organização em lamelas é a característica marcante deste tipo

de osso, localizado principalmente nas diáfises de ossos longos de adultos.

Os canais encontrados nos ossos são :

Horizontal: Canais de Volkmann.

Vertical: Canais de Havers.

1.4 FUNÇÃO DOS CANAIS

É por onde passam veias e artérias que alimentam os ossos, as artérias levam

oxigênio e nutrientes e as veias coletam o CO2 e os resíduos metabólicos.

Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando essas partes são

observadas no microscópio nota-se que ambas são formadas pela mesma estrutura

histológica. A estrutura microscópica de um osso consiste de inúmeras unidades,

chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de

matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central onde existem vasos

sanguíneos e nervos que servem o osso.

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Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a

superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados

canais perfurantes (canais de Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela

medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela, constituída por tecido adiposo, e

vermelha, formadora de células do sangue.

Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php

O tecido hematopoiético ou tecido conjuntivo reticular é formado por fibras e

tipos celulares que dão suporte às células formadoras do tecido sanguíneo (células

pluripotentes). Assim, hemácias, plaquetas e glóbulos brancos (neutrófilos, basófilos,

monócitos e eosinófilos), além de linfócitos, são produzidos neste tecido conjuntivo, a

partir de tipos celulares precursores.

Está localizado na medula óssea (tecido mieloide), em costelas, vértebras,

ossos do crânio e extremidades do fêmur e úmero, caracterizando a medula óssea

vermelha. São encontrados também em órgãos linfáticos, como baço, timo,

linfonodos, nódulos linfáticos e tonsilas palatinas: tecido linfático ou linfoide. Esse

último é também responsável pela remoção de detritos e células sanguíneas

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debilitadas. Nas crianças a maioria dos ossos possui esse tipo de medula, nos

adultos a medula óssea vermelha está presente nos ossos pélvicos ossos do externo

das costelas e na clavícula. Nos embriões os principais locais de formação de

células sanguíneas são o fígado e o baço. As células tronco medulares descendem

diretamente das células tronco embrionárias que são células totipotentes isto é

capazes de originar qualquer tipo de célula do corpo. As células tronco originam-se

duas linhagens denominadas: células troncos mieloides e células tronco linfoides. As

mieloides darão origem as hemácias ,as plaquetas e aos glóbulos brancos (defesa)e

as linfoides originam os linfócitos B e T .

http://www.infoescola.com/histologia/tecido-hematopoietico/

Este tecido hematopoiético é bastante considerado no tratamento das

leucemias aguda e mieloide crônica, já que o uso de suas células, com grande

capacidade de diferenciação, é uma alternativa ao transplante de medula.

1.5 Tipos de células do osso

As células ósseas ficam localizadas em pequenas cavidades existentes nas camadas concêntricas de matriz mineralizada.

Células mesenquimatosas: presentes nos tecidos frouxos e nas cápsulas

envoltórias de cartilagem, ossos e órgãos hemocitopoiéticos.são capazes de originar

diversas células do tecido conjuntivo.

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Condroblastos: presentes nas cartilagens, tem forma arredondada e núcleo

central. Produzem as fibras e a substância amorfa da matriz cartilaginosa. Quando

adultos transformam-se em condrócitos.

Osteoblastos: (do grego osteon, osso, e blastos, “célula jovem”) apresentam

longas projeções citoplasmáticas, que tocam os osteoblastos vizinhos. Ao

secretarem a matriz intercelular ao seu redor, os osteoblastos ficam presos dentro de

pequenas câmeras, das quais partem canais que contêm as projeções

citoplasmáticas.

Osteócito: (do grego osteon, osso, e kyton, célula), Quando a célula óssea se

torna madura, e seus prolongamentos citoplasmáticos se retraem, de forma que ela

passa a ocupar apenas a lacuna central. Os canalículos onde ficavam os

prolongamentos servem de comunicação entre uma lacuna e outra, e é através deles

que as substâncias nutritivas e o gás oxigênio provenientes do sangue até as células

ósseas.

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Além dos osteoblastos e dos osteócitos, existem outras células importantes no

tecido ósseo: Osteoclastos (do grego klastos, quebrar, destruir). Essas células são

especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou envelhecidas do osso,

abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos.

2 A formação do tecido ósseo

A ossificação – formação de tecido ósseo – pode se dar por dois processos:

ossificação intramenbranosa e ossificação endocondral.

No primeiro caso, o tecido ósseo surge aos poucos em uma membrana de

natureza conjuntiva, não cartilaginosa. Na ossificação endocondral, uma peça de

cartilagem, com formato de osso, serve de molde para a confecção de tecido ósseo.

Nesse caso, a cartilagem é gradualmente destruída e substituída por tecido ósseo.

Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php

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2.1 Osso compacto e esponjoso

Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php

Quando um osso é serrado, percebe-se que ele é formado por duas partes:

uma sem cavidades, chamada osso compacto, e outra com muitas cavidades que se

comunicam, chamada osso esponjoso.

2.2 Crescimento nos ossos longos

No interior dos ossos longos há cavidades onde se alojam, a medula óssea

vermelha, responsável pela produção de diversos tipos de células do sangue. Alguns

ossos possuem cavidade óssea central, onde localiza se medula óssea amarela,

chamada de tutano rica em células adiposas

A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das

pernas e os dos braços.

Nesses ossos, duas regiões principais sofrerão a ossificação: o cilindro longo,

conhecido como diáfise e as extremidades dilatadas, que correspondem as epífises.

Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise é mantida uma região de

cartilagem, conhecida como cartilagem de crescimento, que possibilitará a

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ocorrência constante de ossificação endocondral, levando à formação de mais osso.

Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles efetuam

constantemente a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo tecido ósseo é

formado.

2.3 Regeneração do tecido ósseo

Os ossos são tecidos vivos e por serem uma estrutura inervada e irrigada, os

ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração. No

caso de uma fratura de um osso os macrófagos e osteoclastos entram em ação,

removendo coágulos, matriz óssea destruída e osteócitos mortos. Células

mesenquimatosas presentes no periósteo invadem o local e passam a se multiplicar

ativamente diferenciando-se em osteoblastos e em osteócitos. Forma-se inicialmente

um tecido ósseo desordenado, denominado calo ósseo. Com o passar do tempo os

ostêonios vão se organizando e o tecido ósseo assume sua estrutura típica.

2.4 Remodelação normal

Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php

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Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os

osteoblastos exercem papel de construtores de mais osso. Nesse sentido, o

processo de crescimento de um osso depende da ação conjunta de reabsorção de

osso preexistente e da deposição de novo tecido ósseo. Considerando, por exemplo,

o aumento de diâmetro de um osso longo, é preciso efetuar a reabsorção de camada

interna da parede óssea, enquanto na parede externa deve ocorrer deposição de

mais osso.

2.5 Remodelação óssea

Depois que o osso atinge seu tamanho e forma adultos, o tecido ósseo antigo

é constantemente destruído e um novo tecido é formado em seu lugar, em um

processo conhecido como remodelação.

A remodelação ocorre em diferentes velocidades nas várias partes do corpo.

Por exemplo, a porção distal do fêmur é substituída a cada 4 meses; já os ossos da

mão são completamente substituídos durante a vida inteira do indivíduo. A

remodelação permite que os tecidos já gastos ou que tenham sofrido lesões sejam

trocados por tecidos novos e sadios. Ela também permite que o osso sirva como

reserva de cálcio para o corpo.

Em um adulto saudável, uma delicada homeostase (equilíbrio) é mantida entre

a ação dos osteoclastos (reabsorção) durante a remoção de cálcio e a dos

osteoblastos (aposição) durante a deposição de cálcio. Se muito cálcio for

depositado, podem se formar calos ósseos ou esporas, causando interferências nos

movimentos. Se muito cálcio for retirado, há o enfraquecimento dos ossos, tornando-

os flexíveis e sujeitos a fraturas. O uso de aparelhos ortodônticos é um exemplo de

remodelação dos ossos, neste caso, resultando na remodelação da arcada dentária.

Os aparelhos exercem forças diferentes daquelas a que os dentes estão

naturalmente submetidos. Nos pontos em que há pressão ocorre reabsorção óssea,

enquanto no lado oposta há deposição de matriz. Assim, os dentes movem-se pelos

ossos da arcada dentária e passam a ocupar a posição desejada.

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Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php

Os cientistas acreditam que os ossos estejam em contínua remodelação, pela

atividade conjunta de destruição e reconstrução empreendidas, respectivamente,

pelos osteoclastos e osteoblastos.

O crescimento e a remodelação normais dependem de vários fatores:

• suficientes quantidades de cálcio e fósforo devem estar presentes na dieta

alimentar do indivíduo;

• deve-se obter suficiente quantidade de vitaminas, principalmente vitamina D,

que participa na absorção do cálcio ingerido;

• o corpo precisa produzir os hormônios responsáveis pela atividade do tecido

ósseo:

- Hormônio de crescimento (somatotrofina): secretado pela hipófise, é responsável

pelo crescimento dos ossos;

- Calcitonina: produzida pela tireoide, inibe a atividade osteoclástica e acelera a

absorção de cálcio pelos ossos;

- Paratormônio: sintetizado pelas paratireoides, aumenta a atividade e o número de

osteoclastos, elevando a taxa de cálcio na corrente sanguínea;

− Hormônios sexuais: também estão envolvidos nesse processo, ajudando na

atividade osteoblástica e promovendo o crescimento de novo tecido ósseo.

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3 Os ossos e o envelhecimento

Com o envelhecimento, o sistema esquelético sofre a perda de cálcio. Ela

começa geralmente aos 40 anos nas mulheres e continua até que 30% do cálcio nos

ossos seja perdido, por volta dos 70 anos. Nos homens, a perda não ocorre antes

dos 60 anos. Essa condição é conhecida como osteoporose.

Outro efeito do envelhecimento é a redução da síntese de proteínas, o que diminui a

produção da parte orgânica da matriz óssea. Como consequência, há um acúmulo

de parte inorgânica da matriz. Em alguns indivíduos idosos, esse processo causa

uma fragilização dos ossos, que se tornam mais susceptíveis a fraturas.

3.1 Doenças que afetam os ossos: Osteoporose, Osso de vidro,

Raquitismo e Osteomalacia

Osteoporose significa osso poroso, ou seja, é a descalcificação progressivas

dos ossos que se tornam frágeis. É uma doença na qual ocorre diminuição da massa

óssea e piora da qualidade do osso, que se torna mais frágil. Quanto maior essa

fragilidade, maior é o risco de uma fratura. Considerada um grave problema de

saúde pública, a osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição da

densidade óssea, deixando os ossos fragilizados, o que facilita a ocorrência de

fraturas após traumas mínimos.

A fratura do fêmur é um dos tipos de fratura mais graves para o portador de

osteoporose. Cerca de 20% das pessoas com esse tipo de fratura morrem em razão

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da própria fratura ou de complicações ocasionadas por ela, como embolias ou

problemas cardiopulmonares. Os 80% restantes podem ficar com algum tipo de

incapacidade física.

Fonte: http://www.ondatop.com.br/2011/04/07/palavra-de-especilista-osteoporose-a-

epidemia-silenciosa-do-seculo/

A osteoporose pode ocorrer em razão de diversos fatores, como produção

excessiva do paratormônio secretado pelas glândulas paratireoides. Esse hormônio

estimula o aumento do número de osteoblastos, mas para entendê-los é preciso

saber que em nosso corpo sempre há a renovação das células dos tecidos; e com o

tecido ósseo não é diferente.

Em nossos ossos sempre há a substituição das células velhas por células

novas, e nesse processo o organismo pode precisar de substâncias (como o cálcio)

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para fazer essa substituição. Assim, durante esse processo, as células chamadas de

osteoclastos escavam os ossos, retirando as células antigas e promovendo a

reabsorção óssea; sendo que células chamadas de osteoblastos preenchem a área

absorvida com um novo osso. Geralmente, até os trinta anos de idade, essa

reposição de células acontece normalmente, mas a partir dessa idade, a pessoa

começa a perder massa óssea lentamente.

A osteoporose também pode ser causada pala deficiência de vitamina A ,

sabe-se atualmente que uma das funções dessa vitamina é equilibrar a atividade de

osteoblastos e osteoclastos, recolando assim a contínua reconstrução óssea. Na

falta dessa vitamina os osteoclastos suplantam a ação dos osteoblastos, e o ossos

enfraquecem.

3.2 FATORES DE RISCO PARA A OSTEOPOROSE

Alguns fatores podem desencadear a osteoporose, como: Pessoas da raça

branca ou asiática têm mais chances de desenvolver a doença; Pessoas com

histórico de osteoporose na família; Baixa estatura; Massa muscular pouco

desenvolvida; Baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D; Sedentarismo; Pouca

exposição ao sol; Pessoas vegetarianas; ; Menarca tardia; Retirada dos ovários sem

reposição hormonal; Ser portador de doenças, como doença de Cushing, diabetes,

hiperparatireoidismo, linfoma, leucemia, má-absorção, gastrectomia, doenças

nutricionais, mieloma, artrite reumatoide , sarcoidose e na Menopausa a mulher

perde cerca de 1/3 do cálcio dos ossos, em consequência da perda de função dos

ovários que deixam de produzir o hormônio feminino (estrogênio), que protege os

ossos contra a osteoporose.

O diagnóstico da osteoporose é feito a partir da avaliação da densidade

óssea, exame físico, história clínica, exames laboratoriais e radiografias.

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Pessoas muito magras

Idade avançada

Fonte: http://fisioterapiapucminas.blogspot.com.br/2009/11/prevencao-e-abordagem-da-

fisioterapia.html

O tratamento da osteoporose é feito a partir da ingestão de cálcio, estrógeno,

agentes antirreabsortivos, calcitonina, bifosfonatos, vitamina D3 e estimulantes da

formação óssea, como fluoreto de sódio, paratormônio e atividades físicas. Toda a

medicação prescrita pelo médico atuará na diminuição da reabsorção dos ossos,

aumentando a sua formação. Algumas mudanças nos hábitos alimentares e no estilo

de vida podem ajudar a prevenir o aparecimento da osteoporose. Dentre elas

podemos citar o aumento na ingestão de cálcio, a prática de atividades físicas, a

redução no consumo de álcool e cigarro, etc.

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3.3 A osteoporose no homem e na mulher

A osteoporose foi por muito tempo considerada uma doença da mulher.

Atualmente está sendo reconhecido que a osteoporose é também uma questão de

saúde pública para o homem, dada a incidência significativa de fraturas

osteoporóticas do sexo masculino. A sorte da ala masculina é que a testosterona,

hormônio que barra o desgaste ósseo, têm suas taxas reduzidas gradativamente

com a idade, e não bruscamente como ocorre com as mulheres na menopausa.

Fonte: http://www.segmentofarma.com.br/portal/imprime.asp?codigo=11544

Por isso eles são acometidos em menor escala e entram na faixa de risco bem

mais tarde do que elas - só lá por volta dos 65 anos. Nessa idade, a doença atinge

um em cada oito homens. Cerca de 17% da população masculina chega aos 80 já

tendo sofrido alguma fratura em decorrência da doença. Nos homens, a osteoporose

ainda é cercada de mistérios. Sabe-se que está associada a moléstias como

inflamações crônicas e distúrbios renais. Por isso, uma das pistas para investigar se

o esqueleto masculino está perdendo massa é saber se o paciente sofre de artrite

reumatoide - que obriga o homem a tomar cortisona por muito tempo.

As mulheres têm quatro vezes mais chance de desenvolverem osteoporose

do que os homens, pelas seguintes razões: Os ossos femininos são mais finos e

leves. As mulheres vivem mais do que os homens, sofrem perda rápida de massa

óssea na menopausa, devido à queda do estrogênio, e um fator de extrema

Page 18: TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO

importância é o pico de massa óssea, ou seja, a quantidade de massa óssea que a

menina consegue acumular até a fase de puberdade, o que lhe dará uma reserva

para perdas futuras. É fato conhecido, que os meninos adquirem mais massa óssea,

pelos exercícios competitivos e maior ingestão de alimentos ricos em cálcio e

vitamina D, que as meninas, essa é a suposição que os homens tenham maior

reserva de massa óssea e menor tendência a osteoporose, que as mulheres. Esta

doença atinge um quarto das mulheres do mundo e é responsável por 60 a 70% das

fraturas de que são vítimas depois dos 60 anos. A osteoporose e as suas

consequentes fraturas contribuem para a péssima qualidade de vida das idosas.

A principal da osteoporose primária é a deficiência de estrogênios (hormônios

femininos). Na osteoporose pós-menopáusica, a perda óssea acelerada deve-se à

deficiência de estrogênios que ocorre na altura da menopausa e é agravada pela

idade afetando todo o esqueleto. A deficiência de estrogênios é a causa mais

importante de osteoporose na mulher pós-menopáusica. Na mulher jovem, saudável,

a formação e a reabsorção ósseas estão em equilíbrio, mantendo-se a massa óssea

constante. Na mulher pós-menopáusica, a reabsorção óssea predomina, pelo que se

verifica perda da massa óssea e redução da resistência óssea conduzindo, por fim, à

osteoporose e às fraturas.

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A OMS reconhece que a melhor forma de lidar com a osteoporose é através

da sua prevenção logo desde o nascimento e ao longo da vida. Algumas

intervenções para maximizar e preservar a massa óssea tem múltiplos efeitos

benéficos na saúde. Alterações na dieta e no estilo de vida - aumentar a ingestão de

cálcio, deixar de fumar, reduzir o consumo de álcool (< 30 g por dia) - podem

contribuir para prevenir a osteoporose e, potencialmente, diminuir de forma

significativa a taxa de ocorrência de fraturas. O exercício físico também contribui

para aumentar a DMO ( Densidade mineral óssea) durante o crescimento e

minimizar a perda óssea numa idade mais avançada. Quanto mais precocemente se

adaptar um estilo de vida saudável, maiores os ganhos em DMO. No entanto, as

alterações são benéficas em qualquer idade.

3.4 Osteoporose na gravidez

Em geral, essa doença ocorre no terceiro trimestre de gravidez ou após o

parto. A osteoporose se manifesta na primeira gestação, é temporária e não costuma

acontecer outras vezes. O diagnóstico só costuma ser feito quando a mulher se

queixa de dores intensas nas costas, de diminuição de altura ou quando ocorre uma

fratura vertebral. A causa dessa osteoporose ainda não está totalmente esclarecida,

e é muitas vezes relacionada com outras doenças. Ela também pode estar ligada a

algumas situações, tais como fatores genéticos e uso de corticoides Em grávidas

normais existe maior solicitação de cálcio, uma vez que a formação de uma criança

depende da condição de saúde da mãe em todos os sentidos, inclusive óssea. Tem

razão a solicitação para que as grávidas se alimentem corretamente, inclusive com

alimentos ricos em cálcio.

As grávidas podem ter um pouco mais de perda de cálcio pelo aumento do

número de vezes que urinam. O aumento de estrógeno e de peso corporal podem

ser fatores protetores deste cálcio. Muitos estudos ainda serão necessários até que

se saiba o que de fato pode causar essa rara alteração.

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3.5 Perda de massa óssea durante a amamentação

Apesar de poder haver perda da densidade mineral óssea durante este

processo, trata-se de um estado temporário. Vários trabalhos mostram que, quando

ocorre esta perda durante a amamentação, existe uma recuperação integral da

massa óssea em até seis meses após o final do período. Apesar de a osteoporose

da gravidez ser temporária, em alguns casos em que já houve fratura de vértebra a

mãe pode ser orientada a não amamentar. Isso depende exclusivamente da

avaliação de seu ginecologista. Em alguns casos, é necessária a introdução de

medicamentos que diminuam a ação do osteoclasto (célula responsável pela retirada

de células do osso). Neste caso, a amamentação deve ser interrompida, pois ainda

não sabemos de que maneira esse medicamento se comportará no recém-nascido.

3.6 Osso de vidro por genética

Garoto afetado pelo tipo III da doença

Fonte: http://www.brasilescola.com/saude/ossos-vidro.htm

Page 21: TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO

A osteogêneses imperfeita, conhecida como doença dos ossos de vidro, é

uma doença de origem genética que provoca alterações na produção de colágeno. É

detectada facilmente: manifesta-se através de um movimento brusco, tropeço, queda

e outros acidentes, provocando a quebra dos ossos.

Como se não bastasse, a quebra dos ossos traz uma terrível consequência: o

encurvamento dos ossos longos como os da coluna, pernas e braços. Além do

sintoma aparente da fratura, a doença pode se manifestar através da esclerótica

azulada, dentes acinzentados, formato do rosto triangular, deficiência auditiva,

dificuldade de locomoção, compressão do coração e pulmões (em casos graves),

sudorese e fragilidade muscular.

As fraturas geradas pela doença são os principais problemas, pois através

delas é que se inicia o processo de encurvamento dos ossos. As fraturas ocorrem

principalmente na infância por ser uma fase de descobrimentos, peraltices e de falta

de conhecimento do problema. Pode ser percebida quando a criança chora de

repente de forma alta, quando algum membro da criança não se movimenta ou está

com retenção de calor e inchaço.

Pode ser classificada como:

Tipo I: inclui pessoas aparentemente normais com poucas fraturas e

deformação nos ossos longos.

Tipo II: inclui pessoas que não resistem à doença e falecem logo após o

nascimento. É o tipo mais grave da doença.

Tipo III: inclui pessoas com um grau variando de moderado a grave,

caracterizado pelo formato do rosto, baixa estatura e deformidade nos ossos longos

Tipo IV: inclui pessoas que apresentam gravidade e características

heterogêneas da doença.

O tratamento é feito através de vários produtos nos quais os bifosfonatos e a

calcitonina se destacam por inibirem a reabsorção óssea, mas os melhores efeitos

são obtidos através da fisioterapia e da alimentação. Devem-se fazer exercícios,

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independente do local e da hora, além de ingerir alimentos naturais e saudáveis,

evitando álcool, alimentos gordurosos, cafeína e refrigerantes.

3.7 Raquitismo e Osteomalacia

Raquitismo e osteomalacia são defeitos da mineralização óssea. O raquitismo

é caracterizado por anormalidades na formação na placa epifisária de crescimento,

com áreas não mineralizadas, desorganização da arquitetura celular e retardo na

maturação óssea.

A osteomalacia é caracterizada pela deficiente mineralização da matriz

osteóide do osso cortical e trabécula com acúmulo do tecido osteóide pouco

mineralizado. São processos que, em geral, ocorrem associados. Após o final do

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crescimento, com o fechamento da cartilagem epifisária, apenas a osteomalacia

permanece. A falha do processo de mineralização tem como uma das principais

causas é a inadequada concentração extracelular de cálcio e fósforo, os dois

principais componentes minerais do osso, e a falta ou comprometimento da ação dos

elementos responsáveis pela sua absorção, particularmente a vitamina D. As

principais manifestações clínicas como as deformidades ósseas e o atraso no

crescimento, são semelhantes nos diferentes tipos de raquitismo e osteomalacia

existem características que são específicas. As causas são adquiridas ou

hereditárias e os recentes avanços em biologia molecular permitem a identificação

dos genes envolvidos e das mutações.

4 Definições de tecidos cartilaginosos

Cartilagem hialina: Se distingue devido à presença de uma matriz

transparente, amorfa e homogênea, e por toda a cartilagem hialina possui lacunas

em que são encontrados os condrócitos. Estas lacunas são envolvidas pela matriz

extracelular que é composta por matriz fundamental e poucas fibras de colágeno. É

esta cartilagem que forma a princípio o ‘molde’ do esqueleto do feto. Existem vários

tipos de colágenos:

Tipo 1 aparecem nos tendões, e pele.

Tipo2 aparece na cartilagem hialina e na cartilagem elástica presentes nos

discos intervertebrais, olhos e cartilagens.

Tipo 3 constitui fibras reticulares. Presentes nas trabéculas dos órgãos

hematopoiéticos colágeno.

Tipo 4 presente nos ossos tendões e sangue.

A matriz da cartilagem hialina possui fibras de colágeno tipo II imersas na

substância fundamental, amorfa. É encontrada na laringe, traqueia, brônquios,

extremidades de ossos que se articulam, no disco epifisário, no crescimento

longitudinal dos ossos.

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Cartilagem elástica: Este tipo de cartilagem possui fibras elásticas é

semelhante a hialina, mas apresenta além das fibras colágenas, fibras elásticas

entrelaçadas que lhe conferem maior grau de elasticidade. Está presente, na orelha,

no septo nasal, na glote. pode ser encontrada isoladamente ou formar uma peça

cartilaginosa juntamente com a cartilagem hialina. Possui pericôndrio e conta com

crescimento aposicional, sendo esta um tipo de cartilagem menos propensa para

problemas degenerativos quando comparada com a hialina em relação a este

aspecto. Diferentemente da cartilagem hialina, a cartilagem elástica não se calcifica.

Cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem: Apresenta grande quantidade de fibras

colágenas e é a mais resistente das três . Possui matriz extracelular com feixes

evidentes com espessas fibras de colágeno, e com grande quantidade de feixes, as

fibras colágenas seguem a orientação aparentemente irregular entre os condrócitos,

orientação que depende das forças que atuam sobre a fibrocartilagem. Não possui

pericôndrio e está presente em regiões em que é necessário resistir à compressão e

o desgaste, esse tecido é presente entre os ossos púbis da bacia, entre as vértebras,

no joelho, nos discos intervertebrais, em determinados locais em que há tendões que

se ligam aos ossos. A função da cartilagem intervertebral é separar uma vértebra da

outra, evitando o atrito entre elas e amortecendo os choques transmitidos a coluna

durante atividades como caminhar, correr.

5 Conclusão

Tecido ósseo é o principal constituinte do esqueleto uma das funções é o

suporte e a sustentação do corpo, proporciona apoio a musculatura esquelética

funcionando como depósito de fosfato de cálcio entre outros, se o osso for

descalcificado mantém a forma original, mais se torna fraco e quebradiço.

O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo formado por células e matriz. As

células são: osteócitos faz a escavação da matriz óssea, retira os sais de cálcio dos

ossos são responsáveis pela pela manutenção da matriz ossea.Osteoblastos.

Remodela joga sais de cálcio absorve e remodela o tecido participa da mineração da

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matriz óssea depois de estar dentro da matriz o osteoblasto passa a ser chamado de

osteocitos.Osteoclastos uma das maiores células do nosso corpo, são gigantes por

ter vários núcleos no seu exterior se movem lacunas de HowShip são depressões

que não se percebe porque o osteoclastos faz a deposição.

Os ossos também envelhecem, existe a necessidade de substituição óssea

os osteócitos escavam a área lesada e o osteoclastos recompo m o osso.ẽ

Os ossos são todos os dias escavados afim de mante-los delgados com suas

características particulares de cada osso, então ocorre a escavação da matriz óssea

e a reabsorção d matriz óssea.

O osso é um dos componentes mais duros e fortes do nosso corpo tem rigidez

e resistência a pressão o osso precisa do músculo e músculo do osso.

6 Referências bibliográficas

AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: biologia das

células. 2 edição, São Paulo, Moderna, 2004.

http://dc337.4shared.com/doc/qfANxlK0/preview.html

www.mundoeducacao.com.br › Biologia › Histologia Animal Em cache - Similares

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27301999000600012&script=sci_arttext

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-esqueletico/sistema-esqueletico-31.php

Page 26: TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO

7 Curiosidades

• Os ossos já estão presentes desde as primeiras semanas de vida no útero

materno e ficam completamente formados por volta dos 25 anos de idade. Mas a pa-

rada do crescimento é na adolescência, quando entram os hormônios da puberdade.

• Os bebês nascem com estruturas entre alguns ossos do crânio, chamadas

fontanelas, popularmente chamadas "moleiras". São estruturas frágeis que com o

passar dos anos tendem a desaparecer. Existem para permitir a passagem do bebê

pelo canal vaginal no parto e crescimento do encéfalo.

• Enquanto o esqueleto de um indivíduo adulto é formado geralmente por 206

ossos, o de um recém-nascido tem 270.

• O tecido ósseo é sensível a diversos fatores nutricionais principalmente duran-

te a fase de crescimento.

A deficiência de colágeno no organismo no organismo acarreta problemas como má

formação óssea rigidez muscular problemas com o crescimento, inflamação nas

juntas musculares entre outros e uma curiosidade do colágeno é que é usado na

fabricação de iogurtes , embutidos (salsicha presunto gelatinas,pudim, maria- mole e

em cosméticos)

A falta de proteínas na dieta acarreta uma deficiência dos aminoácidos necessários

para a síntese de colágeno pelos osteoblastos, enquanto a deficiência de cálcio leva

a uma calcificação incompleta da matriz orgânica produzida. A deficiência de cálcio

pode ser devida à carência desse mineral nos alimentos ou à falta de vitamina D,

que promove a absorção intestinal do mesmo. A vitamina D atua sobre o DNA

nuclear das células de revestimento do intestino delgado, induzindo à produção do

RNA mensageiro, responsável pela codificação da proteína transportadora de cálcio

através da membrana celular.

Em animais jovens a falta de cálcio causa o aparecimento do raquitismo. Nesta

doença a matriz óssea não se calcifica normalmente, de modo que as espículas

ósseas formadas pelo disco epifisário se deformam, por não suportarem as pressões

normais exercidas sobre elas pelo peso corporal e pela ação muscular. Em

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consequência, os ossos não crescem normalmente e as extremidades dos ossos

longos tornam-se deformadas.

No adulto, a falta de cálcio causa a osteomalácia, que se caracteriza pela

calcificação deficiente da matriz óssea neoformada e descalcificação parcial da

matriz já calcificada, com a consequente fragilidade óssea. Porém, como no adulto

não mais existem as cartilagens de conjugação, não ocorrem as deformações dos

ossos longos nem o atraso do crescimento característico do raquitismo. A

osteomalácia pode aparecer durante a gravidez ou ser agravada por esta condição,

pois o feto em desenvolvimento utiliza consideráveis quantidades de cálcio.

Além do efeito já mencionado sobre a absorção intestinal do cálcio a vitamina D tem

um efeito direto sobre a ossificação, como foi demonstrado por experiências in vitro.

Mostrou-se que, nos meios de cultura ricos em cálcio, porém deficientes em vitamina

D, a calcificação não ocorre normalmente. Quando administrada em doses

excessivas, a vitamina D é tóxica, causando reabsorção óssea, aumento da taxa de

cálcio e fósforo no sangue e na urina e formação de cálculos renais contendo cálcio.

A vitamina A relaciona-se com a distribuição e atividade dos osteoblastos e

osteoclastos, influindo sobre o equilíbrio entre a produção e absorção de tecido

ósseo. Essa vitamina é necessária para que os ossos cresçam normalmente em

respostas aos fatores mecânicos que atuam sobre os mesmos. Esse efeito da

vitamina A, torna-se bem evidenciado quando, por falta dela, os ossos do crânio não

se desenvolvem convenientemente em resposta à pressão exercida pelo encéfalo

em crescimento. Como consequência ocorrem lesões do tecido nervoso central, o

que não se verifica no animais que recebem doses adequadas de vitamina A, pois

nestes a caixa craniana formada tem o tamanho exato para conter o encéfalo.

Na deficiência de vitamina A, os osteoblastos não sintetizam normalmente a matriz

óssea e o indivíduo não atinge a sua estatura normal. O excesso de vitamina A

acelera muito a ossificação do disco epifisário, mas não acelera igualmente o

crescimento da cartilagem desse disco. Em consequência, na hipervitaminose A, a

cartilagem de conjugação é substituída precocemente por tecido ósseo, cessando o

crescimento corporal do indivíduo. Assim, tanto a deficiência de vitamina A como sua

administração em doses tóxicas pode causar diminuição da estatura.

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Outra vitamina que influencia diretamente o tecido ósseo é o ácido ascórbico

ou vitamina C, cuja deficiência dificulta a síntese de colágeno por todas as células do

organismo produtoras dessa proteína, inclusive os osteoblastos, e acarreta uma

diminuição no crescimento dos ossos. A consolidação das fraturas é prejudicada pela

deficiência de vitamina C.

Além do hormônio das paratireoides e da calcitonina produzida pela tireoide,

ambos já mencionados, diversos outros hormônios atuam sobre o tecido ósseo.

A parte anterior da hipófise produz o hormônio do crescimento, que estimula o

crescimento em geral, tendo efeito particularmente acentuado sobre a cartilagem

epifisária. A falta deste hormônio durante o crescimento do indivíduo produz o

nanismo hipofisário. Sua produção excessiva, como ocorre em alguns tumores da

hipófise, causa o gigantismo, quando se verifica na criança e a acromegalia, quando

aparece no adulto. No gigantismo há um desenvolvimento excessivo dos ossos

longos. No adulto, como o excesso do hormônio do crescimento atua quando já não

existe mais as cartilagens de conjugação, os ossos não podem mais crescer em

comprimento, mas crescem em espessura (crescimento perióstico), dando origem à

acromegalia, condição em que os ossos, principalmente os longos tornam-se muito

espessos.

Os hormônios sexuais, tanto o masculino (testosterona) como o feminino

(estrógeno), tem um efeito complexo sobre os ossos, sendo de um modo geral,

estimuladores da formação de tecido ósseo. Estes hormônios influem sobre o

aparecimento e desenvolvimento dos centros de ossificação. A maturação sexual

precoce ou a injeção de hormônios sexuais para o crescimento corporal, pois, nestes

casos, a cartilagem epifisária é substituída precocemente por tecido ósseo e o

indivíduo não atinge a sua estatura normal. Nos casos de desenvolvimento deficiente

das gônadas ou de castração de animais em crescimento, as cartilagens epifisárias

permanecem por tempo mais longo de modo que o indivíduo atinge estatura acima

do normal.