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TECIDO EPITELIAL Prof a . Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia

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TECIDO EPITELIAL

Profa. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia

Epitélio

Glandular

Exócrino

Endócrino

Revestimento

Origem do Tecido Epitelial

Ectoderma: epiderme e anexos da pele, boca, fossas nasais , ânus, órgão do esmalte

Mesoderma: endotélio, mesotélio , S. Urinário e Gônadas

Endoderma: epitélio S. Digestório e glândulas anexas , S. Respiratório,

Funções

•Revestimento

•Revestimento e absorção

• Secreção

•Neuroepitélios - sensitiva

Célula epitelial

Morfologia celular

Características

•Células justapostas, com

“ pouco material intercelular”

•Avascular

Membrana Basal Presente nos tec. Epiteliais, Musculares liso e

esquelético, Tec. Nervoso e Tec. Adiposo.

• Lâmina basal: a) Lâmina Lúcida: glicoprotéica (laminina, entactina, integrina) e

distroglicanos Alguns pesquisadores defendem que a L lúcida é um artefato de fixação.

b) Lâmina densa: colágeno tipo IV, glicoproteínas ( laminina, fibronectina, entactina), proteogliganas (heparansulfatopro-teoglicana, percalana) .

• Lâmina fibroreticular: F. reticular (colágeno III +

glicoproteína), colágeno I, IV, VII e fibronectina.

Funções da MB • Adesão e suporte firme e flexível do epitélio no

conjuntivo adjacente

• Filtração mecânica: através da rede de fibras de colágeno.

• Heparan-sulfato-: restringe a passagem de moléculas

negativas.

• Facilita: atividade mitótica,

diferenciação celular,

modulação do metabolismo celular,

induz a polaridade celular,

orienta a migração celular na re-epitelização durante a cicatrização de feridas e regeneração de junções mioneurais e de nervos motores

Lâmina basal - PAS

Polaridade celular

apical

lateral

basal

N U T R I Ç Ã O

Especializações da membrana

Microvilosidades

Microvilosidades

Trama terminal

Cílios

Cílios

9 trincas microtúbulos

A = 13 B= 10 subunidades tubulina

braços dineína

espícula radial

proteína ligação nexina

9 pares

microtúbulos

par central microtúbulos

projeções da bainha central

9+2

Correlações clínicas PCD - Discinesia ciliar primária ou síndrome dos cílios imóveis: Distúrbio autossômico recessivo, afeta 1 em 20.000 indivíduos Alguns sintomas são tosse persistente e asma, otite média

Ausência da dineína

1. Síndrome de Kartagener: ausência dos braços de dineína falha ou ausência do transporte de muco no epitélio respiratório

2. Síndrome de Young: mal formação das espículas radiais e dos braços de dineína, também afeta função dos cílios no ep. Respiratório

3. Esterilidade masculina: o flagelo dos espz são imóveis, as mulheres podem ser férteis

4. Rim policístico: os cistos se expandem e destroem o córtex renal, causando

insuficiência renal. Os monocílios (9+0) não abrem o canal para a passagem do líquido e do influxo do cálcio, formando cistos

Estereocílios

Epidídimo e canal deferente: reabsorção Células pilosas da cóclea: geram sinais

Estereocílios

INVAGINAÇÕES BASAIS Cada loja do citoplasma abriga pilhas de longas mitocôndrias. Função: favorece o transporte ativo de íons, como nas células dos rins e ductos estriados (parótida).

Junções celulares

Se apresentam sob a forma de:

Zônula faixa contínua

Fascia faixa interrompida

Mácula redonda

Zônula de oclusão

PDZ: proteínas de domínio da zônula de oclusão o ZO-1 interage com actina do citoesqueleto, tem ação supressora tumoral o ZO-2 participa do mecanismo de sinalização do crescimento epidérmico o ZO-3 interage com a ZO-1 e com a ocludina

Proteínas transmembranas: •OCLUDINA: barreira celular apical e lateral • CLAUDINA: forma e regula os canais aquosos • JAM (molécula adesão juncional) medeia a interação das células endoteliais e os monócitos

A permeabilidade da ZO depende:

• da complexidade dos filamentos • do número de filamentos • da presença de canais aquosos funcionais formados por moléculas de claudina

Agentes patogênicos Podem romper, destruir ou lesar a

ZÔNULA DE OCLUSÃO:

1. Bactérias

2. Vírus

3. Parasitas

1. Bactérias

Clostridium perfringens Causa intoxicação alimentar e desidratação

Rompe a ZO porque se liga a claudina

Helicobacter pylori: Flora normal estômago , lesiona a barreira protetora

de muco do estômago formando úlceras gástricas até carcinomas.

Se liga as proteínas ZO-1 e JAM (mol de adesão juncional)

2. Vírus

• Enterite lactante: vírus de RNA , ao se ligar a JAM ativa a proteína fator nuclear-rB,

que provoca a apoptose da célula

• Papilomavírus: Vírus de DNA são oncogênicos, porque suas oncoproteínas

destroem as PDZ (proteínas de domínio da ZO), degradando a ZO

Lesões vegetantes

3. Parasitas Dermatophagoides pteronyssinus

Destroem a ZO, quando suas fezes são inaladas junto com a poeira.

As fezes contém peptidases da serina e cisteína, que podem clivar a ocludina e a ZO-1 do ep respiratório.

Quando há falta de proteção, a presença de alergenos estimula o sistema imunológico, provocando crises asmáticas.

1g de pó tem 100 – 5.000 ácaros

Estão nos tecidos, colchões, almofadas, tapetes, cortinas, etc.

Junção de adesão

ZÔNULA DE ADESÃO

3. Selectinas: expressas pelas células epiteliais e leucócitos, permite o transito dos leucócitos entre os endotélios e matriz extracelular

CAM: moléculas de adesão celular, são 4 famílias:

1. Caderinas: cateninas que se ligam a actina, ela mantém a ZA. Pode agir como supressor das células tumorais epiteliais

2. Integrinas: é transmembrana, interagem com a matriz extraceluar e com a actina e filamentos do citoesqueleto

4. Superfamília imunoglobulina: participam da adesão celular, na diferenciação celular, no câncer, na metástase tumoral, na angiogênese, na inflamação, nas respostas imunes e na ligação microbiana, etc.

4. Superfamília imunoglobulina: ICAM

molécula de adesão celular intercelular

C-CAM

molécula de adesão intercelular

VCAM

molécula de adesão da célula vascular

DSCAM

molécula de adesão da célula

com síndrome de Down

PECAM

molécula de adesão plaquetária

da célula endotelial

JAM

molécula de adesão juncional

Rede ou barra terminal

Impregnação pela prata, mesentério

ZO+ZA

Desmossomo = MA

Hemidesmossomo

Junção do tipo GAP

Localização das junções

DESMOSSOMA

COMPLEXO

UNITIVO

Trama terminal tonofilamentos

actina

CLASSIFICAÇÃO EPITÉLIO DE

REVESTIMENTO

Camadas • Mucosa: epitélio + tecido conjuntivo

(lâmina própria ou córion), “reveste internamente” a luz de órgãos com cavidades úmidas.

• Serosa: mesotélio + tecido conjuntivo, “cobre externamente” a superfície dos órgãos (peritônio, pericárdio e pleura).

Regeneração • Regeneram por mitose

a) Simples: mitose de células das criptas

b) Pseudoestratificado: mitose das células totalmente em contato com a MB

c) Estratificado: mitose de células em contato com a MB.

Epitélio Glandular Exócrino

Origem

Epitélio Glandular Exócrino

Classificação a) Glândula exócrina unicelular

Classificação b) G. exócrina intraepitelial pluricelular

/ multicelular

Classificação b) Glândula exócrina pluricelular

Classificação a) Forma da porção secretora: tubular,

acinar e alveolar

b) Quanto a bifurcação dos ductos: simples e composto

c) Quanto a morfologia da célula secretora: serosa, mucosa e mista

d) Quanto a liberação da secreção: merócrina e holócrina

a)Forma da porção secretora b) Quanto a bifurcação dos ductos

c) Quanto a morfologia da célula secretora

Serosa

Ducto

Mucosa

Célula mioepitelial

d) Quanto a liberação da secreção

Histofisiologia

• Secreção serosa • Secreção mucosa • Secreção mista

Secreção serosa

Região apical

Região basal

Secreção Mucosa

Secreção mista

Secreção serosa

Secreção mucosa

Célula Mioepitelial

Parênquima e Estroma

Parênquima e Estroma

Sistema de ductos

Epitélio Glandular Endócrino

Classificação a) Glândula endócrina unicelular

SDNE

Sistema difuso neuroendócrino SDNE composto por células endócrinas isoladas ou misturadas com outras células epiteliais.

Citoplasma contém hormônios polipeptídicos como adrenalina, noradrenalina, serotonina entre outros.

1. APUD (amine precursor uptake and decarboxylation), argentafins (reduz a prata) ou argirófilas (se ligam a prata, mas não há redução): são as que captam aminas do meio externo e as decarboxilam.

2. Enteroendócrinas: semelhantes as APUD, mas não captam aminas, produzem outros hormônios, como a gastrina.

Células secretoras de esteróides

São as que sintetizam os hormônios sexuais a partir do colesterol. Células poliédricas, núcleo central, citoplasma acidófilo, REL abundante e muitas mitocôndrias podendo apresentar gotículas de lipídios.

Liberação da secreção Parácrina: hormônio vai para o capilar sanguíneo e age em locais próximos. Célula G do piloro que age nas glândulas fúndicas do estômago estimulando a secreção de HCl

Justácrino: hormônio vai para o espaço extracelular e atua em células próximas. A produção de insulina é inibida pela produção de somatostatina por células da mesma ilhota.

Autócrino: hormônios que agem na mesma célula ou em células do mesmo tipo. IGF (fator de crescimento à insulina) é produzido por várias células e pode agir nas mesmas células.

b) Glândula endócrina pluricelular

Classificação

cordonal

folicular ou vesicular

Classificação a) Folicular

Classificação

b) Cordonal

Metaplasia

Metaplasia colunar ou cilíndrica escamosa

Metaplasia

Obrigada!