TecNews - 11/03/15

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11 | 03 | 2015 www.grupoastral.com.br .br Pacientes e funcionários estão preocupados com a infestação de pombos no posto de saúde localizado na Vila São Paulo, em Bauru (SP). Fotos de moradores da região mostram que as aves ficam em cima de documentos, nos corredores e até nas salas de atendimento da unidade. Segundo os moradores, a infestação dos pombos causou até a interdição do posto de saúde por três dias no ano passado. A prefeitura diz que várias medidas foram tomadas para afastar as aves do prédio, como a colocação de armadilhas sonoras, de telas e a proteção do telhado para impedir a passagem delas, mas nenhuma dessas ações teria resolvido o problema. Ademir Pereira Lopes é paciente e vai toda semana à unidade para fazer tratamento. Segundo ele, há fezes espalhadas por vários locais e os animais voam tranquilamente nas salas. “As pom- bas estão em todos os lugares e voam o tempo todo. Ficamos preocupados porque vamos no posto frequentemente”, afirma. As aves também são vistas na área externa do prédio, já que o telhado foi tomado por elas. Ida- lina Aparecida Ferreira é mãe de uma funcionária da unidade e está preocupada com os riscos que as pombas podem oferecer a saúde. “O risco é tanto para os funcionários quanto para os MORADORES FLAGRAM INFESTAÇÃO DE POMBOS EM POSTO DE SAÚDE DE BAURU Fonte: G1

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Informativo semanal com notícias sobre o mundo das pragas.

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Pacientes e funcionários estão preocupados com a infestação de pombos no posto de saúde localizado na Vila São Paulo, em Bauru (SP). Fotos de moradores da região mostram que as aves ficam em cima de documentos, nos corredores e até nas salas de atendimento da unidade.

Segundo os moradores, a infestação dos pombos causou até a interdição do posto de saúde por três dias no ano passado. A prefeitura diz que várias medidas foram tomadas para afastar as aves do prédio, como a colocação de armadilhas sonoras, de telas e a proteção do telhado para impedir a passagem delas, mas nenhuma dessas ações teria resolvido o problema.

Ademir Pereira Lopes é paciente e vai toda semana à unidade para fazer tratamento. Segundo ele, há fezes espalhadas por vários locais e os animais voam tranquilamente nas salas. “As pom-bas estão em todos os lugares e voam o tempo todo. Ficamos preocupados porque vamos no posto frequentemente”, afirma.

As aves também são vistas na área externa do prédio, já que o telhado foi tomado por elas. Ida-lina Aparecida Ferreira é mãe de uma funcionária da unidade e está preocupada com os riscos que as pombas podem oferecer a saúde. “O risco é tanto para os funcionários quanto para os

MORADORES FLAGRAM INFESTAÇÃO DE POMBOS EM POSTO DE SAÚDE DE BAURUFonte: G1

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pacientes. Tenho uma minha filha que fica acamada e eu retiro os remédios dela no posto, mas preferi não pegar os medicamentos com medo da contaminação”, comenta a doméstica.

Riscos para a saúde

Os pombos transmitem doenças causadas por fungos e o contato com as aves pode causar me-ningite em pacientes com baixa imunidade. Outra doença causa pelos animais é criptococose, que é a transmissão via respiratória das fezes secas das pombas.

“A criptococse tem como principais sintomas uma dor de cabeça muito forte e febre. O trata-mento é doloroso, já que o paciente é submetido à retirada do líquido da espinha para eliminar a doença”, explica a infectologista Paulista Pinhão coelho de Paula.

Além disso, os pombos são responsáveis por doenças causadas por bactérias e também na transmissão de piolhos, por isso, o contato deve ser evitado. “É preciso manter o local limpo e não ter contato nenhum com as fezes. Se tiver, o paciente deve lavar as roupas e as mãos, além de manter o ambiente totalmente limpo”, ressalta a especialista.

Trabalho constante

Para evitar que esse tipo de animal se espalhe é preciso tomar alguns cuidados, entre eles, não alimentar as aves. Quanto mais sujo, mais favorável é o ambiente para que elas se instalem. “A população que mora na região do posto deve ser comunicada para não disponibilizar nenhum tipo de alimento para as pombas. A prefeitura também deve fazer uma avaliação do prédio e certificar de que todas as condições para evitar a instalação das aves sejam feitas como, barreiras físicas e repelente. É um trabalho contínuo e depende de um projeto mais elaborado”, ressalta o técnico de controle de vetores e pragas urbanas, Edison Carrilho Moroni.

Em nota, a prefeitura informou que pediu um estudo para técnicos do município em busca de uma solução que afastem as aves do local. Entretanto, uma das causas constadas pelos especia-listas que colabora com a infestação no local é que existem pessoas que insistem em alimentá--las, o que deve ser evitado.

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PROFESSORES DENUNCIAM INFESTAÇÃO DE POMBOS EM ESCOLA PÚBLICA NO MAFonte: G1

Os prédios onde funcionam a Unidade de Ensino Básico (UEB) Hortência Pinho e Anexo, localizados nas comunidades do Coqueiro e Vila Samara, em São Luís, respectivamente, estão tomados pela infestação de pombos, segundo informações do Sindicato dos Professores (Sindeducação) divulga-das nesta terça-feira (10).

De acordo com o sindicato, as atividades da uni-dade estão suspensas desde o dia 5 de janeiro. Os professores alegam que a paralisação é uma forma de proteger os funcionários e alunos de possíveis doenças transmitidas pelos animais. Segundo

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a presidente do sindicato Elisabeth Castelo Branco, o caso nas unidades é preocupante.

“É caso de vigilância sanitária, já ultrapassa os limites de tolerância da categoria. O sindicato vai recorrer às demais esferas públicas para assegurar a saúde dos professores e alunos”, avisa a presidente.

A escola atende a aproximadamente de 470 alunos, com três salas destinadas à educação infan-til. “Termos crianças em idade de creche submetidas a essa situação é uma verdadeira tragédia”, avalia a presidente.

Outros problemas

Para o sindicato, a infestação de pombos está associada a problemas como sujeira, vazamentos e alagamentos, por exemplo. Parte do muro da UEB Hortência Pinho caiu há três semanas e aguarda reparos.

Cardoso disse que pretende solicitar vistoria das unidades de ensino à Promotoria da Educação na companhia do secretário municipal de Educação Geraldo Castro.

Em nota enviada ao G1, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) disse que os serviços de re-paros e manutenção realizados nos prédios escolares da rede municipal contemplam o combate à infestação de pombos e que os problemas serão sanados o mais rápido possível. Leia a íntegra da nota da Prefeitura de São Luís abaixo:

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que os serviços de reparos e manutenção realizados nos prédios escolares da rede municipal contemplam o combate à infestação de pom-bos, e que a Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Hortência Pinho receberá as melhorias necessárias com a maior brevidade possível. A Semed esclarece ainda que atualmente executa melhorias em 33 unidades de ensino simultaneamente e que tem combatido, com sucesso, situações desse tipo em outras unidades de ensino de São Luís, a exemplo da U.E.B. Ribamar Bogéa, em fase de conclusão dos serviços de manutenção e onde hoje são garantidas as condições de trabalho e aprendizado.

ESPECIALISTAS EXPLICAM O AUMENTO DE CASOS DE MALÁRIA NO RJFonte: G1

Dois especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o geneticista Mariano Zalis e o infectologista Alberto Chebabo explicaram no Bom Dia Rio desta quinta-feira (26) os casos de malária registrados no estado do Rio recentemente. Segundo Zalis, o aumento do número de casos no estado não é normal, embora sempre haja registro da doença.

“Houve um aumento do número de casos nos anos 1920 e depois ficou mais controlado, com casos esporádicos sobretudo nas regiões de Mata Atlântica. O que aconteceu agora, a gente acredita que é em função dessa grande seca, principalmente em dezembro, onde os lugares de água as larvas diminuíram e ficaram presas em locais como cachoeiras e rios, exatamente nos locais mais visitados pelas pessoas”, explicou Zalis.

O geneticista acrescentou ainda que o mosquito transmissor da malária não voa para muito lon-ge e, por isso, ficou concentrado nessas regiões, infectando as pessoas que frequentaram esses

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locais. Ou seja, a seca favoreceu a concentração do mosquito em regiões mais perto do homem.

Chebabo destacou que a melhor forma de se evitar a doença é evitar a picada do mosquito. Por isso, ele aconselhou quem vai para regiões de mata fechada na Região Serrana do Rio, em locali-dades como Lumiar, Sana, Guapimirim, por exemplo, devem utilizar repelente.

“É a melhor forma e única forma de se proteger da picada do mosquito. A pessoa infectada pela malária tem como sintomas principalmente febre e dor de cabeça. Na grande maioria das vezes a febre acontece em períodos de 24 horas ou 48 horas, indo e voltando. E entre esses períodos a pessoa se sente aparentemente bem. Pode ser confundida com outras viroses, mas se a pessoa entrou em ambientes de mata, deve informar ao médico que esteve em áreas onde ocorrem casos de malária, para que seja feito diagnóstico diferenciado para saber se é um caso de malária”, informou o especialista.

Quem suspeitar que está com a doença deve procurar um médico, informar se esteve em região de mata nos últimos 15 dias, e a partir daí o médico deve pedir um exame de sangue para ver o hematozoário – que é a identificação do parasita no sangue – e fazer o diagnóstico.

Segundo Chebabo, dificilmente a contaminação se dá de pessoa para pessoa, pois é preciso um número muito grande de parasitas no sangue do infectado passe a doença adiante. Normalmen-te, a malária deixa uma quantidade muito baixa de parasitas no sangue. O mosquito não existe nas cidades, mas sim em regiões de mata.

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