Técnica Ajustamento Clarividência
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SCHLOSSER, Ulisses. Tcnica para o Ajustamento Parafisiolgicoda Sintonia Visual na Clarividncia
Conscientia, 11(3): 167-177, jul./set., 2007
Temas da Conscienciologia
Ulisses Schlosser*
* Psiclogo. Voluntrio do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC)[email protected] recebido para publicao em 17.09.07.04.01.07.
Palavras-chaveClarividnciaEnergia consciencialFenomenologiaImagticaSintoniaViso
KeywordsClairvoyanceConsciential energyImagetic tuningPhenomenologyVision
Palabras-claveClarividenciaEnerga conciencialFenomenologaImagticaSintonaVisin
Tcnica para o Ajustamento Parafisiolgico daSintonia Visual na ClarividnciaTechnique for the Paraphysiological Adjustment of the Visual Tuning during ClairvoyanceTcnica para el Ajuste Parafisiolgico de la Sintona Visual en la Clarividencia
Resumo:O presente artigo discute a possibilidade de melhoria do controle
parafisiolgico sobre a sintonia de imagens nos experimentos com clarividn-cia. O estudo da clarividncia foi fundamentado na existncia do fenmeno doparapercepto, diferenciando-se de efeitos imaginativos e sensorialidade intra-fsica. Tambm se desenvolve complementao metodolgica entre um relatopessoal com descrio do respectivo experimento e a apresentao da tcnicapara ajuste da sintonia paravisual. A tcnica foi testada em experimentos deimobilidade fsica vgil IFV. Os resultados permitem melhor domnio e com-preenso dos fenmenos paravisuais pelo manejo de exteriorizaes e instala-o de campo energtico, descoincidncias paraceflicas e a perspectiva desintonia de imagens de clarividncia viajora.
Abstract:This article discusses the possibility of improving the paraphysiological
control of image tuning during clairvoyance experiments. The study ofclairvoyance is based on the existence of the phenomenon of the parapercept,differentiating it from both imaginary effects and intraphysical sensoriality. Inaddition, this work develops a methodological complementation betweena personal account describing the respective experiment and the presentationof the technique for the adjustment of the paravisual tuning. The techniquewas tested in experiments of waking physical immobility IFV. The resultsallow a better control and comprehension of the paravisual phenomenon bymaneuvering the exteriorizations and the installation of energetic field,paracephalic discoincidences and the perspective of tuning images of travellingclairvoyance.
Resumen:El presente artculo discute la posibilidad de mejora del control
parafisiolgico sobre la sintona de imgenes en los experimentos conclarividencia. El estudio de la clarividencia fue fundamentado en la existenciadel fenmeno del parapercepto, diferencindose de efectos imaginativos y desensorialidad intrafsica. Tambin se desenvuelve la complementacin meto-dolgica entre un relato personal con la descripcin del respectivo experimen-to y la presentacin de la tcnica para el ajuste de la sintona paravisual. Latcnica fue testada en experimentos de inmovilidad fsica vgil IFV. Losresultados permiten mejor dominio y comprensin de los fenmenosparavisuales a travs del manejo de exteriorizaciones y la instalacin de cam-po energtico, descoincidencias paraceflicas y la perspectiva de sintona deimgenes de clarividencia viajera.
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Conscientia, 11(3): 167-177, jul./set., 2007
INTRODUO
O interesse na presente pesquisa teve origem na necessidade de compreender o funcionamento de
experincias visuais, principalmente nas fases em torno da experincia lcida de sair do corpo fsico (a pr-
-decolagem) e aps a interiorizao no corpo, retornando de projees assistidas. Algumas cenas de clarivi-
dncia pareciam ser propiciadas pelos amparadores extrafsicos, mas logo surgia a dificuldade, por limita-
o pessoal, em manter ou aprofundar a investigao das imagens.
A opo desenvolvida foi a de procurar melhorar o desempenho pessoal, justamente para propiciar
melhores interaes parapsquicas com os amparadores e outras conscincias extrafsicas. O objetivo pas-
sou a ser o de buscar situao semelhante pr-decolagem, antes da sada do corpo fsico na projeo, e ao
estado da descoincidncia ps-projetiva, quando o parapsiquismo conserva fortes caractersticas da experi-
ncia extrafsica. Saindo do contexto da decolagem e da interiorizao lcida, os exerccios especficos de
clarividncia passaram a ser feitos nos experimentos de imobilidade fsica vgil.
Prope-se conhecer os recursos do holossoma ligados ao desempenho da clarividncia e colaborar
para melhorar a comunicao interdimensional. Basta imaginar infinitas tentativas de amparadores e outras
consciexes para contato e o esforo no intuito de propiciar experincias parapsquicas pessoa sem noo
sobre os procedimentos tcnicos para corresponder a tal esforo.
Por outro lado, se a conscin emprega o parapsiquismo com intuito assistencial, com iniciativa para
investir no autodesenvolvimento tcnico, poder contar com a base pessoal de experincia para harmonizar
a cooperao com os amparadores extrafsicos, evitando assim tornar-se excessivamente dependente.
Objetivo e Metodologia
O presente artigo visa contribuir com a discusso sobre tcnicas para melhorar o controle no desempenho
do fenmeno da clarividncia no aspecto da sintonia, da clareza ou mesmo da escolha das imagens
a serem vistas. Apresenta uma tcnica baseada no controle das exteriorizaes de energias, instalao de
campo energtico e descoincidncia na regio do frontochacra, por meio de projees energticas especficas.
A caracterizao da metodologia experimental est detalhada atravs de relato de experimento pessoal
deste autor, sucedido da descrio detalhada do respectivo experimento e dos procedimentos utilizados.
A tcnica foi testada, de modo repetitivo, em experimentos laboratoriais de imobilidade fsica vgil (IFV) ao
longo dos ltimos 3 anos e at o momento em 2007. O recurso metodolgico bsico foi o feedback, pois
aps experimentar as manobras de ajustamento energtico do campo paravisual, observaram-se os efeitos
resultantes na sintonizao da cena desejada e na nitidez da imagem.
A finalidade de apresentar o relato de um nico experimento foi buscar o detalhamento dos fenmenos.
Tal metodologia de descrio fenomenolgica est sob estudo para verificar o atendimento satisfatrio
interlocuo cientfica. Os procedimentos e manejos descritos precisam ser testados em diversidade maior
de tcnicas para a clarividncia.
O tratamento oferecido aos dados no foi de ordem quantitativa, mas sim fundamentado na categoria
paraepistmica da autolucidez para a construo do conhecimento conscienciolgico. Ou seja, admite-se
a possibilidade de um nico experimento autolcido poder indicar a perspectiva da realidade multidimensi-
onal a ser confirmada no prosseguimento da auto-evoluo.
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Fundamentao
A hiptese para fundamentar a tcnica proposta trata do controle do ajuste fino sobre a mobilizao de
energias conscienciais para gerar exteriorizao e descoincidncia (VIEIRA, 1999, p. 584-594). Os princi-
pais procedimentos tcnicos a serem aplicados no uso das energias conscienciais, dentre outros possveis,
so os acoplamentos e desacoplamentos uricos, as compensaes energticas, a discriminao, a disper-
so, a exteriorizao, a homogeneizao e a velocidade do fluxo energtico (VIEIRA, 1994, p. 327, 352).
O autopesquisador pode verificar a existncia da energia consciencial e desenvolver a sensibilidade e o con-
trole para executar procedimentos tcnicos. Manobrar tecnicamente a energia consciencial, com hiperacuidade
e preciso, parece ser pr-requisito para o desenvolvimento voluntrio da clarividncia.
1. CLARIVIDNCIA E PARAPERCEPO VISUAL
A clarividncia a faculdade de ver alm da viso dos olhos fsicos por meio da configurao do
parapercepto visual, ou seja, da imagem mental resultante da percepo extra-sensorial visual. O clarivi-
dente obtm informao sobre eventos psquicos e objetos, a exemplo de entes materiais, energias,
morfopensenes, conscins e consciexes, situados perto ou longe, no espao intrafsico ou em dimenses
extrafsicas, com as imagens visualizadas internamente ou no ambiente externo clarividncia ambiental.
No senso comum, a clarividncia considerada a faculdade de tomar conhecimento do mundo exterior sem
o emprego dos sentidos (HOUAISS, 2001, p. 736). Na abordagem tcnica, o fenmeno da clarividncia
abarca a parapercepo especfica de imagens visuais. O termo clarividncia pode ter a interpretao
extrapolada para viso lcida, associando-se o prefixo clari- idia de lucidez, clareza.
Pesquisadores do parapsiquismo (CARVALHO, 1997; LEADBEATER, 1990; TARG & PUTHOFF,
1975, p. 1-3; VIEIRA, 1994, p. 211, 353; VIEIRA, 1999, p. 133, 166-174) registram tipos ou especificaes
clssicas do fenmeno da clarividncia, destacando-se as 7 a seguir:
a. Viso da dimener. Corresponde viso da dimenso energtica relativa s energias intermedirias
entre a dimenso intrafsica e as dimenses extrafsicas.
b. Clarividncia facial. Constitui-se basicamente por imagens visualizadas na face de outra pessoa
resultantes de interaes e acoplamentos energticos.
c. Clarividncia viajora. caracterizada pela viso de eventos intra ou extrafsicos ocorridos a distn-
cia do corpo humano.
d. Viso remota. Constitui modalidade de clarividncia viajora obtida a partir de coordenadas geogr-
ficas prvias para se alcanar o alvo visual.
e. Clarividncia extrafsica na viglia fsica ordinria (a partir da dimenso intrafsica). Corresponde
viso de cenas ou conscincias extrafsicas observadas a partir da viglia fsica ordinria.
f. Clarividncia extrafsica projetiva. Corresponde s possibilidades de clarividncia da conscincia
projetada fora do corpo humano.
g. Clarividncia telestsica. Trata-se do fenmeno da clarividncia enriquecido com outras caracters-
ticas sensitivas, a exemplo de telepatia, cinestesia e assimilaes simpticas de energias e sentimentos.
Quando a informao visual enriquecida com idias, sentimentos, sensaes de presena ou conheci-
mento ampliado, a clarividncia deriva para a telepatia, a telestesia e outros (CARVALHO, 1997).
H variantes de manifestaes na infncia, alm da ocorrncia espontnea, com freqncia varivel,
e em outras fases e momentos da vida.
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Historicamente, comum a negao da clarividncia ou o preconceito em consider-la apenas conta de
distrbio patolgico. freqente a ocorrncia de possveis efeitos de clarividncia e alucinaes associadas
a quadros psicticos e at mesmo em pessoas consideradas neuropsiquiatricamente normais, a exemplo da
sndrome de Charles Bonnet (FFYTCHE, 1998), provavelmente em resultado de descoincidncia patolgi-
ca nos veculos componentes do holossoma. Por outro lado, a mesma descoincidncia pode ser manejada
tecnicamente por deciso lcida e possibilitar o fenmeno treinvel e acessvel por qualquer pessoa prati-
cante de exerccios persistentes.
Juntamente com a telepatia, a clarividncia talvez seja um dos parafenmenos de maior interesse no
mundo. Apenas no site de busca Google, para o termo clairvoyance, em ingls, so mostradas 3.900.000
referncias em setembro de 2007. Em portugus so 540.000 referncias. Apesar do grande nmero de
publicaes sobre o assunto, h muito poucas abordagens cientficas e tcnicas satisfatrias, com descries
detalhadas e metodologias para o desenvolvimento e a educao de tal habilidade. Na reeducao pessoal
da conscin, a clarividncia dos mais importantes fenmenos para as confirmaes das experincias
interdimensionais, parapsquicas. Quando aliada a outras percepes, de modo criterioso, pode propiciar
consistente recurso para o desenvolvimento da autolucidez e da autoconfiana parapsquica.
Fenmeno da Parapercepo
O fenmeno da parapercepo apresenta dois aspectos relevantes: a ocorrncia de percepo e a carac-
terstica extrafsica em alguma etapa do processamento. A parapercepo pressupe os mesmos trs ele-
mentos constituintes da percepo intrafsica: conscincia perceptora, objeto e percepto (SCHIFFMAN,
1996). O diferencial a configurao do parapercepto com elementos fora da restrio do crebro fsico.
A parapercepo, quando mais freqente, tcnica e sadia, configura-se na tima relao entre a produo
mental do indivduo e o parapercepto. Trata-se da representao tcnica da relao entre ego e mundo
percebido. O ajuste da reduo da carga de preconceitos e apriorismos no ego integrado higiene e soltura
holossomtica para a multidimensionalidade conferem qualidade s parapercepes da conscincia.
A qualificao das parapercepes visuais significa aproximao com a realidade extrafsica, podendo
ter aparncia agradvel ou desagradvel. Alm do esforo paraperceptivo tcnico, o autopesquisador neces-
sita tambm se preparar para a possibilidade de se deparar com o inusitado, o chocante, o inesperado e, mes-
mo assim, evitar imaginaes geradoras de distrbios no momento da visualizao. Treinamento e abertura
para a diversidade extrafsica so boas indicaes at se construir e manter a confiana na experincia real
com o parapercepto. A tarefa discernir sobre a prpria higidez mental para avaliar e contextualizar as
significaes do parapercepto. Tcnicas de manejo da sintonia paravisual tendem a diminuir a impotncia
diante da efemeridade do parapercepto e criam a possibilidade da reverificao da imagem em alguns casos.
Diferenciao entre Parapercepo e Imaginao
A imagem surgida na mente pode ser resultado de parapercepo sobre a realidade ou, diferentemente,
pode ser criada pelo prprio mentalsoma. Para a pessoa produzir imagens mentais, simplesmente basta
querer imaginar algo, e at mesmo espontnea ou involuntariamente a produo de imagens pode ocorrer.
Em princpio, a distino entre a imagem percebida e a imagem produzida pode parecer simples. Mas na
prtica a sutileza de ambos os processos pode alcanar limites de difcil distino. Tambm ocorre o fen-
meno da imagem composta pela percepo e pela imaginao ao mesmo tempo. O ponto central a oposi-
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o entre a passividade necessria e natural para a ocorrncia da parapercepo e a atividade na imaginao.
Percepo receptiva. Imaginao ativa. Percepo e ao so, ento, duas atitudes bsicas e opostas na
conscincia. Na antiga filosofia chinesa representavam yin e yang.
A soluo do dilema tcnico sobre a atitude anmica de intervir na prpria parapercepo est ligada ao
autoconhecimento na produo imagstica e pensnica, discernindo e eliminando interferncias na configu-
rao do percepto. No exerccio bem sucedido da parapercepo, necessrio apassivar a imaginao
e ativar a percepo. Simplesmente, muitas pessoas tm dificuldade em desenvolver parapercepo por no
conhecer ou no discernir e controlar tecnicamente a interferncia dos prprios contedos conscienciais
(imagens mentais autoproduzidas) sobre o contedo percebido de outra conscincia (percepto). Manejar
a parapercepo significa controlar as variveis do parapercepto e no estimular a produo de outros
elementos da imagstica ou da pensenidade; est assim definido o foco tcnico do presente estudo.
O conhecimento terico dos referidos elementos qualifica o discernimento sobre as autopercepes
e clareia as necessidades de manejo tcnico das imagens paravisuais, diminuindo iluses e equvocos. Tra-
ta-se de interessante relao entre teoria e prtica. Aqui a teoria tambm fundamenta e esclarece a importn-
cia da atitude passiva ou receptiva no exerccio da parapercepo, gerando conscientizao sobre a evitao
de elementos da imagstica, a imagem autoproduzida, e deixando clara a possibilidade de como, quando
e sobre o que exercer aes de manejo tcnico do parapercepto.
Diferenciao entre Parapercepo e Percepo Sensorial Intrafsica
Reverificar a configurao de paraperceptos pode ser considerado um procedimento bsico na metodo-
logia do experimentador para garantir organizao e buscar coerncia nos achados. O objetivo da reverificao
evitar a construo de suposies sobre a parapercepo equivocada. A diferenciao bsica feita cons-
tatando-se as principais diferenas entre caractersticas sensoriais do campo visual intrafsico
e do paravisual extrafsico, comparando-se os respectivos elementos. recomendada a repetio de proce-
dimentos especficos, a exemplo das tcnicas a serem estudas a seguir. Para obter dados e confiana na
diferenciao entre elementos visuais e paravisuais, basta repetir vrias vezes e sucessivamente, em ambi-
ente laboratorial, o experimento de entrar e sair do campo paravisual pelo exerccio de relaxamento
e descoincidncia.
comum ao experimentador iniciante no obter sucesso na tentativa de ver algo diferente do universo
sensorial intrafsico ao querer vivenciar o fenmeno da clarividncia. O bom indicador em tal situao
a sinceridade e a sade mental na atitude coerente para dizer no estar vendo nada diferente. O problema
saber por onde comear e corrigir erros e faltas. So indicadas duas providncias bsicas: organizar con-
dies para o protocolo dos primeiros experimentos e desenvolver minimamente a descoincidncia energ-
tica, principalmente na regio da cabea. O detalhamento dos procedimentos experimentais ser apresenta-
do nas sees de descrio do experimento e de tcnica para desenvolver a parapercepo visual. No par-
grafo a seguir ser descrito pequeno exemplo ilustrativo de experimento verificador.
Indica-se ambiente confivel e silencioso, com luminosidade controlada para gerar penumbra homog-
nea necessria aos fenmenos energticos e ectoplsmicos a serem visualizados. Deve propiciar confort-
vel imobilidade fsica para a pessoa sentada. indicado ao experimentador j possuir controle sobre
a mobilizao de energias e produzir mnimas descoincidncias nos veculos de manifestao. O resultado
pode ser facilitado com a participao de outra pessoa confivel, com afinidade energtica e de convvio,
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sentada frente a frente, para servir de alvo visual. O procedimento mnimo consiste em aprofundar o relaxa-
mento fsico e energtico, fixando a viso sobre a face da outra pessoa. A tarefa verificar as variaes das
imagens no ambiente a cada tentativa de aprofundamento, durando de trs a cinco minutos, repetidas vezes.
A imagem intrafsica tende a ser estvel mesmo sob exteriorizao de energias. J na imagem paravisual
comum ocorrerem alteraes de cor, brilho e forma e surgirem ou desaparecerem objetos de natureza
extrafsica em resultado das interferncias energticas do perceptor. Os objetos de natureza extrafsica po-
dem ser as energias integrantes dos campos paravisuais, os componentes visveis dos holossomas de conscins
e consciexes (aura, chacras, energossoma e psicossoma) e os morfopensenes extrafsicos semelhantes ou
diferentes em relao aos existentes no ambiente intrafsico correspondente. Em seguida examinam-se quais
dos aspectos citados acima puderam ser observados, verificando-se, quais no pertencem viso sensorial
comum.
A objetividade tcnica para manejar a percepo, no experimento da clarividncia, oferece recursos
para reverificar a imagem vista e diferenciar os fenmenos. Nem sempre a reverificao possvel, pois
a cena pode ser fugaz. Mas possvel treinar, criar experimentos controlados e instalar autoconfiana no
manejo de metodologias bsicas para propiciar otimizao na configurao do percepto imagtico. Com
o uso de metodologia, de critrio autocrtico e com o acmulo de experincias, o observador poder verifi-
car o aumento das diferenciaes para classificar os fenmenos imagticos. Por exemplo: a paraimagem
ambiental de objeto ou conscincia contgua, distante ou de outra dimenso; a imagem mental interna; os
gradientes e os matizes de energia; a interferncia da imaginao; a iluso; a alucinao e outras.
2. RELATO PESSOAL: PERCEPO DA BIA EXTRAFSICA
Contextualizao: o fenmeno ocorreu, pela primeira vez, em sesso experimental no Laboratrio deImobilidade Fsica Vgil (IFV) do CEAEC (Centro de Altos Estudos da Conscienciologia) e consiste na
produo de efeito paravisual de imagem ambiental marcante e til. Aps a descoberta casual do efeito, foi
possvel repeti-lo na sucesso de outros experimentos de IFV realizados no CEAEC, tambm na residncia
pessoal e, ao longo do ano de 2006, durante experimentos de clarividncia facial na atividade de Dinmica
Parapsquica, realizada semanalmente no CEAEC para o desenvolvimento da interassistncia grupal e das
autopesquisas. At o momento, s foi possvel reproduzir o efeito, com preciso satisfatria, em condio
laboratorial. Efeitos parciais tm ocorrido tambm no ambiente profissional, durante certos atendimentos
crticos e em outros contatos interpessoais com forte interao assistencial. Provavelmente as limitaes
pessoais ainda no permitiram a reproduo completa do efeito no cotidiano. Permaneo com a meta, mas
talvez outros pesquisadores possam consegui-la com mais facilidade, ou j tenham conseguido, no haven-
do notcia at o momento. Apesar de nem sempre ocorrer, quando o efeito da bia se configura, a imagem
ambiental estvel e dura enquanto o padro energtico do campo sustentado.
Protocolo experimental: a primeira experincia ocorreu entre 09h e 12h30 do dia 06.02.2003, nolaboratrio de IFV do CEAEC, especialmente organizado, com poltrona adequada, uma grande cortina
branca com suaves ondulaes situada, aproximadamente 2 metros, frente e a luminosidade diminuda
pelas cortinas nas janelas, mantendo a penumbra no muito escura. O dia estava quente e suei durante
o ltimo tero do experimento, pois o aparelho de ar condicionado no compensava o calor externo de mais
de 40 C. A durao efetiva da imobilidade foi de exatas 3 horas, com lucidez contnua, pois havia me
preparado bem, estando em jejum e com o sono bem satisfeito nas noites anteriores. O objetivo era genri-
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co, buscando o aprofundamento das vivncias conscienciais e o desenvolvimento da experincia paraps-
quica. Sentia-me aberto e tranqilo, procurando observar as ocorrncias do momento. Tratava-se do segun-
do experimento de IFV, da srie de seis desenvolvidos naquele perodo.
Descrio: iniciei relaxando imediatamente o holossoma por inteiro, com afrouxamento geral dasenergias do energossoma e relaxamento mental sem pensamentos. Prximo aos 2 minutos do experimento,
comecei a sentir o fluxo de exteriorizao energtica espontnea pelos braos relaxados sobre o apoio da
poltrona. Com olhos abertos, logo se configurou a visualizao da dimener, surgindo os contornos energticos
dos objetos (parte dos ps, pernas e o apoio da poltrona) e o ambiente preenchido pelo fluido de energia.
Poucos instantes depois, a impresso de reconhecimento e afinidade predominou sobre o campo em torno
de mim. No sei precisar depois de quanto tempo, mas ainda dentro da primeira hora, configurou-se gradu-
almente, mas em poucos segundos, a imagem circular de cor lils, de impressionante nitidez, brilhante,
lembrando a cor de ametista, com 8 a 10 cm e dimetro, fixa no ar, talvez a 1,5 m dos meus olhos, antes da
cortina branca. O pequeno disco brilhante ficou ali suspenso por alguns segundos.
Procurei manter o equilbrio para sustentar a experincia e valorizei de imediato a concretude da ima-
gem ali diante de mim. Nos momentos iniciais, fiquei curioso e pensando se aquilo poderia ser parte de
alguma consciex, ou algum aparelho extrafsico, mas a imagem se mantinha e nada mais aparecia. Depois
do experimento, pensei na possibilidade da imagem ter sido sustentada inicialmente por consciex amparadora.
O disco no era totalmente liso, possua a superfcie irregular, mas no pude definir detalhes. S depois
de alguns instantes me dei conta da estabilidade inicial da imagem, porque ela passou a perder brilho,
esmaecer e oscilar, chegando a desaparecer e reaparecer. A imagem passou a ficar instvel, e pude verificar
o efeito da influncia dos ajustes energticos controlados por mim sobre a estabilidade visual.
Logo descobri a relao da visualizao do disco lils com o meu grau de descoincidncia e tambm
com o grau de liberao das energias do energossoma. A relao entre a exteriorizao de energias, havendo
participao de ectoplasma e a configurao de imagens ambientais, propiciando clarividncia, j foi sugerida
em estudos desde o incio do sculo XX, a exemplo das pesquisas de Gustave Geley (1924).
Em nenhum momento a nitidez e o brilho da imagem voltaram a ser igual ao incio. Aumentei o grau de
descoincidncia e a interao com a imagem, concentrando-me, buscando recuperar nitidez e descobrir outro
sinal extrafsico. Na seqncia, o fenmeno mudou de configurao, a distncia at o disco deixou de existir
e surgiu o efeito de movimento e ondulao suave na visualizao das energias. A cor lils diluiu-se e variava
de modo irregular. O disco desconfigurou-se. A nova estrutura tinha forma de tnel em movimento rpido. Eu
tinha convico de no estar saindo do corpo, a lucidez se mantinha aguada. A sustentao duradoura do
efeito foi possvel em funo da manuteno de ajustes energticos sobre o campo. Explorei o novo fenme-
no. No houve progresso. O efeito se mantinha. Talvez ocorresse mudana se eu sasse do corpo, pois o tnel
lembrava o efeito da transio interdimensional j verificado em projees, agora visto em detalhes na clari-
vidncia. Tambm fez lembrar a viso de tnel de acordo com relatos e estudos da experincia da quase-
morte (BLACKMORE, 1999; HAINES, 1993). A estabilidade do manejo paravisual foi relevante.
Refleti sobre a funo da manuteno das imagens lembrando do meu estado intrafsico. Seria til
e possvel usar os mesmos recursos para desenvolver clarividncia no dia-a-dia? Estavam sendo mostradasa mim possibilidades de clarividncia nada habitual a partir da condio intrafsica. A relao de feedback
entre a imagem e o manejo dos ajustes, promovidos por mim, sobre o grau de descoincidncia e sobrea densidade precisa nas exteriorizaes contnuas para manter a sintonia visual com o campo me pareceram
de grande relevncia tcnica. At aquele momento, foi possvel deduzir a funo de sinalizao das imagens
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para promover os ajustes de sintonia visual. Resolvi cessar a experincia do tnel e tentar repetir do comeo
para testar a viso do disco. Funcionou e, para minha surpresa, sem grande dificuldade. O disco estava
diante de mim novamente e procurei reverificar o mtodo de ajustamento da sintonia, pensando na possibi-
lidade de ter contato visual direto com consciex amparadora presente no ambiente.
Os efeitos visuais da dimener se estabilizaram e o disco parecia ter funo de bia extrafsica para
sinalizar e auxiliar a manter o ajuste da sintonia paravisual. Aumentando ou diminuindo a descoincidncia
ou as exteriorizaes, a bia desaparecia. A manuteno da imagem dependia da faixa de controle sobre
o campo. Simultaneamente imagem do disco, outros sinais de imagens apareceram projetados no ar, bem
diante de mim. Eram trs ou quatro e estavam ao redor do disco, no raio aproximado de 50 cm em relao
a ele. Algumas imagens no definiam a configurao e eu no tinha como manter a ateno simultnea.
Uma das imagens era da casa de telhado verde situada na rea do atual Discernimentum, na Avenida Felipe
Wandscheer ela sempre me chama a ateno no caminho de volta do CEAEC para casa. Outra imagem era
do refeitrio do CEAEC, e a cena parecia estar ocorrendo naquele instante. A terceira imagem parecia ser de
parte no identificada do centro de Foz do Iguau. Havia outras imagens indefinidas.
Pareciam ser imagens de clarividncia viajora, possvel de ser obtida em situao experimental (TARG
& PUTHOFF, 1975), mas com a diferena de estarem projetadas no ambiente, suspensas, semelhantes
a hologramas. Pensei imediatamente no modo como o esforo para sintonizar a imagem do disco lils teria
propiciado encontrar a sintonia para todas aquelas imagens mantidas simultaneamente. No tinha conheci-
mento de imagens de clarividncia viajora projetadas no ambiente. Em minha experincia, o fenmeno
ocorria apenas em tela mental, interna. Procurando me concentrar nas outras imagens, o disco esmaecia.
Tentando novamente, percebi um vulto de pessoa grande, sem forma definida, tambm na cor lils, movi-
mentar-se lentamente da posio do disco at o meu lado direito e desaparecer em seguida. Foi possvel
sintonizar novamente o disco, mas as outras imagens no. Com olhos abertos, sentia sono e descoincidncia
espontnea. Os olhos pesavam. Relaxando e fechando os olhos, a lucidez aumentava muito estava
descoincidindo. Abrindo os olhos, a lucidez diminua.
Nos ltimos momentos do experimento aproveitei para exercitar e verificar as sensaes da transio
das operaes mentais entre o crebro e o paracrebro, experimentando as variaes de lucidez em funo
das variaes de descoincidncia. Cuidei para no dormir e no quis voltar a fechar os olhos. Refleti sobre
a importncia e a possibilidade de investir mais na investigao das interaes paravisuais nos campos de
energia. O recurso de testar diferentes sintonias parecia promissor e eu j pensava na expectativa de tentar
repetir os procedimentos para pesquisar a natureza da bia extrafsica. Mais tarde, aps outros experimen-
tos, repetindo a visualizao do disco lils, desenvolvi a hiptese do efeito bia corresponder visualizao
da projeo das energias do meu prprio frontochacra, provavelmente propiciada, no incio, por consciex
amparadora. Foi interessante pensar na possibilidade de melhorar o hbito de ajustar freqncias paraps-
quicas para manter parapercepes no cotidiano intrafsico.
3. TCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA PARAPERCEPO VISUAL: EXERCCIO DECLARIVIDNCIA DURANTE EXPERIMENTO DE IFV
Para inserir o objetivo adicional da clarividncia no experimento de IFV, os procedimentos necessitam
preservar a proposta inicial sem alterar o protocolo bsico: 3 horas de durao, corpo acomodado imvel na
poltrona, olhos abertos sem piscar, baixa luminosidade e mnima estimulao ambiental. Executando
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o protocolo bsico do experimento com atitude lcida e receptiva a novas vivncias, importante aprender
a trabalhar com a realidade dos dados encontrados, evitando a iluso de artificializar resultados. Por se
tratar de exerccio de percepo, o foco a melhoria do funcionamento do perceptor. Ao contrrio, engano
pensar ser possvel criar perceptos e ver o desejado. A imagem vista representa o objeto da realidade,
e o papel do perceptor perceber a realidade como ela . Imaginar ou antecipar o desejo de ver algo cria
ansiedade e, em geral, interfere, altera ou inibe a percepo. O experimento consiste, ento, em exercitar
a predisposio perceptiva com o manejo das energias e do campo, sem criar contedos imaginativos.
Em 3 horas h tempo para muitas verificaes. Eis 13 exerccios para a clarividncia anmica em
experimentos de IFV: 1. Relaxamento holossomtico. 2. Treino de observao. 3. No produzir imagens de
contedo imaginativo. 4. Ateno parafisiologia do mentalsoma (paracognio). 5. Auto-sensoriamento
energtico. 6. Sensoriamento do frontochacra. 7. Promoo e soltura ou controle do grau de descoincidncia
geral. 8. Promoo e soltura ou controle do grau de descoincidncias especficas na cabea (crtex pr-
frontal, regio occipital e outros). 9. Sensoriamento do campo energtico. 10. Exteriorizaes de energias
para manejo, modulaes e busca de diferentes sintonias no campo. 11. Vivncia do aumento do percentual
de utilizao consciente do paracrebro transferncia das operaes do crebro para o paracrebro. 12.
Estudo aprofundado quanto significao, quantidade e qualidade da relao entre autopensenes e paraper-
cepes obtidas. 13. Gradao da viso da dimener por meio da modulao de exteriorizaes precisas.
O aspecto principal a ser ressaltado para os exerccios de clarividncia durante experimentos de IFV
a possibilidade de desenvolver acuidade sobre a parafisiologia e sobre os detalhes das imagens paravisuais.
Sugere-se a predisposio para averiguar a parafenomenologia visual. Trata-se de situao especial capaz
de permitir mxima ateno s ocorrncias. A vivncia de pequenas experincias pode alcanar grandes
intensidades. A recomendao bsica volta-se para a amplificao da autoconscientizao paracognitiva
e paraperceptiva. O experimentador pode dar prioridade mxima para aproveitar a oportunidade de conhe-
cer os detalhes do funcionamento do mentalsoma e do holossoma durante o fenmeno da clarividncia. No
se trata de esperar grandes facilitaes para o desempenho na clarividncia. Pelo contrrio, h at certa
dificuldade, pois o experimentador estar s, contando apenas com as prprias energias, sua predisposio
e conhecimento tcnico.
4. TCNICA ESPECFICA DE AJUSTAMENTO PARAFISIOLGICO DA SINTONIA VISUAL: PRODUODO EFEITO DA BIA EXTRAFSICA SINALIZADORA
A tcnica consiste em modular exteriorizaes de energias para obter ajuste na viso da dimener at
alcanar a sincronia com a viso simultnea das energias projetadas pelo frontochacra. A modulao da
viso da dimener ajustada por meio de tentativas e testes do controle fino da intensidade, da densidade, da
regio fonte de exteriorizao e dos chacras predominantes, entre outros atributos e variveis energticas.
fundamental a experincia de descobrir a possibilidade do controle anmico do ajuste da viso da dimener.
O resultado o aumento da autoconfiana para iniciar e manter experimentos de clarividncia. A meta
inicial ajustar os padres energticos do campo e das energias projetadas pelo frontochacra. A meta prin-
cipal ver as energias do prprio frontochacra, projetadas bem adiante no ambiente externo, em torno de
1 metro frente dos olhos. Alcanada a meta principal, necessrio estabilizar o padro para iniciar os
efeitos paralelos da clarividncia viajora simultnea com a clarividncia ambiental.
Inicia-se com 3 manobras bsicas e simultneas: relaxamento holossomtico e afrouxamento do
energossoma para propiciar lento e gradual aumento da descoincidncia geral; exteriorizaes suaves das
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energias, praticamente como liberao espontnea, simplesmente expandindo e irradiando as energias de
modo gradual para o ambiente; ateno sobre projees naturais das energias do frontochacra, podendo
variar entre a inteno e a espontaneidade nas exteriorizaes pela fronte da cabea.
A prxima etapa consiste na srie de tentativas para ajustar a sintonia entre as energias do campo e as
energias projetadas pelo frontochacra. Algumas liberaes energticas podem ser testadas pela fronte, mas
as descoincidncias internas, na regio do crtex pr-frontal, e mesmo de outras partes internas da cabea,
parecem surtir efeito de modo mais eficiente para sintonizar a visualizao das energias projetadas. A vivncia
da descoincidncia da cabea, relaxando reas do crebro responsveis pela viso, constitui o ponto cha-
ve. O processo deve ser buscado sem ativaes fsicas na cabea. Para tanto, necessria alguma experin-
cia e exerccios anteriores, pois se trata de ativar o paracrebro sem estimulaes adicionais ao crebro
fsico.
O prosseguimento da tcnica necessita de ateno a possveis configuraes de visualizao de energi-
as no campo ambiental adiante dos olhos. A ocorrncia de distores e coloraes pode ser sinal a ser
rastreado em busca da sintonia objetivada. O rastreamento da sintonia pode ser feito utilizando-se os referi-
dos sinais ao modo de feedback. O experimentador segue o caminho dos procedimentos de busca capazes
de propiciar aumento e melhoria das visualizaes. O procedimento de busca pela sintonia consiste em
variar o manejo simultneo de duas manobras bsicas: a primeira consiste no aprofundamento da
descoincidncia nas regies especficas da cabea, exercitando a regio pr-frontal e a occipital
prioritariamente, por serem atuantes, respectivamente, na paraviso e na viso intrafsica; a segunda consis-
te nas liberaes de energia consciencial exteriorizada suavemente para o ambiente, prioritariamente pelo
frontochacra. A execuo dos procedimentos tcnicos no necessita produo imaginativa, nem ativao
somtica; portanto, no prejudicam a percepo.
A tcnica permite a visualizao estvel do efeito sinalizador da projeo das energias do prprio
frontochacra, simultaneamente s cenas intrafsicas e extrafsicas. O nome bia extrafsica foi atribudo em
funo da utilidade do efeito para sinalizar o ajuste da sintonia energtica do campo paravisual, possvel de
ser promovido pelo prprio experimentador. O objetivo mais relevante da tcnica parece ser a deteco dos
ajustes necessrios na descoincidncia e nas exteriorizaes de energias para obter sintonia paravisual
e estabilizar determinada faixa de percepo simultnea para diferentes modalidades de clarividncia, basi-
camente entre a clarividncia viajora e a clarividncia ambiental.
CONCLUSO
A dedicao para o refinamento do manejo das projees energticas do frontochacra parece ter sido
o elemento chave na produo do efeito paravisual de sintonia entre a viso das energias projetadas e as
demais imagens componentes da cena viajora projetada no ambiente. Pode ser levantada a hiptese de
ectoplasmia no auxlio da composio e da sustentao das imagens ambientais, tendo em vista as possibi-
lidades interativas descritas historicamente na literatura parapsquica e medinica, entre o ectoplasma de
um sensitivo com os efeitos morfopensnicos gerados no ambiente para materializar imagens de energias
e conscincias extrafsicas. Descoincidncias especficas de regies da cabea tambm parecem ter funo
determinante para permitir a visualizao do chamado efeito da bia extrafsica. O conjunto das manobras
para a obteno de tal efeito parece tambm indicar a possibilidade de serem constitudos procedimentos
parafisiolgicos de sintonizao de freqncias energticas estabilizadoras da clarividncia ambiental
e viajora.
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O procedimento bsico da tcnica visualizar as energias do prprio frontochacra, projetadas bem
adiante dos olhos, para viabilizar a sincronizao de freqncias visuais e propiciar o surgimento das ima-
gens de clarividncia. Enfim, busca-se a melhoria da clareza das parapercepes na vida interdimensional
com o uso de procedimentos tcnicos detalhados e disponibilizados para fins assistenciais e auto-evolutivos.
REFERNCIAS
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10. Idem; Projeciologia: Panorama das Experincias da Conscincia Fora do Corpo Humano; 1.232 p.; 525 caps.; 1907
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166-174, 199, 237-343 e 584-594.
11. Idem; Projees da Conscincia: Dirio de Experincias Fora do Corpo Fsico; 224 p.; alf.; br.; 5a Ed.; Instituto
Internacional de Projeciologia e Conscienciologia; Rio de Janeiro, RJ; 1999; p. 43, 46, 50, 80, 133 e 153.