Tecnica de Pesquisa Na Web

download Tecnica de Pesquisa Na Web

of 15

Transcript of Tecnica de Pesquisa Na Web

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    1/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    1

    Como as informaes e comentrios nas redes sociais pautam as notcias: Anlise DaHashtag #somostodosmaju1

    Antonila T. FONSECA2Edna S. MACHADO3

    Janana da S. PEREIRA4Lauren G. L. TRINDADE5

    Marislei da S. Ribeiro6Universidade Federal de Pelotas

    ResumoEste trabalho tem como objetivo analisar a circulao da notcia do caso Maju nas redessociais, abordando a repercusso dos comentrios preconceituosos em relao aapresentadora da previso do tempo do Jornal Nacional Maria Jlia Coutinho. Esse fatoocorreu no dia 2 de julho de 2015, quando a jornalista foi alvo de comentrios

    preconceituosos escritos por internautas em um post com sua foto, provocando repulsa emgrande parte da populao do pas. Neste contexto, a hashtag #somostodosMaju teve amplarepercusso nas redes sociais e o caso foi exposto no Jornal Nacional, pelos ncoras WilliamBonner e Renata Vasconcelos. Para realizar essa pesquisa buscou-se subsdios nos estudosde RECUERO (2014) com nfase em Redes Sociais na Internet e ZAGO (2011) que analisaa cibercultura.

    Palavras-chaves: Comentrios, Facebook; Hashtag; Redes Sociais.

    1.INTRODUO:

    O intuito desse artigo fazer uma reviso bibliogrfica sobre elementos que compem

    as redes sociais, em especial o facebook, baseado no caso dos comentrios preconceituosos

    sobre a apresentadora e jornalista Maria Jlia Coutinho (Maju), em julho de 2015.

    Por essa linha de pensamento, como questes de pesquisa pretende-se verificar como

    se do as relaes nas redes sociais; e circulam das informaes nestas redes; analisar qual a

    funo da hashtag #SomosTodosMaju; compreender de que maneira os comentrios geraram

    repercusso na mdia televisiva. Deste modo, buscamos analisar sobre o fato ocorrido com

    apresentadora, que sofreu comentrios racistas na pgina do Jornal Nacional no Facebook,

    em post publicado na noite da quinta-feira, 2 de julho de 2015.

    1Trabalho apresentado na Diviso Temtica de Rdio, TV e Internet, da Intercom Jnior - XVII Congressode Cincias da Comunicao na regio sul, realizado de 26 a 28 de maio de 2016 na rea de ComunicaoSocial.2Aluna de Iniciao Cientfica e estudante de Jornalismo da UFPel. Email: [email protected] de Iniciao Cientfica e estudante de Jornalismo da UFPel. Email: [email protected] de Iniciao Cientfica e estudante de Jornalismo da UFPel. Email: [email protected]

    5Aluna de Iniciao Cientfica e estudante de Jornalismo da UFPel. Email: [email protected] Professora Adjunta do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Pelotas. Doutora peloPPGCOM-PUCRS: e-mail [email protected]

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    2/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    2

    Estes comentrios geraram revolta em muitas pessoas, que manifestaram suas

    opinies contra o racismo utilizando a hashtag #SomostodosMaju, contando, tambm, com o

    apoio da Rede Globo, que em defesa da apresentadora abordou este fato em vrios momentos

    de sua programao.

    2. METODOLOGIA

    Para realizar este trabalho, utilizou-se a tcnica de anlise de contedo, que se refere

    a um mtodo das cincias humanas e sociais destinado investigao de fenmenos

    simblicos por meio de tcnicas de pesquisa.

    A anlise de contedo ocupa-se basicamente com a investigao de mensagens, o

    mesmo ocorrendo com a anlise semiolgica ou de discurso.A anlise de contedo sistemtica porque se baseia num conjunto deprocedimentos que se aplicam da mesma forma a todo o contedo analisvel. tambm confivelou objetivaporque permite que diferentes pessoas,aplicando em separado as mesmas categorias mesma amostra demensagens, possam chegar s mesmas concluses. (LOZANO, 1994, apudFONSECA JUNIOR, 2005, p. 286).

    O desenvolvimento do mtodo de anlise de contedo o resultado da contribuio

    de diversos autores. A pesquisadora Laurence Bardin estruturou o mtodo de anlise de

    contedo em cinco etapas: organizao da anlise, a codificao, a categorizao, ainterferncia e o tratamento informtico (BARDIN, 1988, apud. FONSECA JNIOR, 2005)

    Neste projeto a proposta fazer uma anlise dos comentrios feitos a partir da hashtag

    para conhecer a origem terica desses comentrios. Tambm, ser feita uma reviso

    bibliogrfica contendo os elementos das redes sociais. Os critrios de anlise sero: Relaes

    nas redes sociais; Comunidade virtual; Atores; Interao, relao e laos sociais;

    Conversao em rede, Capital social; Uso de hashtag; Comentrios e Circulao de

    informaes. Aps, ser construdo o corpus, ou seja, a definio do conjunto de documentosa serem submetidos anlise.

    3. CONTEXTUALIZAO DO CASO MAJU

    Com o avano tecnolgico as interaes no ciberespao esto cada vez maiores. Com

    maior frequncia as pessoas postam nas redes socias para que algum comente, curta e

    compartilhe aquela opinio. Como se deu no caso Maju, em que pessoas fizeram comentrios

    racistas na sua foto postada no facebook do Jornal Nacional, no qual teve comentrios como:

    S conseguiu emprego no Jornal Nacional por causa das cotas. Preta imunda, No tenho

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    3/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    3

    TV colorida para ficar olhando essa preta no, Em pleno sculo 2015 ainda temos preto na

    TV, etc.

    Fig.1: Comentrios racistas apresentadora do tempo - Imagem: Reproduo

    Mediante esta situao o Jornal Nacional lanou a campanha em forma de vdeo em

    prol da jornalista denominada #SomosTodosMaju, a qual muitas pessoas aderiram postando

    suas opinies, assim gerando comentrios no Twitter e utilizando a tag para apoiar Maju.

    Aps a repercusso do caso, Maju recebeu diversas mensagens de apoio que exigiam

    punio ao preconceito. O comentrio mais curtido dizia: "Acabo de fazer um print de todos

    os comentrios dessa postagem e irei lev-lo s autoridades cabveis. Racismo crime.

    Fig.2: Reprter e apresentadora Maria Jlia

    Na noite de 3 de julho de 2015, Maria Jlia aproveitou para agradecer aos internautas

    que apoiaram e ainda disparou contra os que escreveram comentrios racistas. Os

    preconceituosos ladram, mas a caravana passa, afirmou com bom humor. A polmica foi

    levantada pelos apresentadores, Renata e William, que se manifestaram junto com a equipe

    de jornalismo da emissora, atravs de um vdeo na internet.

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    4/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    4

    Fig.3: Postagens em apoio a Maju

    Da mesma forma, a assessoria de imprensa do Facebook disse que conformedetermina a poltica de uso da rede social no so permitidos atos preconceituosos e racistas,

    mas cabe aos seus usurios denunciarem os indivduos que esto envolvidos nestes

    comentrios, para que assim o perfil deles possa ser bloqueado.

    Em maro de 2016 o Ministrio Pblico de So Paulo tomou as devidas providncias

    do caso, identificando e responsabilizando os autores acusados pelos atos racistas. A

    investigao apurou os crimes na rede sobre o racismo, como de: organizao ciberntica,

    corrupo de menores e injria qualificada.Ao todo foram 25 mandatos de busca e apreenso que foi determinado pela 1

    Promotoria de Justia Criminal, que est investigando os comentrios contra a jornalista. Esta

    operao atingiu oito estados, dos quais fazem parte: Cear, Santa Catarina, Amazonas,

    Pernambuco, Gois, Rio Grande do Sul, So Paulo e Minas Gerais.

    No depoimento que deram a polcia, os envolvidos confessaram a autoria das

    mensagens e denunciaram outros, seus celulares e computadores apreendidos. Eram doze

    pessoas participantes do crime, dos quais trs eram adolescentes menores de idade.

    4. RELAES NAS REDES SOCIAIS

    Segundo Bruno Oliveira (2011, p.21), "as mdias digitais so estruturas sociais

    compostas por pessoas ou organizaes que partilham valores ou objetivos comuns,

    conectados por um ou vrios tipos de relao, permitindo a troca e a criao de contedos

    gerados pelo usurio (CGU)." Hoje em dia, muitas pessoas esto conectadas atravs dessas

    ferramentas, relacionam-se entre amigos e com qualquer outra pessoa que compartilhe desses

    espaos virtuais.

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    5/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    5

    Deste modo, os papeis dos agentes das redes foram modificados, a comunicao no

    mais de poucos para muitos modificando-se e tornando-se muitos para muitos. A pessoa

    que antes s consumia a informao, agora pode produzir contedo.

    Com a web 2.0 as formas de comunicao se tornaram mais complexas entreorganizaes pblicas, privadas e do terceiro setor. Segundo Oliveira (2011), antes a empresa

    falava e o consumidor ouvia e o ciclo se encerrava. Hoje, a comunicao cada vez mais

    customizada, e o pblico no pode mais ser considerado um mero receptor de mensagens.

    Para compreender as redes sociais na internet preciso estudar os sites de redes sociais

    (SRSs). Esses sites defendem uma consequncia da apropriao das ferramentas de

    comunicao mediada pelo computador pelos atores sociais.

    Por essa tica, sites de redes sociais foram definidos por Boyd e Ellison (2007, apud.RECUERO, 2009, p. 102) como aqueles sistemas que permitem a construo de uma persona

    atravs de um perfil ou pgina pessoal, a interao atravs de comentrios, e a exposio

    pblica da rede social de cada ator.

    O surgimento da internet proporcionou s pessoas a possibilidade de difundir as

    informaes de forma mais rpida e mais interativa. Com isso os novos canais criados,

    possibilitam a pluralidade de novas informaes circulando nos grupos sociais.

    Os atores, pertencentes a estes grupos apropriam-se dos recursos oferecidos pelas

    redes, de acordo com valores prprios, criando conexes que podem ser simples ou

    complexas. relao entre estes atores e estas conexes chamamos de Capital Social.

    Recuero (2004, p.15) diz que, refere-se conexo entre indivduosredes sociais e normas

    de reciprocidade e confiana que emergem dela.

    O capital social pode influenciar na difuso de informao, vimos como exemplo o

    caso Maju, porque essas redes so construdas por atores sociais com interesses, percepes,

    sentimentos e perspectivas, por isso h uma conexo entre o que algum publica na internet

    e a viso que as outras pessoas vo ter.

    Exemplo disso foram os comentrios que vrias pessoas fizeram sobre a

    apresentadora. Como, "em pleno o sculo 2015 ainda temo preto na TV". Numa anlise

    psicolgica rasa, o preconceito que foi engendrado contra a apresentadora est presente no

    inconsciente coletivo, conforme a psicologia analtica fundado por Carl Jung e tambm no

    imaginrio cultural, visto que muitos esteretipos da sociedade pertencem a uma construo

    histrica e social. No instante em que um usurio (ou grupo) iniciou os ataques racistas,

    imediatamente outros internautas continuaram postando comentrios deste nvel

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    6/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    6

    caracterizando consenso ainda que este comportamento v de encontro conduta tica

    socialmente estabelecida.

    Em contrapartida, os comentrios contrrios aos dos agressores de Maju, comprovam

    que interesses de grupos isolados no caracterizam padres nas redes sociais. Assim, comoo individualismo em rede um padro social, no um acmulo de indivduos isolados, o que

    ocorre que indivduos montam suas redes, on-line e off-line, com base em seus interesses,

    valores, afinidades e projetos. (CASTELLS, 2003, p.109)

    A participao na conversao foi contextualizada pelo uso da hashtag

    #SomostodosMaju. Assim demarca-se a conversao com aquela cujas contribuies

    versavam sobre o mesmo tpico e, como estratgias para a participao utilizavam a mesma

    hashtag. Esse recorte proporciona que se observe a conversao como rede, uma vez quetodos os atores que publicavam posts com a hashtag tornavam automaticamente seus posts

    visveis queles que estivessem acompanhando essa hashtag.

    Em uma rede social h a conciliao de dois elementos: os ns (atores sociais) e as

    suas conexes que so as interaes e os laos sociais. A essas caractersticas soma-se o fato

    de que a circulao de informaes tambm uma circulao de valor social, que gera

    impactos na rede (RECUERO, 2009, p.43).

    Nos sites de redes sociais, os indivduos esto conectados entre si atravs de seus

    perfis, esses espaos se tornam propcios para a propagao de informaes. Ao estudar a

    difuso de informaes, busca-se compreender como a informao difundida entre

    diferentes atores sociais, ou seja, como a informao passa de um indivduo para outro

    (GRUHL, et al., 2004 apud. RECUERO 2010, p. 71).

    Esses fluxos de informao que circulam na internet dependem das diferentes relaes

    sociais entre os indivduos, que podem ser laos fracos, pouca intimidade e proximidade, ou

    laos fortes, maior grau de intimidade e proximidade entre os interagentes. So esses laos

    que fazem com que a informao atinja pontos cada vez mais distantes na rede.

    Assim, a circulao da informao pode acontecer em diferentes sites de rede sociais.

    Em cada um desses espaos, h especificidades decorrentes da efetiva apropriao que os

    autores conferem ferramenta.

    4.1. COMUNIDADE VIRTUAL

    Pierre Levy (1999, p.130) diz que uma comunidade virtual construda sobre as

    afinidades de interesses, de conhecimentos, sobre projetos mtuos, em um processo de

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    7/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    7

    cooperao ou de troca, tudo isso independente das proximidades geogrficas ou das filiaes

    institucionais.

    O objetivo principal da comunidade virtual a reciprocidade, quando se aprende algo

    lendo as trocas de mensagens, preciso tambm repassar os conhecimentos para outros atoresnas redes. Pode-se comparar a vida a uma comunidade virtual, porque raramente transcorre

    sem conflitos. Por outro lado, afinidades, alianas intelectuais, at mesmo amizades podem

    desenvolver nos grupos de discusso, exatamente como as pessoas que se encontram para

    conversar.

    A cibercultura a expresso da aspirao de construo de um lao social,que no seria fundado nem sobre links territoriais, nem sobre as relaesinstitucionais, nem sobre as relaes de poder, mas sobre a reunio em tornode centros de interesses comuns, sobre o jogo, sobre o compartilhamento do

    saber, sobre aprendizagem cooperativa, sobre processos abertos decolaborao (LVY,1999, p.132).

    Deste modo, o autor ressalta que a cibercultura relaciona-se aos interesses comuns

    dos atores nas redes sociais, ento se percebe que determinado assunto ir atrair e causar uma

    reao em determinado grupo de pessoas.

    4.2 ATORESOs atores so o primeiro elemento da rede social, representados pelos ns (ou nodos).

    Trata-se das pessoas envolvidas na rede que se analisa. Como partes do sistema, os atores

    atuam de forma a moldar as estruturas socias, atravs da interao e da constituio de laos

    sociais.

    Sibila (2003, p.) chama de imperativo da visibilidade da nossa sociedade atual essa

    necessidade de exposio pessoal. Portanto, quanto mais postagens nas redes sociais, maior

    a visibilidade. Muitas vezes, essa ausncia de informaes no ciberespao, faz com que

    pessoas sejam julgadas e percebidas por suas palavras, pois os atores no ciberespao so

    representados por perfis em redes sociais.

    Embora os sites de redes sociais atuem como suporte para as interaes queconstituiro as redes sociais, eles no so, por si, redes sociais. Eles podemapresent-las, auxiliar a perceb-las, mas importante salientar que so, emsi, apenas sistemas. So os atores sociais, que utilizam essas redes, queconstituem essas redes (RECUERO, 2014, 103.)

    Se os atores so os ns das conexes, agindo individualmente, ainda que no

    isoladamente, e se estes atores atuam atravs de perfis em cujas palavras e imagens se

    deposita, muitas vezes, a prpria identidade dos sujeitos, possvel considerar que atores

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    8/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    8

    sociais se valem destes signos para construir sua imagem perante os demais usurios. Criam

    uma verso de si mesmos na rede.

    Em conversaes em chats e em redes sociais possvel construir esta imagem atravs

    de avatares. Segundo Recuero. O avatar [...] composto de dois elementos: um elementoreferente ao software (o corpo grfico criado ou utilizado pelo usurio para represent-lo no

    ambiente de conversao virtual) e um elemento humano (o prprio usurio que interage

    atravs do corpo grfico) (RECUERO, 2000) a autora defende que o avatar representa uma

    identidade virtual do usurio que pode ou no ser assumida. Segundo ela,

    Essa identidade assumida s o na medida em que o usurio conectar-se nummesmo ambiente com uma mesma representao, e que seja reconhecidopelos demais usurios. Se o usurio utiliza-se de diversas representaes, eleno assume uma identidade, mas em nosso entendimento, procura esconder-

    se dentro do anonimato relativo [5] que esses chats proporcionam.(RECUERO, 2000)

    Alm disso, enquanto atores esto conectados uns aos outros conforme a relevncia

    do capital social. Este capital, ou lao social interliga os usurios nas redes conforme

    interesses semelhantes. Assim formam-se comunidades, locais onde estes usurios podem

    assumir certa identidade que lhes proporcionem uma aceitao no grupo social. Estas adeses

    se do, de certa forma, por afinidades pessoais, frutos de suas histrias de vida, mas,

    sobretudo por questes culturais que lhe so impostas. Pierre Bordieau vai dizer que[...] somente no nvel do campo de posies que se definem tanto osinteresses genricos associados ao fato da participao no jogo quanto osinteresses especficos relacionados com as diferentes posies e, porconseguinte, a forma e o contedo das tomadas de posio pelas quais seexprimem esses interesses. (BORDIEAU, 2006, p 16)

    Isto significa dizer que os atores, dentro de um campo social, atuam conforme as

    regras do que Bordieau chama de jogo de imagens. Estas regras se ajustam conforme a

    posio que o indivduo atua neste campo, suas estratgias, suas preferncias, suasinclinaes e gostos. Os atores sociais agem dentro das redes sociais condicionados por estas

    regras e criam novas regras medida que ampliam tambm este campo, atravs das conexes.

    4.3 INTERAO, RELAO E LAOS SOCIAIS

    Watzlawick, Beavin e Jackson (2000) explicam que interao , portanto, aquela ao

    que tem um reflexo comunicativo entre o indivduo e seus pares, como reflexo social. Estudar

    a interao social compreende, deste modo, estudar a comunicao entre os atores. Analisar

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    9/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    9

    as relaes entre suas trocas de mensagens e o sentido das mesmas, estudar como as trocas

    sociais dependem, essencialmente, das trocas comunicativas.

    A relao considerada a unidade bsica de anlise em uma rede social. Entretanto,

    uma relao sempre envolve uma quantidade grande de interaes. A ideia de relao social independente do seu contedo. O contedo de uma ou vrias interaes auxilia a definir o

    tipo de relao social que existe entre dois interagentes. Ela efetiva quando, grupos comuns

    respondem s mesmas atividades nas redes sociais, ou seja, quando determinado indivduo

    posta algo em que vale a pena comentar, assim, poder responder contendo ideias favorveis,

    controversas, divertidas ou educativas.

    Laos consistem em uma ou mais relaes especficas, tais comoproximidade, contato frequente, fluxos de informao, conflito ou suporte

    emocional. As interconexes destes laos canalizam recursos paralocalizaes especficas na estrutura dos sistemas sociais. Os padres destasrelaes - a estrutura da rede social organizam os sistemas de troca,controle, dependncia, cooperao e conflito (RECUERO, 2014, p.38).

    Os laos relacionais, so constitudos atravs das relaes sociais, apenas podem

    acontecer atravs da interao entre os vrios atores de uma rede social. Para que aconteam

    os laos deve-se ter proximidade, contato frequente, fluxos de informao, conflitos ou

    suporte emocional, e tambm pode ser feito por associao, que tem objetivo ligar o indivduo

    ao certo grupo.

    4.4 A CONVERSAO E CONVERSAO EM REDE

    Marcuschi define a conversao como uma interao verbal centrada, que se

    desenvolve durante o tempo em que dois ou mais interlocutores voltam sua ateno visual e

    cognitiva para uma tarefa comum. Nesse conceito, possvel dizer que as pessoas comentam

    sobre determinado contexto, com alternncia na fala. (MARCUSCHI, 2006 p. 15).

    A conversao tambm um evento organizado que, por isso, necessita de algumnvel de cooperao entre os envolvidos, seja na negociao das regras, seja no objetivo, seja

    na legitimao dos discursos. Kerbrat-Orecchioni (apud. MARCUSCHI, 2006, p. 11) explica

    que na interao face a face, o discurso inteiramente coproduzido, os sites de rede social

    proporcionam novas formas de conexo social e de manuteno dessas conexes aos atores.

    Por conta disso, esses sites tambm so capazes de gerar valores diferenciados especficos

    para os atores.

    4.5 CAPITAL SOCIAL

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    10/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    10

    A construo do capital social outro elemento caracterstico das redes sociais na

    Internet que relevante para a discusso da conversao. So essas trocas que constroem

    valores como intimidade, confiana e proximidade entre os atores, o que vai caracterizar a

    presena de laos sociais mais fortes ou mais fracos (GRAVONETTER, 1973). Esses laosso caracterizados de acordo com os valores que eles contm.

    Segundo Bourdieu, (2006, p.248-249), capital social define-se como recursos que

    esto conectados posse de uma rede mais ou menos institucionalizada de relaes de

    conhecimento e reconhecimento mtuo.

    O capital social pensado como constitudo de recursos coletivamente construdos

    relacionados ao pertencimento da rede, valores esses que podem ser individualmente

    apropriados.Fazer parte de uma rede social relevante para um determinado ator porqueeste tem acesso a recursos construdos pelo grupo, como, por exemplo,informaes que lhe sejam relevantes, ou mesmo a apoio social ou acesso anormas que regem o grupo e as interaes. (RECUERO, 2014, p.136)

    Esses recursos so construdos atravs dos laos sociais e, em ltima anlise, das

    prticas conversacionais. Por conta disso, o capital social um valor coletivo, de que os

    autores podem se apropriar e transformar.

    Por isso, a conversao necessita de capital social para acontecer. Quanto mais citado

    algum, quanto mais referncias a sua participao na conversao, maior visibilidade.

    Essas conversaes so capazes de conectar redes heterogneas (redesheterofilas), ou seja, constitudas de indivduos que no possuem os mesmosbackgrounds culturais e sociais, proporcionando acesso a ideias, pontos devista e opinies diferentes. (RECUERO, 2014, p.137)

    Portanto, surgem os debates, gerado pela conversao em rede, que faz com que

    pessoas que no concordam entre si no participem dos mesmos crculos de debates. Logo,

    essa discusso faz o assunto circular e influencia outros espaos, como a mdia tradicional,

    que neste caso, fez matria sobre o caso Maju a partir dos comentrios que aconteceram no

    Facebook.

    4.6 USO DE HASTAG NAS REDES SOCIAIS

    Uma funo copiada do Twitter e muito utilizada atualmente no Facebook, Google+,

    Instagram, Linkedin, Pinterest e Vine so as hashtags. So como tpicos, que remetem a

    algum assunto que est acontecendo ou j aconteceu, interligando todos aqueles que fizeram

    meno a tal assunto, utilizando a tag precedida de # (jogo da

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    11/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    11

    velha/cerquilha/tralha/sustenido). As hashtags servem como palavras-chave para encontrar

    algo com mais facilidade, exemplo #SomostodosMaju, logo, quando for clicado nela, ser

    direcionado para todas as postagens do caso que tenha esta mesma hashtags em seus textos.

    No Facebook esta funo muito utilizada, quase sempre as pessoas costumam postarem suas linhas do tempo mensagens acompanhadas por alguma hashtag fazendo meno a

    algo, lugar ou sentimento. As pessoas cada vez mais publicam suas vidas na rede com estas

    marcaes estabelecidas.

    Porm importante salientar que excessos causam dificuldade de leitura e a

    ferramenta perde sua finalidade. Publicar diversas hashtags numa mesma frase ou uma frase

    dentro de uma nica hashtag no deixar o usurio mais popular ou ter mais acessos. As

    Hashtags devem ser usadas como indexadores, facilitando buscas futuras por outros usurios.Seu uso correto pode ter a funo de ligar pessoas atravs do contedo. As hashtags so

    divididas em trs tipos: Hashtags de contedo, que servem para divulgar e expor a marca,

    bem como seus produtos e servios; Trending Hashtags, para aumentar a visibilidade de uma

    marca, por meio de hashtagsj existentes, que chamamos de Trening; e Hashtags Originais

    que ajudam a localizar facilmente um post.

    4.7 COMENTRIOS NO FACEBOOK

    Os comentrios, por sua vez, so as prticas mais evidentemente conversacionais.

    Trata-se de uma mensagem que agregada atravs do boto da postagem original, so

    visveis tanto para o autor da postagem quanto para os demais comentaristas, atores que

    curtam e compartilhem a mensagem e suas redes sociais. uma ao que no apenas

    sinaliza a participao, mas traz uma efetiva contribuio para a conversao.

    O comentrio, portanto, parece envolver um maior engajamento do ator com a

    conversao e um maior risco para a face, pois uma participao mais visvel. Isso porque

    aquilo que dito pode ser facilmente descontextualizado quando migrar para outras redes

    atravs das ferramentas de compartilhamento, de curtida e mesmo de comentrio. Por isso,

    que mesmo nas redes sociais as pessoas buscam concordncia, porm quando se trata de

    amigos prximos percebem at que ponto da discusso podem chegar, mas na internet isso

    nem sempre possvel, e muitos acabam extrapolando seus limites. Deste modo, a autora

    afirma que:

    preciso muito respeito para debater online. Os limites de bom senso no

    so to ntidos na internet, as pessoas agem como se conhecessem todos osoutros usurios e acabam ficando mais agressivas. possvel ter discusses

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    12/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    12

    construtivas, mas preciso escolher bem essas discusses. (RECUERO,2014)

    Nesse sentido, entende-se que os comentrios do caso Maju foram utilizados de

    maneira preconceituosa, com o intuito de ofender a apresentadora, bem como sua etnia, egerar discusso nas redes sociais, no se tratando de opinies e sim de ofensas virtuais.

    4.8 CIRCULAO DE INFORMAES EM SITES SOCIAIS

    Como nos sites de redes sociais, os indivduos esto permanentemente conectados

    entre si atravs de seus perfis, esses espaos se tornam propcios para a propagao de

    informaes. Ao estudar-se a difuso de informaes, busca-se compreender como a

    informao difundida entre diferentes atores sociais, ou seja, como a informao passa de

    um indivduo para outro (GRUHL et al., 2004 apud. RECUERO, 2009, p. 71).

    Na internet, podem ser observados novos padres de acesso informao, bastante

    diferentes dos observveis na mdia de massa, o que pode vir a trazer implicaes para os

    fluxos de comunicao. Cada vez mais, os indivduos passam a obter informaes mais a

    partir de suas trocas interpessoais, tanto off-line quanto on-line, do que propriamente direto

    da mdia de massa. O fenmeno, j observado na dcada de 40, de certa forma

    potencializado pelas mdias digitais, em geral (CASTELLS, 2009; JENSEN, 2010), e pelas

    redes sociais na internet, em especfico. Desse modo, a difuso de informaes na internet

    pode ser observada atravs das conexes e das trocas estabelecidas entre os indivduos. As

    ferramentas de publicao disponibilizadas na internet (e a consequente possibilidade de

    qualquer um poder publicar informaes) ampliaram o alcance desses fluxos de informao

    So as diferentes relaes sociais entre os indivduos em redes sociais na internet que

    estabelecem os fluxos de informao que circulam na rede. As relaes podem se dar entre

    laos mais fracos, ou seja, em que h pouca intimidade e proximidade, e entre laos mais

    fortes, ou seja, em que h um maior grau de intimidade e proximidade entre os interagentes

    Nesse contexto, notvel o papel desempenhado pelos laos fracos para o espalhamento de

    uma informao, na medida em que eles permitem que uma determinada informao atinja

    mais pessoas. So esses laos os responsveis por manter a rede interconectada e fazer com

    que a informao atinja pontos cada vez mais distantes na rede.

    No mesmo sentido, Weimann (1982, apud ZAGO, 2010, p. 138) vai dizer que os

    indivduos em posies marginais na rede, menos conectados aos demais e no

    necessariamente os mais populares que ocupam posies centrais, desempenham um

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    13/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    13

    importante papel na difuso de informaes, na medida em que podem servir de pontes

    entre os diferentes grupos. Ao repassarem informaes a seus contatos, os indivduos em uma

    rede social podem atuar como influenciadores, contribuindo para espalhar a informao em

    sua rede social. Pessoas com elevado nmero de contatos podem espalhar a informao parapontos mais distantes da rede.

    Nesse contexto, destaca-se o papel dos laos fracos na difuso da informao, na

    medida em que possibilitam que, ao ser repassado, a informao atinja pontos mais distantes

    na rede, e at mesmo chegue a outras redes. Como os indivduos possuem redes de contatos

    diferentes, faz sentido enviar e reenviar mensagens atravs dos sites de redes sociais.

    Na internet, em especial nos sites de redes sociais, torna-se menos dispendioso mapear

    as conexes estabelecidas entre os indivduos atravs das informaes que compartilhamentre si. Como foi visto, os sites de redes sociais caracterizam-se pela buscabilidade e pela

    persistncia, na medida em que as informaes ficam armazenadas por pelo menos algum

    tempo e podem ser buscadas, o que facilita o mapeamento das conexes entre os indivduos

    e do caminho percorrido pelas informaes por eles compartilhadas.

    4.9 CIRCULAO DA INFORMAO

    Com o advento da internet as informaes ficaram mais acessveis e seu acesso

    instantneo, fazendo com que houvesse uma pluralidade de informaes que tende a circular

    nos diversos grupos sociais. Esses fluxos sociais que se do na internet em que analisamos a

    ligao entre os atores sociais envolvidos, bem como suas conexes, deste modo o que

    chamamos de laos fracos o que pode interconectar pessoas na rede e faz com que as

    informaes possam atingir diferentes pontos na rede, muitas vezes pautando o que ser

    notcia na televiso.

    o que observamos no estudo de caso, onde atravs de um comentrio racistas outras

    pessoas fizeram a mesma meno ao fato caracterizando os laos fracos na rede social, que

    capaz de fazer com que o fluxo da informao possa atingir diversos pontos na rede. Assim,

    fazendo com que o assunto gerasse grande repercusso nas redes sociais, tais como o

    Facebook, chegando at a mdia televisiva, dando uma maior visibilidade nacional ao caso.

    A partir disto, os colegas da jornalista se uniram para expor um vdeo em sua defesa,

    utilizando a hashtag Somos todos Maju, que vem a se caracterizar um lao forte, pois sua

    repercusso nas redes sociais levou o fato at os programas de grande audincia e fez com

    que muitas pessoas se juntassem para comentar e compartilhar fazendo o uso da hashtag.

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    14/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    14

    Recuero (2014, p. 41) vai nos dizer que: Laos fortes so aqueles que se caracterizam pela

    intimidade, pela proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma conexo entre

    duas pessoas.

    5. CONSIDERAES FINAIS

    Contata-se que a internet, de fato, traz vrios recursos para a construo do

    conhecimento e inovaes a profisso do jornalista, mas devido a

    falta do controle da

    informao e a grande quantidade de contedo, principalmente as redes sociais, tornando um

    ambiente propcio para os interlocutores comunicarem-se com seus pares, implicando num

    espao adequado para discusses acaloradas sobre todo tipo de assunto, pressupe a reflexo

    sobre a comunicao em tempos velozes na hipermobilidade.Neste artigo, entende-se que a internet tem o poder de disseminar a informao de

    forma rpida e abrangente, sendo capaz de criar laos fracos e fortes. Porm, com a grande

    quantidade de informao nas redes sociais, surge a necessidade de os jornalistas filtrarem o

    contedo. Dessa forma, as notcias partem das redes sociais para pautar o telejornalismo. Isso

    refora a discusso sobre questes ticas e o processo de produo/ distribuio de notcias.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BORDIEAU, P. La Distinction: critique sociale du jugement Paris, Col. "Le SensCommun" ISBN. 2006

    CASTELLS, M. A Galxia na Internet: reflexes sobre a Internet, os negcios e asociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

    FONSECA JNIOR, W. C.Anlise do contedo. In: DUARTE, J.; BARROS, A. Metdose tcnicas de Pesquisa em Comunicao. So Paulo: Atlas, 2005..

    LVY, P. Cibercultura. So Paulo: 34 Ed., 1999.

    MARCUSCHI, L. A. Anlise da Conversao. So Paulo: tica, 2006.

    OLIVEIRA, B. Conexo em tempo real: impactos, inovaes e tendncias. Revista Fonte,ano 8, nmero 11, Dezembro de 2011. Disponvel em:http://www.prodemge.mg.gov.br/images/revistafonte/revista_11_web.pdf#page=70 Acessoem: 8/11/2015

    RBS, Clic. Caso Maju: Investiga e faz operao sobre racismo na internet.Disponvel

    em Acesso em 20/03/2016.

  • 7/25/2019 Tecnica de Pesquisa Na Web

    15/15

    IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXVII Congresso de Cincias da Comunicao na Regio SulCuritiba - PR26 a 28/05/2016

    RECUERO, R. Curtir, compartilhar, comentar: trabalho de face, conversao e redessociais no Facebook. Verso e Reverso (Unisinos. Online), v. 28, p. 114-124, 2014.Disponvel em:http://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/view/ver.2014.28.68.06/4187

    _________ A conversao em rede: comunicao mediada pelo computador e redessociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2014.

    _________Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.

    _________ Redes sociais na Internet, difuso de informao e jornalismo: elementospara discusso. In: SOSTER, D.A.; SILVA, F.F. (Org.). Metamorfoses jornalsticas 2: areconfigurao da forma. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2009

    __________ RT, por favor: consideraes sobre a difuso de informaes no Twitter.

    Revista Fronteiras estudos miditicos 12(2): 69-81, maio/agosto 2010. Disponvel emhttp://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/4668/1891.

    _________ Avatares - viajantes entre mundos. Disponvel emhttp://www.raquelrecuero.com/avatares.htm. 2000

    SIBILA, P. Os dirios ntimos na internet e a crise da interioridade psicolgica dosujeito. Grupo de Tecnologias Informacionais da Comunicao e Sociedade, XII Congressoda Associao Nacional de Programas de Ps-Graduao em Comunicao COMPOS,

    Niteri/RJ, 2003.

    ZAGO, G. Consideraes sobre a circulao de informaes em sites de redes sociais.In:Tecnologia da Informao na Gesto Pblica. Ano 8, nmero 11, dez 2011. p. 70-77.Disponvel em:http://www.prodemge.mg.gov.br/images/revistafonte/revista_11_web.pdf#page=70

    _________ Ativismo em Redes Sociais Digitais: Os fluxos de comunicao no caso#forasarney. Estudos em Comunicao n8, 129- 146 Dezembro de 2010

    http://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/view/ver.2014.28.68.06/4187http://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/view/ver.2014.28.68.06/4187http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/4668/1891http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/4668/1891http://www.prodemge.mg.gov.br/images/revistafonte/revista_11_web.pdfhttp://www.prodemge.mg.gov.br/images/revistafonte/revista_11_web.pdfhttp://www.prodemge.mg.gov.br/images/revistafonte/revista_11_web.pdfhttp://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/4668/1891http://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/view/ver.2014.28.68.06/4187