Técnicas de bordado com pedrarias em roupas · agulha de mão comum n° 12 - corrente; • Tipo 2...

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Técnicas de bordado com pedrarias em roupas com Fernanda Herthel

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Técnicas de bordado com pedrarias em roupas

com Fernanda Herthel

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2 TÉCNICAS DE BORDADO COM PEDRARIAS EM ROUPAS

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Agulhas:

• Tipo 1 - Para miçangas ou pedrarias pequenas: agulha de mão comum n° 12 - corrente;

• Tipo 2 - Para paetês ou pedrarias grandes: agulha de mão comum n° 07 - corrente;

• Tipo 3 - Para pedrarias grandes em peças for-radas: agulha de bordar n° 24 - corrente;

Tesoura:

• Qualquer tesoura pequena (escolha uma bem lindinha!);

Pano:

• Qualquer pedaço de tecido que sirva de apoio para que as pedrarias não escapem;

Para riscar:

• Tudo vai depender da técnica escolhida de acordo com a sua necessidade que pode va-riar conforme o tecido da peça, o modelo etc. Seguem algumas das opções disponíveis no Brasil - teste algumas delas e encontre a sua preferida!

• Papel-manteiga, caneta de gel prata, lápis 6B, tesoura, alfinetes, carbono para tecidos, caneta para tecidos, mesa de luz e muito mais.

Lista de materiais gerais

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3 TÉCNICAS DE BORDADO COM PEDRARIAS EM ROUPAS

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Camiseta Cupcake

Vestido jeans - bordado vitral

Lista de materiais:

• Paetê leitoso liso (6 mm) nas cores vermelha, rosa-claro, branca e azul-claro;

• Paetê metálico liso (6 mm) nas cores azul-royal e marrom;

• Paetê leitoso irisado liso (4 mm) na cor amarela;

• Vidrilho nacional (2,6 mm) na cor preta;

• Linha 100% poliamida (60) ou linha comum 100% poliéster nas cores dos paetês.

Lista de materiais:

• Miçanga nacional leitosa (2,6 mm) na cor preta;

• Miçanga nacional com miolo prata (2,6 mm) nas cores vermelha, amarela, azul-royal, verde-ban-deira, verde-claro, cristal, dourada e laranja;

• Linha 100% poliamida (60) ou linha comum 100% poliéster nas cores das miçangas utilizadas.

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Biquíni – bordado com estampa

Lista de materiais:

• Miçanga importada LDI fosca (3,5 mm) nas co-res laranja e verde;

• Miçanga importada LDI fosca (2,6 mm) na cor vermelha;

• Segui importado LDI (5x3 mm) na cor

• Canutilho importado Jablonex mix diversas cores;

• Linha 100% poliamida (60) ou linha comum 100% poliéster nas cores das pedrarias.

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Moletom - bordado de pássaro e flores

Saia - bordado de leques

Lista de materiais:

• Miçanga importada LDI fosca (3,5 mm) na cor ouro;

• Canutilho nacional com miolo prata nas cores rosa e cristal;

• Paetê transparente irisado liso (6,0 mm) nas cores rosa, azul-turquesa e branca;

• Paetê transparente irisado liso (8,0 mm) na cor branca;

• Paetê metálico liso (4,0 mm) na cor rosa-claro;

• Paetê transparente irisado liso (4,0 mm) na cor azul-turquesa;

• Linha 100% poliamida (60) ou linha comum 100% poliéster nas cores das pedrarias ou con-forme o avesso do moletom.

Lista de materiais:

• Miçanga importada preciosa metálica (5,0 mm) furta-cor;

• Chiclete importado LDI metálico (5x3 mm) fur-ta-cor;

• Canutilho nacional irisado;

• Paetê irisado liso (4,0 mm);

• Paetê irisado liso (6,0 mm);

• Linha 100% poliamida (60) ou linha comum 100% poliéster nas cores das pedrarias.

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Cobranças concretas X Cobranças abstratas

Existem coisas que o dinheiro não compra. Para elas e todas as outras, existe um jeito de ser cobrar! O que estou querendo esclarecer é que precisamos separar as cobranças con-cretas, tais como base salarial, horas traba-lhadas, valor do material etc., das cobranças abstratas, que seriam o design de sua arte, a personalidade de suas ideias, aquela experi-ência de anos.

De antemão, saiba que ambas podem (e de-vem!) ser cobradas. As cobranças concretas são mais fáceis de colocar em números e fazer contas, portanto devem ser calculadas primei-ro. Depois, acrescentaremos a porção que de-sejarmos das cobranças abstratas, que deve ser determinada por cada profissional segun-

do o quanto quer cobrar. E, ao final, teremos o valor final para cobrar em cada bordado.

COBRANÇAS CONCRETAS

1 Por hora de trabalho

A primeira coisa que devemos fazer é determinar qual é o valor de nosso salário mensal de bordadeira. Um bom parâmetro é uma tabela liberada pelo SINE, que considera a experiência do profissional e o porte da empresa onde se trabalha. Acesse a página no link a seguir: https://www.sine.com.br/media-salarial-para-bordadeira

Ache na tabela qual opção salarial mais se en-quadra com seu perfil profissional e divida este salário pelos seus dias trabalhados no mês e,

Cropped - bordado floral

Quanto e como cobrar por roupas bordadas

Lista de materiais:

• Miçanga importada LDI transparente (2,6 mm) nas cores ouro-médio, safira, verde, verde-cla-ro, amarela, laranja e vermelha;

• Chiclete importado LDI (10x3,5 mm) na cor ou-ro-novo;

• Pérola ABS (6,0 mm) na cor creme;

• Strass cônico Preciosa SS18 na cor cristal;

• Cola E-6000;

• Palito pega strass;

• Linha 100% poliamida (60) ou linha comum 100% poliéster nas cores das pedrarias.

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depois, pelas horas no dia. Se você for uma bordadeira júnior trabalhando em uma empre-sa de porte médio, seu salário base seria de R$ 1.376,08. Trabalhando 20 dias no mês, cada dia de seu trabalho valeria R$ 1.376,08 divididos por 20, que é igual a R$ 68,80. Depois, temos que dividir o valor diário pelo número de ho-ras trabalhadas – 8 horas. Logo, dividiremos R$ 68,80 por 8, que daria RS 8,60. Lembre-se de que todos os valores usados nesta conta são um exemplo, o raciocínio é o mesmo!

2 Pelo material

Caso a cliente leve o material para o bor-dado, nada deve ser acrescido ao preço. Mas, quando somos nós a fornecer o mate-rial, isso também deve ser cobrado junto, incluindo frete caso tenha sido comprado pela internet, ou despesas de transporte ao sair para comprar o material, cada pedraria e linha utilizadas.

3 Gastosfixos

Se seu negócio for em casa, fica mais difícil mensurar esses valores, mas muitas profis-sionais pagam aluguel, energia, água, con-domínio etc. Se este for o seu caso, tem que juntar tudo e fazer a mesma conta que fize-mos para a base salarial. Outro gasto fixo extremamente importante é com manuten-ção de equipamentos tais como bastidores, iluninação, etc. Por último, aqueles gastos que ocorrem de acordo com a demanda dos projetos, tais como determinada cor de linha que acabou, aquela agulha fininha de passar miçanga, enfim.

4 Localização

Este ponto é em parte concreto e em parte abstrato. Se refere à localização de seu ate-lier, que pode aumentar os gastos fixos, po-rém, também determina se podemos cobrar mais pelos nossos serviços, considerando o

poder aquisitivo da clientela ao redor. Se mon-tarmos nosso atelier em um bairro nobre, te-remos mais gastos fixos, porém, poderemos cobrar um pouco mais. Caso trabalhemos em um bairro de renda mais baixa, nossa cobran-ça será apenas baseada no que já foi mostra-do acima, sem aumentar o valor e, principal-mente, sem precisar diminuir!

5 Concorrência

Na sua cidade existe alguma bordadeira tão boa quanto você? Se você for a melhor na sua área, terá mais liberdade para ditar o preço. Porém, se você ainda estiver cons-truindo o seu nome, uma boa estratégia é baixar um pouquinho o preço para conquis-tar mais clientes, depois passar a cobrar mais! Pesquise a concorrência e mensure a partir desses números quais devem ser os seus preços.

COBRANÇAS ABSTRATAS

As cobranças abstratas são aquelas, relaciona-das à nossa arte, É aquele valor do coração, sabe? <3 Podemos colocar nesta conta várias nuances:

1 Design

Aquela ideia que é só sua, um bordado que você criou, aquela tendência que resultou em um valor de exclusividade para a sua cliente, que foi a mais bem vestida da festa. Isso tem valor e deve ser cobrado!

2 Experiência

O valor de ter visto e vivido muitas coisas enriquece qualquer profissional! Saber fazer bordados complicados, saber bordar em teci-dos finos, ter acabamento perfeito e arrema-tes que não soltam. Quanto mais experiente for a bordadeira, mais valor deve ser agrega-do à peça.

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3 Capacitação

Todos aqueles cursos de bordados que fize-mos, instituições de ensino onde nos forma-mos, horas de videoaulas assistidas… Se por acaso trabalharmos em alguma empresa de um nicho muito diferente ou qualquer capa-citação exclusiva que tenhamos adquirido du-rante a vida, isso deve elevar nosso valor de mercado.

4 Histórico de sucesso

Ter feito um vestido de noiva lindíssimo, borda-do um vestido de festa glamuroso... Essa baga-gem de trabalhos de sucesso aumenta nosso poder de cobrança. É o que eu sempre digo: toda bordadeira tem que gostar de fotografar! Depois colar nas paredes do atelier e divulgar nas redes sociais cada bordado! Vejo um mon-te de profissionais que não registram seus tra-balhos e perdem a oportunidade de mostrar para seus clientes que, com todo aquele histó-rico de sucesso, é possível cobrar mais!

5 Aprocurapeloseutrabalho

Se seu tempo de trabalho é disputado a tapa pelas suas clientes e sua agenda vive fechada de encomendas por meses antes, já dá para co-brar mais por isso! Desde que não seja porque você cobra preço de banana pelas peças, hein?!

6 Ramo de atuação

Alguns ramos de moda permitem que a co-brança seja um pouco mais alta, como peças de moda festa ou moda noiva, assim como roupas plus size ou qualquer vestimenta que pertença a um nicho pouco atendido pelo mercado de moda.

7 Poder aquisitivo do cliente

O perfil do seu cliente vai depender de diver-sos fatores, como a localidade onde atua, o

ramo, a exclusividade de seus serviços e muito mais. O que sabemos é que cliente com mais dinheiro nos pagam melhor individualmente! Já os clientes de baixo poder aquisitivo po-dem ser encarados pela quantidade, já que, quanto mais vendermos para eles, mais acu-mularemos nosso lucro.

8 Estrutura

Um dos tópicos que mais agrega valor de co-brança aos nossos serviços, porém, muitas ve-zes, é negligenciado. A estrutura se refere àque-le atelier com um sofá confortável para receber o cliente, um cafezinho, caixas organizadas, um provador, espelho e limpeza. Isso faz a diferen-ça! Sem falar em uma agenda bem organizada, contrato de prestação de serviço, formas de pa-gamentos e nota fiscal. Sem amadorismo!

9 Realização

Essa é a cobrança abstrata sem limites para conquistar. Aquela curva da realização do tamanho do sonho de cada um! Idealize um alvo de conquista para sua profissão, imagine o quanto deseja ganhar no futuro, empreen-da seus objetivos e viabilize os projetos. Seus clientes vão evoluir com seu crescimento e você poderá lucrar mais.

VALOR FINAL

Cada pessoa poderá incluir nesta lista outros itens que desejar e repassar este valor para seus clientes, assim como qualquer outra co-brança concreta que queira acrescentar para se chegar à tão desejada tabela de valores do atelier. Mas, afinal, como é que se faz isso na prática?! Temos que achar o valor da cobrança concreta de cada peça e juntar com o valor da cobrança abstrata. Vejamos um exemplo:

“Digamos que uma cliente tenha encomenda-do um vestido de festa com bordados de vidri-lhos e canutinhos. Lindíssimo”!

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Por hora de trabalho

Eu criei o costume de cronometrar quanto tempo levo para fazer determinado bordado ou ponto de bordado, dentro do meu atelier e anotar. Deixe um caderninho do seu lado e ano-te tudo de cada processo em cada peça. Dentro de pouco tempo, qualquer uma de nós conse-gue acumular um bom banco de dados. Enfim, suponhamos que eu leve 40 horas na confecção total do bordado, sabendo que minha hora vale R$ 8,60, é só multiplicar por 40 que acharemos R$ 344,00: já temos nosso primeiro valor!

Pelo material

Fui lá no site da Bead Shop, e comprei 500 g de vidrilho e 500 g de canutilho mais o frete. Jun-tos somaram R$ 65,00 de custo de material.

Gastosfixos

Agora, juntei todos os meus gastos fixos do mês, fiz a conta para cada hora de trabalho e achei um custo de R$ 5,25 por hora, e como le-vei 40 horas fazendo esta encomenda, encon-trei R$ 210,00 para acrescentar a esta conta.

Localidade

No caso do meu atelier ser em um bairro de baixa renda, não acrescentarei nenhum va-lor, pois sei que o poder aquisitivo de minha cliente é baixo. Porém, sendo o atelier em um bairro nobre, daria para aumentar a cobrança no preço final mais um pouquinho.

Concorrência

Sabendo quanto minha concorrência anda cobrando para fazer este mesmo serviço por

aí, vou analisar se aumento ou diminuo minha cobrança conforme for mais estratégico.

Até aqui, já temos todos os valores concre-tos para somar, vejam: R$ 344,00 + R$ 65,00 + R$ 210,00. Igual a R$ 619,00. Este é o valor justo pela confecção manual de um bordado e, considerando apenas as cobranças concre-tas, viu? Logo, qualquer preço abaixo deste é mais do que desvalorização, é trabalhar de graça mesmo!

Agora nós vamos somar a este preço todas as cobranças abstratas pela nossa arte e, só então, começar a valorizar nosso trabalho! Como fica difícil mensurar valores exatos, eu acho mais fácil usar o Método da Multiplica-ção. Ou seja, vou multiplicando o valor das cobranças concretas até ficar satisfeita! Nes-te caso, R$ 619,00 multiplicado por 2 daria RS 1.238,00 e eu decidiria se cobraria este valor cheio ou não. Eu poderia decidir fazer um des-conto e cobrar apenas R$ 1.200,00 ou então poderia cismar de multiplicar por 3 e cobrar R$ 1.857,00, por que não?!

Para muitas que se perguntam como mensu-rar o valor de cada um de nossos bordados, este é o roteiro que deve ser seguido sempre, a cada novo bordado. No início, a gente se atrapalha um pouco por achar trabalhoso e complicado, mas insista. Depois que pegamos o jeito, fazer os orçamentos se tornará algo prático e rápido.

Bons bordados a todos e bons lucros também.

Fernanda Herthel

(TextoadaptadodoBlogLinhaPhina,daprópriaautora)