Técnicas de edição jornalística

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TÉCNICAS DE EDIÇÃO EM JORNALISMO/OFICINA DE JORNALISMO IMPRESSO TUTORIA A EDIÇÃO JORNALÍSTICA

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Técnica de edição jornalística

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TÉCNICAS DE EDIÇÃO EM JORNALISMO/OFICINA DE JORNALISMO

IMPRESSOTUTORIA

A EDIÇÃO JORNALÍSTICA

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O QUE É EDITAR?

Definir um espaço (se a informação merecerá página inteira, meia ou uma nota)

Determinar seu lugar (se alto da página, rodapé, lateral em uma coluna)

Considerar se há foto (e de que tamanho) e qual o número de retrancas secundárias

Privilegiar, e até premiar, o trabalho feito no tempo e no espaço estipulado

EDITAR É, ENFIM, ESCOLHER.

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O VALOR DO FATO

Pesquisa do IBGE manchetada em 5 de Abril sobre a economia nacional.

Estadão: IBGE mostra que o país melhorou em 7 anos

Folha: País termina anos 90 tão desigual como começou

JB: IBGE: década do Real não mudou a desigualdade econômica do país

O Globo: Indicadores sociais melhoram. Concentração de renda cai

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MALÍCIAS EDITORIAIS

EDITORIALIZAR A PAUTAA mídia não precisa expor suas preferências de

forma ostensiva. Pode dar prós e contras e, mesmo assim, omitir fontes que seriam de fato esclarecedoras.

Ex: Pode não dar apoio explícito a um candidato, basta enfatizar o noticiário negativo sobre seu oponente.

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REPORTAGEM DA REVISTA VEJA NAS VÉSPERAS DA ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE EM 1990.

EXEMPLO DE COMO A EDIÇÃO MUDA COMPLETAMENTE A MATÉRIA.

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MALÍCIAS EDITORIAIS

EDITORIALIZAR A PÁGINANão há fechamento isento. Posso direcionar o

modo como o leitor vai entender a informação já ao dar um título ou ao escrever o lead. Afinal, são o título e o primeiro parágrafo que, juntamente com a fotografia, determinam o principal a ser destacado.

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PERPETUAR O CONSERVADORISMOAo destacar a anomalia, a quebra da rotina, o

desvio, os jornalistas tomam partido, pois se colocam na posição de quem é favorável à norma e a valores dominantes.

MALÍCIAS EDITORIAIS

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MALÍCIAS EDITORIAIS

LUTAR CONTRA O RELÓGIOA pressa é o álibi do trabalho malfeito, da

apuração frágil só porque a história parece sensacional e da edição irresponsável só para não alterar o deadline, imposto pelo fluxo de produção noticiosa e pelo medo da concorrência

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MALÍCIAS EDITORIAIS

JULGAR AS FONTESArrogância é ver o mundo de cima para baixo.

O editor não deve fazer pré-julgamento, com suas condenações e absolvições sumárias, sem provas conclusivas.

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MALÍCIAS EDITORIAIS

FAZER O JOGO DAS FONTESO Editor deve apregoar independência e não

ser manipulado à distância pelo poder político ou por quem detém informação, com as assessorias de imprensa.

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ATIVIDADE 1

Leitura do texto:http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/18678/1/2002_NP2BERNARDES.pdf

Responda aos questionamentos:

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AULA 2

Dilemas editoriais

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O CONFORMISMO EDITORIAL

Seis fatores estimulam o conformismo à política editorial: O temor da autoridade e das punições Os sentimentos de obrigação e estima para com seus

chefes As aspirações de mobilidade A ausência de grupo de lealdade em conflito O prazer da atividade As notícias como valor máximo (o jornalista investe

toda a sua energia na obtenção de mais notícias e não em contestar a política empresarial)

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SABERES TRANVERSAIS

Saber de reconhecimento – sobre como identificar fatos com valor noticioso

Saber de procedimento – sobre o que fazer para realizar uma investigação

Saber narrativo – sobre formatar informações num texto atraente e funcional, atendendo ao repertório de histórias que soam coerentes para o público.

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O PODER DA EDIÇÃO - Exemplos

Jornal Diário do PovoTeresina-PI – 25/04/2007

HOMEM MATA ESPOSA POR CAUSA DO AMANTE

José Maria Vale, 35, matou sua esposa, Elizeth da Silva Vale, 34, ontem, ao encontrá-la na cama com um amante. O crime ocorreu por volta das 17h no bairro do Satélite, na capital. O Delegado Adalberto Vidinha, titular do 13º Distrito Policial, afirmou que o elemento apunhalou as vítimas com um faca de churrasco. Elizeth deixa duas crianças, com 4 e 6 anos.

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O PODER DA EDIÇÃO - Exemplos

Jornal Meio NorteTeresina-PI – 25/04/2007

PAI DE FAMÍLIA, TRAÍDO, MATA A ESPOSAUm crime passional chocou o bairro Satélite na tarde de ontem.

José Vale, 35, voltava do trabalho, quando encontrou a esposa com um amante. Elizabeth Vale, 33, se encontrava há muito tempo com o amante, conhecido com “Gaudin”. O Esposo não sabia da traição. Ao ver os dois juntos, decidiu lavar sua honra. O marido usou uma faca que encontrou na mesa da cozinha e desferiu 4 facadas na esposa e 3 no amante.

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O PODER DA EDIÇÃO – Escola Base

Jornal “Notícias Populares”

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EXERCÍCIO – REPORTAGEM DA VEJA

Temos um texto publicado pela Revista Veja em setembro de 2004, falando sobre as escolas existentes nos assentamentos do MST. O texto é crítico e parcial, deixando claro a linha editorial com relação ao Movimento dos Sem Terra.

Você deve pegar um dos trechos e editá-lo. Nessa simulação, fazemos parte de uma revista que busca a imparcialidade. Você vai modificar o título e o texto.

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EXERCÍCIO – REPORTAGEM DA VEJA

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) criou sua própria versão das madraçais - os internatos religiosos muçulmanos em que crianças aprendem a recitar o Corão e dar a vida em nome do Islã. Nas 1.800 escolas instaladas em acampamentos e assentamentos do MST, crianças entre 7 e 14 anos de idade aprendem a defender o socialismo e a "desenvolver a consciência revolucionária“ Pelo menos 1.000 dessas escolas são reconhecidas pelos conselhos estaduais de educação - o que significa que têm status idêntico a qualquer outro estabelecimento de ensino da rede pública e que seus professores são pagos com dinheiro do contribuinte.

Na escola Chico Mendes, professores exibem vídeos que atacam as grandes propriedades e enaltecem as virtudes da agricultura familiar, modelo que o MST gostaria de ver esparramado no território nacional: "A pequena propriedade é oprimida pelos grandes latifúndios, que só fazem roubar emprego do povo", diz um dos filmes. A mesma fita é usada para ensinar aos alunos que os produtos transgênicos "contêm veneno". A reportagem de VEJA assistiu a uma dessas aulas. No fim da exibição do filme, o professor pergunta quem da classe come margarina. A maioria das crianças levanta o braço. Tem início o sermão: "Margarina é à base de soja, que pode ser transgênica e, por isso, ter ve-ne-no!" A atividade seguinte foi uma encenação teatral. No pátio, carregando bandeiras do MST, crianças entoaram uma música que dizia: "Traga a bandeira de luta / Deixe a bandeira passar / Essa é a nossa conduta / Deixe fluir para mudar". Para encerrar, deram o grito de guerra conclamando para a revolução.

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AULA 3

Dilemas editoriais

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O RESPEITO AO OUTRO

Os cuidados mútuos, entre jornalista e fonte, podem ocorrer em quatro momentos:

Antes de a entrevista ocorrerDurante a sua realizaçãoAntes de ser divulgadaApós a divulgação

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A LEI DO MAIS FRACO

O interesse informativo não pode ser pretexto para a aproximação à base do engano e da má-fé. Por isso, antes de uma entrevista ocorrer, é sensato esperar que:

A fonte se recuse falar ou, se aceitar, escolha hora e local, sem ser molestada na rua;

A fonte expulse de casa ou de estabelecimento comercial quem force a entrada;

A fonte recuse um repórter se considerar que pode ser por ele prejudicada, e comunique ao veículo que aceitará outro profissional;

O jornalista forneça a pauta previamente e limite-se a ela – que outra entrevista seja marcada para os assuntos não solicitados;

A entrevista não seja alvo de acordo. Interesse público não é moeda de troca.

Page 23: Técnicas de edição jornalística

LER ANTES DE PUBLICAR

Reivindicação antiga das fontes é ler a reportagem antes da veiculação. É questão polêmica. Jornalista não é dono das palavras do entrevistado. Mas não deixa para outro a decisão sobre o produto editorial.

A negociação ética, sempre, é o caminho para a relação equilibrada entre o repórter e a fonte.

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O OFF-THE-RECORD

Há casos em que seria impossível a cooperação de um entrevistado, não fosse o sigilo. Situações delicadas aquelas em que a identificação da fonte a coloca em risco. Só assim para justificar um veículo usar recurso que atinge a sua credibilidade.

Page 25: Técnicas de edição jornalística

O OFF-THE-RECORD

Cuidados prévios à garantia do off: Se a situação permite, revele a identidade de suas fontes. A

notícia tem maior credibilidade e futuras fontes reconhecerão suas regras básicas;

Confidencialidade, só para proteger alguém relativamente indefeso, cuja vida ou trabalho pode ser ameaçado, ou pode perder a capacidade de continuar fonte;

Não abuse de fontes ingênuas. Não se deixe abusar por fontes sofisticadas;

Não admita confidencialidade posterior, não acordada nos encontros com a fonte;

Não deixe fonte anônima amparar-se na confidencialidade para atacar ninguém;

Lembre-se do poder da imprensa: você está em posição de causar dano ou benefício.

Uma vez que prometa confidencialidade, mantenha sua palavra.

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O OFF DA ILEGALIDADE

Leitura do texto página 60 do livro de Edição

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CRIMES QUE DENUNCIAM CRIMES

Dois jornalistas foram presos em maio de 2002 quando montavam uma bomba num banheiro do parlamento alemão. A reportagem, para a Revista Max, tentava checar a prevenção local contra terroristas. A dupla não se contentou em relatar crimes ou antecipar sua possibilidade. Arriscou uma explosão acidental que poderia atingir inocentes.

Page 28: Técnicas de edição jornalística

A GRAVAÇÃO CLANDESTINA

Como imprensa não é polícia, não é responsável nem tem amparo legal para substituir o papel da polícia de investigar crimes – ao agir diferente estará explorando as situações que denuncia.

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COBERTURA DE TRAGÉDIAS

As tragédias e os incidentes violentos impõem a prática jornalística a uma série de problemas relacionados à ética da cobertura. O tema obrigatoriamente divide a discussão no impacto que uma reportagem terá sobre o público e sobre a fonte.

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Respeito às vítimas

O modo como se entrevista vítimas de trauma, familiares e profissionais, em emergências, emite um sinal de nossos princípios éticos, dos limites que se impõe para diferenciar-se do sensacionalismo, da exploração da miséria, da rapina emocional.

Perguntas úteis na cobertura de tragédiasÉ necessário entrevistar imediatamente aqueles que

sofreram o trauma;Que valor, perene e confiável, terá uma informação

arrancada de pessoas aflitas, desorientadas ou em estado de choque;

Como abordar a pessoa para que aceite dar entrevista sem se sentir invadida?

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Respeito às vítimas

O contexto na ponderação da cobertura de eventos trágicos.

Avaliando a importância social do acontecimento

Questionando se a cena dará margem a outros significados sobre o fato ou interpretações que não as efetivamente amparadas no que foi registrado

Intuindo o impacto provável junto ao público, o choque que terá ao ver as cenas.

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AVALIAÇÃO CONTINUADA I

Vamos refletir sobre a cobertura de tragédias, fazendo um planejamento prévio.

FatoCriança de 4 anos morre ao derrubar panela de água quente em cima

de si mesma. A mãe (Maria de Fátima) estava no comércio na esquina de casa e deixou o filho sozinho. Os vizinhos, João e Severina Cardoso, viram Pedrinho sozinho, mas preferiram não fazer nada, só correram depois de ouvir a criança chorando. O pai (Manuel Evangelista) chegou em casa e soube que o filho tinha morrido. A irmã mais velha, Eleonora, de 11 anos, chorava desesperadamente. A mãe ficou em estado de choque. Um policial militar, Marcos Adriano, foi quem socorreu a criança, levando para o Hospital Geral de Elesbão Veloso. Pedrinho foi atendido pelo Médico Márcio Guedes. Segundo relato de vizinhos, era comum a mãe deixar o filho sozinho em casa. Pedro Evangelista teve queimaduras de 1º grau pelo corpo inteiro, inclusive no rosto.

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AVALIAÇÃO CONTINUADA I

Você deve:1- Escolher o foco da matéria2- Quais fontes serão consultadas3- Qual a ordem de relato das fontes que deve estar

no seu texto4- Como será a nossa abordagem às fontes que

estão emocionalmente abaladas com o ocorrido? Vamos simular esse contato em sala de aula.

5- Relacione as perguntas que serão feitas

Vale 1 ponto para a Av1Data da entrega: hoje, até 12h.

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O PLANEJAMENTO DA NOTÍCIA

AULA 4 DE TÉCNICAS DE EDIÇÃO EM JORNALISMO

Page 35: Técnicas de edição jornalística

O PLANEJAMENTO IMPRESSO

Em grandes reportagens, os meios televisivos deixam passar muitas informações. Já no impresso, há a possibilidade de criar vários desdobramentos.

Podemos dividir as informações em: fato principal, ponto de vista das pessoas afetadas, cronologia, erros que causaram o fato, repercussão com fontes oficiais e repercussão com a população e sociedade civil organizada.

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PLANEJAMENTO IMPRESSO

Ex: Assalto ao ônibus 174Página 15: capa para o assuntoPágina 16: o ponto de vista dos reféns (durante o

assalto)Página 17: o ponto de vista dos reféns (antes do

assalto + cronologia visual)Página 18: os erros policiaisPágina 19: a repercussão (com fontes oficiais e

governamentais)Página 20: a repercussão (com a população e a

sociedade civil organizada).

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Page 38: Técnicas de edição jornalística

PLANEJAMENTO NO CASO DO ÔNIBUS 174

Na página 15> a notícia foi dividida em retrancas, imagens e quadros:

Na página 16> depoimentos de passageiros; quadro com três frases dos reféns; três rodapés, sem foto: casos similares, escolas afetadas e como agir.

Na página 17>um texto sobre a ação policial, quadro-resumo dos principais erros, repercussão no país e na imprensa mundial; casos bem sucedidos fora do país e perfil do bandido

Na página 19> opinião de FHC, Garotinho e infográfico mostrando trajeto e o número de escolas na rota, dando dimensão do perigo, flagrantes fotográficos da população e um box com falas das pessoas.

Page 39: Técnicas de edição jornalística

Ordem no espaço

As empresas jornalísticas tentam controlar a imprevisibilidade da notícia no espaço espalhando uma estrutura para pescar acontecimentos. As três principais estratégias:

a) Territorialidade geográfica (regiões, alguns países)

b) Especialização temática (editoriais)c) Especialização organizacional (sucursais,

correspondentes)

Page 40: Técnicas de edição jornalística

Cobertura no tempo

Para lutar contra o tempo nas redações, as coberturas serão divididas da seguinte forma:

a) Cobertura de rotina (delegacias, diário oficial, preparação dos times ou equipes, programação cultural, assessorias, sites, agência de notícias)

b) Cobertura de fatos inesperados

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COBERTURA DE ROTINA

Profissionalização das fontesHá demandas críticas para o editor dar conta na cobertura de

rotina:a) Edição do dia – das notícias de hoje, quantas já sabia? Para

quantas me preparei, andas de ser dadas pelo rival? Minha equipe teve de correr atrás do prejuízo.

b) Edição em preparação – tive acesso a todo material necessário para decidir sobre a edição? Aonde queremos chegar com a reportagem? Que obstáculos existem para realizá-la? É possível antecipar tais obstáculos e deixar o material em compasso de espera, só para a posterior confirmação da equipe? Qual a repercussão da matéria?As manchetes, chamadas, fotos, vídeo simplificam u salientam incidentes fora do contexto? Enfim, qual a importância real do que está sendo privilegiado na edição?

Page 42: Técnicas de edição jornalística

COBERTURA DE ROTINA

c) O que se tem pautado para amanhã e depois? Qual a infra-estrutura necessária? O que posso exigir da equipe para não ser pego de surpresa?

d) O editor conta com dois momentos para se reunir: no periodo da manhã, com pauteiro para decidir as matérias do dia; e no final do dia, com o levantamento do material apurado.

Page 43: Técnicas de edição jornalística

Cobertura do inesperado

Preparação:

a) Resposta imediata – partir para o local do fato assim que souber dele;

b) Agenda interna – com contatos telefônicos dos setores da empresa jornalística;

c) Caminho das pedras – saber a quem recorrer para fazer a cobertura

d) Disponibilidade de meios – transporte e comunicaçãoe) Agenda externa – contatos telefônicos de fontes

(especialistas, autoridades)f) Respaldo operacional – apoio interno para a cobertura.

Page 44: Técnicas de edição jornalística

AVALIAÇÃO CONTINUADA II

Vamos fazer um planejamento jornalístico para a queda do avião da TAM (3054). É uma cobertura do inesperado. Divisões de matérias, sugestão de pautas, infográficos, box e outros elementos para tornar o jornal mais atraente e contemplando todas as informações possíveis.

Vale: 1 ponto para a av1Entrega: HOJE!Trabalho: individual

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DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES

VÁRIOS REPÓRTERES PARA 1 TEXTO:É quando dois ou mais jornalistas da equipe são

destacados para a realização de uma mesma pauta, em geral considerada pelo editor trabalhosa para ser feita por um só repórter. A equipe é dividida de moda a cada um cobrir um dado aspecto da notícia ou um determinado número de fontes específicas. Cada repórter responde por seu relatório de apuração a um membro da equipe, eventualmente o próprio editor, fica responsável por amarrar as diversas apurações num texto final.

Page 46: Técnicas de edição jornalística

DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES

1 REPÓRTER PARA VÁRIOS TEXTOS. Envolve basicamente dois casos:

a) quando uma pessoa dá conta de muitas pautas diferentes, cada uma envolvendo um determinado ângulo ou desdobramento do mesmo fato.

b) quando um só texto ocupa páginas sucessivas, sem corte, é na verdade subdividido por títulos, que simulam a existência de distintas matérias em torno do objeto ou fato retratado.

Page 47: Técnicas de edição jornalística

PROJETO EDITORIAL

1. Sumário do produto (formato, periodicidade, cobertura geográfica, distribuição ou circulação)

2. Importância estratégica (pesquisa de mercado sobre índice de leitura/ audiência)

3. Público: perfil (por faixa etária, poder aquisitivo, sexo e grau de instrução) e instrumentos de aferição (pesquisas com amostra por filtros de interesses)

4. Armas contra a concorrência: pontos fortes e pontos fracos

5. Orçamento mensal e anual.

Page 48: Técnicas de edição jornalística

AVALIAÇÃO CONTINUADA II

Para reforçarmos o planejamento jornalístico visto na aula passada, faremos mais um exercício. Vale: 1 ponto para AV1. Entrega: hoje, é claro!

“Temos duas páginas do caderno de esporte sem notícias para o jornal de amanhã. O fato mais importante do dia foi o jogo do Remo com o Santos”. Vamos planejar as pautas, enfoques e outros elementos gráficos para tornar nossa caderno bem atrativo para a sexta-feira!”.

Good luck, isto é, boa sorte.

Page 49: Técnicas de edição jornalística

AULA 5:

INFOGRÁFICOS

Page 50: Técnicas de edição jornalística

CONCEITO DE INFOGRÁFICO

O infográfico é a informação jornalística em linguagem gráfica. Não é ilustração. É arte estatística, imagem informativa, notícia, visual, a expressão iconográfica de fatos, a explicação do funcionamento de algo ou a conceituação de um objeto.

Page 51: Técnicas de edição jornalística

IMPORTÂNCIA PARA O TEXTO JORNALÍSTICO

O texto tem informação numérica que faria o leitor perder-se em cifras;

Apresenta informação que tem apelo visual;Algo não pode ser descrito com palavras e

fotos;Se perderia tempo em descrever com

palavras a localização de um fato, a evolução de um processo ou a descrição de um objeto;

Faltam fotos ou as cenas fotografadas revelam-se insatisfatórias ou insuficientes.

Page 52: Técnicas de edição jornalística

Investigação infográfica

A cultura infovisual mudou a apresentação da notícia impressa. Um infográfico enxuga o volume dos textos, torna a comunicação mais funcional, complementa a notícia.

Page 53: Técnicas de edição jornalística

Quando usar o texto e quando usar o infográfico?

Qual o objetivo a ser alcançado pela reportagem? Que lacuna de informação se pretende completar que o leitor não entenderá de outro maneira? O texto ocupa espaço que um infográfico poderia economizar?

Que é preciso oferecer para o leitor devorar o texto? Uma série de números? Detalhes de cenário?Datas? Definições? Comparações? A informação pode ser polida? Pode ser divertida?

Que dados esclarecem a informação? Estatísticas? Detalhes geográficos? Retrospectiva histórica? Um infográfico subestimaria a inteligência do leitor?

Que ponto central o infográfico quer demonstrar? Temos um conceito claro do que enfatizamos ou só estamos compilando estatísticas de forma estanque?

Page 54: Técnicas de edição jornalística

Questões éticas: o que fazer?

Durante a apuração, pensar em fatos adicionais, históricos, só para infográficos. É preciso um olho para a informação necessária ao texto e outro para a do diagrama, fazendo esforço de investigação só para o diagrama/figura;

Evitar atitude de superioridade, de quem faz o trabalho mais importante, como se foto e gráfico fossem elementos secundários ao texto. A arrogância se pronuncia quando o repórter ou editor só solicita um infográfico depois de escrito o texto, não quando o está preparando. Inconscientemente, deixa claro que o trabalho do desenhista é “mais rápido e fácil” de ser feito do que o seu.

Page 55: Técnicas de edição jornalística

Questões éticas: o que fazer?

O infografista, por sua vez, não pode:Trabalhar sem mentalidade jornalística;Contentar-se com o relato do repórter. Para

desenhar o lugar e efeitos de um evento é aconselhável visitar o lugar;

visualizar coisas de natureza material, sem entendê-las.

Apenas decorar um quadro. Se por um lado é útil fazer um quadro divertido e menos solene, qualquer decoração acessória só confunde a informação.

Page 56: Técnicas de edição jornalística

CUIDADOS NA EDIÇÃO

Confirmação: todos os números (totais, percentuais e anos devem ser confirmados).

Comparação: é preciso verificar a ortografia e a correção gramatical, ver se cada detalhe do infográfico não contradiz informações do texto;

Destaques: dados não confirmados ou duvidosos, estimativas e projeções, devem ser destacados como tais;

Conversão: não se pode descuidar a conversão de milhas em quilômetros, de temperatura em celsius, de moedas estrangeiras em real;

Simplicidade: a compreensão deve ser imediata e cristalina. Clareza: linhas, números ou barras devem ser instantaneamente

compreendidos; Forma e conteúdo: as imagem devem priorizar o conteúdo, não a

estética.

Page 57: Técnicas de edição jornalística

AULA 6:

INFOGRÁFICOS

Page 58: Técnicas de edição jornalística

FUNÇÃO NA PÁGINA: Tabelas

Listas: mera lista de dados colocados lado a lado;

Só de texto ou só de números: organiza fatos em colunas e fileiras;

Misto (texto + números): palavras à esquerda e números alinhados à coluna;

Tabela ilustrada: em que a ilustração é autônoma em relação à tabela, e nela não interfere, embora estejam diagramadas no mesmo quadro.

Page 59: Técnicas de edição jornalística

EXEMPLOS

Exemplo de tabela “só texto”

Page 60: Técnicas de edição jornalística

FUNÇÃO NA PÁGINA: Gráficos

De febre: revela as mudanças, em números, através do tempo. Faz cruzamento de pontos (quantidade x tempo);

De barras: compara dois ou mais itens pela representação de colunas colocadas lado a lado. Funciona com unidades: estabelece comparação entre elas;

Pizza: compara partes de um todo e suas proporções. É ideal para expressar percentagens. É representado por um círculo que supõe o todo, dividido em fatias;

Page 61: Técnicas de edição jornalística

EXEMPLOS

Gráfico pizza

Page 62: Técnicas de edição jornalística

FUNÇÃO NA PÁGINA: diagrama de notícias

Descritivos: explica objetos, mecanismos, estruturas, é o “quê” e o “como” da reportagem. Congela imagem para que possa ser examinada em detalhe, usando vistas de corte, análise passo a passo ou descrição tópica do componentes e detalhes;

De processos: representa uma série de etapas de um procedimento ou idéia;

Arquitetônico: esclarece uma relação espacial (vista anterior e vista em corte)

Page 63: Técnicas de edição jornalística

EXEMPLO: diagrama de processo

Page 65: Técnicas de edição jornalística

FUNÇÃO NA PÁGINA: mapas

De orientação: encontrar o caminho que buscamos;

Estatísticos/pictóricos: dados estruturados sobre base geográfica (mapas + gráfico)

Page 66: Técnicas de edição jornalística

EXEMPLO: mapa pictórico

Page 67: Técnicas de edição jornalística

AVALIAÇÃO CONTINUADA IV

Você é editor do caderno Amazônia, voltado para o público C, D e E. Por isso, com uma linguagem mais simples e informações mais resumidas. Temos uma página de jornal para ser dedicada à disputa presidencial. Nossos repórteres colheram informações sobre o desempenho dos dois maiores candidatos, Dilma Roussef (PT) e José Serra (PMDB) na corrida eleitoral, de acordo com informações do IBOPE. Para facilitar a leitura do nosso público, vamos pensar em 3 infográficos, já que temos poucas informações novas.

O que fazer: pensar em 3 infográficos (com base na classificação discutida em sala de aula)

Como fazer: por meio de um desenho ou com auxílio de um programa gráfico, em grupo de, no máximo, 3 PESSOAS.

Vale quanto: 1 ponto para a AV1Pra quando: pode entregar próxima semana... TÔ BRINCANDO, É

CLARO!!! A entrega deve ser feita hoje.O grupo vencedor dividirá o prêmio A.C. de hoje.

Page 68: Técnicas de edição jornalística

Pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), divulgada na última quarta-feira, 17, revelou que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), continua à frente da ministra Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas, mas a candidata apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresceu 13 pontos percentuais desde a última pesquisa, em dezembro de 2009, reduzindo a diferença entre os dois para 5 pontos.No cenário com o deputado federal Ciro Gomes (PSB), a pesquisa mostra Serra em vantagem com 35% e Dilma com 30%. O deputado tem 11% e a senadora Marina Silva (PV), 6%. Sem a participação de Ciro na pesquisa estimulada, Serra tem 38% e Dilma, 33%. Marina aparece com 8%.Com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), no lugar de Serra, Dilma lidera com 34%, seguida por Ciro (21%). O mineiro aparece com 13%, enquanto Marina continua com 8%.

Page 69: Técnicas de edição jornalística

A pesquisa Ibope revela Serra continua à frente, mas diferença para Dilma caiu de 21 para 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa. Por outro lado, o tucano manteve a vantagem em todas as simulações do segundo turno. Em uma possível disputa com a ministra Dilma, Serra vence por 44% a 39%.Segundo a pesquisa Ibope, mais da metade dos brasileiros (53%) prefere votar no candidato apoiado pelo presidente Lula. No entanto, neste momento 42% dos entrevistados desconhecem quem é o candidato do presidente Lula. Na pesquisa espontânea, em que não são indicados os candidatos que de fato irão concorrer, o presidente lidera com 20% e Dilma fica à frente de Serra (14% a 10).