Técnicas de FIXAÇÃO E conservação de cadáver

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A utilizao de cadveres um mtodo de ensino amplamente realizado. Em

decorrncia desse fato existe a necessidade de preservao de corpos para estudos anatmicos e histolgicos o que se torna maior a cada dia, pois cada vez mais difcil preencher a demanda de cadveres nas faculdades de medicina, veterinria, odontologia, enfermagem e demais reas da sade. Portanto, a utilizao destes corpos deve ser otimizada, para que um maior nmero de alunos e pesquisadores possa usufruir das vantagens do estudo em um corpo natural. Os tecidos provenientes de cadveres so objetos de estudo nas mais diversas reas da cincia, mas, para possibilitar seu estudo por tempo superior ao tempo de autlise e sem a ao de microrganismos, necessrio o uso de mtodos de fixao e preservao, que consiste em mergulh-los em solues qumicas denominadas fixadores. A fixao extremamente importante, pois mantm os tecidos firmes, insolveis e protegidos. Assim, a boa conservao das peas, alm de no permitir a deteriorao do material, tambm evita a proliferao de patgenos que podero causar doenas nas pessoas que frequentam o laboratrio. Por exemplo, a contaminao por fungos nas peas anatmicas pode desencadear em alunos e profissionais, quadros de alergia em decorrncia da grande exposio de esporos fngicos suspensos no ar. Os principais grupos de fixadores so os fenis, aldedos, cidos, compostos halogenados, agentes oxidantes, metais pesados e seus sais corantes, enxofre e tiossulfatos. Os cidos mais usados so o pcrico, actico, brico, saliclico e arsnico. Entre os sais esto o cloreto de sdio, os hipocloretos de sdio, o potssio ou clcio, o sulfato de potssio, o nitrato de potssio, o acetato sdico, o sulfato ferroso e outros. Os mais comuns so o formaldedo, a glicerina, o lcool etlico e o fenol. O formaldedo o fixador e conservante mais utilizado, comumente em soluo aquosa a 10%. Por ser barato e penetrar rapidamente nos tecidos (seis milmetros em doze horas) amplamente utilizado nos laboratrios de anatomia, porm, muitas outras substncias, quando em contato com os tecidos, impedem a proliferao de microrganismos.

Breve histrico da conservao de cadveres A fixao pode ser feita por mtodos qumicos ou fsicos (congelamento), sendo a fixao qumica um processo complexo e pouco compreendido (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2008). As tcnicas de conservao do corpo humano tem inicio com os Egpcios, atravs do processo de mumificao (natural) e o embalsamamento (qumico), porm mais com fins religiosos, do que cientfico, sem nenhuma descrio e comprovao de resultados. J no sculo XVI o belga Andreas Vesalius realizou as primeiras dissecaes em cadver humano e props a sua configurao anatmica em seu famoso De Humani Corporis Fabrica, ficando consagrado como o Pai da moderna anatomia, e assim surge a necessidade de conservao deste material para fins didticos. Segundo KLEISS & SIMONSBERGER (1964), as primeiras descries destas tcnicas de conservao de cadveres foram feitas por Ambroise Par no seu Tratado de Cirurgia (1544), e por Petrus Florestius, que fez uma descrio detalhada dos mtodos utilizados para embalsamamento de pontfices de Roma, com resultados controversos, ora bons, ora inadequados. Posteriormente, as tcnicas de fixao e preservao melhoram com a introduo de certas substncias, que injetadas intravascularmente, realizam uma verdadeira fixao nos tecidos mediante a coagulao rpida das protenas No final do sculo XVII, o lcool etlico fui usado sem boa aceitao. Mais tarde, Guilhermo Hunter, em torno do sculo XVIII, utilizou o lcool etlico associado pimenta negra, para conservar peas anatmicas injetadas com sebo ou cera, porm esta tcnica teve alguns entraves, gerando episdios distintos, como a ingesto do lquido de conservao de peas anatmicas que estavam sendo transportadas entre pases. Na mesma poca, Pierrento Diones empregou a pulverizao de cido tnico a fim de se evitar o crescimento de fungos. Froncois Chaussier empregou o bicloreto de mercrio para evitar a putrefao e favorecer a mumificao. Em 1835 foram empregadas solues aquosas de arsnico associadas ao lcool e, posteriormente, o almen tambm foi utilizado para injeo intravascular em cadveres, porm, hoje utilizado principalmente na preparao de peles de animais. O lcool etlico ainda continua a ser utilizado, porm no o fixador mais adequado, sendo mais empregado como conservante. Karl Schelle, em 1779, descobre a glicerina, representando um grande avano na preparao de peas anatmicas, sendo aplicada pela primeira vez no sculo XVIII pelo anatomista Carlo Giacomini. Em 1853, o qumico alemo Tauflieb descobriu a ao fixadora do cloreto de zinco. Diversos reagentes qumicos foram utilizados, e alguns encontram-se ainda em uso. No entanto, em 1868, por August Von Hoffman, ocorre a descoberta mais importante, o formol (formaldedo ou aldedo frmico), passando este a ser empregado nas tcnicas anatmicas e microscpicas. Essa tcnica a mais empregada atualmente, dado o baixo custo e a rpida penetrao tecidual, mas traz como principal desvantagem o odor forte e irritante de mucosas, j que o produto voltil. Outro aspecto a ser considerado, que a formolizao uma tcnica que demanda espao. O cadver ou pea deve permanecer por longo perodo submerso no lquido antes de ser dissecado e ainda permanecer submerso para armazenamento. H uma srie de outras tcnicas de conservao de cadveres na forma de peas anatmicas, atualmente em uso, como a glicerinao, que

conserva a pea em glicerina, facilitando o manuseio, podendo ficar em ambiente seco; a macerao, que retira todas as partes moles da estrutura, mantendo apenas o tecido sseo; a diafanizao, que gera peas translcidas; e a corroso, que consiste no preenchimento das estruturas tubulares com resina seguida por corroso cida dos tecidos no preenchidos. No final do sculo XX surge uma nova tcnica, colocando a anatomia de novo no centro da ateno popular e da polmica cientfica. A plastinao uma tcnica inovadora que impe a substituio das molculas de gua do corpo por um polmero, mantendo a estrutura e as caractersticas originais da pea de forma inodora e resistente, gerando peas de fcil conservao, j que esto, a grosso modo, plastificadas, podendo ficar expostas, como em um museu (VON HAGENS et al., 1987). Fixadores BEHMER et al. (1976); ALVES (2002); JUNQUEIRA & CARNEIRO (2008) e RODRIGUES (2010) ressaltaram que os fixadores so substncias qumicas que mantm a integridade dos tecidos aps a morte, sem ocasionar alteraes da estrutura celular. Suas finalidades bsicas so as de evitar ao mximo as alteraes na constituio qumica celular; insolubilizar as protenas dos tecidos por meio de ligaes cruzadas entre os aminocidos, o que de fundamental importncia na fixao, pois so essas protenas as responsveis pela manuteno estrutural das clulas e tecidos e inativar enzimas proteolticas o mais rapidamente possvel, pois estas ltimas so as responsveis pela degradao espontnea que os tecidos sofrem aps a morte, isto , a autlise. E por fim, evitar a proliferao bacteriana e fngica, permitindo assim o estudo da clula ou do tecido como se estivesse, naquele momento, vivos. Alguns tipos de fixadores s podem ser usados para pequenos fragmentos de tecidos, como o aldedo glutrico, o lcool e o ter. Outros como o formaldedo ou aldedo frmico, podem ser utilizados para fragmentos maiores, pois apresentam maior poder de penetrao. O tempo de fixao depende do tipo de fixador e da temperatura em que este se encontra: quando, por exemplo, deseja-se uma fixao rpida, emprega-se o formol (denominao dada a qualquer diluio a partir do formaldedo comercialmente puro 40%), aquecida a 50oC durante 1h. Este mesmo fixador, temperatura ambiente, requer pelo menos 12h para exercer sua atividade completamente. A temperatura aumenta a velocidade de fixao, aumentando a penetrao do fixador atravs do tecido (BEHMER et al., 1976; RODRIGUES, 2010). EERDEN & NIE (1981) realizaram um levantamento sobre as principais tcnicas e solues conservadoras de tecidos, enviando para o Departamento de Anatomia das Faculdades de Medicina, um questionrio sobre o embalsamamento e armazenamento de cadveres humanos. Concluram, aps a anlise das respostas, que no existe um mtodo padro, e que so utilizadas diferentes tcnicas, bem como diferentes solues conservadoras para tal fim. ALVES (2002) e RODRIGUES (2010) acrescentaram que no h fixadores perfeitos, porm pode-se empregar misturas para minimizar as limitaes de cada um. O fixador deve ser escolhido levando-se em conta as caractersticas do tecido, os exames pretendidos e as coloraes a serem aplicadas, ressaltando que, uma boa fixao dos tecidos fundamental para a observao em microscopia ptica. A fixao pode ser efetuada por imerso ou por perfuso, e deve ser realizada o mais breve possvel aps a remoo de uma

pea cirrgica ou da morte do indivduo, j que qualquer atraso leva desidratao dos tecidos e acelerao da autlise, e o fixador deve ter contato com todas as superfcies da pea na proporo mnima entre 1:10 e 1:20, ou seja, o volume do lquido fixador deve ter, no mnimo, um volume 10 a 20 vezes maior que o volume da pea. Segundo RODRIGUES (2010), os fixadores mais utilizados no Brasil so o formol, o lcool etlico, a glicerina e o fenol. Em microscopia ptica, o fixador empregado em trabalhos de rotina o formaldedo a 4% em soluo tamponada, que equivale soluo aquosa de formol a 10% (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2008) O lcool etlico a 96 GL um bom fixador e de fcil aquisio. Tem excelente capacidade de penetrao nos tecidos, sendo indicado quando no possvel a utilizao de fixador via injeo vascular. Pode ser empregado isoladamente para a fixao ou preservao de peas pequenas ou animais de pequeno porte, na concentrao de 70%. Acima nesta concentrao, o lcool endurece muito os tecidos. GOMEZ et al. (2010) observaram uma expressiva melhora tanto qualitativa como quantitativa no material fixado em lcool a 70% em comparao ao tradicional formol na evidenciao imuno-histoqumica dos miofibroblastos marcados com o anticorpo anti-actina. O fenol lquido ou em forma de cristais no endurece muito os tecidos e torna o meio estril, protegendo o material da ao de fungos. O fenol no se mistura bem gua, mas solvel em lcool. Deve ser usado com cuidado, pois txico e provoca queimaduras na pele. Tcnicas usuais de fixao de peas anatmicas Formolizao: O formaldedo ou aldedo frmico um dos mais comuns produtos qumicos de uso atual. o aldedo mais simples, de frmula molecular H2CO e nome oficial pela IUPAC (Unio Internacional de Qumica Pura e Aplicada), metanal. Os aldedos so compostos qumicos resultantes da oxidao parcial dos lcoois. Assim, o lcool metanol ao perder um tomo de hidrognio d origem ao aldedo frmico, e o etanol, ao aldedo actico (CARVALHO, 2009). Na temperatura ambiente, o aldedo frmico um gs incolor, voltil e txico, de cheiro muito forte e irritante. O formol ou formalina uma soluo aquosa saturada de aldedo frmico a cerca de 37% a 40%, pois precipita-se em concentraes superiores. O formol pode ser comprado em vasilhames de plstico e tambores com 5 e 20 L, ou ainda o pro-analysis, acondicionado em vidro com capacidade de 1.000 mL, sem impurezas (RODRIGUES, 2010). Na Medicina, usado como desinfetante, anti-sptico, e pelos anatomistas e patologistas para preservarem tecidos, rgos ou cadveres. usado tambm em outras reas de atividade, como na produo de papel, madeira compensada, resinas e cosmticos, na agricultura como conservante de gros e sementes e na produo de fertilizantes, na indstria da borracha, na preservao da madeira e na produo de filmes fotogrficos (INWALD, 2001; HERAUSGEGEBEN et al., 2006; VINCENT & JANDEL, 2006). Apresenta incompatibilidade com oxidantes fortes, lcalis, cidos, fenis e uria e apresenta como sinnimos: formol, formalina, xido de metileno, componente de exausto de diesel e produto da pirlise (queima) de revestimento

de eletrodos de solda (TOKUDA et al., 1990). BEHMER et al. (1976), BALLENGUER (1984), OLSEN et al. (1984), EGLINTON & LOGAN (1991), HAMAZAKI et al. (1993), KARLSEN et al. (1994), MIES (1994), SESSO (1998), ALVES (2002) e RODRIGUES (2010) descreveram que o formol em soluo aquosa a 10% (formaldedo a 4%) o mais utilizado na fixao e conservao de tecidos, devido ao seu baixo custo, simplicidade de uso, fcil penetrao nas peas e ao rpida como fixador, embora seja extremamente voltil e tenha cheiro irritante, podendo provocar irritao dos olhos e vias respiratrias, lesar mucosas e pele, devendo ser tratado como potente cancergeno ocupacional, relacionado com cnceres de vias areas superiores e de pulmo, leucemia e cncer no encfalo. Em 1995, a Agncia Internacional de Pesquisa em Cncer (IARC) o classificou como cancergeno e teratognico (INCA, 2010). Dependendo das circunstncias, o formol usado nas concentraes de 3, 4, 5, 10 e 20%. As concentraes mais baixas, so usadas em animais de pequeno porte ou fetos ou quando associado a outro fixador, enquanto a 20% so empregadas na impregnao de encfalos isolados, por imerso (RODRIGUES, 2010). JACKSON et al. (1991) descreveram que o cido frmico um dos produtos de degradao do formol, sendo que tal cido frequentemente interage com a hemoglobina, produzindo um pigmento acastanhado chamado de "pigmento de formol" ou hematina. O uso de soluo tampo evita a acidificao do fixador, impedindo assim o aparecimento do pigmento de formol. O tamponamento pode ser realizado com diversas substncias, dentre as quais destacam-se o carbonato de clcio (MICHALANY, 1990), o fosfato de sdio bibsico anidro (RODRIGUES, 2010) e o fosfato de sdio mono-hidratado, que constitui o composto mais utilizado (SESSO, 1998; RODRIGUES, 2010). Bioquimicamente, o mecanismo de ao ocorre atravs da reao do formol com os grupamentos amnicos das protenas, formando ligaes cruzadas, resultando em um composto que em parte desnatura estas substncias. Essa reao ocorre principalmente com o aminocido bsico lisina, que contm grupamentos amnicos na sua cadeia lateral (-CH (NH2)- COOH). Considera-se que 40% a 60% desses grupamentos estejam livres para a reao com os aldedos. Entretanto, alm dessa reao, o formol tem outros efeitos pouco conhecidos, uma vez que somente essa reao no explica totalmente o seu efeito fixador. Essa reao reversvel em gua, o que torna providencial para a colorao dos tecidos com os corantes cidos nas tcnicas histolgicas (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2008). J, GUSMMAN (2007) descreveu que o aldedo frmico atua como fixador interagindo com os aminocidos lisina e arginina. Tal fixador no provoca precipitao de protenas, no preserva gorduras livres, porm fixa lipdeos complexos, provoca leve precipitao de outros constituintes celulares e no o fixador de eleio para carboidratos. A via arterial uma das tcnicas de fixao mais utilizadas, e consiste na injeo do fixador pelas artrias. Este mtodo faz com que os cadveres fiquem bem fixados, de forma que possam ser usados no s para dissecao anatmica, mas tambm para pesquisa (IKEDA et al., 1993). Para o preparo da soluo de formol a 10% para a fixao de peas, juntam-se 100 mL de formol a 40% (formol puro) a 900 mL de gua corrente ou destilada. Sendo esta soluo ligeiramente cida, a eliminao da acidez obtida

pela adio de 4 g de fosfato de sdio monobsico e 6,5 g de fosfato de sdio dibsico anidro. Para o efeito da fixao, a soluo de formol a 10% injetada na proporo de 10% do peso do espcime (RODRIGUES, 2010). Segundo WERNER et al. (2000), o tempo de fixao varivel segundo o tamanho da pea, recomendando para espcimes pequenas, com cerca de 3mm de espessura, a fixao em formaldedo por menos de 24 horas e, deste modo, permite a recuperao antignica na tcnica de imuno-histoqumica. Mas em peas maiores, a fixao deve ser de, no mnimo, 24 horas para que as ligaes cruzadas entre as protenas causadas pela fixao possam ser completadas. Do contrrio, essas ligaes ocorrem somente na periferia da pea, ficando o interior no fixado onde ocorre o fenmeno de autlise, ou seja, decomposio dessas protenas estruturais. Por outro lado, a fixao prolongada por formaldedo pode dificultar a tcnica de recuperao antignica, portanto, no recomendado exceder 48 horas de fixao, no caso do processo imuno-histoqumico (WERNER et al., 2000). De acordo com SOARES et al. (2006), o formol no indicado como fixador para estudos histomorfomtricos de testculo de felinos, por provocar artefatos que influenciam na morfologia do rgo. CHEOKER (2002) e GINO et al. (2004) observaram que o formol tem a propriedade de degradar o DNA, no seu todo ou parcialmente, na dependncia da concentrao e do tempo de exposio (fixao) a que um determinado tecido submetido. Seus estudos baseiam-se em reaes bioqumicas, sem a realizao de um estudo propositivo de campo ou experimental. CARVALHO (2009) concluiu que os cadveres fixados com formol na concentrao de 5% apresentaram mnima degradao do DNA, porm na concentrao de 10% e 20% apresentaram a degradao do DNA em 100%. TOMASI et al. (2005) e FONSECA (2007) concluram que ocorre desmineralizao ssea em peas fixadas com formol, uma vez que o processo de desmineralizao induzido por meio cido, tecidos mineralizados submetidos conservao em formol podero sofrer perda de substncia mineral. CURREY et al. (1995) e KIKUGAWA & TAKASHI (2004) relataram alteraes nas propriedades mecnicas e resistncia fratura de ossos fixados em soluo de formol. Concluram ainda que a formalina aumenta a fragilidade do osso em um perodo relativamente curto, tornando-o mais quebradio. Observaram que a concentrao dos elementos inorgnicos diludos no formol conservante aumentou proporcionalmente ao perodo de preservao. SESSO (1998) ressaltou que as principais alteraes celulares consequentes fixao pelo formol incluem a tendncia a separao celular, isto , as clulas tornam-se mais isoladas; as mitocndrias nem sempre so preservadas; o citoplasma contrai-se em relao ao ncleo e, nas mitoses os cromossomos so mal fixados. SPICHER & PETERS (1976) verificaram a resistncia de diferentes microorganismos ao formaldedo e seu efeito antimicrobiano em diversas concentraes e concluram que Pseudomonas sp., Klebsiella sp. e Salmonella sp. mostraram-se mais susceptveis ao formaldedo que Staphylococcus sp. Os fungos mostraram-se mais resistentes que as bactrias, sendo o Aspergillus niger mais resistente que Candida albicans. SOLOMON (1975) reportou que o Aspergillus um fungo predominante em ambientes fechados e que permanece em nuvens de esporos no ar, podendo penetrar no interior de estruturas e

contaminar o ambiente interno. importante salientar que o processo de fixao dos cadveres visa manter as estruturas dos tecidos com o aspecto apresentado in vivo e, por outro lado, objetiva inativar a ao das enzimas autolticas. J a conservao, posteriormente fixao, visa impedir a proliferao de bactrias e fungos e a macerao dos tecidos, no havendo razo para acreditar que as mesmas substncias qumicas sejam ideais para ambos os processos. Pelo contrrio, devemos evitar o uso do formaldedo como lquido conservador de peas anatmicas, uma vez que esse fixador apresenta propriedades txicas e outros efeitos desagradveis, alm do potencial de risco para a sade de alunos, docentes, tcnicos e pesquisadores.

Glicerinao: A glicerina um lquido viscoso temperatura ambiente (25C), incolor, inodoro, higroscpico (absorve gua do ar) e com sabor adocicado. O termo glicerina refere-se ao produto na forma comercial do glicerol com pureza acima de 95%, mas seu nome oficial pela IUPAC propano-1,2,3-triol. Apresenta trs grupos hidroxlicos (OH-) hidroflicos, que so responsveis por sua solubilidade em gua. um composto orgnico pertencente funo lcool. A glicerina mais utilizada na concentrao de 98%. Uma das principais caractersticas da glicerina a capacidade de desidratao celular (PIGOSSI, 1964; PIGOSSI, 1967; DALECK et al., 1988; ALVARENGA, 1992). Este fator determina a sua ao antissptica, atuando contra fungos e bactrias gram-negativas e gram-positivas, com exceo para as formas esporuladas (PIGOSSI, 1967). Cabe ressaltar que a desidratao obtida com a glicerina no altera a concentrao inica das clulas, o que mantm a integridade celular e

mantm os tecidos mais moles e flexveis (PIGOSSI, 1964). A glicerinao ou tcnica de Giacomini permite uma melhor preservao, com as vantagens de se obter peas anatmicas mais leves; utilizao de produtos menos agressivos s peas, ao meio ambiente (diminuio e eliminao de vapores prejudiciais natureza) e aos manipuladores; peas anatmicas esteticamente melhores (Figura 2); conservao mdia das peas semelhantes da formalizao; baixo custo e facilidade no manuseio das peas. Para a realizao do mtodo, faz-se uma pr-fixao do material de estudo em soluo de formol a 10% durante 24 horas. Ao trmino do processo de prefixao, inicia-se o mtodo de glicerinao composto por trs etapas: desidratao, clareamento e impregnao da glicerina e escoamento. O processo de desidratao tem incio com a imerso das peas em soluo de lcool etlico a 70%, em caixas plsticas, durante aproximadamente sete dias, em temperatura ambiente; posteriormente, segue o clareamento com a imerso das peas em soluo de gua oxigenada a 3%, por sete dias. Posteriormente, as peas so imersas em glicerina a 98%, para a fixao por aproximadamente sete dias. Aps este perodo, as peas j fixadas, so retiradas e mantidas a seco em caixas.

Repleo e corroso: A tcnica de repleo consiste no preenchimento de conductos (vasos sanguneos, linfticos, vias biliares ou urinrias, brnquios, etc.), por meio de injeo de solues em seu interior. Os produtos mais utilizados conforme o grau de penetrao nos capilares (da maior a menor penetrao), incluem a tinta da china, microfilme, resina epxi, ltex natural, borracha siliconada e resina polister (RODRIGUES, 2010). CALOMENO et al. (1987) realizaram estudo comparativo com ltex de neoprene e acetato de vinil, concluindo que os dois mtodos tm vantagens e desvantagens. De acordo com esse estudo, o ltex de neoprene mais efetivo para a visibilizao de estruturas de calibres maiores, enquanto a resina de vinil mostrou melhores resultados quando se pretende estudar detalhes delicados da

anatomia vascular e de acordo com YAMAMOTO et al. (1985), que fez uso do acrlico para estudar a microscopia microvascular dos ramos arteriais do fgado de ratos, relataram ser esta substncia apropriada para estudos tanto de estruturas microscpicas quanto de calibres maiores. O procedimento de corroso consiste na eliminao do tecido orgnico da amostra, para visibilizar os conductos repletos ou as cavidades previamente injetadas. Para o processo de corroso, primeiramente se faz a repleo e, posteriormente, se utiliza um produto qumico para executar a corroso do tecido orgnico. Os produtos mais utilizados incluem os cidos clordrico, sulfrico (5 a 10%) e o hidrxido de potssio (KOH), de 15 a 20% (RODRIGUES, 2010). MATAMALA et al. (1984) e BUSTAMANTE et al. (2007) descreverafm que essa tcnica excelente para trabalhar na docncia e na pesquisa, devido ser uma tcnica de baixo custo e oferecer excelentes resultados na visibilizao macroscpica da trama vascular de peas anatmicas. O protocolo da repleo e corroso indicado por RODRIGUES (2010) inclui as seguintes etapas: 1) Lavagem das peas com gua corrente; 2) Aquecimento das peas 37C, em banho-maria; 3) Canulao dos stios dos vasos a serem injetados; 4) Injeo de gua destilada para lavagem dos leitos vasculares; 5) Injeo de acetato de vinil colorido diludo em acetona a 100%; 6) Retirada da agulha e ocluso do stio com fio de nilon monofilamentar agulhado; 7) Conduo da pea imersa em gua destilada ao congelador (freezer) para solidificao do acetato de vinil colorido; 8) Incio do processo de semicorroso e/ou corroso da pea com cido clordrico (HCl); 9) Lavagem das peas com jato fino de gua para limpeza; 10) Concluso do processo corrosivo e colocao das peas para secagem.

Coronria em corao humano.

Criodesidratao: A tcnica de criodesidratao consiste na desidratao dos tecidos do animal para a preservao da pea a seco. As peas so inicialmente fixadas em soluo aquosa de formol a 10%. Aps a fixao, d-se incio tcnica, em que as peas so congeladas em freezer, com temperatura mdia em torno de -5C

por um perodo em torno de 72 horas (varivel em funo do tamanho da pea), at o completo congelamento. Posteriormente, segue um processo de descongelamento seriado, que consiste em descongelar a pea em temperatura ambiente por 12 horas e retorn-la ao freezer, pela mesma quantidade de tempo por sucessivos dias, at a obteno da desidratao da pea. Este processo prolongado e varia de acordo com o tamanho e espessura da pea. Concluda a desidratao, a pea se mantm fora de uma soluo fixadora. A pea desidratada apresenta cor mais clara (esbranquiada) que o normal e apresenta como vantagens a manuteno da forma dos msculos e as relaes entre si, reduo do peso da pea em torno de 70%, dispensa cubas de formol para conservao e utilizao por longo perodo, alm de ser uma tcnica de baixo custo. uma tcnica ideal para a produo de peas para compor coleo de museus biolgicos, para se manter em consultrios, afim de ilustrar explanaes de condutas ao proprietrio, ou mesmo para fins didticos. Outra vantagem a possibilidade de manter a conformao de rgos cavitrios, inflados com gs durante o processamento (TEIXEIRA et al., 1990; TEIXEIRA FILHO et al., 1996).

Co Fila Brasileiro dissecado, criodesidratado e pintado para fins didticos. Diafanizao: A diafanizao utilizada desde os anos 70, sendo empregada para estudar o estado da cartilagem e ossos ou pontos de ossificao em diferentes fases do desenvolvimento e tambm observar anormalidades. Consiste basicamente na digesto do tecido muscular por meio de uma enzima (tripsina) e a colorao da cartilagem e esqueleto usando azul alcian e alizarina em espcimes previamente fixados em formalina (Figura 4). Baseia-se na afinidade que os sais de clcio tem pela alizarina, substncia corante sinttica (CORTSDELGADOet al., 2009; RODRIGUES, 2010). De acordo com CORTS-DELGADO et al. (2009), a tcnica de diafanizao segue algumas etapas a seguir: 1) Preservao e fixao: no momento da coleta, o material deve ser armazenado em etanol 70% ou formol a 10%. Se o material foi armazenado em etanol, deve posteriormente ser fixado com formol a 10% atravs de injees nas vsceras e deix-lo submerso por dois a trs dias; 2) Lavagem: para eliminar qualquer excesso de formol, a amostra

imersa e lavada em gua destilada por dois a trs dias. Durante este processo, eviscerar o espcime; 3) Relavagem: deixar a amostra em gua destilada por um dia; 4) Colorao da cartilagem: deixar o material totalmente imerso na mistura feita com 10 mg de alcian blue 8GN, 80 mL de lcool etlico 95%, e 20 mL de cido actico glacial por 2 dias. A soluo de colorao pode ser reutilizada vrias vezes em outros estudos; 5) Reidratao: colocar a amostra num banho de lcool etlico a 95% por 2h. Repita por 2h em um novo banho. Coloque o espcime em banhos sucessivos, diminuindo as concentraes de lcool etlico em 75%, 40% e 15% (2h por banho). Armazenar a amostra em gua destilada por cerca de 8h. De acordo com HANKEN & WASSERSUG (1981), esta etapa tambm ajuda a reforar a fixao do alcian blue na cartilagem; 6) Digesto muscular: imergir o material em soluo de 30 mL de borato de sdio, 70 mL de gua destilada, e 0,5g de enzima tripsina (tripsina de pncreas suna). A tripsina funciona melhor em temperaturas ligeiramente elevadas (KISHIMURA et al., 2005), sendo assim colocar o recipiente com a amostra em um forno a temperatura mxima de 25C. Troque a soluo, se necessrio, quando se tornar turva. Aquecer a amostra at que o msculo fique macio e gelatinoso ou a cartilagem e os ossos serem visualizados. Este resultado pode demorar vrias semanas, dependendo do tamanho do espcime. necessrio verificar o material todos os dias, uma vez que a exposio prolongada tripsina pode dissolver o esqueleto. Para as massas relativamente grandes, aumentar a concentrao de tripsina para melhorar o processo de digesto; 7) Colorao do osso: transferir a amostra para uma soluo aquosa de KOH a 0,5%. Adicionar vermelho de alizarina S em forma de p at a soluo adquirir a cor roxa. Deixar a amostra nesta soluo por 24h; 8) Branqueamento e desidratao: colocar a amostra em banhos sucessivos: solues de glicerina 0,5%, KOH- (Srie sequencial: 3:1, 1:1 e 1:3), adicionando algumas gotas de perxido de hidrognio para ajudar a aumentar a transparncia. Deixar o modelo durante vrios dias em cada etapa, at o completo branqueamento da musculatura e remoo dos excedentes da alizarina vermelho e 9) Armazenamento: coloque a amostra em soluo de glicerina pura.

Aspecto da macroconfigurao da cavidade pulpar, revelado pela tcnica da diafanizao onde se pode ver o verdadeiro labirinto da anatomia interna dental ou o sistema de canais radiculares, aps as consideraes bsicas da anatomia interna (coroa, raiz, esmalte, dentina, cmara pulpar, cemento, canal radicular e pice).

Tcnicas alternativas de conservao de peas anatmicas: A elaborao de mtodos alternativos para a realizao de aulas prticas visa manter a educao atualizada e sincronizada com o processo tecnolgico, com o desenvolvimento de mtodos de ensino e contribui para o pensamento tico. Para isso, so implementados mtodos alternativos como: utilizao de cadveres formolizados ou preservados com soluo de Larssen, modelos sintticos (espumas, modelos em madeira e bexigas de ltex, vsceras e msculos de animais abatidos, vdeos ilustrativos, suturas em panos, simulaes em vsceras do uso de eletrobisturi e criocirurgia, preparao de peas anatmicas, entre outros. Plastinao Plastinao um processo desenvolvido por von Hagens em 1977, que se baseia em impedir a decomposio e preservar espcimes anatmicos para a educao mdica e cientfica, substituindo todos os fluidos teciduais e solveis em gordura (gua e lipdeos) por polmeros (silicone, epxi, ou copolmero de polister), e depois passam por um processo de endurecimento pela luz, calor ou certos gases, que proporcionar a rigidez e conservao dos espcimes (VON HAGENS et al., 1987). Este mtodo apresenta um custo muito alto, e est sendo amplamente utilizado na Europa e nos EUA e j est sendo empregada em algumas universidades brasileiras (SILVA et al., 2008). A tcnica de plastinao permite a obteno de corpos inteiros, peas ou partes delas e desde a sua introduo foi uma verdadeira revoluo na educao, melhorando a qualidade da prtica docente e na investigao da anatomia macro e mesoscpica, como base para a interpretao das modernas tcnicas de diagnstico, como ressonncia magntica, endoscopia, tomografia, entre outras (VON HAGENS et al., 1987; O'SULLIVAN & MITCHELL, 1995; WEIGLEIN, 1997; BRAVO, 2006; DHINGRA et al., 2006; KCN et al., 2007; REYES-AGUILAR, 2007). A tcnica possibilita a utilizao de um nico cadver indefinidas vezes, alm da obteno de peas anatmicas reais, com preservao de estruturas anatmicas detalhadas. Os cadveres podem ser obtidos atravs de convnios com clnicas veterinrias mediante doao dos proprietrios (VON HAGENS et al., 1987). As tcnicas atuais de conservao baseadas em formaldedo utilizadas na rea de anatomia em muitas universidades no so as mais adequadas. Estas tm inconvenientes, como a rigidez e a perda da cor natural dos tecidos. Alm disso, as propriedades fsico-qumicas da soluo levam formao de gases, que afetam as pessoas que a manipulam, irritando a mucosa ocular. A inalao causa irritao na mucosa nasal e do trato respiratrio superior e pode at afetar os pulmes. Em tempos de exposio prolongada h tambm irritao cutnea (BALLENGUER, 1984; OLSEN et al., 1984). Em contrapartida, as peas plastinadas esto livres de odor, tm alta durabilidade, so secas e muito resistentes (REYES-AGUILAR, 2007).

Corpo conservado pela tcnica plastinao A tcnica desenvolvida por Gunther Von Hagens em Heidelberg, na Alemanha, consiste basicamente em quatro etapas: (1) fixao: aps a disseco, a pea ou cadveres so fixados em uma soluo de formol a 10% por um perodo de uma semana; (2) desidratao. Os espcimes biolgicos tm um alto teor de gua que deve ser removida. Isto conseguido por meio de um processo conhecido como substituio em congelamento, onde as amostras so colocadas em solvente orgnico, como a acetona a -25C. Ento, durante um perodo de quatro a cinco semanas, a gua dos tecidos lentamente substituda pela acetona; (3) impregnao forada, o solvente aqui substitudo por um polmero em uma cmara de vcuo em baixas temperaturas e endurecimento, onde a amostra preenchida de polmero colocada em uma cmara fechada, onde entra em contacto com um gs de cura, calor ou luz ultravioleta. Este gs endurece o polmero, secando a pea em cerca de 48h. A secagem completa leva vrios meses (VON HAGENS et al., 1987; KCN et al., 2007, RIVERA et al., 2009). Segundo KCN (2007), um grande nmero de fatores deve ser considerado, como grau de decomposio, a distribuo do tecido adiposo e quantidade de sangue nas veias quando da escolha do polmero a ser utilizado.

Soluo de Larssen modificada Trata-se de uma tcnica de tratamento qumico para a preservao de cadveres que sero utilizados em aulas de tcnica cirrgica, como mtodo alternativo ao uso de animais vivos (SILVA, 2003). SAMPAIO (1989), em um estudo sobre o crescimento do rim humano no perodo fetal, utilizou o lquido de Larssen conforme a frmula utilizada pelo Servio de Anatomia Patolgica do Hpital Cochin, da Universidade Ren Descartes Paris V, Frana, composta por 500 g de cloreto de sdio, 900 g de bicarbonato de sdio, 1000 g de hidrato de cloral, 1100 g de sulfato de sdio, 500mL de soluo de formol a 10% e 1000 mL de gua destilada, para preservar fetos humanos. O autor relatou que o lquido de Larssen conservou a cor, a

consistncia e as caractersticas das peas anatmicas, tendo ainda como finalidade dissolver cogulos e restaurar a volemia fetal, colocando os rins o mais prximo do natural. Os docentes da disciplina de tcnicas cirrgicas do Departamento de Cirurgia da FMVZ/USP, modificaram a tcnica da soluo de Larssen, acrescentando glicerina, a fim de tornar as peas mais maleveis. A soluo de Larssen modificada pelos autores compreende a mistura de 100 mL de formalina a 10%, 400 mL de glicerol, 200 g de hidrato de cloral, 200 g de sulfato de sdio, 200 g de bicarbonato de sdio, 180 g de cloreto de sdio e 2000 mL de gua destilada. A soluo foi utilizada na diluio de uma parte do concentrado para trs partes de gua destilada. A quantidade a ser utilizada para fixao de 10% do peso do animal a ser injetado via artria cartida comum, e ps fixao, os animais so acondicionados em sacos plsticos e criopreservados em cmera frigorfica com temperatura entre -20C e -16C, conforme protocolo preconizado por SILVA et al. (2003). SILVA (2003) e SILVA et al. (2004) utilizaram esta tcnica na preservao de cadveres que foram utilizados no ensino da cirurgia. Os cadveres preservados foram utilizados no mnimo 4 vezes, e durante o treinamento apresentavam textura, colorao e consistncia dos tecidos semelhantes ao encontrado em animais vivos, como a flexibilidade das articulaes, bem como ausncia de liberao de odores desagradveis oriundos do processo de decomposio. SCHERER (2009), em seu trabalho utilizando do modelo experimental de ces conservados com soluo de Larssen modificada para treinamento em videocirurgia, relatou que foi vivel e efetivo para treinamento de tireoidectomia videoendoscpica e nefrectomia total laparoscpica, evidenciando boa condio, tanto da cavidade abdominal como da regio cervical, e apresentou caractersticas teciduais semelhantes s de um animal vivo, principalmente no que se refere a tecidos corpreos extra-abdominais, como msculos e pele. Entretanto evidenciou rgos intra-abdominais com textura mais frivel. A presso de CO2 necessria a execuo do procedimento parece ser maior do que a rotineira em animal vivo, pelo fato dos tecidos musculares e cutneos apresentarem reduo significativa de elasticidade.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS: CARDOZO, E. & VICENTE, C. C. Consideraes ticas, legais e cientficas para a substituo da coleta e uso de animais vivos nas disciplinas de cincias biolgicas e cincias afins nas universidades brasileiras: artigo de reviso. Sade & ambiente em revista, Duque de Caxias, v. 2, n. 2, p. 57-73, 2007. CARVALHO, K. S. Influncia do formol utilizado para conservao de cadveres na obteno de DNA nuclear em tecido muscular. Piracicaba, 2009 66f.Dissertao (Mestrado em Biologia Bucodental) - Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas. CORRA, W. R. Isolamento e identificao de fungos filamentosos encontrados em peas anatmicas conservadas em soluo de formol a 10%. So Jos dos Campos, 2003. 59 p. Dissertao (Mestrado em Cincias Biolgicas) Programa de Ps-graduao em Cincias Biolgicas, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraba. FONSECA, A. A. R. Avaliao do efeito da formalina na descalcificao de espcimes anatmicos, por meio da densidade radiogrfica e concentrao de clcio. 2007. 98f. Tese (Doutorado em Odontologia) - Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia bsica: texto/atlas. 11. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, 524p. PIGOSSI, N. A glicerina na conservao de dura-mater estudo experimental. 1967. 36f. Tese (Livre docncia) - Faculdade de Medicina de So Paulo, Universidade de So Paulo, So Paulo.