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TECNOLOGIA SOCIAL PAIS NAS REGIÕES SERIDÓ,
OESTE, AGRESTE E TRAIRI DO TERRITÓRIO POTIGUAR
Área temática: Ética e Responsabilidade Social
Paulo Ricardo Cosme Bezerra
Resumo: A exploração de qualquer bem natural de forma sustentável no Brasil ainda é algo novo. Esse conceito vem
sendo mais debatido que implementado produzindo resultados satisfatórios. Muitas instituições atuam na gestão de
projetos cujo propósito é fomentar o desenvolvimento de pequenas propriedades rurais, com o objetivo de promover a
geração de trabalho, renda e melhoria da alimentação das famílias de forma sustentável, buscando atingir o bem estar
social e estabelecer relações entre o homem e a natureza. A partir da metodologia de pesquisa apropriada, se
apresentará um aspecto descritivo desses produtores apresentando elementos da cultura material relacionados ao uso
da produção, aspectos da organização social e aspectos da ecologia cultural investigando se os padrões de
organização social e uso do ambiente reconhecido pela população afetam de alguma maneira a dimensão da vida
humana. A problemática é entender como se dá as relações de organização social, o uso do ambiente.
Palavras-chaves: ecologia cultural, sustentabilidade, território, tecnologia, sociedade.
ISSN 1984-9354
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
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1. Contextualização
A exploração de qualquer bem natural de forma sustentável no Brasil ainda é algo novo.
Segundo GIANNINI (2002), esse conceito vem sendo mais debatido que implementado produzindo
resultados satisfatórios. Mesmo ainda insipiente, muitas instituições, como é o caso do SEBRAE RN
(Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Potiguares), atua na gestão de projetos cujo
propósito é fomentar o desenvolvimento de pequenas propriedades rurais do território potiguar, com o
objetivo de promover a geração de trabalho, renda e melhoria da alimentação das famílias de forma
integrada e sustentável, buscando atingir o bem estar social e estabelecer relações entre o homem e a
natureza analisando o processo de utilização dos recursos materiais por populações humanas
(MORAN, 1990).
A partir da metodologia de pesquisa proposta por Steward apresentada por Moran (1990), se
apresentará um aspecto essencialmente descritivo desses produtores apresentando elementos da cultura
material mais relacionados ao uso da produção, como por exemplo, instrumentos utilizados para o
plantio, dimensão da propriedade, aspectos da organização social relativas ao uso de recursos
específicos e aspectos da metodologia da ecologia cultural investigando se os padrões de organização
social e uso do ambiente reconhecido pela população afetam de alguma maneira a dimensão da vida
humana.
Durante todo o período de execução do projeto os produtores rurais produzem bens destinados
a comercialização e ao consumo próprio denominado “produtos agroecológicos”.
Dentre as ações do projeto estão elencadas a busca de parcerias comerciais para
comercialização dos produtos, estabelecimento de metas, acompanhamento de premissas que possam
afetar a continuidade do projeto e a mensuração de resultados que busca identificar se as metas
estabelecidas foram alcanças e servem de base para a avaliação do sucesso ou fracasso do projeto,
visto que estamos desenvolvendo ações com recursos públicos e estes necessitam ter clareza e
transparência nas ações.
A problemática deste trabalho é entender como se dá as relações de organização social, o uso
do ambiente e ainda quem são estes pequenos produtores rurais do território potiguar. A pesquisa de
campo compreendendo uma amostra de 200 produtores rurais, residentes nos municípios de Acari,
Currais Novos, Frutuoso Gomes, Messias Targino, Parelhas, Santa Cruz, São João do Sabugi, São
Paulo do Potengi, São Tomé e Severiano Melo.
2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral
Apresentar a evolução e benefícios advindos do projeto para o produtor rural do território
potiguar, além de viabilizar uma comparação entre as fases evolutivas do projeto, T0 (2011), T1 (2012)
e TF (2013), também diagnosticando a evolução e mostrando suas perspectivas durante seu ciclo de
execução.
2.2. Objetivos Específicos
- Identificar o perfil do produtor rural;
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- Caracterizar a forma de organização social;
- Caracterizar o modo de produção;
- Apresentar os aspectos de comercialização e acesso a mercado;
- Avaliar a satisfação do produtor rural com a tecnologia PAIS.
3. Ecologia cultural e territorialidade
Julian Stewart citado por Diegues (2001) define ecologia cultural como sendo o estudo dos
processos adaptativos por meio dos quais as sociedades são afetadas pelos ajustes básicos, para o
homem poder assim utilizar o meio ambiente. Cita ainda que aspectos culturais como atividades
econômicas de subsistência, tecnologia e organização social são o “núcleo central da cultura” gerando
uma forte relação com o meio ambiente, e que atividades de produção e comercialização são exemplos
de estratégias adaptativas.
Miller (2009) expõe que o processo de adaptação é importantíssimo e se associa intimamente
ao conceito de sobrevivência, ou seja, “eles possuem a habilidade de reagir a seu meio circundante de
um modo favorável à sua própria operacionalidade ou sobrevivência”. E para Sahlins (1968) adaptar-
se é agir, o melhor que possível, diante das circunstâncias apresentadas, que podem ser desfavoráveis.
Já Moran (1990) enfatiza que nenhuma sociedade está perfeitamente adaptada ao ambiente seja físico
ou social. E diz ainda que condições climáticas e variações de temperaturas são benéficas desde que
não sejam extremas.
“A ecologia cultural é caracterizada por uma preocupação com a
adaptação, em dois níveis: primeiro, com relação à forma pela
qual os sistemas de adaptam ao seu ambiente total e, segundo –
como consequência desta adaptação sistêmica – com relação à
forma pela qual as instituições de uma determinada cultura
adaptam-se ou ajustam-se umas às outras” Miller (2009, p. 69)
apud Kaplan & Manner (1975, p. 125).
De acordo com Morán (1990) apud Ellen (1982) as comunidades humanas dependem de
mediação social tanto ou mais do que dependem do ambiente físico. É necessário que as relações
ambientais dos homens só sejam compreendidas se for incluído o papel da cultura e das instituições
sociais que intervém entre o homem e o ambiente. Miller (2009) enfatiza a necessidade de contar
sempre com o físico e o social, sendo estes dois aspectos do ambiente. Na relação entre populações
tradicionais e a natureza o território aparece como um elemento fundamental.
Diegues (2001) apud Godelier (1984) conceitua território como ”uma porção da natureza e
espaço sobre o qual uma determinada sociedade reivindica e garante a todos, ou a uma parte de seus
membros, direitos estáveis de acesso, controle ou uso sobre a totalidade ou parte dos recursos
naturais existentes que ela deseja ou é capaz de utilizar”.
O território além de fornecer a natureza do homem como espécie, também fornece os meios de
subsistência, de trabalho e de produção. Tem também tem um papel importante na formação dos
grupos sociais, podendo ser assim definido o termo territorialidade:
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“O esforço coletivo de um grupo social para ocupar, usar,
controlar e se identificar com uma parcela específica de seu
ambiente biofísico, convertendo-se assim em seu território”
(LITTLE, 2002).
Ainda segundo Little (2002) o território é um produto histórico de processos sociais e políticos.
Há uma variedade de expressões com particularidades socioculturais, saberes ambientais, ideologias e
identidades. E para as populações do meio rural o território tem definições mais definidas, há
demarcações de amplas áreas de uso, sem limites muito definidos.
Thomas (1988) aponta que a preocupação com a manutenção e preservação do território já
havia nos tempos dos antigos romanos, onde ocorria a exploração dos recursos naturais no mundo pré-
cristão de modo mais eficaz que seus sucessores medievais cristãos e que na modernidade, o culto da
natureza não evitou a poluição industrial no Japão.
É importante entender que no território deve haver a preocupação com a preservação do
ambiente em que o homem vive, buscando assim evitar problemas ecológicos como erosão do solo, o
desmatamento e a extinção de espécies, priorizando um desenvolvimento sustentável.
4. Desenvolvimento Sustentável
Durante muito tempo, o sentido do termo desenvolvimento foi dado pelo grau de
industrialização alcançado por uma sociedade (AZANHA, 2002). Sinônimo de industrialização e
avanço tecnológico conotou e definiu o processo de transformação do ambiente natural com a
finalidade de gerar riquezas materiais (produtos), ao mesmo tempo em que impôs à sociedade como
“necessidades”. Já Ribeiro (1991) cita que o termo desenvolvimento vem sendo apresentado como
uma das noções mais inclusivas existentes no senso comum e na literatura especializada e de grande
importância nas organizações das relações políticas, sociais e econômicas. Porém, apesar de todos
falarem sobre desenvolvimento ninguém é capaz de ancorá-lo em termos concretos.
Desenvolvimento abrange noção de direitos individuais, de cidadania, valor de mudança,
tradição, justiça social, bem estar, destino da humanidade, acumulação de poder econômico, entre
outros que leva a uma leitura divergente – fazendo estar diante de uma caixa preta ou de uma noção
vazia, assim como modernidade. “Todos falam sobre desenvolvimento, mas ninguém parece capaz de
ancorá-lo em termos concretos” (RIBEIRO, 1991).
A consequência desta elasticidade leva a “noção de desenvolvimento” estar atrelado ao
processo de se transformar e ainda de “realizar as promessas feitas”. As diversas mudanças nas formas
de reprodução da vida política, econômica, social e cultural, na contemporaneidade, tem levado a uma
reformulação da noção de desenvolvimento marcadas pelas teorias criadas pelo sistema mundial no
pós-segunda guerra.
Intensificado no século XIX, a partir dos desdobramentos políticos, sociais, econômicos e
filosóficos no século XVIII – formulações de Owen, de Fourier e de Saint-simon. As variações
apropriadas da ideia de desenvolvimento, assim como das tentativas de reformá-la, criam adjetivações
históricas - desenvolvimento industrial, capitalista, socialista, etc. onde os atores coletivos estabelecem
perspectivas particulares como sendo as mais corretas.
Existe tensões aos conflitos interpretativos e políticos quanto as questões do desenvolvimento
que pode ser remetido a uma dupla face do próprio iluminismo – momento de desdobramento de novos
pactos econômicos, políticos e sociais da modernidade e suas ideologias associadas – progresso,
industrialismo, secularização, nacionalização.
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Ocorreram mudanças dramáticas na organização e fluxos de poder político e econômico
internamento ao mundial no momento presente e que no século XX se testemunhou a decadência de
certas ideologias e utopias enraizadas no século IX. E que no ocidente, o marxismo, por exemplo, tem
sido por muitas décadas um discurso provedor de uma matriz alternativa, sistemática e organizada, ao
sistema predominante de relações sociais, econômicas e políticas.
O período pós segunda guerra é fundamental para a discussão sobre desenvolvimento por
diversos motivos. Além da redefinição dos pesos dos diferentes estados-nação internamente a divisão
internacional do trabalho, são instaurados novos mecanismos para se operar a nível global – como o
Banco Mundial, o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), o FMI, o
GATT (General Agreement on Trade and Tariffs) e a ONU (Organização das Nações Unidas).
Truman, do alto poder do Estado-nação mais poderoso após a grande guerra, estabelece o
desenvolvimento como uma grande saída civilizatória para a humanidade. Estabelece indicadores para
medir o desenvolvimento como PIB, como sendo universais. E a América latina não fica imune a essas
tendências.
SANTILLI (2005) cita que um ponto importante sobre desenvolvimento sustentável foi a
divulgação, em 1987, do relatório das nações Unidas intitulado “Nosso Futuro Comum”, também
conhecido como “Relatório de Brundtland”. Ele utilizou e defendeu o conceito de “desenvolvimento
sustentável”, entendido como “aquele que satisfaz as necessidades das gerações atuais sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades”.
O relatório denuncia a rápida devastação ambiental, o risco de exaurimento dos recursos
ambientais do planeta. E destaca três componentes fundamentais do novo modelo de desenvolvimento
sustentável que são a proteção ambiental, o crescimento econômico e a equidade social. Ou seja, o
desenvolvimento deve não ser só ambientalmente sustentável, mas também, socialmente sustentável e
economicamente viável.
“Desenvolvimento sustentável é definido como aquele que atende
as necessidades do presente sem comprometer a capacidade e
gerações futuras também de atenderem as suas, é um processo de
mudança no qual a exploração dos recursos, a orientação dos
investimentos, os rumos do desenvolvimento tecnológico e a
mudança institucional estão de acordo com as necessidades atuais
e futuras; é um desenvolvimento que mantém possíveis as opções
futuras; é uma correção, uma retomada do crescimento alterando a
qualidade do desenvolvimento; é uma mudança no teor do
crescimento, a fim de torná-lo menos intensivo de matéria-prima
e mais equitativo em seu impacto” (RIBEIRO Apud SANTOS,
1991).
Sob a ótica dos negócios, o desenvolvimento sustentável tem quatro implicações básicas
(RIBEIRO, 1991):
a) Uma mudança para a economia de oportunidade que facilite o acesso empresarial aos mercados e a
capacidade tecnológica – acesso ao crédito, mercados, tecnologia;
b) Uma mudança para uma economia de conservação que incentive a inclusão de valores ambientais
nas práticas comerciais;
c) uma mudança para uma economia que promova investimento a longo prazo e lucros reais, ao invés
de maximização de lucros a curto prazo;
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d) Uma mudança de economia para uma cultura de poupança, ao invés de uma cultura baseada no
consumo imediato.
Ribeiro (1991) apud Márcio Fortes (1991) enfatiza que na ótica empresarial as características
que devem enfatizar o desenvolvimento sustentável são uso parcimonioso dos recursos não renováveis,
uso sustentável dos recursos renováveis, melhoria da qualidade ambiental, conservação da
biodiversidade, busca do equilíbrio econômico social (com redução da pobreza, melhor distribuição de
renda entre os indivíduos e regiões, aceleração da industrialização equalizadora dos países em
desenvolvimento).
5. O projeto PAIS – Produção Agroecológica Integrada e Sustentável
Com vistas a adotar políticas e práticas de padrões de qualidade, eficiência1, eficácia e
efetividade, visando resultados para pequenos produtores rurais, o SEBRAE RN desenvolveu o projeto
PAIS – “Produção Agroecológica Integrada e Sustentável” nas regiões Seridó, Oeste, Agreste e Trairi”
sendo implantado no ano de 2010 e concluído em 2013, tendo como público-alvo pequenos produtores
rurais familiares das regiões Seridó, Oeste, Agreste e Trairi.
O objetivo do projeto é promover a geração de trabalho, renda e melhoria da alimentação das
famílias por intermédio da implantação da tecnologia social PAIS.
De acordo com Miller (2009) a inovação tecnológica teoricamente pode aumentar a eficiência,
logo a produção pode ser duplicada reduzindo o tempo de trabalho pela metade.
Entre os vários ciclos do projeto, a mensuração de resultados tem um papel fundamental e é
nessa fase que se identificam as mudanças, especialmente se os resultados finalísticos e intermediários
estão sendo alcançados.
Os resultados finalísticos são os efeitos que devem ser produzidos no público-alvo ou junto a
ele com a execução do projeto num determinado intervalo de tempo. Enquanto que os resultados
intermediários são os efeitos esperados da realização das ações do projeto que contribuem para o
alcance dos resultados finalísticos.
São quatro os principais resultados do projeto, distribuídos em finalísticos e intermediários,
apresentados a seguir.
a) Resultados Finalísticos
Atender 200 famílias através da Tecnologia Social PAIS, até Julho de 2014;
Obter a percepção do aumento de renda em 30% até Julho de 2014.
b) Resultados Intermediários
Aumentar em 30% o volume físico de produção (quilos) em 30% até Julho de 2014;
Obter 01 (um) canal de comercialização – criação de feiras agroecológicas – até Julho de 2014.
Para o não alcance dos resultados são apresentadas as seguintes premissas: condições
climáticas favoráveis ao desenvolvimento da produção, não incidência de doenças e pragas de difícil
controle e envolvimento dos produtores e parceiros.
1 Miller (2009) destaca que o aumento da eficiência é visto como adaptação e aumentando a eficiência a vida da sociedade
se prolongará.
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O foco estratégico do projeto remete a diversificação da produção dos produtos agroecológicos
oriundo da pequena propriedade, melhoria da qualidade de vida dos envolvidos através de uma
alimentação mais saudável, criação e aumento do número de locais para comercialização dos produtos.
A Tecnologia PAIS vai ensinar os produtores a construir hortas circulares, onde diversas
culturas são produzidas. No centro dessa horta, um criatório de galinhas é montado. As plantas são
regadas com a água de uma caixa colocada em um ponto mais alto, onde a força da gravidade ajudará a
aguar tudo igualmente com o sistema de irrigação por gotejamento. O adubo vem da produção natural.
Em localidades onde a energia elétrica não existe, o SEBRAE RN apóia a instalação de placas para
produção de energia solar.
Figura 1 – Modelo de horta aplicando a tecnologia PAIS
6 – Metodologia da Pesquisa
A metodologia de pesquisa utilizada é a proposta por Steward apresentada por Moran (1990)
que abrange três aspectos fundamentais:
a) Análise descritiva, buscando identificar os elementos da cultura material referentes ao uso de
recursos pela população como habitação, máquinas e equipamentos, alimentos cultivados, tamanho da
propriedade, etc.;
b) Apresentar os aspectos da organização social;
c) Verificar se os aspectos da metodologia da ecologia cultural investigam se os padrões de
organização social e uso do ambiente interferem outros aspectos de cultura. Onde fatores
demográficos, de assentamento, de parentesco, de apropriação e uso da terra, entre outros foram
observados.
A pesquisa de campo junto ao público alvo do projeto, sendo adotada a metodologia
denominada Painel, na qual utiliza o mesmo público alvo em diferentes momentos, com a finalidade
de avaliar os resultados ao longo do tempo.
Público Alvo: Pequenos produtores rurais familiares das regiões Seridó, Oeste, Agreste e Trairi;
Número de pesquisados: 200 produtores rurais, compreendendo os seguintes municípios: Acari
(15), Currais Novos (25), Frutuoso Gomes (20), Messias Targino (20), Parelhas (25), Santa Cruz
(20), São João do Sabugi (25), São Paulo do Potengi (20), São Tomé (10), Severiano Melo (20);
Fase de Aferição: Fase inicial, T0 (janeiro a dezembro de 2011);
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Fase intermediária, T1 (janeiro a dezembro de 2012);
Fase Final, TF (janeiro a dezembro de 2013).
Coleta de Dados: Os dados foram coletados por meio de entrevista junto aos empresários
constantes do painel, por meio de questionário. Os trabalhos de campo foram executados pela
equipe da área de Pesquisas do SEBRAE RN.
O instrumento de coleta de dados utilizado um questionário semi-estruturado, dividido três em
blocos de varáveis: Bloco 1 - Identificação do produtor; Bloco 2 – Dados sociais; Bloco 3 – Produção;
Bloco 4 – Comercialização; Avaliação do produtor em relação à tecnologia PAIS. Para o tratamento
dos dados desse estudo foi utilizado o programa SPSS (Versão 16.0) e as estatísticas geradas foram
apresentadas em formatos de tabelas e gráficos.
7. Resultados
Os produtores rurais pesquisados neste trabalho estão intrinsecamente relacionados as culturas
e sociedades tradicionais citados por Diegues (2001), que tem como principais características:
a) dependência até a simbiose com a natureza, os ciclos naturais e os recursos renováveis a partir dos
quais se constrói um modo de vida humano;
b) conhecimento aprofundado da natureza e de seus ciclos que se reflete na elaboração de estratégias
de uso e de manejo dos recursos naturais;
c) noção de território ou espaço onde o grupo social se reproduz econômica e socialmente;
d) moradia e ocupação desse território por várias gerações, ainda que alguns membros individuais
possam ter-se deslocado para os centros urbanos e voltado para a terra de seus antepassados;
e) importância das atividades de subsistência, ainda que a produção de mercadorias possa estar mais ou
menos desenvolvida, o que implica uma relação com o mercado.
f) reduzida acumulação de capital;
g) importância dada a unidade familiar, doméstica ou comunal e às relações de parentesco ou
compadrio para o exercício das atividades econômicas, sociais e culturais;
h) importância das simbologias, mitos e rituais associados à caça, à pesca e atividades extrativas;
i) a tecnologia utilizada é relativamente simples, de impacto limitado sobre meio ambiente. Há
reduzida divisão técnica e social do trabalho, sobressaindo o artesanal, cujo produtor (e sua família)
domina o processo de trabalho até o produto final;
j) fraco poder político, que em geral reside com os grupos dos centros urbanos;
k) auto-identificação ou identificação pelos outros de se pertencer a uma cultura distinta das outras.
A seguir segue os resultados da pesquisa de campo:
7.1. Perfil do produtor rural – Aspectos demográficos
Gênero
Ambos os sexos caracterizam os produtores rurais, predominando o sexo masculino com
percentual de 74,39% e 25,61% são do sexo feminino.
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Figura 2 – Distribuição por sexo
Faixa Etária
Na distribuição da faixa etária por sexo, verifica-se maior faixa etária para os homens no
intervalo de 45 a 49 anos de idade e para as mulheres a maior frequência esta no intervalo de 50 a 54
anos de idade.
Figura 3 – Pirâmide etária dos produtores
Procedência
A Tabela 1 apresenta a concentração de produtores por município que para Mauss (2003) é
uma das condições que constituem a forma de agrupamento humano. Nessas regiões é onde os grupos
sociais se reproduzem de forma econômica e social, sendo esta uma das características das sociedades
tradicionais (DIEGUES, 2001).
Tabela 1 – Procedência de produtores por município atendidos pela tecnologia PAIS
Município Produtores Porcentagem
Acari 15 7,5%
São Tomé 10 5,0%
Severiano Melo 20 10,0%
São Paulo do Potengí 20 10,0%
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10
Santa Cruz 20 10,0%
Frutuoso Gomes 20 10,0%
Messias Targino 20 10,0%
Parelhas 25 12,5%
São João do Sabugí 25 12,5%
Currais Novos 25 12,5%
Total 200 100,00%
Figura 4 – Municípios dos produtores rurais
Renda familiar
A Tabela 2 apresenta a renda média mensal das famílias sem e com os benefícios do programa
PAIS. É observado uma elevação na renda ao longo das fases de 65% com a renda do PAIS, superando
um dos resultados do projeto que é aumentar a renda em 30% até o final do projeto.
Tabela 2 - Renda média familiar (R$) mensal
RENDA FAMILIAR (R$) MENSAL SEM O PAIS
Fase Mínimo Mediana Média Máximo
T0 (2011) R$ 42,00 R$ 600,00 R$ 630,06 R$ 1.714,00
T1 (2012) R$ 134,00 R$ 678,00 R$ 876,40 R$ 3.500,00
TF (2013) R$ 70,00 R$ 790,00 R$ 989,78 R$ 4.000,00
RENDA FAMILIAR (R$) MENSAL COM O PAIS
Fase Mínimo Mediana Média Máximo
T0 (2011) R$ 100,00 R$ 912,00 R$ 1.031,01 R$ 3.428,00
T1 (2012) R$ 134,00 R$ 840,00 R$ 1.065,18 R$ 6.988,50
TF (2013) R$ 70,00 R$ 1.431,30 R$ 1.704,49 R$ 6.759,50
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Figura 5 – Renda Média (R$) com a tecnologia PAIS
7.3. Propriedade Rural
Para Mauss (2003) ao escrever o habitat de uma população específica é necessário saber como
essas populações estão distribuídas no território que ocupam, de quais grupos são compostos, qual o
número, o tamanho e a disposição deles.
Referente a área da propriedade ocupada para a produção agropecuária, identificou-se 60,98%
dos produtores possuem área de produção acima de 10,1 hectares. Os percentuais sobre as demias
áreas são apresentadas na figura 6 a seguir.
Figura 6 - Área da propriedade em hectares
Posse do imóvel
Em relação a forma de ocupação do imóvel foi identificado que 65,00% se refere a compra de
pequena propriedade, 21,25% têm lote de reforma agrária e 13,75% por arrendamento.
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Figura 7 - Forma de posse do imóvel
Foi constatado na análise dos dados que 90,24% dos produtores residem na propriedade, apenas
9,76% não residem.
Figura 8 - Produtores residentes na propriedade.
7.4. Produção e Renda
Produção
Quanto à renda mensal adquirida pelos produtores através da comercialização dos produtos,
constatou-se 36 (trinta e seis) itens de comercialização. Foi identificado o volume total produzido por
cada item, com seus respectivos preços médio unitário e a arrecadação média total mensal por produto,
os dados são apresentados na Tabela 5 mais à frente.
Constatou-se que o volume mensal produzido e comercializado, em relação a todos os
produtos, por todos os produtores, movimenta um valor mensal aproximado de R$ 57.000,00 reais.
O gráfico que segue remete ao resultado referente ao aumento do volume bruto de produção
que tem como meta aumentar em 30% o volume físico de produção até Julho de 2014 e na prática o
volume aumentou 67,36% superando a meta planejada.
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Figura 9 – Volume bruto de produção
Para Thomas (1988) o mundo vegetal sempre foi fonte de alimento e de combustível. No grupo
estudado os recursos naturais são fontes de alimentos e de trabalho, sendo responsável por parte da
renda dos produtores rurais. O tipo de agricultura é de pequena produção mercantil2 destinado a venda
e consumo próprio.
Nas roças se plantam abobrinha, acerola, alface, batata doce, beterraba, caju, cebola,
cebolinha/coentro, entre outros.
Figura 10 – Produtores atendidos pela Tecnologia
PAIS no município de Acari na comunidade rural de
Beira do Rio.
Figura 11 – uma horta ao redor (quintal
agroecológico) e um sistema de irrigação por
gotejamento, que economiza água. É um sistema
ecologicamente correto, socialmente justo,
culturalmente aceito e economicamente viável.
Um dos objetivos do projeto é melhorar a qualidade de vida e proporcionar sustentabilidade
para as comunidades. Além disso, estimula a prática da agricultura orgânica por meio de processo
produtivo sem o uso de agrotóxicos.
7.5. Acesso a Mercado
2 As culturas tradicionais decorrentes de pequena produção mercantil encontram-se articuladas ao modo de produção
capitalista (DIEGUES, 2001). Essa maior ou menor dependência do modo de produção capitalista, muda a forma pela qual
o pequeno produtor trata o mundo natural e seus recursos.
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Comercialização
Em relação à forma de comercialização dos produtos observou-se que a maior parte dos
produtores comercializam seus produtos diretamente com o consumidor, 33,53%, e em feiras
agroecológicas, 30,59%. Há ainda a comercialização em feira livre (9,41%), por meio de
atravessadores (7,65%) e destinada à compra direta das prefeituras para a merenda escolar (6,47%).
Outras formas de comercialização (1,76%) foram citadas: Bar, Restaurante e parte destinada ao
consumo próprio.
Figura 12 - Forma de comercialização dos produtos
Investimento
Em relação aos investimentos realizados pelos produtores no programa, a Tabela 7 lista os
produtos citados pelos produtores com os quais tiveram algum dispêndio referente a investimetos com
o PAIS. Os investimentos realizados pelos produtores no projeto PAIS totalizam aproximadamente R$
52.881,30.
Tabela 3 – Relação de materiais de investimentos pelos produtores na tecnologia PAIS
Investimento Quantidade Valor investido (R$)
Média Mínimo Máximo Total
Adubo 2 160,00 120,00 200,00 320,00
Ajudante 2 1.560,00 1.200,00 1.900,00 3.100,00
Arame 3 144,00 12,00 220,00 432,00
Areia/Barro 1 200,00 200,00 200,00 200,00
Bebedouro 75 75,00 75,00 75,00 75,00
Bomba 13 568,08 30,00 3.000,00 7.385,00
Caibros 5 182,00 50,00 300,00 910,00
Cano 2 261,25 240,00 282,50 522,50
Cerca 2 390,00 280,00 500,00 780,00
Chocadeira 1 480,00 480,00 480,00 480,00
Comedouro 1 150,00 150,00 150,00 150,00
Comprassol 1 25,00 25,00 25,00 25,00
Concreto 1 150,00 150,00 150,00 150,00
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Construção/Alvenaria 1 750,00 750,00 750,00 750,00
Enxada 3 60,00 10,00 150,00 180,00
Equipamentos 4 58,50 18,00 150,00 234,00
Estacas 1 50,00 50,00 50,00 50,00
Fios 6 325,00 50,00 500,00 1.950,00
Frete 2 90,00 80,00 100,00 180,00
Galinhas 12 333,33 80,00 800,00 4.000,00
Irrigador 1 24,00 24,00 24,00 24,00
Madeira 1 100,00 100,00 100,00 100,00
Mangueira 12 141,36 40,00 400,00 1.555,00
Manutenção 2 50,00 30,00 70,00 100,00
Mão de obra 6 375,00 150,00 1.000,00 2.250,00
Mergulhão 2 140,00 130,00 150,00 280,00
Milho 1 200,00 200,00 200,00 200,00
Motor 1 300,00 300,00 300,00 300,00
Mourões 1 50,00 50,00 50,00 50,00
Pintos 6 1.172,33 100,00 5.400,00 7.034,00
Pneu 1 100,00 100,00 100,00 100,00
Pulverização 1 55,00 55,00 55,00 55,00
Quadro 1 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00
Ração 11 775,82 25,00 6.000,00 8.534,00
Regador 2 10,00 10,00 10,00 20,00
Registro 2 60,00 20,00 100,00 120,00
Sementes 27 187,96 10,00 600,00 5.075,00
Somblite 9 165,00 40,00 350,00 1.485,00
Telas 9 245,22 10,00 525,00 2.207,00
Telhas 1 200,00 200,00 200,00 200,00
TNT 1 15,00 15,00 15,00 15,00
Torneiras 1 3,80 3,80 3,80 3,80
Canais de comercialização
Obter 01 (um) canal de comercialização – criação de feiras agroecológicas – até o final do
projeto seria a meta original pactuada entre os produtores rurais. Porém, existem no término do projeto
dez canais de comercialização nos municípios de Acari, Currais Novos, Frutuoso Gomes, Messias
Targino, Parelhas, Santa Cruz, São João do Sabugi, São Paulo do Potengi, São Tomé e Severiano
Melo.
7.6 Avaliação do produtor rural em relação ao PAIS
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Foi questionado ao produtor rural quanto sua situação em relação a assistência técnica, sobre a
alimentação, saúde familiar e situação geral após implatação do programa PAIS, o Gráfico 14
apresenta esses resultados.
Figura 13 - Situação do produtor pós implantação do PAIS.
Os pontos de maior destaque quanto a situação do produtor foram:
87,80% dos produtores afirmaram que, quanto a assistência técnica, melhorou muito;
Em relação a alimentação familiar, 81,71% disseram ter melhorado muito;
No que tange a saúde, 78,05% dos produtores diseram ter melhorado muito. Já 13,41%
afirmaram ter melhorado pouco, e apenas 8,54% confirmaram ter permanecido igual;
Quanto a situação geral, 56,10% afirmaram que sua situação após o PAIS melhorou muito,
41,46% disseram ter melhorado pouco, apenas 2,44% diseram ter permanecido igual.
Quanto a situação atual do PAIS, 90,24% dos produtores afirmam que o programa está em
operacionalização/funcionameto. Apenas 9,76% disseram não estar em operacionalização, que
afirmaram ser pelo motivo da seca.
Figura 14 – O PAIS está em operacionalização?
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Foi questionado aos produtores rurais se houve aquisição de bens após a implantação do
programa. Segundo a pesquisa, 54,88% afirmaram não ter adquirido nenhum bém. Contudo, 45,12%
disseram ter adquirido algum bém após o PAIS, e em relação aos bens adquiridos.
Figura 15 - Adquiriu novos bens após o PAIS?
Figura 16 – Relação de bens adquiridos com o PAIS
Conclusões
O SEBRAE RN busca fomentar o desenvolvimento de pequenas propriedades rurais do
território potiguar, promovendo a geração de trabalho, renda e melhoria da alimentação das famílias de
forma integrada e sustentável, como forma alternativa de alcance do bem estar social através das
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relações entre o homem e a natureza. A atividade econômica de subsistência, o uso da tecnologia e a
organização social geram uma forte relação com o meio ambiente, e que atividades de produção e
comercialização são exemplos de estratégias adaptativas.
A partir das metas estabelecidas no início do projeto verificou-se o alcance e superação dos
resultados acordados. Foram atendidas 200 famílias como pretendido. Com relação ao resultado
referente ao volume bruto de produção que tem como meta aumentar em 30% o volume físico de
produção até Julho de 2014, na prática aumentou 67,36% superando a meta planejada.
Inicialmente desejava-se obter um canal de comercialização – criação de feiras agroecológicas
– e até o final do projeto foram criados dez canais de comercialização. Sendo também verificada uma
elevação na renda ao longo dos anos de 65% com a renda do PAIS, superando um dos resultados do
projeto que tinha como meta aumentar a renda em 30%.
Os produtores rurais pesquisados são predominantes do sexo masculino com percentual de
74,39%. Na distribuição por faixa etária e por sexo, verifica-se maior faixa etária para os homens no
intervalo de 45 a 49 anos de idade e para as mulheres a maior frequência esta no intervalo de 50 a 54
anos de idade. A organização social é de parentesco, prevalecendo o trabalho autônomo ou familiar,
com acessibilidade a diversos programas sociais como, por exemplo, o bolsa família. A participação
dos produtores em organizações sociais é bem intensa, onde foi constatado que 96,34% participam de
alguma organização social.
Em relação a forma de ocupação do imóvel foi identificado que 65,00% se refere a compra de
pequena propriedade, 21,25% têm lote de reforma agrária e 13,75% por arrendamento. 90,24% dos
produtores residem na propriedade.
Os recursos naturais são fontes de alimentos e de trabalho, sendo responsável pela renda dos
produtores rurais. O tipo de agricultura é de pequena produção mercantil destinado a venda e consumo
próprio. São produzidos trinta e seis itens para comercialização tais como abobrinha, acerola, alface,
batata doce, beterraba, caju, cebola, cebolinha, coentro, entre outros.
Em relação à forma de comercialização dos produtos observou-se que a maioria dos produtores
comercializa seus produtos diretamente com o consumidor 33,53%, e em feiras agroecológicas,
30,59%.
Merece destaque a avaliação dos produtores com relação à tecnologia PAIS e mudança de vida,
pois segundo eles 87,80% dos produtores afirmaram que, quanto a assistência técnica, melhorou
muito. Em relação a alimentação familiar, 81,71% disseram ter melhorado muito; no que tange a
saúde, 78,05% dos produtores diseram ter melhorado muito. Quanto a situação geral, 56,10%
afirmaram que sua situação após o PAIS melhorou muito, 41,46% disseram ter melhorado pouco,
apenas 2,44% diseram ter permanecido igual. Apenas 9,76% disseram não estar em operacionalização,
que afirmaram ser pelo motivo da seca.
45,12% dos produtores adquiriram algum bém após o PAIS, tais como como aminais, televisão,
motocicleta, terreno, eletrodomésticos, entre outros. Quanto ao nível de satisfação 98,18% dos
produtores rurais estão satisfeitos com o projeto, 92,73% aplicam os conhecimentos adquiridos, assim
como verificou que os resultados alcançados era o que se esperava.
Por fim, o uso da tecnologia PAIS favorece o desenvolvimento sustentável, que sob a ótica dos
negócios gera oportunidades de acesso aos mercados e capacidade tecnológica, incentiva a inclusão de
valores ambientais nas práticas comerciais como a comercialização de produtos agroecológicos,
promovendo o investimento a longo prazo e lucros reais.
O foco estratégico do projeto foi atendido remetendo a diversificação da produção dos produtos
agroecológicos oriundo da pequena propriedade, gerando melhoria da qualidade de vida dos
envolvidos através de uma alimentação mais saudável, criando e aumento do número de locais para
comercialização dos produtos.
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Referências
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