Telaris Ciencias 9 Ano Final (Gabi Baixa Esse)
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Fernando Gewandsznajder
Cincias 9Matria e energiaO Projeto Telris rene colees consagradas de autores
lderes do mercado.
Multidisciplinar, oferece a melhor soluo de contedo
para alunos, no meio impresso e digital, alm de ferramentas
e servios para professores e escolas.
O Projeto Telris Cincias foi feito pensando em voc.
Aqui voc vai encontrar discusses, questionamentos e ex-
plicaes sobre temas como ambiente, vida, sade, tecnolo-
gia, tica e muito mais.
Cada livro busca tambm despertar sua curiosidade e seu prazer
de descobrir.
Conhecer Cincias vai ajud-lo a compreender melhor o mundo
que est sua volta.
Dessa forma, voc estar mais bem preparado para enfrentar o
desafio, que de todos ns, de contribuir para que as condies de
vida no nosso planeta fiquem cada vez melhores.
REALIDADE AUMENTADAAcesse www.projetotelaris.com.br
e aproxime este marcador de sua webcam.
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-
O nome do Projeto Telris se
inspira na forma latina telarium,
que significa "tecelo", para evocar
o entrelaamento dos saberes
na construo do conhecimento.
Com realidade
aumentada
Use esse QR Code para acessar
o site exclusivo do Projeto Telris.
Basta fazer o download de um leitor
de QR Code no seu celular ou tablet
e posicionar a cmera como se
fosse fotografar a imagem acima.
Fernando Gewandsznajder (Pronuncia-se Guevantznaider.)
Licenciado em Biologia pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ)
Mestre em Educao pelo Instituto de Estudos Avanados
em Educao da Fundao Getlio Vargas (FGV-RJ)
Mestre em Filosofia pela Pontifcia Universidade Catlica
do Rio de Janeiro (PUC-RJ)
Doutor em Educao pela Faculdade de Educao da UFRJ
Ex-professor de Biologia do Colgio Pedro II, no Rio de Janeiro (Autarquia
Federal MEC)
Autor de: Dinossauros; Nutrio; Sexo e reproduo; O mtodo nas
cincias naturais (Editora tica) e O que o mtodo cientfico (Editora
Pioneira)
Coautor de: Biologia hoje (3 volumes); Biologia volume nico; Origem e
histria da vida (Editora tica) e O mtodo nas cincias naturais e sociais
(Editora Pioneira Thomson Learning)
Fernando Gewandsznajder
Cincias9Matria e energia
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Diretoria de contedo e inovao pedaggicaMrio Ghio Jnior
Diretoria editorialLidiane Vivaldini Olo
Gerncia editorialLuiz Tonolli
Editoria de Cincias e BiologiaJos Roberto Miney
EdioHelena Pacca e Daniella Drusian Gomes
ArteRicardo de Gan Braga (superv.),
Andra Dellamagna (coord. de criao), Mauro Fernandes (editor de arte),
e Casa de Tipos (diagram.)
RevisoHlia de Jesus Gonsaga (ger.), Rosngela Muricy (coord.),
Ana Paula Chabaribery Malfa, Clia Carvalho, Gabriela Macedo de Andrade e Brenda Morais (estag.)
IconografiaSlvio Kligin (superv.),
Karina Tengan (pesquisa), Csar Wolf e Fernanda Crevin (tratamento de imagem)
IlustraesAdilson Secco, Alex Argozino, Antnio Robson,
Avits Estdio Grfico, Christiane S. Messias, Cludio Chiyo, David Lucio, Hiroe Sasaki, Joel Bueno,
KLN Artes Grficas, Lus Moura, Mauro Nakata, Paulo Nilson e Suryara Bernardi
CartografiaEric Fuzii, Marcelo Seiji Hirata, Mrcio Santos de Souza,
Robson Rosendo da Rocha
Foto da capa: Anna Moskvina/Shutterstock/Glow Images
Direitos desta edio cedidos Editora tica S.A.Avenida das Naes Unidas, 7221, 3o andar, Setor C
Pinheiros So Paulo SP CEP 05425-902Tel.: 4003-3061
www.atica.com.br / [email protected]
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Gewandsznajder, FernandoProjeto Telris : cincias : ensino fundamental
2 / Fernando Gewandsznajder. -- 2. ed. -- So Paulo :tica, 2015. -- (Projeto Telris : cincias)
Obra em 4 v. para alunos do 6 ao 9 ano.
Contedo: 6 ano. Planeta Terra -- 7 ano. Vida na Terra -- 8 ano. Nosso corpo -- 9 ano. Matria e energia.
1. Cincias (Ensino fundamental) I. Ttulo.II. Srie.
15-02980 CDD-372.35
ndice para catlogo sistemtico:1. Cincias : Ensino fundamental 372.35
2015
ISBN 978 85 08 17220 7 (AL)ISBN 978 85 08 17219 1 (PR)
Cd. da obra CL 738816
CAE 542 405 (AL) / 542 406 (PR)
2a edio1a impresso
Impresso e acabamento
2
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Apresentao
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O autor
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Fsica:
movimentos,
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fenmenos da nat
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Ponto de partid
a
1. De que modo
os conceitos de v
elocidade e acele
rao nos ajudam
a explicar os
movimentos dos
corpos?
2. Como as leis d
e Newton podem
explicar vrios fe
nmenos do cot
idiano e como
so teis para a
tecnologia?
3. Que relaes
existem entre tr
abalho, energia e
potncia?
4. Como funcion
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ipos de mquinas
simples? Como
esto presentes
em objetos do co
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Detalhe da larga
da de um atleta e
m pista de atleti
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115
114
1
Reaes
qumicas7 Captulo
7.1 Mudana de cor e
formao de gases
indicam que houve reao
qumica.qumica.
A questo
Hidrognio e oxignio formam gua.
Voc sabe escrever e balancear a
reao qumica que representa esse
fenmeno? Em que condies a
massa conservada em uma reao
qumica? Que lei afirma esse fato?
Por que a lei de Proust chamada lei
das propores constantes?
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Alguns fatores podem ser observados para verificar se uma transformao qu-
mica efetivamente ocorreu. Tais fatores so chamados de evidncias de reao. Veja
um exemplo prtico: quando se queima um pedao de madeira, verifica-se que ocor-
reu a mudana de cor da madeira. Alm disso, ocorrem o aumento de temperatura e a
liberao de gases. A mudana de cor, o aumento da temperatura e a liberao de
gases so evidncias de reao.
Outra evidncia de reao qumica quando se misturam dois lquidos incolores
e ocorre a formao de um slido.
Neste captulo voc vai ver algumas outras situaes que podem caracterizar ou
evidenciar que uma reao qumica efetivamente ocorreu. Observe a figura abaixo.
96
Conhea seu livro de Cincias
1 Abertura da UnidadeApresenta uma imagem e um breve
texto de introduo dos temas
abordados.
Os cones azuis que aparecem na
abertura indicam o nmero e o tema
de cada Unidade para que voc possa
se localizar com mais facilidade.
Ponto de partida
Nesta seo h algumas questes
sobre os assuntos que sero
desenvolvidos
na Unidade.
2 Abertura dos captulosTodos os captulos se iniciam
com uma ou mais imagens
e um texto introdutrio que vo
prepar-lo para as descobertas que
voc far no decorrer do seu estudo.
A questo
Nesta seo h perguntas sobre os
conceitos fundamentais do captulo.
Tente responder questo
no incio do estudo e volte a
ela ao final do captulo.
Ser que as suas ideias
vo se transformar?
3 BoxesNo deixe de ler os boxes que aparecem
ao longo dos captulos. Eles contm
informaes atualizadas que
contextualizam o tema abordado no
captulo e demonstram a importncia e
as aplicaes da cincia.
4 Informaes complementaresDiversas palavras ou expresses
destacadas em azul esto ligadas por
um fio a um pequeno texto na lateral
da pgina. Esse texto fornece
informaes complementares sobre
determinados assuntos.
2
4
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Atividades
Trabalhando as ideias do captulo
1. Como um cido pode ser identificado? Quais so suas caractersticas?
2. Em termos qumicos, o que todas as bases tm em comum?
3. Como um sal pode ser produzido em laboratrio?
4. Explique por que as pessoas que trabalham com cidos e bases em laboratrio devem manusear
com cuidado esses produtos e usar luvas e culos
de segurana.
5. Qual a escala de valores de pH que uma soluo cida pode ter? E uma soluo bsica?
6. D o nome dos seguintes cidos (em soluo aquosa): HF, HCl, HBr, H
2S, H
3PO
4, HNO
3, H
2SO
4,
HNO2, H
2SO
3.
7. D o nome das seguintes bases: NaOH, Ca(OH)2,
Mg(OH)2, NH
3.
8. No caderno, indique quais so as afirmativas ver-dadeiras.
a ) O sabor azedo do limo uma pista de que
essa fruta possui algum cido.
b ) No se deve provar uma substncia desconhe-
cida para saber se ela cida ou bsica.
c ) Quando dissolvidas na gua, as bases liberam
o on hidrognio.
d ) O on hidroxila liberado quando uma base,
como o hidrxido de sdio, dissolvida na gua.
e ) Quanto maior o pH de uma soluo, maior sua
acidez.
f ) O pH de uma soluo aquosa de hidrxido de
magnsio 10,5. Portanto, ele uma soluo
bsica.
g ) Uma substncia neutra tem pH maior que 7.
h ) Quando dissolvidos na gua, os cidos condu-
zem corrente eltrica.
i ) O cido ntrico, no estado puro, no conduz
corrente eltrica.
j ) O tornassol um indicador cido-base porque
muda de cor conforme o meio, seja cido ou
bsico.
k ) Quanto maior o pH, mais bsica ou alcalina a
soluo.
l ) Quando dissolvidos na gua, os cidos origi-
nam ons H+.
m ) cidos e bases no so corrosivos.
n ) Os cidos so formados sempre por apenas
dois elementos qumicos.
9. O aparelho abaixo um peagmetro ou pHmetro. Voc sabe dizer se a soluo que ele mede cida
ou bsica? Por qu?
6.10 Um peagmetro
10. Veja as frmulas de alguns ctions e nions encon-trados nas funes qumicas nas tabelas a seguir.
Carga Ctions mais comuns
+1H+ Li+ Na+ K+ Ag+ NH
+4
amnio
Cu+
+2
Mg2+ Ca2+ Sr2+ Ba2+ Zn2+
Cu2+ Fe2+
Sn2+ Pb2+
+3 Al3+ Fe3+
+4 Sn4+ Pb4+
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6.11
90 Captulo 6 Funes qumicas
O cientista estuda o mundo
A cincia no apenas um conjunto de conheci-
mentos acumulados pela espcie humana. tambm
uma forma de estudar o mundo empregando-se certos
procedimentos.
Observando e tentando resolver problemas
Por que o ferro enferruja? Por que o arco-ris apa-
rece em dias com sol e chuva? Por que os metais em
geral conduzem bem a eletricidade? Ser que determi-
nado inseticida prejudica outros organismos alm dos
insetos que destroem as plantaes?
O cientista observa a natureza e tenta resolver
problemas explicando como certas coisas acontecem.
Muitas das questes acima esto ligadas a fatos do nosso
dia a dia. Mas a maioria dos problemas que o cientista
tenta resolver surge dentro de sua rea de estudo
especfica.
Cada resposta pode originar novas perguntas. Por
exemplo, se um novo produto provoca poluio, preci-
samos criar outro que desempenhe as mesmas funes
sem agredir o ambiente.
O conhecimento cientfico, assim como a curiosi-
dade humana, no tem fim.
Formulando hipteses
Para resolver problemas, o cientista arrisca um
palpite, ou seja, ele formula uma hiptese. Ele pode supor,
por exemplo, que h algo na estrutura dos tomos dos
metais que os torna bons condutores de eletricidade. Ou
pode supor que alguns animais de uma regio morreram
contaminados por inseticida. Repare que, ao formular
hipteses, ele usa certos conhecimentos que adquiriu.
Ao formular uma hiptese, o cientista precisa usar
sua criatividade. famosa a histria do qumico alemo
Friedrich August Kekul (1829-1896), que, em 1865, ten-
tava descobrir como estavam organizados os tomos
que formam a molcula de uma substncia chamada
benzeno.
Um dia, Kekul estava dormindo em frente s cha-
mas de uma lareira, quando sonhou com tomos enfilei-
rados que se movimentavam como cobras. De repente, uma
dessas cobras comeou a morder a prpria cauda.
Ao acordar, Kekul percebeu que ali poderia es-
tar a soluo para o problema que ele estava estudan-
do: o benzeno poderia ser constitudo por uma srie
de tomos na forma de um anel fechado. Observe a
figura 1.
C
C
H
H
H
H
H
H
C
C
C
C
1 Frmula estrutural do benzeno proposta por Kekul. A letra C indica um tomo de carbono e a letra H, um tomo de hidrognio. Os traos indicam ligaes qumicas entre os tomos.
Mas Kekul no se limitou a formular a hiptese:
passou a test-la por meio de observaes e experi-
mentos para ver se era correta.
Testando hipteses
Vamos supor que queiramos testar a hiptese
de que certos materiais, como os metais, conduzem
melhor a eletricidade do que certos materiais no me-
tlicos, como os plsticos. Podemos construir um
experimento colocando um metal e depois um mate-
rial no metlico em um circuito eltrico, como o in-
dicado na figura 2. Se o material conduzir a eletrici-
dade, a lmpada vai acender; caso contrrio, ficar
apagada.
me tal
plstico
2 Esse experimento deve ser realizado somente pelo professor. (Figura sem escala. Cores fantasia.)
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Leitura especial
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271
Ponto de chegada
Nesta Unidade voc estudou algumas propriedades
gerais da matria (extenso, massa, etc.) e algumas
propriedades especficas (densidade, temperatura
de fuso e de ebulio, entre outras). J tem base
terica para compreender o conceito de densidade e
aplic-lo na resoluo de alguns problemas e de al-
gumas situaes do cotidiano.
Ao estudar as mudanas de estado fsico (fuso, va-
porizao, condensao, solidificao, sublimao),
voc aprendeu a explicar uma srie de fenmenos
do cotidiano, e agora j capaz de interpretar essas
mudanas de estado fsico em funo da organizao
e do movimento dos tomos e molculas. Aprendeu
tambm a relacionar essas mudanas com alteraes
de temperatura.
Conheceu algumas unidades de medida usadas
em Cincias, como o quilograma, o metro e
o metro cbico, que fazem parte do Sis-
tema Internacional de Unidades (SI).
Voc pde perceber que, ao longo
da Histria, foram propostos
vrios modelos para o tomo. Estudou o modelo de
Rutherford-Bohr e os conceitos de nmero atmico,
nmero de massa, massa atmica, elemento qumico
e istopos. A partir da, pde pesquisar e compreen-
der um pouco a radioatividade e a energia nuclear,
um bom exemplo de como as aplicaes da cincia
devem ser orientadas por valores ticos e controla-
das por toda a sociedade.
Aprendeu tambm algumas noes de como os
eltrons se distribuem em camadas pelo tomo e
a importncia de se organizar os elementos qumi-
cos em uma tabela peridica, conhecendo um pou-
co sobre as propriedades dos grupos da tabela
peridica e aprendendo a diferenciar metais e no
metais, alm de algumas aplicaes prticas des-
ses elementos. Estudou ainda um pouco da hist-
ria dessa tabela. Conheceu algumas unidades de medida usadas
em Cincias, como o quilograma, o metro e
o metro cbico, que fazem parte do Sis-
tema Internacional de Unidades (SI).
Voc pde perceber que, ao longo
da Histria, foram propostos
ses elementos. Estudou ainda um pouco da hist-
ria dessa tabela.
Suryara Bernardi/Arquivo da editora
55
Os no metais
No lado direito da tabela peridica ficam os no metais (ou ametais). Mas o boro,
o silcio, o germnio, o arsnio, o antimnio, o telrio e o polnio tm algumas proprie-
dades de no metais e outras de metais, por isso so chamados, por alguns autores,
de semimetais. No entanto, a Unio Internacional de Qumica Pura e Aplicada, rgo
que regulamenta a nomenclatura em Qumica, no indica quais elementos devem ser
includos nessa classificao.
Em temperatura de 25 C, cerca de metade dos no metais se encontra no esta-
do gasoso (oxignio, nitrognio, cloro e flor) e metade se encontra no estado slido
(carbono, iodo, fsforo, enxofre, selnio e stato). A nica exceo o bromo, que em
temperatura de 25 C um lquido voltil que forma vapores avermelhados.
Entre os no metais est o grupo 17 da tabela peridica, conhecido
como grupo dos halognios: flor, cloro, bromo, iodo e astato. Veja a tabe-
la peridica da figura 3.3.
Os halognios reagem com metais e formam
sais. O cloreto de sdio (sal de cozinha), por exem-
plo, formado pela combinao de tomos de clo-
ro (halognio) com sdio (metal).
Outro grupo de no metais o grupo 16 da
tabela peridica, conhecido como grupo dos cal-
cognios: oxignio, enxofre, selnio e telrio.
De modo simplificado, pode-se dizer que os
no metais tm propriedades opostas s dos me-
tais. Apresentam, em geral, 5, 6 ou 7 eltrons na
ltima camada; no conduzem to bem a eletricidade ou o calor como os metais; os no
metais slidos geralmente quebram se tentarmos dobr-los, isto , no so maleveis
como muitos metais. Tambm tm ponto de fuso inferior ao dos metais (com exceo
do carbono na forma de grafite ou diamante).
Os elementos do grupo 18, chamados de gases nobres ou raros, tm 8 eltrons
na ltima camada (com exceo do hlio, que tem 2). Esse nmero de eltrons confe-
re a esses gases uma estabilidade e, por isso, esses elementos dificilmente se com-
binam com outros nas condies ambientais.
Esses gases podem ser encontrados, por exemplo, nos letreiros luminosos, como
o caso do nenio (reveja a figura 3.1); o argnio usado para preencher o espao
interno das lmpadas incandescentes, pois ele no reage com o filamento metlico da
lmpada, ao contrrio do oxignio do ar, que se combinaria rapidamente com o metal
aquecido, comprometendo o funcionamento da lmpada; o hlio, por ser menos den-
so que o ar, usado em bales de gs.
Halognio vem do
grego e significa
formador de sal.
Em temperatura de 25 C, cerca de metade dos no metais se encontra no esta-
do gasoso (oxignio, nitrognio, cloro e flor) e metade se encontra no estado slido
(carbono, iodo, fsforo, enxofre, selnio e stato). A nica exceo o bromo, que em
temperatura de 25 C um lquido voltil que forma vapores avermelhados.
Entre os no metais est o grupo 17 da tabela peridica, conhecido
como grupo dos halognios
la peridica da figura 3.3.
3.9 Foto de alguns halognios. (No manipule nem aspire essas substncias, pois elas so txicas!)
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Mundo virtual
Tabela peridica
Site que apresenta uma tabela peridica interativa, com os nomes dos elementos, suas caractersticas e principais aplicaes.
A qumica das coisas
Pgina que analisa aspectos do cotidiano considerando aspectos fsico-qumicos.
Acesso em: 3 fev. 2015.
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52 Captulo 3 A classificao peridica
1.9 Dois instrumentos que foram usados para
medir o tempo: o relgio de sol e a ampulheta.
Cincia e Histria
Histria das medidas
O funcionamento do comrcio e tambm a co-
municao cientfica dependem de comparaes e,
para faz-las, preciso ter um ponto de referncia.
A primeira referncia utilizada foi o prprio corpo.
Assim surgiram medidas de comprimento como a
polegada, o palmo e o p.
No Egito, h cerca de 4 mil anos, era usado o
cbito, que a distncia do cotovelo at a ponta do
dedo mdio do fara. Outra medida era o palmo, que
equivalia a quatro dedos juntos da mo e corres-
pondia stima parte do cbito.
Outra medida de comprimento ainda usada hoje
na Inglaterra e nos Estados Unidos a jarda, que equi-
vale distncia entre o nariz e a ponta do polegar, com
o brao esticado. Alm da jarda, so usadas nesses
pases tambm a milha (cerca de 1,609 m) e a polegada
(cerca de 2,54 cm).
No sculo XVIII foi proposto um sistema de me-
didas baseado em um padro constante, as dimenses
de nosso planeta. O padro de medida escolhido pela
Academia Francesa foi o comprimento da quadrag-
sima milionsima parte do meridiano terrestre a
circunferncia da Terra que passa pelos polos. Esse
padro recebeu o nome de metro (do termo grego me-
tron, que significa medir).
Com o desenvolvimento da cincia e a expan-
so do comrcio e das cidades, foi necessrio aumen-
tar a preciso das medidas, e a definio do metro
passou a ser a do comprimento do trajeto percorrido
pela luz, no vcuo, durante um intervalo de tempo de
1/299 792 458 de segundo.
O padro para a medida de massa (quilograma)
a massa um cilindro de platina e irdio (um metal),
que fica no Escritrio Internacional de Pesos e Medi-
das, sob presso normal e a 0 C, em Svres (Frana).
Um dos mais antigos relgios conhecidos tem
cerca de 3 500 anos e foi encontrado no Egito: era um
relgio de Sol, que mede as horas de acordo com a po-
sio em que se encontra a sombra projetada pelo
instrumento. Veja a figura 1.9.
Eram usadas tambm as ampulhetas, em que o
tempo era medido pela passagem de areia de um reci-
piente para outro (reveja a figura 1.9 ). A partir do sculo
XIV, o tempo passou a ser medido por relgios mec-
nicos instalados nas praas centrais das cidades.
Inicialmente, o padro de tempo foi o segundo.
Ele equivalia a 24 horas (durao do dia) divididas por
86 400, que o nmero de segundos contidos em um
dia. No entanto, o perodo de rotao da Terra varia e
os dias no so todos exatamente iguais. Por isso, a
definio atual a durao de 9 192 631 770 perodos de
uma determinada radiao do tomo de csio-133.
Essa padronizao ajudou a desenvolver tanto o
comrcio quanto a comunicao cientfica entre os
pases: as quantidades comeavam a ser entendidas
da mesma forma pelos diversos povos do mundo.
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17Unidade 1 Qumica: a constituio da matria
Os metais
Pense em objetos que so feitos de metal ou levam algum metal em sua compo-
sio. Voc logo vai ver como os metais tm importncia em nosso dia a dia. E essa
importncia se justifica por uma srie de propriedades que os metais tm em comum.
Exceto o mercrio, os metais so slidos na temperatura ambiente (que pode ser
considerada 25 C), com alto ponto de fuso especialmente os metais de transio,
situados no meio da tabela peridica. Eles no quebram com facilidade, mas em geral
podem ser dobrados, isto , so maleveis principalmente quando aquecidos. So
tambm dcteis: podem ser transformados em fios finos. por isso que os metais
costumam ser usados para moldar chapas e fabricar panelas e outros utenslios do-
msticos, fios eltricos, etc. Veja a figura 3.4.3.4 Os metais esto
presentes em vrios objetos usados no dia a dia.
Em geral, os objetos de metal possuem um brilho caracterstico, o brilho metlico,
e tm uma cor acinzentada ou prateada (exceto o ouro, que dourado, e o cobre, que
avermelhado). Mas nem sempre esse brilho pode ser visto na superfcie dos metais:
s vezes s aparece quando so polidos. Isso acontece porque vrios metais reagem
com o oxignio, ou outras substncias presentes no ar, formando uma camada fosca
na superfcie. Por exemplo, o ferro enferruja quando fica exposto ao ar e umidade,
e deixa de ter brilho metlico.
Outra propriedade dos metais que eles geralmente conduzem bem a eletricidade,
ao contrrio da maioria dos no metais, e tambm conduzem bem o calor.
Os metais do grupo 1 (exceto o hidrognio, que classificado separadamente dos
outros elementos) so chamados de metais alcalinos. Veja a figura 3.5.
Agora voc j sabe por que os fios eltricos so de metal: esse material um bom condutor de eletricidade. Pelo mesmo motivo, esses fios tm de estar encapados com um material plstico, que no bom condutor de eletricidade e, por isso, impede que ela passe do fio para outros materiais.
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3.5 Alguns metais alcalinos (no se deve encostar nesses metais, pois eles podem provocar queimaduras ao reagir com a umidade da pele).
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fios de cobre
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49Unidade 1 Qumica: a constituio da matria
Ao estudar Cincias voc comea a compreender os fenmenos do dia a dia de forma
diferente. Isso o tornar capaz de buscar dados e evidncias que fundamentem seus
argumentos. Quando voc estuda Cincias, se torna mais apto a acompanhar os
noticirios, a ler jornais e revistas e a discutir questes atuais. Assim, poder ter uma
participao mais ativa na sociedade.
Veja como os livros desta coleo esto organizados.
5 GlossrioOs termos grafados em azul remetem
ao glossrio na lateral da pgina.
Ele apresenta o significado e a origem
de muitas palavras.
6 AtividadesAo final de cada captulo voc vai
encontrar questes para organizar e
fixar os conceitos mais importantes,
trabalhos em equipe, propostas de
pesquisas e atividades prticas ligadas a
experimentos cientficos.
7 Leitura especialEsta seo constitui um diferencial
porque contextualiza os temas do
volume, aplicando-os a um novo
formato. A leitura recupera diversos
contextos de Cincias com um foco
diferente do que foi usado na maior
parte do livro.
8 Ponto de chegadaApresenta uma viso geral dos
principais contedos da Unidade para
que voc possa refletir sobre o que
aprendeu.
3 4 5
6 7 8
Este cone indica que h
contedo digital disponvel em:
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5
Este cone indica que h
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para o professor disponvel em:
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Ponto de partida 9
Captulo 1 Propriedades da matria 101. Propriedades gerais da matria 11
2. Os estados fsicos da matria 13
3. Propriedades especficas da matria 18
Atividades 22
Captulo 2 tomos e elementos qumicos 281. A histria dos modelos de tomos 29
2. Nmero atmico e nmero de massa 33
3. A organizao dos eltrons no tomo 34
4. Os elementos qumicos 36
Atividades 39
Captulo 3 A classificao peridica 451. A histria da tabela peridica 46
2. A tabela peridica moderna 47
Atividades 53
Ponto de chegada 55
Sum
rio 1Unidade
2Unidade
Qumica: a constituio da matria
Qumica: substncias e transformaes qumicas
Ponto de partida 57
Captulo 4 As ligaes qumicas 581. A estabilidade dos gases nobres 59
2. A ligao inica 60
3. A ligao covalente 63
4. A ligao metlica 65
5. Substncia simples e substncia
composta 65
Atividades 66
Captulo 5 As substncias e as misturas 701. Substncias puras e misturas 71
2. Misturas homogneas e heterogneas 72
3. Separando os componentes de uma
mistura 73
Atividades 79
Captulo 6 Funes qumicas 831. Identificao de cidos e bases 84
2. As propriedades dos cidos 85
3. As propriedades das bases 87
4. Os sais 88
5. Os xidos 89
Atividades 90
Captulo 7 Reaes qumicas 961. Representao de reaes qumicas 97
2. Balanceamento de equaes qumicas 99
3. Tipos de reaes qumicas 102
4. As leis das reaes qumicas 103
Atividades 107
Ponto de chegada 113
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Ponto de partida 115
Captulo 8 O movimento 1161. O movimento relativo 117
2. Trabalhando com velocidades 117
3. Calculando a acelerao 120
4. A queda dos corpos 122
Atividades 126
Captulo 9 Foras 1321. Medindo foras 133
2. O atrito 136
3. Fora e acelerao 137
4. Ao e reao 138
Atividades 140
Captulo 10 A atrao gravitacional 1441. Matria atrai matria 145
2. A fora centrpeta 147
3. O movimento dos planetas
e dos satlites 148
4. O empuxo 149
Atividades 153
Captulo 11 Trabalho, energia e mquinas simples 1571. O conceito cientfico de trabalho 158
2. Transformaes de energia 161
3. Mquinas simples 163
Atividades 170
Ponto de chegada 175
Sum
rio
Ponto de partida 177
Captulo 12 O calor 1781. Calor e temperatura 179
2. O calor especfico 182
3. O calor latente 184
4. O calor e a dilatao dos corpos 185
5. A transmisso do calor 188
Atividades 194
Captulo 13 As ondas e o som 2021. As caractersticas de uma onda 203
2. As caractersticas do som 206
3. O eco 211
Atividades 213
Captulo 14 A luz 2171. As ondas eletromagnticas 218
2. Luz e sombras 222
3. A decomposio da luz branca 223
4. A reflexo da luz 225
5. A refrao da luz 228
Atividades 236
Captulo 15 Eletricidade e magnetismo 2441. A eletrizao por atrito 245
2. A induo eletrosttica 247
3. A corrente eltrica 249
4. Cuidado com as instalaes
eltricas! 255
5. O magnetismo 257
6. O eletromagnetismo 259
Atividades 263
Ponto de chegada 270
Leitura especial 271Recordando alguns termos 274Leitura complementar para o aluno 282Bibliografia 286
3Unidade
4Unidade
Fsica: calor, ondas e eletromagnetismo
Fsica: movimentos, fora e energia
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Cubos de gelo
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Ponto de partida1. Quais so as propriedades gerais e as propriedades especficas da matria e
por que elas so importantes para a cincia e tambm para o dia a dia?
2. Quais so os modelos propostos ao longo da Histria para explicar as
propriedades do tomo e dos elementos qumicos? Como esse conhecimento
ajuda o ser humano a compreender a natureza?
3. Como os qumicos classificam os diferentes elementos?
Qumica:
a constituio
da matriaO alimento, os tecidos, a gua, o ar, a casa, os aparelhos, o corpo dos seres vivos, toda
matria, enfim, feita de substncias qumicas.
A Qumica a cincia que estuda a constituio da matria e suas transformaes.
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Propriedades
da matria 1 Captulo
A questo
Ar, metais, gua Quais so as propriedades gerais da matria? Por quais
mudanas de estado fsico ela pode passar? Que unidades do Sistema
Internacional de Unidades voc conhece? Como os cientistas distinguem
uma substncia de outra?
Na embalagem de diversos produtos utilizados no dia a dia pode-se ler a indica-
o de certas medidas. Esses nmeros aparecem de vrios modos, conforme o tipo
de produto: gua mineral natural, 500 mL; protetor solar, 120 mL; vinagre, 750 mL;
pacote de biscoitos, 200 g; chiclete, 1,7 g. Para comparar o preo de dois produtos se-
melhantes, deve-se sempre procurar a quantidade indicada na embalagem. Veja a
figura 1.1.
Nas embalagens desses produtos aparecem as medidas de massa ou volume.
Massa e volume so propriedades da matria, como voc vai ver a seguir.
melhantes, deve-se sempre procurar a quantidade indicada na embalagem. Veja a
Nas embalagens desses produtos aparecem as medidas de massa ou volume.
Massa e volume so propriedades da matria, como voc vai ver a seguir.
Ar, metais, gua Quais so as propriedades gerais da matria? Por quais
mudanas de estado fsico ela pode passar? Que unidades do Sistema
Internacional de Unidades voc conhece? Como os cientistas distinguem
1.1 As embalagens devem indicar a quantidade dos produtos. (A marca dos produtos foi apagada para evitar entendimento de publicidade ou de objeto comercial.)
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1 Propriedades gerais da matriaMatria tudo o que tem massa e ocupa lugar no espao, isto , tudo o que tem
volume e massa. A matria forma as estrelas, os planetas, o corpo dos seres vivos, o
vidro, o ar, a madeira, o ouro e muito mais.
Massa e volume so exemplos de propriedades gerais da matria, ou seja, pro-
priedades que todos os corpos possuem, e podem ser iguais mesmo em materiais
diferentes. Por exemplo, pode-se ter um litro de gua e um litro de leite, ou, ainda, um
quilograma de arroz e um quilograma de feijo.
O volume refere-se ao espao ocupado por um corpo. Corpo uma poro limi-
tada de matria: um pedao de vidro ou de plstico ou um tronco de madeira, por
exemplo. J os objetos so corpos fabricados pelo ser humano para atender a alguma
necessidade: um copo de vidro, uma mesa de madeira, uma lente de vidro ou acrlico,
um pneu de borracha, um brinquedo de plstico.
Costuma-se dizer que a massa est relacionada com a quantidade de matria
que um corpo possui. Mais adiante, em seus estudos de Fsica, voc vai ver uma defi-
nio mais adequada: a massa mede a inrcia de um corpo, isto , a tendncia do
corpo de permanecer em repouso ou em movimento em linha reta e com velocidade
constante. Pense em uma pessoa deslizando sobre uma pista de patinao no gelo ou,
ainda, sobre um piso molhado com gua e detergente. A tendncia dessa pessoa de
continuar em movimento, deslizando, a inrcia.
Voc acabou de conhecer duas propriedades gerais da matria, isto , proprie-
dades que esto presentes em todos os corpos.
Extenso: toda matria ocupa lugar no espao, ou seja, tem volume.
Massa: toda matria tem massa.
Mas h ainda outras propriedades gerais da matria. Se voc entrar em uma
banheira com gua ou mergulhar um objeto em uma panela com gua, o nvel desse
lquido vai subir. Isso acontece por causa de outra propriedade da matria: dois corpos
no podem ocupar o mesmo lugar no espao ao mesmo tempo. Essa mais uma
propriedade geral da matria, a impenetrabilidade.
Outra propriedade geral da matria a divisibilidade. A matria pode ser
dividida, at certo limite, em partes menores, sem que suas propriedades se
alterem.
Sob a ao de uma fora, a matria pode, at certo ponto, diminuir de volume:
a propriedade da compressibilidade. Por exemplo, quando voc aperta uma bola de
futebol cheia, o ar dentro dela comprimido. E pode, at certo ponto, retornar ao vo-
lume original ao cessar a ao da fora: a propriedade da elasticidade.
Tanto a compressibilidade quanto a elasticidade podem ser mais bem observadas
nos gases do que nos slidos e lquidos, mas existem alguns slidos que tm boa
elasticidade: pense em um elstico que esticado e depois solto.
H outra propriedade da matria que ser bastante estudada adiante: toda a
matria feita de tomos, que so incrivelmente pequenos: em mdia, tm cerca de
0,1 nanmetro de dimetro. O nanmetro (nm) a milionsima parte do milmetro!
E, como voc ver tambm adiante, em algumas substncias os tomos esto agru-
pados formando molculas: dois tomos de hidrognio, por exemplo, podem se unir
a um tomo de oxignio e formar uma molcula de gua.
No Captulo 13 voc vai
estudar melhor a inrcia.
Mas, para entend-la,
pode, desde j, pensar
na seguinte situao:
mais fcil colocar em
movimento um carrinho
de supermercado,
inicialmente parado,
quando ele est cheio de
compras ou quando ele
est vazio? Quando o
carrinho est vazio,
claro. Esse exemplo
mostra que, quanto
maior for a massa de um
corpo, maior ser a sua
inrcia.
11
Um pacote de biscoitos
de 200 g que custa
R$ 3,00 mais caro que
um de 300 g que custa
R$ 4,00. Faa as contas
e verifique. Comparar
preos ao fazer compras
um hbito que todos
os consumidores
devem ter.
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11Unidade 1 Qumica: a constituio da matria
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Medidas
A massa, assim como o volume e o comprimento, uma grandeza, ou seja, algo
que pode ser medido. Medir uma grandeza compar-la com outra grandeza tomada
como padro. Quando se diz que uma corda tem 5 metros de comprimento, por exem-
plo, isso significa que ela contm 5 vezes a unidade-padro do metro. E, para medir
alguma coisa, usam-se instrumentos de medidas, como balanas (para medir massas)
e rguas (para medir comprimentos). Veja a figura 1.2.
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1.2 Balana de pratos.
Em um dos pratos
coloca-se a massa que
se quer medir e, no outro,
massas conhecidas at
que os pratos se
equilibrem. Nesse
momento, a massa do
corpo igual soma das
massas conhecidas.
Para facilitar a comunicao, os cientistas preferem usar um nico grupo de uni-
dades de medida: o Sistema Internacional de Unidades (SI).
Nesse sistema, a unidade de comprimento o metro (m); a de volume, o metro
cbico (m3); a de massa, o quilograma (kg). Usamos tambm mltiplos e submltiplos
dessas grandezas: grama (g), miligrama (mg) e tonelada (t), por exemplo. Veja as
correspondncias: 1 t = 1 000 kg; 1 kg = 1 000 g; 1 g = 1 000 mg.
Cincia e atitude
Viva a curiosidade!
Um dos cientistas mais conhecidos de todos os
tempos, o ingls Isaac Newton (1642-1727), respons-
vel por muitas descobertas no campo da Fsica, parece
ter conservado durante toda a vida a curiosidade e a
capacidade de se maravilhar com os fenmenos na-
turais. Newton disse: No sei como o mundo me v,
mas eu me sinto somente como um garoto brincando
na praia, contente em achar aqui e ali uma pedrinha
mais lisa ou uma concha mais bonita do que o comum,
tendo sempre diante de mim, ainda por descobrir, o
grande oceano da verdade.
Albert Einstein (1879-1955), outro gnio da cin-
cia, nascido na Alemanha e criador de uma das mais
revolucionrias teorias da Fsica, a teoria da Relati-
vidade, dizia existir uma paixo pelo conhecimento,
assim como existe uma paixo pela msica. Sem
esse sentimento, as Cincias Naturais e a Matemtica
no teriam existido. Einstein lamentou o fato de mui-
tas pessoas perderem essa paixo com o passar do
tempo.
E voc? Acha importante e prazeroso explorar a
origem e as consequncias dos fenmenos naturais,
ter curiosidade e tentar compreender como as coisas
funcionam? Voc no acredita que a curiosidade, to
presente nas crianas, deve ser mantida tambm na
idade adulta?
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12 Captulo 1 Propriedades da matria
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1.3 Modelo da organizao dos tomos em um slido, o silcio metlico. (Os tomos no so visveis a olho nu. Cores fantasia.)
1.4 Modelo da organizao das molculas em um lquido, a gua. As bolinhas azuis representam os tomos de oxignio, e as vermelhas, os tomos de hidrognio. (Os tomos e as molculas no so visveis a olho nu. Cores fantasia.)
2 Os estados fsicos da matria A matria pode se apresentar em trs estados fsicos: slido, lquido e gasoso.
Mas voc sabe que possvel explicar esses estados fsicos utilizando o conhecimen-
to de que a matria constituda por tomos?
Se voc furar um balo de festa (conhecido tambm como bexiga, em algumas
regies do pas) cheio de ar, o ar que se encontra no balo vai se espalhar por todo o
ambiente. O ar uma mistura de gases, e um gs no tem forma nem volume definidos:
ele ocupa todo o volume do recipiente em que est contido.
J se voc despejar toda a gua de um copo em outro de formato diferente, vai
perceber que o lquido adquire a forma do recipiente que o contm. O volume da gua,
porm, permanece o mesmo.
Pode-se concluir, ento, que os lquidos mudam de forma, mas o volume no
depende do recipiente que os contm.
J um corpo slido, como uma rocha ou uma barra de ferro, tem forma e volume
bem definidos.
Dizemos, ento, que os slidos tm forma e volume constantes; os lquidos tm
volume constante e forma varivel, de acordo com o recipiente; e os gases tm forma
e volume variveis, conforme o recipiente.
No estado slido, as partculas esto bem prximas umas das outras e no podem
se movimentar; elas ficam apenas vibrando em uma posio fixa. Isso ocorre porque
h uma grande fora de atrao entre as partculas de um slido. Veja a figura 1.3.
No estado lquido, a fora de atrao entre as partculas menor; com isso elas
podem se movimentar mais livremente, e no apenas vibrar em uma posio fixa.
Outros tipos de estados
da matria, como o
plasma, so estudados
em nveis mais
avanados da Fsica.
Para ter uma ideia sobre
esse assunto, leia o boxe
Para saber mais da
pgina 33.
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ra/Arquivo da editora
Representao de molculas de gua no estado lquido.
No estado gasoso, as partculas movimentam-se ainda mais livremente, ficando
mais distantes umas das outras do que as partculas de um slido ou de um lquido.
A fora de atrao entre elas quase nula. Veja o modelo da figura 1.5.
No caso dos lquidos, podemos compreender que eles ad-
quirem a forma do recipiente em que se encontram porque suas
partculas se movimentam com facilidade. No entanto, o espao
entre as partculas nos lquidos bem menor que nos gases, por
isso mais difcil comprimir um lquido ou um slido do que um
gs. E o fato de as partculas de um slido ficarem em posies
quase fixas (apenas vibrando), com uma grande fora de atrao
entre elas, permite-nos compreender por que mais difcil mudar
a forma de um slido do que a de um lquido ou a de um gs. KLN
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1.5 As partculas do gs ficam mais prximas quando o gs comprimido. (Figura sem escala. Cores fantasia.)
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13Unidade 1 Qumica: a constituio da matria
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O calor e a mudana de estadoO calor a quantidade de energia que passa de um corpo para outro devido a uma
diferena de temperatura entre eles. O calor passa sempre do corpo mais quente (com
maior temperatura) para o corpo mais frio (com menor temperatura), at que os corpos
fiquem com a mesma temperatura. Nesse momento, dizemos que os corpos atingiram
o equilbrio trmico.
Quando se fornece calor (energia) para um corpo, as partculas dele comeam a
se movimentar mais rapidamente, pois passam a ter mais energia. essa agitao
(movimentao) que determina a temperatura de um corpo.
O fornecimento de energia pode tambm provocar mudana no estado fsico da
matria. No 6o ano, voc aprendeu que a mudana de estado slido para lquido cha-
mada fuso e que o fenmeno inverso a solidificao. Aprendeu tambm que a pas-
sagem do estado lquido para o estado gasoso chamada vaporizao (pode aconte-
cer por ebulio ou por evaporao) e que o fenmeno inverso a condensao ou
liquefao. Agora vamos ver o que acontece com as partculas de um corpo durante as
mudanas de estado, usando como exemplo as mudanas de estado da gua.
Quando a temperatura do gelo chega a 0 grau Celsius (0 oC) sob presso normal
(presso ao nvel do mar), toda a energia fornecida (calor) passa a ser usada para
mudar a organizao das partculas (so molculas de gua) da gua e assim promo-
ver a mudana de estado slido para lquido. At que todo o gelo no esteja no estado
lquido, a energia fornecida no promover o aumento da movimentao das molcu-
las, e sim a reorganizao das partculas. Veja na figura 1.6 a diferena entre a organi-
zao das molculas de gua no estado slido, no estado lquido e no estado gasoso
ou de vapor.
Ateno!
No faa experimentos com
fogo sem a superviso do
professor.
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Representao de molculas de gua em estado lquido.
Representao de molculas de gua em estado slido.
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Representao de molculas de gua em estado gasoso.
1.6 Modelos de molculas de gua no gelo, na gua lquida e no vapor. Importante: a nuvem acima da chaleira formada por gotculas que resultam da condensao do vapor. (Representao sem escala. Cores fantasia.)
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14 Captulo 1 Propriedades da matria
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Somente quando todo o gelo j estiver no estado lquido que a temperatura vai
comear a subir, ou seja, a energia fornecida passar a promover o aumento na movi-
mentao das partculas, e esse aumento na movimentao vai elevar a temperatura.
Durante a fuso ou a solidificao, a temperatura da gua permanece constan-
te, a 0 oC. No caso da fuso de outra substncia, como o ouro, por exemplo, durante
a fuso ou a solidificao, a temperatura tambm permanece constante, a 1 064 oC.
Dizemos, ento, que o ponto de fuso ou a temperatura de fuso ou de solidifica-
o da gua de 0 oC e o do ouro de 1 064 oC.
Cada substncia tem um ponto de fuso especfico, ou seja, duas substncias
diferentes, sob as mesmas condies de presso, no possuem o mesmo ponto de
fuso: o ponto de fuso da gua (na forma de gelo) de 0 oC; o ponto de fuso do fer-
ro de 1 535 oC; e o do ouro, 1 064 oC. Portanto, o ponto de fuso uma propriedade
que ajuda a identificar as substncias. O ponto de fuso , portanto, uma propriedade
especfica da matria. H outras propriedades como essas que nos permitem identi-
ficar substncias.
Observe novamente a figura 1.6. O que ocorre com a gua quando ela ferve?
A gua passa para o estado de vapor.
Essa passagem do estado lquido para o gasoso, em que a gua, ou outro lquido,
ferve (formando bolhas), chamada de ebulio. Cada substncia entra em ebulio
a uma temperatura, em determinada presso. A gua, por exemplo, ferve a 100 oC, ao
nvel do mar, onde a presso de 1 atmosfera (1 atm). J o ferro entra em ebulio a
3 000 oC (sob presso de 1 atm).
Assim como na fuso, durante a ebulio a temperatura da gua e de outras
substncias no se altera. Somente depois que a mudana de estado se completa
que a temperatura comea a aumentar ou diminuir, de acordo com o que estiver ocor-
rendo com o corpo: se est recebendo ou perdendo energia (calor).
Da mesma forma que na fuso, cada substncia tem uma temperatura de ebu-
lio ou um ponto de ebulio especfico, que ajuda a identificar uma substncia, ou
seja, uma propriedade especfica. Assim, o ponto de ebulio da gua 100 oC; o
mercrio (um metal) tem ponto de ebulio de 357 oC; e o ferro, de 3 000 oC (sob a
presso de 1 atm).
A passagem do estado lquido para o estado gasoso pode ocorrer tambm por
evaporao. o que acontece, por exemplo, quando uma roupa molhada pendurada
no varal: depois de algum tempo ela fica seca.
A evaporao no ocorre a uma temperatura definida como na ebulio. E, ao
contrrio da ebulio, na evaporao no se formam bolhas.
Apesar das diferenas entre a ebulio e a evaporao, o termo vaporizao
usado para qualquer forma de passagem do estado lquido para o estado gasoso.
Outra mudana de estado que pode ocorrer na gua e em outros lquidos a
passagem do estado gasoso para o estado lquido. Por exemplo, quando numa pane-
la o vapor de gua sobe e entra em contato com o lado de dentro da tampa, formam-se
ali gotas de gua. Nesse caso, a temperatura da tampa est mais baixa que a do vapor.
Assim, a energia na forma de calor do vapor transferida para a tampa, e a gua pas-
sa para o estado lquido.
A passagem de uma substncia do estado gasoso para o estado lquido cha-
mada de condensao ou liquefao. Na condensao ou liquefao, a substncia
perde energia (calor).
Substncia o nome dado a um material com caractersticas bem definidas, sem nenhuma mistura com outros materiais. Esse conceito ser estudado no Captulo 8.
A temperatura que se l nos termmetros uma grandeza fsica que permite avaliar o grau de agitao mdio das partculas (tomos ou molculas) de uma substncia.
Sublimao a passagem direta de uma substncia do estado slido para o estado gasoso e vice-versa, sem passar pelo estado lquido. Essa transformao acontece, por exemplo, com o gelo-seco (gs carbnico no estado slido) que, em temperatura ambiente, provoca a condensao do vapor presente no ar, produzindo uma nvoa.Li
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ida.
15Unidade 1 Qumica: a constituio da matria
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A presso e a mudana de estadoVoc sabe como uma panela de presso funciona?
Nesse tipo de panela os alimentos cozinham mais depressa. O vapor
formado pelo aquecimento da gua fica inicialmente preso na panela, e a
presso que ele exerce sobre o lquido torna-se maior
que a presso atmosfrica (pode chegar ao dobro da
presso ao nvel do mar), o que dificulta a vaporizao.
Desse modo, a ebulio passa a acontecer a uma
temperatura mais alta (pode chegar a cerca de 120 oC). Como
o lquido chega a temperaturas mais altas do que em uma pa-
nela comum (sem presso), o alimento cozinha mais depressa.
As panelas de presso, como a da figura 1.7, tm uma vl-
vula de segurana que deixa sair o vapor quando ele atinge de-
terminada presso, evitando que a panela exploda.
Voc acabou de aprender que um aumento de presso aumenta o ponto de ebu-
lio. Consequentemente, se a presso sobre um lquido diminuir, o ponto de ebulio
tambm vai diminuir.
Essa informao d pistas para voc compreender um fato curioso: na cidade do
Rio de Janeiro, um alimento cozinha mais rpido que em La Paz, capital da Bolvia. Voc
capaz de imaginar por qu?
Em locais que esto acima do nvel do mar, a presso atmosfrica menor. La
Paz est a cerca de 3 600 metros de altitude, portanto a gua ferve a uma temperatu-
ra mais baixa, a 87 oC menor que os 100 oC de cidades como Rio de Janeiro ou Santos,
que esto ao nvel do mar. Pense na presso atmosfrica como uma coluna de ar
acima da panela. Quanto maior for a altitude, menor ser a coluna de ar e menor a
presso. No alto do monte Everest (a montanha mais alta da Terra), a temperatura de
ebulio ainda menor. Veja a figura 1.8.
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1.7 Panela de presso. Observe a vlvula de segurana, na parte de cima da panela, que deixa o vapor escapar quando a presso atinge um valor-limite.
1.8 Quanto maior for a altitude, menor ser a temperatura de ebulio da gua. (Figura sem escala. Cores fantasia.)
Altitude a distncia
vertical entre um ponto e
o nvel do mar. J a altura
a distncia vertical
entre um ponto qualquer
e outro.
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monte Everest
718 800
altitude (m) temperatura da ebulio da gua (oC)
Tibete893 500
Portanto, pode-se concluir que um alimento demora mais para cozinhar em La
Paz porque a temperatura mxima que a gua pode atingir sem passar para vapor
mais baixa do que a temperatura mxima que pode atingir no Rio de Janeiro. (Lem-
bre-se: durante a ebulio a temperatura no varia.)
A variao da presso influencia tambm outras mudanas de estado. O gs utiliza-
do nos botijes de cozinha, por exemplo, chamado Gs Liquefeito de Petrleo (GLP), pas-
sa do estado gasoso para o estado lquido porque foi comprimido a altas presses.
16 Captulo 1 Propriedades da matria
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1.9 Dois instrumentos que foram usados para
medir o tempo: o relgio de sol e a ampulheta.
Cincia e Histria
Histria das medidas
O funcionamento do comrcio e tambm a co-
municao cientfica dependem de comparaes e,
para faz-las, preciso ter um ponto de referncia.
A primeira referncia utilizada foi o prprio corpo.
Assim surgiram medidas de comprimento como a
polegada, o palmo e o p.
No Egito, h cerca de 4 mil anos, era usado o
cbito, que a distncia do cotovelo at a ponta do
dedo mdio do fara. Outra medida era o palmo, que
equivalia a quatro dedos juntos da mo e corres-
pondia stima parte do cbito.
Outra medida de comprimento ainda usada hoje
na Inglaterra e nos Estados Unidos a jarda, que equi-
vale distncia entre o nariz e a ponta do polegar, com
o brao esticado. Alm da jarda, so usadas nesses
pases tambm a milha (cerca de 1,609 m) e a polegada
(cerca de 2,54 cm).
No sculo XVIII foi proposto um sistema de me-
didas baseado em um padro constante, as dimenses
de nosso planeta. O padro de medida escolhido pela
Academia Francesa foi o comprimento da quadrag-
sima milionsima parte do meridiano terrestre a
circunferncia da Terra que passa pelos polos. Esse
padro recebeu o nome de metro (do termo grego me-
tron, que significa medir).
Com o desenvolvimento da cincia e a expan-
so do comrcio e das cidades, foi necessrio aumen-
tar a preciso das medidas, e a definio do metro
passou a ser a do comprimento do trajeto percorrido
pela luz, no vcuo, durante um intervalo de tempo de
1/299 792 458 de segundo.
O padro para a medida de massa (quilograma)
a massa um cilindro de platina e irdio (um metal),
que fica no Escritrio Internacional de Pesos e Medi-
das, sob presso normal e a 0 C, em Svres (Frana).
Um dos mais antigos relgios conhecidos tem
cerca de 3 500 anos e foi encontrado no Egito: era um
relgio de Sol, que mede as horas de acordo com a po-
sio em que se encontra a sombra projetada pelo
instrumento. Veja a figura 1.9.
Eram usadas tambm as ampulhetas, em que o
tempo era medido pela passagem de areia de um reci-
piente para outro (reveja a figura 1.9 ). A partir do sculo
XIV, o tempo passou a ser medido por relgios mec-
nicos instalados nas praas centrais das cidades.
Inicialmente, o padro de tempo foi o segundo.
Ele equivalia a 24 horas (durao do dia) divididas por
86 400, que o nmero de segundos contidos em um
dia. No entanto, o perodo de rotao da Terra varia e
os dias no so todos exatamente iguais. Por isso, a
definio atual a durao de 9 192 631 770 perodos de
uma determinada radiao do tomo de csio-133.
Essa padronizao ajudou a desenvolver tanto o
comrcio quanto a comunicao cientfica entre os
pases: as quantidades comeavam a ser entendidas
da mesma forma pelos diversos povos do mundo.
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3 Propriedades especficas da matria
Voc aprendeu que as propriedades gerais da matria so aquelas que esto
presentes em todos os corpos e podem ser iguais para todas as substncias. J as
propriedades especficas so aquelas que variam de uma substncia para outra, ou
seja, so aquelas que apresentam um valor caracterstico para cada substncia.
As propriedades especficas da matria ajudam o cientista a identificar um de-
terminado material. Substncias diferentes podem ser bem parecidas primeira
vista como o caso da gua e do lcool ou das pores de sal, acar e farinha, por
exemplo. Nesses casos, os cientistas observam suas propriedades especficas, ou
seja, o ponto de fuso e de ebulio do material; sua solubilidade; etc.
DurezaVoc sabe que uma faca corta um pedao de manteiga, mas h outros tipos de
material que no podem sequer ser arranhados pela faca. Dizemos que esses materiais
so mais duros do que a faca. Ento, se um material slido, o cientista pode avaliar a
sua dureza. Isso nos ajuda a escolher que tipo de material pode ser usado para construir
objetos e ferramentas como a faca, por exemplo.
O diamante o mineral mais duro que se conhece: isso significa que ele pode
arranhar ou riscar outros materiais, mas no arranhado ou riscado por eles. A esca-
la de Mohs, criada pelo mineralogista alemo Friedrich Mohs (1773-1839), uma es-
cala relativa de dureza.
Dureza, portanto, a medida da resistncia que uma substncia apresenta ao ser
riscada por outra. Quanto maior for a resistncia ao risco, mais dura ser a substncia.
Cada mineral tem uma dureza, que expressa pela capacidade de riscar a super-
fcie de outro mineral ou material artificial.
O diamante tem dureza 10 na escala de Mohs. Veja na figura 1.10 que o quartzo,
um mineral com dureza 7, arranha outro mineral, a calcita, com dureza 3.
No confunda, porm,
dureza com tenacidade
(dificuldade ou
resistncia em se
partir) ou resistncia
mecnica (outra
propriedade especfica
da matria): mais fcil
quebrar um diamante
com uma martelada do
que uma barra ou
chapa de ferro, porque
o ferro mais tenaz.
Por causa de sua dureza,
o diamante usado para
cortar muitos materiais:
nas sondas de perfurao
de poos de petrleo, na
broca do dentista, etc. J
no ramo de joias, so
outras as propriedades
mais valorizadas: o brilho,
a transparncia, a cor e o
peso.
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quartzo
calcita
1.10 O quartzo capaz de
arranhar a calcita porque
mais duro do que ela.
18 Captulo 1 Propriedades da matria
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1.11 Dois cubos de mesmo tamanho (volume), um de chumbo e outro de alumnio, sobre os pratos de uma balana. (Figura sem escala. Cores fantasia.).
1.12
Densidade
Um quilograma de chumbo tem a mesma mas-
sa que um quilograma de alumnio. Mas em que as-
pectos esses dois materiais so diferentes?
Para comparar massas, usa-se a balana. Ento
imagine a seguinte situao: coloca-se em um dos
pratos de uma balana um cubo de chumbo e, no ou-
tro prato, um cubo de alumnio, de mesmo tamanho
(volume) do cubo de chumbo. Veja a figura 1.11.
O prato que contm o chumbo fica mais baixo.
Isso acontece porque determinado volume de chumbo tem mais massa que esse
mesmo volume de alumnio. Dizemos que o chumbo mais denso do que o alumnio,
ou seja, tem maior quantidade de massa em um mesmo volume.
Portanto a densidade uma relao entre a massa e o volume de um corpo.
Desse modo, para obter a densidade de uma substncia, divide-se a massa pelo seu
volume. A massa contida em 1 cm3 de chumbo 11,3 g. Ento, a densidade do chum-
bo de 11,3 g/cm3. A massa de 1 cm3 de alumnio de 2,70 g. Ento, a densidade do
alumnio de 2,70 g/cm3.
A densidade pode ser calculada pela frmula: d = mv
.
Na frmula, d representa a densidade; m, a massa; e v, o volume. A densidade
pode ser expressa em g/mL, kg/m3 ou g/cm3.
Veja se voc compreendeu a explicao ao examinar mais este exemplo: se pu-
sermos em um dos pratos da balana um recipiente de vidro com gua e, no outro, um
recipiente igual com a mesma quantidade de leo de soja, a balana vai ficar inclinada
para o lado da gua. Observe a figura 1.12.
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leo de soja
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Isso acontece porque a massa de 1 litro de leo de soja de 0,8 quilograma, e a
massa de 1 litro de gua de 1 quilograma. Ento, a densidade do leo de soja de
0,8 kg/L, e a densidade da gua de 1 kg/L. Portanto, a gua mais densa do que o
leo de soja.
No Sistema
Internacional de
Unidades, a unidade de
densidade o
quilograma por metro
cbico (kg/m3).
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A densidade de uma substncia pode sofrer alterao com a variao da presso
e da temperatura, porm no se altera com a variao da massa da substncia. Quan-
do as condies de temperatura e presso no forem especificadas, considera-se uma
presso de 1 atm e uma temperatura de 25 oC.
Observe na tabela abaixo trs medidas feitas com trs quantidades diferentes de
gua (a 25 oC e 1 atm de presso):
Massa de gua Volume Densidade
1 g 1 cm3 1 g/cm3
5 g 5 cm3 1 g/cm3
20 g 20 cm3 1 g/cm3
Veja que a densidade da gua no se altera, mesmo para diferentes quantidades,
mesma temperatura e presso. Por isso, a densidade uma das propriedades usadas
para identificar as substncias qumicas. Alis, essa uma diferena entre propriedades
especficas e propriedades gerais da matria, pois as propriedades gerais, como a
massa e o volume, dependem da quantidade de matria analisada.
Agora voc j pode responder a uma pegadinha: o que pesa mais: um quilo-
grama de chumbo ou um quilograma de algodo?
Algumas pessoas respondem que o chumbo, porque pensam logo que ele
mais pesado que o algodo. No entanto, na pergunta est sendo dito que se trata da
mesma massa de chumbo e de algodo (1 kg). Logo, as duas quantidades indicadas
tm o mesmo peso. O que acontece que o chumbo mais denso que o algodo, por
isso 1 kg de algodo ter um volume muito maior do que 1 kg de chumbo.
A densidade tambm tem relao com a flutuao dos corpos. O gelo e o leo
de soja, por exemplo, flutuam na gua lquida porque so menos densos que ela
(veja a figura 1.14). O mesmo ocorre com uma rolha de cortia e uma bolinha de
isopor. Portanto, o conhecimento da densidade permite prever qual substncia vai
flutuar quando se pem em contato substncias que no se misturam.
Para que um corpo flutue so-
bre o outro, necessrio que eles
no se misturem. O lcool, por
exemplo, menos denso que a
gua, mas se mistura com ela e for-
ma um lquido homogneo (uma
mistura), no qual no possvel dis-
tinguir o lcool da gua, nem a olho
nu nem com microscpios. Os dife-
rentes tipos de misturas sero es-
tudados no Captulo 5.
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1.14 O gelo e o leo flutuam
na gua porque so menos
densos que ela.
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Esta uma pergunta feita em linguagem
cotidiana. comum, por exemplo, algum falar:
Estou pesando 50 quilos, mas o
quilograma uma unidade de massa, e no de peso. O que a pessoa
est querendo dizer que ela tem
50 quilogramas de massa. No Captulo 10,
voc vai aprender a diferena entre peso e
massa.
1.13
20 Captulo 1 Propriedades da matria
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Agora voc j deve ter compreendido como possvel identificar substncias que
podem ser bem parecidas: preciso analisar suas propriedades especficas. Elas per-
mitem distinguir uma substncia pura de outra. Observe na tabela abaixo algumas
propriedades especficas (ponto de fuso e de ebulio a 1 atm de presso; densidade
a 25 oC) de alguns materiais (o cido actico um componente do vinagre; o lcool
comum tambm chamado de lcool etlico ou etanol).
Materiais Ponto de fuso (oC) Ponto de ebulio (oC) Densidade (g/cm3)
gua 0 100 1,0
lcool comum 114 78,5 0,8
cido actico 16 118 1,049
Ouro 1 064 2 807 19,32
O ponto de fuso ou ebulio muda quando se misturam duas substncias.
O ponto de ebulio da gua, por exemplo, aumenta quando se acrescenta a ela um
pouco de sal. Por isso, essas propriedades especficas servem para identificar uma
substncia e saber se ela pura.
Para saber mais
Fenmenos fsicos e qumicos
No cotidiano, o termo fenmeno indica algo espantoso, espetacular. Mas em cincia esse termo usado
para qualquer mudana ou acontecimento, como um papel sendo queimado ou um papel sendo rasgado.
Os fenmenos qumicos alteram a natureza da matria e, consequentemente, suas propriedades especficas.
Nesse processo as substncias, antes da transformao, so diferentes das substncias aps a transformao.
o caso do papel (feito de celulose), que se transformou em fuligem (carbono) e em alguns gases (por exemplo,
o gs carbnico) depois de queimado.
Algumas vezes possvel confirmar se ocorreram transformaes qumicas por meio de alguns sinais,
como a mudana de cor e de odor; a liberao de gases e de calor; a efervescncia ou a formao de slidos. Esses
sinais podem ser chamados evidncias de transformaes qumicas.
J no caso do papel sendo rasgado ou das mudanas de estado da gua, ocorre um fenmeno fsico: nem as
substncias presentes no papel nem as presentes na gua se transformam em novas substncias. Portanto, os
fenmenos fsicos no alteram a natureza das substncias.
Mundo virtual
Super Microscpio Virtual
Objeto Educacional Digital que trata da estrutura atmica e da organizao atmica nos diferentes estados da matria.
A balana de Lavoisier
Matria que apresenta como a balana contribuiu para as descobertas de Lavoisier.
Acesso em: 5 abr. 2015.
1.15
Reproduo/
21Unidade 1 Qumica: a constituio da matria
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Atividades
1. Copie no caderno as frases da coluna da direita do quadro a seguir e associe a elas os termos corres-
pondentes da coluna da esquerda.
1.16
1. Massaa) Dois corpos no podem
ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.
2. Extensob) Possibilidade de diviso
em partes menores.
3. Impenetrabilidadec) Medida da inrcia e da
quantidade de matria.
4. Compressibilidaded) Diminuico do volume sob
a ao de uma fora.
5. Elasticidadee) Retorno ao volume e
forma inicial quando cessa a compresso.
6. Divisibilidadef) A matria ocupa lugar no
espao.
2. Responda, no caderno, ao que se pede abaixo:
a ) Um metro de tecido contm quantos centmetros?
b ) Quantos litros de gua cabem num reservat-
rio de um metro cbico?
c ) Um grama equivale a quantos quilogramas?
d ) Transforme 200 miligramas (mg) em grama (g).
e ) Transforme 5 toneladas (t) em quilograma (kg).
f ) 3 litros (L) equivale a quantos centmetros c-
bicos (cm3)?
g ) Uma garrafa contm 500 mililitros (mL) de re-
frigerante. Quanto vale esse volume em cent-
metros cbicos (cm3)? E em litros (L)?
h ) Converta 5,5 centmetros (cm) em metros (m).
3. No caderno, escreva quais das propriedades abai-xo esto relacionadas aos estados fsicos: slido,
lquido e gasoso. (Uma propriedade pode estar
associada a mais de um estado fsico.)
a ) Muito compressvel.
b ) Possui volume definido e assume a forma do
recipiente que o contm.
c ) Possui forma e volume definidos.
d ) Assume a forma e o volume do recipiente que
o contm.
e ) Partculas vibram em torno de posies fixas.
f ) H uma grande fora de atrao entre as par-
tculas.
4. Neste captulo voc conheceu os termos: mat-ria, corpo, objeto e energia. Ento, no cader-
no, relacione cada item abaixo com um desses
termos:
a ) caco de vidro;
b ) vidro;
c ) garrafa;
d ) mesa de madeira;
e ) tronco de madeira;
f ) calor;
g ) ferro;
h ) tijolo;
i ) ar.
5. O esquema 1.17 a seguir indica os tipos de mudan-as de estado.
1
4
2
3
Estado slido
Estado lquido
Estado gasoso
1.17
Organize suas ideiasA atividade Trabalhando as ideias do captulo ajuda voc a revisar o que aprendeu. Alm disso, voc pode usar
essa atividade como um roteiro, elaborando um resumo do captulo. Mas no vale s copiar as respostas! Tente re-
digir de fato o roteiro, dando-lhe organizao um comeo, um desenvolvimento e um final , alm de coerncia e
objetividade. importante tambm prestar ateno ao vocabulrio e ortografia.
Trabalhando as ideias do captulo
22 Captulo 1 Propriedades da matria
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a ) No caderno, identifique as mudanas indicadas
pelos nmeros.
b ) Que mudana de estado no est representa-
da no esquema?
c ) Em que passagens h ganho de energia na for-
ma de calor pelas substncias que mudam de
estado?
6. No caderno, indique as afirmativas corretas.
a ) No estado slido, as partculas (tomos e mo-
lculas) no se movimentam.
b ) Os alimentos cozinham mais rapidamente na
panela de presso do que na panela aberta.
c ) Quanto maior a altitude, maior o ponto de
ebulio.
d ) Na panela de presso, o ponto de ebulio da
gua maior do que na panela aberta.
e ) Durante a fuso do gelo, a temperatura da gua
permanece constante.
f ) Os lquidos possuem maior compressibilidade
do que os gases.
g ) O metro cbico uma unidade de volume e
equivale a mil litros.
h ) Uma mesma quantidade de gua deve levar
menos tempo para ferver na cidade de La Paz,
a 3 600 m de altitude, do que em cidades ao
nvel do mar.
i ) No ar h vapor de gua, que gua no estado
lquido.
7. O gelo-seco o gs carbnico no estado slido.
Ele usado em extintores e em shows para dar os
efeitos de neblina. Que mudana de estado sofre
o gelo-seco?
8. No caderno, indique as afirmativas verdadeiras.
a ) As propriedades gerais da matria permitem
distinguir uma substncia de outra.
b ) A densidade uma propriedade que permite
distinguir uma substncia de outra.
c ) O ponto de fuso uma propriedade especfi-
ca da matria.
d ) O diamante muito duro, por isso no pode ser
quebrado por outro material.
e ) Uma poro de chumbo com 10 kg de massa
mais densa do que outra com 3 kg de massa.
f ) Quanto maior for a resistncia de um material
ao ser riscado, mais duro ele ser.
g ) Uma barra de ferro mais densa do que um
prego de ferro.
9. Qual a densidade de um corpo com 6 kg de mas-
sa e volume de 0,5 L?
10. O que tem maior densidade: 1 g de gua ou 10 kg
de gua, ambos mesma temperatura e presso?
Uma barra de ouro puro ou um anel de ouro puro?
Justifique sua resposta.
11. Sabendo que a densidade do metal chumbo de
11,3 g/cm3 e a do material conhecido como isopor
de 0,4 g/cm3, diga o que deve ocupar maior vo-
lume: 10 g de chumbo ou 10 g de isopor? Justifique
sua resposta.
12. O lcool comum tem densidade igual a 0,8 g/cm3
e a gua, igual a 1,0 g/cm3. O que tem maior mas-
sa: 1 L de lcool ou 1 L de gua? E o que tem maior
volume: 1 kg de lcool ou 1 kg de gua?
13. A densidade do mercrio de 13,6 kg/L e a do
lcool de 0,8 kg/L. O que tem maior massa: 1 L
de mercrio ou 10 L de lcool? Efetue os clculos
para responder.
14. Uma pessoa afirma que o chumbo mais pesado
que o ferro. O que ela deve dizer para expressar
corretamente seu pensamento?
15. As balanas da figura 1.18 indicam a massa em
gramas de 100 cm3 de chumbo e de 100 cm3 de
ouro. Qual das duas substncias mais densa?
Calcule a densidade de cada uma delas.
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Mexa-se!
1. Faa uma pesquisa (em livros, CD-ROMs, na in-ternet, etc.) para explicar como funciona o pro-
cesso de liofilizao e quais so as aplicaes
desse processo.
2. Voc conheceu neste captulo vrias unidades de medida do Sistema Internacional. Apesar disso,
no comrcio ainda se encontram tintas vendidas
em latas de um galo, barras de ferro e tubula-
es comercializadas em polegadas e telas de
TV e monitores tambm indicados em polega-
das. E, entre outras medidas usadas na Inglater-
ra e nos Estados Unidos, h o p, a libra, a milha
terrestre, a milha nutica ou milha martima, a
jarda e a ona lquida.
Pesquise quanto valem essas medidas em unida-des do Sistema Internacional.
3. Pesquise quais substncias sofrem processo de su-blimao e alguma aplicao prtica do fenmeno.
4. Qual a massa e o volume aproximados do pla-neta Terra? Calcule sua densidade mdia.
5. As pesquisas cientficas no campo da Fsica e da Qumica podem ser usadas para melhorar as
condies de vida dos seres humanos. Porm,
se forem mal empregadas, podem provocar
malefcios.
Pesquise alguns exemplos nos quais a aplicao dos conhecimentos adquiridos pela Fsica ou
pela Qumica melhoraram as condies de vida
da humanidade e alguns exemplos nos quais
essas aplicaes foram utilizadas de maneira
inadequada e causaram danos s pessoas e ao
meio ambiente.
16. A densidade do ferro 7,86 g/cm3. Qual a mas-sa de 100 cm3 de ferro?
17. O que tem maior volume: 1 kg de chumbo (densida-de = 11,3 g/cm3) ou 1 kg de alumnio (densidade =
= 2,7 g/cm3)?
Efetue os clculos e responda.
18. Sabendo que a densidade da gua de 1,0 g/cm3, a do gelo de 0,9 g/cm3, a do lcool comum de
0,8 g/cm3 e a do mercrio de 13,6 g/cm3, res-
ponda no caderno:
a ) O gelo e o mercrio afundam ou flutuam na
gua? Justifique sua resposta.
b ) O gelo e o mercrio afundam ou flutuam no
lcool? Justifique sua resposta.
c ) O que tem maior massa: 10 cm3 de mercrio ou
10 cm3 de gelo? Por qu?
19. Uma pulseira foi feita com um bloco de prata de densidade 10,5 g/mL e ponto de fuso
960 oC. A densidade e o ponto de fuso do
material da pulseira no mudaram. Trata-se
de um fenmeno fsico ou qumico? Justifique
sua resposta
20. Por que, quando se entra em uma banheira com gua, o nvel desse lquido sobe? Como se chama
a propriedade que explica esse fenmeno?
21. Na cidade do Rio de Janeiro, um alimento cozinha mais rpido ou mais devagar que em La Paz, capi-
tal da Bolvia? Por qu?
22. Qual a diferena entre evaporao e ebulio?
23. Explique por que, num dia frio, as janelas de vidro podem ficar embaadas do lado de dentro.
24. Um estudante fez a seguinte afirmao: Enquan-to o gelo derretia, sua temperatura subiu de 0 oC
5 oC. Voc acha que a afirmao do estudante
est correta? Justifique sua resposta.
25. Por que as propriedades especficas da matria so importantes para o cientista?
26. O leite uma mistura de gua, protenas, lactose, gorduras, vitaminas, sais minerais e outras subs-
tncias orgnicas. A densidade do leite de
1,03 g/cm3 e a da gua de 1,00 g/m3. Como se
pode comprovar que o leite tenha sido adulterado
pela adio de gua?
24 Captulo 1 Propriedades da matria
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Pense um pouco mais
1. Um fio de cabelo pode ter cerca de um dcimo de milmetro de espessura. Ento, quantos tomos,
cada um com 0,1 nanmetro de dimetro, cabem
enfileirados na espessura desse fio? Um nanme-
tro (nm) a milionsima parte do milmetro.
2. A que propriedade geral da matria se refere cada afirmativa a seguir?
a ) Pedro estava com 100 kg. Seguindo uma dieta
mais saudvel, est hoje com 80 kg.
b ) Minha me bebeu 2 litros de gua hoje.
c ) A gua, as estrelas, as rvores, as nuvens, as
plantas, os animais: tudo feito de partculas
extraordinariamente pequenas.
d ) Em um copo cheio de gua at a borda, foi mer-
gulhada uma pedra e um pouco de gua trans-
bordou.
3. Ao cozinhar alimentos, como carne ou legumes, as pessoas costumam diminuir a intensidade da
chama do fogo assim que a gua comea a ferver.
Ser que desse modo a comida demora mais para
ficar pronta? Qual a vantagem desse procedi-
mento?
4. O grfico abaixo mostra a mudana de estado de uma massa de gua em funo da quantidade de
calor.
1.19
20
100
0
1
2
3
4 5
temperatura (C)
calor
KLN
Art
es G
rfi
cas/A
rqu
ivo
da e
dit
ora
Agora, responda no caderno: a ) Qual o estado fsico da gua nos trechos 1, 3
e 5 do grfico?
b ) Que mudana de estado est ocorrendo no
trecho 2? E no trecho 4?
c ) No trecho 2 e no trecho 4 a temperatura est
variando?
d ) O que os nmeros 0 e 100 no grfico indicam?
5. Se voc soltar o ar da sua expirao sobre a su-perfcie de um espelho, ele ficar embaado. Sa-
bendo que eliminamos vapor de gua dos pul-
mes, explique por que o espelho embaa.
6. Indique no caderno a afirmativa errada.
Ao nvel do mar, a gua ferve a 100 oC. Ento, em uma cidade que est a 1 400 m acima do nvel do
mar, observa-se que:
a ) a gua ferve acima de 100 oC.
b ) a gua ferve mais rpido.
c ) a comida geralmente demora mais tempo para
cozinhar.
d ) em uma panela de presso a gua pode ferver
acima de 100 oC.
7. Durante os ltimos trinta anos, a camada de gelo no rtico vem diminuindo 8% por ano durante
o vero. Em 2005, ela j era 20% menor que em
1979. O gelo do rtico poder desaparecer no
vero na segunda metade deste sculo, como
consequncia do aumento da temperatura m-
dia do planeta, que se deve, principalmente,
emisso de gs carbnico (aquecimento glo-
bal). Que mudana de estado foi descrita nes-
se texto?
8. Releia o boxe Fenmenos fsicos e qumicos, na pgina 21, e depois escreva no caderno em quais
das situaes abaixo esto ocorrendo fenmenos
qumicos.
a ) Fuso do ferro.
b ) Combusto da gasolina no carro.
c ) Transformao das molculas do alimento em
molculas menores.
d ) Queda de um objeto no cho.
e ) Amassamento de uma latinha de refrigerante
ou suco.
f ) Vinho azedando porque uma parte do lcool se
transformou em vinagre.
g ) Evaporao da gua.
h ) Queima de papel.Livro
para
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25Unidade 1 Qumica: a constituio da matria
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9. O professor perguntou aos alunos por que, quan-do se tira da geladeira uma garrafa d