Telessaúde Informa dezembro

12
Novo serviço: Segunda Opinião on-line tira dúvidas clínicas em tempo real página 03 Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC telessaude.sc.gov.br [email protected] Novembro de 2012 página 04 Reportagem Fotográfica: Promoção e prevenção de saúde com algumas PICs DCNTs, o problema de Saúde Pública que mais mata no Brasil página 06

description

O Telessaúde SC publica o último informativo de 2012! Nele, você confere 2ª edição da reportagem sobre a APS no mundo, que trata do sistema de saúde de Portugal. Em outras sessões você conhece um pouco mais sobre o sistema de saúde cubano, aprende sobre o Programa Brasil Sorridente e sobre a Biodanza, além de conferir as dicas e os destaques de participação do ano.

Transcript of Telessaúde Informa dezembro

Page 1: Telessaúde Informa dezembro

Novo serviço: Segunda Opinião on-line tira dúvidas

clínicas em tempo real

página 03

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

página 04

Reportagem Fotográfica: Promoção e prevenção de saúde com algumas PICs

DCNTs, o problema de Saúde Pública que mais

mata no Brasil

página 06

Page 2: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

2

Um estudo publicado pela ONU em outubro deste ano alertou os governos de países desenvolvidos: é preciso maior preparação e atenção para o envelhecimento. Segundo o es-tudo, em 2050 será mais comum ver pessoas com idade superior a 60 anos do que inferior a 15. Com essa informação somada à expectativa de que cerca de 80% dos idosos viverão em países em desenvolvimento, como o Bra-sil, o Ministério da Saúde, não por acaso, criou em novembro de 2011 o programa Melhor em Casa.

Ele não atende exclusivamen-te idosos. Além deles, o progra-ma foi desenvolvido para aten-der pessoas com necessidade de reabilitação motora, pacientes crônicos sem agravamento ou

em situação pós-cirúrgica, mas de acordo com dados oficiais do MS, 64,4% de seus pacientes que se encaixam neste perfil são tam-bém da chamada terceira idade.

A ideia, segundo consta no Portal da Saúde, é ajudar a redu-zir as filas nos hospitais de emer-gência e melhorar a recupera-ção do paciente, por ele poder

ser atendido próximo à família. Para isso, já foram capacitadas 400 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e 167 Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP) em 20 estados,

alcançando 107 municípios. Des-te total, 132 EMA-Ds e 58 EMAPs já estão atendendo a população em 60 municípios de 17 estados.

O exemplo de São José

O programa do Ministério da Saú-de pode ter sido criado há apenas um ano, mas em São José, SC, no

Hospital Regional, uma iniciativa semelhante já acontece desde 1992, embora de maneira infor-mal.

O Programa de Assistência Domiciliar Interdisciplinar, PADI na sigla, foi reestruturado em 2008, para se adaptar às regras do SUS e, mesmo assim, com uma nova visão de assistência domiciliar baseada na interdisci-plinaridade.

O programa inclui procedi-mentos como aplicação de me-dicamentos parenterais e supor-te de oxigênio e os pacientes inseridos no programa, além de receberem a visita de médicos, enfermeiros e assistentes sociais em casa, são monitorados por telefone semanalmente. O tra-tamento pode variar de quatro meses a dois anos.

Melhor em Casa comemora primeiro anoCriado em novembro de 2011, o programa já está presente em mais de 100 municípios

É preciso mais preparo no

atendimento a idosos

Font

e: M

S / D

AB

Page 3: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

3

Izauria Zardo, enfermeira e coordenadora do serviço, explica melhor como funciona

TI - O Núcleo de Telessaúde SC está lançando um novo serviço no estado. O que seria e como ele surgiu? Izauria Zardo - É o serviço de Se-gunda Opinião on-line, Um ser-viço que prestará consultoria clí-nica a distância para as equipes de Saúde da Família, em tempo real, através da rede de internet. O serviço foi pensado a partir da Portaria nº 2.546, 27 de outubro de 2011 do MS, que rege o Pro-grama Nacional Telessaúde Bra-sil Redes, na qual está posto que um dos serviços a ser oferecido pelos Núcleo de Telessaúde para as equipes é a teleconsultoria “com o fim de esclarecer dúvidas sobre procedimentos clínicos”. TI - Qual o principal objetivo desse novo serviço?Izauria Zardo - A ideia é au-mentar a capacidade resolutiva da Atenção Básica, qualificando os atendimentos realizados nas UBS e evitar, sempre que possí-vel, encaminhamentos desne-cessários para o nível secundá-rio de atenção à saúde. Assim, também promovemos a troca de

experiências entre teleconsulto-res e profissionais da Estratégia de Saúde da Família, e abrimos a possibilidade para realizarmos no futuro o matriciamento a dis-tância entre o nível primário e se-cundário de cuidados em saúde.

TI - E como ele funciona?Izauria Zardo - A princípio, ele será disponibilizado em forma de chat. Uma teleconsultora, médica de família e comunida-de com experiência em Atenção Básica, atenderá em tempo real, por 10 horas semanais distribuí-das de segunda a sexta-feira. Os dias e horários disponíveis se-rão expostos na área externa do portal Telessaúde (telessaude.sc.gov.br). Cada atendimento realizado será individual e registrado em fichas digitais apropriadas, que ficarão armazenadas em banco de da-

dos seguro.TI - Esse novo serviço foi feito pensando em atender qual pú-blico, especificamente? Izauria Zardo - Inicialmente mé-dicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família de SC. Isso porque entendemos serem estes os profissionais que lidam mais diretamente com questões clíni-cas que podem resultar em enca-minhamentos evitáveis. São nes-sas consultas que podem surgir dúvidas e inseguranças em rela-ção à melhor conduta para cada caso. E é neste momento que o serviço entra em cena, represen-tando uma possibilidade de auxí-lio, de troca de informações. Uma segunda opinião mesmo, obtida a distância e de forma imediata.TI - E o serviço já existente de Segunda Opinião Formativa, continuará funcionando? Qual é a principal diferença entre os dois serviços?Izauria Zardo - A princípio, ele continuará funcionando nor-malmente, sim. A principal di-ferença entre os dois serviços é que um atenderá em tempo real, enquanto o outro enviará as res-postas em até 72h úteis. Mas os dois estarão integrados, de for-ma que os casos discutidos em tempo real que necessitarem de maior embasamento teórico para resolução, poderão ser di-retamente enviados à Segunda Opinião Formativa assíncrona pelo teleconsultor, para pesquisa baseada em evidências e respos-ta em até 72h úteis.

Telessaúde SC disponibiliza novo serviçoA Segunda Opinião on-line permitirá que profissionais tirem dúvidas clínicas em tempo real e diminuam os encaminhamentos desnecessários

“É uma possibilidade de auxílio, uma troca

de informações”

Page 4: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

4

Ações Integradas em saúde com PICs

As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) têm caráter multiprofissional e contem-plam recursos terapêuticos. São uma alterna-

tiva para prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de técnicas eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser hu-mano com o meio e a sociedade. A adoção das PICs na APS não se configura como um novo serviço, mas sim como um novo recurso terapêutico a ser desen-volvido pelos profissionais de saúde que atuam na Estratégia de Saúde da Família. As PICs fortalecem a abordagem integral à saúde em confronto com o modelo biomédico, ressaltando que a saúde vai além da ausência de doença e das verdades científicas.

Page 5: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

5

Reportagem fotográficaFotos: Thaine MachadoTexto: Gisele Damian Links úteisCS Rio Tavares: http://www.sau-deriotavares.blogspot.com.brCPIC-PMF: http://www.picflo-ripa.blogspot.com.br/Portal DAB: http://dab.saude.gov.br/cgat/index_pnpic.php

O Centro de Saúde Rio Tavares, de Florianópolis, mos-tra que as PICs fazem parte do dia-a-dia dos atendi-mentos individuais e de grupos. O CS conta com pro-fissionais de saúde capacitados para atuar em:Acupuntura: usa agulhas em pontos definidos do corpo que se distribuem sobre linhas chamadas meridianos.Fitoterapia: utiliza plantas medicinais para trata-mento de agravos.Aromoterapia: inalação de óleos essenciais.Hipnoterapia: uso de técnicas hipnóticas para dife-rentes tratamentos de saúde.Argiloterapia: banhos, cataplasmas, compressas de argilas de variadas cores e diferentes composições.Auricultura: reflexoterapia concentrada na orelha.

Page 6: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

6

O principal problema de saúde no Brasil e no mundo, as DCNTs chegam a matar 72% dos seus pacientes. Mas como mantê-las sob controle e diminuir tais índices, utilizando a prevenção e promoção de saúde, principal arma sugerida pelo MS?

Doenças crônicas não transmissíveis

Um dos maiores desafios para a Saúde Pública na-cional, as Doenças Crôni-

cas Não Transmissíveis (DCNT) representaram, só no ano de 2009, segundo o último levan-tamento disponível, quase 73% das mortes registradas no país - o que as consolidaram, segundo o MS, como o maior problema de saúde do Brasil. Um estudo reali-zado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, também com dados relativos a 2009, foi mais a fundo nas estatísticas e comprovou que dentre as DCNT, foram as doen-ças cardiovasculares as respon-sáveis pelo maior número de óbi-tos (31,3%), seguido pelo câncer

(16,2%), pelas doenças respira-tórias (5,8%) e, por fim, pela dia-betes (5,2%). Juntas, essas quatro doenças ultrapassaram os 80% do total de mortes por Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

Para diminuir essa proporção, o MS desenvolveu um Plano de

Ações Estratégicas para o Enfren-tamento das DCNT. Com ações e metas previstas para os próxi-mos 10 anos, o documento visa

ajudar a saúde do país a diminuir em até 2% o número de mortes consideradas prematuras (abaixo de 70 anos) decorrentes destas doenças. Para isso, um dos princi-pais objetivos é reduzir drastica-mente a presença dos principais fatores de risco como a obesida-de, o tabagismo e o consumo médio de sal.

No livro “O cuidado das con-dições crônicas na Saúde Básica de Família”, o autor Eugênio Vila-ça Mendes alerta para a impor-tância de um Sistema Único de Saúde que atue na prevenção de tais doenças: “Quebrar o paradig-ma do atendimento ao episódio agudo, da cura para o cuidado

“É preciso cuidar das pessoas e não só de doentes e doenças”

Page 7: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

7

contínuo às condições crônicas, da atenção à saú-de com o envolvimento do cidadão e da socieda-de, é, sem dúvida, um grande desafio. Um sistema de saúde precisa cuidar das pessoas para que elas não adoeçam e não apenas cuidar de doentes e de doenças”, ressalta já na introdução.

Prevenindo na práticaNa cidade de Imbituba há um bem sucedido

exemplo de grupo de atenção às DCNT. Apesar de relativamente novo (ele existe há apenas três me-ses), o grupo intitulado NASF em Movimento segue à risca as instruções do Plano de Ações. Duas ve-zes por semana, Thaís G. Mendes, educadora física, e Luiz H. Michels, nutricionista, atendem idosos e portadores de alguma patologia. A ideia é repassar orientações nutricionais e prevenir atitudes seden-tárias. Segundo os profissionais, cerca de 30 pesso-as participam dos encontros.

Em uma praça pública, localizada em frente à Unidade de Saúde da Família local, os profissio-nais orientam exercícios físicos, com alongamen-tos e caminhadas - ou movimentos coordenados, em dias de chuva. Antes e depois das atividades, os participantes hipertensos, por precisarem de atenção especial, vão até a E.S.F. e verificam a pres-são arterial. Além disso, uma vez por mês é feito também um acompanhamento individual com nutricionista, focando na reeducação alimentar, na retirada de dúvidas sobre assuntos diversos rela-cionados à nutrição”, explicam os profissionais.

Os resultados são percebidos através dos depoi-mentos dos próprios participantes e da evolução que os próprios profissonais notam: “entre os pa-cientes, os depoimentos mais comuns são deles dizendo que não sentem mais dores no corpo, ge-ralmente causadas pelo sedentarismo, e que nota-ram que conseguem se mexer melhor”, relatam os profissionais.

Link interessantePlano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cartilha_plano.pdf

Homens X Mulheres

O Brasil tem passado por processos de tran-sição demográfica, epidemiológica e nutricio-nal desde a década de 60, o que pode explicar a relativa queda das estatísticas: entre 1991 e 2009, houve uma diminuição de 26% na taxa de mortalidade por DCNT – o que equivale a uma redução média de 1,4% ao ano. Além dis-so, um estudo realizado no Instituto do Cora-ção do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP mostra que apesar da queda da mortalidade, o número de internações tem aumentado nos últimos 24 anos. Na década de 1980 tinha uma média de 856/ano, atualmente está por volta de 1.106/ano.

Entretanto, longe da situação ideal, a situa-ção ainda é preocupante, principalmente se le-varmos em consideração as diferenças entre os sexos. Um dos dados disponibilizados no Plano de Ações do MS avalia os Anos Potenciais de Vida Perdidos em ambos os sexos, consideran-do-se a expectativa de vida padrão de 70 anos. Os homens apresentaram os maiores índices em quase todas as doenças. No caso da cardio-patia isquêmica, o dado chegou a dobrar em relação ao das mulheres. Apenas o câncer co-lorretal mostrou um índice superior entre elas.

Exercícios na praça, orientados pelo grupo NASF em Movimento

Page 8: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

8

O projeto Saúde Brasil 2030 reuniu em um livro os temas mais relevantes para traçar os horizontes futuros do sistema de prestação de cui-dados à saúde no

Brasil. O ano de referência para colocar tudo isso em prática, é claro, é 2030.

A obra está dividida em seis partes: Desen-volvimento, Estado e Políticas de Saúde; Po-pulação e Perfil Sanitário; Organização e Ges-tão do Sistema de Saúde; Força de Trabalho em Saúde; Estrutura do Financiamento e do Gasto Setorial; e Desenvolvimento Produtivo e Complexo da Saúde.

Para fazer o dowload gratuito e autoriza-do do livro, basta acessar o site da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comuni-dade - http://migre.me/b4PvX .

O 1º Congresso La-tinoamericano e do Caribe sobre Saúde Global aconteceu no México, em 2010. A segunda edição, pro-gramada para os dias

9, 10 e 11 de janeiro de 2013 será em Santiago, no Chile. Entre os temas tratados, o principal objetivo do evento é comparar conhecimen-tos e fortalecer alianças para a educação e de-fesa da saúde global. O quê? 2º Congresso Latinoamericano e cari-benho sobre Saúde Global.Quando? 19, 10 e 11 de janeiro de 2013Onde? Santiago, Chile.Mais informações: http://www.congresosa-ludglobal.uchile.cl/

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Agosto de 2012

Film

es

Recém formado e ainda desemprego, o jovem advogado Rudy Baylor conhece um dos casais que o contrata, trazendo a ele um caso que lhe daria fama nacional: Donnny Ray Black, filho do casal, sofre de leucemia. Embora na época já existisse tratamento, a companhia de seguro de saúde contratada pela família insiste em negá-lo repetidamente, de maneira ilegal. A história é originalmente contada no livro de mesmo nome, escrito em por Josh Grisham.

Eventos

Liv

ros

O homem que fazia chover (1997)

Baseado em fatos reais, o longa conta a histó-ria de um milionário que, devido a um acidente em um voo de parapente, ficou paraplégico. Mal humorado e difícil de lidar, Phillipe tem dificulda-des em achar alguém que permaneça contrata-do como seu “cuidador” até que conhece um dia Driss, um jovem negro e recém saído da prisão. Sua decisão de contratá-lo e sua amizade vão contra as opiniões da família e tratam, de manei-ra cômica, de tabus sociais como o preconceito.

Intocáveis (2012)

8

Novembro de 2012

Page 9: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

9

Parceria entre Telessaúde SC e ACMFCO núcleo de Telessaúde de San-

ta Catarina reuniu-se, no último dia 27, com a Associação Catarinense de Família e Comunidade (ACMFC) a fim de firmar uma parceria. Pre-sentes na reunião estavam o Coor-denador do núcleo, Luiz Cutolo, o teleconsultor Igor Tavares da Silva Chaves e a médica de família e co-munidade Marcela Dohms, presi-dente da Associação.

“O objetivo era estreitar a relação e dar mais um passo na tentativa de vincular todos os tipos de Atenção Básica ao Telessaúde”, explica Cuto-lo. “Para a Associação, em contra-partida, o maior interesse é melho-rar a qualidade dos atendimentos dos médicos da APS e divulgar, é claro, essa especialidade”, completa Dohms.

Com a nova parceria, a Associa-ção assume a responsabilidade de realizar de um a dois workshops por mês, investindo tempo e dispo-sição na educação permanente e na melhoria da resolubilidade dos

atendimentos. Um cronograma mínimo deve ser estabelecido em breve. Em contra-partida, o Telessaúde deverá ceder links do seu acervo no portal da ACMFC e uma cer-tificação para todos os profissionais que participarem de web-conferências.

Parcerias interinsti-tucionais

Essa política, de no-vas parcerias firmadas com diferentes asso-ciações e órgãos vem acontecendo desde agosto de 2011, quando Cutolo as-sumiu a coordenação do núcleo em Santa Catarina. Além da ACMFC, o Telessaúde também é parceiro do UNASUS e do programa de Resi-dência Multiprofissional e de médi-cos de família.

“Esta linha de conduta nos ajuda até mesmo em questão de recur-sos. Temos recursos limitados, mas prezamos pela qualidade dos servi-ços. Com essas parcerias, a chance de mantê-los alto é maior”, comen-ta Cutolo.

“Qual o diagnóstico e tratamento do SUS?”, disponível no link http://migre.me/bAxzE

As estrelas de participação do mês de outubro vão para as cida-des de Imbituba, do Sul do Estado; Irani, no Extremo Oeste; Luiz Alves, na macrorregião do Vale do Itajaí e Vargem Bonita, no Meio-oeste.

Selecionados pela frequência e qualidade de suas participações em nossos serviços, estes municí-pios merecem, além do destaque, o nosso sincero agradecimento.

São atitudes como estas que nos fazem crescer cada vez mais unidos e confiantes, porque as maiores conquistas são alcançadas com os maiores esforços. Parabéns!

Destaques

Page 10: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

10

Agentes da Alegria: As ESF de Urussanga receberam o apoio da teleconsultora Gisele para orga-nizar as matrizes de intervenção para organização do processo de trabalho. O planejamento de ações, as reuniões de equipe e o apoio institucional dos gestores da SMS de Urussanga concretiza-ram a ideia de desenvolver ativi-dade educativa a partir da música, do teatro e do sorriso, associados à figura do “doutor-palhaço”, que ficou conhecido no município como o Agente da Alegria. A mu-sicoterapia, o teatro, a expressão corporal e o bom humor foram ferramentes facilitadoras para fortalecer a interação e o vínculo entre equipe e comunidade. As atividades − organizadas pelas ACS, selecionadas e apoiadas pe-las enfermeiras das ESF − inicia-ram no dia 10 de abril, no evento do Dia Mundial da Saúde. Hoje, são desenvolvidas nas escolas e nos hospitais e contam com a participação das enfermeiras, do médico, do odontólogo, da far-macêutica e do administrativo.

Grupo de tratamento a fu-mantes: após um diagnóstico do território, a equipe De Villa traçou estratégias para diminuir a prevalência de tabagismo e doenças crônicas. No primeiro contato, todos os participantes foram motivados a participar do grupo e receberam orientações gerais sobre como ele funcio-nava. As atividades começaram no dia 26 de Julho com a enfer-meira, o médico e a equipe de ACSs que apoiaram repassando informações sobre tabagismo. A princípio, eram sessões sema-nais e, mais tarde, passaram a ser de manutenção, com encontros quinzenais. Hoje, o grupo tem sete participantes regulares: seis que cessaram o uso do tabaco e um que retomou o uso após pe-ríodo de abstinência.

Saúde em movimento: a ESF Nova Itália criou, a partir de um pedido da própria comunida-de, um grupo para estimular os seus 410 usuários cadastrados no Hiperdia a praticar atividades físicas. Assim, em parceria com a escola que cedeu o ginásio de esportes, o grupo de Movimen-to Saúde do bairro Nova Itália iniciou suas atividades no dia 06 de julho com 22 usuários, toda equipe de ESF e o fisioterapeuta do NASF. As atividades aconte-cem todas as sextas-feiras com 10 minutos de alongamento, 40 de caminhada orientada, e 10 de alongamento e relaxamento − tudo orientado pelo fisiotera-peuta e pela equipe. Até agora foram realizados 14 encontros com boa adesão da comunida-de para a prática.

Apoio para qualidade de vida na AB

Relato – Enfª Lilyan e sua ESF - Santana

Relato – Enf. Tania e sua equipe ESF De Villa

Relato – Enf. Ivani e sua equipe ESF Nova Itália

Para solicitar uma telecon-sultoria, peça a ficha de ins-crição pelo email [email protected], ou pelo telefone (48) 3212-3505.

Inscrições

Foto tirada durante uma das atividades do grupo Saúde em Movimento, em Urussanga

Page 11: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

11

Ajude-nos a melhorar o ser-viço avaliando nossas respos-tas. É fácil, basta preencher as duas perguntas que aparecem no final de cada resposta.

Avaliação

Qual é o ponto de corte atu-al para diabetes gestacional? No caso de duas glicemias de jejum alteradas há necessida-de do teste de tolerância à gli-cose?

O rastreamento para Diabe-tes Gestacional(DMG) é contro-verso pois não existem ensaios clínicos randomizados mostran-do melhora nos desfechos peri-natais com o rastreamento para DMG. O Colégio Americano de

Obstetrícia e Ginecologia e a Associação Americana de Diabetes recomen-dam que todas as grá-vidas sejam rastreadas

para diabetes ges-tacional entre

24-28semanas de gestação com exceção daquelas de baixo risco (por exemplo,

menores de 25 anos, peso pré-

-gestacional nor-mal, sem histó-ria de alteração

metabolismo da glicose, sem história de fami-liares com desfecho obstétrico ruim e também sem parentes de primeiro grau com diabetes). O rastreamento deve ser reali-zado com teste de tolerância a glicose (TOTG) ou seja glicemia de jejum e glicemia 02 horas após administração de 75gr de dextrose. Não existe evidên-cia suficiente para recomendar o rastreamento universal para diabetes gestacional. O proto-colo britânico não recomenda a triagem universal. Ele reco-menda o rastreamento daque-las com um dos seguintes fato-res de risco: IMC acima de 30, familiar de primeiro grau com diabetes, diabetes gestacional prévia, história de macrossomia fetal(recém nascido pesando 4,5Kg ou mais) ou ainda origem

familiar de local com alta inci-dência de diabetes(Sul da Ásia, Oriente Médio ou Caribe). O rastreamento é realizado entre 24-28sem com TOTG após admi-nistração de 75gr de dextrose. Além disto recomendam não oferecer rastreamento de DMG através de glicemia de jejum , glicemia casual ou glicosúria. E orientam informar as gestantes do pequeno risco de complica-ções no parto, se a diabetes ges-tacional não for controlada e da boa resposta da DMG às mudan-ças na dieta e exercício físico na maioria das mulheres.

Pergunta modelo da Segunda Opinião

Evidências e Referências01. Kirkham C, Harris S, Grzy-bowski S. Evidence-based pre-natal care: part II. Third-Trimester Care and Prevention of Infectious Diseases. Am Fam Physician 2005;71:1555-60,1561-2. 02. National Institute for Health and Clinical Excellence-NHS. Diabetes in Pregnancy, 2008. Disponível em: http://guidance.nice.org.uk/CG63.03. http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_tec-nico_campanha_influenza_2012.pdf (acessado em 16.07.2012)Categoria da Evidência: Grau D de recomendaçãoProfissional solicitante: MédicoDescritores: Diabetes gestacion-al, glicemiaTeleconsultor: Equipe Teles-saúde SC

Page 12: Telessaúde Informa dezembro

Telessaúde InformaBoletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC

[email protected] Novembro de 2012

12

Expediente: Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto, redação e edição: Camila Garcia Artes Gráficas (reportagem e capa): Vanessa de Lucca Orientação: Izauria Zardo, Igor Tavares da Silva Chaves, Gisele Damian, Marina Veshagem Revisão: Marina Veshagem Reportagem fotográfica: Thaine Machado

Programação das webs de Novembro

14/11

21/11

29/11

07/11

28/11

Opinião!

Competências do enfermeiro na demanda espontânea Atenção Primária - 15hPalestrante: Vinícius Paim Brasil (Enfermeiro) Resumo: O enfermeiro deve estabelecer o trabalho em equipe como princípio norteador. Nesta web discutiremos o papel do enfermeiro durante o atendimento à demanda espontânea; limites e competências legais na atuação profissional em

Estratégias para prevenção em Saúde -15hPalestrante: Igor Tavares ChavesResumo: Nesta web, trataremos do tema da prevenção em sua forma mais ampla, discutindo alguns aspectos culturais e algumas perguntas como: por que buscar a prevenção? Quais as suas prioridades? Quais as estratégias para a prevenção de indivíduos e das populações?

Biodanza na Saúde da Comunidade - 15hPalestrante: Elizabeth Dreyer Machado Chraim Resumo: A Biodanza pode ser realizada em encontros semanais em grupo, usando músicas, sugerindo movimentos e deflagrando vivências que levam a uma nova forma de sentir, pensar, agir e viver. Incentiva também algumas mudanças nas relações cotidianas, melhoras na qualidade de vida.

WORKSHOP - 15hPalestrante: Marcela Dohms – Médica de Família e ComunidadeTítulo: Habilidades de comunicação na prática do médico de família e comunidade - Estratégias práticas para facilitar a relação médico-paciente.Público alvo: Médicos da Estratégia de Saúde da Família de SC.

As influências da indústria farmacêutica na saúde - 15hPalestrante: Ronaldo Zonta Resumo: Essa web tem o objetivo de debater como a indústria farmacêutica e o marketing sobre medicamentos e doenças influencia os diagnósticos e prescrições dos profissionais de saúde.

Se você tem alguma dica de webconferência, ou se sua equipe está percebendo alguma demanda em específico, envie-nos um e-mail!Você pode ajudar na escolha das próximas webs ou workshops escrevendo para o endereço eletrônico [email protected] participação é importante!