Trabalho Realizado Por: Carlos Correia nº9 8ºD Telmo Pinheiro nº25 8ºD.
Telmo Pais
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Escola Secundária Mouzinho da Silveira
Telmo Pais
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett
Trabalho elaborado por:Joana Simão nº 10, 11º C
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Índice
Desenvolvimento…………………………………………………………… …....3
Anexos……………………………………………………………………………. 6
Síntese final…………………………………………………………………… ….7
Webgrafia/Bibliografia…………………………………………………………...8
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Desenvolvimento
Telmo é um escudeiro e criado na casa de D.Madalena, tendo sido
anteriormente criado na casa de D. João de Portugal. Ele tem um carinho
muito especial por Maria, filha de D. Madalena, e também um carinho especial
por D.João de Portugal, visto que foi ele que criou ambos. Ele é também muito
estimado por D. Madalena e com o tempo ele acaba por aceitar o casamento
de D. Madalena com D. Manuel.
Ele vai desejar a morte de D.João de Portugal porque o amor que sente
por Maria é tao grande que acabou por apagar o amor que ele sentia por
D.João de Portugal. Com o desejo pela morte de D. João de Portugal ele mostra
que morre moralmente porque vai contra a sua moral, visto que ele sempre
quis que D. João de Portugal voltasse e ao longo do tempo ele deseja que D.
João de Portugal não tivesse voltado.
Ele sempre acreditou no Sebastianismo, uma lenda que dizia que
D.Sebastião não teria morrido na batalha Alcácer Quibir e que voltaria para
mostrar a sua glória. Ele representa também o papel de coro por estar sempre
a agoirar sobre o futuro, estes agoiros estão presentes nas suas falas e
didascálias.
Telmo é a primeira personagem a saber a verdadeira identidade do
Romeiro visto que D. João de Portugal se revela e prova que ele é o Romeiro,
Telmo acredita ao reparar nos seus traços físicos e na sua voz.
O Telmo é caracterizado fisicamente e psicologicamente, fisicamente
como velho de barbas e cabelo branco e psicologicamente como leal, fiel,
sabedor, conselheiro, de confiança, agoureiro, amigo, obediente, crente,
protetor e carinhoso, esperançoso, confidente e amável.
Fisicamente Telmo caracteriza-se como velho como comprava a
fala “ Jorge- Não, homem; é o seu aio velho, é Telmo Pais.” , no III ato na cena I, e
de barbas e cabelo branco como comprova a fala “Telmo- Meu filho!... Oh! É
meu filho todo: a voz, o rosto… Só estas barbas, este cabelo não… Mais
branco já que o meu, senhor!”, no III ato na cena V
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Psicologicamente Telmo caracteriza-se como leal como comprova a fala “
Romeiro- (…) tu és meu amigo? Telmo- Não sou? Romeiro- És, bem sei. E
contudo, vinte anos de ausência, e de conversação de novos amigos, fazem
esquecer tanto os velhos!... – Mas tu és meu amigo. Se tu não o foras, quem o
seria?”, no III ato na cena V, esta fala demostra-nos que apesar de D. João ter
estado desaparecido tanto tempo, Telmo nunca deixou de ser amigo dele.
Caracteriza-se como fiel como comprova as falas “Maria-(…)Telmo
Pais, meu fiel escudeiro”, no I ato na cena II e “Telmo- (…) Mas esse não tenho
eu na consolação de ler, que não sei latim como o meu senhor… quero dizer,
como senhor Manuel de Sousa Coutinho.(…)”, no I ato a II cena, esta fala
mostra-nos que o Telmo era fiel para com D. João de Portugal, apesar de ser
também fiel a D. Madalena, D. Manuel e D. Maria.
Caracteriza-se como sabedor como comprova a fala “ Maria- (…) de
quem é este retrato aqui, Telmo? Telmo-Esse é… há de ser… é um da família
destes senhores da casa de Vimioso que aqui estão tantos.”, no II ato na I
cena esta fala mostra-mos que o Telmo possui sabedoria e que é com ele que
D. Maria aprende coisas sobre o Sebastianismo.
Caracteriza-se conselheiro como comprova a fala- “Madalena (…) –
Ah! sois vós Telmo…Não já não leio: há pouca luz de dia já; confundia-me a
vista. E é um bonito livro este! O teu valido, aquele nosso livro”, no II ato na II
cena, esta fala mostram-nos que Telmo aconselhava D. Madalena.
Caracteriza-se como pessoa de confiança como comprova a fala
“Madalena - Filha da minha alma! (…). Mas olha, meu Telmo, torno a dizer-to:
eu não sei como hei de fazer para te dar conselhos. Conheci-te tão criança, de
quando casei a... a... a... Primeira vez, costumei-me a olhar para ti com tal
respeito -já então eras o que hoje és, o escudeiro valido, o familiar quase
parente, o amigo velho e provado de teus amos…”, no I ato na II cena, esta
fala mostra-nos que D. Madalena já o conhecia á muito tempo e por isso tinha
nele muita confiança.
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Caracteriza-se como agoureiro como comprova a fala “Madalena
(assustada) -Está bom; não entremos com os teus agouros e profecias do
costume: são sempre de aterrar... Deixemo-nos de futuros (…)”, no I ato na II
cena, esta fala mostra-nos que Telmo está sempre a agoirar sobre as coisas
futuras e que ele faz isto para atormentar D. Madalena por causa do
casamento com D. Manuel.
Caracteriza-se como amigo como comprova a fala “Madalena (…) És
muito amigo dela, Telmo? Telmo - Se sou! Um anjo como aquele... uma
viveza, um espírito! ...e então que coração!”, no I ato na II cena, estas falas
mostram-nos que Telmo possui uma grande amizade por D. Maria.
Caracteriza-se como crente como comprova a fala “Madalena- Pois
dizei-me em consciência, dizei-mo de uma vez, claro e desenganado: a que se
apega esta vossa credulidade de sete… e hoje mais catorze… vinte e um
anos? Telmo- (…) Não me esqueceu aquelas e uma letra daquelas palavras; e
eu sei que homem era meu amo para as escrever em vão: -
“ Vivo ou morto, Madalena, hei de ver-vos pelo menos ainda uma vez neste
mundo”- Não era assim que dizia?” e “Madalena- (…) mas as tuas palavras
misteriosas, as tuas alusões frequentes a esse desgraçado rei D. Sebastião,
que o seu mais desgraçado povo ainda não quis acreditar que morresse, por
quem ainda espera em sua leal incredulidade!” , no I ato na cena II estas falas
mostra-nos que Telmo acreditava no possível retorno de D. João de Portugal e
compara isso a D. Sebastião que também iria retornar da batalha.
Caracteriza-se como obediente como comprova a fala “Madalena- Ora
pois, ide, ide ver o que ela faz (…) :que não esteja a ler ainda, a estudar
sempre. (Telmo vai a sair.)”, no I ato na II cena, esta fala mostra-nos a
obediência que Telmo possuía e que faz o que lhe mandam fazer.
Caracteriza-se como protetor e carinhoso como comprova a fala “
Madalena- (…) Telmo, em vós só, achei o carinho e proteção, o amparo que
precisava.”, no I ato na II cena, esta fala mostra-nos que Telmo é carinhos e
protetor e é nele que D. Madalena acha isso.
Caracteriza-se como esperançoso como comprova a fala “ Telmo-
Meu honrado amo, o filho de meu nobre senhor está vivo.” No III ato na IV
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cena e “Romeiro- Tu, bem sei que duvidaste sempre da minha morte, que não
quiseste ceder a nenhuma evidência: não me admirou de ti, meu Telmo.”, no
III ato V cena, esta fala mostra-nos que Telmo nunca deixou de ter esperanças
do retorno de D. João de Portugal
Caracteriza-se como confidente como comprova a fala “ Romeiro- É
ela que me chama. Santo Deus! Madalena que chama por mim…Telmo- Por
vós? Romeiro- Pois por quem?... Não lhe ouves gritar: «Esposo, esposo»?”, no
III ato na VI cena, esta fala mostra-nos que o Telmo oculta que D. Madalena é
casada com D. Manuel.
E por fim caracteriza-se como amável como comprova a fala “ Telmo-
E do meu. Pois não se lembra, minha senhora, que ao princípio era uma
criança que eu não podia…-é a verdade, não a podia ver: já sabeis porquê;
mas vê-la, era ver… Deus me perdoe!... Nem eu sei… E daí começou-me a
crescer, a olhar para mim com aqueles olhos… a fazer-me tais meiguices, e a
fazer-se-me um anjo tal de formosura e de bondade que – vedes-me aqui
agora, que lhe quero mais do que seu pai.”, no I ato na II cena e “Telmo- (…)
É que o amor desta outra filha, desta última filha, é maior, e venceu… venceu,
apagou o outro.”, no III ato na IV cena estas falas mostram-nos o amor que
Telmo sentia por D. Maria e D. João de Portugal.
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Anexos
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Síntese final
Com este trabalho aprendi que o personagem Telmo era uma pessoa que colocava o amor, lealdade e fidelidade acima de tudo. Telmo era escudeiro e aio na casa de D. Madalena, tendo sido anteriormente aio na casa de D. João de Portugal, foi na casa de D. João de Portugal que D. Madalena o conheceu.
Ele nunca deixou de acreditar que o seu amo estivesse vivo e que voltaria para a sua família ao contrário da sociedade da sua própria família que lhe realizaram o “funeral” e que consentiram o casamento de D. Madalena com D. Manuel de Sousa Coutinho do qual nasceu D. Maria, a filha que seria ilegítima caso D. João de Portugal voltasse.
Ele acreditava que a lenda de D. Sebastião tinha o seu fundo de verdade e sempre usou o Sebastianismo para fundamentar o retorno de D. João de Portugal. Ele representa na peça o papel de coro, visto que está sempre a agoirar sobre o futuro e principalmente para atormentar D. Madalena.
Telmo é a primeira personagem a saber a verdadeira identidade do Romeiro, pois D. João de Portugal revela-lhe que o Romeiro é ele e Telmo afirma isso ao descreve-lo fisicamente devido aos seus traços físicos e à sua voz.
Telmo morre moralmente por desejar a morte de D. João de Portugal porque o amor que sentia por D. Maria fez com que o amor que ele sentia por D. João de Portugal morresse e que ele sempre quis que D. João de Portugal voltasse e no decorrer da ação Telmo deseja que D. João de Portugal não tivesse voltado.
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Webgrafia/Bibliografia
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Frei-Luis-De-Sousa-Telmo/202971.html
https://prezi.com/xdcisnhekz1-/caracterizacao-da-personagem-telmo-pais-da-obra-frei-luis-de/
COSTA , Pinto Elisa; FONSECA, Paula; BUESCU, Helena, Plural 11, 1ª edição, Lisboa editora, 2011.
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