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  • MBA em Administrao e Logstica

    Tecnologia da Informao para a Logstica

    Logstica e Sistema de Informao

    Prof. Me. Albino Mileski Jnior

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    Ol!

    Assista ao vdeo a seguir para conhecer os contedos que sero

    estudados nesta aula. Vamos conferir!

    Logstica e sistema de informao

    O CLM (Ballou, 2004) descreve que a logstica o processo

    eficiente de planejamento, implementao e controle efetivo do

    fluxo de custos, do estoque em processo, dos bens acabados e da

    informao relacionada do ponto de origem ao ponto de consumo,

    com o propsito de se adequar aos requisitos do consumidor.

    Bowersox e Closs (2001) destacam a importncia da informao

    como ferramenta estratgica para a logstica, e afirmam que sua

    importncia no tem sido devidamente considerada, sua relevncia

    no tem sido avaliada com o devido destaque, e que cada erro na

    composio das necessidades de informao cria uma provvel

    ruptura na cadeia de suprimento.

    Vdeo 1

    Tanto Ballou (2006) como Bowersox e Closs (2001)

    concordam que o fluxo de informaes documentado em

    papel, aumenta o custo operacional e reduz a satisfao do

    cliente.

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    Essa negligncia fruto da falta de tecnologia adequada para

    gerar as informaes desejadas.

    Os nveis gerenciais tambm no possuam uma avaliao

    completa e uma compreenso aprofundada da maneira como uma

    comunicao rpida e precisa pode melhorar o desempenho

    logstico. (BOWERSOX; CLOSS, 2001)

    Essas duas deficincias histricas foram eliminadas com o

    aperfeioamento do fluxo de informao, o qual fundamental para

    o processamento de pedidos, pois permite um acesso sistemtico

    ao controle, tendo a informao como elemento central e funcional

    para o desenvolvimento da performance dos processos logsticos.

    (BALLOU, 2006)

    Ballou (2006), Bowersox e Closs (2001) comentam que com os

    novos avanos tecnolgicos, o processamento de pedidos

    necessrio para completar as atividades do ciclo de pedido ao

    cliente so reduzidas e gerenciadas com maior cuidado e eficincia.

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    As novas tecnologias podem aumentar diretamente os custos, mas

    tambm reduzir o tempo de espera e, portanto, o investimento,

    fortalecendo assim a importncia essencial da gesto da

    informao como componente crucial na obteno de uma

    funcionalidade mais eficiente de sua aplicao.

    Bowersox e Closs (2001) afirmam ainda que, quanto mais eficiente

    for o processo do sistema logstico de uma organizao, maior

    preciso ser requerida do sistema de gesto das informaes.

    A importncia da informao como um dos elementos principais da

    logstica tambm apresentada por Novaes (2004), que afirma que

    a logstica no deve se restringir somente aos aspectos fsicos do

    sistema, mas aos aspectos informacionais e gerenciais, que

    envolvem o processamento de dados e fazem parte integrante da

    anlise logstica.

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    Fica claro, que a informao exerce um papel fundamental na

    execuo efetiva da logstica, assumindo um papel relevante sua

    funcionalidade. Assim, a informao na logstica no pode ser vista

    apenas como um apndice requerido implementao da logstica,

    mas sim como atuante em nvel funcional.

    Principais atividades da logstica

    Ao analisarem-se estas atividades individualmente pode-se

    perceber que:

    na atividade de gesto de transportes a funo a de colocar o

    produto no local necessrio;

    na atividade de gesto de manuteno de estoques a funo a

    de colocar o produto disponvel no momento da necessidade;

    na atividade de gesto do processamento de pedidos a funo

    a de reduzir os tempos para que um alto nvel de servio ao

    cliente seja proporcionado.

    (BALLOU, 2006)

    Estas atividades necessitam de informao para que possam

    ser realizadas.

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    Desta forma, percebe-se que a gesto de informaes de suma

    importncia para o processo logstico, pois ela trata da coleta,

    processamento e transmisso das informaes relativas aos

    pedidos dos clientes internos e externos e de todas as

    informaes sobre a produo e o despacho para os clientes

    (BALLOU, 2006).

    Para Bowersonx e Closs (2001), ao olhar-se para o processamento

    de pedidos por outra ptica, os custos de processamento de

    pedidos tendem a ser pequenos quando comparados aos custos de

    transportes ou de manuteno de estoques.

    Contudo, o processamento de pedidos uma atividade logstica

    primria. Sua importncia deriva do fato de ser um elemento crtico,

    em termos do tempo necessrio para levar bens e servios aos

    clientes. (BALLOU, 2006)

    a atividade primria que inicializa a movimentao

    de produtos e a entrega de servios.

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    Segundo Ballou (2006) o que se percebe, portanto, que nenhuma

    funo logstica dentro de uma empresa poderia operar

    eficientemente sem as necessrias informaes de custo e

    desempenho; tais informaes so essenciais para o correto

    planejamento e controle do sistema logstico.

    Para entendermos melhor essas informaes vamos assistir ao

    vdeo a seguir. Confira!

    Para Ballou (2006), manter uma base de dados com informaes

    importantes (por exemplo: localizao dos clientes, volumes de

    vendas, padres de entregas e nveis dos estoques), auxilia a

    administrao eficiente e efetiva das atividades primrias e de

    apoio.

    O autor ainda afirma que o tempo necessrio para completar as

    atividades do ciclo de pedido o ponto fundamental do servio ao

    cliente, sendo estimado que as atividades associadas preparao,

    transmisso, ao recebimento e ao atendimento dos pedidos,

    representam de 50% a 70% do total do tempo do ciclo em muitos

    setores.

    Assim, para que um alto nvel de servio ao cliente seja alcanado,

    atravs de ciclos curtos e consistentes, essencial que as

    atividades de processamento de pedidos (de informaes) sejam

    cuidadosamente administradas.

    Vdeo 2

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    Conforme Bowersox e Closs (2001), com o custo decrescente da

    tecnologia da informao, associado a sua maior facilidade de uso,

    o custo de obter informao acurada e a tempo, atravs da cadeia

    de suprimentos, diminuiu consideravelmente, aumentando a

    eficincia, a eficcia e a rapidez das operaes.

    Muitas empresas tm realizado esforos para substituir recursos por

    informaes (BALLOU, 2006).

    Portanto, a gesto do processamento de pedidos, baseada nos

    sistemas de informaes logsticas, tem sido explorada para

    melhorar a gesto da cadeia de suprimentos, evitarem os

    problemas de coordenao, obter vantagem competitiva sobre a

    concorrncia e atender aos clientes com um alto nvel de servio.

    Segundo Ballou (2006), o maior propsito da coleta, manuteno e

    processamento de dados no mbito de uma empresa sua

    utilizao no processo decisrio, que vai de medidas estratgicas a

    operacionais, facilitando as operaes componentes do seu

    negcio. Alm disso, o autor ainda afirma que o gerenciamento

    comea com o entendimento das alternativas disponveis para o

    processamento de dados.

    Bowersox e Closs (2001) complementam que para a adoo do

    gerenciamento necessrio entender a funcionalidade e os

    princpios da informao do ponto de vista logstico.

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    Recurso de aprendizagem

    Estudo de caso

    Analisar o estudo de caso da Americares, identificando como a

    aplicao de novas tecnologias de informao melhorou o

    desempenho logstico da empresa.

    O estudo de caso encontra-se na pgina 193, do captulo 6 do livro:

    BOWERSON, D. J.; CLOSS, D. J. Logstica empresarial: o

    processo de integrao da cadeia de suprimentos. So Paulo: Atlas,

    2001

    Funcionalidade da informao

    Pode-se observar que ao longo da evoluo da logstica, a gesto

    da informao foi ganhando relevncia, pois a ateno concentrava-

    se no fluxo eficiente de bens ao longo do canal de distribuio.

    Desta forma, o fluxo de informaes muitas vezes foi deixado de

    lado, pois no era visto como algo importante para os clientes.

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    Para Ballou (2004), nenhuma funo logstica dentro de uma

    empresa poderia operar eficientemente sem as necessrias

    informaes de custo e desempenho. Tais informaes adquirem

    funo essencial para o correto planejamento e para o controle

    logstico.

    Entretanto, possvel que muitas organizaes ainda estejam

    preocupadas com o custo e desempenho das mquinas e pessoas,

    sem levar em considerao a relevncia de informaes confiveis

    e claras para auxiliar a tomada de deciso, e ainda atuar como

    redutoras de retrabalhos e erros previsveis.

    Fleury, Wanke e Figueiredo (2000) definem a importncia da funo

    informao na logstica quando afirmam que os sistemas de

    informaes logsticas funcionam como elos que ligam as atividades

    logsticas em um processo integrado, combinando hardware e

    software para medir, controlar e gerenciar as operaes logsticas

    no processo de atendimento ao cliente.

    A importncia da funo informao na logstica somente ganhou

    destaque, na ltima dcada.

    (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000)

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    Essas operaes ocorrem tanto internamente, em uma organizao

    especfica, como ao longo de toda a cadeia de negcios.

    Os autores destacam ainda a importncia da funcionalidade da

    informao junto estratgia das organizaes, para um efetivo

    apoio deciso, ao controle gerencial e ao sistema transacional.

    Percebe-se, portanto, que as atividades de comunicao e

    informao se encontram em toda a parte dentro das organizaes,

    contudo no planejamento e implantao de um plano estratgico

    que sua funcionalidade e controle apresentam-se como essenciais.

    Vamos conferir como ocorre esse processo assistindo ao vdeo a

    seguir. Confira!

    Na realidade o gerenciamento estratgico est fortemente

    interligado com o sistema de informao e comunicao.

    Segundo Bowersox e Closs (2001), desde seu surgimento, a

    logstica concentrou-se no fluxo eficiente de bens ao longo do canal

    de distribuio. O fluxo de informaes foi muitas vezes deixado de

    lado, pois no era visto como importante para os clientes, sendo

    que a velocidade de troca e de transferncia de informaes era

    limitada pela velocidade de procedimentos que utilizavam papel.

    Atualmente, informaes precisas e em tempo hbil so cruciais

    para a eficcia do projeto de sistemas logsticos porque:

    Vdeo 3

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    os clientes consideram que informaes sobre a situao de

    seus pedidos so importantes para suas atividades;

    a busca pela reduo dos estoques ao longo da cadeia de

    suprimentos ter maior sucesso com a disponibilidade correta da

    informao;

    a informao aumenta a flexibilidade para o processo decisrio

    na busca da vantagem competitiva.

    (BOWERSOX; CLOSS, 2001)

    Segundo Bowersox e Closs (2001), os sistemas de informaes

    logsticas so a interligao das atividades logsticas para criar um

    processo integrado.

    A integrao baseia-se em quatro nveis de funcionalidade:

    Estes nveis esto representados na figura a seguir, onde so

    ilustradas as atividades logsticas e as decises em cada nvel de

    funcionalidade da informao.

    Sistemas

    transacionais

    Controle

    gerencial

    Anlise de

    deciso

    Planejamento

    estratgico

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    Funcionalidade da informao

    (BOWERSOX ; CLOSS, 2001)

    A figura mostra que os aperfeioamentos de controle gerencial,

    anlise de deciso e planejamento estratgico do Sistema de

    Informao Logstica (SIL) necessitam ter como base bons sistemas

    transacionais.

    Para entendermos melhor a funcionalidade da informao, vamos

    assistir ao vdeo a seguir.

    Vdeo 4

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    As informaes, portanto, tornam-se ativos organizacionais, e

    os sistemas de informao relevantes estratgia

    organizacional.

    Princpios da informao

    Segundo Bowersox e Closs (2001), os sistemas de informaes

    logsticas devem incorporar seis princpios para atender s

    necessidades de informao e apoiar adequadamente o

    planejamento e as operaes da empresa. Clique a seguir e confira

    cada um deles.

    Disponibilidade As informaes logsticas devem estar

    disponveis em tempo hbil e com consistncia.

    Preciso As informaes logsticas devem refletir com

    preciso a situao atualizada e incorporar atividades peridicas

    de avaliao.

    Atualizaes As informaes logsticas devem ser

    atualizadas em tempo hbil, a fim de proporcionar feedback

    rpido de informaes aos nveis gerenciais.

    Baseado em excees Um sistema de informaes logsticas

    deve basear-se em excees para apontar problemas e

    oportunidades.

    Flexibilidade Os sistemas de informaes logsticas devem

    ser flexveis para atender s necessidades de usurios e

    clientes.

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    Formato adequado As telas e os relatrios logsticos devem

    ser adequadamente formatados, o que significa que informaes

    corretas devem ser apresentadas com as melhores estruturas e

    ordenao.

    Conforme Ballou (2006), Bowersox e Closs (2001), a informao

    considerada um dos elementos-chave para a obteno de

    vantagem competitiva, contudo, a simples existncia de sistemas de

    informaes logsticas no garante a concretizao dessa meta.

    A importncia do sistema logstico est em adicionar valor ao

    produto por meio do servio ao cliente, o que ocorre pela integrao

    de todas as funes logsticas, considerando-se os fluxos logsticos

    na cadeia de valor, em especial o fluxo de informaes. Este fluxo,

    portanto, surge como ponto fundamental para o sucesso do

    gerenciamento da cadeia de suprimentos.

    Uma rede de informao indevida pode provocar ineficcias no

    sistema de distribuio, bem como ao longo da cadeia como um

    todo, especialmente causando problemas na programao de

    compras e de produo.

    Para Ballou (2004) o sistema de informaes logsticas um

    subsistema de informaes gerenciais, que providencia a

    O SIL deve ser desenvolvido com base em um sistema

    transacional que inclua mdulos de controle gerencial, anlise

    de deciso e planejamento estratgico.

    (BOWERSOX; CLOSS, 2001)

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    informao especificamente necessria para a administrao

    logstica.

    Desta forma, Bowersox e Closs (2001) comentam que a qualidade

    da tecnologia utilizada no acompanhada pela qualidade da

    informao.

    Deficincias na qualidade da informao podem criar inmeros

    problemas operacionais, como informaes incorretas quanto s

    tendncias e aos acontecimentos, podem influenciar na projeo

    das atividades logsticas a serem desempenhadas, bem como

    informaes imprecisas sobre o processamento de pedidos quanto

    s exigncias de um cliente especfico.

    Atualmente, informaes precisas, em tempo hbil, so

    cruciais para a eficcia do projeto de sistemas logsticos.

    (BOWERSOX; CLOSS, 2001)

    Neste sentido, Bowersox e Closs (2001) complementam que a

    tecnologia de informao o recurso-chave para se obter

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    integrao e, a qualidade e a velocidade da informao no sistema

    logstico facilitam a integrao de todos os centros de atividades da

    empresa.

    Isso conduz necessidade de um sistema de informaes

    sinrgico, integrando a cadeia de valor por meio da emisso de

    relatrios, gerados pelo sistema de informaes contbeis-

    gerenciais, que atendam s necessidades informacionais dos

    gestores, d suporte ao processo decisrio da logstica em todas as

    suas etapas: planejamento, execuo e controle.

    Diante do exposto, cabe ressaltar que ao tratar-se do fluxo de

    informaes, as tecnologias empregadas pela logstica neste

    processo podem ser consideradas como atividades de valor.

    Recurso de aprendizagem

    Atividade de pesquisa

    Com base no contedo tratado nesta aula, realize uma atividade de

    pesquisa para responder a seguinte questo:

    Como as aplicaes de tecnologia de informao ajudam a

    melhorar o servio ao cliente?

    Utilizar como apoio o captulo 5 do livro:

    Desta forma, o fluxo de informaes, que muitas vezes foi

    deixado de lado, pois no era visto como algo relevante para os

    clientes, ganhou outro valor.

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    BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de

    suprimentos/Logstica empresarial. 5. ed. Porto Alegre:

    Bookman, 2006.

    E o captulo 6 do livro:

    BOWERSON, D. J.; CLOSS, D. J. Logstica empresarial: o

    processo de integrao da cadeia de suprimentos. So Paulo: Atlas,

    2001.

    Sistema de informao logstica

    Para Ballou (2006), o principal propsito de coletar, manter e

    manipular os dados dentro da empresa sua utilizao no processo

    de tomada de decises, que abrange desde o estratgico at o

    operacional, facilitando as operaes componentes do negcio.

    Com o avano da tecnologia da informao, essas atividades

    tornaram-se mais estruturadas, e passaram a ser classificadas

    como o sistema de informao.

    O Sistema de Informao Logstica (SIL) um subitem do sistema

    total de informao da empresa e est direcionado aos problemas

    particulares de tomada de decises logsticas. Este sistema uma

    ferramenta que interliga as atividades logsticas em um processo

    integrado.

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    19

    Com este sistema, as operaes logsticas tornam-se mais

    eficientes, o que s possvel a partir de ganhos que a informao

    atualizada e abrangente proporciona para a empresa, bem como,

    pelo beneficio do compartilhamento das informaes apropriadas

    com os outros integrantes da cadeia de suprimentos, em um

    processo de integrao. (BALLOU, 2006)

    A figura a seguir ilustra a estrutura do SIL e suas caractersticas de

    custo-benefcio. O lado esquerdo representa as caractersticas de

    desenvolvimento e manuteno, e o lado direito mostra as

    vantagens. Tambm se pode observar as vantagens relativas a

    cada nvel do SIL.

    As vantagens de eficincia do sistema transacional, em especial,

    incluem processamento mais rpido e reduo de pessoal.

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    Uso do sistema de informao logstica

    (BOWERSOX; CLOSS, 2001)

    Entretanto, a velocidade de comunicao e processamento

    aumentaram a tal ponto, que essas caractersticas tornaram-se um

    qualificador competitivo, em lugar de uma vantagem competitiva.

    (BOWERSOX; CLOSS, 2001)

    Segundo Ballou (2006), o SIL precisa ser abrangente e ter a

    capacidade suficiente para permitir a comunicao no apenas

    entre as reas funcionais da empresa (marketing, produo,

    finanas, logstica etc.), mas tambm entre os membros do canal de

    suprimentos (vendedores e clientes).

    Esta disponibilidade e compartilhamento de informaes, por meio

    de uma comunicao e processamento eficientes, permitem reduzir

    as incertezas ao longo da cadeia de suprimentos.

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    21

    Um sistema de informao logstica pode ser representado como

    indicado na figura a seguir.

    Viso geral do sistema de informao logstica

    (BALLOU, 2006)

    (BALLOU, 2006)

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    22

    Segundo Ballou (2004), o Sistema de Informaes Logsticas (SIL)

    deve ser descrito em termos de funcionalidade e operao interna.

    Desta forma, ele pode ser representado da seguinte maneira:

    (BALLOU, 2006)

    Como citado anteriormente, esta estrutura procura demonstrar

    como o sistema pode ser abrangente e ter capacidade suficiente

    para que possibilite as condies necessrias para permitir a

    comunicao no apenas entre as reas funcionais da empresa,

    mas tambm entre os membros dos canais de suprimento.

    Desta forma, as vrias atividades do processo logstico que o

    sistema logstico deve executar para o atendimento ao cliente so

    representadas pelos mdulos ou subsistemas do SIL.

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    Principais subsistemas segundo Ballou (2006)

    Sistema de Gerenciamento de Pedidos (SGP) Order

    Management System (OMS).

    Sistema de Gerenciamento de Armazns (SGA) Warehouse

    Management System (WMS).

    Sistema de Gerenciamento de Transportes (SGT) Transport

    Management System (TMS).

    Cada um destes sistemas contm informaes para objetivos

    transacionais, mas tambm ferramentas de suporte de decises

    muito teis no planejamento de atividades especficas.

    A informao flui entre os sistemas, bem como entre o SIL e outros

    sistemas de informao da empresa, a fim de criar um sistema

    integrado. (BALLOU, 2006)

    Os sistemas de informao logstica tm que incorporar seis

    princpios (os quais foram citados anteriormente e que sero

    detalhados agora) de modo a serem capazes de atender as

    necessidades de informao dos gestores e apoiar adequadamente

    o planejamento e as operaes da empresa.

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    24

    (BOWERSOX; CLOSS, 2001)

    Segundo Ballou (2006), com estes princpios incorporados no

    sistema possvel, para os subsistemas de gerenciamento de

    pedidos, gerenciamento de armazns e gerenciamento de

    transporte, realizarem as transaes e decises de planejamento

    relacionadas com cada um deles.

    importante salientar que cada um destes subsistemas contam

    com o suporte de outros programas de computador, os quais

    apoiam a tomada de decises repetitivas, exigidas nas operaes

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    25

    dirias. E embora focados em diferentes aspectos das operaes

    logsticas, esses subsistemas, comunicam-se entre si para

    concretizar o processo logstico.

    Recurso de aprendizagem

    Atividade de anlise

    Um gerente de logstica recebeu de um produtor de televiso da

    Coreia do Sul a responsabilidade de estabelecer o sistema de

    informao logstica para sua empresa. Como voc responderia s

    suas perguntas?

    1. Quais so os tipos de informaes que eu pretendo obter do

    sistema de informao? Onde eu poderia obt-las?

    2. Que itens da base de informao eu deveria reter no

    computador para fcil acesso? Como eu poderia manusear o

    restante?

    3. Quais so os tipos de problemas de decises que o sistema de

    informao ajudaria a resolver?

    4. Quais modelos de anlise de dados seriam os mais teis ao

    lidar com esses problemas?

    Utilize como apoio o captulo 5 do livro:

    BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos:

    logstica empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

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    26

    Tecnologia da informao

    A importncia da logstica sobre o desempenho financeiro de

    empresas industriais e comerciais, influenciado pelo desempenho

    logstico, tem sido enfatizada

    Ao realizar-se o estudo dos sistemas de informao logstica, foi

    verificado que a aplicao destes sistemas possibilita um diferencial

    para a empresa em relao aos seus processos logsticos. Este

    diferencial observado pela melhoria no nvel de servio ao cliente,

    bem como, pela reduo dos custos.

    Com o desenvolvimento da logstica, em conjunto com o advento da

    tecnologia da informao, dentre outros fatores, surge a

    possibilidade de melhorar o desempenho da cadeia de suprimentos

    por meio de uma gesto mais eficiente e eficaz.

    Entretanto, um dos problemas enfrentados por uma gesto da

    cadeia de suprimentos o efeito chicote, que a variao ou a

    impossibilidade de alinhamento da demanda oferta. Esta variao

    um problema que afeta o nvel de servio ao cliente.

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    27

    A tecnologia da informao, utilizada como ferramenta de troca

    de dados, pode reduzir o impacto do efeito chicote.

    necessrio, porm, que esta ferramenta venha alinhada com as

    estratgias das empresas e de toda cadeia. O alinhamento das

    estratgias, com base na percepo de valor do cliente, faz-se

    necessrio, uma vez que possibilitar o uso da prpria tecnologia

    da informao.

    Efeito chicote

    Foi demonstrado por Jay Forrester, nos anos 60, que existe certa

    dinmica entre empresas de uma cadeia de suprimentos que

    causa erros, inexatido e volatilidade, afetando o desempenho das

    redes de suprimentos , e que esses problemas so crescentes

    para as empresas e para a montante da cadeia de suprimentos.

    (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002)

    Esse efeito dinmico conhecido como efeito chicote, forrester

    ou multiplicador da demanda.

    O efeito chicote no causado somente por erros e distores.

    A principal causa do efeito chicote um desejo racional e

    perfeitamente compreensvel, de cada um dos diferentes elos na

    cadeia de suprimentos, de gerenciar suas taxas de produo e

    nveis de estoque de maneira independente.

    O resultado deste efeito a instabilidade severa nos programas de

    produo, afetando negativamente as eficincias globais da rede.

    Isto leva a custos crescentes, que no final das contas tero de ser

    pagos pelo nico elo que alimenta a rede de valores monetrios

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    28

    o usurio final. Em outras palavras, essas ineficincias somam-se

    para contribuir com aumentos no preo do produto ao cliente final.

    (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002)

    O efeito chicote, portanto, distorce as informaes na cadeia de

    suprimento, levando elos diferentes a fazer anlises muito distintas

    sobre a demanda, o que gera distores.

    Os lucros totais da cadeia de suprimentos so, assim, menores do

    que os obtidos com a coordenao. Cada elo da cadeia de

    suprimento, ao tentar otimizar seu prprio objetivo, adota medidas

    que acabam prejudicando a cadeia como um todo. As maiores

    dificuldades em coordenar essas cadeias surgem quando os

    diferentes estgios da cadeia tm objetivos conflitantes, ou seja,

    cada estgio da cadeia gerenciado de forma individual, sendo

    comum a tomada de decises visando somente o prprio benefcio,

    o que resulta em prejuzos para a cadeia como um todo, e devido a

    atraso ou distoro de informaes ao longo da cadeia de

    suprimentos. (CHOPRA; MEINDL, 2003)

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    29

    Para que a coordenao da cadeia de suprimento possa acontecer,

    Chopra e Meindl (2003) propem algumas aes que devem ser

    tomadas.

    Alinhar objetivos entre os integrantes da cadeia de suprimentos.

    Melhorar o nvel de informao entre os componentes da cadeia

    de suprimentos.

    Melhorar a performance operacional nos diversos estgios da

    cadeia.

    Planejar estratgias de preos para estabilizar ordens.

    Construir parcerias estratgicas entre os integrantes da cadeia.

    Para compreendermos melhor cada uma dessas aes, vamos

    assistir ao vdeo a seguir. Confira!

    De acordo com Chopra e Meindl (2003), a falta de coordenao

    como resultado do efeito chicote afeta o desempenho da rede e,

    Vdeo 5

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    30

    portanto, seus efeitos so verificados nas medidas de desempenho

    na cadeia de suprimento. Assim temos:

    A impossibilidade de manuteno de estoques de segurana to

    alta nos elos intermedirios que garantem altos nveis de

    disponibilidade no ponto de venda , faz com que os nveis de

    servios ao usurio final caiam.

    Como o efeito chicote um problema de coordenao da rede,

    onde a informao gera os problemas de variabilidade da demanda,

    existe a necessidade de um envolvimento de todos os atores da

    cadeia. (SIMCHI-LEVI; KAMINSKI; SIMCHI-LEVI, 2003)

    Para enfrentar a dinmica da rede, descrita anteriormente, a maioria

    das aes proativas que as operaes podem fazer, relacionam-se

    com a coordenao das atividades das operaes da cadeia.

    Aumento do

    custo de

    fabricao.

    Aumento do

    custo de

    estoque

    Aumento do

    lead time de

    ressuprimento.

    Aumento do

    custo de

    transporte.

    Aumento do custo de

    mo-de-obra para

    embarque e

    recebimento.

    Reduo do nvel

    de disponibilidade

    do produto.

    Reduo da

    lucratividade.

    Afetao dos

    relacionamentos na

    cadeia de suprimento.

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    31

    (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).

    Nessa mesma linha de raciocnio, Chopra e Meindl (2003) indicam

    algumas medidas gerenciais para atingir a coordenao da cadeia

    de suprimento, procurando aumentar os lucros totais da rede e

    abrandar o efeito chicote.

    Existem vrias ferramentas, baseadas na tecnologia da informao,

    para combater o efeito chicote, e podem ser aplicadas no contexto

    das solues indicadas anteriormente, como por exemplo: CPFR,

    VMI, entre outras.

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    32

    Contudo, para minimizar o efeito chicote, ainda necessrio

    entender a relao entre cliente e fornecedor dentro da cadeia de

    suprimentos, que pode gerar variaes.

    necessrio, portanto, que as ferramentas venham alinhadas com

    as estratgias das empresas e de toda cadeia. Este alinhamento

    das estratgias se d com base na percepo de valor do cliente.

    Clique a seguir e conhea algumas formas de reduo do efeito

    chicote, baseados no trabalho de Forrester. (SIMCHI-LEVI;

    KAMINSKI; SIMCHI-LEVI, 2003)

    Agilizar o tratamento dos pedidos A reduo nos tempos

    envolvidos na execuo das atividades tem um pequeno

    impacto sobre a amplitude das variaes tornar as cadeias

    mais curtas para reduzir o efeito chicote.

    Melhorar a qualidade dos dados Salienta-se a importncia

    de todas as empresas envolvidas na cadeia terem acesso s

    informaes de vendas.

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    33

    Ajuste dos nveis de estoques As variaes dos estoques

    podem ser ajustadas, no apenas em um perodo, mas em uma

    sequncia de produtos futuros.

    Processamento das variaes na procura Forma de

    reduo da falta de visibilidade que os fornecedores e

    fabricantes tm do real consumo dos seus produtos; o

    compartilhamento das informaes de consumo com as

    empresas intervenientes na cadeia de distribuio. A reduo de

    intermedirios na cadeia ir contribuir para o decrscimo da

    amplificao do efeito de distoro da procura. Para eliminar o

    efeito chicote poder-se antever um nico membro da cadeia a

    realizar todas as atividades de previso e compras para as

    outras empresas. A eliminao de etapas na cadeia de

    distribuio, juntamente com a reduo do lead time fazem

    tambm parte desta estratgia. Vendor Managed Inventory e

    Continuous Replenishment Program so prticas apontadas

    como capazes de atuar na reduo do efeito chicote.

    Recurso de aprendizagem

    Atividade de pesquisa

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    34

    Identifique as formas de evitar ou minimizar o efeito chicote, de

    maneira que o nvel de servio ao cliente seja alcanado.

    importante considerar a coordenao da cadeia de suprimentos

    neste processo.

    Utilize como apoio o captulo 5 do livro:

    BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos:

    logstica empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

    E o captulo 6 do livro:

    BOWERSON, D. J.; CLOSS, D. J. Logstica empresarial: o

    processo de integrao da cadeia de suprimentos. So Paulo: Atlas,

    2001.

    Resumo da aula

    Agora vamos conferir, no vdeo a seguir, um resumo dos principais

    temas abordados nesta aula.

    Referncias

    BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos:

    logstica empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

    Vdeo 6

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    35

    BOWERSON, D. J.; CLOSS, D. J. Logstica empresarial: o

    processo de integrao da cadeia de suprimentos. So Paulo: Atlas,

    2001.

    BOWERSON, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gesto da

    cadeia de suprimentos e logstica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

    CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de

    suprimentos: estratgia, operao e avaliao. So Paulo:

    Prentice-Hall, 2003.

    CHRISTOPHER, Martin. Logstica e gerenciamento da cadeia de

    suprimentos: estratgias para a reduo de custos e melhoria dos

    servios. So Paulo: Pioneira, 1997.

    FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F.; WANKE, P. Logstica e

    gerenciamento da cadeia de suprimentos. So Paulo: Atlas,

    2003.

    FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logstica

    empresarial. So Paulo: Atlas, 2000.

    KOTLER, P. Administrao de marketing: a edio do novo

    milnio. 11. ed. So Paulo: Prentice Hall, 2001.

    MARTINS, P.T.; LAUGENI, F. P. Administrao da produo. So

    Paulo: Saraiva, 2002.

    NOVAES, A. G. Logstica e gerenciamento da cadeia de

    distribuio: estratgia, operao e avaliao. Rio de Janeiro:

    Campus, 2004.

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    36

    SIMCHI-LEVI, David; KAMINSKI, Philip; SIMCHI-LEVI, Edith.

    Cadeia de suprimentos: projeto e gesto. Porto Alegre: Bookman,

    2003.

    SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administrao da

    produo. So Paulo: Atlas, 2002.