Tema 2 Discrimanacao Preconceito e Tolerancia

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Discrimanacao Preconceito e Tolerancia

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  • PROGRAMA DE GARANTIA DO PERCURSO EDUCATIVO DIGNO

    OLHARES MULTIDISCIPLINARES SOBRE AS PRODUES DISCENTES

    FASCCULO 2 - Discriminao Preconceito e into-

    lerncia

    Fascculo elaborado a partir dos traba-lhos desenvolvidos pelos discentes da rede pblica de ensino do Estado da Bahia, participantes dos eventos intitu-lados: TAL (Tempo de Arte Literria), AVE (Artes Visuais Estudantis) e FACE (Festival Anual da Cano Estudantil).

    Salvador (BA)

  • Jaques Wagner GOVERNADOR DA BAHIA

    Otto Alencar

    VICE-GOVERNADOR DA BAHIA

    Osvaldo Barreto Filho SECRETRIO DA EDUCAO

    Aderbal de Castro Meira Filho SUBSECRETRIO

    Paulo Pontes CHEFE DE GABINETE

    Amlia Tereza Santa Rosa Maraux SUPERINTENDENTE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAO BSICA

    Ana Lcia Gomes da Silva DIRETORA DA EDUCAO BSICA

    Maria Jos Lacerda Xavier COORDENADORA DE EDUCAO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

  • PROGRAMA DE GARANTIA DO PERCURSO EDUCATIVO DIGNO

    Olhares multidisciplinares sobre as produes discentes

    Organizadores/Articuladores

    Andria Cristina Bispo Conceio Maria Alba Guedes Machado Mello

    Renata Bastos Trcio Rios de Jesus

    Colaboradores

    Elaine dos Santos

    Jorge Eduardo Ferreira Braga Lucia Pedreira Diniz

    Maria Cndida da Silva Maria Jos Lacerda Xavier

    Consultores da Rede de Educao do Semirido Brasileiro - Resab

    Alade Rgia Sena Nery de Oliveira

    Edmerson dos Santos Reis Salvador Alexandre Magalhes Gonzaga

  • SUMRIO

    1 Objetivo

    2 Introduo ao tema

    3 Explorando os textos imagticos e das composies e poesias

    4 Sugestes de atividades para explorao dos temas e textos

    5 Outras fontes de pesquisa para ampliao dos contedos

    Apresentao

  • APRESENTAO

    Prezados e Prezadas Educadores e Educadoras,

    Estamos entregando mais um subsdio do Programa Garantia do Percurso E-ducativo Digno, Olhares Multidisciplinares sobre as produes discentes.

    Este material o resultado do tratamento das produes dos discentes da Re-de Estadual de Ensino, oriundas do Projeto TAL (Tempo de Artes Literrias), AVE (Artes Visuais Estudantis) e FACE (Festival Anual da Cano Estudantil).

    Como nos materiais anteriores, valorizamos a perspectiva da autoria docente e discente, da abordagem multidisciplinar e da articulao das reas do conheci-mento na efetivao das medidas adotadas por esse programa.

    Vale ressaltar que este trabalho, obedecendo a metodologia de construo coletiva, no se encerra na compreenso de um manual, mas num material de a-poio s prticas pedaggicas desenvolvidas no mbito do programa, onde o princi-pal provocador da construo do conhecimento so vocs educadores e educado-ras, na relao direta com os discentes e na mediao do contexto com os conheci-mentos que j detm das diversas reas presentes no currculo da Rede Estadual de Ensino.

    O resultado deste trabalho culminou da produo de 10 (dez) temas que po-dero ser trabalhados juntamente com os alunos e de acordo com os princpios a-pontados no Mdulo Didtico de Referncia. Esta a forma de compreender que a aprendizagem se d processualmente por meio da construo e/ou inter-relao dos conhecimentos que vo sendo construdos no processo educativo.

    Cada tema traz em si uma perspectiva multidisciplinar e que est compreendi-da com os seguintes tpicos:

    Paz, violncia e direitos humanos

    Discriminao, preconceito e intolerncia

    Meio ambiente e aquecimento global

    Educao, profissionalizao e mercado de trabalho

    Incluso e excluso social: estigmas do ser nordestino

    Manifestaes da cultura popular

    Educao para as relaes de gnero

    Dilemas da juventude e autonomia

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  • Educao para a diversidade e relaes etnicorraciais

    Consumo e globalizao

    Esta coleo que chega at suas mos, prope uma discusso a respeito dos

    olhares multidisciplinares sobre a produo discente por meio da seguinte or-ganizao:

    Objetivo

    Introduo ao tema

    Explorando textos imagticos, as composies e poesias

    Sugesto de atividades para explorao dos temas e textos

    Outras fontes de pesquisa para ampliao dos contedos

    Convidamos vocs, pois, a aproveitarem ao mximo esse material, na pers-

    pectiva de que toda a base de construo originou-se das produes dos alunos de

    toda a Rede Estadual de Ensino, desafio que exigiu da equipe de produo um o-

    lhar criterioso, analtico, cuidadoso, minucioso, no sentido de articular imagens, po-

    esias e letras das canes que se encontram nesse trabalho.

    Cada produo discente, independentemente do seu ingresso nesse produto,

    apresenta alto valor artstico, na manifestao da subjetividade daqueles que se

    propuseram a compartilhar talentos, criatividade, criticidade, reflexo das representa-

    es constituintes da sociedade contempornea.

    Desejamos um bom aproveitamento do material e sucesso!

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  • TEMA DOIS

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  • TEMA 2 DISCRIMINAO, PRECONCEITO E INTOLERNCIA

    1 Objetivo:

    Abordar temas, questes ou problemas relacionados com preconceito, racis-mo, xenofobia. Tentar mostrar aos alunos qual a sensao de ser discriminado e as consequncias para quem o pratica. Promover a tolerncia e a empatia.

    2 Introduo ao tema:

    Todo ser humano universalmente igual e particularmente diferente. A igual-dade universal e as diferenas particulares devem ser respeitadas. Este principio es-t marcado na nossa Constituio de 1988, Carta Magna que fundamenta e torna nossa nao soberana. Na Constituio h normas e regras respeitantes formao dos poderes pblicos, forma de governo, direitos e deveres dos cidados etc. No art. 5. da Constituio est registrado que todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e pro-priedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres so iguais em direitos e obri-gaes, nos termos desta Constituio; (...).

    Porm testemunhamos a intolerncia se manifestar de diversas maneiras, pe-las pessoas que parecem no ter vontade em reconhecer ou respeitar as diferenas.

    O tema 2 discriminao e intolerncia pretende discutir as vrias formas de intolerncia e aes discriminatrias no meio social, a exemplo do racismo, ho-mofobia, sexismo, intolerncia religiosa ou poltica, entre outras.

    O tema em si amplo, visto que no h uma definio clara de discriminao. Mesmo assim, nesse tema, pretende-se compreender essencial-mente que a simples inteno de discriminar uma pessoa ou um grupo, como a rejei-o de um candidato negro vaga de diretor de uma empresa, ou uma estudante do curso de Direito que pregou, na internet, o preconceito contra nordestinos, revoltada com a vitria da primeira presidente mulher no Brasil, verifica-se uma situao de discriminao direta.

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  • 3 Explorando os textos imagticos, as composies e poesias:

    Figura 1:

    Texto 1:

    COISAS QUE ACONTECEM FACE - 2009

    Autora: Gabriela da Silva Santos Colgio Estadual Almirante Barroso

    Municpio: Salvador / BA Direc 1B - Salvador

    Mc Gabi disposio.

    Tirem suas armas, seus covardes, das mos! Eu vou lutar e vou vencer.

    Simplesmente, Gabriela, estou no poder. Apenas oua e reflita no que vou te falar.

    Desafiando as fronteiras, minha rima vou mandar. Uma mina de respeito e considerao,

    expressando a verdade sem discriminao. Voc que discrimina a minha cor,

    meu modo de viver, at meu modo de cantar. Acha que sou negra, ento devo me calar? No! No! No!

    Minha voz ativa, passiva e muito paciente com o poderoso que brinca, com o meu povo carente.

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  • Carente de respeito e unio.

    Por que rico sempre rico e pobre ladro? Sociedade sempre fria, calculista e insegura.

    Defeitos vo crescendo na esquina da amargura. No estamos nos sculo XVI, sculo XXI, agora minha vez.

    No quero ser mais uma em meio multido.

    Quando falo desse assunto di o corao.

    O desespero toma conta da populao,

    Por que criana na rua dormindo no cho?

    Mas tenho f em Deus que isso vai mudar.

    S depende de voc se conscientizar.

    E assim vou rimando, mostrando que isso um sujeito.

    O predicado o povo que merece respeito.

    Vivo, sobrevivo, vivendo o atual.

    Rap no s pra homem, te digo na moral.

    O preconceito ainda existe no mundo em que vivemos.

    Fatores e setores nos mostram que esto morrendo, pouco a pouco,

    porque tomamos o nosso posto e a nossa posio.

    Se voc tem amor a ti, ento escute essa cano, escute essa cano.

    Os mais favorecidos roubam o pouco que o pobre tem.

    No somos inocentes, mas colaboramos tambm. BIS

    Sociedade sempre suja, bem-me-quer, mal-me-quer.

    Aos poucos fazemos parte desse mundo de Man.

    Passamos por dificuldades,

    mas temos a humildade de dizer que amamos o nosso lugar.

    Lgrima de tristeza no vai rolar.

    Perguntas vo surgir e cad as respostas?

    Se ligue a, meu irmo, agora v se anota.

    Cad a educao que meu povo abandonou?

    Sei que isso importante desde o tempo de meu av. 11

  • Esqueceram que somos seres imperfeitos de criao,

    mas tendo como um s destino: buscar a perfeio.

    No caio nesse jogo de quem gosta de sofrer.

    Sou Mc Gabi e agora estou no poder.

    Jovens so aliciadas at o amanhecer.

    No queira pro seu prximo o que no serve pra voc.

    Desconfiana, insegurana,

    coisas que nunca pensei em sentir na minha infncia.

    Sofrer o tempo todo, criana nunca quis.

    Sonho o tempo todo em um dia ser feliz

    Meu pai negro e minha me branca.

    Foi por isso que nasceu, uma mina de responsa.

    No tenho medo do que falo, porque sou diferente.

    Falo a verdade, sem precedentes.

    Se voc tem amor a ti, ento escute essa cano.

    Tenho certeza que h uma soluo.

    Pois tenho f em Deus que isso vai mudar.

    Pois coisas acontecem que no da pra acreditar.

    Realidade que no podemos esconder.

    O mundo real, no tem proceder.

    Drogas, violncia, roubo e muito mais.

    Menino na rua pedindo dois reais.

    Cad voc, maioral?

    Onde que voc t?

    Na hidromassagem ou no SPA?

    Meu povo t farto de tantas promessas que no saem do papel.

    Que papel que j nem presta.

    Queremos um mundo melhor, melhor totalmente.

    A, amiga, minha rima diferente.

    Agradeo a Deus pela oportunidade.

    Agora se liga a, exera a coragem,

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  • porque no sou miss Brasil, nem to pouco Universo,

    mas com minha rima... Eu protesto, eu protesto.

    Figura 2:

    Texto 2:

    VIDA ESCRAVA TAL 2010

    Autor: Matheus Nascimento Escola Joo Leonardo da Silva

    Gnero: Poesia Municpio: Valena / BA

    Direc: 05 - Valena

    L, na antiga senzala, Sentado no cho de barro, Ao olhar para a lua cheia,

    Brilham os olhos do negro escravo.

    Logo as lgrimas caem no cho E meio da escurido, Sozinho, acordado,

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  • Pensa o escravo no serto

    E nas aventuras do passado...

    L, minha terra tem mais brilho, Minha terra tem mais cores;

    L, todos so felizes E jogam fora suas dores... L, ningum dependente, L, ningum toma sermo. Somos todos como guia,

    Pois somos filhos do serto.

    Onde eu vivia tem caa e bananeira, Tem morena escura, bonita

    E a to famosa Roda de capoeira!

    L, todos se abraam, L, todos so irmos, L, no como aqui,

    Onde s d discriminao.

    L, no h chicotadas, L, no h escravido.

    Cada um faz seu servio Sem molestar seu irmo.

    Tenho orgulho de ser negro,

    No desprezo minha cor, Sou amado por mim mesmo, Pois sei que um dia serei livre Pra ser feliz com meu amor.

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  • Figura 3:

    Texto 3:

    GAROTO DE RUA

    TAL 2010

    Autor: Gilvan Ribeiro

    Gnero: Poesia

    Escola Estadual Antnio de Deus Seixas

    Municpio: Catu / BA

    Direc: 03 - Alagoinhas

    Discriminar um garoto fcil

    Desconfiar dele necessrio

    Pobre e coitado

    No teve sorte de nascer em um palcio.

    Garoto de rua

    com a vida nua e crua

    sobrevive numa cidade

    onde discriminado, pela sociedade.

    Mora na sarjeta

    E sobrevive de gorjeta 15

  • Na batalha pra ganhar o po

    A sociedade sempre lhe d um No.

    A luta muito desonesta

    Para o mundo ele no presta

    E seu palcio sempre o cho.

    Texto 4:

    UM CAIPIRA LENDO O BRASIL

    Autor: Agleydson Xavier Carvalho

    Gnero: Poesia

    Colgio Estadual Necy Novais

    Municpio: Santa Luz / BA

    Direc: 12 - Serrinha

    Sou caipira, sim, senhor!

    Nordestino de corao

    No estudei pra ser doutor

    Mas tambm sou cidado

    Portador de uma cultura

    De raa e religio.

    No meu tempo de menino

    Sofri muito preconceito

    At a professora dizia

    Que eu no sabia falar direito

    Cresci, estudei um pouco

    E a discriminao do mesmo jeito.

    Pra quem acha que o caipira

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  • No pode se desenvolver

    bom prestar ateno

    Porque vai se surpreender

    O caipira lendo o Brasil

    Agora vocs vo ver.

    No podia deixar de falar

    Da nossa formao

    Uma mistura de raas

    Que deu origem a uma nao

    Cada um com seu costume

    Sua crena e tradio.

    O Brasil tem uma cultura

    Bastante diversificada

    Por brancos, negros e ndios

    Foi muito influenciada

    Mas no podemos dizer

    Existe cultura errada.

    Cada um tem o seu jeito

    Isso enriquece a nao

    Somos frutos da diversidade

    Temos significativa variao

    Seja no modo de falar

    Ou em qualquer outra expresso.

    Existem diferentes formas

    De se ler o nosso Brasil

    Mas como caipira esperto

    E um cabra muito sutil

    Vamos fazer uma leitura

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  • Das nossas riquezas mil.

    A riqueza do Brasil

    No dinheiro nem poder

    Est na relao sociocultural

    Isso voc pode crer

    Vamos fazer um passeio

    Para melhor entender.

    Passando na regio norte

    L voc vai encontrar

    Muitas festas populares

    Entre elas, o Boi-Bumb

    O colorido da arte indgena

    O carimb e o siri

    Visitando o sul do Brasil

    Tem churrasco e chimarro

    A festa da uva e a catira

    Provocam admirao

    Poncho, leno e bombacha

    Caracterizam a regio.

    Centro-oeste do Brasil

    Tambm tem sua identidade

    A procisso do fogaru

    Representa a religiosidade

    Danas, lendas e crenas

    Revelam a diversidade.

    Chegando regio sudeste

    O Cristo Redentor est l

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  • Uma das sete maravilhas do mundo

    E de se admirar!

    Alm disso, tem o fandango

    Que uma dana popular.

    Na regio nordeste

    Tem trio eltrico e animao

    Forr, frevo, xote e xaxado

    E quadrilha de So Joo

    In memria Luiz Gonzaga

    O ilustre rei do baio.

    Alem disso, ainda temos

    Futebol, samba e carnaval

    Que identificam o Brasil

    De um modo especial

    a cara do brasileiro

    Em outro pas no tem igual.

    Essas e outras manifestaes

    o que nos d identidade

    No importa se da roa

    Ou se de uma cidade

    O importante que todas juntas

    Formam a pluralidade.

    Ser caipira muitas vezes

    ser confundido com inocente

    Inadequado, sem cultura

    Ou pouco inteligente

    preciso mais respeito

    Caipira tambm gente

    Gente capaz de lutar 19

  • E honrar seu travesseiro

    Mesmo entendendo a cultura erudita

    Sua cultura no nega no

    Enche o peito agora e digo:

    Sou caipira de corao.

    Para o povo brasileiro

    Deixo o meu apelo aqui

    Nossa cultura riqueza

    Precisamos nos unir

    No deixar a tecnologia apagar

    E nossas riquezas destruir.

    Xeque-mate no preconceito

    Adeus a discriminao

    Vamos lutar por um Brasil melhor

    Insistindo na unio

    E respeitando as diferentes culturas

    Razes de uma nao.

    Texto 5:

    MEU MUNDO DIFERENTE DO SEU

    TAL 2010

    Autora: Thayn Amanda Ferreira de Lima

    Gnero: Poesia

    Escola Normal de Serrinha

    Municpio: Serrinha / BA

    Direc: 12 - Serrinha

    Vivemos no mesmo mundo,

    Porm meu mundo diferente do seu.

    No gosto de viver seu mundo

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  • Gosto de viver o meu.

    No importa se sou diferente,

    Porque para mim melhor assim:

    Ser igual a toda gente

    Seria um tdio total

    Um mundo cheio de robs

    Fazendo e dizendo, tudo igual!

    Deixa-me ser, comande seu mundo

    Que eu comando o meu.

    Sou o que quero ser.

    Sou assim porque sei viver,

    Sou simplesmente diferente,

    Porque ser igual a toda gente

    No tem nada a ver.

    Seu mundo todo rosa e azul,

    O meu preto e branco,

    Mas vivo feliz assim,

    Porque vivo a realidade

    De verdade e

    No em um castelo de sonhos

    Com um mar de flores

    E com quadros com milhes de cores.

    Se voc no gosta de mim assim,

    O problema seu,

    Pois eu vivo a vida com emoo:

    No sou problema do mundo e sim a soluo.

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  • Texto 6:

    A LUTA CONTINUA

    TAL 2011

    AUTOR: ERISTON PAES LANDIM

    Gnero: Poesia

    COLGIO ESTADUAL REINALDO TEIXEIRA BRAGA

    MUNCIPIO: XIQUE-XIQUE / BA

    DIREC: 21 Irec

    Em um mundo to preconceituoso

    Em que ningum quer se comprometer,

    Vou defender a fora do negro

    Com dedicao e prazer

    de muito tempo atrs

    Que o negro vem sendo humilhado,

    Porm so poucas as diferenas

    Do presente para o passado, mas se continuarmos lutando

    Isso um dia ser mudado.

    Pelas histrias que ouo

    Do tempo da escravido

    Os negros eram sempre castigados

    Pelos feitores e seus patres.

    Hoje no tem mais chibatas,

    Surras ou perversidades.

    E os feitores, hoje em dia

    a prpria sociedade.

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  • Que insiste em deixar o negro

    Em um regime de escravido

    Mesmo depois de muito tempo

    De ser declarada

    A lei da abolio

    Hoje alguns negros conquistaram

    O seu espao,

    Mas a luta tem que continuar

    Para que um dia,

    Todos juntos, possamos comemorar.

    A to sonhada e esperada

    Igualdade scio-racial

    Que nos pode ser proporcionada,

    Que pode vir como prmio

    glria dessa rdua batalha.

    Que foi iniciada h muito tempo

    Por grandes lderes mundiais

    Como Martin Luther King,

    Nelson Mandela

    E Zumbi dos Palmares.

    Eles nos mostraram como se faz

    Agora nos resta apenas,

    Dar continuidade luta pela paz

    Que finalmente nos libertar.

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  • Texto 7: O PRECONCEITO

    Diga no ao preconceito...

    No sei onde vai parar tanto preconceito

    De pessoas insensatas

    Que no agem direito.

    Hoje estou aqui pra dizer de corao

    Somos todos iguais, se ligue, meu irmo...

    Eu sou nego, e da, no ligo no

    Essa cor da minha pele me inspirou essa cano...

    Agora vou falar

    Como voc deve agir

    Nesse mundo de preconceito

    Que vai deixar de existir.

    Diga no ao preconceito...

    Continue agindo assim

    Que o mundo vai mudar

    Esquea o preconceito

    Que todos juntos vo cantar

    Diga no ao preconceito

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  • 4 Sugestes de atividades para explorao dos temas e textos: a) Faa a leitura dos textos e imagens apresentados com os alunos.

    b) Faa uma interpretao coletiva, propondo aos alunos sistematizar as in-formaes que esto diretamente relacionadas com a discriminao e intolerncia.

    c) Proponha o questionamento com os alunos sobre o que discriminao e intolerncia. Registre as respostas no quadro.

    d) Sugira um trabalho em grupo, onde os alunos devero:

    I. Identificar os fatores do agravamento das questes discriminatrias no Bra-sil, tomando como base os textos contidos nesse tema.

    II. Pesquisa sobre o racismo, homofobia, sexismo, intolerncia religiosa e po-ltica no Brasil.

    III. A legislao atual que pune o racismo e toda forma de discriminao.

    e) Proponha a produo de cartazes dos trabalhos realizados e exposio na escola para conhecimento da comunidade escolar, inclusive com a possibilidade de agendamento de uma mesa redonda sobre o tema estudado.

    5 Outras fontes de pesquisa para ampliao dos contedos: Consulte o Mdulo Didtico de Referncia Mapeamento e tratamento das

    alternativas metodolgicas de produo de material didtico.

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