TEMA 3 - coisasuteis.weebly.com · 30-04-2018 5 •A Igreja Católica é o único fator de unidade...
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TEMA 3 - A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A
EXPANSÃO ISLÂMICA
SUBTEMA 3.1 - A EUROPA DO SÉCULO VI AO XII
Fim do Império Romano - causas
• Os romanos chamavam Bárbaros aos povos que não tinham a sua cultura;
• Esses povos dedicavam-se sobretudo à agricultura e pastorícia;
• A partir do séc. III foram fazendo negócios com os romanos e alguns foram autorizados a entrar e viver no império romano;
• Do séc. IV ao séc. V ocorreram várias invasões
• O mundo romano estava mais fraco e foi incapaz de resistir à entrada violenta e em simultâneo de vários povos;
• Esses povos são atraídos pelas riquezas do Império romano mas também pressionados pelos Hunos, que vinham do Leste.
• Em 476 Roma foi conquistada.
• Razões para a fraqueza do império romano: – Dificuldades económicas – menor produção;
– Mau funcionamento do exército, indisciplinado;
– Mau funcionamento da administração pública.
NOVAS INVASÕES ENTRE OS SÉCULOS VIII E X
• Os Muçulmanos invadem e ocupam a
Península Ibérica em 711;
• Os Viquingues atacam as zonas costeiras da Europa do Norte e do Ocidente;
• Os Húngaros (ou Magiares) atacam o centro da Europa.
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Consequências e Transformações
• POLÍTICAS – Surge uma nova Europa
– Onde antes havia unidade política, agora há vários reinos;
– Poder frágil por parte dos reis;
– A única instituição que resiste é a Igreja Católica, que ganha importância pelo conforto e segurança que dá às populações.
• ECONÓMICAS – economia de subsistência
– Ruralização da economia
– Grande diminuição do comércio e do uso da moeda
– Quebra na passagem de conhecimentos
– Quebra demográfica
Consequências e Transformações
• SOCIAIS – dependências
– Clima de insegurança
– Fuga das cidades para os campos
– Nova organização social – dependência entre os grupos sociais
Consequências e Transformações AS RELAÇÕES FEUDO-VASSÁLICAS • A vida social e política assentava em relações de
dependência, que se chamavam relações feudo-vassálicas.
• O rei dava territórios (feudos) aos grandes senhores do Clero e da Nobreza;
• Nesses territórios estes senhores eram a autoridade – tinham o seu exército, administravam a justiça (menos a pena de morte ou corte de membros), cobravam rendas e impostos, podiam cunhar moeda.
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• Em troca, deviam ao rei fidelidade, obediência e ajuda militar;
• Estes senhores podiam estabelecer relações com outros menos importantes e assim sucessivamente;
• Os contratos que estabeleciam estas relações chamavam-se contratos de vassalagem e eram um juramento com características religiosas.
A SOCIEDADE MEDIEVAL
– Sociedade tripartida
dividida em três grupos (Clero, Nobreza e Povo);
– Sociedade hierarquizada
cada grupo tem um lugar próprio e funções específicas a desempenhar.
• A pertença aos grupos é determinada:
– Pelo nascimento;
– Pelos cargos que se desempenham.
Privilegiados
Não privilegiados
O CLERO
• Principal(ais) função(ões) do Grupo: rezar
• Classe privilegiada: Sim
• Motivos para a sua posição na sociedade: função religiosa, funções políticas, riqueza, cultura, ensino, assistência social e médica
• Benefícios: possui grandes propriedades, não paga impostos, recebe o dízimo de toda a gente, recebe muitas doações, tribunais próprios, aplica a justiça
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O CLERO
• Diferenças internas:
A NOBREZA
• Principal(ais) função(ões) do Grupo: combater
• Classe privilegiada: Sim ou Não? Sim
• Motivos para a sua posição na sociedade:
função militar, funções políticas, riqueza, possui grandes propriedades
• Benefícios: possui grandes propriedades, não paga impostos, aplica a justiça, tribunais próprios
• Diferenças internas: alta nobreza e baixa nobreza
• Reserva: terras que o senhor guardava para si,
mas que eram trabalhadas pelos servos;
• Mansos: terras arrendadas aos camponeses, para eles explorarem diretamente. Parte do que eles produziam era usado para pagar a renda ao senhor.
• Corveias: pagamento feito em dias de trabalho.
• Banalidades: pagamento pelo uso do lagar, do moinho ou do forno.
A vida nos senhorios
O POVO
• Principal(ais) função(ões) do Grupo: trabalhar
• Classe privilegiada: Não
• Motivos para a sua posição na sociedade: baixos rendimentos, excesso de trabalho, excesso de impostos e obrigações, falta de liberdade
• Benefícios: os que vivem nos concelhos conseguem ser livres
• Diferenças internas: homens livres e servos; baseadas na riqueza e nas profissões; grupo muito heterogéneo
POVO
• Obrigações para com os senhores:
– Rendas;
– Corveias: dias de serviço aos senhores;
– Banalidades: pagamento pelo uso do moinho, lagar ou forno.
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• A Igreja Católica é o único fator de unidade numa Europa dividida;
• É uma instituição que inspira confiança;
• Os povos bárbaros vão-se convertendo ao cristianismo:
– Por uma ação muito insistente e organizada da Igreja;
– Porque lhes interessa estarem mais próximos e serem mais aceites pelos povos dominados.
AFIRMAÇÃO DO CRISTIANISMO • A criação das ordens religiosas foi muito
importante para a Igreja:
– Permitiu o surgimento de um clero muito obediente e bem preparado;
– Os mosteiros e conventos foram centros de desenvolvimento da cultura;
– Estes mosteiros funcionaram também como escolas e centros de cópia de livros.
AFIRMAÇÃO DO CRISTIANISMO
• As primeiras ordens religiosas foram:
– Os beneditinos, fundados por S. Bento de Núrsia (séc. VI);
– As ordens de Cluny (clunicenses) e de Cister (cistercienses), surgidas dentro da ordem beneditina;
• A vida nos mosteiros buscava a autosuficiência, pelo que os monges tinham que praticar muitas atividades:
– Rezar, ensinar, trabalhar nos campos, artesanato, copiar livros, …
AFIRMAÇÃO DO CRISTIANISMO
• Os mosteiros também acolhiam doentes nas suas enfermarias e davam pousada a viajantes e peregrinos.
AFIRMAÇÃO DO CRISTIANISMO
Vairão
ROMÂNICO Estilo artístico surgido nos finais do
século X e inícios do século XI, e que se prolonga até ao século XIII, nalgumas regiões da Europa Ocidental.
O seu nome foi-lhe atribuído pelos historiadores de arte devido às influências romanas.
De carácter essencialmente religioso (conventos e igrejas) e militar (castelos), mas também civil.
ROMÂNICO
As construções reflectem um clima de insegurança e de instabilidade política e as igrejas serviam de casa de Deus e de local de abrigo e de refúgio.
Do ponto de vista económico vivia-se uma crescente prosperidade económica o que ajuda a explicar a proliferação destas construções.
As populações, extremamente religiosas, tudo investem na edificação de pequenas igrejas rurais ou nas grandes sés.
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ARQUITECTURA/CARACTERÍSTICAS
Planta de cruz latina. Arco de volta perfeita e
quebrado. Abóbada de berço e de
arestas. Grossos pilares interiores. Contrafortes exteriores. Paredes baixas e grossas. Pequenas aberturas:
frestas ou seteiras e rosáceas.
Monumentos escuros, austeros e pesados.