TEMA: “Desenvolvimento Sustentável do BRASIL” · ii ii NAP-PLP, da FEA_USP e IDS ... Análise...

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i NAP-PLP, da FEA_USP e IDS - Relatório Curso Formação-Ação Processo Prospectivo e Construção de Cenários – 27 e 28 setembro 2018 – São Paulo -SP RELATÓRIO DO CURSO FORMAÇÃO-AÇÃO PROCESSO PROSPECTIVO – CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS TEMA: “Desenvolvimento Sustentável do BRASIL” Ministrado na FEA-USP Ministrado por: Prof. Dr. Antônio Luís Aulicino Apoio e Supervisão: Prof. Dr. Adalberto Américo Fischmann São Paulo - SP 27 e 28 de setembro de 2018

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NAP-PLP, da FEA_USP e IDS - Relatório Curso Formação-Ação Processo Prospectivo e Construção de Cenários – 27 e 28 setembro 2018 – São Paulo -SP

RELATÓRIO DO

CURSO FORMAÇÃO-AÇÃO

PROCESSO PROSPECTIVO – CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS

TEMA:

“Desenvolvimento Sustentável do BRASIL”

Ministrado na FEA-USP

Ministrado por: Prof. Dr. Antônio Luís Aulicino

Apoio e Supervisão:

Prof. Dr. Adalberto Américo Fischmann

São Paulo - SP

27 e 28 de setembro de 2018

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ii NAP-PLP, da FEA_USP e IDS - Relatório Curso Formação-Ação Processo Prospectivo e Construção de Cenários – 27 e 28 setembro 2018 – São Paulo -SP

SUMÁRIO

Curso Formação-ação Processo Prospectivo – Construção de Cenários – Desenvolvimento Sustentável do Brasil.......................................................................

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Condução das Oficinas................................................................................................. 4

Resultado do Exercício Oficinas Praticado obtido pelos Participantes do Curso........ 5

I) Oficina de Caça às Ideias ou Ideias Recebidas ... às ações....................................... 6

II) Oficina de “mudanças e rupturas ... às ações”......................................................... 10

III) Oficina de “freios e inércias . . . às ações............................................................... 13

IV) Oficina de Árvore de competência do passado, do presente e ... do futuro”......... 16

Consolidação Parcial dos Resultados obtidos nas diversas Oficinas Realizadas no Curso Formação-ação Processo Prospectivo e Construção de Cenários para Análise Estrutural – Desenvolvimento Sustentável do Brasil..................................................

22

V) . Oficina das “Análise do jogo dos atores”........................................................... 23

Análise Estrutural dos Atores – MACTOR REPORT – Curso Pr. Prospectivo Desenvolvimento Sustentável do Brasil.......................................................................

26

Consolidação dos Resultados obtidos nas diversas Oficinas Realizadas para a Análise Estrutural – Desenvolvimento Sustentável do Brasil......................................

42

Análise Estrutural......................................................................................................... 43

Construção de Cenários por meio da Análise Morfológica.......................................... 53

Descrição do Cenário Global, Análise de Riscos e Plano de Ações e Cronograma 64

Referência Bibliográfica Base para Elaboração deste Curso....................................... 70

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Lista dos Participantes do curso................................................................... 3 Tabela 2: Hierarquização das Ideias Identificadas....................................................... 7 Tabela 3: Hierarquização das Mudanças Identificadas................................................ 11 Tabela 4: Relação dos Fatores Freios e Inércias Identificadas..................................... 13 Tabela 5: Relação dos Fatores Freios e Inércias Hierarquizadas................................. 14 Tabela 6: Fatores da Árvore de Competência do Passado e do Presente e Pontos

Fracos e Fortes............................................................................................ 19 Tabela 7: Fatores da Árvore de Competência do Presente e do Futuro e

Oportunidades e Ameaças............................................................................. 21 Tabela 8: Relação de Atores considerados importantes por VARIÁVEL................... 23 Tabela 9: A hierarquização de Atores considerados importantes............................... 24 Tabela 10: Identificação dos Objetivos a partir dos Campos de Batalhas e, estes,

dos Desafios................................................................................................ 25 Tabela 11: Relação das Variáveis-chave Identificadas................................................ 43 Tabela 12: Tema 1: “Papel do Estado” - definição das hipóteses por variável............ 55 Tabela 13: Tema 2: “Comportamento Brasileiro” – definição de hipóteses por

variável........................................................................................................ 55 Tabela 14: Tema 3: “Social” – definição de hipóteses................................................. 55 Tabela 15: Lista das Ações Estratégicas, início e término e responsáveis................... 66

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Plano: Importância x Impacto das principais ideias identificadas.................................... 8

Figura 2: Plano: Importância das mudanças x Grau de preparação dos Atores............................... 12

Figura 3: Plano: importância dos freios e inércias x Grau de preparação dos Atores...................... 15

Figura 4: Árvore de Competência do Passado, Presente e Futuro................................................... 17

Figura 5: Síntese dos resultados das oficinas do curso Formação-ação do Processo Prospectivo e a Construção de Cenários - tema: Desenvolvimento Sustentável do Brasil................... 22

Figura 6: Síntese dos resultados das oficinas do curso Desenvolvimento Sustentável do Brasil, acrescida dos Atores principais....................................................................................... 42

Figura 7: Matriz de Influência Direta (MID) entre as variáveis-chave............................................ 45

Figura 8: Matriz de Influência Direta (MID) entre as Variáveis preenchidas pelos participantes em conjunto..................................................................................................................... 45

Figura 9: Plano da dependência e influência direta das variáveis-chave........................................ 46

Figura 10: Grau de Influência Direta das principais variáveis chave.............................................. 47

Figura 11: Tela do software MICMAC para informar o parâmetro de multiplicação..................... 48

Figura 12: Matriz de Influência Indireta (MII)................................................................................ 48

Figura 13: Plano da Dependência e Influência Indireta das variáveis-chave................................... 49

Figura 14: Grau de Influência Indireta das principais variáveis chave............................................ 51

Figura 15: Construção de Cenários parciais do tema 1: “Papel do Estado”.................................... 57

Figura 16: Construção de Cenários parciais do tema 2: “Comportamento Brasileiro”................... 59

Figura 17: Construção dos cenários globais para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, por meio da Análise Morfológica........................................................................................ 61

Figura 18: Planilha da Entrada das Ações Estratégicas, Cronograma início e término e Responsabilidade de Execução....................................................................................... 67

Figura 19: Cronograma das Ações Estratégicas, início e término e Responsáveis por sua execução.......................................................................................................................... 68

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1 NAP-PLP, da FEA_USP e IDS - Relatório Curso Formação-Ação Processo Prospectivo e Construção de Cenários – 27 e 28 setembro 2018 – São Paulo -SP

Curso Formação-ação Processo Prospectivo – Construção de Cenários Desenvolvimento Sustentável do Brasil

O curso foi fechado e gratuito, ministrado na sala A12 (concurso), no prédio FEA-1, da FEA-USP, Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 - Butantã, São Paulo - SP, em que houve quinze participantes. Este curso Processo Prospectivo - Construção de Cenários proporcionou aos participantes compreenderem

conceitualmente e serem sensibilizados sobre o processo prospectivo, e sua ocorrência em outras partes do

mundo, principalmente, na União Europeia, em especial na França e Bélgica, onde proporciona a apropriação das

pessoas, e, por conseguinte requer a apropriação da sociedade para a mobilização.

Ressaltando, que a Prospectiva é a aplicação de processos sistemáticos e participativos de levantamento de informações relativas ao passado, presente e futuro e da construção da visão estratégica do futuro de médio e, principalmente, de longo prazo para apoiar às decisões e definir políticas e ações estratégicas.

O objetivo do curso é propiciar aos participantes adquirir os conceitos e sensibilizá-los e conscientizá-los sobre o processo prospectivo e a construção de cenários para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil,. Além disso, o objetivo do curso é fornecer subsídios para que os mesmos possam se apropriar desse conhecimento para ter condições de conduzir um processo.

A estrutura do curso foi adaptada para dois dias, 16 horas. O curso foi estruturado para abranger todo o processo prospectivo de uma maneira geral, considerando desde o processo de constituir sua Governança até a Construção de Cenários, como também definir as ações, se executadas controem a visão estratégica do futuro dentre as possíveis, a desejável e realizável. No caso deste curso o conteúdo programático foi o seguinte:

1º dia do curso:

• Apresentações dos participantes (nome, profissão, onde trabalha e função) • Conceito sobre Prospectiva1 • Definição do Problema, do objetivo, horizonte e logo • Apresentação das Oficinas • Oficinas realizadas ao mesmo tempo, participantes divididos em quatro grupos:

– Ideias identificadas / Caça às ideias . . . às ações – Mudanças e rupturas . . . às ações. – Freios e Inércias... às ações – Árvore de Competência do Passado, do Presente ... e do Futuro

� Consolidação dos resultados obtidos nas oficinas, a varredura do ambiente identificando as variáveis � Conceito de Agente Sociais (stakeholders) e Atores, a identificação e a integração

– Oficina: “Variáveis identificadas aos.... Jogo dos Atores”, usando método MACTOR

2º dia do curso:

• Prospectiva Regional, reforço conceitual 2 • Orientação referente ao Aprofundamento de Variável • Conceito sobre Análise Estrutural • Elaboração da Análise Estrutural • Conceito de Análise Morfológica

1 Os conceitos sobre o Processo Prospectivo vejam no arquivo: Apr_Prospectiva_27set2018.pdf 2 Os conceitos sobre o Processo Prospectivo do dia 16 dezembro 2016 vejam no arquivo: Apr_Prospectiva_16_12_2016.pdf

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• Construção de Cenários parciais e globais, possíveis, desejáveis e realizáveis e Cenários confrontantes e contrastantes

• Plano de Ações Estratégicas com os respectivos responsáveis e datas de início e término, considerando as ações que mitigam o cenário não desejável.

Inicialmente, foram definidos o Problema, o Objetivo, o Horizonte, o logo referentes ao tema suporte para o curso: Desenvolvimento Sustentável do Brasil”.

Por de dinâmicas iguais das oficinas, que serão relatadas posteriomente, foram definidos:

Problema:” A falta de formação cidadã e educação promove o pensamento individual e não coletivo.”

Objetivo: “Reduzir a desigualdade social”

Horizonte: “2040”

Após estas definições, foram apresentadas as oficinas citadas no programa do curso.

O objetivo das oficinas do Processo Prospectivo é iniciar e simular em poucas horas e em grupo o conjunto do processo de reflexão prospectiva e estratégica para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, situação atual e futura.

As oficinas de prospectiva constituem um exemplo de verdadeira formação-ação, na medida em que propiciam aos participantes as condições indispensáveis para uma participação ativa na reflexão prospectiva. Mas o grupo não se limita a ser consumidor de formação, é também produtor de reflexão sobre o problema proposto.

Nestes encontros, os participantes são familiarizados com os métodos e as ferramentas da prospectiva estratégica para identificar e hierarquizar em comum os principais desafios do futuro sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, situação futura e identificar pistas para a ação.

Na prospectiva, o termo francês “atelier” (oficina ou workshop) é freqüentemente utilizado para designar sessões organizadas de reflexão coletiva. Este termo, desde há muitos anos, é utilizado tanto na França, como em diversos países da União Européia, da Asía e Afríca. O carácter modular destas oficinas bem como a facilidade de sua realização prática permitem-lhes adaptar-se a todas as situações. Devido à sua simplicidade e rapidez de execução, estes seminários aproximam-se de técnicas como a “quick

environmental scanning technique” (QUEST) de Burt Nanus (1982).

As oficinas devem ser compostas por oito a dez pessoas, no máximo, que se reúnem em várias sessões de trabalho de duas a quatro horas. Os participantes deste curso estão na tabela 1.

Estas oficinas, quaisquer que sejam os temas abordados, são organizadas em torno de dois grandes princípios:

1°/ permitir uma grande liberdade de expressão a todos os interlocutores (tempo de reflexão individual em silêncio, recolhimento de todas as ideias por escrito);

2°/ canalizar a produção dos participantes (nomeadamente através de uma gestão rigorosa do tempo e, sobretudo, através do recurso sistemático de técnicas, tais como: a classificação das ideias, a hierarquização, etc.).

É no decurso das sessões de síntese, organizadas no final destas oficinas, que os diferentes grupos partilham as suas reflexões e as comparam.

As oficinas constituem um preâmbulo precioso, senão indispensável, a qualquer reflexão prospectiva. A sua execução é simples e a sua metodologia facilmente apropriável. Eles devem, em primeiro lugar, servir de rampa de lançamento para um processo de reflexão prospectiva em comum. No fim dessas oficinas, no processo prospectivo, os participantes adquirem, assim, um melhor conhecimento dos problemas a estudar.

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E ficam em posição de definir em conjunto um tema e um método de trabalho adaptado às limitações de tempo e de meios e aos objetivos pretendidos (o método só fica completamente validado após algumas semanas de consolidação).

Este relatório apresenta a consolidação dos resultados dos trabalhos realizados durante o curso Formação-ação em Processo Prospectivo, durante os três dias, tendo o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, situação atual e futura, como tema suporte da aprendizagem dos conceitos sobre o processo prospectivo regional. Deve ser ressaltado que o curso teve como suporte as bibliografias citadas no item: Referência Bibliográfica Base para Elaboração deste Curso. Os participantes do curso, constam na Tabela 1.

Tabela 1: Lista dos Participantes do curso Nome

1 Adalberto Tacini 2 Alfredo Nastari Livramento 3 Camila Mattos Barbosa dos Santos 4 Danilo Rodrigues Percinoto 5 Juliana Vitor Medeiros de Paula 6 Juliana Mattos Barbosa dos Santos 7 Katia Santos Veras 8 Marina Pedrozo Abramovici 9 Renata Martins 10 Sheila Serafim da Silva (*) 11 Simone Fioravanti 12 Thiago Alves Cavalcante

OBS.: (*): teve 80,0% de frequência, na participação; e os demais participaram 100% do curso

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Condução das Oficinas Na condução das oficinas, foram definidos os relatores, os marcadores de tempo por tarefa e os animadores ou facilitadores, que deverão considerar as orientações relacionadas a seguir, como também o acordo de convivência para os trabalhos nas oficinas atingirem os resultados esperados: Orientações aos animadores ou facilitadores: • Orientar e esclarecer as atividades a serem desenvolvidas ao longo do dia • Solicitar que o grupo selecione uma pessoa a ser responsável pelo registro das informações do grupo • Elaborar o acordo de convivência (complementar). • O facilitador não desenha e nem escreve nas fichas dos participantes; • Deve se responsabilizar por todo o material do grupo (recolher ao final do dia), pela identificação dos

participantes dos grupos e por identificar as informações corretamente. • Nunca induzir ou dizer, mas ajudar o participante para o desenvolvimento das atividades a serem

realizadas. • Exigir o cumprimento dos acordos • Não deixar que um elemento do grupo tome conta. Acordo de Convivência nos grupos, para desenvolvimento dos trabalhos nas oficinas: • Participar de todos os dias, se não pode, não participar da oficina • Cumprimento do horário • Respeitar a fala dos outros • Dúvidas devem ser tiradas individualmente • Não ter conversas paralelas As Oficnas ocorreram de forma simultânea, a distribuição dos 12 participantes nas 4 oficinas foi 3 pessoas por oficina

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Resultado do Exercício Praticado das Oficinas obtido pelos

Participantes do Curso

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I) Oficina de Caça às Ideias ou Ideias Recebidas ... às ações3 Objetivo:

• Identificar as ideias que têm impacto sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, através dos comportamentos e das representações dos atores, notadamente. Esta reengenharia mental é essencial para auxiliar na elaboração das melhores perguntas sobre o futuro.

Algumas ideias recebidas, fundamentadas ou não, são geralmente admitidas sem que seja necessário argumentá-las ou justificá-las.

• Exemplos: “Efeito Estufa”; “Uso ou não uso de agrotóxico”; “Desenvolvimento Sustentável é

um problema do governo”, “Nas regiões da Amazônia só há desmatamento”

O objetivo desta oficina consiste em fazer um inventário das ideias recebidas e dos consensos dominantes, que circulam no âmbito do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro.

O benefício desta abordagem, é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as “crenças” e “não expressas”, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores.

Oficina de “caça às ideias ou ideias recebidas” seguiu as etapas:

� Listar as ideias recebidas e dos consensos dominantes que circulam no âmbito do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro

� Hierarquizar estas ideias em função da importância de seu impacto sobre os comportamentos e estratégias futuras dos atores

� Analisar o conteúdo das principais ideias recebidas

� Identificar as conseqüências delas

� Tirar as lições desta análise e propor 5 à 10 ações concretas

1) Abaixo seguem as etapas, realizadas e os resultados, da Oficina “ideias recebidas”:

Procedimento utilizado:

• Durante 5 minutos, cada participante estabelece em silêncio e por escrito a lista das ideias recebidas e dos consensos dominantes que circulam no âmbito do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro

• Todos estes fatores são em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, 7 ideias identificadas e os consensos dominantes de impactar sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro.

As ideias recebidas e os consensos dominantes identificados pelos participantes, foram as seguintes:

1. O DS deve ser objetivo de todos 2. Estado / organizações promovem práticas coletivas, ex.: competições coletivas como jogos 3. Comunidade local organiza ações de plantio para melhorar o meio ambiente em determinados locais 4. O Desenvolvimento Sustentável (DS) depende de um pensamento integrador 5. Desenvolvimento econômico do país é fundamental para reduzir a desigualdade

3 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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6. Vizinhança solidária com canal de comunicação coletiva 7. A redução da desigualdade social é de responsabilidade de todos, não só do governo

2) As principais ideias

Procedimento utilizado: • Um sistema de agregação de pontos de vista permitir hierarquizar esses 7 fatores, em função da

importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil e, independentemente, da natureza deste impacto (positivo / negativo). Cada participante recebeu, neste caso, 3 pontos4 (ou direito de voto) para distribuir numa ideia, que considera como tendo um impacto sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro. Os participantes puderam escolher no máximo 1 fator. O número de pontos a serem atribuídos a um item deverá situar-se entre 1 e 4: � 1 = impacto fraco ou limitado; � 2 = impacto sensível; � 3 = impacto forte; � 4 = impacto crítico.

• Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada fator, obtendo o seguinte resultado:

Tabela 2: Hirarquização das Ideias Identificadas

Ordem Ideia Hierar-

quização

1ª. O Desenvolvimento Sustentável (DS) depende de um pensamento integrador

6

2ª. O DS deve ser objetivo de todos 3

3ª. Estado / organizações promovem práticas coletivas, ex.: competições coletivas como jogos

4ª. Comunidade local organiza ações de plantio para melhorar o meio ambiente em determinados locais

5ª. O desenvolvimento econômico do país é fundamental para reduzir a desigualdade

6ª. Vizinhança solidária com canal de comunicação coletiva

7ª. A redução da desigualdade social é de responsabilidade de todos, não só do governo

3) Identificar as consequências dessas ideias

As principais ideias identificadas e os consensos dominantes identificados na etapa 2, estão posicionados sobre um plano cujos eixos medem sua importância (ordenada) e seu impacto (abcissa) (negativo/freio ou positivo/motor) sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil.

O posicionamento desses fatores no Plano: importância x impactos, apresentados a seguir, devem se lidos de maneira sistêmica (posição relativa de cada ideia identificada em relação às outras).

4 Este número é igual ao número de fatores dividido por 2 (ou sejam 7 fatores), quando o resultado for fracionado arredondar o número encontrado

ao imediatamente superior. Esta regra geralmente é adaptada em função do número de fatores identificados e do número de participantes do grupo de trabalho. Neste caso 7 fatores dividido por 2 é igual a 3,5, imediatamente, superior é pontos, mas neste caso mante 3 pontos. Depois o valor 3 divide por 3, para encontrar o número de fatores, pelos quais serão distribuídos a quantidades de pontos, neste caso, 3 / 3 ≅ 1. Então, os 3 pontos serão distribuídos para 1 fator, de acordo com os graus de impacto.

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Neste exercício do curso, a classificação das ideias teve uma maior representatividade de ideias positivas / motores e classificação no meio, entre as duas opções, negativa e positiva, para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro, conforme figura 1.

Figura 1: Plano: Importância x Impacto das principais ideias identificadas 3) Analisar o conteúdo das principais ideias recebidas

Procedimento utilizado:

• Nesta etapa é tratada a avaliação da credibilidade das principais ideias recebidas anteriormente identificadas.

• Estas ideias recebidas podem ser consideradas, ao menos parcialmente, como argumentos fundamentados? Para responder a esta questão, o grupo de trabalho identificou os argumentos que fundamentam ou não fundamentam cada uma das principais ideias recebidas.

Importância

das ideias

Forte

Fatores que vão contribuir para o

Desenvolvimento Sustentável

do Brasil

O Desenvolvimento Sustentável (DS) depende de um pensamento

integrador (6)

O DS deve ser objetivo

de todos (3)

Comunidade local organiza

ações de plantio para

melhorar o meio ambiente

em determinados locais

Estado / organizações

promovem práticas coletivas,

ex.: competições coletivas

como jogos

O desenvolvimento

econômico do país é

fundamental para reduzir a

desigualdade

Vizinhança solidária

com canal de

comunicação coletiva Fraco

A redução da desigualdade social é de

responsabilidade de todos, não só do governo

Negativo / Freio Positivo / motor Impacto sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil

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1ª ideia - “O Desenvolvimento Sustentável (DS) depende de um pensamento integrador” (6)

Argumentos a favor Argumentos contra

1) Os esforços precisam ser direcionados 1) Tirar as pessoas da sua zona de conforto

2) Promover o pensamento coletivo 2) Resolvendo uma questão de cada vez, atinge-se resultados mais rápidos

3) DS depende de diversos fatores que devem ser trabalhados em conjunto

3) Estados e Regiões tendem a ser protecionistas

Síntese e lições aprendidas:

• DS precisa de esforços direcionados e coletivos para atingir o pensamento integrador,

sendo necessário uma visão menos individualista

4) Ações referentes às ideias: • Criar comissão com representantes dos Estados; • Criar projetos / ações interdisciplinares (economia / educação / cultura / etc); • Desenvolver projetos que incentivem a coletividade.

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II) Oficina de “mudanças e rupturas ... às ações” 5

Objetivo:

O objetivo desta oficina consiste em identificar quais são as mudanças de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente, demográfica, política e outras), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje no futuro, bem como as implicações dos fatores referidos e potenciais ações para remediar ou fortalecer tais fatores.

O benefício desta abordagem, é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as crenças e não

expressas, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores.

Oficina de “mudanças ... às ações” seguiu as etapas:

� Listar os fatores de mudanças de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente, demográfica, politica e outras), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje no futuro.

� Hierarquizar estas mudanças em função da importância de seu impacto sobre futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil.

� Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças.

� Identificar as conseqüências e proposições de ações.

1) Abaixo seguem as etapas, realizadas e resultados, da Oficina “mudanças... às ações”: Procedimento utilizado: • Durante 5 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito a lista das mudanças e/ ou

rupturas tecnológicas, econômicas, políticas, culturais, sociais, organizacionais, regulmentações, etc, que vão marcar o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro.

• Todos estes fatores foram em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, os fatores de mudanças prováveis de impactar o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro.

As mudanças e/ ou rupturas identificadas e os consenso dominante pelos participantes, com a redação final modificada e consensuada pelos participantes, foram as seguintes:

1) Investimento e acompanhamento na cultura / educação; 2) Introduzir o pensamento coletivo às disciplinas; 3) Investir em espaços comunitários para promoção da cidadania; 4) Novo plano de carreira para professores; 5) Maior efetividade nas regulamentações na política; 6) Estruturar no sistema de educação, ações que promovam a cidadania.

5 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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2) As principais mudanças

Procedimento utilizado:

• Um sistema de agregação de pontos de vista permitiu de hierarquizar esses 6 fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, independentemente da natureza deste impacto (positivo / negativo). Cada participante recebeu, neste caso, 3 pontos6 (ou direito de voto), porém os participantes decidiram por atribuir no máximo 2 pontos. A regra de classificação foi a seguinte: para cada um dos fatores (atribuiu-se um determinado número de pontos) em função da importância de seus impactos sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro. Os participantes deverão escolher, neste caso, 1 fator. O número de pontos atribuídos a cada item devia situar-se entre 1 e 4, conforme seu impacto:

� 1 = impacto fraco ou limitado;

� 2 = impacto sensível;

� 3 = impacto forte;

� 4 = impacto crítico.

• Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada fator, obtendo o seguinte resultado:

Tabela 3: Hirarquização das Mudanças Identificadas

Ordem Mudança Hierar-

quização 1. Investimento e acompanhamento na cultura / educação; 4 2. Maior efetividade nas regulamentações na política; 2 3. Investir em espaços comunitários para promoção da cidadania; - 4. Novo plano de carreira para professores; - 5. Introduzir o pensamento coletivo às disciplinas; - 6. Estruturar no sistema de educação, ações que promovam a cidadania; -

3) Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças.

As principais mudanças indentificadas na etapa anterior (2) foram posicionadas sobre um plano, cujos eixos, que indicam sua importância (ordenada) e o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento (abcissa).

6 Este número é igual ao número de fatores dividido por 2 (ou sejam 15 fatores), quando o resultado for fracionado arredondar o número

encontrado ao imediatamente superior. Esta regra geralmente é adaptada em função do número de fatores identificados e do número de participantes do grupo de trabalho. Neste caso 15 fatores dividido por 2 é igual a 7,5, imediatamente, superior é pontos. Depois o valor 8 divide por 3, para encontrar o número de fatores, pelos quais serão distribuídos a quantidades de pontos, neste caso, 8/ 3 3. Então, os 8 pontos serão distribuídos entre 3 fatores, de acordo com os graus de impacto.

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Figura 2: Plano: Importância das mudanças x Grau de preparação dos Atores

4) Identificar as consequências e a proposição de ações

Identificar as consequências das principais mudanças e formular as questões principais para o desenvolvimento futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil.

Mudança 1. Investimento e acompanhamento na cultura / educação (4)

Consequências 1. Pessoas mais engajadas 2. Políticas mais assertivas

Questões 1. Haverá maior posicionamento sobre os direitos e deveres na sociedade?

5) Ações referentes às mudanças:

1. Investimento em espaços comunitários para a promoção da cidadania; 2. Internalizar o pensamento coletivo nos programas de ensino; 3. Investir em novo plano de carreira dos professores.

Importância das

mudanças

Mudanças e principais desafios do futuro

Investimento e acompanhamento na cultura / educação (4)

Forte

Necessidade de

mobilização dos

atores de

desenvolvimento

Maior efetividade nas regulamentações na política (2)

Introduzir o pensamento coletivo às

Fraco

Novo plano de carreira para professores

Fraco Forte

Grau de preparação atual dos atores no Desenvolvimento Sustentável do Brasil

Investir em espaços comunitários para

promoção da cidadania;

Estruturar no sistema de educação, ações que

promovam a cidadania;

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III) Oficina de “Freios e Inércias . . . às ações” 7 O objetivo desta oficina, consiste em fazer um inventário dos freios e inércias, que poderão prejudicar ou retardar o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro.

O benefício desta abordagem é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as crenças e não

expressas, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores. A prospectiva se interessa pelas mudanças, mas também pelas permanências. Em matéria de desenvolvimento regional, é necessário levar em consideração os freios, os obstáculos ou estrangulamentos, assim como a resistência à mudança proveniente das inércias.

Oficina “freios e inércias” seguiu as etapas:

� Listar os freios, obstáculos, gargalos, estrangulamentos e inércias de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, etc.), de qualquer ordem (externa, interna) para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro

� Hierarquizar estes fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil

� Avaliar a domínio dos atores do desenvolvimento face a estes principais fatores

� Identificar as exigências prévias e condições de sucesso para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil

� Propor 5 a 10 ações concretas

Abaixo seguem as etapas, realizadas e resultados, da Oficina “freios e inércias”: Procedimento utilizado: • Durante 5 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito a lista de freios,

obstáculos, gargalos, estrangulamentos e inércias de qualquer natureza de qualquer ordem para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro.

• Todos estes fatores foram em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, 6 freios/inércias e consensos dominantes prováveis de impactar sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro.

1) Listagem : os freios e as inércias recebidas e consensos dominantes identificados pelo grupo

foram os seguintes:

Tabela 4: Relação dos Fatores Freios e Inércias Identificadas Freios / Inércias

1 Participação dos pais na educação; 2 Garantia das necessidades básicas; 3 Desvio de investimento / corrupção 4 Cultura imediatista 5 Currículos ultrapassados 6 Má gestão

2) Os principais freios e inércias ao desenvolvimento do BRASIL 2035

Procedimento utilizado:

7 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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• Um sistema de agregação de pontos de vista permitiu de hierarquizar esses 6 fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, independentemente da natureza deste impacto (positivo / negativo). Neste caso, os participantes decidiram que a quantida de pontos seria 6 e distribuido entre 2 fatores. A instrução era:”Cada

participante receberia, neste caso, 3 pontos8 (ou direito de voto). A regra de classificação seriai a

seguinte: para cada um dos fatores (atribuiu-se um determinado número de pontos) em função da

importância de seus impactos sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e

no futuro. Os participantes puderiam escolher no máximo 1 fator”. O número de pontos atribuídos a cada item devia situar-se entre 1 e 4, conforme o seu impacto: � 1 = impacto fraco ou limitado; � 2 = impacto sensível; � 3 = impacto forte; � 4 = impacto crítico.

• Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada fator, obtendo o seguinte resultado:

Tabela 5: Relação dos Fatores Freios e Inércias Hierarquizadas

Ordem Freios / Inércias Hierar-

quização 1 Cultura imediatista 6 2 Desvio de investimento / corrupção 5 3 Participação dos pais na educação; 4 4 Garantia das necessidades básicas; 3 5 Currículos ultrapassados - 6 Má gestão -

. 3) Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças

Os freios e as inércias identificados na etapa 2 foram posicionados sobre um plano cujos eixos medem sua importância (ordenada) e seu grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento (abcissa) (negativo/freio ou positivo/motor) sobre o Desenvolvimento Sustentável do Brasil.

O posicionamento desses fatores no Plano: importância x grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento, apresentados a seguir, devem se lidos de maneira sistêmica (posição relativa de cada ideia identificada em relação às outras).

Neste exercício do curso, as ideias foram concentradas em forte importância e fraco grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento e fraca importância e e fraco grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento, conforme figura 3.

8 Este número é igual ao número de fatores dividido por 2 (ou sejam 6 fatores), quando o resultado for fracionado arredondar o número

encontrado ao imediatamente superior. Esta regra geralmente é adaptada em função do número de fatores identificados e do número de

participantes do grupo de trabalho. Neste caso, seria 6 fatores dividido por 2 é igual a 37. Depois o valor 3 divide por 3, para encontrar

o número de fatores, pelos quais seriam distribuídos a quantidades de pontos, neste caso, 3/ 3 ≅ 1. Então, os 3 pontos seriam distribuídos

1 único fator, de acordo com os graus de impacto.

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Figura 3: Plano: importância dos freios e inércias x Grau de preparação dos Atores

4) Identificar as exigências prévias e as condições de sucesso para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil Procedimento utilizado: • Nesta etapa foram identificadas as exigências prévias e as condições de sucesso dos principais

freios/inércias para o desenvolvimento futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, seu ambiente hoje e no futuro.

1 Cultura Imediatista (6) Exigências prévias 1. Inclusão do tema prospecção no currículo escolar Condições de sucesso 1. Entendimento e engajamento da sociedade

4) As ações concretas para os principais freios e inércias foram:

1. Disseminar o tema; 2. Conscientizar dos benefícios; 3. Promover o debate e mobilizar o povo; 4. Incentivar reforma nas leis; 5. Cpacitar professores no novo tema.

Importância dos

freios e inércias

Freios e Inércias, principais desafios do futuro

Cultura imediatista (6)

Desvio de investimento / corrupção (5)

Forte

Participação dos pais na educação (4)

Fraco

Má gestão

Fraco

Garantia das necessidades básicas (3)

Currículos ultrapassados

Forte

Grau de preparação atual dos atores do Desenvolvimento Sustentável do

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IV) Oficina: “Árvore de competência do passado, do presente . . . e do futuro” 9 Objetivo da oficina: elaborar as dinâmicas passadas e presentes do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, na elaboração de sua árvore de habilidades. Esta oficina precisa a vocação, as competências e seus conhecimentos, mas também sua organização até as linhas de produtos e/ou serviços. A dinâmica leva em conta as mudanças no ambiente. Na 1ª. parte foram construídas as árvores do passado e do presente, analisando os pontos fortes e fracos da árvore do presente em relação ao passado. Na 2ª. parte foi construída a árvore do futuro e analisadas as oportunidades e ameaças em relação à árvore do presente. Oficina de “árvore de competência do passado e presente” seguiu as etapas

� Construção da árvore do passado (10 a 20 anos)

� Construção da árvore do presente

Na Árvore de Competências do presente, identificar os pontos fortes e os fracos

� Na Árvore de Competências do presente, identificaram-se os pontos fortes e os fracos

Abaixo seguem as etapas, realizadas e os resultados, da Oficina “árvore de competências do passado e do presente”, considerando:

• As raízes: valores, competências e pessoas, recursos financeiros, recursos tecnológicos, comerciais, produtivos e outros... adaptados, ao Desenvolvimento Sustentável do Brasil.

• O tronco: processo, organização e outros adaptados ao Desenvolvimento Sustentável do Brasil. • Os ramos: linhas de produto – mercado, serviço – mercado e outros ... adaptados ao

Desenvolvimento Sustentável do Brasil. 1) Construir a árvore do passado (10 a 20 anos):

Procedimento utilizado: Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpria lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas, executando várias rodadas sucessivas.

2) Na construção da Árvore de Competências do presente, foram identificados os pontos fortes e os

pontos fracos em relação ao ambiente do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, e aos atores, considerando à Árvore de Competências do Passado. Esta atividade foi efetuada conforme os participantes foram identificando os elementos do presente.

Procedimento utilizado: Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpia lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas, executando várias rodadas sucessivas.

9 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

GIGET M., "Arbres technologiques et arbres de compétences. Deux concepts à finalité distinte", Futuribles, nº 137, novembre 1989.

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Figura 4: Árvore de Competência do Passado, Presente e Futuro FONTE: GIGET (1989)

Passado Presente Futuro

O passado é único, a sua análise é para

entender as operações constantes e

permanentes do Desenvolvimento Sustentável

do Brasil, para conhecer melhor a capacidade

que tinha de evoluir e enraizar o projeto

Desenvolvimento Sustentável do Brasil, na sua

realidade histórica.

O futuro é incerto, sua análise ajuda a identificar

riscos e oportunidades que surgem para o

Desenvolvimento Sustentável do Brasil definir as

questões e desafios a enfrentar, a fim de

determinar o seu futuro desejado e integração no

projeto Desenvolvimento Sustentável do Brasil.

Futuro

Raiz:

Vocação,

Competência,

• Conhecimento

Tronco:

• Execução

• Organização

Frutos:

• Linhas de produtos e/ou Serviços

• Mercados

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Procedimento utilizado:

Durante 10 a 15 minutos, cada participante elabora sua prórpia lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As idéias são em seguida recolhidas e organizadas, executando várias rodadas sucessivas.

Em seguida a Tabela 6 foi preenchida, pelos participantes, inicialmente a árvore de competência do passado e, posteriormente, a árvore de competência do presente, com os diversos fatores, identificando se é ponto fraco e/ou ponto forte em relação aos fatores da árvore de competência do passado. O importante desta oficina foi o resgate do passado e a realidade do presente, considerando nesta reflexão os grandes aspectos. As fotos desta oficina proporcionam uma visualização melhor da situação passada e presente do Desenvolvimeto Sustentável do BRASIL

.

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Tabela 6: Fatores da Árvore de Competência do Passado e do Presente e Pontos Fracos e Fortes Elementos

de Represen-tação da Árvore

Árvore de Competência Fatores do Presente em relação ao

Passado

PASSADO PRESENTE P. Fraco P. Forte

RAMOS

1. Empresas brasileiras crescendo no mercado internacional 1. Ações sem planejamento Empresas brasileiras com

imagem desgastas no mercado internacional Diminuição da arrecadação da previdência Perpetuação dos processos burocráticos Economia instável, gerando diminuição de investimentos Enfraquecimento econômico Envelhecimento da população

Maior acesso à tecnologia Crescimento do Empreendedorismo Aumento da Inovação

2. Competências especialistas 2. Muitos recursos tecnológicos acessíveis 3. Poucas pessoas com acesso à tecnologia 3. Trabalho informal em crescimento 4. Maior parte dos produtos exportados agrícolas / minérios

TRONCO

1. Processos manuais e burocráticos 1. Acessos truncados burocráticos 2. Organizações públicas não / ou pouco interagem outras

organizações públicas 2. Dificuldade de aprovação de reformas estruturais

(política, fiscal, etc) 3. Processos manuais e burocráticos 3. Organizações diminuindo quadro de funcionários

RAÍZ

1. População jovem (idade econômica-ativa) 1. Individualismo

2. Pouca inovação 2. Pessoas sem perspectivas de futuro /

desmotivação 3. Moeda valorizada 3. Moeda desvalorizada

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3) Construção da Árvore de Competência do Futuro Construir a árvore do futuro, considerando oportunidades e ameaças do ambiente e construir para o do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, uma árvore de competência do futuro, sabendo que a análise prospectiva permite considerar que o futuro possui incertezas e está aberto para muitos futuros possíveis Objetivo da oficina: imaginar um futuro desejável / realizável diante das ameaças e oportunidades do ambiente e construir para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil uma árvore de competência do futuro, sabendo que a Análise Prospectiva permite considerar que o futuro possui incertezas e está aberto para muitos futuros possíveis. 3.1) Oficina de “árvore de competência do futuro” seguiu as etapas: 1) Construiu-se a árvore do futuro (10 a 20 anos), levando em consideração as mudanças críticas

identificadas, considerando o que deve ser: conservado, desenvolvido ou abandonado. Nestas considerações, levaram-se em conta as possíveis ameaças e oportunidades do ambiente. Identificar os elementos da árvore impactados (ativos e vulneráveis)

2) Construiu-se a árvore de competências desejável para o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, considerando o que deve ser: conservado, desenvolvido ou abandonado. Nestas condições, levaram-se em conta as possíveis ameaças e oportunidades do ambiente.

3) Nesta oficina, a construção árvore de futuro levou em conta as forças e fraquezas do Desenvolvimento Sustentável do Brasil e das consequências das mudanças.

Procedimento utilizado: Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpria lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas , executando várias rodadas sucessivas.

Em seguida a Tabela 7 foi preenchida, pelos participantes, a árvore de competência do futuro, com os diversos fatores. Depois identificaram os aspectos referentes a oportunidades e ameaças da Árvore do Futuro em relação à Árvore do Presente. O importante desta oficina foi o obter o que os participantes desejam para o futuro da BRASIL em ralação à situação presente.

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Tabela 7: Fatores da Árvore de Competência do Presente e do Futuro e Oportunidades e Ameaças Elementos

de Represen-tação da Árvore

Árvore de Competência Fatores do Futuro em relação ao

Presente

PRESENTE FUTURO Ameaças Oportunidades

RAMOS

1. Empresas brasileiras crescendo no

mercado internacional 1. Produtos inovadores

• Volta da ditadura

• Ideologia separa o país

• Aumento do extremismo • Volta do especialista com

restrição à cultura

• Maior acesso aos produtos /

serviços sem custo

• Novos formatos de trabalho

• Processos de sistemas interligados • Volta do especialista com visão

interdisciplinar

2. Competências especialistas 2. Crescimento startups 3. Poucas pessoas com acesso à

tecnologia 3. Maior investimento em pesquisa

TRONCO

1. Processos manuais e burocráticos 1. Processos transversais 2. Organizações públicas não / ou pouco

interagem outras organizações públicas

2. Processos ágeis

3. Processos manuais e burocráticos 3. Legislação mais flexível aos microempreendedores

RAIZ

1. População jovem (idade econômica-

ativa) 1. Pessoas em rede

2. Pouca inovação 2. Competências generalistas 3. Moeda valorizada 3. Aquecimento Global

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Consolidação Parcial dos Resultados obtidos nas diversas Oficinas Realizadas no Curso Formação-ação Processo Prospectivo e a Construção de Cenários para a Análise Estrutural - Desenvolvimento Sustentável do Brasil

A partir dos resultados obtidos nas diversas oficinas foi elaborada uma síntese, conforme na figura 5, que retrata a identificação das variáveis-chave que comporão a Análise Estrutural do Processo Prospectivo. Foi então utilizado o software MICMAC, da LIPSOR – CNAM, para efetuar a Análise de Impacto Cruzado. A identificação das variáveis-chave foi efetuada analisando as diversas oficinas e seus resultados.

Figura 5: Síntese dos resultados das oficinas do curso Formação-ação do Processo Prospectivo e a Construção de Cenários tema: Desenvolvimento Sustentável do Brasil.

A partir dessas informações, inicia-se o processo de Análise Estrutural.

Desenvolvimento Sustentável do Brasil

Sustentabilidade • O D.S. Depende de um

pensamento integrador • O D.S. deve ser objetivos

de todos • Aquecimento Global

Tecnologia Maior investimento em pesquisa

Política Efetividade regulamentações na política

Cultural • Investimento e

acompanhamento na cultura / educação

• Cultura imediatista • Desvio de investimento /

corrupção

Econômica • Produtos inovadores • Crescimento das startups

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V) Oficina das “Análise do jogo dos atores” 10 1) O objetivo desta oficina consiste em:

• A partir das variáveis identificadas na consolidação e consideradas mais importantes do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, encontrar os atores implicados pelas situações que estão em jogo. Para isso, foram hierarquizadas as variáveis, conforme explicado nas três primeiras oficinas, conforme segue:

Variáveis Hierar-

quização 1ª. O D.S. deve ser objetivos de todos 16 2ª. Efetividade regulamentações na política 13 3ª. Desvio de investimento / corrupção 9 4ª. Cultura Imediatista 8 5ª. O D.S. Depende de um pensamento integrador 5 6ª. Investimento e acompanhamento na cultura / educação 5 7ª. Maior investimento em pesquisa 4 8ª. Produtos inovadores - 9ª. Aquecimento Global - 10ª. Crescimentos das Startups -

1.1) Foram identificados os atores com base nas 2 principais variáveis, obtidas da consolidação das oficinas

e hierarquizadas: O D.S. deve ser objetivos de todos (16) e Efetividade regulamentações na política (13).

Tabela 8: Relação de Atores considerados importantes por VARIÁVEL

Variáveis Identificadas Atores

O D.S. deve ser objetivos de todos (16)

1. Sociedade Brasileira

2. Poder Executivo

3. Políticos

4. Estados

5. Sindicatos

6. ONG’s

7. Empresas privadas

8. Docentes

9. Empreendedores

10. Organizações internacionais

11. Líderes Comunitários

Efetividade regulamentações na política (13)

1. Poder Judiciário

2. Movimentos sociais

3. População

4. Poder Legislativo

5. STF

10 GODET, M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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The MACTOR method is created by Michel Godet and developed within LIPSOR - Godet, M. “Manuel de prospective stratégique, Tome 2”. Dunod 2001 - Godet, M. “Creating Futures Scenario Planning as a strategic Management Tool”. Economica

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6. Conselhos de Classe

7. Ministério Público

8. Associações de representação (Ex.: OAB)

9. Imprensa

Depois da hierarquização dos atores por variável foi elaborada uma única lista de atores. Tabela 9: Atores considerados importantes

Ordem ATORES 1 Sociedade Brasileira

2 Poder Executivo

3 Poder Judiciário

4 Movimentos Sociais

5 Poder Legislativo

6 STJ

7 Ministério Público

OBS.: Dos atores pontuados, foram escolhidos os 7 (cinco) atores principais para esta oficina. 1.2) Identificar os Desafios, os Campos de Batalha e os Objetivos Associados

Neste caso, na reflexão sobre os atores do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL, torna-se importante a identificação dos desafios dos atores, em razão das questões de incertezas, e da possibilidade de perda ou de ganho para cada um dos atores diante do desafio, isto é, do que está em jogo no DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL em análise.

Um desafio, que pode identificar vários campos de batalha, isto é, onde atuam cada ator, devendo analisar os campos de batalha em função das particularidades das estratégias dos atores envolvidos no DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL em análise.

A identificação dos objetivos de atuação dos atores se faz a partir de cada campo de batalha, que devem ser expressos por meio de um verbo de ação.

Entendendo o que significa desafio, campo de batalha e os objetivos associados à atuação dos atores, conforme Bassaler (2004), elabora-se a tabela abaixo, considerando, inicialmente, a reflexão individual e depois a coletiva.

A tabela 10, abaixo, mostra os resultados desta reflexão. Porém, em razão da falta de tempo, a escolha dos objetivos foi efetuada a partir dos atores considerados importantes.

Desafios ou Situações em Jogo

Campos de Batalhas Objetivos Associados à Atuação dos Atores

D1

SJ1 O1 O2

SJ2 O4 O5

SJ3 O6 SJ4 O7

. . . . . .

. . .

. . . . . . . . .

Dn SJn On

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Tabela 10: Agrupamento dos Objetivos associados à atuação dos Atores Objetivos que representam a atuação dos Atores (Nome Longo) Nome Curto

1. Promover, executar e controlar o cumprimento das metas e leis. LEIS 2. Melhorar e ampliar a educação cidadã no Brasil EDUCCIDADA 3. Construir um país justo e igualitário Justigua 4. Reforma do poder executivo e judiciário que promovam qualidade de vida para a sociedade Qualida 5. Atingir indices sociais de países desenvolvidos INDSOC 6. Engajar efetivamente a sociedade brasileira ao poder público para cumprir as metas da ODS ODS 7. Articular ações conjuntas entre sociedade e poderes na promoção do D.S. DESSUST

A partir dessas informações foi utilizado o software MACTOR, do LIPSOR – CNAM, onde os atores e os objetivos identificados foram registrados, gerando registros de dados e os respectivos nomes mnemônicos ou curtos. A partir destas informações foram construídas as matrizes ATOR x ATOR e ATORES x OBJETIVOS, iniciando-se a análise dos Atores, por meio do software MACTOR, do LIPSOR – CNAM.

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The MACTOR method is created by Michel Godet and developed within LIPSOR - Godet, M. “Manuel de prospective stratégique, Tome 2”. Dunod 2001 - Godet, M. “Creating Futures Scenario Planning as a strategic Management Tool”. Economica

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ANÁLISE ESTRUTURAL DOS ATORES

Mactor Report

CURSO_PR_PROSPECTIVO_DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL

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SU M A R I O

I.I.I.I. Aresentação dos ATORESATORESATORESATORES ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 22228888

1. Lista dos atores ........................................................................................................................... 28

II.II.II.II. Apresentação dos OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 22228888

1. Lista dos objetivos ...................................................................................................................... 28

III.III.III.III. DADOS ENTRADA DAS MADADOS ENTRADA DAS MADADOS ENTRADA DAS MADADOS ENTRADA DAS MATRIZESTRIZESTRIZESTRIZES ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 22228888

1. Matriz de Influencias Diretas (MDI) ............................................................................................ 28

2. Matriz de posições valorizadas (2MAO) ...................................................................................... 29

IV.IV.IV.IV. RESULTOS DO ESTUDORESULTOS DO ESTUDORESULTOS DO ESTUDORESULTOS DO ESTUDO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 30303030

1. Influências diretas e indiretas ..................................................................................................... 30 1. Matriz Influências diretas e indiretas (MDII) ................................................................................. 30 2. Mapa de influências and dependênciasentre atores .................................................................... 30 3. Escala real de influências (NS) ....................................................................................................... 33 4. Competitividade MIDI .................................................................................................................... 34 5. Matriz de Maxima Influência Direta and Indireta (MMIDI) ........................................................... 35 6. Competitividade MMDII ............................................................................................................. 35

4. Relacionamento Atores e Objetivos ............................................................................................ 40

5. ......................................................................................................................................................... 40 1. Relacionamento Ordem 1 ........................................................................................................... 40 2. Relacionamento Ordem 2 ........................................................................................................... 41

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AP R E S E N T A Ç Ã O D O S AT O R E S

L I S T A D E A T O R E S 1. Sociedade Brasileira (SocBRAS) 2. PODE EXECUTIVO (PEXEC) 3. Poder Judiciário (Podju) 4. Movimentos Sociais (MOVSOC) 5. Poder Legislativo (PodLegis) 6. STJ (STJ) 7. Ministério Publico (MuPL)

AP R E S E N T A Ç Ã O D O S OB J E T I V O S

L I S T A D O S O B J E T I V O S 1. Promover, executar e controlar o cumprimento das metas e leis. (LEIS) 2. Melhorar e ampliar a educação cidadã no Brasil (EDUCCIDADA) 3. Construir um país justo e igualitário (Justigua) 4. Reforma do poder executivo e judiciário que promovam qualidade de vida para a sociedade (Qualida) 5. Atingir indices sociais de países desenvolvidos (INDSOC) 6. Engajar efetivamente a sociedade brasileira ao poder público para cumprir as metas da ODS (ODS) 7. Articular ações conjuntas entre sociedade e poderes na promoção do D.S. (DESSUST)

DA D O S D E E N T R A D A D A S M A T R I Z E S

M A T R I Z D E I N F L U Ê N C I A S D I R E T A S ( M D I ) A Matriz de Influências Direta (MDI) Ator X Ator criada da tabela de estratégias dos atores, descreve as influências

diretas dos atores tem sobre cada um dos outros atores. Influências são classificadas de 0 a 4, de acordo com a importância do risco possível do ator: 4 – quando o ator Ai pode contestar ou pode confirmar a existência do ator Aj 3 - quando o ator Ai pode contestar ou pode confirmar as missões do ator Aj 2 - quando o ator Ai pode contestar ou pode confirmar os projetos do ator Aj 1 - quando o ator Ai pode contestar ou pode confirmar os processos operacionais do ator Aj 0 - quando o ator Ai não tem qualquer influência sobre o ator Aj

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The MACTOR method is created by Michel Godet and developed within LIPSOR - Godet, M. “Manuel de prospective stratégique, Tome 2”. Dunod 2001 - Godet, M. “Creating Futures Scenario Planning as a strategic Management Tool”. Economica

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M A T R I Z D E P O S I Ç Õ E S V A L O R I Z A D A S ( 2 M A O ) A matriz de posições valorizadas ator X objetivo (2MAO) fornece informações sobre a posição do ator em cada

objetivo (pró, contra, neutro ou indiferente) e a hierarquia dos seus objetivos.

O sinal (+ ou -) indica se o ator é susceptível de atingir o objetivo ou não. Zero (0) é indiferente. 4. O objetivo Oj desafia a existência do ator Ai – é indispensável para ele existir 3. O objetivo Oj desafia a missão do ator Ai – é indispensável para essa missão 2. O objetivo Oj desafia o sucesso dos projetos do ator Ai – é indispensável para o sucesso desses projetos 1. O objetivo Oj desafia, no limite de tempo e espaço, a operação do processo usado pelo ator Ai – é indispensável a

esse processo.

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The MACTOR method is created by Michel Godet and developed within LIPSOR - Godet, M. “Manuel de prospective stratégique, Tome 2”. Dunod 2001 - Godet, M. “Creating Futures Scenario Planning as a strategic Management Tool”. Economica

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RE S U L T A D O S D O E S T U D O I N F L U Ê N C I A S D I R E T A S E I N D I R E T A S

M a t r i z d e I n f l u ê n c i a s D i r e t a s e I n d i r e t a s ( M D I I ) A matriz MDII determina as influências diretas ou indiretas de ordem 2 entre os atores. A utilidade desta matriz é

sua visão mais completa dos jogos de competitividade (um ator pode reduzir o número de escolhas de outra influenciando-o por meio de um ator intermediário). A operação de 'soma' usado para calcular que a MDII não produz (nesta nova matriz) na mesma escala de intensidades adotadas para avaliar influências diretas em MDI. Apesar disso, valores em MDII são um bom indicador da importância das influências diretas e indiretas, que os atores têm uns sobre os outros. Dois indicadores são calculados a partir do MDII:

- O grau de influência direta e indireta de a cada ator (Ii, pela soma das linhas). - O grau de dependência direta e indireta de a cada ator (Di, pela soma das colunas).

Os valores representam influências diretas e indiretas entre atores. Quanto maior o valor, mais influência o ator tem sobre o outro.

M a p a d e i n f l u ê n c i a s e d e p e n d ê n c i a s e n t r e a t o r e s Mapa de influências e de dependências entre os atores é uma representação gráfica das posições dos atores com

relação às influências e dependências (direta ou indireta: Di e Ii) entre si. As posições são calculadas automaticamente pelo software MACTOR.

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The MACTOR method is created by Michel Godet and developed within LIPSOR - Godet, M. “Manuel de prospective stratégique, Tome 2”. Dunod 2001 - Godet, M. “Creating Futures Scenario Planning as a strategic Management Tool”. Economica

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O mapa de influências e dependências entre os atores contém informações sobre os atores, o que cada quadrante significa e a explicação dos eixos de controle e de implicação: Eixo de Implicação: • Um ator pouco influente e pouco dependente, fora do jogo; e ao contrário, muito influente e dependente,

mas ele está envolvido nas redes de influência e dispõe de meios de ação. Eixo de Controle: • Permite distinguir os atores dominantes, dos atores mais sensíveis (ou dominados).

De acordo com o Mapa, o ator dominante é: STJ; e o ator implicado é: Movimento Social. Estes atores que farão parte das variáveis-chave. Para introduzir as informações sobre os objetivos e outros dados sobre os atores, deverá ser efetuado no momento de registrar o ator, conforme a tela do software MACTOR para registro dos atores ou quando for possível, lembrando: sempre fazer uma cópia em “EXCEL” para que o software MACTOR não perca as informações.

Atores

dominantes

Atores

autônomos

Atores

dominados

Atores de ligação

ou de passagem

obrigatória

Eixo de

Implicação

Eixo de

Controle

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No momento de registro dos dados dos Atores, nome por extenso, o nome mnemônico, a descrição detalhada do ator, na janela seguinte, o(s) objetivo(s) do ator e sua descrição, como também as forças e fraquezas desse ator, podendo cadastrar os dados das pessoas entrevistadas.

Tela do Software MACTOR para registro dos atores e suas respectivas informações

No momento do registro dos Objetivos, registrar o objetivo por extenso, lembrar do verbo no infinitivo, o nome curto e sua descrição suscinta. Além disso registrar a situação em jogo ou o possível desafio dos atores em relação ao objetivo.

Tela do Software MACTOR para registro dos objetivos e suas respectivas informações

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The MACTOR method is created by Michel Godet and developed within LIPSOR - Godet, M. “Manuel de prospective stratégique, Tome 2”. Dunod 2001 - Godet, M. “Creating Futures Scenario Planning as a strategic Management Tool”. Economica

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Lembrar que os atores dominantes e os implicados fazem parte das variáveis-chave, que serão aprofundadas. Poderão ser incluidos outros atores nessa análise do aprofundamento.

E s c a l a r e a l d e i n f l u ê n c i a s ( N S ) A escala real de influências diretas e indiretas mede, para cada par de atores, a distância entre a influência direta

e indireta. Cada Ator exerce (ou recebe) influências diretas e indiretas de ordem 2 (de) cada ator. A escala de influência real vai indicar para cada par de atores a influência excedente exercidas ou recebidas. Se a escala for positiva (sinal +), ator que i (linhas da matriz NS) tem uma influência mais direta e indireta sobre o ator j (colunas da matriz NS) do que recebe desse ator. Ocorre o oposto quando a escala tem um valor negativo sinal (-). O próximo passo é calcular para cada ator a diferença total de influências diretas e indiretas, adicionando-se as escalas de influência real sobre o resto dos atores.

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The MACTOR method is created by Michel Godet and developed within LIPSOR - Godet, M. “Manuel de prospective stratégique, Tome 2”. Dunod 2001 - Godet, M. “Creating Futures Scenario Planning as a strategic Management Tool”. Economica

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Os valores são números inteiros relativos. O sinal (+) indica que o ator exerce mais influência do que recebe. O sinal (-) indica que o ator exerce menos influência do que recebe.

C o m p e t i t i v i d a d e ( r e l a ç ã o d e f o r ç a ) M I D I

Vetor de competitividade MIDI A Matriz de Influências Diretas e Indiretas (MIDI) proporciona dois tipos de informações úteis:

- A influência direta e indireta que o ator i tem sobre o ator j (MIDI), onde i!=j e são equivalentes, por definição, para a dependência direta e indireta que o ator j tem com relação ao ator i.

- A influência indireta que o ator i tem sobre si mesmo vem por meio de um ator intermediário. Isto é chamado de retroação (MIDI) ii. Quando um ator é mais competitivo então será sua influência, mas sua dependência e retroação serão bastante fracas. É tolice pensar que somente a influência do ator avalia a sua competitividade. Um ator pode ser muito influente, também ser muito dependente e ao mesmo tempo ser muito retroativo: isto resultaria em uma fraca competitividade. No entanto, um ator sendo moderadamente influente e sem qualquer dependência ou retroação será muito competitivo.

Ri* é a competitividade do ator i, considerando seu máximo: influências; dependências diretas e indiretas; e feedback.

Histograma da competitividade de MIDI O histograma de competitividade de MIDI é criado a partir do vetor de competitividade MDII. Escala competitividade MIDI - Objetivo: Ter engajamento Escala competitividade MIDI - Objetivo: Desenvolver o Brasil com autonomia e harmonia Escala competitividade MIDI - Objetivo: Promover Comunicação Transparente e Eficiente

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The MACTOR method is created by Michel Godet and developed within LIPSOR - Godet, M. “Manuel de prospective stratégique, Tome 2”. Dunod 2001 - Godet, M. “Creating Futures Scenario Planning as a strategic Management Tool”. Economica

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M a t r i z d e M á x i m a I n f l u ê n c i a s D i r e t a e I n d i r e t a ( M M I D I ) A MMIDI é utilizada para determinar o nível máximo de influência que um ator pode ter sobre o outro, quer direta

ou indiretamente (por meio de um agente intermediário). No entanto, na matriz MIDI perdemos o sentido da significação simples usada para construir a escala de intensidades (de influências diretas na matriz MDI), mas a MMDII conserva esta escala. Existem dois resultados interessantes dados pela MMIDI: - O grau de influências diretas e indiretas máximo de cada ator (IMAXi) é calculado somando-se as linhas. - O grau de dependências diretas e indiretas máximo de cada ator (IMAXi) é calculado somando-se as colunas.

Os valores representam influências diretas e indiretas máximos entre atores: Quanto maior o valor, mais influência o ator tem sobre o outro.

C o m p e t i t i v i d a d e ( r e l a ç ã o d e f o r ç a s ) M M I D I

Histograma de competitividade de MMIDI O histograma de competitividade MMIDI é criado a partir do vetor de competitividade MMDII.

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Equilíbrio das relações de força - Objetivo: Promover, executar e controlar o cumprimento das metas e leis (LEIS)

Equilíbrio das relações de força - Objetivo: Melhorar e ampliar a educação cidadã no Brasil (EDUCCIDADA)

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Equilíbrio das relações de força - Objetivo: Construir um país justo e igualitário (Justigua)

Equilíbrio das relações de força - Objetivo : Construir um país justo e igualitário (Justigua)

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Equilíbrio das relações de força - Objetivo : Reforma do poder executivo e judiciário que promovam qualidade de vida

para a sociedade (Qualida)

Equilíbrio das relações de força - Objetivo : Atingir índices sociais de países desenvolvidos (INDSOC)

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Equilíbrio das relações de força - Objetivo : Engajar efetivamente a sociedade brasileira ao poder público para cumprir as metas da ODS (ODS)

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Equilíbrio das relações de força - Objetivo : Articular ações conjuntas entre sociedade e poderes na promoção do D.S. (DESSUST)

R E L A C I O N A M E N T O A T O R E S E O B J E T I V O S

R e l a c i o n a m e n t o d e O r d e m 1

Matriz de Posições Simples (1MAO) A matriz de posição simples 1MAO descreve o grau de parecer (ponto de vista) de cada ator em relação a cada

objetivo (provável, improvável, neutro ou indiferente). Esta matriz, resultado da fase do Mactor 3, não é composta das entradas de dados inicial. Mactor recalcula-la a partir de 2MAO.

Obs.: Como todos os atores teriam condições de atender os objetivos segundo os participantes, não houve um desafio

e por essa razão não houve algum destaque entre os atores x objetivos.

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-1: ator improvável atingir o objetivo 0: Posição neutra 1: ator com possibilidade de atingir o objetivo

R e l a c i o n a m e n t o d e O r d e m 2

Matriz de Posição Valorizada (2MAO) / Matriz Atores Objetivos (2MAO) A matriz de 2MAO especifica a posição do ator em relação a cada objetivo (pró, contra, neutro ou indiferente).

Esta matriz é a informação inicial dada pelo usuário e também apresenta marginalidades.

O sinal (+ ou -) indica se o ator é susceptível de atingir o objetivo ou não. Zero (0) é indiferente. 4. O objetivo Oj desafia a existência do ator Ai – é indispensável para ele existir 3. O objetivo Oj desafia a missão do ator Ai – é indispensável para essa missão 2. O objetivo Oj desafia o sucesso dos projetos do ator Ai – é indispensável para o sucesso desses projetos 1. O objetivo Oj desafia, no limite de tempo e espaço, a operação do processo usado pelo ator Ai – é indispensável a

esse processo.

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Consolidação dos Resultados obtidos nas diversas Oficinas Realizadas para a Análise Estrutural

Desenvolvimento Sustentável do Brasil

A partir dos resultados obtidos nas diversas oficinas foi elaborada uma síntese, conforme na figura 6, que retrata a identificação das variáveis chave que comporão a Análise Estrutural do Processo Prospectivo. Foi então utilizado o software MICMAC, da LIPSOR – CNAM, para efetuar a Análise de Impacto Cruzado. A identificação das variáveis-chave foi efetuada analisando as diversas oficinas e seus resultados. Foi definido entre os participantes acrescentar o ator Ministério Público como ator.

Figura 6: Síntese dos resultados das oficinas do curso Desenvolvimento Sustentável do Brasil acrescida dos Atores principais.

A partir dessas informações, inicia-se o processo de Análise Estrutural.

STJ

Desenvolvimento Sustentável do Brasil

Sustentabilidade • O D.S. Depende de um

pensamento integrador • O D.S. deve ser objetivos

de todos • Aquecimento Global

Tecnologia Maior investimento em pesquisa

Política Efetividade regulamentações na política

Cultural • Investimento e

acompanhamento na cultura / educação

• Cultura imediatista • Desvio de investimento /

corrupção

Movimento

Sociais

Econômica • Produtos inovadores • Crescimento das startups

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Análise Estrutural11

A ANÁLISE ESTRUTURAL consiste em identificar as variáveis do ambiente externo, por sua ação direta e também por intermédio de combinações de influências indiretas, em geral negligenciadas, mas de grande poder de influência sobre o sistema, ou seja, sobre o ambiente próximo da organização, e identificar as inter-relações e a relevância dessas variáveis para explicar o sistema. O curso formação-ação visa ter noção de todo o processo prospectivo. A etapa depois da consolidação dos resultados das oficinas e identificação das variáveis-chave propiciará a delimitação do aprofundamento do processo prospectivo e a análise estrutural. Nesta etapa do processo, as variáveis-chave escolhidas, devem ser descritas, contendo as evoluções passadas, ressaltando as variáveis que provocaram essas evoluções, verificando a situação atual dessas variáveis provocadoras dessas evoluções, verificando as tendências futuras dessas variáveis provocadoras, como também as rupturas dessas variáveis provocadoras, detalhando das variáveis o máximo possível, e finalmente, atribuir uma expressão mnemônica (nome abreviado da variável). � A partir dos resultados das oficinas, com a descrição das variáveis selecionadas, com base na figura12,

durante 5 minutos, cada participante fez sua análise em silêncio das variáveis.

Variável: é “aquilo” que afeta o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, elas podem ser internas e externas.

� As variáveis identificadas e consolidadas pelos participantes a partir das oficinas, que foram realizadas,

estão na Tabela 11, incluindo os atores dominantes e implicados.

Tabela 11: Relação das Variáveis-chave Identificadas

Foram consideradas todas as variáveis-chave identificadas na Análise de Impacto Cruzado, nesta fase da Análise Estrutural.

No processo REAL todas as variáveis identificadas são consideradas, mas antes de efetuar a Análise do Impacto Cruzado, há necessidade de efetuar o APROFUNDAMENTO DE CADA UMA DAS VARIÁVEIS IDENTIFICADAS, para que todos se apropriem do detalhamento das variáveis e adquiram o conhecimento necessário para contribuir nessa análise. Para isso, deve-se seguir o seguinte roteiro para descrever as variáveis:

11 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

VARIÁVEL

1 O D.S. deve ser objetivos de todos

2 Efetividade regulamentações na política

3 Desvio de investimento / corrupção

4 Cultura Imediatista

5 O D.S. Depende de um pensamento integrador

6 Investimento e acompanhamento na cultura / educação

7 Maior investimento em pesquisa

8 Produtos inovadores

9 Aquecimento Global

10 Crescimentos das Startups

11 STJ 12 Movimentos Sociais

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Variável Expressão Mnemônica (nome curto)

• Descrição • Fontes de Consulta - Bibliografia: Entidades governamentais e

científicas, biblioteca, estatística, séries temporais, internet e outras fontes

• Evoluções Passadas • Variáveis que provocaram as evoluções • Situação atual das variáveis provocadoras das evoluções • Tendências Futuras das variáveis provocadoras • Rupturas Futuras das variáveis provocadoras • Detalhamento das variáveis • Definição das HIPÓTESES, no mínimo duas. • Referência Bibliográfica

Isso significa que no processo prospectivo REAL não há necessidade da hierarquização das variáveis-chave, mas devem-se descrever de maneira aprofundada todas as variáveis-chave, para conhecer o grau de influência ou não sobre as demais variáveis, quando for efetuada a análise de impacto sobre as demais variáveis. A relação de todas as variáveis-chave foi utilizada no software MICMAC, seguindo a sequência: ir em \Data

entry\Variables e preencher a lista de variáveis (Long Label, Short label, Description e Theme (neste caso o

“theme” é dimensão)), exportar para Excel e gravar. Definir o “calculation parameters”, isto é, quantas inteirações desejam efetuar com a matriz estruturada a seguir. As interações devem ser 4, por se tratar de 22 anos, neste caso, mas em razão da quantidade baixa de variáveis deverá estabilizar em 2. Essas variáveis foram classificadas em variáveis-chave internas (são as que fazem parte do subsistema Desenvolvimento Sustentável do Brasil) e externas (são as que constituem o ambiente do Desenvolvimento Sustentável do Brasil). Neste caso só houveram variáveis internas.

N° L O N G L A B E L S H O R T L A B E L D E S C R I P T I O N T H E M E 1 O D.S. depende de um pensamento integrador DSPENSA Sustentabilidade 2 O D.S. deve ser objetivo de todos DSTODOS Sustentabilidade 3 Produtos inovadores PRODINOV Econômica 4 Crescimento das Startups CRESSTART Econômica 5 Maior investimento em pesquisa INVPESQ Tecnológica 6 Investimento e acompanhamento na cultura / educação INVCULED Cultura 7 Cultura imediatista CULIMED Cultura 8 Desvio de investimento / corrupção DESINVCORR Cultura 9 Efetividade regulamentações na política EFEREGPOL Política 10 STJ STJ Legal 11 Movimento Social MOVSOC Social 12 Aquecimento Global AQUEGLOB Sustentabilidade

Abrir a Matriz de Influência Direta (MDI), Matrix of Direct Influences (MDI), e exportar em Excel e gravar, conforme figura 7. Na planilha do Excel, os participantes em consenso verificam a influência entre as variáveis, sendo 0: não há influência; 1: fraca; 2: moderado; 3: forte.

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Figura 7: Matriz de Influência Direta (MID) entre as variáveis chave

Preencher a matriz, planilha em Excel, com os pesos consensuais, sempre salvando em Excel, conforme Figura 8. Depois, que a matriz foi preenchida de maneira consensual pelos participantes, essa planilha, no Excel, deve ser importada ao abrir o MDI, do software MICMAC, conforme a Figura 8. Ao importar a planilha Excel deve-se tomar o cuidado de se informar as linhas e as colunas, corretamente, caso contrário haverá problemas nos dados importados.12

Influences range from 0 to 3, with the possibility to identify potential influences: 0: No influence 1: Weak 2: Moderate influence 3: Strong influence

Figura 8: Matriz de Influência Direta (MID) entre as Variáveis preenchidas pelos participantes em conjunto

12 Para utilizar o MICMAC, neste processo, veja no arquivo: MIMAC_Brasilandia_2040.xml

1 : D

SP

EN

SA

2 : D

ST

OD

OS

3 : P

RO

DIN

OV

4 : C

RE

SS

TA

RT

5 : IN

VP

ES

Q

6 : IN

VC

UL

ED

7 : C

UL

IME

D

8 : D

ES

INV

CO

RR

9 : E

FE

RE

GP

OL

10

: ST

J

11 : M

OV

SO

C

12

: AQ

UE

GL

OB

1 : O D .S . d e p e n d e d e u m p e n s a m e n o in te g r a d o r

2 : O D .S . d e v e s e r o b j e t i v o s d e to d o s

3 : P r o d u to s i n o v a d o res

4 : C r e s i m e n to d a s S ta r tu p s

5 : M a io r i n v e s ti m e n to e m p e s q u i s a

6 : In v e s tim e n to e a c o m p a n h a m e n to n a c u l tu r a / e d u c a ç ã o

7 : C u l tu r a i m e d i a ti s ta

8 : D e s v i o d e i n v e s ti m e n to / c o r r u p ç ão

9 : E fe t i v i d a d e r e g u l a m e n ta ç õ e s n a p o l ít ica

1 0 : S T J

11 : M o v im e n to S o c i a l

1 2 : A q u e c i m e n to G l o b a l

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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IPS

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-EP

ITA

-MIC

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C

1 : D

SP

EN

SA

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OD

OS

3 : P

RO

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4 : C

RE

SS

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5 : IN

VP

ES

Q

6 : IN

VC

UL

ED

7 : C

UL

IME

D

8 : D

ES

INV

CO

RR

9 : E

FE

RE

GP

OL

10

: ST

J

11 : M

OV

SO

C

12

: AQ

UE

GL

OB

1 : O D .S . d e p e n d e d e u m p e n s a m e n o i n te g r a d o r

2 : O D .S . d e v e s e r o b je ti v o s d e to d o s

3 : P r o d u to s i n o v a d o res

4 : C r e s im e n to d a s S ta r tu p s

5 : M a io r i n v e s t im e n to e m p e s q u i s a

6 : In v e s tim e n to e a c o m p a n h a m e n to n a c u l tu r a / e d u c a ç ã o

7 : C u l tu r a i m e d i a ti s ta

8 : D e s v i o d e i n v e s t im e n to / c o r r u p ç ão

9 : E fe ti v i d a d e r e g u l a m e n ta ç õ e s n a p o l ít ica

1 0 : S T J

11 : M o v i m e n to S o c ia l

1 2 : A q u e c im e n to G lo b a l

0 3 3 2 2 3 3 3 3 2 3 2

3 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2

2 2 0 3 3 3 2 2 1 1 3 3

3 1 3 0 3 2 1 1 1 0 2 2

2 2 3 3 0 3 2 2 2 0 2 3

3 3 3 3 3 0 3 3 3 2 3 3

3 3 2 2 3 3 0 3 3 1 3 3

3 3 2 2 3 3 3 0 3 3 3 3

3 3 3 3 3 3 3 3 0 3 3 3

2 2 0 0 0 1 2 3 3 0 3 0

3 3 2 2 2 3 3 2 3 1 0 2

2 3 3 3 3 3 3 1 1 0 1 0

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Depois de importar os dados da planilha Excel, que atualizou o MICMAC, ele gerou a Figura 9, a distribuição das variáveis-chave, nos diversos quadrantes, mostrando no quadrante I, as variáveis mais influentes, as motrizes, as variáveis explicativas; depois, no quadrante II, as variáveis que são influentes e dependentes ao mesmo tempo, as de ligação, que são importantes para a inovação; no quadrante IV as mais dependentes, que são as de resultado, e finalmente, no quadrante III as variáveis excluídas, autônomas, que não são dependentes e nem influentes, são variáveis que estão bem equacionadas, isto é, não há alguma coisa para ser efetuada.

Figura 9: Plano da dependência e influência direta das variáveis chave

A Figura 10 mostra a influência direta entre as variáveis. Neste gráfico, foram ressaltadas somente as variáveis que são fortemente influentes dentre o conjunto de variáveis chave selecionadas, detectadas pelo MICMAC.

Têm caráter prioritário na construção de cenários. Explica a evolução do Sistema

Têm relevância por intermediarem as influências dos fatores motrizes nos resultados ou efeitos finais. Por natureza são instáveis. Variáveis de Inovação.

Dependência Influenciáveis indiretamente Não devem ser priorizados por não possuir efeito sinérgico importante

Variáveis de Entrada

(Explicativa)

Variáveis de

Resultado

Variáveis de

Ligação (Instáveis)

Variáveis Excluídas

(Autônomas)

I

II

III IV

Infl

uên

cia

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Figura 10: Grau de Influência Direta das principais variáveis chave

Depois de obtidas as informações anteriores, por meio do MICMAC, acessar a opção “Calculation

parameters”, no MICMAC, informando o parâmetro desejado para obter a Matriz de Influências Indiretas (MII), conforme mostra a Figura 11. Isto significa quantas vezes se deseja que a matriz multiplique por ela mesma para gerar as influências indiretas, neste caso foi 4, isto é, horizonte de 22 anos, porém pela quantidade de variáveis consideradas, 10, o MICMAC informa que o limite é 2.

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Figura 11: Tela do software MICMAC para informar o parâmetro de multiplicação A partir do parâmetro informado, no caso foi 4, apesar da indicação ser 2, por causa da quantidade baixa de variáveis-chave, para efetuar exercício. A Matriz da Figura 9 foi multiplicada por ela mesma quatro vezes, automaticamente, pelo MICMAC, obtendo-se os resultados mostrados na Figura 12, a Matriz de Influência Indireta (MII).

Values represent indirect influence rates

Figura 12: Matriz de Influência Indireta (MII)

1 : DSPE

NSA

2 : DST

OD

OS

3 : PRO

DIN

OV

4 : CR

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RT

5 : INV

PESQ

6 : INV

CU

LE

D

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ED

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SINV

CO

RR

9 : EFE

RE

GPO

L

10 : STJ

11 : MO

VSO

C

12 : AQ

UE

GL

OB

1 : D SP E N S A2 : D ST O D O S3 : PR O D I N O V4 : C R E S STA R T5 : I N V P E SQ6 : I N V C U L E D7 : C U L I M E D8 : D E SI N V C O R R9 : E FE R E G PO L1 0 : S T J1 1 : M O V SO C1 2 : A Q U E G L O B

1 3 8 5 5 9 1 1 3 4 2 7 8 2 1 3 3 4 9 8 8 1 2 8 8 4 4 1 1 3 7 4 3 7 3 1 4 4 9 8 9 8 1 3 4 2 7 8 2 1 2 3 7 2 4 1 1 2 3 8 6 2 5 7 8 4 7 9 6 1 3 7 0 3 8 6 1 2 8 6 6 1 81 4 8 2 7 0 5 1 4 3 6 7 5 8 1 4 2 8 4 8 1 1 3 7 8 9 7 8 1 4 7 1 0 2 4 1 5 5 1 5 6 4 1 4 3 7 0 0 1 1 3 2 3 6 8 4 1 3 2 5 2 2 6 8 4 0 3 1 7 1 4 6 6 1 6 0 1 3 7 6 9 2 31 1 7 1 1 8 1 1 1 3 4 8 7 3 1 1 2 8 4 9 6 1 0 8 9 5 3 1 1 1 6 2 2 8 1 1 2 2 5 7 1 8 1 1 3 4 8 7 3 1 0 4 6 0 5 9 1 0 4 6 6 2 2 6 6 3 9 9 1 1 1 5 8 6 8 9 1 0 8 8 1 0 29 1 6 4 4 2 8 8 7 5 0 7 8 8 2 4 8 3 8 5 1 9 4 8 9 0 9 2 7 4 9 5 8 3 6 9 8 8 7 5 0 7 8 1 7 8 2 3 8 1 8 6 1 7 5 1 9 1 7 2 9 0 6 0 5 6 8 5 0 8 7 41 1 5 1 5 5 3 1 1 1 5 8 0 3 1 1 0 9 4 4 3 1 0 7 0 9 6 6 1 1 4 2 1 4 3 1 2 0 5 0 6 4 1 1 1 5 8 0 3 1 0 2 8 4 8 9 1 0 2 9 4 6 3 6 5 2 0 3 0 1 1 3 9 1 2 0 1 0 6 9 4 3 01 4 9 1 5 2 7 1 4 4 5 2 5 7 1 4 3 6 8 7 9 1 3 8 7 1 0 9 1 4 7 9 6 4 1 1 5 6 0 3 2 6 1 4 4 5 2 5 7 1 3 3 1 8 9 0 1 3 3 3 2 1 1 8 4 5 0 3 1 1 4 7 5 2 0 4 1 3 8 5 2 3 81 3 9 3 9 2 5 1 3 5 0 3 4 3 1 3 4 2 4 4 5 1 2 9 6 0 4 4 1 3 8 2 8 4 9 1 4 5 8 1 9 4 1 3 5 0 1 0 0 1 2 4 4 8 1 2 1 2 4 5 6 6 1 7 8 9 4 8 4 1 3 7 8 9 0 0 1 2 9 4 4 3 51 4 5 0 1 2 9 1 4 0 4 8 0 9 1 3 9 6 7 0 5 1 3 4 8 3 7 8 1 4 3 8 8 8 5 1 5 1 7 1 5 8 1 4 0 4 8 0 9 1 2 9 4 4 2 1 1 2 9 5 8 1 1 8 2 2 0 4 0 1 4 3 4 1 8 6 1 3 4 6 9 3 51 5 1 9 6 2 9 1 4 7 2 4 9 0 1 4 6 4 0 0 9 1 4 1 3 2 7 6 1 5 0 7 6 5 9 1 5 9 0 0 5 1 1 4 7 2 4 9 0 1 3 5 6 8 1 6 1 3 5 8 0 4 3 8 6 1 3 0 9 1 5 0 2 8 4 7 1 4 1 1 4 8 88 4 2 9 3 5 8 1 6 8 5 1 8 1 1 9 7 5 7 8 3 8 7 3 8 3 6 0 3 2 8 8 1 8 8 8 8 1 6 8 5 1 7 5 2 9 8 6 7 5 3 4 9 9 4 7 7 4 6 7 8 3 3 9 2 6 7 8 2 6 3 21 2 7 0 1 9 7 1 2 3 0 6 8 4 1 2 2 3 2 6 9 1 1 8 1 0 1 0 1 2 5 9 8 7 4 1 3 2 9 0 0 3 1 2 3 0 6 8 4 1 1 3 3 9 2 3 1 1 3 5 1 5 3 7 1 9 3 7 8 1 2 5 6 2 0 1 1 1 7 9 4 6 81 1 0 6 1 3 8 1 0 7 2 1 0 7 1 0 6 5 5 7 4 1 0 2 8 6 5 0 1 0 9 7 2 7 1 1 1 5 7 5 7 6 1 0 7 2 1 0 7 9 8 7 2 8 2 9 8 8 4 4 1 6 2 6 5 4 5 1 0 9 3 7 9 5 1 0 2 7 2 4 1

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A partir da MII o MICMAC constrói a Figura 12, cujos conceitos são os mesmos informados na Figura 9, sabendo que a Matriz de Influência Indireta (MII) além de mostrar outras possíveis influências indiretas, verifica-se que as variáveis influenciam a si mesmas. Por exemplo. a variável: “O D.S. depende de um pensamento integrador” na Matriz de Influência Direta (MID), Figura 8, não influência ela mesma por esta razão está igual a 0 (zero), como também ocorre com todas as variáveis, por essa razão a diagonal dessa matriz é igual a 0 (zero), veja a linha vermelha. Isto significa que na primeira análise, a variável não influência ela mesma, mas quando multiplica a matriz por ela mesma, a variável influência ela mesma, conforme mostra a Figura 12. A Figura 13 mostra a influência indireta entre as variáveis, nessa figura foram ressaltadas somente as variáveis que são relativamente fortes e as fortemente influentes dentre o conjunto de variáveis-chave selecionadas, detectado pelo MICMAC. Note a diferença entre a Figura 13, que mostra a influência indireta entre as variáveis, e a Figura 9, que mostra a influência direta entre as variáveis. Lembrar que a influência indireta é obtida depois que a matriz é multiplicada por ela mesma “n” vezes, resultando na visualização das variáveis realmente influentes no decorrer do tempo.

Figura 13: Plano da Dependência e Influência Indireta das variáveis-chave Neste caso, apesar de ter poucas variáveis, somente 12, houve movimentação delas, como pode-se verificar nos mapas de influência/dependência indireta em relação ao que representa a direta. Destacando a variável “Produtos Inovadores”, que passa do quadrante II para o IV, e as demais tiveram uma movimentação, mas se mantiveram no mesmo quadrante.

Têm caráter prioritário na construção de cenários. Explica a evolução do Sistema

Têm relevância por intermediarem as influências dos fatores motrizes nos resultados ou efeitos finais. Por natureza são instáveis.

Dependência Influenciáveis indiretamente Não devem ser priorizados por não possuir efeito sinérgico importante

Variáveis de

Entrada

Variáveis de

Resultado

Variáveis de

Ligação

Variáveis

Excluídas

I

II

III IV

Infl

uên

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Deve ser ressaltado que houve diferença entre a Figura 14 e a 10, a movimentação consequência das interações, que ressaltam as influências diretas e, principalmente, as indiretas, ocorridas e, considerando a taxa de 10%, tendo a seguinte análise: 1) Na figura 14, desaparecem as variáveis Produtos Inovadores, Crescimento das Startups, Aquecimento

Global e STJ. A variável “Aquecimento Global”, na figura 10, influência de maneira forte “O D. S. deve ser objetivos de todos” e é influenciada por “Efetividade regulamentações na política” e por “Desvio de investimento / corrupção”. As variáveis “Produtos Inovadores” e “Crescimento das Startups” se influenciam mutuamente, na figura 10. A STJ influência e é influenciada pela “Efetividade regulamentações na política”, e influência de maneira forte a variável “Movimento Social”. Em todos os casos, na figura 10, a influência é muito forte.

2) Na figura 14, a variável “Investimento e acompanhamento na cultura / educação” aparece, por influência de maneira forte, das variáveis “Efetividade regulamentações na política” e “pela “ O D. S. deve ser objetivo de todos”, recebe influência relativamente forte da variável: “Desvio de investimento / corrupção”, porém ela influência de maneira relativamente forte as variáveis: “ Maior investimento em pesquisa”, “O D. S. depende de um pensamento integrador”, e a variável “Movimento Social”. Também aparece a “Maior investimento em pesquisa”, por influência das variáveis “Investimento e acompanhamento na cultura / educação”, “Efetividade regulamentações na política” e pela “O D. S. deve ser objetivo de todos” e influência de maneira relativamente forte. E, aparece a variável “Cultura imediatista” por influência relativamente forte da variável “Efetividade regulamentações na política.

3) Permanecem nas duas figuras, 10 e 14, as variáveis: “O D. S. deve ser objetivo de todos”, “O D. S. depende de um pensamento integrador”, “Desvio de investimento / corrupção”, “Efetividade regulamentações na política”, e Movimento Social”.

Deve ser destacada, que ao aumentar a porcentagem, além dos destaques descritos apareceram mais relacionamentos de influência e dependência entre as variáveis. Essas duas figuras, 14 e 10, mostram a evolução das variáveis no tempo, quando a MID é multiplicada por ela mesma “n” vezes, onde o valor do “n” é colocado no parâmetro, conforme a Figura 11.

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Figura 14: Grau de Influência Indireta das principais variáveis chave

As variáveis-chave da figura 13, que serão a motricidade do Desenvolvimento Sustentável do Brasil, ou as variáveis motoras, no contexto do curso e que contribuirão para a construção de cenários, por meio da análise morfológica são: 1) no quadrante I não houve variável de entrada (explicativas. 2) no quadrante II variáveis de ligação (instáveis), inovação, que têm relevância por intermediarem as

influências dos fatores motrizes nos resultados ou efeitos finais e contribuem para a inovação, neste exercício são: Efetividade regulamentações na política, O D. S. deve ser objetivo de todos, Desvio de investimento / corrupção, Cultura Imediatista, O D. S. depende de um pensamento integrador, Investimento e acompanhamento na cultura / educação, e Movimento Social.

A classificação das variáveis-chave antes (direta) e depois da multiplicação das matrizes (indireta), percebe-se que houve uma ligeira alteração na ordem de influência, motricidade, das variáveis-chave, este fato deve-se a pouca quantidade de variáveis:

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Efetividade regulamentações na política Investimento e acompanhamento na cultura / educação O D.S. deve ser objetivos de todos Desvio de investimento / corrupção Cultura imediatista O D.S. depende de um pensamento integrador Movimento Social Produtos inovadores Maior investimento em pesquisa Aquecimento Global Crescimento das Startups STJ

As variáveis que estão no espaço em azul são as

motrizes que possibilitarão a construção dos

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Construção de Cenários por meio da Análise Morfológica13

A construção de cenários consiste em descrever de maneira coerente os diferentes caminhos que partem da situação atual, conduzem e consideram os mecanismos, as evoluções e os comportamentos dos atores analisados na fase da base de dados.

A última etapa do Processo Prospectivo é a construção dos cenários, propriamente dita, para depois começar a execução das ações.

Para construir os cenários há necessidade do conhecimento da Análise Morfologia utilizada nas oficinas IV e V.

A Análise Morfológica é a combinação das hipóteses ou configurações correspondentes a cada variável-chave, considerando os componentes ou as dimensões: demográfica, econômica, meio ambiente, social, tecnológica, cultural, política, legal e segurança e defesa.

Em razão do processo, no curso, ter identificado oito variáveis motrizes, foram definidos temas e agrupadas as variáveis pelos respectivos temas, para que fossem construídos os respectivos cenários parciais, para depois construir os cenários globais.

� A partir da identificação das variáveis explicativas e de ligação (instáveis), as motrizes, conforme foram

identificadas na análise estrutural, elas foram agrupadas por tema: “Papel do Estado”, Comportamento Brasileiro” e “Social, que teve somente uma variável, que entrará na construção dos cenários globais, após serem definidas as hipóteses. Em cada tema as variáveis estão ordenadas por classificação de motricidade, da mais motriz para a menos motriz.

Tema: “Social”

Variável Dimensão Hipótese 1 Hipótese 2 ... Hipótese n Movimento Social (7ª.) Social

� Depois de preencher o quadro, em conjunto identificar de comum acordo as possíveis hipóteses para cada

variável, sabendo que cada variável poderá ser analisada em diversas dimensões. Em razão dessa possibilidade, a análise morfológica poderá contribuir para elaborar os cenários parciais e posteriormente construir os cenários globais, como foi explicado durante a elaboração da oficina VI. No caso de utilizar o software MORPHOL, lembrar que ele possui o limite de 8 variáveis, que provavelmente dará erro. Por essa razão é importante elaborar os cenários parciais para depois construir os cenários globais.

13 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

Tema 1: “Papel do Estado” Variável Dimensão Hipótese 1 Hipótese 2 ... Hipótese n

Efetividade regulamentações na política (1ª.) Política Desvio de investimento / corrupção (4ª.) Cultura

Tema 2: “Comportamento Brasileiro” Variável Dimensão Hipótese 1 Hipótese 2 ... Hipótese n

Investimento e acompanhamento na cultura / educação (2ª.) Cultura O D.S. deve ser objetivo de todos (3ª.) Sustentabilidade

Cultura Imediatista (5ª.) Cultura

O D.S. depende de um pensamento integrador (6ª.) Sustentabilidade

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Deve ser salientado, que a melhor maneira de efetuar a análise morfológica é efetuar manualmente, considerando a participação dos integrantes do processo prospectivo, com a finalidade de maior apropriação e aproveitar melhor o conhecimento. Durante este curso, os participantes em conjunto identificaram as hipóteses, por temas e por variável-chave, para numa primeira etapa identificar os cenários parciais dos temas definidos. A ordem das variáveis nos cenários parciais ou nos cenários globais para elaborar a Análise Morfológica é crescente por motricidade, a tabela de classificação conforme sua influência, produzida pelo mapa de influência indireta (MII), conforme abaixo:

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Tabela 12: Tema 1: “Papel do Estado” - definição das hipóteses por variável

Tabela 13: Tema 2: “Comportamento Brasileiro” – definição de hipóteses por variável

VARIÁVEL HIPÓTESES

2.1. Investimento e acompanhamento na cultura / educação (2ª.)

2.1.1. Nova legislação (novos processos) 2.1.2. Corte em investimento em cultura

2.1.3. CAPES (sist. atual) + novos parceiros (universidades, empresas, outros, governos)

2.2. O D.S. deve ser objetivo de todos (3ª.) 2.2.1. Adesão de toda Nação para com objetivo único

2.2.2. Discurso em efeito (modismo)

2.2.3. Determinados agentes sociais aderem e outros não (mov. Isolados)

2.3. Cultura Imediatista (5ª.) 2.3.1. Mudança de paradigma com pensamento a longo prazo

2.3.2. Fortalecimento da cultura imediatista

2.3.3. Manutenção da cultura com movimentos de rupturas isolados

2.4. O D.S. depende de um pensamento integrador (6ª.)

2.4.1. Formação do sujeito (sociedade) para desenvolver o pensamento integrador

2.4.2. Sobreposição do pensamento individualista ao pensamento integrador

2.4.3. Programas de conscientização e mobilização de certos grupos impingir a mudança citada

Tabela 14: Tema 3: “Social” – definição de hipóteses

VARIÁVEL HIPÓTESES

3.1. Movimento Social (7ª.) 3.1.1. Aumento dos movimentos sociais 3.1.2 Diferentes movimentos se unirem em temas comuns

3.1.3. Diminuição da participação em movimentos sociais

VARIÁVEL HIPÓTESES

1.1. Efetividade regulamentações na política (1ª.) 1.1.1. Piora da efetividade política com comprometimento social

1.1.2. Manter a baixa efetividade política

1.1.3. Reforma do Sistema Político

1.2. Desvio de investimento / corrupção (4ª.) 1.2.1. Aumentar o desvio de investimento / corrupção

1.2.2. Manter o mesmo nível de investimento / corrupção

1.2.3. Cumprimento / elaboração de Leis anticorrupção.

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���� Para cada um dos temas, serão construídos os cenários parciais, que contribuirão para a construção dos cenários globais, como hipóteses. Neste contexto, os participantes deram prioridade para o tema Político, depois o Social. Portanto os cenários parciais serão construidos nessa ordem. A variável-chave “Impulsionar o Desenvolvimento Sustentável” e suas hipóteses entrarão somente na construção dos cenários globais.

Considerações práticas que devem ser levadas em conta na construção de cenários, sejam parciais ou globais, segundo François de Jouvenel (2009) e adaptado e complementado por Aulicino (2010), conforme seguem a seguir: • Um cenário pode utilizar somente uma hipótese por variável-chave; • A mesma hipótese pode ser utilizada em diferentes cenários; • Cada um dos cenários deve ter coerência e conter os mesmos ingredientes e, por conseguinte, incluem uma hipótese de cada variável; • Os cenários devem ser construídos na reunião do Comitê Local Técnico Prospectivo e aprovados em reunião plenária; • Os cenários devem ser contrastantes e confrontantes; • Há necessidade de saber, precisamente, qual é o encadeamento das hipóteses que estrutura cada um dos cenários, para isso necessita identificar as

variáveis mais motrizes. Esse encadeamento deve ser efetuado de forma individualizada, graficamente, codificando o quadro morfológico por cores, setas coloridas, etc.;

• Algumas vezes, ao analisar as hipóteses propostas de uma variável, verifica-se que elas não cobrem todas as possibilidades e que faltou uma, que pode ser útil ao cenário. Deve ser acrescentada e registrada na ficha da variável;

• Outras vezes, verificam-se hipóteses não utilizadas no cenário. Deve-se analisar essas hipóteses e verificar se há possibilidade de se construir um cenário interessante

Quando há um sistema complexo, temas, regiões ou outras condições complexas, com muitas variáveis, considerar o seguinte: • Recomenda-se ter uma fase intermediária. Dividir o conjunto de variáveis motrizes (influentes) em subconjuntos de variáveis em torno de um mesmo

tema ou de um mesmo grupo de atores. A partir dos subconjuntos de variáveis construir cenários parciais ou micro-cenários para depois construir os cenários globais;

• Neste caso haverá duas fases, uma intermediária, que construirá micro-cenários ou cenários parciais; e a outra, para a construção dos cenários globais que tratam os cenários parciais como hipóteses, cujo encadeamento construirá os cenários globais;

• Os cenários parciais ou micro-cenários devem ser descritos, com muito mais detalhes que as hipóteses, mas não tão extenso quanto os cenários globais. Dessa maneira, facilita a descrição dos cenários globais no final do processo;

• Os cenários parciais ou micro-cenários devem ser contrastantes e confrontantes.

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3.1) Construção de Cenários Parciais para o Tema 1: “Papel do Estado”, por meio da análise morfológica.

Figura 15: Construção de Cenários parciais do tema 1: “Papel do Estado”

HIPÓTESES

1.1.1. Piora da efetividade política com comprometimento social

1.1.2. Manter a baixa efetividade política

VARIÁVEL

1.1. Efetividade regulamentações

na política (EFEREGPOL) 1.1.3. Reforma do Sistema

Político

1.2.2. Manter o mesmo

nível de investimento /

corrupção

1.2.3. Cumprimento /

elaboração de Leis

anticorrupção.

1.2. Desvio de investimento / corrupção (DESINVCORR)

1.2.1. Aumentar o desvio de

investimento /

Cenário Parcial Tema 1.1 - Não Desejável - (1.1.1;

1.2.1) (): Piora da efetividade política com comprometimento social; e Aumentar o desvio de investimento / corrupção

Cenário Parcial Tema 1.3 – DESEJÁVEL E

REALIZÁVEL - (1.1.3; 1.2.3) (): Reforma do Sistema Político; e Cumprimento /

elaboração de Leis anticorrupção.

Cenário Parcial Tema 1.2 - NÃO DESEJÁVEL

E FACTÍVEL - (1.1.2.; 1.2.2) ():Manter a

baixa efetividade política; e Manter o

mesmo nível de investimento / corrupção

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3.1) Construção de Cenários Parciais para o tema 2: “Comportamento Brasileiro”, por meio da análise morfológica.

Figura 16: Construção de Cenários parciais do tema 2: “Comportamento Brasileiro”

HIPÓTESES

2.1.1. Nova legislação (novos processos)

2.1.2. Corte em investimento em cultura

2.3.1. Mudança de paradigma com pensamento a longo prazo

2.3.2. Fortalecimento da cultura imediatista

VARIÁVEL

2.1. Investimento e

acompanhamento na cultura /

educação (INVCULED)

2.2. O D.S. deve ser objetivo de

todos (DSTODOS)

2.1.3. CAPES (sist. atual) + novos parceiros (universidades, empresas, outros, governos)

2.2.1. Adesão de toda Nação para com objetivo único

2.2.3. Determinados agentes sociais aderem e outros não (mov. Isolados)

2.2.2. Discurso em efeito (modismo)

2.3. Cultura Imediatista (CULIMED) 2.3.3. Manutenção da cultura

com movimentos de rupturas isolados

2.4.2. Sobreposição do pensamento individualista ao pensamento integrador

2.4. O D.S. depende de um pensamento integrador (DSPENSA)

2.4.1. Formação do sujeito (sociedade) para desenvolver o pensamento integrador

2.4.3. Programas de conscientização e mobilização de certos grupos impingir a mudança citada

Cenário Parcial Tema 2.2- NÃO DESEJÁVEL - (2.1.2; 2.2.2;2.3.3;2.4.2) (): Corte em investimento em cultura; Discurso em efeito (modismo); Fortalecimento da cultura imediatista; e Sobreposição do pensamento individualista ao pensamento integrador

Cenário Parcial Tema 2.1 – DESEJÁVEL E REALIZÁVEL - (2.1.2.; 2.2.1; 2.3.1; 2.4.1) (): Nova legislação (novos processos); Adesão de toda Nação para com objetivo único; Mudança de paradigma com pensamento a longo prazo; e Formação do sujeito (sociedade) para desenvolver o pensamento integrador.

Cenário Parcial Tema 2.3 – FACTÍVEL - (2.1.3; 2.2.3; 2.3.3;

2.4.3) (): CAPES (sist. atual) + novos parceiros (universidades, empresas, outros, governos); Determinados agentes sociais aderem e outros não (mov. Isolados); Manutenção da cultura com movimentos de rupturas isolados; e Programas de conscientização e mobilização de certos grupos impingir a mudança citada.

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4) A construção dos cenários globais foi efetuada pela combinação dos cenários parciais e das hipóteses das variáveis motrizes identificadas:

Figura 17: Construção dos cenários globais para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil, por meio da Análise Morfológica

TEMA / VARIÁVEIS CENÁRIOS PARCIAIS / HIPÓTESES

Tema 1: Papel do Estado

Tema 3: Social – 3.1. Variável:

Movimento Social

Cenário Global 2 – Não Desejável - (CP 1.1; CP2.2; 3.1.3) (): Piora da efetividade política com comprometimento social; e Aumentar o desvio de investimento / corrupção; Corte em investimento em cultura; Discurso em efeito (modismo); Fortalecimento da cultura imediatista; e Sobreposição do pensamento individualista ao pensamento integrador; e Diminuição da participação em movimentos sociais.

Tema 2: Comportamento

Brasileiro

3.1.2 Diferentes movimentos se unirem em temas comuns

3.1.3. Diminuição da participação em movimentos sociais 3.1.1. Aumento dos movimentos sociais

Cenário Global 1 –DESEJÁVEL e REALIZÁVEL- (CP 1.3; CP2.1; 3.1.1) (): Reforma do Sistema Político; e Cumprimento / elaboração de Leis anticorrupção; Nova legislação (novos processos); Adesão de toda Nação para com objetivo único; Mudança de paradigma com pensamento a longo prazo; e Formação do sujeito (sociedade) para desenvolver o pensamento integrador; e Aumento dos movimentos sociais

Cenário Parcial Tema 1.3 –

DESEJÁVEL E REALIZÁVEL - (1.1.3;

1.2.3) (): Reforma do Sistema Político; e Cumprimento / elaboração

de Leis anticorrupção.

Cenário Parcial Tema 1.1- Não

Desejável - (1.1.1; 1.2.1) (): Piora da efetividade política com comprometimento social; e Aumentar o desvio de investimento / corrupção

Cenário Parcial Tema 1.2 - NÃO

DESEJÁVEL E FACTÍVEL - (1.1.2.; 1.2.2)

():Manter a baixa efetividade

política; e Manter o mesmo nível de

investimento / corrupção

Cenário Parcial Tema 2.1 – DESEJÁVEL E REALIZÁVEL - (2.1.2.; 2.2.1; 2.3.1; 2.4.1) (): Nova legislação (novos processos); Adesão de toda Nação para com objetivo único; Mudança de paradigma com pensamento a longo prazo; e Formação do sujeito (sociedade) para desenvolver o pensamento integrador.

Cenário Parcial Tema 2.2- NÃO DESEJÁVEL - (2.1.2; 2.2.2;2.3.3;2.4.2) (): Corte em investimento em cultura; Discurso em efeito (modismo); Fortalecimento da cultura imediatista; e Sobreposição do pensamento individualista ao pensamento integrador

Cenário Parcial Tema 2.3 – FACTÍVEL - (2.1.3; 2.2.3; 2.3.3; 2.4.3) (): CAPES (sist. atual) + novos parceiros (universidades, empresas, outros, governos); Determinados agentes sociais aderem e outros não (mov. Isolados); Manutenção da cultura com movimentos de rupturas isolados; e Programas de conscientização e mobilização de certos grupos impingir a mudança citada.

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5) Os cenários globais, após serem construídos por meio da análise morfológica, conforme Figura 24, deverão ser descritos com base nas informações obtidas nos aprofundamentos efetuados para cada uma das variáveis-chave, que serão consideradas informações da Situação Atual. Segue a seguir os Cenários construídos:

Cenário Global 1 –DESEJÁVEL e

REALIZÁVEL- (CP 1.3; CP2.1; 3.1.1) (): Cenário Global 2 – Não Desejável - (CP 1.1;

CP2.2; 3.1.3) (): • Reforma do Sistema Político; e • Cumprimento / elaboração de Leis

anticorrupção; • Nova legislação (novos processos); • Adesão de toda Nação para com objetivo

único; • Mudança de paradigma com pensamento a

longo prazo; e • Formação do sujeito (sociedade) para

desenvolver o pensamento integrador; e • Aumento dos movimentos sociais

• Piora da efetividade política com comprometimento social; e

• Aumentar o desvio de investimento / corrupção;

• Corte em investimento em cultura; • Discurso em efeito (modismo); • Fortalecimento da cultura imediatista; e • Sobreposição do pensamento

individualista ao pensamento integrador; e

• Diminuição da participação em movimentos sociais.

A construção de cenários globais deverá sempre ser efetuada de forma que haja confronto e contraste.

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Descrição do Cenário Global, Análise de Riscos e Plano de Ações e Cronograma Na descrição dos cenários, segundo François de Jouvenel (2009) e adaptado e complementado por Aulicino (2010), deve-se considerar que o cenário tem três elementos importantes: Base, Descrição e Imagem Final, conforme explicações a seguir:

• A BASE: corresponde a representação da situação atual apreendida ao longo do tempo. É igual para todos os cenários que serão construídos.

• A DESCRIÇÃO deve explicar como se vai atingir a situação futura a partir da situação atual, sob o efeito de quais fatores e de quais atores. A descrição é construída levando em conta uma série de conjecturas sobre o futuro, apoiadas nas hipóteses definidas para as variáveis.

• A IMAGEM FINAL é uma fotografia da situação desejada no horizonte previsto, neste caso é 2035, por ex.: para Ribeirão Branco foi 2030. Ela serve para representar o resultado esperado do objetivo do processo prospectivo, neste caso é o Desenvolvimento Sustentável do Brasil. Como exemplos: o Desenvolvimento Sustentável de Ribeirão Branco, em 2030, ou o Desenvolvimento Sustentável do APL da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano, em 2034. Ela pode ser escrita, mas também pode ser representada sob a forma de mapa ou imagem.

Algumas recomendações e regras para descrição dos Cenários:

• Recomenda-se ter mais de um redator, e que a redação seja validada pelos participantes do Comitê Local Técnico Prospectivo; • Torna-se importante que os redatores tenham base mínima científica para descrever os cenários; • Regras para descrição:

� É preciso descrever a situação atual, todo o percurso da situação atual para chegar à situação final, e a própria situação final desejada; � É necessário ser fiel à estrutura do cenário estabelecido; � É preciso levar em consideração o conjunto de variáveis envolvidas; � É preciso mencionar para cada evolução quais são os MOTORES (atores e fatores); � É preciso, se possível, que o cenário seja atrativo e bem escrito; � É importante que a descrição seja validada pelos integrantes do Comitê Local Técnico Prospectivo, inicialmente, por e-mail e depois em uma

reunião para validar todas as descrições. Depois da descrição da Base dos cenários, considerando a Situação Atual, que considera as descrições das variáveis-chave, que foram aprofundadas, conforme o roteiro fornecido. A Descrição é como chegar à Imagem Final, a partir da Situação Atual, a Base. Isto significa dizer “o como”, as ações que deverão ser executadas para se chegar à Imagem Final desejada, o Cenário Global Desejável e Realizável.

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Os cenários devem ser contrastantes e confrontantes ao Cenário Global Desejável e Realizável, e orientar as ações que minimizem os riscos do Cenário Desejável não ser atingido ou de ocorrer os Cenários Não Desejáveis. Portanto, a DESCRIÇÃO deverá considerar todas as ações que minimizem os riscos e propiciem ocorrer o Cenário Desejável. Por esse motivo utiliza-se a expressão CONSTRUÇÃO de CENÁRIO, porque o cenário Desejável e Realizável deverá ser construído a partir das ações que constam no item DESCRIÇÃO, reafirmando, para chegar à Imagem Final a partir da Base, Situação Atual. Essa DESCRIÇÃO, “o como” chegar na Imagem Final, é que tornará possível a construção do cenário desejável / realizável, como aquelas que minimizarão seus possíveis riscos, para atingir a visão estratégica do futuro estabelecida de forma conjunta, participativa e com APROPRIAÇÃO. Lembrar que Descrição do Cenário Desejável e Realizável será transformado em Projeto, que deverá ser gerenciado / administrado como tal, cujas ações deverão ter responsáveis, deverão ser definidos os prazos e os orçamentos. A seguir, as ações estratégicas definidas para atingir o Cenário Global Desejável e Realizável:

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A definições de ações que contribuirão para a construção do cenário global, possível, desejável e realizável, deverá definir todos os passos para atingir a hipótese ou cenário parcial escolhido, definindo O que deverá ser realizado? Como? Quando inícia e termina? Quem é o responsável ou são os respons´veis? Cada uma das ações deverá se transformar num projeto e deverá ser elaborado o CANVAS.

Tabela 17: Lista das Ações Estratégicas, início e término e responsáveis

Ações Estratégicas Início Término Responsável(is)

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política 2018,75 Vision Sociedade

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política 2020 Vision Sociedade

Monitorar a efetividade das regulamentações da política 2022 Vision Sociedade

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade sobre a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção

2019 Vision Sociedade

Mobilizar a sociedade para cobrar a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção 2021 Vision Sociedade

Monitorar a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção 2022 Vision Sociedade

Elaborar e fazer cumprir as leis ante corrupção 2022 Vision Legislativo

Fomentar mudança na regulamentação 2022 Vision Min Público

Monitorar as mudanças solicitadas pela sociedade 2024 Vision Sociedade

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política 2018 Vision Min Público

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política 2018 Vision Sociedade

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política 2022 2024 Sociedade

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política 2022 2024 Sociedade

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política 2030 Vision Sociedade

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política 2031 Vision Sociedade

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política 2018,75 Vision Sociedade

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política 2020 2038 Sociedade

OBS.: A tabela tem informações que alimentam a planilha desenvolvida por Richard E. Albright (2008), estabelece o acompanhamento das ações estratégicas para atingir o Cenário Global

Desejável e Realizável, onde Grupo significa a Sociedade, Executivo, é o Poder Executivo, Legislativo, é o Poder Legislativo, e Ministério Público, identificado por Min Público. A palavra VISION significa que é o último ano do horizonte desejado, isto é, 2040.

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A seguir estão imagens resultado do processo da Planilha desenvolvida por Richard E. Albright (2008).

Figura 18: Planilha da Entrada das Ações Estratégicas, Cronograma início e término e Responsabilidade de Execução14

Fonte: ©2008-2012 Albright Strategy Group, LLC

14 Para utilizar Planilha desenvolvida por Richard E. Albright (2008), neste processo, veja no arquivo: CenarioGlobal_Desej_Brasil_2035.xls

Legend

Title Cen Glob Des. Sust. Brasil 2040 Year Width Source (up to 10)

Start Year 2018 Vision Display Type 22

Number of Years 22 Vision Background Color

Graphic Sheet Name Cen Glob Des. Sust. Brasil 2040 No Wrap Status (up to 10)

Bar Height Ratio

AÇÔES ESTRATÉGICAS INICIO TERMINO RESPONSÁVEL Event

Elements Technologies Starts Ends Source StatusDvlpmt Begins FeasibilityComment1 Comment2 Links

Efetividade e

regumamentação na políticaSensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política2018,75 Vision Sociedade Existing

Reforma do sistema político.

Cumprimentos / elaboração de

leis ante corrupção

Efetividade e

regumamentação na políticaMobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política2020 Vision Sociedade Planned

Reforma do sistema político.

Cumprimentos / elaboração de

leis ante corrupção

Efetividade e

regumamentação na política Monitorar a efetividade das regulamentações da política2022 Vision Sociedade Unplanned

Reforma do sistema político.

Cumprimentos / elaboração de

leis ante corrupção

Desvio de investimento / corrupção

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade sobre a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção2019 Vision Sociedade Unplanned

Reforma do sistema político.

Cumprimentos / elaboração de

leis ante corrupção

Desvio de investimento / corrupção

Mobilizar a sociedade para cobrar a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção2021 Vision Sociedade Unplanned

Reforma do sistema político.

Cumprimentos / elaboração de

leis ante corrupção

Desvio de investimento / corrupção

Monitorar a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção2022 Vision Sociedade Unplanned

Reforma do sistema político.

Cumprimentos / elaboração de

leis ante corrupção

Desvio de investimento / corrupção

Elaborar e fazer cumprir as leis ante corrupção2022 Vision Legislativo Unplanned

Reforma do sistema político.

Cumprimentos / elaboração de

leis ante corrupção

Investimento na cultura / educação

Fomentar mudança na

regulamentação

2022 Vision Min Público Unplanned

Educação aproxima dos

parametros de conhecimento

cientificos equiparando-se aos

países mais desenvolvidosInvestimento na cultura /

educaçãoMonitorar as mudanças

solicitadas pela sociedade2024 Vision Sociedade Unplanned

Educação aproxima dos

parametros de conhecimento

D. S. deve ser objetivo de

todosSensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política2018 Vision Min Público Unplanned

Educação aproxima dos

parametros de conhecimento

cientificos equiparando-se aos

países mais desenvolvidos

D. S. deve ser objetivo de

todosMobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política2018 Vision Sociedade Unplanned

Educação aproxima dos

parametros de conhecimento

cientificos equiparando-se aos

países mais desenvolvidos

Cultura imediatista

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política2022 2024 Sociedade Unplanned

Educação aproxima dos

parametros de conhecimento

cientificos equiparando-se aos

países mais desenvolvidos

Cultura imediatista

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política2022 2024 Sociedade Unplanned

Educação aproxima dos

parametros de conhecimento

cientificos equiparando-se aos

países mais desenvolvidos

D.S. depende de um

pensamento integradoSensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política2030 Vision Sociedade Unplanned

Educação aproxima dos

parametros de conhecimento

cientificos equiparando-se aos

países mais desenvolvidos

D.S. depende de um pensamento integrado

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política2031 Vision Sociedade Unplanned

Educação aproxima dos

parametros de conhecimento

cientificos equiparando-se aos

países mais desenvolvidos

Movimento socialSensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política2018,75 Vision Sociedade Unplanned

Diferentes movimento se

unirem em termos comuns

Movimento socialMobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política2020 2038 Sociedade Unplanned

Diferentes movimento se

unirem em termos comuns

Legislativo Executivo

Existing Planned Unplanned

Sociedade Min Público

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Figura 19: Cronograma das Ações Estratégicas, início e término e Responsáveis por sua execução

Fonte: ©2008-2012 Albright Strategy Group, LLC

Cen Glob Des. Sust. Brasil 2040Consol Cenario Global Desejável

2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 Vision Comment1 | Comment2

Dvlpmt Begins Source

Feasibility Status Event

Movimento social

Efetividade e regumamentação na política

Desvio de investimento /

corrupção

Investimento na cultura / educação

D. S. deve ser objetivo de todos

Cultura imediatista

D.S. depende de um pensamento integrado

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política | Reforma do sistema político. Cumprimentos / elaboração de leis ante corrupção

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política | Reforma do sistema político. Cumprimentos / elaboração de leis ante corrupção

Monitorar a efetividade das regulamentações da política | Reforma do sistema político. Cumprimentos / elaboração de leis ante corrupção

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade sobre a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção | Reforma do sistema político. Cumprimentos / elaboração de leis ante corrupção

Mobilizar a sociedade para cobrar a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção | Reforma do sistema político. Cumprimentos / elaboração de leis ante corrupção

Monitorar a elaboração / cumprimento de leis ante corrupção | Reforma do sistema político. Cumprimentos / elaboração de leis ante corrupção

Elaborar e fazer cumprir as leis ante corrupção | Reforma do sistema político. Cumprimentos / elaboração de leis ante corrupção

Fomentar mudança na regulamentação | Educação aproxima dos parametros de conhecimento cientificos equiparando-se aos países mais desenvolvidos

Monitorar as mudanças solicitadas pela sociedade | Educação aproxima dos parametros de conhecimento cientificos equiparando-se aos países mais desenvolvidos

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política | Educação aproxima dos parametros de conhecimento cientificos equiparando-se aos países mais desenvolvidos

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política | Educação aproxima dos parametros de conhecimento cientificos equiparando-se aos países mais desenvolvidos

Sensibilizar | Educação aproxima dos parametros de conhecimento cientificos equiparando-se aos países mais desenvolvidos

Mobilizar a | Educação aproxima dos parametros de conhecimento cientificos equiparando-se aos países mais desenvolvidos

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na | Educação aproxima dos parametros de conhecimento cientificos equiparando-se aos países mais desenvolvidos

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política | Educação aproxima dos parametros de conhecimento cientificos equiparando-se aos países mais desenvolvidos

Sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre sua responsabilidade na efetividade da política | Diferentes movimento se unirem em termos comuns

Mobilizar a sociedade para cobrar efetividade da política | Diferentes movimento se unirem em termos comuns

Legisla Execut Socie Min

Existin Planne Unplan

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No Plano de Ações Estratégicas deve conter as ações que mitigam as ações, que executadas, construirão o Cenário não desejado. Portanto, essas ações devem ser consideradas, caso conrário o Cenário Desejável e Realizável, dificilmente, será construído. Em resumo as ações que mitigam as ações estratégicas indesejáveis devem ser consideradas neste Planejamento.

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