Temos uma Visão Partilhada sobre os Resultados do PARPA?

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Temos uma Visão Partilhada sobre os Resultados do PARPA? Uma análise Preliminar no Contexto da Contribuição das OSC na IX Sessão do OD Maputo, 19-04-2010 Secretariado do G20

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Temos uma Visão Partilhada sobre os Resultados do PARPA?. Uma análise Preliminar no Contexto da Contribuição das OSC na IX Sessão do OD. Secretariado do G20. Maputo, 19-04-2010. Estrutura. Contexto: Objectivos e Metodologia Balanço das Recomendações da VIII Sessão do OD - PowerPoint PPT Presentation

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Temos uma Visão Partilhada sobre os Resultados do PARPA?

Uma análise Preliminar no Contexto da Contribuição das OSC na IX Sessão do OD

Maputo, 19-04-2010

Secretariado do G20

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Estrutura

Contexto: Objectivos e Metodologia Balanço das Recomendações da VIII Sessão do OD Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC

sobre o Impacto do PES 2009/PARPAII Perspectivas para o Novo Ciclo de Planificação Notas Conclusivas

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Contexto: Objectivos e Metodologia Contexto em que se realiza a IX sessão do OD: fim do PARPA II;

Início de um novo ciclo de planificação; Recente aprovação do Plano Quinquenal do Governo e PES 2010

Na VIII Sessão do OD/2009 as OSC, apresentaram as suas percepções sobre o impacto do PES 2008 por pilar.

Nesta Sessão o enfoque será sobre: o BdPES/2009; o PARPA II; mas também nas expectativas quanto ao novo ciclo de planificação.

Este documento de posição consiste na agregação de análises e relatórios das Redes, Províncias e OSC; contribuições documentadas de 12 Redes e OSC resultantes de consultas a seus membros a nível nacional.

Adoptado numa reunião nacional preparatória em 8 de Abril de 2010 em Maputo – Participaram 99 redes e organizações; representantes das 10 províncias e cidade de Maputo.

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Balanço das Recomendações da VIII Sessão do OD

Constatações VIII OD

Nível de execução de recursos orçamentais ainda é muito centralizado e se reflecte nas disparidades de desenvolvimento regional.

Situação Actual REO 2009 mostra que a despesa executada

a nível local aumentou em mais de 50% de 2008 para 2009, mas o aumento é determinado pelas despesas de funcionamento (sobretudo com o pessoal), pois a componente de investimento (que gera capacidade produtiva) aumentou em pouco mais de 3%;

Lei do OE/2009, também mostra que persistem grandes disparidades na distribuição dos recursos por sector, por província e por pessoa – o que se reflecte nas dinâmicas sociais;

Acelerar a orçamentação por programa específico – ex.: idosos, COV, PPD, etc.

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Balanço das Recomendações da VIII Sessão do OD

Constatações VIII/OD

Necessidade de se pensar em termos de toda a cadeia de valor para a análise dos recursos alocados ao sector da Agricultura.

Situação Actual Os poucos estudos existentes chamam a

atenção para a existência de poucas análises, indicadores e estatísticas sobre o impacto directo das intervenções do Estado.

“Aviso Prévio” e (TIA) dão informação díspar sobre as quantidades e tendências da produção agrícola.

De acordo com OE/2009 os recursos alocados à Agricultura duplicaram em termos de valor nominal e o seu peso em relação ao envelope total de despesas situou-se próximo de 8% em 2009, resultante da alocação de 3.887.400,00Mt para o Plano de Produção de Alimentos – uma componente da Revolução Verde.

Estas proporções ainda são baixas.

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Balanço das Recomendações da VIII Sessão do OD

Constatações VIII/OD Impacto limitado dos

megaprojectos na criação de riqueza, e necessidade de revisão das condições de oferecidas.

Obstáculos impostos pelas altas taxas de juros aos empréstimos; rápida deterioração do poder de compra do cidadão; o fraco progresso de alguns indicadores de Desenvolvimento Humano (taxa de mortalidade infantil, o baixo peso à nascença e malnutrição) levam ao questionamento da possibilidade de realização das metas de redução da pobreza para 2010/2015

Situação Actual Parece claro que para os

megaprojectos já implantados não serão revistas as condições;

Os novos serão tratados à luz do novo quadro regulamentar que entre outros aspectos favorece uma maior contribuição para a riqueza nacional. Os progressos ainda são muito limitados;

Necessário continuar a baixar taxas de juro; apostar nos projectos de mão de obra intensiva para aumentar poder de compra e melhoria do nível de vida.

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações/Percepções PIB cresceu 6.1%, Inflação média anual de 3.3%, Mobilização de recursos internos acima

do programado em 2.5% Uma deterioração do défice da balança

das transacções correntes em apenas 0.7% (com grandes projectos).

As forças impulsionadoras do crescimento acelerado continuam a ser megaprojectos intensivos em capital e com benefícios fiscais;

Há indicações de fragilidades no sistema de colecta e administração da receita pública;

Segundo alguns estudos feitos, o fenómeno de fuga ao fisco leva a que não mais do que 10% dos potenciais contribuintes sejam os pagadores efectivos.

Contribuições

Incrementar as capacidades de determinação do custo real das acções públicas no processo de planificação pública (costing);

Incrementar o controlo e a eficiência na execução da despesa pública;

Impor o pagamento do imposto a todos os potenciais contribuintes;

Considerar fontes alternativas de tributação – imposto sobre a propriedade; imposto simplificado para pequenos contribuintes nas zonas rurais;

Reformar o regime fiscal – com vista à justiça fiscal; providenciar informação – quem paga, quem não paga.

Macroeconomia e Pobreza

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações Estudos apontam que as

desigualdades nos rendimentos das famílias rurais tendem a crescer e tendo em conta que nas zonas urbanas já persistem altos níveis de desigualdades, o rápido crescimento poderá agora ter um efeito menor na redução da pobreza (Banco Mundial 2008:24).

Existem desequilíbrios regionais de desenvolvimento significativos já desde há muito tempo, que derivam do padrão de alocação de recursos e que se traduzem em níveis de pobreza e de desigual distribuição de rendimentos muito elevados. O PARPA II previu reduzi-los, mas o sucesso é fraco.

Contribuições A afectação de recursos às

províncias no âmbito do OE deve atender as especificidades provinciais, as inevitáveis diferenças nos custos unitários, composição do conjunto dos serviços prestados e por prestar;

É imperiosa a concepção duma melhor abordagem - liderada pelo MPD, com envolvimento dos sectores que reúnem a maioria da despesa ao nível provincial e distrital - Educação, Saúde e Agricultura.

Macroeconomia e Pobreza

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações Apesar da

prioridade atribuída à Agricultura, a despesa real orçamentada e contabilizada directamente por instituições do sector próprio (Agricultura e Pescas) essencialmente não cresceu de 2004 até 2007.

Contribuições Aumentar o número de extensionistas (homens/mulheres);

medir seu impacto em termos de resultados da produção e não através do número de visitas/demonstrações efectuadas;

Melhorar o sistema de informação sobre os mercados agrícolas de modo a alcançar mais comunidades;

Melhorar o sistema de provisão de insumos e assistência, planificando de forma consistente o seu período de distribuição aos camponeses – respeitar calendário;

Reduzir a dependência dos camponeses em relação às sementes comercializadas; incentivar a produção e melhoramento de sementes nativas;

Melhorar significativamente a fiscalização das áreas pesqueiras: - evitar conflito entre pescadores industriais e os artesanais; salvaguardar equilíbrio do ecossistema; evitar pilhagem de recursos por pescadores ilegais.

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações (Cont.)

Apesar das melhorias registadas nas outras áreas do desenvolvimento económico...

Contribuições

Ainda é necessário melhorar:

- o sistema de gestão de barragens; a qualidade das vias de acesso; a capacitação e formação de garimpeiros; o ambiente de negócios;

Adoptar mecanismos de retenção das águas;

Reabilitar e construir mais regadios;

Instituir um sistema de fiscalização e acompanhamento da cadeia de produção e escoamento;

Prover incentivos e meios de trabalho para os fiscais.

Incentivar o turismo comunitário;

Incentivo ao investimento doméstico em contraposição ao investimento estrangeiro;

Aumentar a frota de transportes públicos e mais vias intra e inter provinciais;

Fortalecer o papel do seguro.

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações

Saude: Não foi alcançada a

meta de reduzir a taxa de mortalidade infanto-juvenil para 148/1000

Em termos de volume de serviços na alocação de recursos e na relação população por profissional de saúde, ainda persistem desigualdades com maior impacto sobre as províncias de Nampula e da Zambézia

Contribuições Apesar dos progressos registados no

sector de Saúde, muitos desafios ainda persistem: - Aumentar recursos humanos;- Incrementar a rede sanitária e

qualidade de infraestruturas;- Maior envolvimento comunitário e

resolver os constrangimentos na logística;

- Planificar e monitorar as actividades, a identificar indicadores de qualidade para o sector.

CAPITAL HUMANO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações

Educação: O objectivo de reduzir a

taxa de analfabetismo, apesar de progressos verificados, está ainda longe de ser alcançado - a taxa de analfabetismo decresceu de 54% em 2005 para 48% em 2008, acima da meta de 43% prevista para 2009;

É preocupante o injustificável atraso no pagamento dos subsídios dos alfabetizadores e o não incremento há mais de 10 anos.

Contribuições No próximo ciclo de planificação, considerar apenas

3 macro objectivos: alfabetização; a qualidade de ensino; e a equidade de género.

Considerar-se um número restrito de indicadores de resultados. Ex: taxa líquida de escolarização da rapariga aos 6 anos; taxa de conclusão da rapariga; rácio professor/aluno no EP1.

Outros desafios:

- Melhorar a qualidade de ensino;

- Melhorar da qualidade das infraestruturas e ter plano da sua manutenção;

- Aumentar a capacidade de implementação de programas em todos os níveis (sobretudo nos distritos) e na área de construção.

CAPITAL HUMANO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações

Educação (Cont. do slide anterior)

Contribuições Outros desafios (Continuação):

- Expandir de forma sustentável o ensino pós-primário;

- Aumentar os recursos para sector de educação;

- Expandir os programas de ensino de adultos – com um foco especial para o encorajamento das mulheres para aderência;

- Estabelecer e indicadores de qualidade para o sector de educação. 

CAPITAL HUMANO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações

Educação: Em relação a garantia da

escolarização universal, algum progresso foi notado, pois o número de professores cresceu de 4.000 para 9.400 (meta 10.000);

Também houve um aumento na contratação de professores com formação para o ensino primário -introdução novos métodos de formação;

Rácio professor/aluno passou de 74 em 2005 para 68 em 2009.

Contribuições Outros desafios

(Continuação):- Melhorar a acessibilidade

das pessoas com deficiência nas nossas instituições de ensino ainda não suficiente; formação de mais professores para ensino especial – língua de sinais.

CAPITAL HUMANO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações

Água e Saneamento:

Todas as metas definidas (ajustadas em 2008) foram alcançadas. Porém, o processo de planificação pode ter sido irrealista – a maioria da população moçambicana (zonas urbana e rural) não têm acesso a água potável e a adequados serviços de saneamento.

Percentagem de pessoas com acesso a infra-estruturas de água e saneamento nas zonas urbanas parece ser maior do que o efectivamente reportado.

Contribuições Atacar o problema do baixo uso das

infra-estruturas de abastecimento de água e saneamento, particularmente nas zonas rurais, devido a:- má qualidade da água – muitas

vezes salubre;- tipo de bombas – são inadequadas.

Envolver o conhecimento local na escolha;

- problemas de gestão – só podem ser resolvidos com o envolvimento das próprias comunidades.

CAPITAL HUMANO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações

Habitação: O desafio estabelecido no

PARPA II de elaborar e implementar a Política de Habitação não foi cumprido;

As taxas de juro do crédito-habitação muito elevadas;

As condições de acesso ao crédito-habitação proibitivas para jovens que tencionam iniciar a vida

Contribuições Acelerar o processo de elaboração

da estratégia, já em curso e assegurar que beneficia os necessitados:- Fundo de Fomento de Habitação

deve ser extensivo a mais jovens;

- Necessidade de revisão das condições de acesso ao crédito-habitação;

- Incentivar os bancos comerciais a praticar taxas de juros comportáveis.

CAPITAL HUMANO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

ConstataçõesAcção Social: Alcançadas as metas definidas para o

objectivo:– número de pessoas desamparadas

beneficiando de atendimento institucional - especialmente crianças desamparadas em infantários;

– número de crianças vulneráveis recebendo assistência;

Realização de sessões do Parlamento Infantil nas províncias de Gaza, Zambézia, Nampula e Tete;

O GdM aprovou as Políticas:– da Pessoa Idosa– da Pessoa Portadora de Deficiência;

Ainda não foi aprovada a Política da Criança

Contribuições Capitalizar iniciativas similares –

atendimento à criança desamparada e assistência à criança vulnerável e provedores de cuidados;

O MMAS deve incentivar o desenvolvimento do Parlamento Infantil ao nível das províncias e distritos;

Melhorar a representatividade das crianças no Parlamento Infantil;

Melhorar os aspectos de Coordenação Sectorial MMAS/Parceiros

Acelerar o processo de elaboração da estratégia, já em curso e assegurar que beneficia os necessitados.

CAPITAL HUMANO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações

Acção Social (Cont.): Realizada a II

Conferência Nacional da Terceira Idade;

3.072 idosos foram atendidos em 24 centros comunitários abertos

Contribuições (Cont.) Priorizar a implementação das recomendações

desta conferência, envolvendo as organizações que trabalham com a terceira idade, e os próprios idosos – disseminação das recomendações;

O BdPES/2009 não avança dados sobre o atendimento dos idosos liderado pelas OSC, famílias e comunidades – abordagem preconizada pela Política da Pessoa Idosa;

Promover a participação da Pessoa Portadora de Deficiência nos assuntos públicos e, em particular, a ela própria relacionados;

Acelerar o processo de elaboração da estratégia, já em curso e assegurar que beneficia os necessitados.

CAPITAL HUMANO

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações A não aprovação:

– do Código das Custas Judiciais;

– da Lei dos Tribunais Comunitários

– da Lei do IPAJ; Falta de implementação

dos tribunais de trabalho;

Fraca cobertura dos serviços de assistência jurídica pelo IPAJ;

Desvio dos Magistrados do GCCC para realização de palestras;

Não cumprimento das recomendações do TA

A implantação das instituições de administração da justiça de forma não harmonizada.

Contribuições A realização de palestras sobre o

combate à corrupção deve estar na alçada de outros entes públicos, p. Ex: pessoal da UTRESP (entidade coordenadora das actividades anticorrupção no sector público) e não magistrados do GCCC;

No tocante à EAC, há necessidade de permitir monitorias independentes da sua implementação e incluir alguns sectores vulneráveis a práticas corruptas, porém, não abrangidos pela EAC (Ex. Obras Publicas).

Governação

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações Falta estratégia clara na

implementação das actividades dos Planos de Acção Nacional Anti-Corrupcao;

A reforma dp Regulamento do Procurement não tem abrangido todos os actores interessados;

Relatório de Implementação do Programa da Reforma do Sector Público Fase II- 2009, reduz os debates a mera inclusão no leque dos crimes conexos ao de corrupção, do crime de Desvio de fundos do Estado.

Contribuições Melhorar a articulação entre o Ministério

da Função Pública, coordenador do processo de implementação da EAC, e o GCCC

Envolver os interessados no Regulamento do Procurement. E adequá-lo à situação real dos distritos.

Dever-se-ia fazer menção de um conjunto mais alargado de comportamentos desviantes que não são criminalizados e que constam da anteproposta da referida lei anti-corrupção – práticas que consubstanciam o Enriquecimento Ilícito, Tráfico de Influências, Peculato, Abuso de Cargo ou Função, Declaração de Bens, ente outras

Governação

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

Constatações O modelo elaboração dos

PESOD não está uniformizado;

Os conselhos consultivos não cumprem ou são ineficazes no cumprimento cabal das suas obrigações;

Houve prorrogação do processo de transferência de funções e competências às autarquias. O processo é ainda precário e pouco transparente

Contribuições Melhorar e uniformizar o processo de elaboração

do PESOD Revisitar alguns dos factores que contribuem a

ineficiência dos CC: membros menos preparados ou empoderados; CC apenas concentrados nos OIILs – mas com fraca capacidade de avaliar tecnicamente a viabilidade dos projectos submetidos; critérios de selecção dos membros de CC inadequados ao desiderato de maior participação e envolvimento da participação na governação

A aprovação da Estratégia de Descentralização deve clarificar o processo, assim como assegurar que a transferência de funções e competências será acompanhada da necessária alocação de recursos.

Governação

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

ConstataçõesGénero: Áreas de fraco desempenho (11

acções = 30%):– fraca integração do género na

resposta ao HIV/SIDA e de iniciativas claras para a redução da feminização do HIV e SIDA;

– persistente fraqueza na recolha, documentação e disseminação de dados desagregados por sexo;

– escassa ou nula inclusão do género nos sectores económicos (tais como industria e comercio) e no Orçamento do Estado.

Contribuições Necessidade de medidas contra

feminização do HIV/SIDA, por causa do seu forte impacto na aceleração da expansão da epidemia; e na redução de oportunidades para sair da pobreza;

Necessidade de acelerar a aplicação TARV às mães e estende-lo depois do parto;

Preencher as lacunas estatísticas já identificadas no que diz respeito a desagregação dos dados por sexo, especialmente nos sectores económicos e no OE.

Assuntos Transversais

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

ConstataçõesGénero Áreas de fraco

desempenho (11 acções = 30%):

– inexistência dum sistema eficaz de monitoria e avaliação dos assuntos de género; os BdPES dos sectores reflectem apenas os objectivos e metas do PQG com escassas menções as acções ao PARPA II

Contribuições Focalizar na implementação dos vários

instrumentos e estratégias aprovadas nos últimos anos, e na prestação de contas as instituições fiscalizadoras do género, incluindo a sociedade civil, sobre os resultados atingidos, os não atingidos e as causas do insucesso.

Necessidade de um maior enfoque nas mulheres e raparigas das zonas rurais - baseando-se numa análise prévia e rigorosa de que medidas podem ajudar a equilibrar as relações entre os sexos, partindo da compreensão das dinâmicas antropológicas, sociológicas e culturais.

Redução da desigualdade ao nível de cargos de chefias locais (distritos e autarquias).

Assuntos Transversais

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

ConstataçõesHIV/SIDA Melhorou

consideravelmente a prevenção da transmissão vertical do HIV/SIDA:

Aumentou também o número de Unidades Sanitárias com capacidade para realizar a prevenção da transmissão vertical (96 em 2005 e 744 em 2009) e o número de Unidades Sanitárias com capacidade para administrar o Tratamento Anti-retroviral (32 em 2005 e 222 em 2009

Contribuições Expandir os serviços de testagem e tratamento voluntário; Reforçar a deontologia nas unidades sanitárias Providenciar um serviço integrado de HIV/SIDA Fornecer resposta técnica às pessoas com deficiência (ex.

surdos); Incorporar o género nos serviços de atendimento aos

adolescentes e jovens; Introduzir/retornar o programa de Educação sexual nas

Escolas; Introduzir medidas punitivas ( legislação) para o abuso

sexual nas escolas (para os professores e alunos); Fazer o uso as pesquisas efectuadas para elaborar

politicas e programas; Segmentar as mensagens informativas por grupos.

Assuntos Transversais

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Análise de Desempenho e Percepções das Organizações da SC sobre o Impacto do PES 2009

ConstataçõesMeio Ambiente Aprovada a

Política e Estratégia Nacional de Biocombustíveis

Segurança Alimentar:

Peso para altura para crianças menores de 5 anos atingida (4%).

Contribuições Necessidade de introdução critérios claros de

sustentabilidade que salvaguardem a fertilidade dos solos e da terra a longo prazo.

Garantir a soberania alimentar e os correspondentes direitos à terra e ao trabalho para todos.

Garantir que brigadas de registo cheguem às zonas recônditas para que muitos idosos que cuidam de filhos e netos recebam apoio;

Clarificar critérios de avaliação da vulnerabilidade dos idosos;

capacitar mais as famílias sobre a diversidade da dieta alimentar (articulação entre MISAU, INAS).

Assuntos Transversais

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Perspectivas para o Novo Ciclo de Planificação

ConstataçõesPLANIFICAÇÃO (Reiterando) A participação no processo ao

nível dos órgãos locais de estado, especialmente o distrito, continua bastante precária;

O processo de planificação ao nível local, ainda não é acompanhado da orçamentação – feita antes de se ter conhecimento dos tectos orçamentais

O género continua a ser invisível no OE e não existe qualquer informação sobre a eficiência e a eficácia económico-financeira do esforço fiscal do Estado e dos parceiros na área de género.

Contribuições Pôr em prática o desafio de tornar o

distrito a base de planificação e de desenvolvimento;

Reduzir o número de indicadores da matriz estratégica e melhorar o sistema de monitoria e avaliação;

Prever uma maior alocação de recursos para os níveis desconcentrados (províncias distritos) e descentralizados (autarquias);

Elaboração de planos de implementação das estratégias sectoriais de género;

Melhorar a visibilidade dos recursos alocados ao género no OE.

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Perspectivas para o Novo Ciclo de Planificação

Constatações A temática do género no

PARPA II foi tratada de forma fragmentada e difusa (acções espalhadas ao longo do texto e matrizes de distintos sectores): - faltou uma visão estratégica de longo prazo capaz de dar ordem, integração e coerência as acções apresentadas

Contribuições

Definir uma visão estratégica sobre como reduzir a desigualdade de género;

Definir uma arquitectura institucional clara e simples assente nas instituições que velam pelo estatuto da mulher, nomeadamente o Conselho Nacional para o Avanço da Mulher (CNAM) e a DNM

melhorar o sistema de monitoria e avaliação do género

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Notas Conclusivas

Importantes progressos foram registados na generalidade dos pilares, mas os desafios ainda são enormes:

– É urgente atacar o problema dos padrões de distribuição de recursos do Orçamento do Estado entre as diversas regiões do País, atendendo as especificidades das dinâmicas sócio-económicas.

– a questão da baixa proporção de recursos alocada ao sector da agricultura, se tivermos em conta que a maioria da população é rural e a principal actividade é a agricultura e é onde a incidência de pobreza é relativamente maior;

– a necessidade de imprimir maior celeridade ao processo de reforma legal com implicações importantes sobre o acesso a justiça - aprovação do Código das Custas Judiciais; da Lei dos Tribunais Comunitários; da Lei do IPAJ

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Notas Conclusivas

O novo ciclo de planificação abre novas perspectivas em torno da implementação das lições apreendidas da recente experiência quanto a:

– o envolvimento da sociedade civil – sua capacitação em técnicas e recursos;

– a articulação entre as diversas instituições envolvidas; – o encadeamento ou articulação dos diversos programas/estratégias

de planificação – internos e externos;– a inclusão de componentes como o género de forma mais integrada

e estratégica – o sistema de monitoria e avaliação.

Quanto ao Observatório de Desenvolvimento (OD) em si, a questão principal seria como melhorar o seu potencial como mecanismo para fortalecer a participação dos cidadãos na monitoria do PARPA e de outras políticas públicas e programas?

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Obrigado