Templários
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Templários
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim"Ordo
Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"),[2] mais conhecida como Ordem dos
Templários, Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers")
ou Cavaleiros Templários (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do
Templo, Pobres Cavaleiros, etc). Foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria.[3] A
organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira
Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer
a peregrinaçãoa Jerusalém após a sua conquista.
Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges. Usavam
seus característicos mantos brancos com a cruz vermelha de malta, e seu símbolo passou a
ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede (a mesquita
Al-Aqsa no cume do monte onde existira o Templo de Salomão em Jerusalém) e do voto de
pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão".
O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi
perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos
Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de Françaprofundamente endividado com a
Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente Va tomar medidas contra eles. Em 1307,
muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados em estacas.[4] Em 1312,
o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-
estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantém o nome dos
Templários vivo até os dias atuais.
História
A Ordem foi fundada por Hugo de Payens, com o apoio de mais 8 cavaleiros e do novo rei de
Jerusalém de nome Balduíno II, após a Primeira Cruzada em 1118 com a finalidade de
proteger os peregrinos que tentassem chegar em Jerusalém, porém eram vítimas de ladrões,
[5] e a Terra Santa dos ataques dos muçulmanos mantendo os reinos cristãos que
as Cruzadas haviam fundado no Oriente.
Oficialmente aprovada pela Igreja Católica por meio do papa Honório II em torno de1128,[6]
[7] ganhando insenções e privilégios, dentre estes, o lider teria o direito de se comunicar
diretamente com o papa. a Ordem tornou-se uma das favoritas da caridadeem toda a
cristandade, e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em poder, estavam entre as
mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas [8] e os membros não-combatentes da
Ordem geriam uma vasta infra-estrutura econômica, inovando em técnicas financeiras que
constituíam o embrião de um sistemabancário,[9][10] e erguendo muitas fortificações por toda
a Europa e a Terra Santa.
A regra dessa ordem religiosa de monges guerreiros (militar) foi escrita por São Bernardo. A
sua divisa foi extraída do livro dos Salmos: "Non nobis Domine, non nobis, sed nomine Tuo ad
gloriam" (Sl. 115,1) que significa "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a
glória".
O seu crescimento vertiginoso, ao mesmo tempo que ganhava grande prestígio na Europa,
deveu-se ao grande fervor religioso e à sua incrível força militar. Os Papas guardaram a ordem
acolhendo-a sob sua imediata proteção, excluindo qualquer intervenção de qualquer
outrajurisdição fosse ela secular ou episcopal. Não foram menos importantes também os
benefícios temporais que tal Ordem recebeu dos soberanos da Europa.
A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os
Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo
original, e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.
As Cruzadas foram guerras proclamadas pelo papa, em nome de Deus, e travadas como se
fossem uma iniciativa do próprio Cristo para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa
da Cristandade. A Primeira Cruzada foi pregada pelo papa Urbano II, no Concílio de Clermont,
em 1095. A sua justificativa tinha como fundamento a recuperação da herança de Cristo,
restabelecer o domínio da Terra Santa e a protecção dos cristãos contra o avanço dos
veneradores do Islã. Esta dupla causa foi comum a todas as outras expedições contra as terras
pertencentes aos reinos de Alá e, desde o princípio, deram-lhes o carácter de peregrinações.
"Um Cavaleiro Templário é verdadeiramente, um cavaleiro destemido e seguro de todos os lados, para sua alma, é protegida pela armadura da fé, assim como seu corpo está protegido pela armadura de aço. Ele é, portanto, duplamente armado e sem ter a necessidade de medos de demônios e nem de homens."
Bernard de Clairvaux, c. 1135, De Laude Novae Militae—In Praise of the New Knighthood[11]
As cruzadas tomaram Antioquia, (1098) Jerusalém, (1099) e estabeleceram o principado de
Antioquia, o condado de Edessa e Trípoli, e o Reino Latino de Jerusalém, os quais
sobreviveram até 1291. A esta seguiram-se a Segunda Cruzada, (1145-48) e a Terceira, (1188-
92) no decorrer da qual, Chipre caiu sob domínio latino, sendo governada por europeus
ocidentais até 1571. A Quarta Cruzada (1202- 04) desviou-se do seu curso, atacou e saqueou
Constantinopla (Bizâncio), estabelecendo domínio latino na Grécia. A Quinta Cruzada (1217-
21) foi a primeira do rei Luís IX da França. Contudo, houve também um grande número de
empreendimentos menores (1254 -91), e foram estes que se converteram na forma mais
popular de cruzada.
O poder da Ordem tornou-se tão grande que, em 1139 que o papa Inocêncio II emitiu um
documento declarando que os templários não deviam obediência a nenhum poder secular ou
eclesiástico, apenas ao próprio papa.
Um contemporâneo (Jacques de Vitry) descreve os Templários como "leões de guerra e
cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de batalha, monges piedosos na capela;
temidos pelos inimigos de Cristo, a suavidade para com Seus amigos".
Levando uma forma de vida austera não tinham medo de morrer para defender os cristãos que
iam em peregrinação a Terra Santa. Como exército nunca foram muito numerosos
aproximadamente não passavam de 400 cavaleiros em Jerusalém no auge da Ordem, mesmo
assim foram conhecidos como o terror dos maometanos. Quando presos rechaçavam com
desprezo a liberdade oferecida a preço de apostatarem (negação da Fé cristã).
Crescimento da ordem e a perda de sua missão
Com o passar do tempo a ordem ficou riquíssima e muito poderosa: receberam várias doações
de terras na Europa, ganharam enorme poder político, militar e econômico, o que acabou
permitindo estabelecer uma rede de grande influência no continente.
Também começaram a ser admitidas na ordem, devido à necessidade de contingente, pessoas
que não atendiam aos critérios que eram levados em conta no início. Logo, o fervor cristão, a
vida austera e a vontade de defender os cristãos da morte deixaram de ser as motivações
principais dos cavaleiros templários.
A riqueza da ordem atrai o Estado e a igreja Católica
Templários condenados à fogueira pela Santa Inquisição.
Filipe IV de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto
em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia.
A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz,
e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os
templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a
torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação
dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo),
influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do
Templo e alguns altos dignitários da Ordem.
O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V, absolveu os templários, das
acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa
da perda de sua missão e de razões de oportunismo político.
Da perda de sua missão o que caracterizou não mais uma vida austera como no inicio da
ordem se aproveitou Felipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter
se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo,
os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas
pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e
Concílio regional de Narbona (França) em 1243.
Da Sentença do Papa Clemente V aos nossos dias
Filipe IV da França.
O chamado "Pergaminho de Chinon" ao declarar que Clemente V absolveu a Ordem das
acusações de heresia, e que deu a absolvição ao último grã-mestre, Jacques de Molay, e aos
demais cavaleiros, suscitou a reação da monarquia francesa, de tal forma que obrigou o papa
Clemente V à uma discussão ambígua, sancionada em 1312, durante o Concílio de Vienne,
pela bula Vox in excelso, a qual declarava que o processo não havia comprovado a acusação
de heresia.
Após a descoberta nos Arquivos do Vaticano, da acta de Chinon, assinada por quatro cardeais,
declarando a inocência dos Templários, sete séculos após o processo, o mesmo foi recordado
em uma cerimónia realizada no Vaticano, a 25 de outubro de 2007, na Sala Vecchia do Sínodo,
na presença de Monsenhor Raffaele Farina, arquivista bibliotecário da Santa Igreja Romana, de
Monsenhor Sergio Pagano, prefeito do Arquivo Secreto do Vaticano, de Marco Maiorino, oficial
do Arquivo, de Franco Cardini, medievalista, de Valerio Manfred, arqueólogo e escritor, e da
escritoraBarbara Frale, descobridora do pergaminho e autora do livro "Os templários".
O Grão Priorado de Portugal esteve representado por Alberto da Silva Lopes, Preceptor das
Comendadorias e Grão Cruz da Ordem Suprema e Militar dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do
Templo de Salomão.[carece de fontes]
Considerações finais
A destruição da Ordem do Templo propiciou ao rei francês não apenas os tesouros imensos da
Ordem (que estabelecera o início do sistema bancário), mas também a eliminação do exército
da Igreja, o que o tornava senhor rei absoluto, na França.
Nos demais países a riqueza da ordem ficou com a Igreja Católica.
Na sua pira, De Molay teria desafiado o rei e o Papa a encontrá-lo novamente diante do
julgamento de Deus antes que aquele ano terminasse - apesar de este desafio não constar em
relatos modernos da sua execução. Felipe o Belo e Clemente V de fato morreram ainda no ano
de 1314. Esta série de eventos formam a base de "Les Rois Maudits" ("Os Reis Malditos"), uma
série de livros históricos de Maurice Druon. Ironicamente, Luís XVI de França (executado
em 1793) era um descendente de Felipe O Belo e de sua neta, Joana II de Navarra.
Afirma-se ainda que, quando a cabeça do rei caiu na cesta da guilhotina, um homem não
identificado se aproximou, mergulhou a mão no sangue do monarca, sacudindo-a no ar e
gritou: "Jacques de Molay, fostes vingado!"[carece de fontes]
A Ordem do Templo e a historiografia
O fato de nunca ter havido uma oportunidade de acesso aos documentos originais dos
julgamentos contra os templários motivou o surgimento de muitos livros e filmes, com grande
repercussão pública, porém, sem nenhum embasamento histórico. Por este mesmo motivo,
muitas sociedades secretas, como a Maçonaria, se proclamam "herdeiras" dos templários.
A obra, publicada pela Biblioteca Vaticana: "Processus contra templários", restaura a
verdade histórica sobre Os Cavaleiros da Ordem do Templo, conhecidos como templários,
cuja existência e posterior desaparecimento foram motivo de numerosas especulações
elendas.
Os Pergaminho de Chinon são relativos ao processo contra os templários, realizados sob o
pontificado do Papa Clemente V, cujos originais são conservados no Arquivo Secreto do
Vaticano. O principal valor da publicação reside na perfeita reprodução dos documentos
originais do citado processo e nos textos críticos que acompanham o volume; explicam como e
por que o pontífice Clemente V absolveu os Templários da acusação de heresia e suspendeu
a Ordem sem dissolvê-la, reintegrando os altos dignitários Templários e a própria Ordem na
comunhão da Igreja.
Lendas e relíquias
A destruição do arquivo central dos Templários (que estava na Ilha de Chipre) em 1571
pelos otomanos[carece de fontes], tornou-se o principal motivo da pequena quantidade de
informações disponíveis e da quantidade enorme de lendas e versões sobre sua história.
Os Templários tornaram-se, assim, associados a lendas sobre segredos e mistérios, e
mais rumores foram adicionados nos romances de ficção populares, como Ivanhoe, O
Pêndulo de Foucault, e O Código Da Vinci, filmes modernos, tais como "A Lenda do
Tesouro Perdido" e "Indiana Jones e a Última Cruzada", bem como jogos de vídeo,
como Broken Sword e Assassin's Creed.
O Domo da Rocha, uma das estruturas do Monte do Templo.
Uma das versões faz ligação entre os Templários e uma das mais influentes e famosas
sociedades secretas, a Maçonaria.
Historiadores acreditam na separação dos Templários quando a perseguição na França
foi declarada. Um dos lugares prováveis para refúgio teria sido a Escócia. Onde apenas
dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses. Embora os cavaleiros
estivessem em território seguro, sempre havia o medo de serem descobertos e
considerados novamente como traidores. Por isso teriam se valido de seus
conhecimentos da arquitetura sagrada e assumiram um novo disfarce para fazerem parte
da maçonaria (texto do livro Sociedades Secretas - Templários, editora Universo dos
Livros).
E o fato de várias catedrais e construções góticas apresentarem uma variedade de figuras
místicas gravadas nas paredes nos templos maçons que lembram símbolos usados pelos
Templários.
Muitas das lendas dos Templários estão relacionadas com a ocupação precoce pela
Ordem do Monte do Templo em Jerusalém e da especulação sobre as relíquias que os
templários podem ter encontrado lá, como o Santo Graal ou a Arca da Aliança. No
entanto, nos extensos documentos da inquisição dos Templários nunca houve uma única
menção de qualquer coisa como uma relíquia do Graal, e muito menos a sua posse, por
parte dos Templários. Na realidade, a maioria dos estudiosos concorda que a história do
Graal era apenas isso, uma ficção que começou a circular na época medieval.
O tema das relíquias também surgiram durante a Inquisição dos Templários, como
documentos diversos dos julgamento referem-se a a adoração de um ídolo de algum tipo,
referido em alguns casos, um gato, uma cabeça barbada, ou, em alguns casos,
a Baphomet. Essa acusação de idolatria contra os templários também levou à crença
moderna por alguns de que os templários praticavam bruxaria.
Além de possuir riquezas (ainda hoje procuradas) e uma enorme quantidade de terras na
Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra. Os cavaleiros, além de
temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota
para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de
membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria
franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso os
possibilitou refugiar-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros
foram para Escócia, Suiça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos
deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma
perseguição do rei e da Igreja.
O desaparecimento da esquadra é outro grande mistério. No dia seguinte ao
aprisionamento do cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou durante a noite,
desaparecendo sem deixar registros. Por essa mesma data, o Rei Português D. Dinis
nomeava o primeiro almirante Português de que há memória, apesar de Portugal não ter
armada; por outro lado, D. Dinis evitava entregar os bens dos Templários à Igreja e
consegue criar uma nova Ordem de Cristo com base na Ordem Templária, adoptando
para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária; levantando a dúvida de que
planeava apoderar-se da armada Templária para si.
Um dado interessante relativo aos cavaleiros que teriam se dirigido para Suiça, é que
antes desta época não há registros de existência do famoso sistema bancário daquele
país. Até hoje utilizado e também discutido. Como é sabido, no auge de sua formação, os
cavaleiros da Ordem desenvolveram um sistema de empréstimos, linhas de crédito,
depósitos de riquezas que na sua época já se assemelhava bastante aos bancos de hoje.
É possível que foram os cavaleiros que se refugiaram na Suiça que implantaram o
sistema bancário no lugar e que até hoje é a principal atividade do país.
Templários notáveis
Os Nove Fundadores
1. Hugo de Payens (ou Payns)
2. Godofredo de Saint-Omer
3. Godofredo de Bisol ( ou Roral ou Rossal, ou Roland ou Rossel);
4. Payen de Montdidier ( ou Nirval de Montdidier);
5. André de Montbard (tio de S. Bernardo);
6. Arcimbaldo de Saint-Amand , ou Archambaud de Saint-Aignan;
7. Hugo Rigaud
8. Gondemaro , (ou Gondomar);
9. Arnaldo ou Arnoldo
Grãos-Mestres
Ver artigo principal: Grãos-Mestres dos Cavaleiros Templários
Jacques de Molay - O último Grão-Mestre da Ordem, morreu queimado
1. Hugo de Payens 1118-1136
2. Robert de Craon 1136-1147
3. Everard des Barres 1147-1149
4. Bernard de Tremelay † 1149-1153
5. André de Montbard 1153-1156
6. Bertrand de Blanchefort 1156-1169
7. Philippe de Milly 1169-1171
8. Odo de St Amand (PDG) 1171-1179
9. Arnold of Torroja 1181-1184
10.
Gerard de Ridefort † 1185-1189
11.
Robert de Sablé 1191-1193
12.
Gilbert Horal 1193-1200
13.
Phillipe de Plessis 1201-1208
14.
Guillaume de Chartres 1209-1219
15.
Pedro de Montaigu 1218-1232
16.
Armand de Périgord (PDG) 1232-1244
17.
Richard de Bures (Contestado)
1244/5-1247 [12]
18.
Guillaume de Sonnac † 1247-1250
19.
Renaud de Vichiers 1250-1256
20.
Thomas Bérard 1256-1273
21.
Guillaume de Beaujeu † 1273-1291
22.
Thibaud Gaudin 1291-1292
23.
Jacques de Molay 1292-1314
Castelos
Mapa dos Reinos e fortificações templárias na Terra Santa.
Planta do Santuário da Rocha (onde outrora se encontrava o Templo de Salomão), com
algumas de suas linhas de construção que podem ter servido de inspiração para os templos da
Ordem.
Na Terra Santa
Castelo de Gaston - Principado de Antioquia
Chastel Blanc - Condado de Trípoli
Castelo de Tortosa - Condado de Trípoli
Castelo de Sidon - Reino Latino de Jerusalém
Castelo de Beaufort - Reino Latino de Jerusalém
Castelo de Gaza - Reino Latino de Jerusalém
Castelo de Safed - Reino Latino de Jerusalém
Castelo Peregrino - Reino Latino de Jerusalém
Castelo Hernault - Reino Latino de Jerusalém
Chastelet du Gué-Jacob - Reino Latino de Jerusalém
Na península Ibérica
[editar]Em Espanha
Castelo da Lúa -
Castelo de Ascó - 1173
Castelo de Barberà - 1143
Castelo de Castellote -
Castelo de Chalamera - 1143
Castelo de Granyena - 1131
Castelo de Gardeny -
Castelo de Monreal del Campo -
Castelo de Montesa -
Castelo de Monzón - 1143
Castelo de Peníscola - 1294
Castelo de Ponferrada - 1178
Castelo de Sória - 1128
Castelo de Xivert - 1169
[editar]Em Portugal
Castelo de Soure (1128)
Castelo de Celorico da Beira
Castelo de Ranhados
Castelo de Longroiva (1145)
Castelo de Cera (1159)
Castelo de Tomar (1160)
Castelo de Torres Novas
Castelo de Seda (1160)
Castelo de Pombal (c. 1160)
Castelo de Mogadouro (1165)
Castelo de Belmonte
Castelo de Sabugal
Castelo de Sortelha
Castelo de Penamacor
Castelo de Monsanto (1165)
Castelo de Salvaterra do Extremo
Castelo de Segura
Castelo de Rosmaninhal (1165)
Castelo de Penas Róias (1166)
Castelo de Almourol (1171)
Castelo do Zêzere (1174)
Castelo de Idanha-a-Nova (1187)
Castelo de Idanha-a-Velha (1197)
Castelo de Penamacor (c. 1199)
Castelo de Alpalhão
Castelo de Castelo Novo
Castelo de Ródão
Castelo de Belver
Castelo de Castro Marim
Castelo de Castelo Branco (1214)
Castelo de Vila do Touro (c. 1220)
Castelo de Nisa (1296)
Castelo de Amieira do Tejo
Castelo de Penha Garcia (1303)
Torre de Quintela
Torre de Dornes
Em Portugal
Igreja do Castelo dos Templários de Tomar. A sua planta circular evoca a Igreja dos
Templários em Jerusalém.
Castelo de Almourol junto ao rio Tejo, fundado pelo mestre Gualdim Pais.
Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que lhes doou a
povoação deFonte Arcada, Penafiel, em 1126. Um ano depois, a viúva do conde D.
Henrique entregou-lhes oCastelo de Soure sob compromisso de colaborarem
na conquista de terras aos mouros. Em 1145receberam o Castelo de Longroiva e
dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e
ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante
de Santarém.
Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar.
Através da bulaRegnans in coelis (12 de agosto de 1308) o Papa Clemente V dá
conhecimento aos monarcas cristãos do processo movido contra os Templários, e
pela bula Callidi serpentis vigil (dezembro de1310) decretou a prisão dos mesmos.
Em Portugal, a partir de 1310 o rei D. Dinis buscou evitar a transferência dos bens
da ordem extinta para os Hospitalários. Posteriormente, a 15 de março de1319, pela
bula Ad ae exquibus o Papa João XXII instituiu a Ordo Militiae Jesu Christi (Ordem
da Milícia de Jesus Cristo) à qual foram atribuídos os bens da extinta ordem no país.
Após uma curta passagem por Castro Marim, a nova Ordem viria a sediar-se
também em Tomar.
Nos tempos coevos, a afoiteza de D. Dinis ao permitir que Portugal servisse de
valhacouto à Ordem pode-se observar de modo atilado nas Cruzes que adejam nas
velas do Navio Escola "Sagres", nas cores que matizam os aviões e helicópteros da
Força Aérea Portuguesa, nas camisolas da Selecção Nacional e dos atletas
olímpicos que a ostentam com ufania. Das várias Comendadorias (casas militares) a
maior parte delas recebe o nome de um santo/a, mas também há algumas
consagradas com o nome de reis.
Actualmemte o LI Grão Mestre Universal da Ordem é D. Fernando Pinto Campello
de Sousa Fontes.
Mestres Portugueses
1. Afonso Henriques , Irmão Templário (13.03.1129)
2. Guillaume Ricardo (1127 - 1139)
3. Hugues Martins (1139)
4. Hugues de Montoire (1143)
5. Pedro Arnaldo (1155 - 1158)
6. Gualdim Pais (1158 - 1195)
7. Lopo Fernandes
8. Fernando Dias (1202)
9. Gomes Ramires (1210 - 1212)
10. Pierre Alvares de Alvito (1212 - 1221)
11. Pedro Anes (1223 - 1224)
12. Martin Sanchez (1224 - 1229)
13. Estevão Belmonte (1229 - 1237)
14. Guillaume Fouque ou Fulco (1237 - 1242)
15. Martim Martins (1242 - 1248)
16. Pedro Gomes (1248 - 1251)
17. Paio Gomes (1251 - 1253)
18. Martim Nunes (1253 - 1265)
19. Gonçalo Martins (1268 - 1271)
20. Beltrão de Valverde (1273 - 1277)
21. João Escritor (1280 - 1283)
22. João Fernandes (1283 - 1288)
23. Afonso Pais-Gomes (1289 - 1290)
24. Lourenço Martins (1291 - 1295)
25. Vasco Fernandes (1295 - 1306)
Notas
1. ↑ Burman, p. 45.
2. ↑ The World's Greatest Unsolved Mysteries (em portugês). Google Books.
3. ↑ Malcolm Barber, The New Knighthood: A History of the Order of the
Temple. Cambridge University Press, 1994. ISBN 0-521-42041-5.
4. ↑ Malcolm Barber, The Trial of the Templars. Cambridge University Press,
1978. ISBN 0-521-45727-0.
5. ↑ Templários e Monges da Pesada (em portugês). Historia Abril.
6. ↑ Templários e monges da pesada (em portugês). Historia Abril.
7. ↑ Por influência de Bernardo de Claraval, no Concílio de Troyes.
8. ↑ The History Channel. Decoding the Past: The Templar Code, 7 Nov. 2005, vídeo
documentário escrito por Marcy Marzuni.
9. ↑ Martin, p. 47.
10. ↑ Nicholson, p. 4
11. ↑ Stephen A. Dafoe. In Praise of the New Knighthood. TemplarHistory.com. Página
visitada em March 20, 2007.
12. ↑ Armand de Périgord foi morto ou capturado na Batalha de La Forbie; autoridades
diferentes. Richard de Bures comandou os templários até à eleição de Guillame de
Sonnac; se ele seria o Grão-Mestre contestado. Ver aqui
Bibliografia
Processus contra Templários
DEMURGER, Alain. Os Cavaleiros de Cristo: templários, teutônicos,
hospitalários e outras ordens militares na Idade Média (sécs. XI-XVI). Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002. 348p. ISBN 8571106789
DEMURGER, Alain. Os Templários - uma cavalaria cristã na Idade Média. São
Paulo: Difel, 2007. 687p. ISBN 8574320765
LOUÇÃO, Paulo Alexandre. Os Templários na Formação de Portugal (8ª ed.).
Edições Ésquilo, 2003.
RUNCIMAN, Steven. História das Cruzadas (v. 1: A 1a. Cruzada e a Fundação
do Reino de Jerusalém). São Paulo: Imago, 2002. 340p.ISBN 8531208165
TELMO, António. O Mistério de Portugal na História e n'Os Lusíadas. Edições
Ésquilo.
História do Baphomet
A história em torno do Baphomet foi intimamente relacionada com a da Ordem do Templo, ou
Ordem dos Templários, pelo Rei Filipe IV de França e com apoio do Papa Clemente V, ambos
com o intuito de desmoralizar a Ordem, pois o primeiro era seu grande devedor e o segundo
queria revogar o tratado que isentava os Cavaleiros Templários de pagar taxas a Igreja
Católica.
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, também conhecida
como Ordem do Templo, foi fundada no ano de 1118. O objetivo dos cavaleiros templários era
supostamente proteger os peregrinos em seu caminho para a Terra Santa. Eles receberam
como área para sua sede o território que corresponde ao Templo de Salomão, em Jerusalém, e
daí a origem do nome da Ordem.
Segundo a história, os Cavaleiros tornaram-se poderosos e ricos, mais que os soberanos da
época. Segundo a lenda, eles teriam encontrado no território que receberam documentos e
tesouros que os tornaram poderosos. Segundo alguns, eles ficaram com a tutela doSanto
Graal dentre outros tesouros da tradição católica.
Em 13 de outubro de 1307, sob as ordens de Felipe, o Belo (homem torpe e grande devedor de
dinheiro para a Ordem e favores para o Grão-Mestre Jacques DeMolay, sendo este inclusive
padrinho de seu filho) e com o apoio do Papa Clemente V, os cavaleiros foram presos,
torturados e condenados à fogueira, acusados de diversas heresias.
A Igreja acusava os templários de adorar o diabo na figura de uma cabeça com chifres que eles
chamavam Baphomet (a partir daí criou-se a crença de um demônio chifrudo), de cuspir na
cruz, e de praticar rituais de cunho sexual, inclusive práticas homossexuais (embasado no
símbolo da Ordem, que era representado por dois Cavaleiros usando o mesmo cavalo). O
Baphomet tornou-se o bode expiatório da condenação da Ordem pela Igreja Católica e da
matança de templários na fogueira que se seguiu a isto.
Origem da expressão "Baphomet"
A origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas especulações podem ser feitas, desde
uma corruptela de Muhammad (Maomé - o nome do profeta do Islã), até Baph+Metis do grego
"Batismo de Sabedoria". Outra teoria nos leva a uma composição do nome de três
deuses: Baph, que seria ligado ao deus Baal; Pho, que derivaria do deus Moloch; e Met,
advindo de um deus dos egípcios, Set.
A palavra "Baphomet" em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra
Atbash (método de codificação usado pelosCabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-
Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para "sabedoria".
Todavia ainda existem fontes que afirmam uma outra origem do termo. Segundo alguns, o
nome veio da expressão grega Baph-Metra( mãe-Metra ou Meter-submersa; Baph-em sangue.
Ou seja, a Mãe de sangue, ou a Mãe sinistra. Grande parte dos historiadores que afirmam essa
versão se baseiam no fato que o culto á cabeça esta relacionada com conjurações de
entidades femininas.
Significados possíveis
Baphomet de Eliphas Levi
O símbolo do Baphomet é fálico, haja vista que em uma de suas representações há a presença
literal do falo devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da vulva). O Baphomet de Levi
possui mamas de mulher e o pênis é metaforicamente representado por um Caduceu. Este tipo
de simbologia sexual aparece com freqüência na alquimia (o coito do rei e da rainha), com a
qual o ocultismo tem relação.
A figura do Baphomet também é relacionada as virgens que apresentavam anomalias em seus
bustos. As virgens de 3 mamilos e as virgens de apenas 1 seio era tatuadas com a cabeça do
Baphomet para que nenhum homem pudesse tocá-las. Diziam que as mulheres com tais
anomalias genéticas eram amaldiçoadas.
Pode ser interpretado em seu aspecto metafísico, onde pode representar o espírito divino que
"ligou o céu e a terra", tema recorrente na literatura esotérica. Isto pode ser visto no Baphomet
deEliphas Levi, que aponta com um braço para cima e com o outro para baixo (em uma
posição muito semelhante a representações de Shiva na Índia). No ocultismo isto representaria
o conceito que diz "assim em cima como embaixo".
Eliphas Levi lista as mais frequentes representações do Baphomet:
1. um ídolo com cabeça humana;
2. uma cabeça com duas faces;
3. com barba;
4. sem barba;
5. com a cabeça de um bode;
6. com a cabeça de um homem;
7. com a cabeça de um bode e o corpo de homem;
Muito embora várias tenham sido sua suposta representação, a única imagem de Baphomet
encontrada em um santuário templário consta de uma cabeça humana com três faces, cada
uma representando uma face de Deus (o Deus Judeu, o Deus Islâmico e o Deus Cristão). Hoje
sabe-se que a figura do bode de Mêndes, a qual Eliphas Levi atribuiu o "posto" de Baphomet,
não passa de uma figura ocultista que nada tem a ver com o Baphomet Templário.
Baphomet Por Eliphas Levi
Na classificação e explicação das gravuras de seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia, Eliphas
Levi classifica a imagem de Baphomet como a figura panteística e mágica do absoluto. O facho
representa a inteligência equilibrante do ternário e a cabeça de bode, reunindo caracteres de
cão, touro e burro, representa a responsabilidade apenas da matéria e a expiação corporal dos
pecados. As mãos humanas mostram a santidade do trabalho e fazem o sinal da iniciação
esotérica a indicar o antigo aforismo de Hermes Trismegisto: "o que está em cima é igual ao
que está embaixo". O sinal com as mãos também vem a recomendar aos iniciados nas artes
ocultas os mistérios. Os crescentes lunares presentes na figura indicam as relações entre o
bem e o mal, da misericórdia e da justiça. A figura pode ser colorida no ventre (verde), no
semicírculo (azul) e nas penas (diversas cores). Possuindo seios, o bode representa o papel de
trazer à Humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, os quais são signos redentores.
Na fronte e embaixo do facho encontra-se o signo do microcosmo a representar
simbolicamente a inteligência humana. Colocado abaixo do facho o símbolo faz da chama dele
uma imagem da revelação divina. Baphomet deve estar assentado ou em um cubo e tendo
como estrado uma bola apenas ou uma bola e um escabelo triangular
Fonte: Wikipédia
OS CAVALEIROS DO SENHORA reconquista de Jerusalém, pelos primeiros cruzados, em 1099, nãohavia resolvido totalmente os problemas de segurança enfrentados pelos peregrinos cristãos a Terra Santa. Os fiéis deveriam atravessar grandes extensões de terras semidesérticas, dominadas por grupos muçulmanos armados ou então assoladas por bandoleiros que despojavam os viajantes de seus valores e não raro os matavam. Algumas fortificações isoladas não solucionavam em absoluto o problema, consequência direta da ausência de forças cristãs, já que quase todos os cruzados haviam retornado a Europa após consumar-se a liberação da cidade santa. Em 1119, um desses cavaleiros cruzados, Hugo, originário de Payens, naChampanha francesa, convocou um pequeno grupo de amigos e expôs-lhes a ideia de consagrarem suas vidas a proteção dos peregrinos. A preocupação de Hugo não era nova, já que em 1110, juntamente com outros cavaleiros, ele havia erigido a Torre de Destroit, sobre a rota que liga Caifás a Cesaréa, com essa finalidade. O primeiro grupo chefiado por Hugo era integrado por 9 cavaleiros, entreos quais Andrés de Montbard, tio de Bernard, abade de Clairvaux. Estavamdecididos a consagrar-se a uma vida não só de sacrifícios, mas também de pobreza, e autodenominaram-se então como Pobres Cavaleiros de Cristo.Ante o Patriarca de Jerusalém pronunciaram seus votos e sob a suaProteção se instalam. Posteriormente, o rei Balduino II lhes cederia a sua primeira residência, que se supunha haver sido parte do templo de Salomão e que os muçulmanos haviam convertido na mesquita de Al-Aqsa, que existe até os dias de hoje. E por terem a sua casa em tal lugar, os Pobres Cavaleiros de Cristo passaram a ser chamados de Cavaleiros do Templo, nome que cabaram por adotar oficialmente. Sua ideia, totalmente original, de consagrar a vida a Cristo, mas sem deixar de empunhar a, espada, tinha que forçosamente entusiasmar a muitos cavaleiros, cheios de fé, porém de muito ardor guerreiro. As primeiras façanhas dos Pobres Cavaleiros de Cristo contra os bandos muçulmanos não
tardaram em ser conhecidos na Europa, despertando admirações e inúmeras adesões. Quem contribuiu em boa medida para a difusão das façanhas dos Cavaleiros foi quem posteriormente seria São Bernardo, um homem que profundamente preocupado com a situação no Oriente, não se cansava de espicaçar aqueles cavaleiros que preferiam a vida inútil e cômoda das cortes européias ao heroísmo daqueles que se batiam na Terra Santa. Assim, o número de Cavaleiros do Templo não cessou de crescer. E atémesmo o Conde Hugo de Champanha, senhor de Hugo de Payens, ingressou na Ordem, dotando-a com boa parte de suas propriedades.Em 1127, Hugo de Payens, acompanhado de um reduzido número decavaleiros, chega a Roma para solicitar ao Papa Honório II o reconhecimento oficial da Ordem, para o que conta com o apoio entusiasta e influente do Abade de Clairvaux. O Sumo Pontífice, impressionado, convoca o Concilio de Troyes para estudar a súplica dos cavaleiros. O Concilio reúne-se em começos de 1128 e escuta de Hugo de Payens um relato acerca da história do grupo, de sua forma de vida, dos seus feitos em armas e também seus projetos para o futuro imediato. Seu estilo conciso de guerreiro, unido a sua profunda fé, acabou por impressionar fortemente aos arcebispos, bispos e abades presentes, que aceitaram de imediato a proposta de Hugo no sentido de que fosse Bernardo de Clairvaux quem redigisse a regra da Ordem. O futuro santo aceitou-o e o resultado de seu trabalho foi reconhecido pelo Concilio com poucas modificações, ainda que a versão que chegou aos nossos diasseja a chamada Regra Latina, redação posterior da regra atribuída ao Patriarca deJerusalém, Estevão de Chartres.
A regra redigida por São Bernardo detalha com rigor a vida dosCavaleiros Templários até os seus mínimos detalhes. Consta de 72 artigos,intitulando-se o primeiro "Como se há de ouvir o ofício divino."
"Vós, que em certa maneira renunciasteis apropriavontade, e os demais, que pela salvação de almas militaisservindo ao Rei Supremo com cavalos e armas, procuraisuniversalmente com piedoso e puro afeto ouvir as matinas etodo ofício divino, segundo a canônica instituição e costumedos doutores regulares da Santa Igreja de Jerusalém. E porisso, veneráveis irmãos, a vós muito em particular os toca,porque havendo desprezado o mundo e os tormentos devossos corpos, prometesteis ter em pouco o mundo por amorde Deus; e assim fortalecidos e saciados com o divino manjar,instruídos e firmes nos preceitos do Senhor, depois de haverconsumado e assistido o mistério divino, que nenhum tema apeleja, se não está apercebido para conseguir a vitória e acoroa. "
Nessas primeiras frases está contido o sentido da Regra. Na Regra são estipuladas as orações que deveriam ser proferidas pelos
cavaleiros que não pudessem, por estar "distantes ou em país remoto, em negócio da cristandade", escutar a missa nos dias de preceito; e o que se deve fazer pelos irmãos mortos. Entre outros sufrágios e caridades, estipula-se que se rezarão 100 padres nossos até o sétimo dia, "porque 7 é o número da perfeição", frase que não hão deixado de notar os estudiosos dos aspectos esotéricos da Ordem. Se proibia aos cavaleiros ouvir a missa de pé, proibindo-se também falardurante as refeições, nas quais será lida a "santa lição". Comerão carne nas terças, quintas e domingos e nos demais dias da semana, pratos de legumes.. .A décima parte do pão deve ser dada aos pobres, assim como os restos de comida...A vestimenta dos cavaleiros deve ser branca "pois abandonaram assombras da vida secular", que sejam conhecidos por amigos de Deus na suavestimenta branca e lucida. E que é a cor branca senão a de inteira pureza? Apureza é segurança do ânimo, saúde do corpo. Se o religioso militar não guardar a pureza, não poderá alcançar a eterna felicidade e vista de Deus...Que nenhum cavaleiro use peles preciosas para a vestimenta comum, nem para a coberta de cama, senão peles de cordeirinhos ou carneiros. E se algum pretender como devido a sua pessoa ou como ânimo de soberba vestidos mais novos ou curiosos, por tal pretensão deverão se lhe dar os piores...Em seu prólogo, a Regra somente exige a condição de cavaleiro para aadmissão na Ordem:
"Falamos aos que desprezam seguir sua própriavontade e de pura coragem desejam servir de cavalaria aosoberano Rei... Nós os advertimos que haveis levado secularcavalaria até aqui, na qual Jesus Cristo não foi causa, porémque vós haveis abraçado somente por humano favor, quesigais a que Deus há elegido da massa de perdição e háordenado para a defesa de sua Igreja".
Em outras palavras: todo cavaleiro pode ingressar na Ordem, mas quecerimônias devem ser cumpridas para a sua admissão?O ritual, que não figura na regra original, vai se fazendo mais complexoatravés dos anos, até ter um aspecto que o aproxima às sociedades herméticas, ao ponto que se crêe que tenha sido tomado como modelo pelos maçons em suas cerimônias de iniciação. Régine Pernoud dá-nos uma descrição que acabou por se tornar clássica:
O Mestre tomada a palavra ante o capítulo reunido.
"Formosos senhores irmãos, vos veis bem que amaioria se colocou de acordo para fazer alguém irmão; sehouvera um de vós que soubera dele de coisa pela qual nãodeveria, em direito, ser irmão, que o diga, pois mais bela coisao seria que o dissesse antes que depois que haja vindo ante
nós."
Se não se diz nada.
O Mestre manda buscar o postulante e colocá-lo emum quarto próximo ao capítulo. Nesse quarto, o postulanterecebe a visita de dois ou três dos "homens bons", os maisantigos da casa, que lhe perguntam:
"Irmão, pedis a companhia da casa?". Se o postulante afirma que sim, devem então mostrar-lhe as grandes durezas da casa e os caritativos mandatos ali existentes.
E se diz: "Que sofrerá gostosamente tudo por Deus e que quer ser servo e escravo da casa parasempre, todos os dias de sua vida", devem formular-se de novo algumas perguntas que pontualizam o seu estado:
"Tens mulher, esposa ou prometida?"."Alguma vez fizesteis promessa ou voto em outraOrdem?""Contraistes dívidas que não podeis pagar?""És são de corpo?""Não teneis alguma enfermidade oculta?"“Não és servo de algum homem?"
Depois de haver inquirido cuidadosamente o postulante acerca de sua situação cível e física, os irmãos tornam a ingressar no capítulo e declarar:
"Senhor, falamos com esse homem bom que estáafora e demonstramos-lhe as durezas da casa... e ele diz quequer ser servo e escravo da casa...".
O Mestre renova as perguntas e de novo inquire:
"Quer eis que o traga para servir a Deus?"
E o capítulo responde:
“Faça-o vir para servir a Deus''.
Busca-se então o postulante e se lhe pergunta outra vez se segue tendo as mesmas intenções e logo se lhe introduz no capítulo. Deve ajoelhar-se diante do que o dirige, com as mãos juntas e dizer:
"Senhor, hei vindo ante Deus e ante vós e ante osirmãos e lhes rogo e requeiro por Deus e Nossa Senhora, queme acolhais em vossa companhia e nos benefícios da casa
como aquele que sempre e desde agora quer ser servo eescravo da casa''.
O Mestre então pronunciava uma bela exortação:
"Nobre irmão, pedis grande coisa, pois nossa religião não vêmais que a corte que está afora, porém a corte é isso que nosvês manter formosos cavalos, belos arneses e beber bem,comer bem e formosas roupas e aqui parece que estareis muitocômodo. Pois é muito que vós, que sois senhor de vósmesmos, fareis de vós servo de outros, pois fareis jamais algoque quedeis; se quiseres estar na terra desse lado do mar(Ocidente), sereis enviado ao outro lado; se quiséreis estar emAcre, sereis mandado à terra de Tripoli, ou da Antióquia ou daArmênia...Ou várias outras terras onde temos casas epossessões. E se quiséreis dormir, se lho fará estar desperto, ese às vezes quiserdes estar disperto se lho mandará repousarem vosso leito...".
Em seguida, as perguntas formuladas em privado ao postulante são repetidas diante do capítulo:
"Quereis ser no sucessivo todos os dias de vossavida servo e escravo da casa? Quereis abandonar nosucessivo vossa própria vontade todos os dias de vossa vidapara fazer o que vosso comendador o ordenar?".
Em caso afirmativo, o postulante deve responder:
"Sim, senhor, Deus quer".
O mestre ordena-lhe então que saia do capítulo e dirigindo-se aos irmãos reunidos repete a pergunta feita precedentemente no caso de que algum deles saiba de algum impedimento a recepção do novo irmão. Depois do que, umdeles deve dizer:
"Façamo-lo vir para servir a Deus".
A cerimônia de recepção propriamente dita começa quando o postulante, no capítulo, se ajoelha com as mãos juntas e pronuncia seu pedido:
"Senhor, venho ante Deus, ante vós e ante osirmãos, e rogo-lhes e requeiro-lhes por Deus e por NossaSenhora que me acolhais em vossa companhia e nosbenefícios da casa, espiritual e temporalmente, como aqueleque quer ser servo e escravo da casa todos os dias de sua vidaa partir de agora ".
O capítulo reunido renova as perguntas feitas anteriormente e em seguida exorta o postulante a orar. Todos juntos recitam o Padre-Nosso e o irmão-
capelão uma oração ao Espírito Santo e depois o presidente do capítulo toma o livro dos Evangelhos e o novo irmão o sustenta com as duas mãos,ajoelhado. Repetem-se então em detalhe as perguntas feitas sobre cada ponto:
o postulante não é casado, nem prometido, nem pertenceu a outra ordem religiosa, etc. Todos os impedimentos possíveis são repassados e assim se convida aos "velhos homens da casa" a saber se alguns desses impedimentos foi esquecido. Passa-se então a parte positiva dos compromissos. As promessas que faz o irmão:
"Bom irmão, escutai bem o que diremos: prometeis aDeus a Santa Maria que a partir de agora e todos os dias davossa vida vivereis castamente com vosso corpo? Que vivereissem bens (pobremente, sem possuir nada próprio)? Queobservar eis os bons usos e os bons costumes dessa casa?Que ajudar eis a conquistar, segundo a força e o poder queDeus vos deu, a Terra Santa de Jerusalém? Que nuncaabandona-reis esta "religião" (ordem religiosa)? nem por parte,nem por débil, nem por pior, nem por melhor?"A todas essas perguntas a resposta é:
"Sim, senhor, se Deus quiser".
E o que preside o capítulo conclui:
"Nós, em nome de Deus e de Nossa Senhora SantaMaria, do monsenhor São Pedro de Roma e de nosso apóstolo(o Papa) e de todos os santos do Templo, os acolhemos atodos os benefícios da casa que existem desde o começo eque existirão até o fim, a vós e a vosso pai e mãe e a todos osque quereis acolher de vossa linhagem. Trata-se daparticipação nas pregadas, orações e benefícios espirituais daOrdem do Templo. Vós também, vós nos acolhereis em todosos benefícios que haveis feito e que fareis, e também oprometemos o pão, a água e a pobre roupa da casa, e a penae o trabalho excessivo" (a roupa, no caso, designa os bensmateriais em geral).
O postulante é então coberto com o manto da Ordem. Após uma oração proferida pelo capelão e o salmo de recepção habitual nas outras ordens religiosas."ó, que bom e doce é viver juntos" (Salmo 132).O Mestre ou seu representante levanta o irmão e o beija nos lábios e o capelão faz o mesmo. Segue-se uma exortação que enumera ao postulante os principais usos e pregarias da Casa do Templo. Trata-se de um resumo daRegra que insiste sobre as faltas que Ocasionariam para o cavaleiro a "perda do hábito" ou a "perda da casa"; é dizer, a expulsão da Ordem.
As reuniões de recepção — ou iniciação — realizavam-se a noite e o postulante era convocado a uma sala e não a capela, o que nos faz recordar as
sessões iniciáticas tanto egípcias como gregas. Posteriormente, os maçons fariam o mesmo. Na maioria das ordens iniciáticas, o postulante golpeava fortemente aporta da sala ou do templo onde estava reunido o capítulo, porém no Templo isso não ocorria, senão que pedia-lhe se lhe fosse aberta a porta? Por três vezes, o capítulo enviava dois cavaleiros a perguntar o motivo que levava o "desconhecido" até ali. Na terceira vez, e bem respondidas as perguntas rituais, o postulante era então admitido. A porta, com todo o simbolismo implícito, se abria ante ele...O beijo na boca, dado pelo Mestre ao postulante, serviu, mais tarde, paraque sérias acusações de sodomia fossem levantadas contra os cavaleirostemplários. O beijo na boca, todavia, tem uma significação bem distinta e era rito comum entre os povos mais primitivos. Representava-se com esse ato atransmissão de poderes, sabedoria etc., do mais santo, o mais sábio, ao neófito ou iniciado.Alguns autores sustentam que a cerimônia de admissão se encerrava com as seguintes palavras do Mestre:
"Dissemos as coisas que deveis fazer e que deveisguardar e se não temos dito tudo, é porque dizer não podemosaté que vós o demandeis. E que Deus os faça fazer e dizerbem. Amém ".
Disso seria lícito deduzir uma possível segunda iniciação, a antecipação de futuras revelações, que não seriam feitas a todos irmãos, senão somente a quem as demandasse. Isso pode ser interpretado literalmente ou em seu sentido mais profundo a quem as mereça, aqueles que se fizerem merecedores de ascender a planos mais elevados.
Alguns aspectos EsotéricosEnfim, mais do que conclui Probst-Beriben, os templos circulares por dentro e octogonais por fora contém, sem dúvida, uma mensagem, além de haveremsido locais de iniciação. O sentido dessa mensagem resta ainda por ser decifrado.
Não poderíamos, por último, deixar de abordar nesse capítulo o aspecto
extremamente hermético da ordem. Além da conhecida recepção, similar a de outras confrarias iniciáticas, sabe-se que os templários possuíam diversos graus de iniciação. O que se ignora, com certeza, ainda que seja possível deduzir-se, se havia graus progressivos, como na maçonaria; mas que, se houveram, eles estavam referidos aos irmãos selecionados para asceder aos arcanos.
Não é todavia a pedra das igrejas, mas sim a pedra dos calabouços deChinon, que lançam alguma luz sobre os aspectos herméticos da Ordem. Porexemplo, a existência de uma numerologia esotérica, superposta, muito inteligente, a que os templários usavam em suas operações financeiras. A existência dessa numerologia está provada pelos números tradicionais de pontos gravados nas paredes sombrias de Chinon, pela identidade das figuras e pelas ferramentas simbólicas.
A numerologia templária não ocupou lugar relevante na Ordem e não éfácil, portanto, rastrear de onde a obtiveram, já que não se hão provadoantecedentes pitagóricos. É muito mais possível, então, que tivessem chegado até eles através dos árabes ou, mais ainda, da Cabala judia. Isso, que vale para a numerologia, vale também para a arquitetura hermética ou iniciática. Formam parte de um hermetismo cristão que chegou a eles desde o mais profundo da antigüidade, com o mundo árabe como ponto de enlace.
A forma octogonal das igrejas templárias era utilizada por algumasirmandades obreiras, especialmente inglesas, antes do século XII. Isso explicaria o fato de que outras Ordens religiosas houvessem utilizado o octógono na Inglaterra.O hermetismo cristão atribui ao número 8 o sentido da regeneração. Os templários o usaram, além de em suas igrejas, na heráldica, nos graffitti e, muito especialmente, na Cruz das 8 Beatitudes, que era a chave de seu alfabeto secreto, que pode ser inscrito num octógono.
Alguns autores, como o próprio Probst-Beriben, estudaram a cruztemplária encontrando nela símbolos pertencentes a simbologia cristã e que não se contradizem com outras simbologias. A cruz templária contém os 4 elementos, como a tradicional, os 4 evangelistas, as 4 grandes virtudes, as 4 estações, as 4 letras do grande nome: Iod Hé Vav Hé, e a disposição de forças construtivas em um ponto central, com seus 4 triângulos nos cimos convergentes. Sua cor, vermelho e gaulês, é a cor do fogo e da ação, tanto nas doutrinas herméticas ocidentais como nas muçulmanas.
Havia entre os graffitti templários um Selo de Salomão, claro indício deque, em tãos tristes momentos, como os vividos na prisão de Chinon, os cavaleiros não haviam renunciado a sua grande missão de reconstruir simbolicamente o Templo.
Segundo Viollet le Duc, grande estudioso da arquitetura iniciática e possivelmente ele próprio um iniciado, a rotunda do Templo de Paris, que tinhainteriormente 6 pilares e exteriormente 12, somente podia ser obtida através de dois triângulos equiláteros que se penetravam. Le Duc considerava esse triângulo como um dos símbolos templários.
Por outro lado, o simbolismo das cores é um dos mais universalmente conhecidos e utilizados em todos os grupos iniciáticos. O simbolismo das corestemplárias é absolutamente concordante com o da Tradição Única e Universal, como pode constatar-se nas cores de seu estandarte Bauceant e nas roupas de todos os integrantes da Ordem. Os mantos dos cavaleiros são brancos, como os dos sarracenos, enquanto que os membros das hierarquias inferiores os usam em outras cores, coisa que também ocorre em muitas irmandades árabes.
O cordão dos templários não tem nós, o que indica que se trata de um laço de amor. Os membros dos tarug árabes também os utilizam, ainda que com nós. Este símbolo, além de ser de uso freqüente em algumas Ordens religiosas ecatólicas, é muito comum entre os grupos iniciáticos hindus e de outras partes da Ásia. Os nós, por outro lado, possuem significações distintas, porém o cordão ou cinturão, tem um muito preciso: é o símbolo da união total e perfeita (círculo) com a Ordem ou irmandade a qual pertence. É também um isolador astral e indicador do limite do mundo exterior.
Nos graffitti de Chinon aparecem reiteradamente achas, tenazes, cravos ea escala da Paixão. Pelas distintas posições que ocupam, pode constatar-se que não são símbolos piedosos, senão também emblemas de irmandades e que intentam transmitir mensagens que vão mais além da interpretação convencional.
Ainda quanto a numerologia, além do 4, já considerado, os templáriosutilizaram sucessivamente os 3, 6, 7, 8, 9, 12 e 13. Como se sabe, as distintasescolas iniciáticas têm predileção por números distintos, o que abre caminho a um estudo diferencial tomando como base os números mais utilizados. A ausência do 5 entre os números preferidos pelos templários não deixa de surpreender, dada a sua importância. O mesmo número e a sua representação geométrica, o pentagrama.
Muitas das irmandades herméticas têm por emblema uma estrela de cinco pontas.
Em câmbio, está bem comprovada a importância do 3. Os templários possuíam 3 cavalos, suportavam 3 tipos de castigo, deviam combater somente contra 3 inimigos e não podiam retirar-se ou se haver rendido em haverem resistido 3 cargas do inimigo. Além do mais, jejuavam 3 vezes com rigor.
O Selo de Salomão indica o 6. O 7 é um número importante da simbologianumerológica, representando, entre outras coisas, a potência essencial.O 9, número capital do hermetismo por representar o ideal de perfeição erealização, contendo em si mesmo os três mundos: inferior, intermediário e superior, está intimamente unido à Ordem desde a sua fundação. Foram 9 os seus fundadores, existiam 9 províncias na repartição das comarcas templárias; foram 9 os cavaleiros que, em 1310, enviaram à comissão pontificada uma admirável defesa escrita da Ordem; também foram 9 os cavaleiros que pediram para ser ouvidos pelo Concilio de Viena.
O número 12 era o das reuniões mais importantes, já que 12 eram os quetomavam parte nelas. E todavia, no capítulo em que era eleito o Grão-Mestre onúmero era o 13, doze eleitores mais o escolhido. A simbologia cristã aqui éóbvia.A existência de uma influência pitagórica que não parece poder provar-secom a numerologia templária é defendida por alguns autores, tomando em conta outros elementos.
O Grão-Mestre levava um bastão de comando, o ábaco, que nos faz lembrar o bastão pitagórico. Como os discípulos do filósofo, os templários faziam o voto do silêncio, não matavam animais na caça. Essas coincidências, todavia, paraoutros autores, não parecem suficientes para reclamar um antecedente pitagórico na Ordem, algo enfim que não chega a ter uma importância capital nos objetivos a que se propôs atingir.
O que parece certo, para finalizarmos, é que a Ordem do Templo, queteve um começo visível com a missão de proteger os peregrinos cristãos na Terra Santa e outro esotérico de encontro da Arca da Aliança para, com o conhecimento adquirido, servir a causa de Deus — o Amor, a Paz e a Reconciliação — tendo como um fim último a implantação na Terra da Jerusalém Celeste, nunca se afastou de tão altos objetivos.
Fonte: “Os templários”(Juan de Garten)