Teologia Fundamental
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1.Origem, objecto, método ( 6 slides)2.Desejo de Deus ( 9 slides)3.Caminho de Deus para o homem ( 10 slides)4.Etapas da Revelação ( 11 slides)5.Razões para crer (13 slides)
6. Transmissão da Revelação ( 11 slides) 7. Fé, encontro com Deus ( 14 slides ) 8. Fé como projecto vital ( 10 slides) 9. Círculos de diálogo (19 slides)
Aulas previstas:
Teologia FundamentalAula 8Aula 8Fé como projecto vitalFé como projecto vital
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Abraão veio a ser o “pai de todos os cren-
tes” (Rom 4, 11Rom 4, 11). Abraão não vê: dirige-se para uma terra que não conhece. Segue a Deus, tal como Ele quer e onde Ele determi- nou. A fé leva-o também a uma atitude de íntimo abandono em Deus. Abraão segue com firmeza e perseverança as indicações divinas, inclusive quando Deus lhe manda que sacrifique Isaac.
A Bíblia oferece-nos o exemplo de duas pessoas extraordinárias que mos-tram como se pode avançar, com a ajuda de Deus, no caminho da fé: Abraão ao começo da história da Revelação e, consequentemente, da fé, e Maria, na plenitude dos tempos.
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Maria acolhe, com plena confiança, o anún- cio e a promessa que lhe traz o anjo Gabriel. Abandona-se, como Abraão, na omnipotên-
cia divina.
Maria vive constantemente disponível para realizar os planos divinos. Acompanha fielmente Jesus durante toda a sua existência terrena até à cruz.
À plenitude da Revelação, que se alcança em Cristo, corresponde uma plenitude na resposta da fé: dá-se em Maria, a Mãe do Redentor.
Só a quem se sente autenticamente livre, não aborrece ser “escrava”.
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Maria, “obedecendo, converteu-se em causa da salvação para si mesma e para todo o género humano” (Santo Ireneu Santo Ireneu
Adversus haereses, III, 22, 4Adversus haereses, III, 22, 4).
Teologia Fundamental
Vemos nela que a fé é um saber intrinsecamente operativo: conduz a modificar o mundo e, com a graça de Deus, mostra-se em obras que são autenticamente libertadoras, para o próprio e para os outros homens.
Com o seu fiat, modificou a sua existência pessoal e a de todos nós.
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“Estabelecer diálogo com Deus significa deixar-se encantar e conquistar pela figura luminosa de Jesus revelador e pelo amor do Pai que o enviou. E nisto precisamente consiste a fé” (João Paulo II, João Paulo II,
Discurso,16.10.1979Discurso,16.10.1979).
Teologia Fundamental A fé implica um “risco”, significa abandonar antigas seguranças e implica uma mudança radical da conduta. Esta mudança é possível porque o crente não conta só com as suas próprias forças. Entrega-se a Deus, põe toda a sua confiança n’Ele.
O crente quer conhecer e amar cada vez mais a Deus. Santo AgostinhoSanto Agostinho: “criaste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração está inquieto até que descanse em Ti”.
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A vida de fé é vida de amor com Cristo. A sua intimidade leva-nos à sua imitação. Assim, o cristão é chamado a expressar o seu amor aos ho- mens, em actos de compreensão, solidariedade e serviço abnegado. “A fé actua pela caridade” (Gal. 5, 6Gal. 5, 6).
O divórcio entre a fé que se professa e a vida quotidiana de muitos há--de contar-se entre os mais graves erros do nosso tempo” (Gaudium et spes, 43Gaudium et spes, 43).
A fé é um acto pessoal, mas não isolado. Faz com que a pessoa saia de si mesma e entre na Igreja, que é a grande comunidade dos crentes. O Deus Uno e Trino quer que não só digamos creio, mas também cremos.
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Cremos expressa que ninguém pode crer por si só. O homem não encontra por si mesmo a Revelação de Deus, como se se tratasse de um achado que é resultado da sua busca individual, mas recebe-a no seio da comunidade dos crentes.
CIC 181CIC 181: “Crer é um acto eclesial. A fé da Igreja precede, gera, conduz e alimenta a nossa fé”.
Creio significa que a fé é uma opção livre, responsável e intransferível decada homem.
8/6Teologia Fundamental A Igreja é Mãe porque é à Igreja a quem devemos a vida da graça e é ela a que nos acolhe e alimenta na fé.
Como nossa Mãe é, ao mesmo tempo, mestra da fé. Dela aprendemos a “linguagem” cristã, que temos que encarnar e viver nas nossas próprias experiências. Estas hão-de julgar-se à luz do que nos transmitiram os cristãos de todos os tempos e lugares, pelo que nos ensina toda a comunidade dos crentes.
Graças à fé, unimo-nos aos Apóstolos, aos Padres da Igreja, aos missioná- rios e mártires e aos santos de todos os séculos.
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Cada um dos cristãos é um elo na grande cadeia dos crentes.
Ninguém deu a si mesmo a fé: cada um recebeu-a daqueles que acreditaram antes. Assim mesmo, ninguém pode guardar a fé para si só.
Cada um é sustentado na sua fé por todos aqueles que crêem juntamente consigo. Um cristão só, não é cristão. Cada um está necessitado da comunidade dos crentes, e cada um é, por sua vez, responsável por tal comunidade.
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Ao viver a sua fé, o cristão não só constrói a sua própria existência, mas, ao mesmo tempo, edifica a comunidade dos crentes.
Cada cristão é chamado a ser testemunha do amor e da misericórdia de Deus,a entregar a sua vida ao serviço dos outros. O seu modelo é Cristo, que reve-lou o mistério divino mais profundo: Deus é aquele que se entrega sem reservas nem medida, “até ao fim” (Jo. 13, 1Jo. 13, 1).Convida-nos a fazer o mesmo.
“Não há alma que não interesse a Cristo. Cada uma delas custou-lhe o preço do seu sangue” (Amigos de Deus, 256Amigos de Deus, 256).
11/6Ficha técnica
BibliografiaEstes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)
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