TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA

11
TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA ANA PAULA BAZZANELLA Graduando de Processos Químicos - UTFPR, [email protected] DANIELA RIBEIRO Graduando de Processos Químicos – UTFPR, [email protected] DANIELE CERRI VALERIO Graduando de Processos Químicos – UTFPR, [email protected] HENRIQUE COVATTI Graduando de Processos Químicos – UTFPR, [email protected] IVAN MIZUKAWA Graduando de Processos Químicos – UTFPR, [email protected] RAFAEL ARTUR DUARTE Graduando de Processos Químicos- UTFPR, [email protected] RESUMO Toda gasolina deve obedecer aos padrões mínimos de qualidade estabelecidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), que permite 25% de álcool misturado na gasolina. Portanto, nosso trabalho foi realizado com o objetivo de determinar, se a gasolina dos postos testados é adulterada ou não, através, de um processo de extração líquido – líquido, o chamado teste da proveta. Com isso a gasolina testada foi de postos considerados seguros e não houve adulteração. Palavras - chaves: Gasolina, Análise de Combustível, Gasolina Adulterada. ABSTRACT

description

EXPERIMENTO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA

Transcript of TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA

TEOR DE LCOOL NA GASOLINA

ANA PAULA BAZZANELLA Graduando de Processos Qumicos - UTFPR, [email protected] DANIELA RIBEIRO Graduando de Processos Qumicos UTFPR, [email protected] CERRI VALERIO Graduando de Processos Qumicos UTFPR, [email protected] COVATTI Graduando de Processos Qumicos UTFPR, [email protected] MIZUKAWA Graduando de Processos Qumicos UTFPR, [email protected] ARTUR DUARTE Graduando de Processos Qumicos- UTFPR, [email protected]

RESUMOToda gasolina deve obedecer aos padres mnimos de qualidade estabelecidos pela ANP (Agncia Nacional do Petrleo), que permite 25% de lcool misturado na gasolina. Portanto, nosso trabalho foi realizado com o objetivo de determinar, se a gasolina dos postos testados adulterada ou no, atravs, de um processo de extrao lquido lquido, o chamado teste da proveta. Com isso a gasolina testada foi de postos considerados seguros e no houve adulterao.Palavras - chaves: Gasolina, Anlise de Combustvel, Gasolina Adulterada.ABSTRACTAll gasoline must obey Standards minimum of quality established by ANP( Agency National of Petroleum), allowing 25% ethanol blended gasoline. So, our work was conducted in order to determine, if the tested gasoline at filling stations is not adulterated or, through, a processo of liquid liquid extraction, the called the test cylinder. With that petrol stations tested was considered safe and there was no tampering. Key Words: Gasoline, Fuel Analysis, Adulterated Gasoline.

INTRODUOA utilizao do petrleo como fonte de energia foi essencial para garantir o desenvolvimento industrial verificado durante o sculo XX. Atravs da sua destilao fracionada, podem-se obter vrios produtos derivados de grande importncia econmica, tais como o gs natural, o querosene, o diesel, os leos lubrificantes, a parafina e o asfalto. Mas a frao do petrleo que apresenta maior valor comercial a gasolina, tipicamente uma mistura de hidrocarbonetos saturados que contm de 5 a 8 tomos de carbono por molcula (MORRISON e BOYD, 1996; SOLOMONS, 1996). A gasolina adulterada aquela que no est dentro das especificaes legais da ANP (Agncia Nacional do Petrleo) que permite no mximo 25% do lcool misturado na gasolina.Segundo Usberco e Salvador (2005) os postos adulteram a gasolina porque utilizando solventes qumicos mais baratos, aumenta a rentabilidade da empresa em at 10% e todo esse lucro para o dono do posto, representa para o consumidor um prejuzo imenso, fazendo com que o veculo diminua seu desempenho, e como conseqncia, a consumir mais fazendo com que gaste mais combustvel. O etanol uma substncia que apresenta uma parte polar e outra apolar.H3C - CH2 - OHapolar polarA interao entre as molculas de gua e a parte polar do etanol muito intensa: Ligao Hidrognio: H3C CH2 O ----- H + H HEssas ligaes hidrognio so foras mais intensas do que as que existem em entre a parte apolar do etanol e as molculas de gasolina, por isso o etanol se dissolve na gua.MATERIAIS E MTODOSPara realizar os experimentos que identificam se a gasolina dos postos da regio est adulterada, foram utilizados os seguintes materiais: 50 ml de gua; 50 ml de gasolina; 1 proveta.O mtodo utilizado foi o teste de proveta. Neste experimento adicionamos 50 ml de gua em 50 ml de gasolina e esperamos o lcool se dissolver na gua. Isso ocorre, pois o lcool possui carter apolar (devido presena da cadeia de hidrocarbonetos) e polar (devido presena de - OH), sendo assim se dissolvem em ambas as fases. O lcool possui mais afinidade com a fase polar; sendo a gasolina apolar e a gua polar, o mesmo ir migrar de fase (USBERCO e SALVADOR, 2005). Aps a separao das fases, observa-se o quanto o nvel da gua aumentou, conforme a figura abaixo:

Figura1: Mtodo da Proveta

Para calcular a quantidade de lcool na gasolina utilizamos a regra de trs.Ex: Se adicionarmos 50 ml de gua e 50 ml de gasolina, aps certo tempo a fase aquosa ficou com 60 ml, restando 40 ml de gasolina:50 ml-----------100%10 ml----------- x50x = 1000X= 1000/50 = 20%Resultado: est dentro da lei que permite 24% de lcool na gasolina.Observao: 10 ml equivalem a quantidade de lcool que foi para a gua.

RESULTADOS E DISCUSSES GASOLINA A gasolina um combustvel constitudo basicamente por hidrocarbonetos e, em menor quantidade, por produtos oxigenados. Esses hidrocarbonetos so, em geral, mais "leves" do que aqueles que compem o leo diesel, pois so formados por molculas de menor cadeia carbnica (normalmente de 5 a 8 tomos de carbono). Alm dos hidrocarbonetos e dos oxigenados, a gasolina tambm pode conter compostos de enxofre e compostos de nitrognio. A faixa de destilao da gasolina automotiva varia de 30 a 220 C.O seu melhor desempenho atravs da octanagem, que representa o ndice de resistncia a detonao de combustveis usada em motores no ciclo de Otto (Gasolina, lcool e GNV). Quanto maior a octanagem da gasolina maior ser a sua resistncia a detonao espontnea. GASOLINA ADULTERADAGasolina adulterada aquela que no est dentro das especificaes legais, ou seja, que possui mais lcool ou mais solventes do que a lei permite. Apesar de a lei fixar em 2% o limite mximo de solvente a ser misturado na gasolina e em 25% o do lcool, muito postos no est respeitando estes valores. Isso ocorre porque ao adulterar a gasolina aumentando a mistura de solventes, que so produtos qumicos mais baratos, o gerenciador do posto melhora a rentabilidade do negcio em at 10%. O lucro fcil para o dono do posto representa, porm, possvel prejuzo para o consumidor. Alm de o veculo perder desempenho e, conseqentemente, consumir mais combustvel, o consumidor pode ser obrigado a gastar ainda mais com a manuteno, j que a gasolina adulterada representa um risco para o bom funcionamento do carro. O uso freqente de combustvel adulterado pode causar vrios defeitos, dentre eles: Falhas no funcionamento do motor; Instabilidade da marcha lenta; Aumento no consumo de combustvel; "Batida de pino" e engasgos no motor; Travamento das vlvulas; Depsitos no pisto; Danos ao diafragma da bomba de combustvel; Diluio excessiva do leo lubrificante, causando desgaste dos mancais, cilindros e anis de pisto; Danos carcaa da bomba de combustvel; Danos s juntas, retentores e componentes base de borracha; Aumento na emisso e na periculosidade dos poluentes; Prejuzo para o meio ambiente, para a coletividade e para o seu bolso. A ANP (agncia nacional do petrleo), conta com apenas 85 fiscais para inspecionar as 170 distribuidoras e cerca de 23.000 postos. Alm disso, a falsificao da gasolina difcil de ser detectada. Se a concentrao do solvente for inferior a 25%, apesar de estar muito alm do permitido em lei, dificilmente a mistura ser notada. Essa anlise s possvel nos melhores laboratrios do pas, o que dificulta ainda mais a fiscalizao.DADOS ESTATSTICOS De acordo com a tabela abaixo, os resultados dos testes realizados esto dentro das normas impostas pela ANP. Nenhum posto ficou com teor de lcool acima de 25%, houve postos que teve uma variao significativa como o postoD Toledo e mesmo assim a mdia foi ficou dentro dos padres.

Tabela 1: Dados de determinao de lcool na gasolina.

Portanto, o grfico abaixo mostra os mesmos dados da tabela, mas com a mdia de cada posto, e nele mostra que o posto B Cascavel foi que teve maior taxa de lcool na gasolina, contudo o posto D Toledo foi o que teve menor taxa de lcool na gasolina.

Grfico 1: Mdia dos postos analisados.O Quadro abaixo mostra uma parte da estatstica descritiva, contendo mdia, varincia, coeficiente de variao e desvio padro de todos os dados coletados de postos. Foi feita uma trplice pra cada posto testado. E essas amostras tiveram pouca variao entre si. Podendo se enquadrar nas normas da ANP. Quando calculamos a variao de uma amostra, estamos usando como mdia, uma aproximao da verdadeira mdia populacional, portando pode estar ocorrendo alguns erros, por isso usou a varincia, coeficiente de variao e o desvio padro.

Quadro 1: Dados estatsticos sobre as amostras coletadas.Posto A CascavelPosto BCascavelPosto CToledo

Posto DToledo

Mdia21,3333322,6666721,3333320,66667

Mediana22222222

Varincia1,33331,33331,333317,3333

Amplitude Total2 228

Coeficiente de Variao5,41%5,09%5,41%20,15%

Desvio Padro1,15471,15471,15474,1633

O Grfico Box-Plot mostra que todas as mdias esto entre 16% e 22% de teor de lcool contido na gasolina.

Grfico 2: Box-Plot

ANOVA um teste que visa verificar se existe diferena significativa entre as mdias e se os fatores exercem influncia em alguma varivel independente. Os fatores podem ser qualitativos ou quantitativos, mas a varivel dependente deve ser contnua.

Fonte de variaoSoma dos quadradosGraus de liberdadeMdia dos quadradosF calculado

Tratamentos6,30336,303/3=2,1012,101/5,048=0,416

Erros40,385840,385/8=5,048

Total46,68811

F(5%, 8, 3) = 7,59Fcalc > Ftab = Rejeita-se Ho

CONSIDERAES FINAIS Chegamos a concluso de que para medir o teor de lcool na gasolina podemos utilizar a gua, j que ela tem a capacidade de solubilizar o lcool que inicialmente estava diludo na gasolina. Como a gasolina apolar e a gua polar elas no se misturam, formando duas fases. Dessa maneira a mistura gua + lcool pode ser retirada e atravs de seu volume calcular o teor de lcool na gasolina.Contudo, verificamos que no adulterao de gasolina nas amostras analisadas, pois todos os resultados esto dentro da lei estabelecida pela ANP, que de 24%.REFRENCIAS BIBLIOGRFICASUsberco, J; Salvador, E. Qumica Essencial, Vol. nico, 3 Edio So Paulo: Editora Saraiva, 2007.Solomons, T. Qumica Orgnica, Vol.8 Rio de Janeiro: Editora LTC, 2005.Feltre, R. Qumica, Vol. 3, 5 Edio So Paulo: Editora Moderna, 2000.