Teoria da Administração

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Uni-ANHANGUERA Polo Universitário de Camocim Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Administração Professor EAD:Prof. Me. Olney Bruno Professor Tutor: Francisco de Assis Período: 2º Semestre ATPS DE TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO MEMBROS: Érika Ferreira Veras; RA: 384439. Gilvan Lima da Silva; RA: 386162. Janiele dos Santos de Paula; RA: 386421. Joana Dar’c Fernandes; RA: 3870. José Siebra Lopes Neto; RA: 366492. Reldileny Aires Araujo de Sousa; RA: 386770. Ticiane Maria de Araujo ; RA: 371677.

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Uni-ANHANGUERA Polo Universitário de Camocim

Curso: Ciências Contábeis

Disciplina: Administração

Professor EAD:Prof. Me. Olney Bruno

Professor Tutor: Francisco de Assis

Período: 2º Semestre

ATPS DE TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO

MEMBROS: Érika Ferreira Veras; RA: 384439.

Gilvan Lima da Silva; RA: 386162.

Janiele dos Santos de Paula; RA: 386421.

Joana Dar’c Fernandes; RA: 3870.

José Siebra Lopes Neto; RA: 366492.

Reldileny Aires Araujo de Sousa; RA: 386770.

Ticiane Maria de Araujo ; RA: 371677.

Camocim, Setembro de 2012.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1

1. SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTODAS2

TEORIAS

2. TEORIAS ADMINISTRATIVAS 6

2.1 Teoria da Administração Científica 6

2.2 Teoria Clássica 8

2.3 Teoria Burocrática 9

2.4 Teoria Neoclássica 92.5 Teoria das Relações Humanas 10

2.6 Teoria Comportamental 11

2.7 Teoria da Contingência 12

3. TEORIA ESTRUTURALISTA X NEOCLÁSSICA 13

X HUMANISTA

3.1. Origem da Teoria Estruturalista 13

3.2. Origem da Teoria Neoclássica 14

3.3. Origem da Teoria Humanista 14

4. ÊNFASE NA TECNOLOGIA E ÊNFASE NO 16

AMBIENTE

5. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL 18

6. RELATÓRIO 19

7. QUADRO COMPARATIVO 25

CONCLUSÃO 33

INTRODUÇÃO

A administração é uma ciência social aplicada, fundamentada em um conjunto de

normas e funções elaboradas para disciplinar elementos de produção. A administração

estuda os empreendimentos humanos com o objetivo de alcançar um resultado eficaz e

retorno financeiro de forma sustentável e com responsabilidade social, ou seja, é

impossível falar em Administração sem falar em objetivos. Em síntese, o administrador

é a ponte entre os meios (recursos financeiros, tecnológicos e humanos) e os fins

(objetivos). Como elo entre os recursos e os objetivos de uma organização, cabe ao

administrador combinar os recursos na proporção adequada e para isso é necessário

tomar decisões constantemente num contexto de restrições, pois, nenhuma organização

por melhor que seja dispõe de todos os recursos e também a capacidade de

processamento de informações do ser humano é limitado. Administrar envolve a

elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é

exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.

As teorias da administração podem ser divididas em várias correntes ou

abordagens. Cada abordagem representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as

características do Trabalho de administração.A teoria geral da administração começou

com a ênfase nas tarefas, com a administração científica de Taylor. A seguir, a

preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e

com a teoria burocrática de Max Weber, seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A

reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da teoria

comportamental e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A ênfase no

ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela teoria da

contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada uma

dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia - provocou a

seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no

desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar

uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as

demais.

1

1. SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS TEORIAS

A administração é praticada desde que existem os primeiros agrupamentos humanos

com as teorias administrativas se tornou mais fácil de compreender o que se passa em

uma organização e como fazer com que ela funciona bem buscando sempre a

excelência. A moderna teoria geral da administração, que se estuda hoje é formada por

conceitos que surgiram e vêm-se aprimorando há muito tempo, desde que os

administradores do passado enfrentaram problemas práticos e precisaram de técnicas

para resolvê-los. Como no exemplo bíblico citado por Chiavenato, onde relata que

Moisés estava passando o dia cuidando de pequenas causas que o povo lhe trazia. Então

Jetro, seu sogro, recomendou: procure homens capazes para serem líderes de 10, 100 e

1.000. Este conselho foi dado a Moisés cerca de 3.500 anos atrás. Já nessa época era

utilizado um sistema de administração hierarquizada.  Mas foi com a Revolução

Industrial do Século XVIII e o surgimento das máquinas a vapor, fator determinante na

mecanização da indústria e da agricultura, com desenvolvimento do sistema fabril, e

substituição da tarefa artesanal pela atividade da máquina, que se cria uma necessidade

de sistematizar um processo administrativo que atendesse as exigências do novo modelo

organizacional.É nesse contexto que aparece a Administração Científica, que propõe a

substituição do empirismo das decisões tomadas através da intuição por uma ciência

administrativa, que buscava o rendimento máximo por meio da organização racional do

trabalho proposta pelo americano Frederick Taylor.O foco nas tarefas e funções, a

pouca atenção no humano (teoria da máquina), a limitação do campo de aplicação e a

ausência de comprovação científica foram algumas das principais críticas a essa teoria.

Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde,

generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um

caminho de baixo para cima e das partes para o todo.

O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop

Management (Administração de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com

as técnicas de racionalização do trabalho do operário, através do Estudo de Tempos e

Movimentos (Motion-Time Study). 

2

Claude S. Geoge Jr., salienta em essência, o que procurou dizer em Shop Management

foi que:

1. O objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos e ter custos unitários de

produção.

2. Para realizar esse objetivo, a Administração tinha de aplicar métodos científicos de

pesquisa e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e

estabelecer processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris.

3. Os empregados tinham de ser cientificamente colocados em serviços ou postos em

que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para

que as normas pudessem ser cumpridas.

4. Os empregados deviam ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões

e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse

cumprida.

5. Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação teria de ser cultivada entre a

Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente

psicológico que possibilite a aplicação dos outros princípios por ele mencionados.

Depois Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser

logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse

coerente a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus

estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem

deixar, contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário.

Taylor assegurava que as indústrias que as indústrias de sua época padeciam de males

que poderiam ser agrupados em três fatores:

1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a

produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das

tarifas de salários pela gerência.

3

Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho, que são:

• o erro que vem de época imemorial  e quase universalmente disseminado entre os

trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante

o desemprego de grande número de operários;

• o sistema defeituoso da Administração, comumente em uso, que força os operários à

ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses;

• os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com

os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo.

2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para

sua realização.

3. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.

De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e

obedecer a certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem

descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões. Essa implantação

requer um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo.

Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos

quatro princípios a seguir:

1. Principio de Planejamento: substitui no trabalho o critério individual do operário, a

improvisação e a atuação empírica-prática, pelos métodos baseados em procedimentos

científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento.

2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas

aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o

método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e

equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das

ferramentas e materiais.

4

3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está

sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A

gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor

possível.

4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades,

para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

Essa foi à teoria precursora do pensamento administrativo e organizacional na

administração e com ela surgiram muitas outras teorias que ajudam as empresas se

organizarem para que possa conseguir sempre o melhor desempenho.

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2. TEORIAS ADMINISTRATIVAS

No século XX, a administração e as organizações estão sofrendo grandes

transformações, as empresas privadas, em particular, operam dentro de um contexto

extremamente competitivo e precisam aprimorar continuamente sua eficiência: fazer

mais, com menor quantidade de recursos. Aumenta a importância da Administração

empreendedora: o movimento que procura estimular as pessoas a serem seus próprios

patrões. Além disso, a ideia de administração participativa ganha muito espaço com essa

tendência, pois é preciso educar funcionários operacionais para serem seus próprios

gerentes.

2.1. Teoria da Administração Científica.

Um dos maiores expoentes da teoria da administração, conhecida como

Administração Científica foi Taylor. Através da leitura de Idalberto Chiavenato, em sua

Teoria Geral da Administração, nota-se que Taylor compartilhou com Fayol, criador da

teoria clássica, o reconhecimento de serem os fundadores da moderna administração.

Os dois defendiam uma visão mecanicista, de pontos de vista diferentes. Foi

exatamente assim, como mostra Chiavenato, o engenheiro americano Taylor enxergava

a organização de uma empresa de baixo para cima e o Francês Fayol, de cima para

baixo.

A chamada administração científica começou a contribuir realmente com

a ciência da administraçãoatravés de observações empíricas realizadas no período da

Revolução Industrial. A administração científica contribuiu bastante com a evolução do

estudo dos processos administrativos, partindo da observação de tempos e movimentos

necessários para realizar determinados trabalhos de natureza física.

Talvez por isso, e levados pela necessidade de acompanhar a evolução do

desenvolvimento industrial crescente, eles não tenham atinado para os aspectos

humanos da administração. A “administração científica” alimentou um comportamento

mecanicista que perdura até os dias de hoje em muitas organizações.

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A interpretação teórica, assim como a denominação teórica dos fatos e situações

administrativas são consideradas por alguns como contribuições, apesar de muitas

dessas interpretações terem um fundo ideológico e estarem embutidas no conceito do

“homo economicus”. Entretanto, o fato concreto de terem tomado a iniciativa de estudar

cientificamente a administração, mesmo cometendo muitos erros já foi uma grande

contribuição.

ORIGENS DA ORT

Foi nos primórdios da administração científica que surgiu a Organização Racional do

Trabalho, ¾ O R T ¾ quando Taylor observou os operários aprendendo uns com os

outros através da observação. Descobriu que esse costume natural entre os operários,

desenvolvia diferentes métodos de execução da mesma tarefa, variando instrumentos e

ferramentas para a mesma operação.

A partir dessas constatações, Taylor criou a Organização Racional do Trabalho,

substituindo métodos empíricos e rudimentares por métodos científicos.

FUNDAMENTOS DA ORT

1) Análise dos “tempos e movimentos”;

2) Estudo da fadiga humana;

3) Divisão do trabalho e especialização, reduzindo o trabalho a uma única tarefa, ou a

tarefas simples;

4) Desenho de cargos e tarefas;

5) Incentivos salariais e prêmios por produção;

6) “Homo Economicus” (o operário movido por recompensas financeiras);

7) Condições ambientais de trabalho;

8) Padronização de métodos, máquinas e equipamentos;

7

9) Supervisão funcional (administração funcional): A divisão do trabalho aplicada às

chefias.

Destacamos as origens da ORT, porque ela foi um ponto marcante, consolidou e deu

uma consistência objetiva aos postulados de Taylor e seus seguidores.

2.2. Teoria Clássica

Muitas teorias da administração participam da abordagem clássica. Na verdade

ela não foi uma criação individual do engenheiro Henri Fayol em 1916. Ele utilizou o

modelo da organização militar como exemplo para estruturar suas proposições teóricas.

Outros estudiosos de administração também davam ênfase à estrutura das organizações,

na formulação de suas teorias, na mesma época.

Muitos autores acusam Fayol de haver compilado alguns fundamentos e

princípios descobertos por outros teóricos. A verdade é que ele praticou a “ GESTÃO

DO CONHECIMENTO”, sem conhecer esta expressão, porque não era usual no início

do século passado. Fayol soube aproveitar um conhecimento que já estava consolidado.

Portanto as funções básicas de uma empresa identificadas por Fayol, são muito

parecidas, com denominações dadas por outros autores em seus ensaios e estudos sobre

os processos administrativos. Fayol aponta as seguintes funções numa empresa:

- Funções técnicas, relacionadas ao produto/serviço;

- Funções comerciais, relacionadas com a compra/venda;

- Funções financeiras, relacionadas com a gerência de capitais;

- Funções de segurança, relacionadas com a proteção de bens/pessoas;

- Funções contábeis, relacionadas com registros/custos/estatísticas;

- Funções administrativas, funções estas responsáveis pela coordenação das outras

funções. Prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, são os elementos que

constituem o processo administrativo para Fayol. Os processos estão interligados com

as funções e pode-se observar este relacionamento em outros autores.

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2.3. Teoria da Burocracia.

Todo e qualquer tipo de comunicação deve ser documentado, para que se

obtenha o máximo de eficiência. Esta é uma das máximas da teoria da burocracia. Mas

esta teoria se esquece de levar em consideração a organização informal e a variação dos

sentimentos humanos.

A burocracia traz por seu lado a contribuição para os registros históricos que

ficam na memória da empresa, que podem ser utilizados “pela gestão do

conhecimento”. Entretanto, por outro lado, em alguns aspectos, esfria o relacionamento

humano, trazendo para a área central, para o cérebro da empresa, um comportamento

mecanicista, que passa das máquinas dos operários para os papéis dos funcionários

administrativos.

A teoria da burocracia contribuiu com a administração moderna das empresas,

mas ao mesmo tempo criou mecanismos que emperram a máquina administrativa.

Aproveitando-se da fragilidade das Teorias Clássicas como também da falta de

consistência das teorias das Relações Humanas, os burocratas conseguiram implantar a

teoria da burocracia. Também a parcialidade dos clássicos e a ingenuidade dos teóricos

humanistas, estimulou a necessidade de um “modelo racional” envolvendo toda a

organização e definindo melhor os modelos de procedimentos administrativos.

Para concluir citamos Max Weber, máximo teórico dos burocratas, que diz: “A

economia monetária e a superioridade técnica foram fatores que desenvolveram a

burocracia”.

2.4. Teoria Neoclássica

A teoria Neoclássica representa uma grande contribuição do espírito pragmático dos

empresários americanos.A característica principal passa pela forte ênfase nos aspectos

práticos aplicados à administração. Pautando pelo pragmatismo, buscam resultados

concretos e palpáveis, mesmo assim a teoria neoclássica não se desvencilhou dos

conceitos teóricos da administração clássica.

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Procurando desenvolver os seus conceitos de forma prática, os autores neoclássicos

visam em primeiro lugar a ação executiva. Para eles, a teoria só tem valor quando

conseguem operacionalizá-la na prática e por isso quase todos os neoclássicos se

referem a essa prática administrativa, ou ação administrativa, mostrando os aspectos

instrumentais da administração.

Na verdade, a Teoria Neoclássica é a Teoria clássica renovada, atualizada, corrigida

sob a égide das novas teorias e dos problemas administrativos atuais. Os neoclássicos

absorvem, aceitam a influência das ciências do comportamento na administração, para

ao mesmo tempo reafirmarem os postulados clássicos, com argumentos mais

convincentes.

A teoria Neoclássica baseia-se também no princípio de que a administração é uma

técnica social básica. Por isso deve-se levar o administrador a conhecer todos os

aspectos básicos de sua função, como também devem aprender a dirigir pessoas dentro

da organização. Neste aspecto, adiantam-se rudimentarmente aos estudos de Gestão de

Pessoas, que atualmente tem sido uma das maiores preocupações dos administradores,

ao lado da Gestão do conhecimento.

Outra contribuição da Teoria Neoclássica é a administração por objetivos. Eles

acreditam que os meios devem ser utilizados na busca da eficiência. Entretanto, a busca

da eficácia para eles está ligada às finalidades, ou resultados finais.

2.5. Teoria das relações humanas.

A Teoria das Relações Humanas foi desenvolvida por cientistas sociais, como um

movimento de oposição à Teoria Clássica. Com uma abordagem humanística, a Teoria

Administrativa sofreu verdadeira revolução conceitual. A ênfase voltou-se para as

pessoas que trabalhavam na organização. Seu surgimento, que começou após a morte de

Taylor, a partir da década de 30, foi possível devido ao desenvolvimento da Psicologia,

bem como as modificações ocorridas no panorama político e socioeconômicos da época

que foi elaborada.

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Psicólogos e sociólogos tomam o lugar do engenheiro e do técnico, surgindo então uma

nova concepção da natureza do homem. As relações humanas passaram a ser mais

valorizadas dentro da empresa, inserindo o conceito do homem social nas decisões

administrativas. Neste caso, a organização informal ganha mais importância, porque ela

se origina da necessidade do ser humano conviver com os demais indivíduos.

A Teoria das Relações Humanas a partir daí começou a estudar a influência da

motivação no comportamento das pessoas. Descobriram que a compreensão da

motivação exige o conhecimento das necessidades humanas. Também observaram que

“pode-se motivar uma pessoa quando se sabe o que ela necessita e quando uma

necessidade de um determinado nível é satisfeita passa-se para o próximo nível da

hierarquia”, podendo-se encetar outro ciclo de motivação.

2.6. Teoria Comportamental

A teoria comportamental segue uma linha humanística e para isto a psicologia

organizacional contribuiu decisivamente para o surgimento de uma teoria administrativa

mais democrática. Ensinando que o homem deve pensar mais e criar mais, a teoria

comportamental propõe o abandono de posições normativas e descritivas e a adoção de

uma posição humanística.

A Teoria Comportamental, ou behaviorismo, originou-se exatamente quando surgiu

uma reação muito forte dos operários, à maneira deles, e dos trabalhadores intelectuais,

atacando, principalmente a Teoria Clássica. O argumento dos behavioristas era que os

defensores da teoria clássica eram excessivamente mecanicistas.

Começando com seu principal teórico, Hebert Alexander Simon, a

Teoria Comportamental, ouBehaviorista, renovou o foco de interesses dos estudiosos da

administração. Simon abandonou aquelas posições normativas e prescritivas das teorias

Clássica, das Relações Humanas e da Burocracia, abordando a questão com o

instrumento ótico, das ciências do comportamento (behavioralsciences approach).

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2.7. Teoria da Contingência.

A Teoria da Contingência é circunstancial. Ela prega que o administrador deve

respeitar as situações encontradas no ambiente e inserir as decisões administrativas de

acordo com as circunstâncias. Para a teoria da contingência os atos administrativos têm

uma grande relatividade e não existe uma relação direta de causa e efeito. Com esta

concepção, o administrador fica livre para tomar decisões diferentes nas mesmas

situações, dependendo das circunstâncias. Pela Teoria da contingência, todas as

decisões e processos administrativos dependem da criatividade do administrador, como

também de sua sensibilidade humana e do grau de respeito com o meio ambiente.

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3. TEORIA ESTRUTURALISTA X NEOCLÁSSICA X HUMANISTA

Segundo Garcia e Barroso (2000) as teorias são proposta de acordo com os contextos

históricos em que estão inseridas, enfatizando os problemas mais importantes

enfrentados na época em que foram fundamentadas.

3.1.ORIGEM DA TEORIA ESTRUTURALISTA

As origens da Teoria Estruturalista na Administração foram asseguintes:A oposição sur

gida entre a Teoria Tradicional e a Teoria dasRelações Humanas incompatíveis entre si.

Requereu uma posição que pudesse abranger os aspectos que eram considerados por

uma e omitidos pela outra e vice-versa.Busca ser uma síntese da Teoria Clássica

(formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal).A necessidade de

visualizar "a organização como uma unidade socialgrande e complexa, onde

interagem grupos sociais".Precisam compartilhar

alguns dos objetivos da organização (como viabilidade econômica da

organização), mas que podem incompatibilizar com outros (como a maneira de

distribuir os lucros da organização). A influencia do estruturalismo nas ciências sociais

e sua repercussão no estudo das organizações.O estruturalismo teve

forte influência nas ciências socias, tais como: Filosofia, Psicologia,

Antropologia, Matemática e Linguística, chegando até a teoria das

organizações.

Novo conceito de estrutura:

É o conjunto formal de dois ou mais elementos que subsiste inalterado mesmo com a

alteração de um dos seus elementos ou relações.

Conceito

Estruturalismo é a teria que se preocupa com o todos e com relacionamento das partes

na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o

todo é maior do que simples soma das partes são suas características básicas.

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3.2. ORIGEM DA TEORIA NEOCLÁSSICA

A Teoria Neoclássica surgiu na década de 1950 diante de um novo contexto de

crescimento exacerbado das organizações e problemas administrativos decorrentes da

época. Enfatiza a preocupação dos administradores (empresários, diretores e,

principalmente, gerentes) em dar organização a uma série de modelos e técnicas

administrativas.

A Teoria Neoclássica, tratada por Chiavenatto, retoma os aspectos discutidos na Teoria

Clássica, que são revistos e atualizados dentro de um conceito moderno de

Administração, conciliando esta abordagem com contribuições importantes de Teorias

subsequentes.

3.3. ORIGEM DA TEORIA HUMANISTA

A evolução da administração traz uma considerável reflexão a respeito da mudança de

pensamento sobre o ato de administrar. No passado, a forma de administrar era

relacionada à produção, e Taylor acaba sendo o grande exemplo deste pensamento. Para

Taylor, o importante era a eficiência no processo produtivo, ou seja, o importante era

melhorar a forma de executar a tarefa. Fayol já pensava um pouco diferente, pois ele

não demonstrava preocupação direta com a tarefa, mas sim com o "processo

administrativo", como a forma de administrar, trazendo conceitos como: planejar,

organizar, dirigir e controlar. Para Weber, o importante era garantir o controle

organizacional por meio de níveis de autoridade. Para isso, ele trouxe a importância da

hierarquia.

Após o período clássico, a administração passou por uma grande mudança de

pensamento com a chegada do período humanístico, quando a importância do for

humano foi evidenciada. A discussão inicial feita por Elton Mayo, que trazia uma

reflexão sobre motivar o ser humano por meio de mudanças em uma organização

(Western Eletric Company), com a finalidade de aumentar a produtividade. Tal estudo

ficou conhecido como escola das relações humanas. Após isto, a escola

comportamentalista trouxe uma grande reflexão sobre a motivação humana. Esta análise

diretamente psicológica foi trazida para a administração e diversos autores foram

responsáveis por modelos na busca de explicar a motivação humana, como Maslow,

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Alderfer e Herzberg. Liderança também fez parte da escola comportamentalista, cujo

maior autor foi MacGregor. Para finalizar o período humanístico, houve a notável

participação do sociólogo AmitaiEtzioni, trazendo a teoria estruturalista que faz uma

análise das empresas como sistemas abertos.

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4. ÊNFASE NA TECNOLOGIA E ÊNFASE NO AMBIENTE

Se na era industrial a Teoria da Administração Científica dava ênfase às tarefas na busca

do melhor caminho para se atingir a eficiência desejada, nas teorias de sistemas a ênfase

passa a ser a tecnologia e o ambiente. A Teoria de Sistemas aborda as organizações

como sistemas abertos, em um dinâmico campo de forças, com incessante intercâmbio

de matéria-prima, energia e informação em relação ao ambiente externo.

Em 1947 o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy, definia a Teoria Geral dos

Sistemas. A abordagem sistêmica tem sua origem na visão de sistemas, extraída da

Biologia, através dos ensinamentos do biólogo alemão. Para ele a cibernética é uma

teoria dos sistemas de controle baseada na comunicação (informação) entre o sistema e

o meio e dentro do sistema e do controle da função dos sistemas com respeito ao

ambiente. Nesse caso, a organização busca encontrar o seu equilíbrio.

Com isso surge a teoria da matemática, onde a preocupação é elaborar modelos

matemáticos para a organização criar modelos matemáticos voltados principalmente

para a resolução de problemas de tomada de decisão. É através do modelo que se fazem

representações da realidade. Em todas as teorias já estudadas, houve um processo de

elaboração matemática, como é o caso de Taylor onde precisou da matemática para

colocar em pratica a melhor forma de trabalho, o espaço, tudo foi calculado conforme

planejado. Fayol também usou o procedimento matemático para estruturar a linha de

produção e obteve os modelos queservem para representar simplificações da realidade.

Também importante é a tecnologia da informação da necessidade de maior integração

entre as teorias anteriores (Científicas e Relações Humanas, Estruturalista e

Comportamental), e buscava extrair a máxima eficiência em todo processo

administrativo. Embora na Administração científica de Taylor, já existisse a

preocupação com a tecnologia, mas se limitava na tarefa individual de cada operário.

Mas a partir de 1960, com estudos de pesquisa da socióloga inglesa Joan Woodward, A

Tecnologia da Informação (TI) passou a ter um papel importante nas instituições.

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A Teoria da Contingência é sem dúvida a mais eclética de todas as teorias, pois além

de considerar as contribuições das diversas teorias anteriores como: as tarefas, a

estrutura, as pessoas, a tecnologia e o ambiente. As teorias anteriores são colocadas à

prova, suas conclusões são confirmadas (cada uma de acordo com sua época,

necessidade, ambiente, interação, compatibilidade, etc.), atualizadas, ampliadas,

integradas dentro de uma abordagem mais complexa, permitindo assim uma visão

conjunta, abrangente com maior maleabilidade e adaptação para cada organização e

para a Administração como um todo.

Implicações Éticas

Desde a época científica da Administração, ou seja, desde Frederick W. Taylor,

passando por Henri Fayol, Max Weber, até os dias atuais; a importância do

desenvolvimento através de diversas teorias tais como burocráticas, estruturalistas,

tecnológicas, e outras, divididas em etapas, executadas na prática e chegando aos dias

atuais.

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5. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

A aprendizagem organizacional é um tema já bem conhecido nas disciplinas de

organização. É um fenômeno sistêmico nas empresas que permanece independente das

pessoas. Sim, as organizações podem não ter cérebro, mas são dotadas de sistemas

cognitivos que elas mesmas desenvolvem e vão sendo impregnados na sua cultura por

meio, principalmente, de rotinas ou procedimentos. O aprendizado e crescimento são

aspectos-chave porque formam abase da melhoria da qualidade e da inovação. Uma

empresa podefuncionar muito bem do ponto de vista financeiro, ter boas relaçõescom os

clientes e contar com excelentes processos, mas se outraempresa obtiver vantagens

semelhantes, isso de nada adiantará.Quero dizer com isso que não se deve ficar

acomodado com odesempenho atual, ainda que seja satisfatório. É importante que

osexecutivos entendam que serão superados pelos concorrentes se nãomudarem e

aperfeiçoarem sua atuação continuamente, e maisrapidamente do que eles. “Convém

dar-se conta de que a fonte decrescimento e aprendizado são os funcionários da empresa

– somente graças a eles é possível continuar melhorando as operações.”

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6. RELATÓRIO

Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os objetivos

tanto da organização quanto de seus membros, é o processo de planejar, organizar,

dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançarem objetivos.

A administração é vista como uma habilidade humana que teve sua construção

teórica baseada sob a influência de vários filósofos da época, e suas teorias se

concretizaram após a revolução industrial com os percussores Taylor e Fayol, com a

famosa teoria clássica.

O administrador trabalha com pessoas e equipes e faz uso delas para conseguir

resultados através da liderança, comunicação, motivação e na construção de talentos

(CHIAVENATO, 2007, p. 70). Cria uma atmosfera de segurança e cooperação entre as

pessoas em prol de um alcance comum. (ARAÚJO, 2007, p. 12)

O termo habilitação humana é aquela qualidade de o executivo trabalhar eficientemente

como integrante de um grupo e de realizar um esforço conjunto com os demais

componentes da equipe que dirige. Enquanto a habilitação técnica se volta

principalmente para o manuseio de coisas, (processos ou objetos físicos), a habilitação

Humana diz respeito mais à habilidade de as pessoas trabalharem com os outros. Essa

aptidão é demonstrada na maneira como o indivíduo se apercebe (e reconhece a

percepção) de seus superiores, companheiros e subalternos e no modo como se

comporta posteriormente.

A pessoa dotada de grande habilidade humana é cônscia de suas próprias atitudes,

opiniões e convicções acerca dos outros e de grupos de pessoas; é capaz de aquilatar a

utilidade e as limitações de tais sentimentos.

Ao aceitar a existência de opiniões, percepções e convicções que são diferentes das

suas próprias são suficientemente hábeis para compreender o que os outros realmente

querem dizer com palavras e atos. É igualmente hábil em comunicar aos demais, dentro

do modo de pensar dos outros, aquilo que pretende dizer com seu próprio modo de agir.

Tal pessoa trabalha para criar um ambiente de boa vontade e segurança no qual seus

subalternos se sintam à vontade para se expressar, sem receio de serem censurados ou

19

ridicularizados, incentivados que são a participar no planejamento e na execução de

tudo o que diretamente lhes diz respeito. Essa pessoa é bastante suscetível aos anseios e

motivações dos demais, dentro da empresa, para poder julgar as possíveis reações e

resultados de diversos tipos de ação que possa vir a tomar. Tendo essa sensibilidade, o

indivíduo é capaz de agir e se empenha em fazê-lo de maneira a levar em conta essas

percepções dos outros.

A verdadeira aptidão de saber trabalhar com os outros deve tornar-se uma atitude

natural e constante, uma vez que ela envolve sensibilidade não apenas no momento de

tomar uma decisão, mas também na conduta cotidiana do indivíduo. A habilidade

humana não pode ser algo ocasional. As técnicas não podem ser aplicadas a esmo nem

os traços da personalidade podem ser colocados e retirados como se faz com um,

sobretudo. Isso porque tudo o que um executivo faz ou diz (ou deixa de dizer ou fazer)

tem algum efeito sobre seus colegas e seu verdadeiro ego se revelará com o tempo. Por

isso, para ser positiva, essa habilidade deve ser desenvolvida natural e

inconscientemente, bem como continuamente, sendo demonstrada em• todas as atitudes

do indivíduo. Deve tornar-se parte integrante de seu próprio ser.

A teoria geral da administração começou com a ênfase nas tarefas, com a

administração científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase

na estrutura com a teoria clássica de Fayol e com a teoria burocrática de Max Weber,

seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase

nas pessoas, por meio da teoria comportamental e pela teoria do desenvolvimento

organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo

completada pela teoria da contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na

tecnologia. Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e

tecnologia - provocou há seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um

gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa procurou

privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano

secundário todas as demais.

20

Teorias Administrativas, suas ênfases e seus principais enfoques.

Ênfase:

Teorias administrativas, Principais enfoques, Tarefas, Administração científica,

Racionalização do trabalho no nível operacional, Estrutura, Teoria clássica, Teoria

neoclássica, Organização Formal, Princípios gerais da Administração, Funções do

Administrador, Teoria da burocracia, Organização Formal Burocrática, Racionalidade

Organizacional, Teoria estruturalista, Múltipla abordagem, Organização formal e

informal, Análise intra-organizacional e análise Inter organizacional, Pessoas, Teoria

das relações humanas, Organização informal, Motivação, liderança, comunicações e

dinâmica de grupo, Teoria comportamental, Estilos de Administração, Teoria das

decisões, Integração dos objetivos organizacionais e individuais, Teoria do

desenvolvimento organizacional, Mudança organizacional planejada, Abordagem de

sistema aberto, Ambiente, Teoria estruturalista, Teoria neo-estruturalista, Análise intra-

organizacional e análise ambiental, Abordagem de sistema aberto, Teoria da

contingência, Análise ambiental (imperativo ambiental), Abordagem de sistema aberto,

Tecnologia, Teoria dos sistemas, Administração da tecnologia (imperativo tecnológico),

Antecedentes Históricos da Administração, Influência dos filósofos.

Sócrates – administrar é uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da

experiência.

Platão – preocupou-se com os negócios públicos e com a forma democrática de

governo.

Aristóteles – em seu livro “Política” distinguia três formas de administração pública:

- Monarquia – governo de um só;

- Aristocracia – governo de uma elite;

- Democracia – governo do povo.

René Descartes – em seu livro “O discurso do Método” descreveu o método cartesiano

cujos princípios são:

21

- Princípio da Dúvida Sistemática ou Evidência – não aceitar como verdadeira coisa

alguma, enquanto não souber com evidência aquilo que realmente é verdade;

- Princípio da Síntese de Composição – conduzir ordenadamente nossos pensamentos,

iniciando pelos assuntos mais fáceis para caminharmos gradualmente aos mais difíceis;

- Princípio da Analise e da Decomposição – dividir cada problema em tantas partes

quanto possível e resolvê-los cada um separadamente;

- Princípio da Enumeração ou Verificação – fazer recontagem, verificações, revisões

gerais para ter certeza de que não foi omitido ou deixado de lado.

Influência da organização da Igreja

O Papa tem sob suas ordens a organizações mundiais da igreja católica.

Os objetivos da ação política eram contraditórios, por quê? Porque cada partido tinha

um interesse diferente do outro. Se você quiser entrar na política, precisará conhecer

qual é a ideologia do partido, e ver se está de acordo com os seus princípios como

cidadão e exercer o seu papel político.

Influência da organização militar

Contribui com o Princípio da Unidade de Comando, onde cada subordinado só se

reporta a um superior, com o princípio da direção onde à organização espera dele o que

fazer, com conceito de hierarquia e também com o de linha. (organização linear)

Exemplo: Na época de Napoleão, ele chefia o exército e tinha responsabilidade de

supervisionar a totalidade, com a expansão territorial das batalhas, a direção ou o

comando das batalhas exigiu um novo plano de organização, passou a planejar a

centralização do controle e descentralização da execução.

Influência da revolução industrial

A chamada 1a Revolução Industrial CONFORME CHIAVENATO (302) começa,

praticamente, com a mecanização da indústria têxtil, na Inglaterra (1769) e ganha uma

extraordinária vigor e extensão a partir da descoberta da máquina a vapor (1776) que vai

22

produzir um espantoso desenvolvimento nos transportes terrestres e marítimos, e uma

verdadeira "revolução" nas fábricas, substituindo mão-de-obra por máquinas, mas, ao

mesmo tempo, multiplicando o tamanho e o número das fábricas, assim como a

quantidade dos produtos.

Com a 2a Revolução Industrial, principalmente com o surgimento da energia elétrica

e o uso dos combustíveis de petróleo, há um novo surto de progresso, acompanhada da

expansão do capitalismo financeiro, que viria permitir a criação e o funcionamento de

grandes organizações empresariais.

A abordagem típica dessa Escola é a ênfase nas tarefas e seu nome deriva da

aplicação de métodos científicos (observação, experiência, registro, análise) aos

problemas da administração, com vistas a alcançar maior eficiência industrial, produzir

mais, a custos mais baixos.

O objetivo inicial de F. Taylor estava voltado para eliminar os desperdícios nas

indústrias americanas, comprovadamente um dos elementos importantes na formação

dos preços dos produtos. Dessa forma, visava-se alcançar maior produtividade e, como

menores custos e melhores margens de lucro, enfrentar a crescente concorrência em

todos os mercados.

Para Taylor, a organização e a administração das empresas devem ser estudadas e

tratadas cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao

planejamento e o empirismo à ciência. Assim, a obra de Taylor se reveste de especial

importância pela aplicação de uma metodologia sistemática na análise e na solução dos

problemas da organização, no sentido de baixo para cima.

Taylor foi o primeiro a fazer uma análise completa do trabalho na fábrica, inclusive

dos tempos e movimentos, estabelecendo padrões de execução. Ele treinou os operários,

especializou-os de acordos com as fases do trabalho, inclusive o pessoal de supervisão e

direção; instalou salas de planejamento e organizou cada unidade, dentro do conjunto.

Taylor teve muitos seguidores de alto valor, geralmente todos eles.

23

Engenheiros norte-americanos, entre os quais se destacam: Cari Barth (1860-1939),

Henry Gautt (1861-1919), Harrington Emerson (1853-1931), Frank Gilberth (1868-

1924) e Lilian Gilbreth (1878-1961), psicóloga.

TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Conforme IDALBERTO CHIAVENATO (302) a Administração Científica de F.

Taylor, desenvolvida nos Estados Unidos, surgiu na França o outro pilar da Escola

Clássica, comandado por Henry Fayol - também engenheiro -, nascido na Grécia e

educado no França, onde trabalhou e desenvolveu seus estudos.

Enquanto na Administração Científica a ênfase está colocada na tarefa que realiza

cada operário, na Teoria Clássica de Fayol e seus seguidores a ênfase é posta na

estrutura da organização. No fundo, o objetivo das duas correntes é o mesmo: maior

produtividade do trabalho, maior eficiência do trabalhador e da empresa.

A Teoria Clássica da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e

universal da empresa, com uma visão anatómica e estrutural, enquanto na

Administração Científica a abordagem era fundamentalmente operacional

(homem/máquina).

A experiência administrativa de Fayol começa como gerente de minas, aos 25 anos e

prossegue na CompagnieComantryFourchambaultetDecazeville, aos 47 anos, uma

empresa em difícil situação, que ele administra com grande eficiência e, em 1918,

entrega ao seu sucessor em situação de notável estabilidade. Fayol sempre afirmou que

seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas aos métodos que empregara.

Exatamente como Taylor, Fayol procurou demonstrar que, com previsão científica e

métodos adequados de gerência, os resultados desejados podem ser alcançados.

Sua teoria da Administração está exposta em seu famoso livro "Administração

Industrial e Geral", publicado em 1916 e, basicamente, está contida na proposição de

que toda empresa pode ser dividida em seis grupos de funções, a saber:

1) Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa.

2) Funções comerciais, relacionadas com a compra e venda.

24

3) Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.

4) Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das

pessoas.

5) Funções contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços e estatísticas.

6) Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco

funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da

empresa, pairando sempre acima delas.

Nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o programa geral

da empresa. Essa atribuição compete à 6a função, a função administrativa que constitui,

propriamente, a Administração.

Para deixar claro essa função coordenadora, Fayol assim define o ato de administrar:

1) Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

2) Organizar: constituir o duplo organismo da empresa, material e social.

3) Comandar: dirigir e orientar o pessoal

4) Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.

5) Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as

ordens dadas.

Segundo Fayol, a Administração não se refere apenas ao topo da organização: existe

uma proporcionalidade da função administrativa, que não é privativa da alta cúpula,

mas, ao contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Segundo ele, tudo em

Administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso. Os princípios que

regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos.

São princípios fundamentais de Fayol:

1) divisão de trabalho;

2) autoridade e responsabilidade;

25

3) disciplina;

4) unidade de comando;

5) unidade de direção;

6) subordinação dos interesses individuais ao interesse geral;

7) remuneração justa ao pessoal;

8) centralização;

9) linha de autoridade;

10) ordem;

11) equidade;

12) estabilidade do pessoal;

13) iniciativa e;

14) espírito de equipe.

A Teoria Clássica de Fayol concebe a organização em termos de estrutura, forma e

disposição das partes que a constituem. Assim, a estrutura e a forma de organização

marca a essência da Teoria Clássica, como concebida por Fayol.

Estágio Atual da Gestão Organizacional

Analisando o trabalho nas organizações, Laurie Mullins identificou alguns

subsistemas que garantem que as atividades das organizações sejam desempenhadas

como um todo e dirigida para o alcance das metas e objetivos:

Tarefa – São as metas e os objetivos da organização;

Tecnologia – É a maneira pela qual as tarefas serão desempenhadas;

Estruturas – Padrão da organização, relacionamentos formais e canais de comunicação;

(hierarquia)

26

Pessoas – Envolvem as atitudes, comportamento, habilidades, atributos, estilos de

liderança, etc.

Ambiente – É o todo, tanto os externos quanto os internos.

Prioridade para a preocupação com as pessoas e os grupos sociais, ou seja, dos aspectos

técnicos formais para os aspectos psicológicos e sociológicos.

A crítica relativa à influência negativa que os conceitos Taylor e Fayol tiveram na

gestão de empresas - mais especificamente nas indústrias - pode ser claramente

observado no filme de Carlitos: "Tempo Modernos".

Dessa forma, tanto as teorias desenvolvidas por Taylor, como as de Fayol, sofreram

críticas por serem eminentemente mecanicistas e, até mesmo, motivadas no sentido da

exploração do trabalhador, como se fora uma máquina. Principalmente a partir da

contribuição de psicólogos e sociólogos, iniciada com Elton Mayo e Mary Parker Follet,

surgem outras escolas de Administração, a começar pela Escola de Relações Humanas.

A partir daí, as teorias de Taylor são vistas como distorcidas, do ponto de vista do

trabalhador, considerado uma simples peça no processo de produção e submetido a uma

supervisão policialesca. Por outro lado, não corresponde à verdade o conceito genérico

de que o trabalhador não tem outros interesses e motivações senão os representados pela

recompensa financeira.

Da mesma forma se estendem as críticas às teorias de Fayol, às quais se nega a

comprovação da validade dos princípios estabelecidos, pela ausência de trabalhos

experimentais.

Abordagens Humanística, Neoclássica e Estruturalista da Administração.

Esse trabalho descreve as razões que fizeram surgir e as características da Abordagem

Humanística, a partir das suas duas escolas, a Escola das Relações Humanas ou Teoria

das Relações.

Humanas e a Escola do Comportamento Organizacional ou Teoria Comportamental e

ainda há o Desenvolvimento Organizacional que é um desdobramento da abordagem

27

comportamental. A Teoria Neoclássica que veio como uma reafirmação da Teoria

Clássica na estrutura organizacional, com mais objetivos e resultados, pois os clássicos

tinham um sistema muito fechado e acabaram sofrendo com a falta de trabalhos

experimentais. A Teoria da Burocracia vem para ajudar para melhorar as complexidades

na organização. E finalmente surge a Teoria Estruturalista, trazendo uma analise intra-

organizacional e uma abordagem de sistema aberto tentando conciliar ideias clássicas

com ideias humanísticas. A primeira Abordagem Humanística é a Teoria das Relações

Humanas, que teve como seus principais precursores Elton Mayo (1880-1949), que

através do estudo de Hawthorne, demonstra as relações sociais do trabalho e Kurt Lewin

(1890-1947), que foi o precursor da dinâmica de grupo, estudo de pequenos grupos e a

importância da interação individual. Ela surgiu como uma teoria de combate e oposição

cerrada a Teoria Clássica. A Teoria das Relações Humanas não reconheceu ou negou

todos os conceitos da Teoria Clássica como o estudo de tempo e movimento, os

princípios gerais da administração, a organização informal, autoridade e

responsabilidade, unidade de comando, eficiência, hierarquia, departamentalização e

etc. Ela também surgiu com o intuito de humanizar e democratizar a administração, de

desenvolver as ciências sociais e ainda como uma consequência imediata das

conclusões obtidas por Elton Mayo de sua experiência em Hawthorne.

Características:

Tem como principais características, a transferência de ênfase nas tarefas para ênfase

nas pessoas, de princípios técnicos e formais para aspectos psicológicos e sociológicos,

ênfase na psicologia no estudo das organizações, adoção de conceitos humanísticos,

como: grupo social, dinâmica de grupo, motivação, comunicação, liderança em

substituição aos conceitos técnicos até então utilizados e o foco na organização informal

e nos grupos sociais. O conteúdo do PLT e os artigos indicados Organizações

Mecanistas x Organizações flexíveis: existiria um meio termo? E Teorias

administrativas: as evoluções em decorrência das necessidades mostram que cada teoria

não surgia com aspectos perfeitos, havia vários fatores a serem melhorados ou

aperfeiçoados. A Abordagem Humanística, por exemplo, que através das Teorias das

Relações Humanas e da ênfase nas pessoas, não reconhecia de maneira alguma os

28

aspectos estruturais da Teoria Clássica. E acabou acarretando num descrédito muito

grande a Escola das Relações Humanas, apesar disso, ela teve a sua importância dando

somente ênfase as pessoas, com a liderança, a comunicação, a organização informal, a

dinâmica de grupo, entre outros.

Alguns anos depois nasce a Teoria Comportamental, descendente direta da Teoria

das Relações Humanas; ela traz novas ideias comportamentais, mais continua negando

os aspectos estruturais. Dentro da Abordagem Comportamental surgi a Teoria do

Desenvolvimento Organizacional, com um sistema mais aberto, com um pensamento

diferenciado das outras teorias, procurando promover uma mudança planejada nas

organizações. A Teoria Neoclássica surgiu com novas ideias, objetivos e resultados na

estrutura organizacional, ela traz melhoramentos para os conceitos e princípios da

Teoria Clássica. A Teoria da Burocracia, também tem suas várias limitações, mas é a

teoria que consegue lidar melhor com os problemas organizacionais. A Teoria

Estruturalista acabou surgindo, de um desdobramento da Teoria Burocrática, trazendo

várias melhorias nas suas ideias e conceitos.

29

QUADRO COMPARATIVO

QUADRO COMPARATIVO: QUAIS AS PRINCIPAIS PROPOSTAS DAS TEORIAS DA

ADMINISTRACAO E COMO SÃO UTILIZADAS NOS DIAS ATUAIS

Teoria Principais

Estudiosos

Principais Ideias Como o

homem

(trabalhador)

era

considerado

Exemplo de

utilização nos

dias atuais

Administração

Cientifica

Taylor, Henry

Grant, Morris

Cooke, Frank e

LilianGilbreth

Linha de montagem

Principios de Planejamento

Principios de Preparo dos

trabalhadores

Principios de controle

Principios de execução

Empíricos Procedimen-

tosCientificos

Teoria

Clássica

Frederick

Winslow Taylor,

Henri Fayol

O homem passou a ser visto como

um ser social, até então, era visto de

forma mecânica econômica.

Teoria das

Relações

Humanas

Mantem-se a ordem, mais com

justiça, estabilidade dos

funcionários, com iniciativa e

espírito de equipe.

O homem

passou a ser

visto como

um ser

social.

Garantia dos

direitos

trabalhistas.

Teoria

Neoclássica

Peter

Drucker,Willian

Newman, Ernest

Dale, Ralph

Davis, Louis

Allen e George

Terry

ênfase na prática da

administração;

reafirmação relativa das

proposições clássicas;

ênfase nos princípios gerais de

gestão;

ênfase nos objetivos e

resultados.

administração

moderna

Modelo

Burocrático

Max Weber È voltada pela racionalidade e

busca eficiência.

Os

burocratas

geralmente

são

Organizados,

formal,

respeitam a

hierarquia,

Inventam Leis

e Burocracias

que não serve

pra nada,

Teoria

Estruturalista

Chiavenato  inter-relacionar as organizações

com o seu ambiente externo, que é a

sociedade maior, ou seja, a

sociedade de organizações.

a pessoa que

desempenha

diferentes

papéis em

várias

organizações

organização

como sendo

um sistema

aberto.

Teoria

Comportament

al

Herbert A.

Simon

A decisão é muito mais importante

do que a ação subsequente.

Teoria do

Desenvolvime

nto

Organizacional

Blake moutun Passou a ver a organização como

todo, assumindo uma abordagem

sistêmica.

Parte

fundamental

para o

desenvolvim

ento da

organizacao.

Desenvolvime

nto

organizacional,

parcial

democrático .

Tecnologia da

Informação

 Suécia, Cingap

ura, Dinamarca, 

Suíça e Estados

Unidos,

administrar e manter a gestão da

informação através de dispositivos e

equipamentos para acesso, operação

e armazenamento dos dados, de

forma a gerar informações para

tomada de decisão.

 reduziu custos

e acelerou a

produção

dos jornais e

possibilitou a

formação

instantânea

de redes televis

ivas de

âmbito mundia

l. [

Teoria

Matemática

A Teoria Matemática é a que

proporcionou modelos para atender

a tais necessidades.

Exemplo:Operações, Serviços,

Qualidade, Estratégia de operações

e Tecnologia.

Teoria de

Sistemas

Ludwig

vonBertalanffy

 conjunto de elementos

interdependentes que interagem

com objetivos comuns formando

um todo,.

Peça

fundamental

para o

sistema,.

Sistema

operacional,.

Teoria da

Contingência

Enfatiza,que não a nada de absoluto

nas organizações, tudo é relativo,

tudo depende, pois existe uma

relação funcional,entre as condições

do ambiente e técnicas

admistrativas, para o alcance eficaz

dos objetivos das organizações,.

Estratégia

Organizacional

Porter, São as metas/objetivos a curto,

médio e longo prazo

Nova

Resposta:____

___

Conclusão

Conclui-se que as organizações estão passando por processos cada vez mais flexíveis de

gestão valorizando acima de tudo o capital humano e buscando sempre novas estratégias

de crescimento e inovações tecnológicas para enfrentar um mercado cada vez mais

competitivo e globalizado.

Analisando as teorias administrativas e a evolução das mesmas, conclui-se que as

proposições não são antagônicas, mas se completam. Assim, cada instabilidade

encontrada nessas tem sido aprimoradas por novas teorias posteriores, desenvolvidas até

os dias atuais, adaptadas ao cenário vigente de sua formulação. Podemos concluir que as

práticas administrativas têm carecido e buscado a união dos pontos positivos de cada

teoria, adaptando essas ao cenário vigente e acrescendo à essas praticas o toque da arte

administrativa que todo organização necessita.

33