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Gesto Empresarial com

ERPErnesto Haberkorn

Gesto Empresarial com ERP

Autor Ernesto Mrio Haberkorn Capa Cesar Duarte da Silva Reviso Jos Cassio dos Santos Junior

Colaborao Adilson C. Mello Adriano Antonio Postal Andr Luiz Souza Gentil Armando Tadeu Buchina Eduardo Alexandre Nistal Georges Kontogiorgos Heraldo Conrado Hebling Luis Akira Tamura Marcos Pitanga Paladino Wagner Xavier

Dados de Catalogao na Publicao Haberkorn, Ernesto Gesto Empresarial com ERP So Paulo: 2003. ISBN: 85-903951-1-1

Outras Obras do AutorIntroduo Anlise de Sistemas - 1969 O Computador e Processamento de Dados - 1975 O Computador na Administrao de Empresas - 1985 Clipper - Modelos de Programas - 1990 Delphi 3.0 - Desenvolvendo Aplicaes Comerciais - 1998 Teoria do ERP - 1999 Contabilidade Inside ERP - 2000 Genoma Empresarial - 2001 MICROSIGA Software SAAv. Braz Leme, 1631 So Paulo - SP CEP 02511-000

SumrioCaptulo 1 9A Tecnologia da Informao e a Gesto Empresarial ............ 9Sumrio do Captulo ............................................................. 9 Objetivos do aprendizado ..................................................... 9 Palavras-chave ...................................................................... 10 Globalizao e Tecnologia da Informao .............................. 12

Captulo 2

13

A Internet e a Evoluo do ERP ....................... 13Sumrio do Captulo ............................................................. 13 Objetivos do aprendizado ..................................................... 13 Palavras-chave ...................................................................... 14 Evoluo do ERP .................................................................... 14 Como a Internet se Integra s Solues de ERP ...................... 25 CRM Customer Relationship Management .......................... 26 Call Center ............................................................................ 27 e-commerce e Supply Chain Management (SCM) .................... 28

Captulo 3

35

.uncionalidades do ERP ................................ 35Sumrio do Captulo ............................................................. 35 Objetivos do aprendizado ..................................................... 35 Palavras-chave ...................................................................... 35 .uncionalidades Bsicas de um Sistema de ERP .................... 36 Contabilidade ........................................................................ 37 Custos .................................................................................. 39 Compras ............................................................................... 42 PCP (Planejamento e Controle da Produo) .......................... 45 .aturamento ......................................................................... 46 Livros .iscais ........................................................................ 47 .inanceiro ............................................................................. 48 .olha de Pagamento .............................................................. 49 Ativo .ixo .............................................................................. 50 ERP Vertical ........................................................................... 50 Automao Comercial ........................................................... 50

Sumrio

III

Sistemas de Apoio Logstico .................................................. 51 Gerenciamento de Projetos ................................................... 52 Gesto da Qualidade ............................................................. 52 Gesto Educacional ............................................................... 54 Manuteno de Ativos ........................................................... 55 Exportao ............................................................................ 56 Importao ............................................................................ 56 Gesto Hospitalar .................................................................. 57 Medicina e Segurana do Trabalho ........................................ 57 Plano de Sade ...................................................................... 58 Controle de Direitos Autorais ................................................ 58 Gesto de Concessionrias .................................................... 59

Captulo 5

60

BI - Business Intelligence............................... 60Sumrio do Captulo ............................................................. 60 Objetivos do aprendizado ..................................................... 60 Palavras-chave ...................................................................... 60 Data Warehouse .................................................................... 61 Jornal da Empresa ................................................................. 66

Captulo 6

69

Histrico e Evoluo da Tecnologia .................. 69Sumrio do Captulo ............................................................. 69 Objetivos do aprendizado ..................................................... 69 Palavras-chave ...................................................................... 70 Banco de Dados .................................................................... 71 Microinformtica ................................................................... 75 Windows ............................................................................... 77 Redes .................................................................................... 77 Orientao a Objetos ............................................................. 80 Segurana e Internet ............................................................. 82 Web Services ......................................................................... 85

Captulo 7

91

PMBOK (Project Management Body of Knowledge) ............. 91Sumrio do Captulo ............................................................. 91 Objetivos do aprendizado ..................................................... 92 Palavras-chave ...................................................................... 93 Gerenciamento de Projetos e a abordagem do PMBOK 2000-Project

IV

Gesto Empresarial com ERP

Management Body of Knowledge ........................................... 94 Objetivo ................................................................................ 94 PMI Project Management Institute ...................................... 94 Introduo ao PMBOK ............................................................ 95 Exemplo de documentos de projeto ...................................... 97 Recorte da proposta do projeto ............................................ 99 Exemplo do resumo de alocao por recurso e referncia para fluxo de caixa mensal ..................................................................... 102 Exemplo de cronograma ........................................................ 103 Documento de Validao de Consultoria Prestada ................. 104 Gesto da Integrao do Projeto ............................................ 105 Gesto do Escopo do Projeto ................................................. 107 Gesto do Tempo .................................................................. 109 Gesto do Custo .................................................................... 112 Gesto da Qualidade ............................................................. 114 Gesto dos Recursos Humanos ............................................. 116 Gesto das Comunicaes ..................................................... 119 Gesto dos Riscos ................................................................. 121 Gesto das Aquisies/Contratos .......................................... 124 Metodologia de Implantao .................................................. 127 Mdulo .inanceiro (Contas a Pagar e a Receber) .................... 132 Mdulo Estoque/Custos ........................................................ 132

Captulo 8

136

UML (Unified Modeling Language) .................. 136 MER (Modelo de Entidade-Relacionamento) ..... 136Sumrio do Captulo ............................................................. 136 Objetivos do aprendizado ..................................................... 137 Palavras-chave ...................................................................... 137 Modelagem de Sistemas Utilizando UML ................................ 138 Diagramas ............................................................................. 139 Diagrama de Caso de Uso ...................................................... 139 Diagrama de Classes ............................................................. 142 Associao ............................................................................ 142 Agregao ............................................................................. 143 Generalizao/Especificao ................................................. 143 Dependncia ......................................................................... 143 Diagrama de Interao .......................................................... 146 Diagrama de Seqncia ......................................................... 146 Diagrama de Seqncia da Gerao de Pedido de Vendas ...... 148 Diagrama de Seqncia da Gerao de Solicitao de Compras de Materiais ............................................................................... 149 Diagrama de Seqncia da Gerao de Solicitao de Compras de

Sumrio

V

Materiais de Consumo ........................................................... 150 Diagrama de Seqncia da Gerao da Cotao de Compras de Materiais ............................................................................... 151 Diagrama de Colaborao ...................................................... 152 Diagrama de Colaborao da .ormao de Preo de Venda dos Produtos ............................................................................... 153 Diagrama de Estados ............................................................. 155 Diagrama de Estado para a Classe Nota .iscal de Sada .......... 156 Diagrama de Atividade .......................................................... 157 Diagrama de Atividade para os Objetos da Classe Solicitao de Compras ............................................................................... 157 Diagramas de Implementao ............................................... 159 Diagrama de Componentes ................................................... 159 Diagrama de Implantao ...................................................... 161 Modelagem de Dados Utilizando o MER (Modelo de EntidadeRelacionamento) ................................................................... 162

Captulo 9

172

PDI - Plano Diretor de Informtica .................. 172Sumrio do Captulo ............................................................. 172 Objetivos do aprendizado ..................................................... 172 Palavras-chave ...................................................................... 173 1 .ase - Levantamento ......................................................... 173 1.1 Situao Atual da Empresa ............................................... 173 1.2 Volume de Dados ............................................................ 174 1.3 .luxo de Dados ................................................................ 174 Compras ............................................................................... 174 .aturamento ......................................................................... 176 Estoque ................................................................................. 180 Custo .................................................................................... 181 Planejamento e Controle da Produo ................................... 183 .inanceiro ............................................................................. 185 Contabilidade ........................................................................ 188 Livros .iscais ........................................................................ 189 Ativo .ixo .............................................................................. 190 .olha de Pagamento .............................................................. 191 2 .ase Avaliao de Necessidades de Customizao ........ 192 3 .ase Avaliao dos Recursos .sicos ............................. 193 4 .ase - Elaborao de Plano e Cronograma Macro ............... 194

Captulo 10VI Gesto Empresarial com ERP

196

Anlise de Softwares de Gesto - ERP ............. 196

Sumrio do Captulo ............................................................. 196 Objetivos do aprendizado ..................................................... 196 Palavras-chave ...................................................................... 196 Rotinas Genricas ................................................................. 197 Grficos ................................................................................ 201 .inanceiro ............................................................................. 201 Contabilidade ........................................................................ 205 Estoque/Custo ...................................................................... 207 PCP Planejamento e Controle da Produo ......................... 210 Carga de Mquina .................................................................. 211 Compras ............................................................................... 212 .aturamento ......................................................................... 213 .iscal ..................................................................................... 215 Ativo .ixo .............................................................................. 216 .olha de Pagamento e Recursos Humanos ............................ 216 Ponto Eletrnico .................................................................... 218 Lojas e Comrcio Varejista .................................................... 218

Captulo 14

220

Gesto Contbil e de Custos ......................... 220Objetivos do aprendizado ..................................................... 220 Palavras-chave ...................................................................... 221 Contabilidade e Custos ......................................................... 222 Plano de Contas .................................................................... 222 Custos .................................................................................. 225 Custo Standard ..................................................................... 239 Custo Real On-Line ................................................................ 246 Movimentaes e Lanamentos Contbeis ............................. 247 Custo Mensal ........................................................................ 251 Regime de Caixa .................................................................... 252 Custo Standard Puro ............................................................. 253 Custo Standard ..................................................................... 254 ndices Econmicos e .inanceiros ......................................... 259

Captulo 15

261

Gesto de Materiais ................................... 261Sumrio do Captulo ............................................................. 261 Objetivos do aprendizado ..................................................... 262 Palavras-chave ...................................................................... 262 Lote Econmico ..................................................................... 263 Ponto de Pedido .................................................................... 270 Consumo Mdio .................................................................... 273

Sumrio

VII

MRP I Material Requirement Planning ................................. 277 Carga Mquina MRP IIManufactoring Resources Planning ...... 282 Rastreabilidade ..................................................................... 287

Captulo 16

289

Gesto Administrativa ................................. 289Sumrio do Captulo ............................................................. 289 Objetivos do aprendizado ..................................................... 289 Palavras-chave ...................................................................... 290 Vencimentos ......................................................................... 292 Ttulos Provisrios ................................................................ 292 Compensaes ...................................................................... 293 Operaes Bancrias ............................................................. 294 Aplicaes e Emprstimos ..................................................... 295 Moedas e as Desvalorizaes Cambiais .................................. 295 Variao Monetria, Correo Integral e .ASB: ....................... 296 Anlise de Crdito e Controle de Inadimplncia .................... 303 Oramentos e a Contabilidade .inanceira ........................... 304 Ativo .ixo .............................................................................. 305 Vida til do bem ................................................................... 306 Reavaliao ........................................................................... 307 Baixas .................................................................................... 307 Ampliaes e Reformas ......................................................... 308 RH Recursos Humanos .................................................... 309

Captulo 17

313

.luxo Sistmico ......................................... 313Sumrio do Captulo ............................................................. 313 Objetivos do aprendizado ..................................................... 313 Palavras-chave ...................................................................... 313 Lanamentos Automticos .................................................... 314 Supply Chain Management .................................................... 316 Custos .................................................................................. 318

VIII

Gesto Empresarial com ERP

Captulo 1A Tecnologia da Informao e a Gesto Empresarial Sumrio do Captulo1.1 Introduo: - Definio de objetivos empresariais; - Componentes bsicos no ciclo produtivo das empresas; - .atores indispensveis para o sucesso das empresas; 1.2 Efeitos da Globalizao: - O surgimento da concorrncia sem fronteiras; - Elementos bsicos que regem a composio de custos em um mercado globalizado; 1.3 Sistemas de gesto empresarial: - Por que usar sistemas de gesto empresarial?; - O uso da tecnologia da informao na tomada de decises.

Objetivos do aprendizado1. 2. 3. .ornecer elementos bsicos que compem um sistema de gesto empresarial; Mostrar a necessidade do uso de sistemas de gesto empresarial; Oferecer elementos para a compreenso da necessidade do uso de sistemas de gesto empresarial em um processo de globalizao de mercados; Mostrar a importncia do uso da tecnologia da informao.

4.

A Tecnologia da Informao e a Gesto Empresarial

9

Palavras-chave- Gesto Empresarial. - Globalizao. - Tecnologia da Informao. - Sistemas de Gesto. Uma empresa um conjunto de pessoas e recursos que geram uma receita vendendo seus produtos para um pblico determinado. Para sobreviver, esta receita precisa ser maior que as despesas gastas neste processo. O que sobrar, ou seja, o lucro, distribudo aos proprietrios da empresa. Estes por sua vez, ao investirem seu capital na empresa esperam ter um retorno pelo menos to bom quanto aquele obtido em outras aplicaes financeiras. No h bom negcio que seja eterno. Um Negcio da China logo copiado por outras pessoas. Surge a concorrncia e com ela a presso para uma melhoria do produto, ou seja, uma reduo na margem e nos preos. O lucro cai e os investidores comeam a procurar outras alternativas. A taxa de mortalidade de empresas, em especial nos primeiros anos de vida, muito maior do que se imagina. O fracasso nem pode mesmo ser considerado uma incompetncia de seus gestores. Mant-la viva demanda que uma srie de fatores ocorram simultaneamente. E nem sempre isto possvel. Mas de qualquer forma um fator indispensvel nos dias atuais, onde a concorrncia cada vez mais acirrada e cada centavo importante no seu sucesso: ter um bom sistema de gesto. H vrios tipos de empresas. Pblicas (estatais) ou privadas. Comerciais, industriais ou de servios. H ainda uma diviso jurdica, onde a diferena est na forma de tributao e na responsabilidade de seus scios.

10

Gesto Empresarial com ERP

De qualquer forma h ainda grandes diferenas na constituio de empresas entre os vrios pases do mundo mesmo com todo este processo de globalizao. H diferenas em relao s responsabilidades dos scios, em alguns casos limitadas ao valor do capital registrado da empresa, em relao ao comando e eleio dos diretores e especialmente em relao tributao. Quanto a este ltimo ponto, que afeta diretamente os custos dos produtos e, por outro lado, depende da prpria situao do governo, pois se houver dficit quem os deve cobrir so as empresas e o contribuinte por meio de impostos cada vez mais pesados, h de se considerar as grandes diferenas existentes at mesmo entre pases vizinhos, o que evidentemente leva as multinacionais a selecionarem cada vez com mais critrio o local de suas fbricas que alimentaro o resto do mundo com seus componentes.

A Tecnologia da Informao e a Gesto Empresarial

11

Globalizao e Tecnologia da InformaoQuando se analisa as to apregoadas mudanas dos ltimos anos na economia mundial, dois pontos so sempre citados com nfase: a Globalizao e a Tecnologia da Informao. A Globalizao, que tambm s se viabilizou da forma como veio, devido aos avanos tecnolgicos comunicaes, facilidades de transporte, informtica, eletrnica, Internet em ltima anlise nada mais do que a queda das barreiras alfandegrias e a internacionalizao das empresas. A concorrncia mundial, mesmo se a empresa vende e produz um item em uma remota cidade do interior. Logo, sua gerncia tem que ser to eficiente quanto a mais eficiente empresa de seu setor. ai que entra a segunda grande diferena dos tempos atuais: a Tecnologia da Informao (TI, IT, SI e EI)*. A informao neste sentido: rpida, completa, objetiva e primordial para a tomada de decises acertadas. Nesta corrente, o elo dos Sistemas de Gesto Empresarial (ERP) de fundamental importncia. Tais sistemas tiveram que se adaptar nova realidade. Impulsionados pelos avanos do Hardware e das ferramentas de Software disponveis, evoluram. Os usurios passaram a exigir mais. Os sistemas no tm mais limites, automatizam tudo. Aqueles que j nasceram com esta predisposio, acompanham esta tendncia.

*

Outros nomes usados para TI (Tecnologia da Informao): - Information Technology; - Sistemas de Informao; - Engenharia da Informao.

12

Gesto Empresarial com ERP

Captulo 2

A Internet e a Evoluo do ERPSumrio do Captulo2.1 2.2 Integrao de um ERP atravs da Internet; CRM Customer Relationship Management: - Definio e conceito de CRM (Customer Relationship Management); - Tcnicas utilizadas; 2.3 Call Center: - Definio e conceito de Call Center; - Tecnologias utilizadas; - Vantagens da implantao de um Call Center; 2.4 E-commerce e Supply Chain Management (SCM): - Definio e conceito de comrcio eletrnico; - Tecnologias utilizadas; - Principais tipos de comrcio eletrnico; - Vantagens oferecidas pelo comrcio eletrnico.

Objetivos do aprendizado1. 2. 3. Mostrar como um sistema de ERP pode ultrapassar as fronteiras da empresa; Mostrar como diversas metodologias e ferramentas podem agregar um diferencial em um sistema de ERP; Definir o que CRM (Customer Relationship Management), Call Center e E-commerce, bem como mostrar as tecnologias utiliza das e as vantagens da incorporao destes recursos em um Sistema de ERP.

A Internet e a Evoluo do ERP

13

Palavras-chave- Internet. - Customer Relationship Management (CRM). - Call Center. - E-commerce. - Supply Chain Management (SCM). - Apoio Logstico.

Evoluo do ERPA sigla ERP chegou ao Brasil em meados da dcada de 90 quando aqui aportaram as empresas estrangeiras do setor. A origem desta sigla tem uma trilha bastante curiosa. H de se lembrar que uma das primeiras grandes aplicaes comerciais, ainda na poca dos mainframes, em 1960, foi um sistema denominado MRP I Material Requirement Planning que ser oportunamente tratado no captulo 3, e que basicamente calcula a necessidade de compra de matrias-primas e produo de componentes a partir de previso de vendas e de uma situao de estoque. Isto, em grandes fbricas, com grandes quantidades de produtos acabados, inmeros nveis de componentes, cada um formado por matrias-primas utilizadas muitas vezes em quantidades diferentes, um clculo bastante trabalhoso. Mas, se por um lado o MRP I informa o que deve ser produzido e comprado, por outro ele no diz como. E como quem d a misso deve fornecer os meios, surgiram a seguir, j na dcada de 70, os sistemas MRP II. A sigla igual mera coincidncia , da a diferenciao pelo ordinal I e II. MRP II significa Manufactoring Resources Planning, traduzindo Planejamento dos Recursos da Manufatura. Atravs do MRP II possvel saber quem vai produzir, quando e com quais recursos, ou seja, a fbrica alocada minuto a minuto, operao a operao de acordo com um calendrio pr-definido e um conjunto de recursos disponveis.

14

Gesto Empresarial com ERP

Mas uma empresa no constituida somente por mquinas e materiais. So tambm parte integrante e importante dinheiro e pessoas. O dinheiro controlado pelos mdulos financeiro e contbil e gente pelos sistemas de RH. A integrao entre todos eles, verdade, j existia h muito tempo e eram os Sistemas Integrados de Gesto que abundavam em muitas empresas, talvez no to sofisticados quanto aqueles que chegavam ao pas com grande pompa, mas certamente eficientes diante dos recursos disponveis e suficientes para as necessidades da poca de nosso empresariado. De qualquer forma ERP Enterprise Resources Planning ou Planejamento dos Recursos da Empresa - o novo nome dado a este tipo de soluo: a informatizao integrada de todos os processos de uma empresa, sejam eles contbeis, financeiros, de RH, de estoques, custos, compras, produo, faturamento etc. Para explicar melhor qual a real abrangncia de uma soluo ERP, nada como uma narrao esportiva com base em um fluxo representativo, j que o futebol est na alma do brasileiro e atravs dele nada se torna montono. Vamos a ela.

A Internet e a Evoluo do ERP

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SIGA EDI .ORNECEDOR

.OLLOW-UP

.ORNECEDOR

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

PREVISO DE VENDAS

CUSTOS REQUISIES

PONTO ELETRNICO

ESTATSTICA

CHO DE .BRICA MRP II

MANUTENO INDUSTRIAL

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

PCP

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

CUSTOS INDIRETOS

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO CLIENTES CONSULTA BANCO DE IN.ORMAES

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOS

RAZO BALANCETE DIRIO

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

LIBERAO DE CRDITO

LIBERAO DE ESTOQUE

.ATURAMENTO

DUPLICATAS RECEBER

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

TE.

Abrem-se as cortinas, comea o espetculo e sai jogando o cliente.

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Gesto Empresarial com ERP

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MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

CLIENTES

CONSULTA BANCO COTAO IMPORTAES DE SISCOMEX IN.ORMAES

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

LIVROS .ISCAIS

SOLICITAO DE COMPRAS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

LIBERAO DE PREVISO DE VENDAS CRDITOESTATSTICA

LIBERAO DE REQUISIES ESTOQUECHO DE .BRICA MRP II MANUTENO INDUSTRIAL

.ATURAMENTO

CUSTOS

PONTO ELETRNICO

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

PCP

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

CUSTOS INDIRETOS

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO CLIENTES CONSULTA BANCO DE IN.ORMAES

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOS

RAZO BALANCETE DIRIO

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

LIBERAO DE CRDITO

LIBERAO DE ESTOQUE

.ATURAMENTO

DUPLICATAS RECEBER

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

TE.

Ele faz o pedido de vendas. O jogo promete. feita a liberao do crdito de forma eletrnica nas principais entidades do mercado. Passa pelo Serasa, d um drible no SPC e aprova o pedido. Vai para a liberao de estoque. Se for contra-entrega, emite a nota fiscal e despacha a mercadoria para o cliente.

A Internet e a Evoluo do ERP

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PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

PREVISO DE VENDAS

CUSTOS REQUISIES MANUTENO INDUSTRIAL

PONTO ELETRNICO

ESTATSTICA

CHO DE .BRICA MRP II

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

PCP

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

CUSTOS INDIRETOS

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO CLIENTES

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOS

RAZO BALANCETE DIRIO

MRP I

CONSULTA BANCO DE IN.ORMAES

ORDENS DE PRODUOLIBERAO DE ESTOQUE .ATURAMENTO

ESTOQUE MP/MCDUPLICATAS RECEBER MOVIMENTO DE TTULOS BANCO

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

LIBERAO DE CRDITO

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

PREVISO DE VENDASTE.

REQUISIES

ESTATSTICA

CHO DE .BRICA MRP II

PCP

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

Se for por encomenda, vai para o PCP. o planejamento e controle da produo. Parte das previses de vendas e projeta o estoque. Executa o MRP I. o Material Requirement Planning, o Planejamento das Necessidades de Materiais.

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MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

SIGA EDI .ORNECEDOR

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

PREVISO DE VENDAS

CUSTOS REQUISIES

PONTO ELETRNICO

ESTATSTICA

.OLLOW-UP

CHO DE .BRICA MRP II

MANUTENO INDUSTRIAL

.ORNECEDOR

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

PCP

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

CUSTOS INDIRETOS

PEDIDO DE COMPRACLIENTES CONSULTA BANCO DE IN.ORMAES

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOS

RAZO BALANCETE DIRIO

IMPORTAES SISCOMEX

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

COTAO

LIBERAO DE CRDITO

LIBERAO DE ESTOQUE

.ATURAMENTO

DUPLICATAS RECEBER

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

SOLICITAO DE COMPRAS

TE.

Explode a estrutura. Gera as ordens de produo. Para as matrias-primas faz as solicitaes de compras. Se for produto importado, j integra com o Siscomex . V a cotao do dlar. As cotaes de compras so enviadas, via Internet, para os fornecedores. Os fornecedores recebem, do os preos, as condies de entrega e de pagamento. O sistema negocia, pechincha e obtm o melhor preo. .az o e-procurement. Emite o pedido de compra e o manda para frente. O fornecedor recebe, sofre dura marcao do follow up. Planeja, produz, carrega o caminho e descarrega a mercadoria para o seu destino. o Supply Chain Management, funcionando de verdade.

A Internet e a Evoluo do ERP

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SIGA EDI .ORNECEDOR

.OLLOW-UP

.ORNECEDOR

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

PREVISO DE VENDAS

CUSTOS REQUISIES

PONTO ELETRNICO

.ORNECEDOR

ESTATSTICA

CHO DE .BRICA MRP II

MANUTENO INDUSTRIAL

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

PCP

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONSULTABANCO DE IN.ORMAES ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO

CUSTOS INDIRETOS

CLIENTES

CONTAS A PAGAR

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOS

LANAMENTOS AUTOMTICOS RAZOBALANCETE DIRIO

LIVROS .ISCAIS

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

CONTROLE DE LIBERAO QUALIDADE DECRDITO

LIBERAO DE ESTOQUE

ESTOQUE MP/MCTE.

.LUXO DE CAIXA

.ATURAMENTO

DUPLICATAS RECEBER

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

REQUISIES

Vem o Recebimento, pega o material, passa pelo Controle de Qualidade e coloca-o no estoque de matria-prima, olha a integrao j sendo feita em tempo real e automaticamente. Atualiza os livros fiscais, o Pedido de Compra e inclui o ttulo no Contas a Pagar. E olha l , at o lanamento contbil j feito de forma automtica e inteligente.

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Gesto Empresarial com ERP

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.ORNECEDOR

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

REQUISIESCONTRATO DE .ORNECIMENTO PREVISO DE VENDAS REQUISIES ESTATSTICA CHO DE .BRICA MRP II MANUTENO INDUSTRIAL

CUSTOS

PONTO ELETRNICO

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

CHO DE .BRICA MRP II

PCP

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

CUSTOS INDIRETOS

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

COLETOR ELETRNICO

CLIENTES

SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOS

RAZO BALANCETE DIRIO

CONSULTA BANCO DE IN.ORMAES

PRODUOLIBERAO DE ESTOQUE MOVIMENTO DE TTULOS

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

LIBERAO DE CRDITO

.ATURAMENTO

DUPLICATAS RECEBER

BANCO

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADOTE.

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

O material entra rachando no estoque. Vem a requisio, por trs, rouba a mercadoria, coloca no cho de fbrica. Vem o MRP II. Entra na jogada. o Manufactoring Resources Planning. .az a carga de mquina. Aloca os recursos. Minuto a minuto, operao a operao. Ningum fica parado. todo mundo se mexendo. A produo rola macia. Vai entrando no estoque de produto acabado. Tem at coletor eletrnico, controlando o processo.

A Internet e a Evoluo do ERP

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.OLLOW-UP

.ORNECEDOR

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

ATIVO .IXOLANAMENTOS

LANAMENTOS AUTOMTICOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

PREVISO DE VENDAS

CUSTOS REQUISIES

PONTO ELETRNICO

LANAMENTOS

ESTATSTICA

CHO DE .BRICA MRP II

MANUTENO INDUSTRIAL

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

PCP

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

CUSTOS INDIRETOS

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO CLIENTES CONSULTA BANCO DE IN.ORMAES

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOS

RAZO BALANCETE DIRIO

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

LIBERAO DE CRDITO

LIBERAO DE ESTOQUE

.ATURAMENTO

DUPLICATAS RECEBER

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

TE.

PONTO ELETRNICO

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

E tudo sai valorizado e contabilizado pelos custos standard e real. A depreciao calculada pelo Ativo .ixo; a mo-de-obra, pela .olha de Pagamento e pelo Ponto Eletrnico. At os custos indiretos so rateados pela contabilidade.

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MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

PREVISO DE VENDAS

CUSTOS REQUISIES

PONTO ELETRNICO

ESTATSTICA

.ATURAMENTOPCP COLETOR ELETRNICO

CHO DE .BRICA MRP II

PRODUO

DUPLICATAS RECEBERCUSTOS INDIRETOS SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOS

MANUTENO INDUSTRIAL

.OLHA DE PAGAMENTO

CONTABILIDADE

MOVIMENTO DE TTULOSRAZO BALANCETE DIRIO

BANCO

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO CLIENTES CONSULTA BANCO DE IN.ORMAES

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTA

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

LIBERAO DE CRDITO

LIBERAO DE ESTOQUE

.ATURAMENTO

DUPLICATAS RECEBER

MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

TE.

Volta, agora, o faturamento. Ele tem o produto, prepara, emite a nota fiscal e manda a mercadoria para o cliente. A logstica tambm d a sua mozinha. A duplicata vai para o Contas a Receber, que passa o ttulo para o banco via CNAB. Ningum pe a mo na bufunfa, o banco recebe, quita o ttulo, faz o depsito e devolve a informao para o sistema.

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MOVIMENTO DE TTULOS

BANCO

PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

LANAMENTOS AUTOMTICOS

COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

ORDENS DE PRODUO

ESTOQUE MP/MC

ORAMENTO

SIMULAO PREO DE VENDA

CONTAS A PAGARPONTO ELETRNICO

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

PREVISO DE VENDAS

CUSTOS REQUISIES

ESTATSTICA

CHO DE .BRICA MRP II

MANUTENO INDUSTRIAL

.OLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE

SIMULAO .INANCEIRA

SOLICITAO DE COMPRASPCP CLIENTES CONSULTA BANCO DE IN.ORMAES

COLETOR ELETRNICO

PRODUO

CUSTOS INDIRETOS

.LUXO DE CAIXARAZO BALANCETE DIRIO

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO

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LIBERAO DE ESTOQUE

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MOVIMENTO DE TTULOS

ORAMENTOBANCO

TE.

E vai enchendo a bola do caixa! dinheiro que no acaba mais, mas vem o contas a pagar e estraga a festa. Choca-se com o contas a receber e emite o fluxo de caixa. T sobrando, t faltando. feita a simulao. Paga, recebe, quita,aplica, financia e resgata. Compara o real com o oramento e durma-se tranqilo com um controle destes. Mas o financeiro no pra. Manda os lanamentos para a contabilidade que recebe-os livre e avana sozinha pela direita. No tem ningum na marcao! Passa pelo razo, passa pelo balancete, d um drible no dirio e um chapu no fiscal. Centra. Na rea. A bola vai na cabea do Sigaeis - Executive Information System. Vem o Data Warehouse, faz tabelinha com o Workflow, pega os resultados , consolida, sintetiza, analisa e entrega de bandeja para os diretores. Eles recebem, se reunem, decidem, analisam ... t sentindo o cheiro do gol, chutou ........gooooool. A torcida explode de emoo, mas....o que houve??

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PEDIDO DE COMPRA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS CONTAS A PAGAR

ATIVO .IXO

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COTAO IMPORTAES SISCOMEX SOLICITAO DE COMPRAS LIVROS .ISCAIS

CONTROLE DE QUALIDADE .LUXO DE CAIXA

SIMULAO .INANCEIRA

LANAMENTOS

MRP I

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ESTOQUE MP/MC

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SIMULAO PREO DE VENDA

CONTRATO DE .ORNECIMENTO

ESTOQUE DE PRODUTO ACABADOPREVISO DE VENDAS ESTATSTICA

.ATURAMENTO CMV + MARGEM BRUTAREQUISIES CHO DE .BRICA MRP II MANUTENO INDUSTRIAL

CUSTOS

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.OLHA DE PAGAMENTO

SIGAEIS DATAWAREHOUSE WORK.LOW RESULTADOSCONTABILIDADE

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CUSTOS INDIRETOS

CONTABILIDADE

BANCO

TE.

.ATURAMENTO

MOVIMENTO DE TTULOS

No, no foi gol, o juiz anulou. Ele deu lucro, muito lucro para as empresas que usam a soluo ERP. E olha l o placar no Morumbi: Receitas 10 x Despesas 0. 100% de aproveitamento. (.im da radiao) Este cenrio sem dvida o sonho de todo administrador de empresas que hoje sofre o impacto de novas tecnologias, principalmente as originrias da Internet que revolucionam todo o processo, tornando-o cada vez ainda mais eficiente, rpido, econmico e indispensvel.

Como a Internet se Integra s Solues de ERPA Internet faz com que o ERP ultrapasse, em termos sistmicos, as fronteiras da empresa integrando-a cada vez mais com seus clientes, com o mercado, com seus fornecedores, com o governo, com os

A Internet e a Evoluo do ERP

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bancos e at com seus funcionrios. A Internet transformou o mundo em uma imensa rede em que todos tm acesso a todas as informaes de todas as empresas ligadas rede. Tudo respeitando, claro, os dados sigilosos e dentro de um esquema de segurana que no traga prejuzos a ningum. A palavra de ordem a conectividade. De sua mesa de trabalho voc se comunica, negocia, compra, vende e se informa. No importa aonde esteja seu interlocutor, em seu bairro, em sua cidade, do outro lado do pas ou do mundo. Explorando estes recursos, algumas novas aplicaes de ERP ganharam fora: CRM, Call Center, e-commerce, Supply Chain e apoio logstico.

CRM Customer Relationship ManagementSe antigamente, nos tempos das velhas lojinhas e armazns de esquina, podia se dizer que o dono do estabelecimento comercial conhecia profundamente cada um de seus fregueses, suas necessidades, seus desejos e sua capacidade financeira, e dava a cada um atendimento especial, o mesmo no se pode dizer dos tempos atuais, em que as grandes redes de magazines tratam nos friamente como um simples cliente a mais, na verdade um cdigo cadastrado e ativo em suas vastas bases de dados. Com os novos recursos o CRM veio para mudar esta situao, mesmo porque aquele cliente que antes no era to exigente passou, agora, a ser mais cortejado e assediado por fortes esquemas mercadolgicos, esquemas estes baseados exatamente nos prprios recursos da informtica. O CRM restaura o atendimento one-to-one, onde aquelas necessidades, desejos e capacidade financeira passam a fazer parte, de forma organizada e rapidamente acessvel, daquelas mesmas bases de dados que agora se propem a ter mais informaes que no apenas o valor faturado e a data da ltima compra. Um exemplo tpico de CRM est presente em algumas redes de supermercados. Disponibilizando um simples carto, que tambm facilita o processo de pagamento dos clientes, tem ele na verdade a finalidade de permitir o armazenamento de todas as compras de cada cliente, em quantidade, cdigo, data e valor de cada produto adquirido. Assim, em uma prxima promoo, o marketing ser

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muito mais dirigido e eficiente pois ser feito com base nestas informaes. A venda no se resume simples digitao do pedido e conseqente emisso da nota fiscal e da duplicata. Envolve o telemarketing, a pr-venda, o suporte ps-venda, a assistncia tcnica, o histrico das ltimas compras, o controle das pendncias enfim, o direcionamento e atendimento personalizado do cliente.

Call CenterPara realizar parte destas tarefas utiliza-se o CTI Computer Telephone Interface que disponibiliza a rede de telefones como terminais de redes de computadores. O Call Center, que utiliza esta tecnologia, alem de direcionar chamadas telefnicas, acessa as bases de dados de sistemas ERP. Assim por exemplo, um cliente pode telefonar e questionar sobre a disponibilidade de um item, a situao de suas contas ou a efetiva data de entrega de um pedido pendente. Utilizando o teclado do telefone como meio de entrada, e tendo por trs um programa que o dirige atravs de uma gravao pr-formatada, o sistema acessa, depois de receber os cdigos devidos, as informaes no banco de dados. Concluda a pesquisa, monta a frase resposta, composta de uma seqncia de palavras previamente gravadas. A URA, Unidade de Resposta Audvel, que funciona semelhana de uma rotina de edio por extenso, monta o texto sonoro que editado pela linha telefnica. Assim, aqui vo alguns exemplos: Seu pedido nmero 123456 ser entregue no prximo dia 10 de junho de 2004. O produto 654321, sulfato de sdio, est com disponibilidade de 100 kilos para entrega imediata. Seu saldo devedor de 5 mil reais, referentes s duplicatas nmeros 1234 e 2345, com vencimento para os dias 12 de maio e 20 de maio.

O Call Center permite este atendimento, bastante personalizado, sem que para tal haja necessidade de um atendente presencial e o servio pode ser disponibilizado 24x7, ou seja, 24 horas do dia, 7 dias da semana. claro que hoje muito mais comum o funcionamento do Call Center ainda com a interveno de um

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atendente. Mas mesmo nestes casos ele j conta com forte apoio do sistema em seu trabalho de suporte s vendas por telefone.

e-commerce e Supply Chain Management (SCM)O comrcio eletrnico teve seu incio, na verdade, j h mais de uma dcada. Seja pela troca de documentos, via telex ou fax, seja mais recentemente atravs de empresas de EDI Eletronic Data Interchange , onde empresas de comunicaes viabilizam a compatibilidade entre registros transmitidos pela rede. A prpria venda postal, via catlogos, ou os programas de shopping que proliferam nas emissoras de televiso so um prenncio de que este tipo de comrcio no-presencial ou distncia funciona. Uma primeira forma mais avanada de comrcio eletrnico surgiu com as montadoras de veculos e as redes de supermercados, que exaustivamente planejam e replanejam suas encomendas que so colocadas em suas vastas redes de fornecedores, acessando diretamente suas bases de dados. natural que a prtica do comrcio eletrnico mais fcil no caso de compras sistemticas, onde existe um contrato de fornecimento que estabelece as condies bsicas de compra e venda; nos casos de commodities com produtos de mesma origem e qualidade como petrleo e energia e ainda na aquisio de materiais de consumo e preos assemelhados. O comrcio eletrnico envolve no somente a venda em si, como tambm o marketing, a logstica de entrega, o pagamento, o suporte ps-vendas e assistncia tcnica e principalmente a integrao com as solues ERP das empresas envolvidas. Oferta para um mercado mais amplo, reduo no ciclo de vendas do produto ( a Heineken conseguiu reduzir este ciclo de 3 meses para 4 semanas), reduo de custos, especialmente com a eliminao de estoques e de instalaes tradicionais, facilidade da operao (pode ser feita sem sair de casa, a qualquer momento), velocidade nas comunicaes, so algumas das vantagens bsicas do comrcio eletrnico. No que tange s mudanas que o comrcio eletrnico proporciona nas transaes de compra e venda, podemos destacar:

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Preos dinmicos, administrados pelo prprio sistema, onde por exemplos produtos perecveis, como alimentos, ou que se exaurem como tickets de viagem e de eventos esportivos e artsticos ou ainda dirias de hotel vo se alterando medida que se aproxima a data fatal. Produtos passveis de reproduo e distribuio digital como CDs musicais, softwares, livros, revistas e jornais, games, filmes, cursos apresentados nos sites de educao a distncia, produtos financeiros como a compra e resgate de ttulos, servios bancrios e outros mais tero uma forte reduo em seus preos em funo da eliminao de uma srie de custos existentes no processo tradicional. Isto fora a questo da tributao, atualmente sendo bastante discutida pelas autoridades. A possibilidade de uma abrangente anlise de preos, processo denominado shopbots e feitos por exemplo pelo Miner, um programa brasileiro que pesquisa preos em todos os sites que oferecem o produto solicitado, faz com que haja uma tendncia de convergncia de valores, pois um preo fora do padro praticamente retira o produto do mercado. Para garantir ao menos parte da fidelidade, programas de milhagem oferecem cada vez mais vantagens queles que compram sempre da mesma fonte. O leilo eletrnico, nas suas variadas formas, tem sido tambm um mecanismo bastante utilizado em determinados sites da Internet. Assim a eBay, pioneira de leiles, tem hoje 2,4 milhes de itens, em 1627 categorias e uma comunidade de usurios de 3,8 milhes de pessoas. E no so apenas quadros, jias, obras raras ou outros produtos com preos incertos que l so encontrados. A eBay criou tambm um sistema de pontuao entre os maiores vendedores do site, baseado nas experincias dos compradores, com o objetivo de reduzir fraudes ou negcios com conseqncias negativas. No Brasil temos o TemdeTudo e Mercado Livre, entre outros. .unciona tanto no B2B, Business to Business como no B2C, Business to Consumer (Amazon, Dell), como no C2C, Consumer to Consumer. Alguns sites oferecem produtos tradicionais, mas cujos preos flutuam de acordo com a oferta e a procura, ao estilo de um leilo contnuo. o mesmo esprito da Bolsa de Valores, onde os preos de aes sobem e descem medida que compradores e vendedores fecham seus negcios. O leilo invertido, lanado pela Priceline, funciona de forma inversa

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ao leilo tradicional. O comprador informa o que necessita e os vendedores apresentam o seu preo. O comprador pode inclusive estipular o valor mximo. usado para a compra de passagens areas, carros, dirias de hotel etc. Procurando ganhar no poder de compra, alguns sites esto possibilitando que vrias empresas se unam, mesmo sendo concorrentes, na hora da compra, em especial para a aquisio de materiais de consumo. Assim, os compradores colocam suas necessidades e o site tenta obter o melhor negcio fazendo a pesquisa na prpria rede (e-procurement). De forma semelhante h sites onde se cria uma espcie de feira (emarketplace) , com vrios fornecedores de produtos anlogos que se colocam disposio de quem queira comprar. claro que cada um oferecendo algo a mais para atrair o seu cliente. Atuam no setor siderrgico (e-steel.com), agrobusiness (agrosite.com), construo civil (construservice), alimentcio (mercador.com) e muitos outros. Um dos grandes problemas do comrcio eletrnico ainda o da conectividade de software, ou seja, a possibilidade de se eliminar os intermedirios neste processo. Assim, as antigas empresas de EDI, que antes da Internet proviam o servio de comunicaes, ainda hoje tm sua utilidade, transformando-se em canais eletrnicos, compatibilizando a troca de dados (pedidos, notas fiscais, avisos de pagamento, posies de estoque, etc) entre clientes e fornecedores, mesmo que os sistemas de ambos sejam totalmente incompatveis. A ASSESPRO-SP, Associao das Empresas Brasileiras de TI, Software e Internet, lanou um boletim no qual prope um formato padro para COTAO E PEDIDO DE COMPRAS. A idia que, semelhana do formato CNAB, adotado pelos bancos para a troca de ttulos, todas as solues de ERP, conversem entre si atravs deste formato, dispensando o trabalho do intermedirio. O formato segue o esquema do Register do Windows, ou seja, os campos so numerados, divididos em 4 sees (cotao, item, total e legenda). Os primeiros campos so preenchidos pelo comprador. Os demais pelo fornecedor. COTAO 01 - nmero da cotao do comprador 02 - quantidade de itens 03 - CNPJ/CIC do comprador 04 nome do comprador 05 contato no comprador

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06 telefone do comprador 07 endereo do local de entrega 08 e-mail do comprador 09 nmero da cotao no fornecedor 10 CNPJ do fornecedor 11 nome do fornecedor 12 contato no fornecedor 13 telefone do fornecedor 14 e-mail do fornecedor 15 data de emisso da cotao 16 data da resposta 17 data de validade da cotao ITEM_nnn 41 cdigo do produto no comprador 42 cdigo do produto no fornecedor 43 descrio do produto 44 quantidade solicitada 45 quantidade ofertada 46 unidade de medida 47 preo vista 48 tipo de moeda 49 preo prazo 50 despesas acessrias em valor 51 despesas acessrias em porcentagem 52 porcentagem do ICMS 53 porcentagem do IPI 54 porcentagem do ISS 55 condio de pagamento 56 data de entrega 57 observaes 58 .OB ou CI. TOTAL 71 somatria dos preos vista 72 despesas acessrias em valor 73 despesas acessrias em porcentual LEGENDA Contm, na seqncia, os nomes dos campos Para a efetivao do Pedido so acrescentados os seguintes campos na seo COTAO, campos que se destinam principalmente emisso da nota fiscal. 20 nmero do pedido no comprador 21 cdigo do comprador no fornecedor 22 inscrio estadual

A Internet e a Evoluo do ERP

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23 inscrio municipal 24 a 28 endereo de faturamento 29 a 33 endereo de cobrana A adoo deste formato padro tem o objetivo de dinamizar o comrcio eletrnico. Mas so os estabelecimentos comerciais tradicionais que ainda tero as melhores possibilidades de incrementar suas vendas atravs da rede. No ser fcil para os portais, com a taxa de pedgio ao redor de 3% do valor da venda, conseguir pagar os custos relativamente altos da infra-estrutura. A Amazon.com um exemplo marcante, pois saindo na frente em um mercado favorvel a este tipo de comrcio livros todo mundo compra, a quantidade de ttulos absurdamente grande e o seu transporte pode ser feito via postal conseguiu aproveitar as duas maiores vantagens do comrcio eletrnico: no mantinha estoque prprio e no tinha estabelecimentos fsicos. Hoje, tem seus prprios armazns para garantir a pronta entrega, onde mantm estoques bastante elevados. Muitos outros sites, neste ou noutro setor, como remdios, sucumbiram pois os fabricantes e distribuidores no se arriscaram a supr-los, com receio de destruir a rede fsica, montada s custas de anos de sacrifcio. O portal vertical, fruto das parcerias entre empresas de tecnologia e comerciantes tradicionais, ainda a soluo mais adequada. O Makira um exemplo que segue este modelo. H de se citar tambm que o comrcio eletrnico apresenta suas desvantagens, que devem, de qualquer forma ser consideradas: elimina o prazer social da compra, a interao fsica com o produto, principalmente nas primeiras aquisies, a espera necessria, por vezes demorada ou pelo menos fora do prometido, j que o processo de entrega nunca ser perfeito, o alto custo do transporte para itens pesados e volumosos e o receio quanto segurana, em especial quando o pagamento feito atravs do carto de crdito. Uma soluo interessante que est sendo adotada por algumas empresas consiste em eleger uma rede de lojas tradicional, presente nos mais remotos pontos do pas, que sirva como depsito de entrega dos produtos vendidos na Internet. Assim, o comprador se compromete a retirar o produto em local no muito distante de sua residncia, e em troca, s faz o pagamento no ato da entrega. Desta forma possvel automatizar o processo de compra e venda, seja ele restrito a alguns fornecedores ou aberto a todas as empresas

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fabricantes do produto solicitado. A cotao de compra pode ser de natureza pblica ou restrita. Considera-se de natureza pblica a cotao que pode ser respondida por qualquer fornecedor do produto solicitado, identificado pela NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). Nas cotaes de natureza restrita, os fornecedores so indicados pelo prprio solicitante. Pagamentos eletrnicos acontecem automaticamente: via transferncia bancria ou atravs da emisso de boletos que depois so pagos na prpria Internet, ou ainda pelo carto de crdito. Importadores e exportadores falam diretamente com os despachantes. Apoio Logstico A rea de logstica de fornecimento tem o objetivo de estreitar o relacionamento entre clientes e fornecedores, promovendo uma reduo de custos operacionais e do tempo necessrio para a aquisio de produtos, cuidando principalmente da entrega da mercadoria. Este processo envolve desde a otimizao das cargas dos caminhes e suas rotas at o seu completo rastreamento atravs dos equipamentos GPSs. Com eles possvel detectar-se qualquer fuga de rota do veculo e travar a abertura de suas portas caso sua localizao no esteja dentro dos pontos pr-estabelecidos. Sua situao exata e o contedo sempre so conhecidos, devido transparncia da operao logstica. A tecnologia essencial na administrao da cadeia de abastecimento de hoje. A forma como se gerencia o processo do ponto de produo at a chegada ao local de destino, faz a diferena. O setor de varejo um dos maiores beneficirios das tcnicas melhoradas da cadeia de abastecimento global que pode atender tantas necessidades exclusivas do setor. Estes benefcios incluem prazo confivel para atender a demandas sazonais e promocionais e estabelecimento do preo com frete incluso, rpido e eficiente, propiciando entrega antecipada de mercadorias nas lojas. Sem dvida, com isto fica facilitada a adoo de uma poltica just-in-time em toda a cadeia de distribuio. Para ilustrar um exemplo, imagine um fabricante de roupas de moda que fornece a centenas de clientes no mundo inteiro. A partir do momento que os pedidos so colocados, instalado um sistema de administrao do fornecedor para monitorar o progresso do pedido. Se o prazo no ser atendido, o varejista alertado com antecedncia

A Internet e a Evoluo do ERP

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suficiente para tomar uma ao alternativa. Uma vez recebido o produto acabado, este pode ser expedido do modo mais efetivo, freqentemente em cargas consolidadas. Esta exatamente a flexibilidade que o comprador deseja a princpio. O cenrio alternativo em alguns setores de bens de consumo a tcnica de postponement (retardamento), onde as opes de produtos se mantm flexveis e so completadas o mais tarde possvel na cadeia de suprimentos. Por exemplo, no setor de vesturio, os artigos notingidos podero ser trazidos do extremo oriente, desembarcados na Europa e tingidos localmente, para atender demanda. Da mesma forma, alimentos de determinadas marcas podero ser estocados num local central e depois terem diferentes identificaes de nacionalidade aplicadas para, em seguida, serem distribudos a outros pases. Esta abordagem, onde uma empresa de logstica agrega valor aos produtos entre a colocao do pedido e a entrega final, uma das mudanas no setor. Um dos grandes incentivadores dessa nova forma de relacionamento da cadeia logstica o ECR (Resposta Eficente ao Consumidor). Tratase de uma estratgia em que indstria, distribuidores e supermercados trabalham em conjunto para tornar a cadeia de distribuio mais gil, reduzindo os custos totais do sistema, estoques e bens fsicos, proporcionando maior satisfao e valor ao consumidor. J praticado nos pases desenvolvidos, o CP.R considerado o prximo passo do ECR. Trata-se de um sistema baseado no planejamento colaborativo. No CP.R, os elos da cadeia esto em constante troca de informaes. Analisando em conjunto fatores como picos de venda e perodos de retrao, possvel fazer previses de consumo e, com isso, evitar desperdcios e reduzir custos.

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Captulo 3

.uncionalidades do ERPSumrio do Captulo3.1 3.2 3.3 Integrao; .uncionalidades bsicas; .uncionalidades e integrao de mdulos: - Contabilidade; - Custos; - Compras; - PCP (Planejamento e Controle da Produo); - .aturamento; - Livros .iscais; - .inanceiro; - .olha de Pagamento; - Ativo .ixo; - Verticais.

Objetivos do aprendizado1. Apresentar uma descrio das funcionalidades bsicas de um Sistema de ERP e as funcionalidades especficas de cada um dos mdulos; Apresentar alguns exemplos de mdulos especficos a um setor de atividade do mercado, identificados como VERTICAIS de um ERP.

2.

Palavras-chave- Automao.

.uncionalidades do ERP

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- Integrao Contbil. - PCP (Planejamento e Controle da Produo). - Sistema de Gesto. - Sistema de ERP.

.uncionalidades Bsicas de um Sistema de ERPUm Sistema de ERP (Enterprise Resource Planning) visa a automao dos procedimentos de uma empresa. Abrange o seu planejamento, execuo e controle sob o ponto de vista econmico e financeiro, atravs de uma srie de tcnicas, conhecidas e simples, que realizam esta tarefa de uma forma mais eficiente e rpida do que qualquer outro mtodo de trabalho, fornecendo mobilidade para toda a empresa, independente da sua rea de atuao no mercado. O objetivo mostrar como um Sistema de ERP cumpre esta tarefa atravs de seus mdulos bsicos de Contabilidade, Custos, Compras, PCP, .aturamento, Livros .iscais, .inanceiro, Ativo .ixo e .olha de Pagamento. A integrao entre os mdulos obtida atravs do aproveitamento total dos dados de entrada, onde estas informaes so compartilhadas entre os mdulos correspondentes dentro do sistema. Com isso elimina-se qualquer tipo de redundncia na digitao dos dados, sem diminuir o rigoroso controle administrativo e financeiro. Este compartilhamento de informaes a chave para o sucesso Administrativo, uma vez que o ERP proporciona a atualizao dos dados em tempo real (on-line) e de forma ntegra, formando assim a Base de Conhecimento da Empresa com uma excelente qualidade. A bandeira de um sistema de ERP representada pelo fluxograma mostrado nos captulos 2,4 e 17, onde se v claramente os pontos de integrao entre os vrios departamentos de uma empresa, seja ela de qualquer tipo: industrial, comercial, prestadora de servios ou um conjunto dessas atividades.

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Gesto Empresarial com ERP

Contabilidade importante destacar que a contabilidade exerce um papel fundamental em um Sistema de ERP, pois para l que convergem todos os dados que de alguma forma alteram o patrimnio de uma empresa. Atravs dos lanamentos automticos as contas de estoques, por exemplo, so atualizadas a cada movimentao de material, ou seja, pelo recebimento de compras, requisies, produes e vendas. O custo da mercadoria vendida contabilizado a cada nota emitida, o que permite uma perfeita integrao entre o controle de estoque e a contabilidade. As contas de duplicatas a receber e a pagar devem ser mantidas na contabilidade de forma sinttica, j que o controle detalhado feito no mdulo financeiro gerando lanamentos medida em que os ttulos so movimentados.

.uncionalidades do ERP

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LANAMENTOS AUTOMTICOS.ORNECEDORES ESTOQUES

.ORNECEDORCOMPRAS

DESPESA POR CENTRO DE CUSTO

ESTOQUESREQUISIO

PROCESSOPRODUO

ESTOQUESVENDAS

C.M.V

As contas de despesas devem ser discriminadas por centros de custos para que se faa a devida apropriao nos produtos. Logo, tambm importante um bom critrio de rateios. De qualquer forma, a maior parte dos lanamentos sempre feita de forma automtica, a partir de regras definidas pelo usurio para cada tipo de entrada ou sada de dados, conforme descrito no captulo 17. Os relatrios como dirio, balancete e razo so impressos em formulrios especiais e devem ser encadernados ou armazenados em mdias eletrnicas para ficarem disposio de qualquer consulta futura, principalmente fiscal.

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Podemos concluir que dentro do fluxo ERP, a contabilidade o mdulo que mais recebe dados de outros, j que quase todas as reas geram informaes contbeis.

CustosO mdulo de custos totalmente integrado contabilidade. Este sem dvida um dos grandes problemas das empresas no s devido nossa persistente, embora agora pequena, inflao, como tambm por causa das margens de lucro, cada vez mais restritas em funo da acirrada concorrncia, agora global. O custo de um produto pode ser visto sob diferentes ticas. Uma delas, o custo de reposio ou standard, com base em valores atualizados e quantidades padro de cada componente. Outra pelo custo mdio que atende a todos os requisitos de nossa complexa legislao de imposto de renda. O custo real pode ainda ser calculado em moeda forte, para inibir os efeitos da inflao. Para o clculo do custo de reposio ou standard, este baseado na estrutura do produto e sua implantao permite no somente este clculo como tambm o uso do MRP I e II, as variaes do consumo de matria-prima e eficincia da mo-deobra, a determinao dos preos de vendas e a tomada de deciso sobre o processo de fabricao de determinado item.

CUSTOS REPOSIOVALORES ATUAIS QUANTIDADE PADRO

REAL.INS CONTBEIS IMPOSTO DE RENDA

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Os custos de reposio ou standard de cada matria-prima podem ser atualizados a cada nova compra ou ainda atravs de uma cotao especfica, de modo que a consulta estrutura fornece o custo atualizado. Esta atualizao poder ser visualizada no trmino ou durante a produo, conseguindo assim valorizar o custo do produto em cada etapa produtiva. Com base nestes dados, o sistema pode sugerir o preo de venda levando ainda em considerao outros fatores determinados pela empresa, como por exemplo, lucro desejado, volume de vendas, despesas administrativas e de vendas e a prpria elasticidade do produto no mercado.

CUSTOSESTOQUES

MAT TRIAPRIMA

PROCESSO

PRODUO OP1 OP2 OP3

O clculo do custo real tem incio no recebimento dos materiais, onde determinado o novo custo mdio das matrias-primas que valorizaro as requisies, sejam elas manuais ou automticas. A apropriao destas requisies para as ordens de produo pode ser de forma direta ou indireta, total ou parcial. A direta a mais trabalhosa, pois exige que na prpria requisio se informe o seu

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destino, porm mais exata pois cada ordem de produo recebe apenas o que de fato foi consumido, ao passo que na indireta ou pelo standard o sistema distribui os materiais requisitados de acordo com as quantidades informadas na estrutura do produto, permitindo que a sada do almoxarifado seja feita de forma simplificada e genrica.

A APROPRIAO O DIRETAESTOQUES

INDIRETAESTOQUES

ORDEM DE PRODUO

PROCESSO

PELAS ESTRUTURAS OP1 OP2 OP3

Esquema semelhante usado na apropriao da mo-de-obra e dos gastos gerais de fabricao (GG.), ou seja, ou pelo apontamento das horas ou apropriando-se com base nas estruturas, as quais contm o nmero de horas necessrias para a alocao na produo.

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CUSTOSESTOQUES CONTABILIDADE

MATRIAPRIMA

MO-DE-OBRA

GASTOS GERAIS

PROCESSO

PRODUO

OP1

OP2

OP3

A atualizao dos custos propaga-se por todo o processo de produo chegando at o custo da mercadoria vendida, onde ele pode ser comparado com o standard e definir o lucro da venda.

ComprasComo vimos, custos depende de compras e, esta por sua vez, integrada ao PCP. O objetivo da informatizao do processo de Compras suprir automaticamente o estoque com base em critrios pr-estabelecidos e flexveis o suficiente para atender as bruscas mudanas que ocorrem na previso de vendas. Existem vrios mtodos para definir o que, quando e quanto deve ser comprado de cada tem dentro de um determinado perodo. Se existir a estrutura dos produtos e uma certa previso de vendas recomenda-se o MRP I (Material Requirement Planning ou Planejamento das Necessidades de Materiais). Esta tcnica parte de

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um plano de produo dependente de uma previso de vendas que pode inclusive ser uma carteira de pedidos j encomendados, dos estoques existentes, da carteira atualizada das ordens de produo e da carteira dos pedidos de compras.

SUPRIMENTO MRPPREVISO DE VENDAS OU PLANO DE PRODUO N PEDIDO DE SUPRIMENTO? Demanda NO CASO DE .ALTA SOLICITA A NECESSIDADE TEM ESTOQUE?

O futuro dividido em perodos, que podem ser semanas, meses ou mesmo dias. O MRP I na verdade nada mais do que a projeo dos saldos de estoques. Atravs de uma rotina de exploso, o sistema calcula a necessidade de compras/produo de cada componente intermedirio, cada matria-prima e da mo-de-obra a ser utilizada. J para as empresas que no dispem de uma estrutura de produtos e nem de uma previso de vendas confivel e para os materiais de consumo adota-se o mtodo de ponto de pedido. O sistema calcula inicialmente o consumo de cada item. Isto feito utilizando-se uma frmula estatstica de regresso linear onde a tendncia do passado transformada em uma reta projetando qual ser o consumo no futuro. Baseado na durao dos prazos de entrega e ainda nos estoques de segurana estabelece-se o ponto de pedido,

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tambm chamado de estoque mnimo.

S A L D O N O E S T T O Q U E TEMPO ESTOQUE DE SEGURANA PRAZO DE ENTREGA PONTO DE PEDIDO CONSUMO S U P R I M E N T O

Por outro lado a quantidade a ser comprada, ou seja, o lote econmico definido atravs de um clculo que leva em considerao a disponibilidade financeira da empresa, a classe que o item ocupa na curva ABC e a periodicidade bsica de compras para cada classe. A periodicidade, por sua vez , depende da taxa de juros que incide sobre o capital investido no estoque, do custo de armazenagem e, por outro lado, do custo de cada pedido de compras. Todo o processo de cotao, histrico das ltimas compras, followup, variao nos preos de compras deve ser controlado pelo sistema. Ao chegar a mercadoria, sua recepo monitorada pelo sistema. A digitao da nota atualiza a carteira de pedidos, d a entrada nos estoques, inclui o ttulo em contas a pagar, gera os lanamentos contbeis e dos livros fiscais, alm de conferir a nota no s quanto aos seus clculos mas tambm quanto ao que foi estabelecido nos respectivos pedidos de compras.

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Se o departamento de compras trabalha com ferramentas BI, como o Workflow, os pedidos de compras podero ser liberados de forma automtica. Vejamos um exemplo: Em uma das polticas internas da empresa, determinou-se que apenas o gerente de compras poder autorizar compras acima de R$ 15.000,00. Quando surgir um pedido neste perfil, o sistema identifica este critrio e gera um e-mail com o pedido em questo, envia para a caixa de entrada deste gerente, que o analisa e devolve informando se a compra deve ser feita. Tudo isso de forma automtica.

ATUALIZAES .EITAS PELA NOTA DE RECEBIMENTOSPEDIDO DE COMPRAS NOTA DE RECEBIMENTOS DE MATERIAIS LIVROS .ISCAIS ESTOQUE CONSISTNCIA TOTAL LISTAGEM DAS DIVERGNCIAS CONTAS A PAGAR

CONTABILIDADE

PCP (Planejamento e Controle da Produo)O PCP (Planejamento e Controle da Produo), por sua vez, parte justamente do clculo das necessidades de cada item a ser produzido (MRP I) e emite as respectivas ordens de produo, em conjunto com o roteiro de operaes da carga-mquina (MRP II Manufactoring Resources Planning ou Planejamento dos Recursos da Manufatura). Uma rotina simples porm cheia de dispositivos que atendem toda a dinmica existente em uma fbrica. Mquinas e mais mquinas executando as mais variadas operaes com um calendrio repleto

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de horas extras, fins de semana, feriados, greves, ausncias, variao na produtividade, etc. O roteiro de operao definido para cada componente. Informase para cada operao o recurso que ela utiliza, inclusive os alternativos, a ferramenta, a durao, a descrio, o tamanho do lote padro e o tempo de setup. O cadastramento dos roteiros possibilita inclusive a existncia de calendrios diferenciados. O sistema efetua a alocao dos recursos de forma otimizada programando a fbrica minuto a minuto, operao a operao proporcionando os meios necessrios para que medidas corretivas sejam tomadas no sentido de evitar os to usuais transtornos ocorridos no dia-a-dia de uma manufatura. No mapa de recuo e avanos, por exemplo, o sistema mostra quais mquinas provocaram uma alocao das operaes fora do momento ideal para a produo. A produo informada de tal forma que os dados servem para atualizar os estoques, o prprio programa de carga-mquina e ainda alimentar os custos em nmero de horas reais utilizadas no processo.

CONTROLE DAS OPERAESPRODUO

ESTOQUES

CARGA DE MQUINA

CUSTO DA M0-DE-OBRA

.aturamentoO faturamento uma rea onde normalmente h a necessidade de fortes adaptaes e sem dvida o setor onde sempre existem diferenas entre as empresas. a condio de pagamento, a poltica de reajuste de preos e descontos, o pagamento de comisses, a

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legislao especfica de ICMS e IPI, etc. De qualquer forma, todas as excees apresentadas devem ser incorporadas ao sistema de modo que apenas a nota fiscal precise ser programada de forma especfica. O mdulo de faturamento controla a carteira de pedidos, administra a sua liberao pelo crdito e pelo estoque de forma automtica e emite todos os relatrios necessrios para o setor de vendas, alm de gerar os ttulos a receber, com base na condio de pagamento estipulada no Pedido de Venda. Podemos dizer que dentro do ERP, o .aturamento gera atualizaes aps a emisso da Nota .iscal: A baixa no estoque, a contabilizao, a escriturao dos dados ficais, a atualizao financeira, a baixa a carteira de clientes e gera as informaes necessrias para um bom controle dentro do CRM.

.ATURAMENTOPEDIDO DE VENDAS

LIBERAO AUTOMTICA DE CRDITO/ESTOQUE

NOTA .ISCAL

DUPLICATAS

ESTATSTICA

LIVROS .ISCAIS

BAIXA NO ESTOQUE

Livros .iscaisO mdulo fiscal existe para que se cumpra nossa complexa legislao e ele que se encarrega da emisso do registro de entradas modelo 1, do registro de sadas modelo 2, do registro e apurao do ICMS e IPI modelos 8 e 9, do registro de inventrio modelo 7, do registro de

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controle de estoque e da produo modelo 3, do registro de detalhamento das operaes e a da declarao de IPI.

.inanceiroNo mdulo financeiro grande parte das informaes so geradas em outros mdulos como, por exemplo, os ttulos a pagar gerados em compras, os ttulos a receber gerados no faturamento, dados da folha de pagamento, impostos, aluguis, emprstimos alm de outros ttulos informados com o objetivo de manter o fluxo de caixa o mais prximo possvel da realidade.

.INANCEIRO

RECEBIMENTO DE MATERIAIS

OUTROS TTULOS

.ATURAMENTO

CONTAS A PAGAR

CONTAS A RECEBER

.LUXO DE CAIXA

Outros procedimentos como transmisso eletrnica dos ttulos para bancos, a emisso automtica dos cheques, a gerao de borders, a baixa automtica de ttulos na data do vencimento, a administrao dos ttulos com vencimentos nos fins de semana possibilitam que a tesouraria se preocupe apenas com a estratgia a ser adotada para os recursos financeiros. Para a anlise de crdito existem as consultas a clientes que mostram suas compras, como pagou e outros dados importantes.

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.olha de PagamentoO mdulo de folha de pagamento automatiza boa parte dos servios do departamento de pessoal. Tudo se inicia com o cadastramento de funcionrios. Um verdadeiro arsenal de dados sobre a pessoa recm admitida. Com base neles feito o pagamento do salrio, bem como informaes para RAIS, .rias, .GTS, Imposto de Renda, etc. No mdulo de folha de pagamento so digitados os valores fixos e variveis e para mudar o clculo de um provento ou um desconto basta alterar a respectiva frmula. Os clculos levam em considerao todas as hipteses previstas na consolidao da leis do trabalho. A prpria folha, a relao de vencimentos e descontos, o .GTS, o recibo de frias e a proviso de frias e 13o. salrio, a relao de admitidos e demitidos, as guias de recolhimentos e encargos so apenas alguns exemplos dos relatrios emitidos neste mdulo. O mdulo de folha de pagamento conta com uma funo especfica para controlar a entrada e sada dos funcionrios. o Controle do Ponto que visa eliminar o trabalho de digitao destes dados. O tradicional carto de ponto substitudo por um carto magntico que a cada entrada e sada do funcionrio passado em um relgio apropriado, acoplado ao sistema. Outra vez entra o Workflow com controles automticos. Este poder ser utlizado no controle de atrasos dos funcionrios. Para isso basta criar regras de controle entre o Workflow e o ponto eletrnico. Um exemplo desta situao pode ser determinado pela rea de RH que no admite atraso alm de 15 minutos, e caso isso ocorra por mais de trs vezes o superior imediato do funcionrio dever ter conhecimento. Um determinado funcionrio chega na empresa as 08:17, o sistema registra um atraso de 2 minutos, aps cinco dias o mesmo funcionrio chega as 08:20, mais um atraso registrado e por fim ele chega aps vinte dias as 08:33. O sistema reconhece o terceiro atraso e com esta informao o Workflow envia ao superior um e-mail com as datas e horrios de atrasos. Um aspecto bastante relevante a possibilidade de trabalhar com vrias escalas de horrios, alm do clculo das horas extras, descontos, abonos de faltas, atrasos e sadas antecipadas.

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Ativo .ixoO Ativo .ixo o mdulo que administra os bens da empresa que constituem, na realidade, grande parte do capital nela investido. Tambm neste mdulo, o nico trabalho de digitao feito quando da aquisio dos bens. Todos os dados so includos no ato do cadastramento do bem e servem de base para o clculo e contabilizao mensal das depreciaes. Propicia tambem o efetivo controle e fiscalizao de todo o patrimnio da empresa.

ERP VerticalAlm dos mdulos bsicos descritos, uma soluo ERP visa na realidade automatizar todos os processos de uma empresa, seja ela comercial, industrial, de servios ou distribuio. No importa o ramo de atividade. Convencionou-se chamar de VERTICAIS os mdulos que so especificos a um setor de atividade. claro que inerente a integrao entre os mdulos bsicos e os verticais. Entre eles destacam-se os seguintes:

Automao ComercialDentro de um comrcio podemos dizer que temos algumas reas a serem automatizadas: Gerncia de Vendas, .inanas e Estoques. Esta automao proporciona uma agilidade muito grande quando utilizado um ERP focado para a rea. Este sistema torna o atendimento mais gil e com um controle maior, atravs de um atendimento balco ou mesmo uma venda mais complexa, como um financiamento. As finanas so atualizadas a todo o momento, basta ter uma sada ou entrada de mercadoria, deixando assim o estoque totalmente atualizado, evitando a falta de mercadorias nas prateleiras. Pagamentos em cheque, inclusive os pr-datados, cartes de crdito, comisses, estoques, clculo do ICMS e a emisso do Cupom .iscal so controlados neste mdulo. A qualquer momento tem-se o volume de vendas por vendedor e produto, a posio dos estoques inclusive das outras lojas acopladas rede e estatstica dos produtos mais vendidos possibilitando assim o uso deste mdulo para grandes redes de lojas varejistas ou atacadistas bem como para o pequeno comerciante. Podemos dizer que uma automao comercial completa necessita

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de vrios equipamentos perifricos interagindo com o sistema, tais como: leitor de cdigo de barras, balanas eletrnicas, gaveta do caixa e o EC. (emissor de cupom fiscal). A partir de 2001 o govrno tornou obrigatrio o uso do EC. Emissor de Cupom .iscal, que exatamente o conjunto formado pela impressora, o microcomputador e o software de automao comercial. O objetivo acabar com a sonegao e para tanto a impressora, que lacrada, tem um dispositivo que grava em sua memria o contedo de todas as notas emitidas, qual somente a fiscalizao tem acesso. O software precisa ser homologado e em alguns estados o desenvolvedor co-responsvel por fraudes detectadas. O prprio cupom do carto de crdito tambm precisa ser impresso no EC.. Existem automaes mais simples, onde se busca a informatizao apenas da frente da loja, ou seja, apenas os caixas. O objetivo o controle total das vendas.

Sistemas de Apoio LogsticoEm se tratando de armazenagem de produtos, possvel que haja a necessidade de uma administrao que possibilite o controle e a manuteno dos respectivos produtos em lotes. Neste sentido, o WMS (Warehouse Management System) um sistema informatizado que auxilia no efetivo controle dos produtos, possibilitando sua alocao automtica bem como o controle de entradas/sadas, a otimizao da localizao do estoque, a melhor alocao de recursos humanos e fsicos, a identificao da prioridade de carga e descarga de produtos, o gerenciamento do ptio, etc. Para uma melhor administrao dos recebimentos de mercadorias, o WMS faz uso da tecnologia da informao para a obteno dos avisos de recebimento de carga, possibilitando o cumprimento de todos os requisitos necessrios antecipadamente para que no hajam os eventuais transtornos decorrentes da falta de planejamento. Por outro lado, o TMS (Transportation Management System), um Sistema de Gerenciamento de Transporte, tem por objetivo oferecer subsdios atravs do uso da tecnologia da informao, para proporcionar o perfeito planejamento, administrao e controle da movimentao de cargas, incluindo a frota de veculos. Abrange no s a gerao de conhecimentos, viagens e faturas conforme

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contrato do cliente como tambm o controle de pendncias de sinistros, de indenizaes e servios tanto regionais como nacionais e at mesmo internacionais. Com o uso da tecnologia da informao, possvel uma perfeita integrao com os sistemas de rastreamento de veculos alm da integrao com os clientes, postos fiscais e filiais. Outro aspecto relevante, em se tratando de integrao, a manuteno dos prprios ativos envolvendo a frota de veculos e caminhes utilizados. Com uma tabela de frete configurvel, a utilizao de tarifao para frete e com os demais recursos cadastrados no sistema possvel a obteno dos custos por veculo, frota, viagem englobando inclusive o tratamento de impostos entre outras consultas e relatrios disponveis no sistema.

Gerenciamento de ProjetosO PMS (Project Management System) possibilita o planejamento e a execuo de projetos incluindo o controle de oramentos. Entre suas diversas funcionalidades, o PMS possibilita, atravs da alocao dos recursos, o controle das fases do projeto e o acompanhamento do progresso fsico e financeiro. ndices de desempenho, fluxo de caixa do projeto, quadros quantitativos demonstrando o previsto x realizado so alguns exemplos de informaes que podem ser facilmente obtidas com o uso de um Sistema de Gerenciamento de Projetos, incluindo uma perfeita integrao com o MS-Project e um conjunto de consultas e relatrios que permitem uma abrangente anlise da evoluo e andamento do projeto.

Gesto da QualidadeA Gesto da Qualidade pode ser auxiliada atravs de um conjunto de mdulos pertencentes famlia quality para tratar dos aspectos da qualidade em particular. Entre eles destacam-se a Auditoria, o Controle de Documentos, a Inspeo de Entradas, a Inspeo de Processos, a Metrologia, o Controle de No-Conformidades e o Processo de Aprovao e Planejamento Avanado da Qualidade (PPAP/APQP). A Auditoria engloba tanto os aspectos internos da empresa (sistemas, produtos e processos) bem como as relaes externas com

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fornecedores e clientes. O mdulo de auditoria proporciona um melhor planejamento, controle e acompanhamento atravs do cadastro dos tpicos e itens a serem auditados, do cadastro de unidades, do cadastro de associados e atravs do controle de itens a serem reauditados. A implantao do sistema de auditoria possibilita o cronograma, o agendamento e um check-list de auditorias alm da obteno de um relatrio completo para atender os itens 4.17 do padro ISO 9000 e o item 8.2.2 do padro ISO 9001 (2000). Para auxiliar no atendimento do item 4.2.32 do padro de qualidade ISO 9001 (2000), o mdulo de controle de documentos proporciona a efetiva catalogao, acompanhamento e distribuio dos documentos da qualidade. Este controle envolve a numerao de documentos, cpias por documento e a manuteno de referncias e palavras-chaves alm da distribuio de senhas para a restrio de acesso por usurio, mdulo/funes/relatrios. A Inspeo de Entradas um mdulo que oferece um conjunto de funcionalidades para atender os itens 1, 2, 6, 7, 8, 10, 12, 13, 14, 15, 16 e 20 do padro ISO 9000 e os itens 4, 5.1, 7.4, 7.5 e 8 do padro ISO 9001 (2000). Estas funcionalidades envolvem desde o registro e o controle das entregas de materiais por fornecedor, ensaios calculados por frmulas, ensaios realizados por laboratrios at a gerao de laudos automticos para cada lote recebido e conseqente emisso e controle das notificaes de no-conformidade (NNC) e emisso e controle dos planos de inspeo. A Inspeo de Processos em conjunto com o mdulo de Inspeo de Entradas preponderante para a manuteno da rastreabilidade dos produtos. A inspeo de processos um mdulo que visa o atendimento dos itens 1, 2, 8, 9, 10, 12, 13, 14 e 16 do padro ISO 9000 e dos itens 4, 5.1, 6.4, 7.4, 7.5 e 8 do padro ISO 9001 (2000) atravs da manuteno de um plano de inspeo por produto, por setor de controle e um plano de amostragem especfica. Atravs do cadastro de instrumentos, escalas, padres e ainda com a coleta de dados de calibraes externas, o mdulo de metrologia efetua os clculos para a confirmao no aspecto da exatido, adequao e aceitabilidade, alm do clculo completo das incertezas, permitindo a gerao de relatrios ou consultas que possibilitam a visualizao do plano, a ficha, o certificado e o resumo das calibraes.

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Outro aspecto bastante relevante no mdulo de Metrologia a rastreabilidade dos instrumentos x padres e a possibilidade dos clculos de tolerncia em termos percentuais. O mdulo de Metrologia mantm integrao no s com os mdulos de recebimento e controle de processos mas tambm com os instrumentos Mitutoyo e Sylvac. Em se tratando da norma ISO 9001 (2000), o mdulo de metrologia atende o item 7.6 e incorpora, ainda, um conversor de unidades de medidas. Para atender a norma ISO 9001 (2000) nos itens 8.3 e 8.5.2/8.5.3, o mdulo de no-conformidades permite o registro das ocorrncias e o registro dos planos de aes tanto corretivas como preventivas. Possibilita a utilizao do mtodo dos 8 passos alm de um .ollowup estatstico das no-conformidades, das aes corretivas e dos controles de pendncias por usurio. O mdulo de noconformidades se integra com os mdulos de recebimento, processos, field service, auditorias, metrologia e a manuteno de ativos. O Processo de Aprovao e Planejamento Avanado da Qualidade (PPAP/APQP) conta com o auxlio de um mdulo que oferece uma srie de funcionalidades para atender a norma QS 9000. Estudo de R & R, estudo de capabilidade, ensaio dimensional, ensaio material, ensaio de desempenho e aprovao de aparncia so alguns exemplos destas funcionalidades. Permite a anlise de modo e efeito de falha potencial alm da gerao de sumrio e aprovao APQP. Uma outra facilidade incorporada a este mdulo a gerao de diagrama de fluxo dos dados.

Gesto EducacionalO Mdulo de Gesto Educacional oferece uma srie de funcionalidades abordando aspectos quanto: Ao Processo Seletivo; Matrcula; Aos Requerimentos; Ao Curso Vigente;

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Ao Professor; Ao .inanceiro/Teso