Teoria e Metodologia Da História II

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Teoria e Metodologia da História II Marcelo Nogueira Rodrigues Resumo REIS, José Carlos. Escola dos Annales: A Inovação em História. São Paulo: Paz e Terra, 2000, p 37 – 63. O texto tem como finalidade nos apresentar a trajetória por qual passou a História a partir do surgimento das Ciências Sociais, assim como da Escola dos Annales, nos apresentando suas finalidades, seus idealizadores, fundadores e correntes de pensamentos que as influenciaram. Durante o século XIX, as três correntes de pensamento de maior destaque na época tentaram, da sua maneira, eliminar a filosofia da história, buscando, a partir disso, torna-la mais empírica, fugindo das incertezas provocadas pelo teor filosófico e deixando-a mais exata, científica. Com as ciências sociais no início do século XX, o homem deixou de ser considerado pelo pensamento como sujeito e tornou-se objeto. Foucalt acreditava que, como tratava-se de um novo objeto de estudo – em relação aos das demais áreas – era preciso criar uma nova “vertente” de estudo, nascendo assim as Ciências Humanas. Ela não se encaixa especificamente em nenhuma área de estudo, o que a possibilita fazer uso dos métodos de cada uma para obter seus resultados.

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Teoria e Metodologia, Annales

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Teoria e Metodologia da Histria IIMarcelo Nogueira RodriguesResumo

REIS, Jos Carlos. Escola dos Annales: A Inovao em Histria. So Paulo: Paz e Terra, 2000, p 37 63.

O texto tem como finalidade nos apresentar a trajetria por qual passou a Histria a partir do surgimento das Cincias Sociais, assim como da Escola dos Annales, nos apresentando suas finalidades, seus idealizadores, fundadores e correntes de pensamentos que as influenciaram.Durante o sculo XIX, as trs correntes de pensamento de maior destaque na poca tentaram, da sua maneira, eliminar a filosofia da histria, buscando, a partir disso, torna-la mais emprica, fugindo das incertezas provocadas pelo teor filosfico e deixando-a mais exata, cientfica.Com as cincias sociais no incio do sculo XX, o homem deixou de ser considerado pelo pensamento como sujeito e tornou-se objeto. Foucalt acreditava que, como tratava-se de um novo objeto de estudo em relao aos das demais reas era preciso criar uma nova vertente de estudo, nascendo assim as Cincias Humanas. Ela no se encaixa especificamente em nenhuma rea de estudo, o que a possibilita fazer uso dos mtodos de cada uma para obter seus resultados.Weber estava preocupado com a questo da objetividade e subjetividade. Tentou distinguiu a ao social do comportamento social, observando que a ao social deve ser entendida atravs de como os indivduos subjetivamente se relacionam entre si. Para entender isso, fundamental fazer uma anlise da realidade a partir de tipos ideais. Durkheim sugeria a utilizao dos mtodos para buscar a cientifizao dos estudos feitos da sociedade, como a neutralidade em relao ao objeto estudado. Mesmo com todas essas tentativas de inibir a filosofiada histria e torna-la cientfica, os historiadores na Frana mantiveram-se fortemente ligados ao positivismo, o que possibilitou a permanncia da filosofia em suas teorias.Simiand era um socilogo que criticava a metodologia histrica hoje conceituada como positivista em que se acreditava que o essencial na histria seria estabelecer os fatos. Ele acreditava que seria possvel uma unidade metodolgica para todas as cincias sociais, incluindo a Histria. Porm, a interdisciplinaridade que defendia, era concebida a partir da existncia de um modelo unificado que serviria para todas as reas do conhecimento humano.H.Berr foi o criador de uma revista que considerada por muitos como sendo o incio da Escola dos Annales. Tinha como finalidade tentar transformar a Histria em uma cincia mais exata, analtica e com resultados mais precisos. Mas s na Frana, durante o incio do sculo XX, quando houve um grande surgimento de escolas geogrficas, o conceito de nova histria comeou a ser posto em prtica pelas mos de Vidal de La Blache, que lanou uma revista que j abordava a Geografia a partir de um ponto do vista proposto pelos idealizadores dos Annales.