Teorias curriculo

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TEORIAS DE CURRÍCULO

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TEORIAS DE

CURRÍCULO

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CURRÍCULO:

Pra além de si mesmo, é a expressão de uma concepção de

mundo, de homem, e de sociedade

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Teorias tradicionais de currículo Bobbit – 1918: 0 currículo: escolarização da massas Princípios da administração científica: Taylorismo aplicado à escolaprincípios da administração, da racionalidade técnica. Cienficismo e padronização nos processos pedagógicos.

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Teorias tradicionais de currículo Tyler (1949)– preocupação com organização e desenvolvimento do currículo

Objetivos educacionais

tecnocratismo - escola como via de adaptação aos preceitos mercadológicos – base no controle de resultados e na explicitação de objetivos com base na formação para a base mercantil.

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TEORIAS CRÍTICAS – principais fundamentos

Materialismo Histórico Dialético - crítica da organização social pautada na propriedade privada dos meios de produção. (Fundamentos em Marx e Gramsci)

Crítica à escola como reprodutora da hegemonia dominante e das desigualdades sociais. (Michael Apple)

Crítica aos processos de convencimento, adaptação e repressão da hegemonia dominante

Contraposição ao empiricismo e ao pragmatismo das teorias tradicionais

crítica à razão iluminista e racionalidade técnica

Busca da ruptura do status quo

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TEORIAS CRÍTICAS- principais fundamentos

Escola francesa: teoria da reprodução cultural - “capital cultural”. O currículo da escola está baseado na cultura dominante, na linguagem dominante, transmitido através do código cultural (Bourdieu e Passeron)

Escola de Frankfurt – crítica à racionalidade técnica da escola “pedagogia da possibilidade”- da resistência: Currículo como emancipação e libertação (Giroux e Freire)

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TEORIAS CRÍTICAS: O currículo oculto

Crítica à reprodução não expressa no currículo oficial, mas manifestada pelas

relações sociais na e da escola (currículo oculto)

Bowles e Gintis : as relações sociais na escola mais que o conteúdo eram

responsáveis pela socialização necessárias para boa adaptação às

exigências do trabaho capitalista

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TEORIAS CRÍTICAS NA FORMULAÇÃO DAS TENDÊNCIAS

PEDAGÓGICASConcepção Dialética de educação sistematizada na Pedagogia Histórico-Crítica em 1980.

Educação como via de emancipação humana e transformação das bases sociais.

Currículo como conjunto das atividades nucleares da escola – recuperação da especificidade da função social da escola e do papel do conteúdo historicamente sistematizado e construído pelo conjunto da humanidade.

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TEORIAS PÓS CRÍTICAS

FUNDAMENTADAS NO PÓS ESTRUTURALISMO –

Multiculturalismo : movimento ambíguo de adaptação e resistência

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NO CONTEXTO DA PÓS MODERNIDADE

Idéia de “mudança de paradigmas”Crítica aos padrões considerados “rígidos” da

modernidade – rompimento à lógica, positivista, tecnocrática e racionalista.

Fim das metanarrativas

Tentativa de dar voz aos subalternos excluídos de uma sistema totalizante e

padronizado.

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PÓS MODERNIDADE

Superação das verdades absolutas Primazia do discurso sobre a realidade

explicada em sua concretude. Currículo multiculturalista.

( Foucault, Derrida, Lyotard, Deleuze, Cheryholmes )

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CONTEXTO DA PÓS MODERNIDADE

Busca de superação da visão de mundo positivista, tecnocrática e racionalista de conhecimentos padronizados e verdades,

A vida cultural é vista sob a pós-modernidade “como uma série de textos em intersecção com outros textos, produzindo mais textos [...]

O impulso destrucionista é procurar dentro de um texto por outro, dissolver um texto em outro ou embutir um texto em outro”. Harvey

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TEORIAS PÓS-CRÍTICAS

(Nos fundamentos do PÓS ESTRUTURALISMO:

O significado não é centrado ou fixo por que está preso num jogo de referências ou de palavras. Os significados estão dispersos indo da palavra à definição e vice versa,

assim por diante .. Cheryholmes 1993)

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“A existência do objeto é inseparável da trama lingüística que supostamente o

descreve”Silva, 2007

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superação de verdades totalizantes e “absolutas” “democratização cultural” volatilidade de discursos diversidades culturais pulverização social.

...Como se as classes não mais existissem....

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O CURRÍCULO NA PERSPECTIVA DO PÓS ESTRUTURALISMO

As asserções argumentativas e afirmativas sobre o conhecimento e sobre a política não devem ser postas nas verdades, certezas,

metateorias. A definição de currículo depende menos das

metanarrativas do que dos interesses que estão sendo atendidos.

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CURRÍCULO COMO DISCURSO

Não toma a realidade tal como ela é e sim como o que os discursos sobre elas dizem

como ela deveria ser:

a realidade não pode ser concebida fora dos processos lnguisticos de significação.

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os pós-estruturalistas reivindicam conhecer impossibilidade do conhecimento sistemático.

Não existe um significado transcendental e sim o relativismo determinado pelo contexto “o significado não é centrado ou fixo por que está preso num jogo de referencias entre as palavras e definições.

Os significados estão dispersos, indo da palavra para a definição, para as definições de palavras na definição e assim por diante” (____1993, p.152) Estas definições Cheryholmes trás de autores pós-estruturalistas como Foucault, Derrida, Lyotard, Saussure e Deleuze. Cheryholmes (1993)

As políticas públicas e o Estado, não passariam da compreensão de poder situado no contexto da perspectiva, do ponto de vista do discurso.

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UMA ANÁLISE COMPARATIVATEORIAS CRÍTICAS

conceitos e conhecimentos históricos e científicos concepções teoria de currículo – conceitostrabalhomaterialidade/ objetividaderealidadeclasses sociaisemancipação e libertaçãodesigualdade socialcurrículo como resistência currículo ocultodefinição do “o quê” e “por quê” se ensina noção de sujeito

TEORIAS PÓS CRÍTICAS

fim das metanarrativas

hibridismo

currículo como discurso- representações

cultura

identidade/ subjetividade

discurso

gênero, raça, etnia, sexualidade

representação e incertezas

multiculturalismo

currículo como construção de identidades

Relativismo

compreensão do “para quem” se constrói o currículo – formação de identidades

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INSUFICIÊNCIAS DAS TEORIAS PÓS CRITICAS segundo Harvey e Eagleton

Fragmentação das relações sociaisRelativização dos conhecimentosPrimazia da ambiguidade e da indeterminação –

insuficiente para se captar o realHibridismo de concepções relativizam as

possibilidades de compreender o real em sua totalidade Não há o real para se fazer a critica, não há

conhecimento para ser sistematizadoInsuficiente para ser “transformador”Pode contraditoriamente ser emancipador e

reacionário.

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Não haverá burguesia nem proletariado numa sociedade emancipada, mas certamente haverá

mulheres e celtas. Pode haver mulheres liberadas, isto é, indivíduos do sexo feminino que são ao mesmo tempo emancipados, mas não podem

existir assalariados liberados dada a impossibilidade de ser as duas coisas ao mesmo

tempo. [...] Masculino e feminino, como caucasiano e afro-americano são categorias bem mais

reciprocamente definidoras. Ninguém, entretanto tem um tipo de pigmentação da pele porque

outra pessoa tem outra, nem é homem porque alguém é mais mulher, mas certas pessoas só

são trabalhadores sem terra por que outros são senhores fazendeiros. (grifo nosso) Eagleton

(1998 p. 63).